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ESTUDO DE ALTAS HABILIDADES

A superdotação costuma ser definida como uma habilidade intelectual


associada a uma pontuação de QI igual ou superior a 130. No entanto, nem
todas as crianças superdotadas se destacam na área acadêmica. Alguns
podem exibir altas habilidades criativas, artísticas, musicais e / ou de liderança
em relação aos seus pares, porém podem apresentar problemas
comportamentais.
Os diagnósticos diferenciais mais comuns, que podem confundir os pais,
educadores e profissionais e devem ser considerados são o Transtorno de
Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), Transtorno do Espectro Autista
(TEA), Transtorno Opositivo Desafiante (TOD), Transtorno Obsessivo
Compulsivo (TOC), Transtorno do Humor como Transtorno Ciclotímico,
Transtorno Distímico, Depressão e Transtorno Bipolar.
Alunos superdotados têm habilidades que excedem as de seus colegas típicos.
Eles aprendem mais rápido, são curiosos e capazes de entender conceitos
complexos mais rapidamente. No entanto, alguns deles têm problemas de
comportamento encontrados em alunos com TDAH como distração excessiva,
problemas com autoridade e falta de motivação e podem preencher os critérios
diagnósticos para o TDAH.
Superdotados também podem apresentar extrema sensibilidade às emoções,
sons, toque, paladar, e se mostrar facilmente irritáveis, com baixo limiar de
frustração e crises emocionais intensas devido a esta sobrecarga. Estas são
características que também são vistas em crianças com TEA, uma condição
que também pode coexistir em crianças com altas habilidades.
A "dupla-excepcionalidade" pode ser definida como a presença de alta
performance, talento, habilidade ou potencial, ocorrendo em conjunto com
outra condição neurobiológica, como por exemplo, transtornos do
neurodesenvolvimento como Transtorno do Espectro Autista (TEA) nível I ou
TEA leve; Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH);
Transtornos de Aprendizagem (TA) e outras condições.

A literatura aponta que o reconhecimento dessa dupla condição deve vir de


acompanhamento desde a primeira infância até a adolescência, de maneira
longitudinal, e não apenas pela aplicação de testes ou avaliações pontuais.

Em relação ao comportamento adaptativo, enquanto crianças com AH/SD


mostram-se independentes, perfeccionistas, persistentes, às vezes resistentes
às atividades escolares regulares, questionando regras e autoridade, as
crianças e adolescentes com TEA apresentam comportamentos atípicos,
movimentos repetitivos ou estereotipados, interesses restritos, com limitação
no contato visual e dificuldades em habilidades sociais mais complexas (teoria
da mente), com dificuldade em compreender linguagem mais subjetiva com
respostas afetivas inadequadas, baixa proatividade social, rigidez
comportamental e ritualizarão de rotinas. Adolescentes experimentam
sensação de inadequação que pode levar ao isolamento social e síntomas
como ansiedsde, depressão e outras condições.

Os padrões comportamentais em crianças superdotadas podem resultar de


frustrações na sala de aula: quando os estímulos ambientais diminuem, a
hiperatividade aumenta como um meio de autoestimulação para compensar a
falta de desafios cognitivos. Em outras palavras, suas habilidades excedem as
demandas colocadas sobre eles, e eles se comportam mal pois estão
entediados ou desinteressados e parecem estar desatentos e inquietos.
Uma maneira de identificar se uma criança superdotada apresenta TDAH ou
TEA, ou ambas as condições coexistentes é por meio de testes
neuropsicológicos e avaliação por profissionais experientes com avaliações e
reavaliações ao longo do tempo.

As crianças quando são diagnosticadas por critérios baseados em sintomas,


resultado de suas inabilidades executivas, de processamento sensorial,
controle inibitório, entre outras. Mesmo quando apresentam alto QI, suas
habilidades e competências ficam em segundo plano ou não são identificadas.

As necessidades especiais do aluno com estas condições devem ser


reconhecidas o quanto antes para evitar que a criança se sinta apática e
desmotivada ou apresente ansiedade, resistência à aprendizagem,
comportamentos opositores e estresse.

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