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TRANSFERÊNCIA E CONTRATRANSFERÊNCIA:

DINÂMICAS NA RELAÇÃO TERAPÊUTICA

Psicóloga Stefani Santana


CRP: 06/135088

@psicostefanisantana
A TRANSFERÊNCIA

Transferência se refere ao processo pelo qual os sentimentos,


experiências e padrões de relacionamentos do paciente em
relação a figuras significativas de seu passado (geralmente os
pais) são transferidos para o terapeuta.
O CONCEITO NAS OBRAS FREUDIANAS

A Interpretação dos Sonhos (1899);


A Dinâmica da Transferência (1912);
Conselhos ao Médico Sobre o Tratamento
Psicanalítico (1912).
DESENVOLVENDO O CONCEITO

Pacientes histéricas;
Método Catártico;
Breuer;
Anna O.
QUESTIONAMENTO
Por que apenas a repetição da cena traumática
seria suficiente para eliminar sua nocividade?
Desdobrando essa questão, chegou à transferência.
DEFINIÇÃO: Ela refere-se ao processo pelo qual os sentimentos,
desejos e expectativas não resolvidos do paciente em relação a
figuras significativas de seu passado são redirecionados para o
analista. Isso ocorre de forma inconsciente e pode influenciar
significativamente a dinâmica da relação terapêutica.

PAPEL NA ANÁLISE FREUDIANA: Freud acreditava que os sentimentos


transferenciais eram uma oportunidade valiosa para o paciente
reviver e trabalhar através de conflitos emocionais não resolvidos e
padrões de relacionamento disfuncionais.
RECRIAÇÃO DE RELAÇÕES PASSADAS: A transferência muitas vezes
envolve a recriação, no contexto terapêutico, de relacionamentos
passados e padrões emocionais. O paciente pode começar a ver o
analista através das lentes de figuras importantes de seu passado,
como pais ou cuidadores.

MANIFESTAÇÕES DA TRANSFERÊNCIA: A transferência pode se


manifestar de diferentes maneiras, incluindo sentimentos de amor,
ódio, devoção, raiva ou desconfiança em relação ao analista
TRABALHO TERAPÊUTICO NA TRANSFERÊNCIA: O analista utiliza a
transferência como uma ferramenta terapêutica. Ele explora os
sentimentos transferenciais e ajuda o paciente a ganhar insights
profundos sobre conteúdos inconscientes.

CONSCIENTIZAÇÃO E INTERPRETAÇÃO: O trabalho com a


transferência geralmente envolve a conscientização do paciente
sobre seus sentimentos em relação ao analista. O analista pode
interpretar esses sentimentos, facilitando a compreensão do paciente
sobre suas dinâmicas psicológicas.
DESENVOLVIMENTO DA ALIANÇA TERAPÊUTICA: Apesar de
potencialmente desafiadora, a transferência bem trabalhada pode
fortalecer a aliança terapêutica, algo extremamente importante para
o sucesso analítico.
OS ANALISTAS PRECISAM ESTAR ATENTOS A
TRANSFERÊNCIA, MAS NÃO SOMENTE A ELA, TAMBÉM
PRECISAM ESTAR ATENTOS A CONTRATRANSFERÊNCIA.
CONTRATRANSFERÊNCIA

Sentimentos e reações do terapeuta em relação ao paciente,


muitas vezes relacionadas às próprias experiências pessoais,
expectativas ou reações inconscientes do analista.
TRANSFERÊNCIA
FREUD: Reedição das relações emocionais passadas do paciente
com figuras significativas (principalmente parentais) no contexto
da relação terapêutica com o analista, com ênfase na
interpretação e resolução de conflitos inconscientes.

WINNICOTT: Enfatizou a importância da adaptação do terapeuta


às necessidades emocionais do paciente, a fim de construir uma
relação terapêutica confiável e segura, onde o paciente pudesse
explorar seu verdadeiro self.
CONTRATRANSFERÊNCIA
FREUD: Reconhecia que os terapeutas poderiam ter reações
emocionais inconscientes em relação aos pacientes, mas
acreditava que essas reações deveriam ser analisadas e
entendidas pelo terapeuta para evitar que interferissem na
análise do paciente. Postura neutra e interpretativa.

WINNICOTT: Parte natural e inevitável da relação terapêutica, que


poderia ser utilizada de forma construtiva para entender melhor
as necessidades emocionais do paciente. Ambiente terapêutico
autêntico e empático.
PERSPECTIVA WINNICOTTIANA

Para o Winnicott, não basta só reconhecer a transferência e


interpretá-la, é necessária A SOBREVIVÊNCIA DO ANALISTA.

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