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1.

Com base no texto sobre o contato entre a Confederação dos Tamoios e os europeus,
podemos dizer que:

d) A Confederação dos Tamoios mostra que as alianças feitas com europeus eram uma forma
de resistir à dominação.

Sobre o último processo de ocupação do território brasileiro apresentado no texto, assinale a


alternativa que corresponde à ordenação correta dos acontecimentos:

2.

c) 3-1-4-2

4. Leia a definição abaixo: [...] plantation – a grande propriedade que empregava a mão de
obra escrava na monocultura de exportação [...]. Embora a história do Brasil colonial seja
caracterizada pelo modelo conhecido por plantation, registra- -se no mesmo período a
presença de um forte mercado interno colonial, que permitia a compra, a venda e a troca de
produtos variados. Sobre esse mercado, considere as seguintes alternativas:

I. Embora o mercado interno colonial contasse com uma diversidade de produtos, os


trabalhadores escravizados tinham a mesma participação em plantations. I

I. No mercado interno colonial, percebia-se um considerável fluxo de pessoas e serviços,


incluindo pequenos comerciantes, artesãos e agricultores. I

II. O avanço da pecuária foi uma das razões para o avanço territorial no interior da colônia e o
domínio cada vez maior das terras indígenas. Estão corretas as opções:

b) I e II.

5. . Leia o trecho abaixo: Os escravos são as mãos e os pés do senhor de engenho, porque sem
eles no Brasil não é possível fazer, conservar e aumentar fazenda, nem ter engenho [...].
Considerando a frase de Antonil, registrada no século XVIII, e que negros escravizados de
origem africana eram a principal mão de obra na produção açucareira, qual é a relação entre
as atividades dos escravizados com o período de auge do cultivo da cana-de-açúcar?

b) Os africanos eram trazidos para o Brasil não só porque se adequavam ao sistema de


produção açucareira, mas também porque tinham conhecimentos sobre agricultura.

O trecho destaca a importância dos escravos africanos na produção de açúcar no Brasil


colonial, não apenas devido à força de trabalho que ofereciam, mas também porque muitos
deles possuíam conhecimentos em agricultura que eram úteis para o cultivo da cana-de-
açúcar.

6. Leia o texto abaixo: [...] O intento de grandes empresas para ensinar a verdadeira fé aos
bárbaros gentios é admirável, é santo, mas priva-los de suas vidas, de sua liberdade, é
pernicioso, é diabólico. Fazer escravos, a quem a Natureza fez livres, não é obedecer a Deus, é
contradizer as suas obras... Se acaso lhes salvam a alma, é à custa da sua liberdade, é privando-
os de seus bens e da sua pátria. O fragmento descreve uma crítica ao trabalho dos jesuítas com
os indígenas, publicada em 1641. Considerando que os membros dessa ordem religiosa
chegaram ao Brasil em 1549 com a tarefa de educar e evangelizar, identifique no trecho a
razão
A indignação do Capitão de Vila Real, expressa no trecho, está relacionada ao fato de que,
apesar do intento admirável e santo das grandes empresas (no caso, os jesuítas) de ensinar a
verdadeira fé aos indígenas, eles estavam sendo privados de suas vidas e liberdade através
da escravização. O Capitão de Vila Real critica o paradoxo de salvar suas almas à custa de sua
liberdade, bens e pátria, o que ele considera pernicioso e contraditório com as obras de
Deus. Portanto, a indignação está centrada na prática da escravização dos indígenas em
nome da conversão religiosa.

7. Leia o texto abaixo: [...] Após sua chegada de Portugal, determinado a conquistar as
florestas do leste em um grau nunca antes praticado, o príncipe regente resolveu subjugar os
Botocudo e outros grupos étnicos seminômades que permaneciam independentes.
Condenando a escalada das “invasões” perpetradas por esses índios “canibais”, ele invocava o
conhecido princípio da guerra justa, empenhando-se numa ofensiva militar até submetê-los ao
império da lei, fazendo-os viver como vassalos cristãos permanentes. [...] Considerando o
texto, explique o que é “guerra justa” no contexto do Brasil colonial.

No contexto do Brasil colonial, a "guerra justa" era um princípio invocado para justificar a
ação militar do príncipe regente e dos colonizadores contra os grupos étnicos indígenas,
como os Botocudo e outros seminômades. Essa ideia de "guerra justa" implicava que a
guerra poderia ser considerada justificável e moralmente aceitável quando travada contra
povos considerados como ameaças ou inimigos do Estado ou da civilização cristã.

No caso mencionado no texto, o príncipe regente alegava que as invasões realizadas por
esses grupos indígenas "canibais" eram uma escalada de violência que justificava uma
intervenção militar para subjugar esses povos e torná-los "vassalos cristãos permanentes."
Ou seja, a guerra era vista como uma maneira de trazer esses indígenas para o domínio do
Império Português, fazendo com que abandonassem seus modos de vida seminômades e
adotassem a fé cristã, sob o império da lei portuguesa. A "guerra justa" era, portanto, uma
justificação para a conquista, dominação e conversão forçada dos povos indígenas no
contexto colonial.

8. Leia o texto a seguir: “No início, diante da impossibilidade material de assegurar a posse da
colônia, a Coroa portuguesa encontrou no sistema de divisão territorial a única solução viável
de defesa e ocupação da gigantesca base física do Brasil. Delegou às capitanias [...] a
responsabilidade de sua própria manutenção e segurança. [...]” Descreva como se deu a
divisão do litoral brasileiro em capitanias hereditárias a partir da linha divisória do Tratado de
Tordesilhas.

A divisão do litoral brasileiro em capitanias hereditárias a partir da linha divisória do Tratado


de Tordesilhas foi uma estratégia adotada pela Coroa portuguesa no início da colonização do
Brasil. Esse tratado, assinado em 1494 entre Portugal e Espanha, estabeleceu uma linha
imaginária no oceano Atlântico, a cerca de 370 léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde. Esse
tratado visava dividir as terras descobertas e a serem descobertas entre os dois países.

No entanto, essa linha divisória acabou não sendo muito precisa, o que levou Portugal a
buscar uma forma de efetivar o controle sobre as terras descobertas na parte que lhe cabia.
A solução encontrada foi a criação das capitanias hereditárias, um sistema no qual a Coroa
concedia grandes faixas de terra, chamadas de capitanias, a particulares, geralmente nobres
ou fidalgos, que se comprometiam a colonizar e administrar essas terras.
Essas capitanias foram divididas ao longo do litoral brasileiro, começando do norte e
seguindo até o sul, seguindo uma ordem estabelecida pela Coroa. Cada capitania tinha um
donatário, que era o responsável por sua administração e colonização. Os donatários tinham
o direito de herdar essas capitanias e passá-las para seus descendentes, daí o termo
"hereditárias."

Essa divisão do litoral em capitanias hereditárias permitiu que a Coroa portuguesa


estabelecesse uma presença efetiva ao longo da costa brasileira, promovendo a ocupação e
exploração do território. No entanto, o sistema das capitanias hereditárias também
enfrentou desafios, como a falta de recursos e infraestrutura para colonizar efetivamente o
interior do país, o que levou à posterior reorganização administrativa com a criação do
sistema de governo-geral.

9. Leia o texto abaixo: Essa população mestiça foi aos poucos se espalhando pelo território,
estabelecendo variantes socioculturais de acordo com o tipo de exploração econômica e as
peculiaridades ecológico-regionais, conformando, no Brasil rural, um conjunto de subculturas a
que se costuma denominar de cultura rústica brasileira [...]. Neste contexto, a cultura caipira
formou-se pelo cruzamento do português com o indígena e produziu o mameluco paulista, na
qual o caiçara está inserido. O gênero de vida caiçara combina a agricultura de subsistência,
baseada na mandioca, com a pesca. [...] Observe que a proteção da forma de vida de
populações descendentes de diferentes etnias, como os caiçaras, é importante também para a
preservação do meio ambiente. Considere a seguinte parte do texto apresentado: “o gênero
de vida caiçara combina a agricultura de subsistência, baseada na mandioca, com a pesca”.
Explique qual é a relação que esses e outros povos têm com a sustentabilidade

A relação entre os povos, como os caiçaras mencionados no texto, e a sustentabilidade é


muito relevante. No contexto descrito, em que o gênero de vida caiçara combina a
agricultura de subsistência, baseada na mandioca, com a pesca, podemos observar algumas
dimensões dessa relação:

Uso Sustentável dos Recursos Naturais: Os caiçaras dependem da agricultura e da pesca para
sua subsistência. Para manter esse modo de vida ao longo do tempo, eles têm que cuidar
dos recursos naturais, como o solo para o cultivo da mandioca e os ecossistemas aquáticos
para a pesca. Isso requer práticas de uso sustentável, evitando a degradação desses
recursos.

Conhecimento Tradicional: Muitos desses povos têm um profundo conhecimento tradicional


sobre o ambiente em que vivem. Esse conhecimento inclui técnicas de cultivo, períodos de
pesca e até mesmo a preservação de áreas florestais e costeiras importantes. Esse
conhecimento é essencial para a preservação ambiental.

Respeito pela Biodiversidade: A combinação de agricultura e pesca muitas vezes significa


que essas comunidades têm uma relação direta com a biodiversidade local. Para garantir a
sustentabilidade, eles muitas vezes desenvolvem uma compreensão profunda da
interdependência entre diferentes espécies e ecossistemas, promovendo a conservação.

Menor Pegada Ecológica: Comparado a algumas práticas agrícolas e de pesca industrial, o


estilo de vida caiçara tende a ter uma pegada ecológica menor. Eles geralmente não usam
agrotóxicos em grande escala, e suas técnicas de pesca muitas vezes são menos destrutivas
para os ecossistemas marinhos.
Preservação Cultural: Além da sustentabilidade ambiental, a preservação do modo de vida
caiçara é também uma questão cultural. Manter essas tradições não apenas contribui para a
biodiversidade local, mas também preserva o patrimônio cultural do Brasil.

Portanto, a relação entre esses povos e a sustentabilidade é uma simbiose necessária, em


que a preservação da cultura e do meio ambiente estão intrinsecamente ligadas à
sobrevivência dessas comunidades e à conservação dos recursos naturais.

0. Leia o texto abaixo, que descreve uma lenda sobre o surgimento das ondas do mar: “Desde
o início da criação, os seres humanos começaram a poluir o mar. Por essa razão, Iemanjá e sua
casa viviam sujas. Então, Iemanjá foi reclamar com Olorum, que lhe deu o poder de devolver à
praia tudo o que sujasse as águas do mar. Surgiram, assim, as ondas, que devolvem à terra o
que não pertence ao mar”. O trecho apresenta uma das histórias tradicionais de Iemanjá,
considerada a mãe das divindades do candomblé. Com base no trecho, descreva a relação do
culto a essas divindades, os orixás, com a natureza

O trecho apresenta uma narrativa que reflete a relação intrincada entre o culto aos orixás,
como Iemanjá, e a natureza no contexto das religiões afro-brasileiras, em particular, o
candomblé. Aqui estão alguns pontos que ajudam a entender essa relação:

Veneração da Natureza: No candomblé e em outras religiões afro-brasileiras, a natureza


desempenha um papel fundamental. Os orixás são frequentemente associados a elementos
naturais, como água, florestas, vento, entre outros. Iemanjá, por exemplo, é a deusa das
águas, e sua história está intimamente ligada aos mares e oceanos.

Respeito pela Natureza: As narrativas e mitos que cercam os orixás muitas vezes ensinam o
respeito pela natureza e seus ciclos. No trecho, Iemanjá é representada como uma deusa
que zela pela limpeza e preservação dos mares. Isso reflete a importância de cuidar e
respeitar os recursos naturais, uma lição transmitida por meio da religião.

Sincronia com os Elementos Naturais: As práticas religiosas afro-brasileiras muitas vezes


envolvem rituais que estão diretamente ligados aos elementos naturais. Por exemplo,
oferendas são feitas aos orixás em locais específicos, como praias e florestas, como forma de
homenagear essas divindades e manter a harmonia com a natureza.

Integração entre Espiritualidade e Ambiente: Essas religiões promovem uma integração


profunda entre a espiritualidade e o ambiente natural. Os orixás não são apenas figuras
mitológicas, mas entidades vivas que influenciam e interagem com o mundo físico. Portanto,
manter a natureza saudável e limpa é visto como uma responsabilidade religiosa.

Herança Cultural: Além de seu significado espiritual, o culto aos orixás também desempenha
um papel importante na herança cultural e identidade das comunidades afro-brasileiras. Ele
mantém vivas as tradições, línguas, danças e músicas que celebram a relação entre os seres
humanos e a natureza.

Em resumo, o culto aos orixás nas religiões afro-brasileiras, como o candomblé, reflete uma
profunda conexão entre a espiritualidade e a natureza. Essas religiões promovem o respeito,
a preservação e a harmonia com o meio ambiente, ao mesmo tempo em que celebram a rica
herança cultural que integra esses elementos em suas práticas e crenças.
10. Leia o texto abaixo, que descreve uma lenda sobre o surgimento das ondas do mar: “Desde
o início da criação, os seres humanos começaram a poluir o mar. Por essa razão, Iemanjá e sua
casa viviam sujas. Então, Iemanjá foi reclamar com Olorum, que lhe deu o poder de devolver à
praia tudo o que sujasse as águas do mar. Surgiram, assim, as ondas, que devolvem à terra o
que não pertence ao mar”. O trecho apresenta uma das histórias tradicionais de Iemanjá,
considerada a mãe das divindades do candomblé. Com base no trecho, descreva a relação do
culto a essas divindades, os orixás, com a natureza

O trecho da lenda sobre o surgimento das ondas do mar relaciona o culto aos orixás, como
Iemanjá, com a natureza de várias maneiras:

Intermediação entre Humanos e a Natureza: A história destaca a importância dos orixás


como intermediários entre os seres humanos e a natureza. Iemanjá, neste contexto, é
retratada como uma deusa que age para proteger o mar e manter sua pureza, atuando como
uma ponte entre os desejos e ações humanas e os elementos naturais.

Respeito pela Natureza: A lenda enfatiza a ideia de que a poluição do mar foi causada pelos
seres humanos, indicando a necessidade de respeitar e cuidar da natureza. Isso está
alinhado com a crença de que os orixás, como Iemanjá, zelam pela harmonia do mundo
natural e podem intervir quando essa harmonia é perturbada.

Conexão Profunda com Elementos Naturais: As divindades do candomblé são


frequentemente associadas a elementos naturais, como água, vento, florestas, entre outros.
Essa conexão profunda com a natureza é refletida na lenda, onde Iemanjá é a deusa das
águas e sua influência se estende ao mar.

Lições e Valores Espirituais: A lenda também pode ser vista como uma narrativa que
transmite lições e valores espirituais. Ela sugere que ações humanas, como poluição, têm
consequências, mas também destaca a possibilidade de redenção e limpeza, simbolizada
pelas ondas do mar. Isso reflete a ideia de que, por meio do culto e da devoção aos orixás, as
pessoas podem buscar reconciliação com a natureza e com forças espirituais.

Preservação Cultural e Espiritual: O culto aos orixás não apenas preserva tradições culturais
profundas, mas também promove a importância de manter a natureza em equilíbrio. Ele
ensina que os seres humanos têm a responsabilidade de cuidar do ambiente natural,
promovendo a sustentabilidade e a harmonia com o mundo ao seu redor.

Em resumo, o culto aos orixás, como Iemanjá, é caracterizado por uma forte ligação com a
natureza e uma profunda compreensão da interdependência entre os seres humanos e o
ambiente natural. Essas divindades desempenham papéis significativos na preservação da
natureza e na transmissão de valores espirituais e culturais que enfatizam a importância do
respeito e da proteção do meio ambiente.

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