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BIBLIOGRÁFICO
RESUMO
Os conflitos são uma realidade existente nas organizações que se originam na diversidade de
pontos de vista e na diferença de agir entre os indivíduos. Este trabalho tem como objetivo
analisar os inúmeros conflitos existentes nas organizações com foco nos conflitos
interpessoais, demonstrando os tipos de conflitos existentes, como surgem e quais os impactos
na organização. Adicionalmente, o estudo buscou os meios ou instrumentos de resolução
desses conflitos mais recorrentes na literatura. Esta pesquisa possui abordagem qualitativa e
foi pautada na revisão bibliográfica, onde se buscou artigos teóricos e empíricos de diversas
revistas científicas nacionais e internacionais. Dentre os principais achados, este estudo
revelou que os conflitos interpessoais nas organizações produzem impactos como: a) alteração
no ambiente organizacional; b) tornando um ambiente hostil que exige psicologicamente e
emocionalmente; c) um ambiente em que abala a autoestima e a capacidade de percepção e a
interação. Adicionalmente, constatou-se a mediação é o instrumento mais utilizado na
resolução desses conflitos.
ABSTRACT
Conflicts are an existing reality in organizations that originate in the diversity of points of
view and in the difference in acting between individuals. This work aims to analyze the
numerous conflicts that exist in organizations with a focus on interpersonal conflicts,
demonstrating the types of conflicts that exist, how they arise and what are the impacts on the
organization. In addition, the study sought the means or instruments to resolve these most
recurrent conflicts in the literature. This research has a qualitative approach and was based on
a bibliographic review, which sought theoretical and empirical articles from several national
and international scientific journals. Among the main findings, this study revealed that
interpersonal conflicts in organizations produce impacts such as: a) changes in the
organizational environment; b) making a hostile environment that requires psychologically
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and emotionally; c) an environment in which affects self-esteem and the capacity for
perception and interaction. Additionally, it was found that mediation is the most used
instrument in resolving these conflicts
1 INTRODUÇÃO
2 METODOLOGIA
Nem todo conflito ocorre de qualquer forma e nem todo conflito deve ser tratado de
maneira igual. “Por esta razão o gestor precisa saber como e quando usar cada ferramenta à
sua disposição, como: negociação, poder, litígio, arbitragem, ouvidoria, conciliação, e
diversas ouras ferramentas disponíveis” (Burbridge e Burbridge 2012). Portanto o desafio está
em saber o que aplicar em cada ocasião, procurando escolher e aplicar as técnicas de forma
inteligente.
3 BASE TEÓRICA
Para Beja apud Jesus e Farias (2012) quando o conflito é visto não só como inevitável,
mas também como útil, na medida em que por vezes pode melhorar algum aspecto do
funcionamento individual, as pessoas alteram a sua atitude face ao conflito, passando a
caracterizá-lo como positivo.
Estes são tipos de conflitos que podem existir nas escolas com os professores,
alunos, pais e comunidade escolar. (NEVES apud JESUS e FARIAS, 2012, p. 11).
Robbins (2006) diz que existem vários estágios de um conflito. Quando uma das
partes está consciente do atrito e a outra não necessariamente esteja, exemplo disso é quando
a pessoa está descontente com a outra por questões salariais, que pesa bastante ou ainda por
uma questão emocional. Fase em que é realmente notada e então estipulada e delineada as
consequências, outro detalhe é o comportamento adquirido: uma competição onde só um se
satisfaz, ou até mesmo quando ocorre uma colaboração entre as partes beneficiadas, ou
quando simplesmente evita-se certos assuntos para não ocorrer discórdias, acomodando-se,
deixando sonhos e interesses de lado para priorizar o outro e, ainda há a parte em que os
envolvidos são considerados vencedores e vencidos. Nesse caso, acontecem também muitas
greves, revoltas e brigas e as maiores consequências são ocasionadas, ocorrendo assim, os
estágios dos conflitos.
Para Robbins (2006) o conflito é componente fundamental do processo de construção
da autonomia. É como uma força natural que controlada e em sua justa e equilibrada medida,
pode desenvolver a natureza, produzir energia e estimular a vida e, por outro lado, quando se
apresenta de forma descontrolada, pode alterar os ciclos naturais, destruir e impedir o
crescimento da vida.
Dentre os diversos tipos de conflito, os interpessoais são os que mais alteram a dinâmica do
ambiente de trabalho, pois, segundo Quinn (2003), geram sentimentos que causam
instabilidade, desconforto, falta de cooperação e de confiança, tensão entre indivíduos ou
grupos. Enfim, diversos sentimentos podem influenciar a tomada de ações prejudiciais ao
trabalho e aos próprios indivíduos, ou até mesmo a ausência de ações, considerando-se que
não agir já é tomar uma atitude e que a passividade pode gerar a mesma gama de transtornos.
O conflito é definido por Dubrin (2006), como sendo um choque de personalidade
entre duas pessoas, baseado em diferenças de atributos, preferências, idade, raça, etnia,
interesses, valores e estilos que leva à oposição ou resistência podendo acarretar em elevação
de alguma tensão. Conflito é o processo de identificação em que uma das partes envolvidas
percebe que seus esforços e interesses despendidos para a realização de suas tarefas estão
sendo confrontadas e afetadas de forma negativa pela outra parte envolvida (HITT et al.
2011). Griffin et al. (2006), ressalta que conflitos são desacordos em questões importantes
entre pessoas ou grupos que as levam a acreditar que suas tentativas para alcançar um objetivo
ou uma tarefa são dificultados por outras pessoas ou grupos.
interações de trabalho e geram conflitos interpessoais, que em sua maioria despendem tempo
e energia para sua auto alimentação, tempo e energia que poderiam ser usados para resolução
dos objetivos da organização, o conflito de tarefa está ligado ao conteúdo e as metas do
trabalho, o conflito de processo está ligado na maneira de como o trabalho é realizado. Hitt et
al. (2011), também aborda os mesmos tipos de conflitos. O conflito de relacionamento é
causado pela diferença pessoal entre os integrantes e é muitas vezes considerado um conflito
disfuncional, o conflito de tarefas envolve os objetivos do trabalho e o de processos que
emergem da execução do trabalho.
Existem 4 tipos de conflitos que é importante que saibamos identificá-los para que
escolhamos uma estratégia adequada para resolvê-los de modo que não existam prejudicados.
a) Conflito latente: não é declarado e não há, mesmo por parte dos elementos
envolvidos, uma clara consciência de sua existência. Eventualmente não precisam
ser trabalhados;
b) Conflito percebido: os elementos envolvidos percebem, racionalmente, a
existência do conflito, embora não haja ainda manifestações abertas do mesmo;
c) Conflito sentido: É aquele que já atinge ambas as partes, e em que há emoção e
forma consciente;
d) Conflito manifesto: Trata-se do conflito que já atingiu ambas as partes, já é
percebido por terceiros e pode interferir na dinâmica da organização.
Os conflitos interpessoais são próprios das relações humanas e estão existentes dentro
das organizações, visto que sempre existirão conflitos e divergência de ideias, pensamentos e
opiniões. O conflito pressupõe a tentativa de defesa de seus interesses em oposição a outra
parte, é o resultado da ausência de concordância em relação aos mesmos problemas.
Os conflitos interpessoais são os que mais alteram um ambiente organizacional,
segundo Quinn (2003), geram sentimentos que causam instabilidade, desconforto, falta de
cooperação e de confiança, tensão entre indivíduos ou grupos.
Analisando os conflitos, segundo “Berg (2012), a palavra conflito tem como conceito
um embate entre duas pessoas ou grupos que lutam entre si, ou seja, é um choque entre duas
ações necessárias.
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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao realizar a pesquisa para concretização deste artigo foi possível compreender que os
conflitos acontecem em todo ambiente onde existem várias pessoas, sejam os conflitos
pessoais ou interpessoais, ou seja, podendo surgir dentro de si mesmo ou com outra pessoa,
isto se torna inevitável.
A escola é o primeiro contato social que a criança é apresentada, é na escola que
acontece a separação do convívio familiar, onde a criança passa a conviver com o “diferente”,
com outros valores, com outras opiniões, com outros comportamentos e acaba sendo
influenciada e aprendendo a formar a sua própria opinião, sendo assim, mais uma vez pode-se
afirmar que não é possível evitar os conflitos.
Mas pode-se fazer com que os conflitos sejam amenos e aproveitados como forma
positiva, ou seja, trabalhando o diálogo, a solidariedade, a harmonia. Para isso existe a
prevenção e resolução de conflitos como a negociação, a conciliação e a mediação.
A gestão de pessoas é fundamental para o bom desenvolvimento da organização, o
gestor é a peça chave para conduzir de forma harmoniosa toda a instituição que envolve a
empresa.
A interação entre as pessoas passa também pelas dificuldades do cotidiano, pela troca
de ideias e pela divisão de tarefas do dia a dia. O grupo torna-se uma equipe quando consegue
criar um espírito de trabalho coletivo no qual as diversidades pessoais não se constituem em
diferenças, mas se transformam em riquezas unindo na busca de objetivos comuns.
O ato de relacionar-se harmoniosamente com o outro, ter uma comunicação afetiva e
valorizar o profissional são meios que possibilitam maior interação no ambiente. O gestor
deve trabalhar a diversidade de pontos de vista ou comportamentos como fator de
enriquecimento para o grupo e como forma de ampliar a visão particular de cada indivíduo na
organização.
Contudo, acredita-se que a gestão de pessoas possa ser um meio pelo qual se
construam regras justas, respeito mútuo, solidariedade, assim podendo contribuir para
relações humanas de qualidade. Portanto é preciso repensar a organização, o currículo, a
metodologia, as relações interpessoais para que sejam praticadas com muita clareza e
competência.
REFERÊNCIAS
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http://www.anpad.org.br/admin/pdf/enapg422.pdf
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