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POLÍTICAS DE RECURSOS
HUMANOS
Eixo Gestão e Negócios
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NETeP – Coordenação Técnica
POLÍTICAS DE RECURSOS HUMANOS
SUMÁRIO
UNIDADE 1 .....................................................................................................................................5
1. CULTURA E CLIMA ORGANIZACIONAL ...............................................................................5
1.1 Conceitos e contexto prático ......................................................................................................6
1.1.1 Cultura Organizacional ...............................................................................................6
1.1.2 Clima Organizacional........................................................................................................10
1.2 Influências do clima e da cultura no ambiente ........................................................................ 11
1.2.1 Tipos de culturas organizacionais ..................................................................................... 11
1.2.2 Tipos de clima organizacional...........................................................................................12
1.3 Influências nas pessoas e nas relações .....................................................................................12
1.4 Influências nos processos e resultados .....................................................................................12
1.5 Pesquisa de clima organizacional .................................................................................13
UNIDADE 2 .......................................................................................................................................21
2. O PAPEL DO LÍDER ..................................................................................................................21
2.1 Gerações de profissionais ................................................................................................22
2.2 Estilos de lideranças .................................................................................................................24
2.2.1 Liderança autoritária .................................................................................................24
2.2.2 Liderança democrática ..............................................................................................25
2.2.3 Liderança liberal (laissez-faire): ..............................................................................26
2.2.4 Liderança situacional.................................................................................................26
2.2.5 Liderança transformadora........................................................................................27
E, como reconhecer uma liderança transformadora? ...................................................28
2.2.6 Liderança coach ...........................................................................................................29
2.3 Competência, habilidades e atitudes do gestor .........................................................................29
UNIDADE 3 ...................................................................................................................................38
3 RELAÇÕES INTERPESSOAIS ..................................................................................................38
3.1 Trabalho em equipe ...........................................................................................................39
3.1.1 Como transformar trabalho de grupo em equipe .............................................................42
3.2 Motivação ..............................................................................................................................43
3.2.1 O Gestor e a motivação da equipe ....................................................................................44
3.2.2 Teorias motivacionais ................................................................................................45
3.3 Cooperação ...........................................................................................................................50
UNIDADE 4 ...................................................................................................................................53
4 CONFLITOS ...................................................................................................................................53
4.1 Tipos de conflitos .....................................................................................................................53
4.2 Níveis ou estágios dos conflitos ...............................................................................................55
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APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
É importante estudar esse assunto, pois quando um novo colaborador é admitido na empresa,
ele já inicia com uma cultura e um clima organizacional já instalado e cabe a ele se adaptar
a esse novo ambiente.
Bons estudos!
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UNIDADE 1
Você sabe qual a relação entre cultura organizacional, clima organizacional e políticas
de recursos humanos? Pois bem, para entendermos melhor essa relação, vejamos o que
significa políticas de recursos humanos.
Fonte: https://www.pontotel.com.br/politicas-de-rh
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A empresa que possui, de forma clara, suas políticas de recursos humanos tende a
documentar tais políticas determinando padrões comportamentais relacionados às interações
com o público externo e interno (políticas internas), para esse último considera-se a adoção
de tratamento equitativo entre os membros da equipe.
Vejam que ambas as características são passiveis de estar devidamente escrita, numa
política de recursos humanos da empresa.
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Todavia, cada empresa possui sua cultura específica, mesmo que todas as
empresas sejam constituídas por dimensões voltadas às estratégias, às pessoas, às
tecnologias e à estrutura e que muitas vezes guardam entre si similaridades.
Fonte: https://endomarketing.tv/
⮚ Artefatos: dizem respeito ao visível, como por exemplo: móveis, prédios, salas,
vestuário etc.
⮚ Valores: diretrizes que norteiam o comportamento das organizações, tais como
honestidade, solidariedade, disciplina, ... ou seja, aquilo que é dito sobre a empresa
e o ambiente organizacional.
⮚ Pressupostos básicos: diz respeito àquilo em que se acredita, que podem ser
constituídos por histórias, como por exemplo: fatos ocorridos no passado que são
considerados como referencial no presente, e/ou mitos: eventos imaginados / lendas,
que influenciam o comportamento das pessoas.
Quando a cultura organizacional pode ser sentida a níveis mensuráveis por seus colaboradores, trata-se
do clima organizacional.
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Conforme Feltrin (2020), existem alguns elementos presentes no cotidiano das empresas
que devem ser levados em consideração, para compreender como ocorrem as formas de
transmissão da cultura organizacional, ou seja, como as pessoas se apropriam dessa cultura.
Vejamos:
Quadro 1 – elementos que contribuem com a cultura da empresa
Elementos Características
Eventos promovidos pelas empresas para celebrar os mitos, heróis e símbolos da
Cerimônias
empresa.
Atividades cerimoniais voltadas aos ideais e/ou à realização de determinados
Ritos
propósitos.
Relatos de eventos passados, ilustrando e transmitindo normas e valores culturais
Histórias
enraizados.
Histórias fictícias, com o intuito de facilitar o entendimento acerca de atividades ou
Mitos
eventos presentes na organização.
Corporificação dos valores, do caráter e da cultura da empresa, por pessoas de
Heróis
sucesso.
Ações, objetos ou eventos carregados de significados especiais que propiciem a troca
Símbolos de ideias incompreensíveis e mensagens emocionais, por parte das pessoas da
empresa.
Linguagem Agrupamento de simbologias verbais, que tendem a refletir a cultura organizacional.
Fonte: Souza, 2014, apud Feltrin, 2020, p. 12
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Ressalta-se que é através das cerimônias que as normas e valores culturais são
reforçados, como por exemplo quando as empresas organizam eventos para comemorar os
resultados atingidos e reforçar sua cultura. E, é nesses eventos que surgem os ritos, que de
acordo com Souza (2014) estão classificados em:
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LEMBRETE!
A cultura organizacional é top dow, ou seja, vem de cima para baixo, direcionando os funcionários nos
caminhos a serem seguidos. É difícil alterar uma cultura enraizada, pois hábitos e maneiras de trabalhar
são assimilados facilmente e passam de funcionário para funcionário, consolidando e fortalecendo a
cultura da empresa.
Existem empresas que são caracterizadas por uma cultura de mercado, visando lucratividade,
competitividade e ampliação de fatia de mercado.
O clima organizacional cria expectativas, por parte dos funcionários, sobre o que a empresa
deve lhes oferecer, isto pode ser positivo ou negativo, dependendo do clima construído.
Dito de outro modo, é o indicador de satisfação dos funcionários, em relação aos mais
distintos aspectos da cultura ou realidade aparente da empresa, como por exemplo, processo
de comunicação interna ou externa, valorização profissional, práticas de gestão e a própria
política de recursos humanos.
Cabe ressaltar que o clima organizacional tem uma significativa influência sobre a
produtividade, às relações interpessoais, à saúde dos funcionários e aos resultados almejados
pelas empresas, enfim, sobre os processos, pessoas e financeiro.
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DESAFIO!
Pesquise outras características de clima organizacional favorável e desfavorável.
E, em sua empresa, de acordo com sua percepção, o clima é favorável ou desfavorável? Justifique:
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Isso tudo é parte de uma estratégia que busca a retenção de talentos e formação
de líderes dentro da empresa.
As pessoas e relações tendem a ser influenciadas, tanto pela cultura quanto pelo clima
organizacional, essas influências ocorrem de acordo com os tipos acima mencionados.
Os processos e seus resultados, também, são influenciados tanto pela cultura quanto
pelo clima organizacional.
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Você certamente já ouviu falar em pesquisa de clima e/ou participou de alguma. Pois
bem, trata-se de uma estratégia de coleta de diversos tipos de dados, que informam as
percepções dos funcionários/colaboradores relacionadas às variáveis que tendem a afetar o
seu desempenho e motivação, em determinada empresa.
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Como visto até aqui, o clima organizacional é mensurado pela percepção dos
colaboradores. Portanto, é necessário conhecer estas percepções para poder avaliar o clima
organizacional, manter o que o torna agradável e procurar alternativas para o que desagrada
os colaboradores, a fim de evitar as consequências de influências negativas. Mas, de que
forma é feita esta descoberta?
Esta pesquisa será capaz de responder às perguntas que se fizerem necessárias, entre
elas:
⇒ A empresa parece ser um bom local para trabalhar na opinião dos colaboradores?
O gestor deverá analisar estes e outros pontos que perceber pertinentes e de relevância,
para que saiba onde e como agir, definindo objetivos e desenvolvendo ações concretas.
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Essa fase é de suma importância e desponta após a decisão de se executar uma pesquisa
de clima, considerando o planejamento das informações mais relevantes e que a empresa
deseja investigar. Neste sentido, há que se considerar o planejamento das perguntas a serem
realizadas (abertas ou fechadas), se haverá campos livres ou de múltipla escolha, respostas
curtas ou respostas longas, espaços para comentários, elogios, críticas e sugestões.
De acordo com Feltrin (2020), ao planejar a pesquisa de clima, pode-se cumprir com
etapas do tipo:
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Aprovação dos blocos de perguntas, por parte dos gestores e, teste com alguns
funcionários para validação da compreensão do que se pede.
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Para a tabulação dos dados, dependendo do meio de aplicação, essa ação pode
ser automática (via software específico ou sistema online – disponibiliza-se o link) ou manual
(recolhe-se os formulários e efetua-se a tabulação pergunta a pergunta, respondente a
respondente).
Essas são técnicas que geram percentuais e gráficos, quando dispostos em planilhas
Excel, se for essa a opção da empresa. São indicadores do grau de satisfação dos funcionários,
em cada variável explorada na pesquisa.
Para concluir, é preciso que a empresa emita relatórios com gráficos e interpretação dos
resultados, considerando por exemplo, que determinada pergunta consiste em responder
ótimo/bom/regular/ruim e os escores foram, respectivamente, 30%/25%/40%/5%, então
pode-se concluir e relatar que 55% estão satisfeitos e 45% insatisfeitos, pois o recorte dar-
se-á em ótimo e bom entendidos como satisfatório e regular e ruim como insatisfatórios. Esse
relatório deverá conter os pontos positivos e críticos, bem como sugestões de intervenções
para ajustar as não conformidades.
Por fim, Feltrin (2020), relembra que é preciso definir um plano de ação para
implementação das sugestões de melhorias do ambiente de trabalho, elevando, dessa forma,
o clima organizacional. Em se tratando de inúmeros pontos críticos, deve-se priorizar os de
maior relevância.
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Recomenda-se que a pesquisa seja efetuada sob anonimato, abordando temáticas gerais
e específicas, de cunho objetivo e concreto, investigando por exemplo, plano de carreira,
lideranças, comunicação, políticas, ambiente, qualidade de vida, remuneração, ... e,
temáticas de cunho subjetiva e abstrata, como relacionamentos intergrupais e intragrupais,
segurança, estabilidade, diversidade, autonomia, ...
LEMBRETE!
Deverá ser elaborado instrumentos distintos por hierarquia, por exemplo: níveis operacionais
diferentes dos níveis gerenciais, pois possuem vocabulário e percepções diferentes, daí a importância
de efetuar adaptações no instrumento, de acordo com o público-alvo.
Não existe um modelo ideal e, sim o modelo que atende o que a Política de Recursos
Humanos preestabeleceu, pois dentre os modelos existentes, alguns tendem a ser mais
abrangentes e outros com foco mais específico. Vejamos algumas possibilidades, conforme
menciona Souza (2014):
Nesse modelo, a pesquisa de clima organizacional ocorre em duas etapas, sendo uma
de fatores internos à empresa, investigando sua influência no comportamento dos
funcionários e, outra etapa de fatores externos à empresa investigando igualmente sua
influência sobre os comportamentos, ações e decisões dos funcionários.
SAIBA MAIS...!
https://www.agppesquisas.com.br/noticias/pesquisa-de-clima-e-satisfacao-organizacional-sua-
empresa-e-um-bom-lugar-para-se-trabalhar/
Importante ressaltar que, existem outros métodos alternativos para avaliação do clima
organizacional, como por exemplo: contato direto entre líderes e liderados; entrevista de
desligamento bem elaborada; programa de sugestões, críticas e elogios.
A sugestão é medir o clima, utilizando como base o grau de satisfação dos funcionários.
Neste sentido, pode-se aferir a partir dos seguintes critérios:
Talentos: quando as empresas retêm seus talentos, existem indícios de que o clima
organizacional da empresa é satisfatório, pois profissionais satisfeitos com o ambiente de
trabalho não geram rotatividade, em geral.
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UNIDADE 2
2. O PAPEL DO LÍDER
“Um líder é como um pastor. Ele fica atrás do rebanho, deixando o mais ágil sair na frente, ao
que os outros o seguem, sem perceber que o tempo todo estão sendo dirigidos por trás” (Nelson
Mandela)
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LEMBRETE!
Nos ambientes organizacionais, sempre haverá um líder (influenciador), os liderados (influenciados) e
um comportamento a atingir (influenciar).
Temos que tanto o líder, quanto seus liderados fazem parte das chamadas gerações de
profissionais, que nos ambientes de trabalhos estão cada vez mais mescladas, ou seja, jovens
trabalhando com veteranos.
Está cada vez mais comum encontrarmos, nos ambientes de trabalho, diferentes
gerações interagindo. Cada geração cresceu vivenciando momentos distintos da evolução dos
tempos e, isso contribui para ambientes de trabalho desafiadores, pois cada geração carrega
em si um padrão comportamental.
Geração baby boomers (nascidos entre 1946 até início década de 1960): as
principais características desses profissionais são: busca da
segurança, fidelização à empresa, respeito à hierarquia e ao
cumprimento do dever e “vestir a camisa da empresa”.
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Geração Y (nascidos a partir de 1980 até início década de 1990): os profissionais dessa
geração nasceram vivendo em ação, estimulados por múltiplas
tarefas e atividades.
SAIBA MAIS…!
https://xerpay.com.br/blog/geracoes-do-mercado-de-trabalho/
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Você deve estar se perguntando, o que são estilos de lideranças, afinal? Quais são?
Existe um único estilo adequado?
Pois bem, quando falamos em estilos pensamos em métodos utilizados pelos líderes
para motivar, liderar e implementar planos contendo objetivos e metas a serem atingidas,
orientando e interagindo com as equipes.
Especialistas apontam vários estilos que guardam entre si, vantagens e desvantagens.
Porém não existe um estilo padrão, pois depende do objetivo e da cultura organizacional.
Funciona eficazmente em alguns casos, como por exemplo, quando o dono de uma loja,
determina o horário de abertura e fechamento.
Profissionais que lideram sob esse estilo, tendem a ser agressivos, autoritários e
impositivos levando os liderados a uma posição de submissão, alienação e passividade.
Além disso, o líder desse estilo “tende a desrespeitar as pessoas, suas necessidades,
suas capacidades e seus sentimentos, fazendo com que se sintam incapazes, inseguros e
imaturos” (ESCORSIN, 2017, p. 41).
LEMBRETE!
A postura desse estilo de líder destrói as relações interpessoais, levando os liderados a sentimentos de
revoltas, resistências, hostilidade, baixa produtividade e altos níveis de absenteísmo.
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Contudo, funciona com perfis de liderados mais dependentes e que necessitam de uma
autoridade, para condução de suas rotinas, fazendo com que se sintam mais seguros.
É um estilo adotado por alguns líderes, no entanto suas decisões costumam ser mais
lentas, em virtude de consultar sua equipe.
LEMBRETE!
A postura desse estilo de líder propicia um ambiente agradável, de cooperação, no qual os liderados se
mostram comprometidos e confiantes, com altos níveis de produtividade.
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Trata-se de um estilo em que o líder “foge” de conflitos e tende a querer agradar a todos
o tempo todo, compreendendo que a melhor forma é dirigir dando total liberdade, desprovidos
de controle, auxílio e orientação.
Em alguns casos, este perfil de líder é considerado omisso por parte de seus liderados,
pois atua basicamente prestando informações e agindo somente quando solicitado.
LEMBRETE!
A postura desse estilo de líder funciona com equipes maduras e que se sentem confortáveis em trabalhar
com liberdade, sem afetar o desempenho e/ou nível produtividade.
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Neste sentido, é de fundamental importância que o líder saiba como agir, focando em
seu processo de autoconhecimento e de desenvolvimento, assim como intercalando os demais
estilos de liderança, em benefício próprio e da equipe.
Com isso, os liderados tendem a nutrir sentimentos de paixão e fanatismo pelo líder,
dada a percepção de que é um indivíduo com extraordinária capacidade de liderança.
Inclusive, esse estilo surgiu como a Nova Era (teoria neo carismática), consistindo em
Teorias Transacionais, Transformacionais e outras, iniciando na década de 1990 e
persistindo até os dias atuais.
Esta Nova Era foca nas mudanças rápidas, inovações tecnológicas e a proliferação de
relações externas e/ou globalizadas. Nessa abordagem acredita-se no desenvolvimento de
lideranças, em virtude de que todos os indivíduos possuem perfil de liderança não
desenvolvido, ou seja, é um estilo que preza pelo desenvolvimento.
A liderança desse estilo utiliza, habitualmente, sua visão pessoal e energia para inspirar
seus liderados, além de características como fortemente orientado para visão de futuro, gosta
de correr riscos pessoais, atento às necessidades do ambiente e de seus liderados, bem como
comportamentos atípicos, fora do padrão.
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Delega
Desenvolve
visões
Sistêmica e Comunica
Estratégica
Gerencia o
Liderança Planejamento
Compreende aplicado no seu
Transformadora
âmbito
Desenvolve
Avalia
Alinha-se
com os
objetivos
Fonte: autora
LEMBRETE!
A postura desse estilo de líder funciona em situações de transformações e mudanças e, não na
manutenção da rotina cotidiana dos processos.
Reconhece-se um líder transformador pela sua atuação junto à equipe, que consiste em:
Prevenir problemas.
Incentivar a inovação.
Valorizar a equipe.
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SAIBA MAIS...!
https://hsmuniversity.com.br/blog/tipos-de-lideranca/
LEMBRETE!
A postura desse estilo de líder é liderar através de perguntas e não de respostas, possibilitando aos
liderados comprometimento com o processo.
Figura 6 – C.H.A
Fonte: autora
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Lembrando que:
Conhecer a realidade do mercado onde suas empresas atuam, no que diz respeito
às demandas, características e tendências.
Conhecer o perfil dos seus clientes, saber das suas necessidades, desejos, expecta-
tivas e dificuldades.
Antecipar os problemas indo além da iniciativa, evitando focar apenas nas tarefas
de rotina, conduzindo suas ações para a proatividade.
Neste sentido, o líder atual necessita ter habilidades técnicas, interpessoais e cognitivas.
Dependendo do cargo e da cultura de liderança, implementada pela empresa, a combinação
dessas três habilidades é de fundamental importância.
Mas, ainda é preciso que o líder atual transite bem em habilidades como:
LEMBRETE!
As lideranças precisam apreender a lidar com e-liderança e teletrabalho, ou seja, é necessário
atualizar-se nas competências (conhecimento, habilidades e atitudes) constantemente, em virtude
de um mundo cada vez mais digital.
Além disso, sabe que não consegue fazer tudo sozinho, mas não comanda pelo medo,
pois as pessoas seguem-no, porque acreditam na sua visão.
Para Feltrin (2020, p. 31) “a diferença entre ser um líder e um chefe encontra-se na
maneira de se relacionar com a equipe, ou seja, enquanto o chefe se coloca de forma superior
ao quadro de funcionários, o líder estimula uma relação horizontal, baseada no respeito”.
Aqui é importante salientar que nem todo chefe é um líder e nem todo líder é um chefe.
Pois chefe é algo imposto por contingência da ocupação de cargo de relevância na hierarquia
da empresa (cabendo às pessoas aceitá-lo), enquanto a liderança não se impõe e os liderados,
necessariamente, se identificam com o líder.
SAIBA MAIS!
https://capitalsocial.cnt.br/habilidades-para-um-gerente-ter-sucesso/
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Ou poderá ser orientado para as pessoas (foco nas pessoas), desenvolvendo relações
de confiança e respeito junto aos liderados, ou seja, enfatizam as relações interpessoais e
preocupam-se com as pessoas de sua equipe. Também chamados de líderes orientados para
os relacionamentos.
Todavia, o líder que adota comportamentos apenas para fins de conquistar a confiança
de seus liderados, tende a não se sustentar por muito tempo e, desta forma corre o risco de
mostrar-se como de fato realmente se comporta.
Gestão de pessoas: o líder deve ser capacitado nos processos e políticas de recursos
humanos da empresa, pois é ele quem lida com as necessidades de suas equipes,
cotidianamente.
Além disso, é importante que tenham boas noções de processos de marketing, gestão de
projetos, de custos e sistema de informação e, isso é possível através de capacitações de
lideranças que possibilite conhecimento técnico e vivência, para fins de desenvolver uma
visão sistêmica, necessária aos gestores/líderes.
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Por fim, aborda-se a temática liderança, oportunizando ao líder refletir que o exercício
do cargo de gestão requer a compreensão de que não se é apenas técnico e, sim assumir
outros papeis e outras responsabilidades.
Neste sentido, o foco da capacitação recai em aspectos como influência do líder no clima
organizacional e no estilo de liderança, junto aos seus liderados; delegação de atribuições;
desenvolvimento de talentos; alinhamento de estratégias e gestão do tempo.
Cabe ressaltar que, as capacitações de lideranças devem fazer parte das políticas de
recursos humanos e, que devem ser apoiadas em vivências e práticas, diferentemente do
treinamento que se propõe a abordagens mais teóricas, via de regra.
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Vejamos os 5 níveis apontados pelo pesquisador Collins e, explorado nesse artigo pelo
consultor em questão.
Liderança nível 1
Nesse nível, o indivíduo atua com alta capacidade individual, agregando à empresa
conhecimento profissional, através de seus talentos e habilidades para execução de um bom
trabalho.
Liderança nível 2
Liderança nível 3
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Liderança nível 4.
Conforme Collins, nesse nível estão concentrados os bons líderes da empresa, pois o
líder desse nível possui capacidade de incentivar suas equipes e canalizar esforços da área
ou da empresa, para fins do alcance do desempenho e influenciar os liderados acerca da visão
do negócio. É conhecido, também, como o nível do líder eficaz.
Liderança nível 5.
Esse nível reúne todas as habilidades e talento dos níveis anteriores, combinando
humildade e determinação. Inclusive, para chegar a esse nível necessariamente, de acordo
com o pesquisador, é preciso possuir as habilidades e competências de cada um dos níveis
que o antecedem. È conhecido como o nível dos grandes líderes.
Para Collins, além de humildes, esses líderes não poupam esforços para o
desenvolvimento e sucesso de suas equipes, dividindo os méritos entre os liderados e
assumindo para si os erros cometidos pela equipe. Tendem a ser serenos, sem medo de tomar
decisões e assumir riscos.
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Ser o exemplo.
Saber ouvir.
Dar feedback.
Assumir as responsabilidades.
Saber tomar decisões.
Reconhecer os méritos.
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Ter humildade.
Saber pedir ajuda.
Conseguir motivar o time.
Confiar em si e na equipe.
Reconhecer as limitações.
Estar em constante evolução.
Fonte: https://seculoxximinas.com.br/fgv/checklist-12-caracteristicas-dos-lideres-de-sucesso/
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UNIDADE 3
3 RELAÇÕES INTERPESSOAIS
Da mesma maneira como não existem duas organizações iguais ou similares, também não existem
duas pessoas iguais ou similares.
As pessoas possuem diferenças individuais, a qual provavelmente seja a principal
característica do ser humano.
SAIBA MAIS...!
https://www.ibccoaching.com.br/portal/rh-gestao-pessoas/treinamento-relacionamento-interpessoal/
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Você sabia que no ambiente de trabalho interagimos como grupo e como equipe? Você
saberia diferenciá-los? Pois bem, iniciaremos pela compreensão de grupos no ambiente
corporativo e, na sequência focaremos no entendimento de equipe.
GRUPOS EQUIPES
Quanto às equipes de trabalho, temos que vai além de uma condição de grupo, pois
tende a gerar sinergia positiva e atuam com mútua responsabilidade, bem como se
complementam entre si, no que diz respeito às habilidades individuais.
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b) sinergia positiva.
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Diante disso, conclui-se que o líder deve dar conta de algumas tarefas, aliadas à sua
habilidade de liderar equipes.
LEMBRETE!
Não importa se na empresa predomina a constituição de grupos ou equipes, o fato é que a partir daí se
designam as relações interpessoais, aliadas às políticas de recursos humanos, como cultura e clima
organizacional, além da figura das lideranças.
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3.2 Motivação
Você já deve ter ouvido falar que eventos ou pessoas não motivam ninguém. De fato,
esses elementos em si não motivam, mas os estímulos proporcionados podem levar o
indivíduo a um estágio motivacional, desde que isso faça sentindo para ele, ou seja, que
estabeleça conexão com suas necessidades. No ambiente de trabalho, em nada difere tais
estímulos externos.
Trata-se da força que nos estimula a agir. Cada um de nós tem motivações próprias,
geradas por fatores distintos. No ambiente de trabalho, recomenda-se aos gestores estimular
sua equipe a aliar as motivações pessoais às necessidades da empresa.
A motivação pode ser entendida como um impulso, um desejo, uma necessidade, uma
força psicológica. Também, pode ser entendida como uma força interior, que move o
comportamento do indivíduo em direção a um determinado objetivo.
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Existe um caminho, ou seja, um objetivo pelo qual o gestor deverá se orientar sempre,
que é o de obter o maior rendimento de todos, extraindo o melhor de cada um.
Para tanto, comece avaliando, sem preconceitos, cada integrante da equipe, conheça e
reconheça as características específicas de cada um, identificando as possíveis diferenças.
Outra tática motivacional, diz respeito ao estímulo fornecido pelo gestor à participação
coletiva, a qual contempla a conduta em influenciar todos que o rodeiam.
LEMBRETE!
Estas condutas valem, também, para não ocupantes de cargos de gestão.
Para as organizações, a motivação é o maior desafio a ser enfrentado, pois o alcance dos
objetivos/resultados organizacionais depende do comprometimento, da manutenção, da
firmeza e da confiança das pessoas que nela trabalham. Existem várias teorias sobre
motivação no trabalho.
Existem alguns fatores que servem de estímulos aos aspectos motivacionais nos
ambientes de trabalho, dentre eles, estudiosos do assunto citam:
Autonomia.
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Flexibilidade
Fatores como os supracitados não garantem o processo motivacional nas pessoas, pois
é sabido que motivar pessoas, em especial nos ambientes de trabalho, não é tarefa fácil,
embora compreenda-se que se trata de estímulos fornecidos, cabendo aos profissionais
avaliar se isso de fato os motiva.
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A Teoria da Hierarquia das Necessidades de Maslow, com destaque para as razões que
fazem com que o indivíduo fique motivado, por exemplo, contempla as seguintes necessidades
(da base para o topo) e, embora carreguem especificidades entre si, cabe às políticas de
recursos humanos da empresa suprir o funcionário em alguns pontos, conforme segue:
Necessidades fisiológicas, caracteriza-se por tudo que é básico, como sono, saúde,
respiração, ...
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Sob a perspectiva das políticas de recursos humanos, praticar estímulos voltados aos
desafios e desenvolvimento de habilidades e capacidade criativa.
O processo motivacional está fortemente presente nas teorias motivacionais, seja sob a
perspectiva das razões que levam à motivação, ou do como os profissionais ficam motivados
ou até mesmo da influência do ambiente nas pessoas. Esse processo, a partir de ações das
lideranças, pode acontecer através de mecanismos como:
Job rotation: essa prática é também conhecida como rodízio de tarefas, que
consiste em deslocar os funcionários para outros desafios, porém resguardando-
se os níveis de exigências e os requisitos acerca das habilidades necessárias.
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Neste sentido, uma saída como estímulo motivacional pode ser atrelar a
remuneração ao desempenho funcional, adotando a sistemática de remuneração
variável, como por exemplo remunerar por produção, participação nos lucros,
participação nos resultados ou até mesmo, de acordo com o desempenho do
profissional, fazendo com que este sinta-se motivado em realizar suas atividades.
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Pois, muitos desses mecanismos propiciam equilibro entre vida pessoal e profissional,
bem como apresenta como consequência uma maior motivação e satisfação no e com o
trabalho.
LEMBRETE!
As estratégias voltadas aos processos motivacionais, ainda que sob práticas de estimulação
à motivação deve ser considerada nas políticas de recursos humanos das empresas.
3.3 Cooperação
Pois bem, cooperar significa em latim operare (operar, executar, fazer, realizar);
colaborar, em latim labore (trabalhar, produzir, exercer uma atividade com um fim previsto).
Já na colaboração, o indivíduo atua junto com outras pessoas, por um único objetivo
compartilhado.
O ideal é que assim como as empresas tem adotado estratégias de redes de cooperação
em seus negócios, as equipes também atuem em formato de rede de cooperação e
colaboração.
Para Jensen (2020, p. 11) “rede de cooperação pressupõe a construção de laços fortes,
baseados na troca e na confiança, o que nos permite inferir que este perfil de relacionamento
tende a adquirir grande responsabilidade”.
Neste sentido, parcerias que colaboram entre si, contam com elementos como know-
how (saber como/conhecimento); ser autoridade e referência; afinidade; complementaridade.
Além disso, a colaboração está diretamente associada à participação e envolvimento nos
processos como um todo.
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Conforme o professor John Spencer, colaborar sem cooperar poderá ocasionar em uma
prática coletiva única, porém cooperar sem colaborar leva à desunião dos envolvidos.
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UNIDADE 4
4 CONFLITOS
⇒ Áreas ou departamentos.
De acordo com Berg (2012), a palavra conflito vem do latim conflictus, diz respeito à
colisão entre duas coisas, embate de pessoas, ou grupos opostos que lutam entre si. Portanto
trata-se, basicamente, da existência de opiniões e de situações divergentes ou incompatíveis.
O autor, ainda, refere que: “o conflito nos tempos atuais é inevitável e sempre evidente.
Entretanto, compreendê-lo, e saber lidar com ele, é fundamental para o seu sucesso pessoal
e profissional” (2012, p.18).
O profissional estratégico tem a obrigação de saber lidar com conflitos e mediá-los todos
os dias, inclusive distinguindo conflitos necessários dos desnecessários. Sendo assim, a
postura profissional adequada é lidar diretamente com eles, criando acordos e pactos
conforme a circunstância.
Intrapessoal ou interno
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Além disso, no ambiente de trabalho, pode ocorrer por conta dos papeis que um
indivíduo desempenha, como por exemplo: determinado líder deseja repreender o
comportamento de um de seus subordinados, mas teme por sua reação adversa, ou seja,
suas reações emocionais e os resultados dessa repreensão.
Exemplo:
Interpessoal ou externo
Envolve duas ou mais pessoas, pelos mais diversos motivos. Os conflitos interpessoais
podem ser de natureza intragrupal (desentendimentos na mesma equipe) e intergrupal
(desentendimentos entre equipes diferentes). Também conhecido como conflito social e, pode
ser originado pelo conflito interno ou este pode gerar um conflito interno.
Organizacional
Para mitigar um conflito, é preciso identificar sua causa, que nem sempre é tão óbvia
quanto parece, pois, a existência persistente de conflitos desvia o foco daquilo que é
importante para o sucesso organizacional, podendo levar a insatisfações e gerar outras
disfunções entre os colaboradores.
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De acordo com Robbins (2000, p. 274) é possível definir conflito como “um processo que
começa quando uma parte percebe que outra parte o afetou, ou está perto de afetar
negativamente algo pelo qual a primeira parte se interessa”.
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Liderança ditatorial: cabe a quem comanda uma equipe tomar decisões, mas
isso não significa que o faça pela imposição.
Cabe ao gestor reconhecer as diferenças e, desta forma fazer uso de dispositivos que
potencializem comportamentos ou até mesmo neutralizá-los.
De todo modo, o líder deve saber identificar conflitos em seus setores, observando a
existência de conflitos entre os membros de sua equipe de trabalho. Portanto, sugere-se que
inicie pelo diagnóstico, analisando o tipo de conflito e decidir se deverá chamar todos os
subordinados envolvidos ou individualmente, para um momento de feedback, para fins de
proposição de solução.
Outra estratégia, na sequência, adotada pelo líder é de propiciar que as partes acordem
entre si uma decisão de como podem eliminar ou reduzir o conflito e, se comprometerem em
restabelecer a ordem e clima mais harmonioso.
Por fim, o líder deve adotar a estratégia de monitorar se o acordado entre as partes se
mantém, para fins de redução ou eliminação do conflito no ambiente do trabalho.
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Prolongam-se por tempo demais sem solução, causando desgaste às partes en-
volvidas, mobilização de recursos e perda de produtividade.
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Neste sentido, Covey (citado por Lotz, 2012) traz à luz compreensões acerca de cada
cenário em atendimento aos objetivos, resultados, paradigmas e consequências, conforme
segue:
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“Sou um fracassado
e sempre serei. ”
É preciso que essa terceira parte, adote a postura de imparcialidade, podendo ser o
gestor, desde que não faça parte do conflito, mas que auxilie apresenta alternativas de
solução. A esse processo dá-se o nome de mediação ou arbitragem.
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Neste sentido, cabe ao mediador estimular uma proximidade entre as partes, para que
elas tenham oportunidade de negociar diretamente entre si. Por conseguinte, o mediador é
detentor do controle do processo, mas não da solução do conflito.
Da resolução: essa fase contém subfases como evitação ou fuga; impasse; vitória ou
derrota; conciliação e integração.
A fuga acontece quando o indivíduo está em conflito com determinada pessoa e após
muito pensar sobre sua resolução, sequer consegue vê-la, evitando-a continuamente.
A derrota, ocorre quando uma das partes do conflito vinga-se demonstrando vitória, por
exemplo, sobre determinada situação.
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Todavia, o conflito deverá ser administrado para manter as pessoas motivadas, melhorar
a produção, facilitar o trabalho em equipe e gerenciar mudanças.
A conduta adotada, pelo gestor, deverá ser a de minimizar os impactos para as partes envolvidas,
principalmente para a organização e os reflexos junto à clientela desta e de assertividade a fim de
neutralizar a existência dos desconfortos.
Incluir uma terceira pessoa para mediar o conflito, é uma alternativa válida, até mesmo
pelo caráter de imparcialidade. Entretanto, esse processo apresenta prós e contras, conforme
Lotz (2012). Vejamos:
Vantagens:
As resoluções efetivas para a disputa e para sua conclusão podem ser atingidas.
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Desvantagens:
Além das condições acima citadas, ainda temos as aulas remotas e/ou híbridas1 , que
desafiaram e continuam desafiando, tanto os gestores da área de educação, quanto os alunos
e professores.
1Aulas híbridas são vistas como uma forma de mesclar ferramentas, metodologias e estratégias do
ensino presencial tradicional e da Educação a Distância (EaD).
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Por outro lado, cuidando para que o colaborador também não perca a noção do tempo,
realizando as atividades fora do horário de trabalho, podendo ser caracterizado como jornada
extraordinária (horas extras).
Em se tratando de situações de aulas remotas/híbridas imprescindível que o aluno compreenda que estar
nessa condição não significa estar distante das interações com seus colegas e professor.
Nas situações de aulas remotas/híbridas, o exercício da empatia é muito importante, em virtude de que
assistir ou dar aula nessas condições implica em estar ciente de ruídos externos e até mesmo internos.
LEMBRETE!
Para se ter resultados positivos e eficazes no trabalho remoto é preciso planejamento, rotina, comunicação,
parceria, disciplina e equilíbrio.
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Quando, em nome do cargo, o líder faz imposições ao seu liderado isso denomina-se
abuso de poder. Por exemplo: se você não fizer como estou mandando, vou demiti-lo.
Autores como Robbins, Judge e Sobral (2012), afirmam que uma das particularidades
das relações de poder é a dependência, pois o poder do indivíduo tende a aumentar quando
ele está sob o controle de algo considerado importante, desejado e almejado por outro
indivíduo.
De todo modo, poder é o que distingue, por exemplo, a posição de liderança e gestão
nas relações corporativas, em especial. Quanto aos tipos, o poder pode ser de posição, nesse
caso, relacionado ao cargo ocupado pelo indivíduo e à estrutura organizacional (legítimo, de
recompensa, coercitivo e de controle sobre a informação) e pessoal, ou seja, inerente ao
indivíduo (de qualificação ou especialização, de referência).
Caso, o indivíduo deixe o cargo, o poder continua a existir na posição e não pode
segui-lo. Esse poder é legítimo na organização, e o indivíduo é investido de poder. A
posse do poder está geralmente associada a um título oficial, como gestor, vice-
presidente, diretor, supervisor e outros semelhantes.
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Essa forma de poder permite que uma pessoa relativamente jovem ou nova na
força de trabalho ganhe influência dentro da organização.
Essa pessoa torna-se um referencial de conduta, e isso lhe confere poderes como
Gestor.
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A posse de informação pode não ter relação alguma com a posição organizacional ou
poder atribuído a um indivíduo.
Alguém que esteja "por dentro”, tem poderes reais. Assim sendo, a secretária de um
Gestor pode na realidade estar em uma posição poderosa se tiver a confiança do Gestor ou
adquirir conhecimentos sobre a empresa. Um contador, por exemplo, numa reunião gerencial,
detém poder de informação.
Por fim, é importante que as empresas percebam a responsabilidade do poder de posição, aquele
relacionado à ocupação do cargo, pois, uso abusivo do poder poderá provocar nos membros das
equipes reações negativas e resistências à execução do trabalho, bem como o uso abusivo do poder de
informação, por exemplo, que poderá acarretar prejuízos ao processo decisório. Por exemplo, liderados
não munem os líderes de informações importantes.
LEMBRETE!
No ambiente de trabalho, como os profissionais (líderes e liderados) se influenciam, mutuamente,
recomenda-se prudência no uso do poder.
O poder muda de lugar, de pessoa, pois pode ocorre perda ou ganho de poder nos ambientes organizacionais.
DESAFIO!
Faça um mapeamento dos poderes existentes na empresa que você trabalha.
E você, exerce algum tipo de poder? Qual? Em que circunstância? Com quem?
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5 REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Airton Vieira de. (org.). - Planejamento estratégico em RH. 1.ed. – São Paulo:
Pearson Education do Brasil, 2015. – (Coleção Bibliográfica Universitária Pearson).
BUSSE, Angela Maria Fagnani; MANZOKI, Simone. Auditoria de recursos humanos [livro
eletrônico]. – 1.ed. – Curitiba: InterSaberes, 2014. – (Série Administração Estratégica).
FELTRIN, Carolina Marques de Almeida. Cultura e clima organizacional. Curitiba/PR:
Contentus, 2020.
QUENEHEN, Romulo. Gestão de Pessoas, Curitiba/PR: Contentus, 2020.
SOUZA, Carla Patrícia da Silva. Cultura e clima organizacional: compreendendo a essência
das organizações [livro eletrônico]. Curitiba: InterSaberes, 2014.
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