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Universidade Zambeze

Faculdade de Ciências de Saúde


Curso de Licenciatura em Administração e Gestão Hospitalar
Disciplina de Teoria das Organizações

LIDERANÇA E GESTÃO DE CONFLITOS

DOCENTE:
Crsicencia Luís Sande Botão, MPH, TAHA

DISCENTE:
Esperança César

Tete, Agosto de 2023

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INTRODUÇÃO
Desde pequenos, aprendemos que as pessoas são diferentes, com qualidades e defeitos que as
tornam indivíduos únicos. Isso, sem dúvida, se reflete nas relações de trabalho, onde existem
profissionais de todos os jeitos.
As diferentes formas dos gestores se relacionarem com suas equipes estão diretamente ligadas
aos formatos de liderança existentes.
Para conhecer os diferentes tipos de liderança, é fundamental entender o que é, de fato, ser
líder.
E, ainda, quais as características comuns e de que forma podemos desenvolver essa habilidade.
Além disso, é importante reconhecer o papel de um líder nas organizações atualmente. Porque
eles são capazes de influenciar os resultados dos negócios de forma significativa.

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Liderança
Inicialmente, liderança é uma habilidade que pode ser desenvolvida ao longo da vida. Porém,
não é uma habilidade exclusiva dos profissionais que ocupam cargos de gestão, estabelecidos
pelas empresas. Muito pelo contrário, muitos gestores não têm essa capacidade. Pessoas com
esta habilidade são capazes, tanto no âmbito pessoal quanto no profissional, de inspirar e
despertar diferentes vontades nas outras pessoas.

 Tipos de liderança
1. Liderança autocrática (chefe): Neste material, explicam que o líder autocrático é aquele
chamado de chefe. Neste perfil, o líder acredita que sua opinião vale mais do que a de
seus colegas, além de priorizar a realização do trabalho e não as relações humanas.
2. Liderança democrática (foco no desenvolvimento do grupo): O líder democrático é o
oposto do líder autocrático. Em casos de falhas e insucesso nos projetos, não aponta
culpados, mas métodos e caminhos para que os erros não se repitam. Prioriza o bom
relacionamento entre os colegas, além de um ambiente de trabalho mais flexível e
adaptável às características de todos de sua equipe. Este tipo de líder acredita que, para
obter melhores resultados, as organizações devem apostar no desenvolvimento
individual dos profissionais.
3. Liderança liberal: O líder liberal é aquele que não toma decisões, deixando os outros
com o poder de escolha sem orientação. Este tipo de líder não se compromete. Ele
costuma terceirizar a divisão de tarefas e suas participações em projetos são mínimas.
 As diferentes abordagens na conceituação de conflito

São várias as abordagens a respeito de conflitos. Segundo Robbins, temos: A visão tradicional, a
visão das relações humanas e a visão interacionista.

a) Visão tradicional: esta abordagem dizia que todo conflito era ruim e que, portanto,
deveria ser evitado. O conflito era visto como uma disfunção resultante de falhas de
comunicação, falta de abertura e de confiança entre as pessoas e um fracasso dos
administradores em atender às necessidades e as aspirações de seus funcionários.
b) Visão das relações humana: esta abordagem argumenta que o conflito é uma
consequência natural e inevitável em qualquer grupo, não sendo necessariamente ruim,
podendo ter o potencial de ser uma força positiva na determinação do desempenho do
grupo.

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c) Visão interacionista: Esta abordagem, que é a mais recente, propõe não apenas que o
conflito pode ser uma força positiva, como defende abertamente a tese de que algum
conflito é absolutamente necessário para o desempenho eficaz de um grupo.

Fica evidente que é inapropriado dizer que todos os conflitos são bons ou ruins. O que toma um
conflito bom ou ruim é a sua natureza.

Alan Rondeau propõe os seguintes modelos na abordagem dos conflitos: Modelo Racional,
Modelo Politico, Modelo de Relações Humanas, Modelo Sistémico.

 Tipos de conflitos

Um conflito pode se dar entre duas ou mais partes, sejam elas indivíduos, grupos
departamentos, divisões ou empresas. Montana propõe os seguintes tipos de conflitos:

a) Conflitos internos: ocorre quando duas ou mais opiniões opostas ocorrem em um único
individuo.
b) Conflitos entre indivíduos: Os conflitos entre indivíduos dentro da organização são vistos
como resultado de diferenças de personalidade.
c) Conflitos entre indivíduos e grupos: O individuo que não concorda com as normas de
comportamento do grupo ou com os valores encontrados na cultura organizacional
estará em conflito com o grupo de trabalho ou com toda a organização.
d) Conflitos entre grupos: O conflito entre grupos é inevitável devido a dois fatores básicos
da organização: a competição por recursos escassos e pelos diferentes estilos
gerenciais necessários.
e) Conflitos entre organizações: Cada empresa procura o dinheiro do consumidor no
mercado.
 Diferença entre conflito funcional e conflito disfuncional

A visão interacionista não propõe que todos os conflitos sejam bons. Na verdade, existem os
conflitos funcionais (que atuam de forma construtiva apoiando os objetivos do grupo,
estimulando a criatividade e inovação e melhorando o desempenho) e existem os conflitos
disfuncionais (que tendem a dificultar a comunicação, diminuir a coesão entre os indivíduos e
atrapalhar o desempenho do grupo), Diferenciamos conflitos funcionais de disfuncionais
observando o tipo de conflito. Existem três tipos: de tarefa, que está relacionado com o conteúdo
e os objetivos do trabalho; de relacionamento, que se refere as relações interpessoais e de
processo, que se relaciona à maneira como o trabalho é realizado.

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CONCLUSÃO

Neste artigo, aprendemos o conceito básico a respeito da palavra liderança, termo cada vez
mais comum entre profissionais e empresários.

Como vimos, é uma habilidade que pode ser desempenhada de três formas. Dentre elas, a
liderança democrática é a mais recomendada pelos bons resultados que apresenta nas
organizações. Ainda, constatamos que o sucesso das lideranças é o relacionamento com as
pessoas, que consiste em uma excelente comunicação organizacional.

Também aprendemos que liderança é uma habilidade que pode e deve ser desenvolvida. Só é
preciso identificar quais características e comportamentos precisam ser aperfeiçoados.

Portanto, através do estudo dos tipos e estágios do processo de conflito, é possível constatar
que nenhuma organização está livre de conflitos, pois praticamente toda a empresa sofre e se
beneficia com os eles. Os conflitos são responsáveis por serias ameaças / estabilidade da
organização, mas também podem agir de maneira construtiva estimulando o potencial de
inovação.

A administração moderna deve encarar o conflito como uma força constante dentro da
organização e procurar administrá-lo para que estes atuem de maneira construtiva através das
técnicas de administração de conflitos propostas.

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