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INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 3
1 COMPETÊNCIAS: CONCEITO E GESTÃO POR COMPETÊNCIAS............. 4
1.1 Competências com base na cultura organizacional........................................ 4
1.2 Novas técnicas de gestão das competências ................................................. 5
1.3 Os novos papéis da gestão de pessoas nas organizações ............................ 7
1.3.1 Talento humano .............................................................................................. 8
1.3.2 Capital humano............................................................................................... 8
1.3.3 Capital intelectual ........................................................................................... 9
2 GESTÃO DE PESSOAS E RECURSOS HUMANOS ................................... 10
2.1 A gestão de pessoas .................................................................................... 11
2.2 A abordagem estratégica da gestão de pessoas .......................................... 14
2.3 A gestão de pessoas no mundo pós-globalização........................................ 17
3 A GESTÃO HUMANA ................................................................................... 22
3.1 Caráter multivariado da GH .......................................................................... 23
3.2 Caráter contingencial da GH ........................................................................ 27
3.3 GH COMO RESPONSABILIDADE DE LINHA E FUNÇÃO DE STAFF ........ 32
3.4 GH como um processo ................................................................................. 33
3.5 Políticas da gestão humana ......................................................................... 36
3.6 Objetivos da GH ........................................................................................... 39
3.7 Dificuldades básicas da GH .......................................................................... 40
4 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E RECURSOS HUMANOS .................. 42
4.1 Planejamento estratégico e planejamento de RH: a integração entre os
processos ..................................................................................................... 43
5 INFLUÊNCIAS DA NOVA ADMINISTRAÇÃO NOS RECURSOS
HUMANOS.... ............................................................................................... 45
5.1 As consequências da reengenharia e do downsizing sobre o pessoal ......... 49
5.1.1 Número de empregados ............................................................................... 49
5.1.2 Qualificação do pessoal ................................................................................ 49
5.1.3 O moral do pessoal....................................................................................... 50
5.2 As repercussões da qualidade total sobre o pessoal.................................... 50
5.2.1 Conceituação de qualidade total .................................................................. 50
5.2.2 A participação de todos ................................................................................ 51
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................. 54
INTRODUÇÃO
Prezado aluno,
Bons estudos!
1 COMPETÊNCIAS: CONCEITO E GESTÃO POR COMPETÊNCIAS
Cada organização tem uma disposição funcional baseada em uma cultura que
lhe é peculiar, fundamentada em valores, ideologias, crenças, origem, comunicação,
história e outros fatores que lhe são característicos e dão a ela uma identidade própria.
Essas características podem interferir na maneira como a organização enfrenta seus
problemas, principalmente no que se refere às relações interpessoais. A cultura de
uma organização reflete crenças, origem, ideologias e valores de seu fundador, é o
reflexo dos pensamentos de quem a criou. A cultura de uma organização influencia
diretamente na forma como os indivíduos irão se comportar dentro dela, nas suas
relações pessoais e até mesmo nas decisões estratégicas que são tomadas.
(OLIVEIRA, 2017). Os componentes básicos de uma cultura são:
4
Repare que é inevitável falar em cultura sem mencionar o clima organizacional
de uma empresa. Ele é o reflexo da forma como a empresa apresenta valores e
crenças. Ambos, cultura e clima, são parte inerente da organização, em que o clima
manifesta a percepção dos indivíduos sobre o ambiente organizacional, promovido
pelos elementos que integram a cultura da empresa. As relações interpessoais na
empresa são influenciadas pela sua cultura organizacional. (OLIVEIRA, 2017).
ATENÇÃO: A forma como os gestores irão desempenhar suas atividades de gestão
está diretamente ligada à cultura existente na organização. Ou seja, se uma empresa
se preocupa em administrar as competências de seus colaboradores, significa que ela
acredita, estima valor e pressupõe que este é o caminho para o seu sucesso
organizacional.
Cabe aqui deixar claro a você que o clima organizacional pode ser medido por
meio de pesquisas de clima. Essa pesquisa deve ser feita de forma individual e
anônima em períodos que variam de acordo com a necessidade de cada empresa.
Ela pode ser feita pelo gestor de cada área ou até mesmo a nível corporativo, neste
caso, pelo setor de Recursos Humanos da empresa. O clima organizacional está
diretamente ligado às lideranças internas. (OLIVEIRA, 2017). Veja a seguir alguns
pontos importantes sobre este relacionamento:
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empresa no mercado onde se encontra. As organizações mais competitivas estão
procurando valorizar mais o seu maior capital nos dias atuais, isto é, as pessoas.
Nestes novos modelos de gestão, podemos encontrar a gestão do conhecimento, o
coaching, a gestão de talentos e a gestão do capital humano. Esses novos tipos de
gestão são considerados um dos maiores desafios para as empresas neste novo
milênio. Abordaremos, agora, o coaching. (OLIVEIRA, 2017).
A imagem a seguir elucida a posição ou distribuição das competências dentro
de uma organização.
Como você pode perceber, uma organização é composta por quatro grandes
grupos de competências. Preste atenção nas características de todos os grupos.
Todas elas têm algo em comum – as pessoas.
Como os gestores desempenham um papel fundamental neste processo, é
impossível não os colocar como peça estratégica neste jogo competitivo. Cabe
salientar aqui que estamos abordando os processos de gestão de pessoas, que são:
prover, aplicar, manter, desenvolver e monitar os recursos humanos na organização.
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Nosso foco está no desenvolvimento, e uma das técnicas mais atuais de desenvolver
as pessoas dentro das organizações é através do gestor coaching. Essa habilidade
possibilita ao gerente desenvolver vários papéis, como renovador, motivador,
preparador e orientador de cada indivíduo de sua equipe. (OLIVEIRA, 2017).
ATENÇÃO: O coaching é um trabalho que eleva o desempenho do colaborador (seja
grupo ou empresa), dando aos resultados positivos um incremento por intermédio de
metodologias, ferramentas e técnicas cuja validade é comprovada em âmbito
científico. A aplicação da técnica é feita pelo coach, profissional habilitado na função,
tendo parceria com o cliente, chamado de coachee. (SOCIEDADE BRASILEIRA DE
COACHING, 2015).
O uso do coaching como nova forma de desenvolver as pessoas dentro das
organizações se tornou uma das principais estratégias organizacionais neste novo
século. Para alguns pensadores, é uma nova filosofia empresarial. (OLIVEIRA, 2017).
Você sabe para que serve o novo modelo de gestão de pessoas? Ele busca
unificar as competências encontradas na organização para alavancar seu sucesso
neste ambiente acirrado e competitivo. Muitas organizações já perceberam que isso
somente será possível com e através das pessoas. Elas são o maior capital de uma
empresa. No passado, o maior capital eram as máquinas e os equipamentos, sua
estrutura física e seu faturamento. Certamente, são detalhes importantes para todo o
processo, afinal de contas, sem esses elementos, não existiriam as organizações. No
entanto, são as pessoas que fazem com que este amontoado de estruturas ganhe
vida.
Como vimos na unidade anterior, a informação é a chave para abrir as portas
do sucesso empresarial na era da globalização. Um dos grandes desafios para as
empresas e para os gestores coaching, na atualidade, é administrar da melhor forma
possível os talentos humanos e seu capital intelectual. Estes são os focos principais
deste capítulo: talento humano, capital humano e capital intelectual. (OLIVEIRA,
2017).
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1.3.1 Talento humano
O capital humano faz referência ao valor que o ser humano tem dentro de uma
organização. As empresas inovadoras acreditam que as pessoas são o seu maior
patrimônio e que elas responderão pelo sucesso ou fracasso das organizações. As
características que o capital humano apresenta estão apresentadas na imagem:
8
processo organizacional. Se este ambiente não for acolhedor, o talento pode não se
desenvolver e, por consequência, sair da organização. (OLIVEIRA, 2017).
10
2.1 A gestão de pessoas
11
Fonte: Adaptada de Knapik (2008) e Marras et al. (2010).
12
realizados pelas organizações, normalmente conduzidas pelo setor de gestão de
pessoas (SAGAH, 2020).
A partir desse contexto social e das evoluções na maneira como as pessoas
são vistas dentro das organizações, pode-se conceituar a gestão de pessoas como
“[...] a função gerencial que visa à cooperação das pessoas que atuam nas
organizações para o alcance dos objetivos tanto organizacionais quanto individuais”,
conforme leciona Gil (2001, p. 17). Trata-se do processo de desenvolvimento dos
colaboradores da organização rumo ao seu aperfeiçoamento técnico e social.
Ou seja, por meio da constituição de políticas internas de gestão de pessoas,
treinamentos e várias outras práticas pedagógicas e vivenciais, busca-se conduzir o
grupo de colaboradores a alcançar o seu melhor potencial, o que traz resultados
positivos tanto para a empresa quanto para os próprios colaboradores. Para que isso
ocorra, a organização deve ser hábil em conciliar os interesses das pessoas com os
seus objetivos estratégicos, tarefa essa que se configura como o grande desafio e a
finalidade da gestão estratégica de pessoas (SAGAH, 2020).
Segundo Marras et al. (2010, p. 134), a gestão estratégica de pessoas tem
como objetivo “[...] alavancar os resultados organizacionais agregando valor por meio
de atitudes organizacionais verdadeiramente inovadoras em relação às pessoas”.
Assim, deve-se buscar conciliar o desenvolvimento cognitivo e social e as
possibilidades de ascensão dos colaboradores dentro da organização, ao mesmo
tempo que ocorre o desenvolvimento organizacional esperado. Dessa forma, ainda
conforme Marras et al. (2010, p. 134):
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costumam ser também diferentes, envolvendo competências distintas e, mesmo
quando similares, em níveis diversos. Assim, cabe também à gestão de pessoas
mapear esses conhecimentos existentes, realizando sua gestão e possibilitando o seu
compartilhamento entre todos. Assim, investir na aprendizagem organizacional
costuma ter um efeito muito positivo para ambos — colaboradores e organização
(SAGAH, 2020).
Existem inúmeros outros aspectos nos quais as pessoas diferem no interior de
uma organização, relacionados a fatores como cultura, identidade, grau de instrução,
expectativas, motivação, entre outros. Todos esses elementos deverão ser
considerados pela gestão de pessoas, para que se consiga reter os colaboradores
mais talentosos, bem como ampliar as competências de todos que se encontram na
organização (SAGAH, 2020).
Como se pode perceber, a gestão de pessoas possui uma importância muito
grande nas organizações, pois realiza o gerenciamento do fator mais potente para que
os resultados sejam alcançados. Assim, dada a tamanha diferença existente entre as
pessoas e o comportamento organizacional que elas apresentam, exige-se do gestor
de pessoas muita habilidade para que consiga alavancar tanto o crescimento pessoal
e profissional dos colaboradores quanto o desempenho organizacional (SAGAH,
2020).
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Para que se possa entender bem como se aplica o conceito de gestão
estratégica de pessoas na contemporaneidade, é importante retomar o conceito de
estratégia organizacional. A estratégia consiste nos esforços das organizações em
desenvolverem planos de ação que envolvam todos os seus recursos para o alcance
de seus objetivos, considerando, para isso, o ambiente altamente competitivo do
mercado onde estão atuando. Assim, estipular uma estratégia envolve a formulação
de objetivos, metas e políticas que deverão ser postas em prática. Dessa forma,
conciliando o conceito de estratégia com o de gestão de pessoas, fica clara a sua
importância para o futuro das organizações (SAGAH, 2020).
Ao analisar as possíveis formas com que a gestão de pessoas procura
considerar o envolvimento dos colaboradores nas organizações, Lacombe e Chu
(2008, documento on-line) destacam que:
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os novos desafios que se impõem no mercado se não capacitarem seus
colaboradores?
Torna-se estratégico também propor políticas de gestão de pessoas que se
alinhem com as aspirações dos colaboradores, mantendo seu nível de motivação e
suas expectativas de projeção dentro das empresas. Assim, as práticas de seleção
de pessoal passam a focar com especial atenção os processos internos e mistos,
permitindo que os colaboradores se sintam contemplados e participem desses
processos. Além disso, as empresas passam a pensar em termos de planejamento e
gerenciamento de carreiras daqueles colaboradores considerados talentos na
organização, procurando conciliar seus planos de desenvolvimento profissional
individuais com o que a organização desejaria para esses trabalhadores. Nesse
aspecto, temos também um aumento significativo nas ações de coaching e mentoring
no ambiente corporativo, visando à potencialização de competências dos
colaboradores e à gestão de suas carreiras (SAGAH, 2020).
Da mesma forma, as organizações precisam buscar no mercado de trabalho
pessoas que agreguem novas competências e possam contribuir para que alcancem
seus resultados, oxigenando suas práticas e renovando os conhecimentos que vêm
sendo geridos em seu meio. Assim, busca-se um alinhamento das questões
relacionadas ao emprego, tanto interno quanto externo, visando sempre ao aumento
do capital humano, que incide diretamente no aumento do capital intelectual da
organização, conforme se observa na Figura abaixo.
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Entender o conceito de capital intelectual contribui para que se possa perceber
o quão importante é a gestão estratégica de pessoas na contemporaneidade, pois
suas práticas incidirão diretamente no desenvolvimento desse capital. Conforme
ressalta Stewart (1998, p. 13):
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fluxo intenso de informações; acelerado desenvolvimento tecnológico; ampliação das
fronteiras geográfi cas; acirrada competição de base global; movimentos de
cooperação, parcerias e alianças; elevação da consciência de cidadania do
consumidor; customização; e degradação de recursos naturais” (SAGAH, 2020).
Assim, essas mudanças precisam ser consideradas pelas organizações. Elas
exigem dos gestores de pessoas que se empenhem na preparação de seus quadros
funcionais, para que saibam como lidar com cada um desses aspectos vigentes desde
então e que representam desafios para suas ações. Estes são alguns dos aspectos
que sofreram mudanças por ocasião da globalização, afetando os processos
organizacionais, incluindo a gestão de pessoas, segundo Gil (2001):
Informação e comunicação;
Estratégias globais;
Participação do Estado;
Setor de serviços;
Diversificação da força de trabalho;
Jornada de trabalho;
Nível de exigência do mercado;
Responsabilidade social.
Com a globalização, teve impulso a revolução das tecnologias digitais de
informação e comunicação, que proporcionaram a facilidade de acesso e a
multiplicação de informações e, também, alteraram a forma como as pessoas se
relacionam socialmente. A esse respeito, Gil (2001, p. 39) afirma que as tecnologias
digitais de informação e comunicação propuseram mudanças e, com isso, resistência
por parte dos colaboradores, e que “[...] cada mudança tecnológica passa a requerer
também a adoção de ações significativas em relação a seu pessoal com vistas a
minimizar os riscos decorrentes dessa resistência”.
A gestão de pessoas começou a se valer desses elementos para suas práticas
de gestão, analisando, por exemplo, o perfil de seus colaboradores via redes sociais
digitais ou, ainda, recrutando e selecionando candidatos às suas vagas via
plataformas de networking digitais, como o LinkedIn, na atualidade. Conforme
comentam Renó, Gosciola e Renó (2018, p. 123):
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das relações de trabalho, com o objetivo de promover entre os usuários da
rede social engajamentos profissionais de acordo com as demandas
diversificadas do mundo empresarial e aderentes às particularidades das
intenções e expectativas dos diversos nichos laborais ativos no mercado de
trabalho.
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Além disso, o chamado terceiro setor foi impulsionado no período pós- -
globalização, proporcionando que pessoas possam atuar de forma voluntária em
causas sociais diversas. Cabe esclarecer que muitas das organizações que compõem
esse setor se originam de associações e fundações constituídas por grandes
corporações empresariais, atuando por meio delas para cumprir com suas
responsabilidades sociais. Assim, no interior das empresas, passou a existir também
colaboradores que atuam de forma voluntária em ações sociais, o que também passa
a ser valorizado pelas organizações.
Essas mudanças ocorridas após a globalização trouxeram alguns desafios para
as organizações e, em particular, para a área da gestão de pessoas, conforme se
observa no Quadro abaixo (SAGAH, 2020).
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Fonte: Adaptado de Gil (2001).
3 A GESTÃO HUMANA
Lidar com pessoas exige postura elegante, humana, sensível e carinhosa. Uma
simples questão de dar e receber, abraçar para ser abraçado, dar carinho para então
recebê-lo em contrapartida, abrir as portas para ser bem recepcionado. A Gestão
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Humana (GH) é uma área de estudos interdisciplinar e relativamente nova, mas que
passou e está passando por profundas mudanças e transformações. Seu papel está
se ampliando e se tornando cada vez mais estratégico e tático e menos operacional.
E seus objetivos estão focando cada vez mais o negócio da organização e
introduzindo vantagens competitivas por meio de criação, desenvolvimento,
compartilhamento e aplicação do conhecimento corporativo na forma de
competências essenciais e vantagens competitivas ao sucesso do negócio. Cada vez
mais, a GH está lidando com ativos intangíveis que não somente fazem crescer o
capital humano, mas que se traduzem diretamente na consolidação e no aumento do
capital intelectual conquistado pela organização. E isso impacta o valor de mercado
da organização. Um mundo novo está se abrindo para a GH. (CHIAVENATO, 2022).
Higiene e segurança
Aprendizagem organizacional
Conhecimento corporativo
Universidade corporativa
(CHIAVENATO, 2022).
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Algumas técnicas de GH são aplicadas diretamente em pessoas que
constituem os sujeitos de sua aplicação. E outras técnicas são aplicadas
indiretamente às pessoas, seja por meio dos cargos que ocupam, seja mediante
planos ou programas globais ou específicos. (CHIAVENATO, 2022).
25
(Técnicas de GH aplicadas direta ou indiretamente sobre pessoas. CHIAVENATO, 2022, p. 99)
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A GH tanto pode referir-se ao nível individual, como aos níveis de equipes,
departamental, organizacional e mesmo ambiental da organização, conforme
podemos observar na imagem a seguir:
28
(Estrutura organizacional em que a função de GH é descentralizada. CHIAVENATO, 2022, p. 101)
29
(Estrutura organizacional simples com a função de GH em nível institucional. CHIAVENATO,
2022, p. 102)
30
Em outras organizações ainda, a GH é um órgão de assessoria da Presidência,
prestando-lhe consultoria e serviços de staff. No caso reproduzido na imagem
(Estrutura organizacional com a função de GH em posição de staff), o Departamento
de Gestão Humana (em nível intermediário) está vinculado à Presidência da
organização: todas as políticas e procedimentos elaborados e desenvolvidos pelo
órgão de GH necessitam do aval e da comunicação da Presidência para sua
implementação na organização. Uma vez aprovados, passam a ser aplicados nas
diversas áreas pelas respectivas diretorias. (CHIAVENATO, 2022).
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3.3 GH COMO RESPONSABILIDADE DE LINHA E FUNÇÃO DE STAFF
32
3.4 GH como um processo
Aprendizagem organizacional;
Conhecimento corporativo;
Como saber o que são e o que Criação e desenvolvimento de competências;
Monitoração
fazem as pessoas Banco de dados/sistemas de informação;
Controles – frequência – produtividade;
Balanço social;
(CHIAVENATO, 2022)
33
Prover, aplicar, manter, desenvolver e monitorar as pessoas. São cinco
processos intimamente inter-relacionados e interdependentes. Sua interação faz com
que qualquer alteração ocorrida em um deles provoque influências sobre os demais,
as quais realimentarão novas influências nos outros e assim por diante, gerando
acomodações e ajustamentos no sistema todo. É preciso tratar todos os processos
como um sistema integrado, holístico, conectado e sinérgico.
Dentro uma visão sistêmica, os cinco processos podem ser abordados como
subsistemas de um sistema maior, como demonstra a seguinte imagem:
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conforme a organização e dependem de fatores ambientais, organizacionais,
humanos, tecnológicos etc. São extremamente variáveis e, embora interdependentes,
o fato de um deles mudar ou desenvolver-se em certa direção não significa que os
outros mudem ou se desenvolvam também na mesma direção e na mesma medida.
(CHIAVENATO, 2022).
Processo global de GH
Provisão Aplicação Manutenção Desenvolvimento Monitoração
Como preparar e Como saber o que são
Como manter as
Quem irá trabalhar na O que as pessoas farão desenvolver as e o que fazem as
pessoas trabalhando
organização na organização pessoas na pessoas na
na organização
organização organização
Integração; Remuneração;
Pesquisa de mercado;
Banco de dados;
Desenho de cargos; Benefícios; Treinamento e
Recrutamento; desenvolvimento;
Sistema de
Gestão do Higiene;
informações;
Seleção; desempenho; Desenvolvimento
Segurança; organizacional;
Auditoria de GH
Integração; Avaliação do
desempenho; Qualidade de vida;
(CHIAVENATO, 2022)
A próxima imagem demonstra esse aspecto de GH: há um continuum de
situações intermediárias, tendo no extremo à esquerda uma situação de
subdesenvolvimento e de caráter rudimentar em cada um dos subsistemas, enquanto
no outro extremo à direita, uma situação de excelência e sofisticação. As notas de 1
a 10 na escala servem para ajudar a localizar a situação em que se encontra a
organização. Para tanto, a preocupação básica será a de se deslocarem as
características de GH da esquerda para a direita, buscando chegar ao grau 10 da
escala. Mover a situação de GH da esquerda para a direita é a principal tarefa dos
executivos de GH. É para lá que deverão ser destinados os esforços para mudar,
modernizar e transformar a área. (CHIAVENATO, 2022).
35
(Continuum de situações nos subsistemas de GH. CHIAVENATO, 2022, p. 108)
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organização. Os procedimentos constituem uma espécie de plano permanente que
serve para orientar as pessoas na execução de suas tarefas dentro da
organização. No fundo, servem para guiar as pessoas na realização desses
objetivos. Visam dar consistência à execução das atividades, garantindo um
tratamento equitativo para todos os participantes e um tratamento uniforme para
todas as situações.
3.6 Objetivos da GH
Os objetivos fundamentais da GH devem estar fora dela. Ela deve servir aos
objetivos do negócio da organização. A GH consiste em planejamento, organização,
desenvolvimento, coordenação e controle de técnicas capazes de promover o
desempenho eficiente do pessoal, ao mesmo tempo que a organização constitui o
meio que permite, às pessoas que com ela colaboram, alcançar os objetivos
individuais relacionados direta ou indiretamente com o trabalho. A GH busca
conquistar, engajar e manter pessoas na organização, trabalhando e dando o máximo
de si, com uma atitude positiva e favorável. Representa todas aquelas coisas não só
grandiosas que provocam euforia e entusiasmo, como também aquelas pequenas e
numerosas coisas que frustram e impacientam ou que alegram e satisfazem, mas que
levam as pessoas a desejar permanecer na organização. Há mais coisas em jogo
quando se fala em GH. Também está em jogo a qualidade de vida que a organização
e seus stakeholders terão e a espécie de stakeholders que a organização pretende
cultivar.
Os objetivos de GH derivam dos objetivos da organização inteira, do seu
negócio, de sua missão e de sua visão de futuro, levando em conta os valores
corporativos. Toda organização tem como um de seus principais objetivos a criação e
distribuição de algum produto (como um bem de produção ou de consumo) – ou de
algum serviço (como uma atividade especializada). Assim, ao lado dos objetivos
organizacionais, a GH deve também considerar os objetivos pessoais dos seus
stakeholders. E principalmente de seus colaboradores. (CHIAVENATO, 2022).
Chiavenato (2022) aduz que os principais objetivos da GH são:
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1. Criar, manter e desenvolver uma força de trabalho com habilidades e
competências, motivação e satisfação para inovar e realizar os objetivos
da organização.
2. Criar, manter e desenvolver condições organizacionais de aplicação,
desenvolvimento e satisfação plena das pessoas para o alcance dos
objetivos organizacionais e individuais.
3. Alcançar eficiência e eficácia por meio das pessoas para agregar valor
ao negócio da organização e entregar retornos aos stakeholders.
4. Construir um capital humano dotado de habilidades e competências
sempre atualizadas e adequadas à estratégia e ao sucesso da
organização.
5. Construir, a partir do capital humano, as competências essenciais para
incrementar as vantagens competitivas e assegurar competitividade e
sustentabilidade à organização.
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Mas também alocados nos diversos órgãos da
3. Os recursos humanos organização e sob a autoridade de diversos gestores.
não estão somente Cada gestor é responsável direto por suas equipes de
dentro da área de GH: pessoas. A GH é uma responsabilidade de linha e função
de staff.
Porém, o fato mais concreto é que ela não pode controlar
os eventos ou condições que as produzem. Isso porque
4. A GH preocupa-se
os principais eventos ou condições de suas operações
fundamentalmente com a
são as atividades das demais áreas da organização e o
eficiência e eficácia:
comportamento heterogêneo dos participantes e
gestores.
E sobre os quais possui um grau de poder e controle
muito pequeno. Daí estar geralmente destinada a
5. A GH trabalha em
acomodação, adaptação e transigência. Somente com
ambientes e em
uma clara noção da finalidade principal da organização,
condições que não
com muito esforço e perspicácia o executivo de GH pode
determinou:
conseguir – se é que consegue – razoável poder e
controle sobre os destinos da organização.
6. Os padrões de Variando de acordo com o nível hierárquico, com a área
desempenho e de de atividade, com a tecnologia aplicada e com o tipo de
qualidade dos recursos tarefa ou atribuição. O controle de qualidade é feito desde
humanos são complexos o processo inicial de seleção do pessoal e estende-se ao
e diferenciados: longo do desempenho cotidiano.
Aliás, ocorre certo preconceito de que ter pessoal
forçosamente implica ter despesa. Muitas empresas
ainda convencionam restritivamente seus membros em
7. A GH não lida
termos reducionistas, como pessoal produtivo e pessoal
diretamente com fontes
improdutivo ou pessoal direto e pessoal indireto. A
de receita:
maioria das empresas ainda aloca seus membros em
termos de centros de custos, e não em termos de centros
de lucros, como realmente devem ser considerados.
8.Um dos aspectos mais Ela enfrenta desafios e riscos não controlados ou não
críticos da GH está na controláveis, não padronizados e imprevisíveis. É um
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dificuldade de se saber terreno pouco firme e de visão nebulosa em que se
se ela está fazendo ou podem cometer erros desastrosos ainda que na certeza
não um bom trabalho: de estar jogando corretamente.
Além disso, a GH nem sempre recebe o apoio significativo da alta direção, o
qual é transferido para outras áreas que adquirem enganosamente maior prioridade e
importância no curto prazo. Isso nem sempre pode ser bom para a organização como
um todo: o que é bom para um segmento da organização não é necessariamente bom
para toda a organização. Pessoas são o capital humano da organização. E esta
depende das competências das pessoas. (CHIAVENATO, 2022).
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importância do talento, eles destacam o exemplo de uma incorporadora de imóveis de
Londres que teve de repassar um projeto de reconstrução de mais de meio bilhão de
dólares porque não tinha preparado ninguém que fosse capaz de liderá‐lo. Os
problemas com talento são muito comuns nas empresas, concluíram Conger e Ready.
(SNELL, 2020).
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experiência tem demonstrado que, embora o downsizing tenda a criar algumas
vantagens de curto prazo, na maioria dos casos elas não se prolongam no longo
prazo. (LACOMBE, 2021).
A maior parte das empresas que usou o downsizing teve perda de
competitividade no longo prazo. No entanto, se as demissões tiverem sido bem
estudadas e bem comunicadas, é possível que a organização se torne mais
competitiva, especialmente considerando que a competição global exige a redução de
custos e a otimização dos processos. É preciso não esquecer, porém, que as
vantagens do downsizing aparecem imediatamente no curto prazo, ao passo que a
maior parte das desvantagens se projeta no longo prazo. Como todas as decisões da
empresa têm de estar alinhadas com sua disponibilidade de recursos financeiros, ela
pode não ter outra alternativa senão apelar para o downsizing, mas é preciso que ele
seja aplicado de uma só vez, dure pouco tempo e, uma vez terminado, seja bem
comunicado aos “sobreviventes” que o downsizing acabou, pois, como disse
Maquiavel: “as malvadezas devem ser feitas de uma só vez, porque, durando pouco,
doem menos, enquanto as coisas boas devem ser dadas aos poucos para serem
saboreadas melhor”. Além disso, é preciso haver boa comunicação sobre as razões
do downsizing, a fim de ficar claro que as demais medidas necessárias para recuperar
a empresa também foram aplicadas. Os “sobreviventes” reagem melhor se souberem
que os cortes eram inevitáveis e que as demais medidas foram tomadas. Finalmente,
é preciso que ele seja bem planejado e que sejam poupadas as pessoas que têm as
habilidades e competências importantes para a estratégia e a vantagem competitiva
da empresa. (LACOMBE, 2021).
Em qualquer reformulação organizacional, é preciso considerar seus reflexos
sobre os recursos humanos, especialmente sobre os sobreviventes do processo. Não
se brinca com recursos humanos: os problemas com o moral do pessoal e os
prováveis reflexos na produtividade e na qualidade podem ter um custo maior que a
redução proporcionada pela diminuição da folha de pagamento. A reengenharia pode
trazer alguns benefícios em termos da eficiência com que os processos são
conduzidos. Alguns autores chegam a dizer que todas as empresas deveriam passar
por esse processo. Isso não é verdade: algumas realmente precisam disso, mas
outras necessitam apenas de uma sintonia fina e melhoria incremental daquilo que já
é um sistema correto. Evolução – e não revolução – é mais apropriado.
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A reengenharia foi a mais significativa notícia, seja ela boa ou má, dos últimos
cem anos. A parte boa é que ajudou as organizações a ver quão ineficientes eram e
a redesenhar os processos para melhorá-los. A má notícia é que destruiu o
comprometimento, fator, no longo prazo, mais importantes que a reengenharia dos
processos. Por causa da reengenharia, criou-se um ambiente no qual o
comprometimento das pessoas com as companhias caiu. A confiança só poderá ser
mantida se os processos organizacionais forem considerados inerentemente justos.
Muitas empresas descobriram, depois de seus exercícios de downsizing e
reengenharia, que décadas de investimento em confiança podem ser destruídas de
um dia para outro. (LACOMBE, 2021).
Virtualmente, todos os esforços para redesenhar os processos das empresas
têm suas raízes em dois movimentos: qualidade total e reengenharia. Ambos
proporcionaram mecanismos poderosos aos administradores para reformular os
processos individuais, a fim de servir os clientes de forma mais eficiente. A
reengenharia, em particular, ajudou os administradores a utilizar o formidável poder
da tecnologia da informação para melhorar o desempenho dos processos. Mas um
número crescente de administradores está descobrindo que a qualidade total e a
reengenharia têm três severas limitações:
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maior qualidade e serviços melhores e possibilitou o pagamento de dividendos
maiores; reduziu os custos das empresas, aumentando suas receitas e impulsionando
o valor de suas ações. (LACOMBE, 2021).
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específica, a qual não é mais importante ou mesmo necessária. Como eles não têm
base generalista, fica difícil sua adaptação para outras atividades.
As características de personalidade são outro aspecto muito considerado pelas
empresas: os empregados devem ter iniciativa e estar motivados a satisfazer os
clientes.
O treinamento nas empresas não se limita mais a ensinar o que fazer ou como
fazer, mas precisa ensinar por que fazer dessa forma, e não de outra. (LACOMBE,
2021).
A não ser que o processo seja muito bem conduzido, a tendência é cair o moral
dos empregados, aumentar a insegurança e diminuir a confiança. Se não forem
tomados os devidos cuidados, isso pode gerar falta de comprometimento e motivação,
furtos e até boicote, especialmente durante o processo de reengenharia, em que a
preocupação de muitos empregados estará muito mais ligada à manutenção de seus
empregos do que aos resultados finais da organização. (LACOMBE, 2021).
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prestadas pelo fabricante, a uniformidade e a padronização dos produtos colocados à
venda e tudo mais que o usuário e todos os que são afetados pelo produto possam
considerar importante para eles ou para a sociedade.
Fica claro, pela definição acima, que quem decide se um produto é ou não de
boa qualidade é o cliente.
Qualidade total não é um produto perfeito, sem defeito algum. Qualidade total
é um sistema de administração visando obter qualidade em todas as áreas de
atuação. A qualidade começa com o projeto, incluindo todas as especificações do
produto ou serviço, passando por todas as etapas de produção ou operação, e
abrange o atendimento ao cliente e a assistência técnica. Sendo seu foco o cliente, a
organização deve estar voltada para o mercado: a qualidade do produto é um dos
objetivos a ser atingido. Os objetivos não são mudanças radicais, mas modificações
incrementais para aperfeiçoar progressivamente os processos e os métodos de
trabalho.
Qualidade total pode ser entendida como o modo de gestão de uma
organização, centrado na qualidade, baseado na participação de todos os seus
membros, visando ao sucesso em longo prazo, por meio da satisfação do cliente e
dos benefícios para os membros da organização e a sociedade.
Na gestão da qualidade total, todas as pessoas são responsáveis pela
qualidade e, se bem conduzida, aumenta a participação e o comprometimento de
todas as pessoas com a organização. (LACOMBE, 2021).
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finalmente, assegurar que existam controles para garantir que o que foi planejado seja
efetivamente realizado na forma prevista e com os resultados desejados.
Um dos instrumentos de implantação da gestão da qualidade total são os
círculos de controle da qualidade. (LACOMBE, 2021).
Um Círculo de Controle da Qualidade (CCQ) é um grupo formado por
empregados, geralmente de um mesmo nível funcional ou pertencentes a uma mesma
área de trabalho, que identificam problemas ou assuntos relacionados à sua atividade.
A composição desses grupos é totalmente voluntária, de iniciativa dos próprios
empregados, e deve ser prestigiada e apoiada pelo gerente ou supervisor imediato.
Deve ser salientado, contudo, que o CCQ não tem poder decisório – ele apenas
identifica problemas, estuda-os e sugere soluções. A decisão final cabe sempre ao
gerente ou supervisor imediato. Assim, o movimento de CCQ não quebra a cadeia
hierárquica da organização, não coloca em risco a função gerencial, mas funciona
como prestimoso auxiliar do gerente.8
Esse sistema de gestão representa uma mudança radical em relação às
concepções de Taylor, que procuravam separar totalmente o planejamento da
execução. Na gestão da qualidade total, todos pensam e participam do planejamento
das operações, sendo, portanto, uma forma de implementar formas mais eficientes e
eficazes de administrar o pessoal.
Em viagem ao Japão, em 1987, vimos, na linha de montagem da fábrica da
Nissan, em Zama, um exemplo de sugestão de um CCQ. Os veículos que estavam
sendo montados eram transportados de uma estação para outra e, ao parar numa
estação, os membros da equipe se dirigiam aos veículos e acrescentavam-lhes várias
peças ou subconjuntos de peças. Todos completavam seu trabalho ao mesmo tempo,
exceto um que, terminando o serviço poucos segundos antes dos demais, pegava
outra peça e a colocava na posição de montagem, sem fixá-la, terminando, assim,
junto com os demais. Na estação seguinte, outro grupo se dirigia para fixar novas
peças e subconjuntos e um dos operários se dirigia imediatamente para aquela peça
que estava apenas posicionada e a fixava com parafusos, utilizando chaves especiais,
terminando todos no mesmo instante. (LACOMBE, 2021).
Perguntamos como tinham conseguido a sincronização. Explicaram-nos que
aquela peça era anteriormente alimentada na estação seguinte, e o operário
encarregado da fixação sempre terminava seu serviço cinco ou seis segundos depois
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dos demais. Em compensação, na estação anterior, um dos operários acabava sua
parte cinco segundos antes. O CCQ sugeriu que a peça fosse alimentada na estação
anterior. Com isso, aquele que terminava cinco segundos antes colocava a peça em
sua posição. Na estação seguinte, o que terminava segundos depois, encontrando a
peça na posição, teve seu trabalho simplificado, pois bastava fixá-la, e passou a
completar seu serviço junto com os demais. Esse fato economizou cinco segundos
em toda a linha de montagem, isto é, a empresa ganhou cinco segundos na produção
total dos veículos. Esse detalhe só pode ser percebido por quem está no chão da
fábrica participando da montagem. É impossível a um engenheiro de planejamento da
produção adivinhar esse tipo de melhoria.
Esse sistema de gestão, ao contrário da reengenharia e do downsizing,
aumenta a participação de todo o pessoal e a identificação com a organização.
Quando, em função de um aperfeiçoamento, ocorre uma sobra de pessoal, os próprios
membros do CCQ sugerem uma forma de aproveitamento em atividade que agregue
valor ao produto ou serviço ao cliente. (LACOMBE, 2021).
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6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CHIAVENATO, I. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organi-
zações. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
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SNELL, Scott A. Administração de recursos humanos / Scott A. Snell, Shad S. Norris
e George W. Bohlander; tradutora: Priscilla Rodrigues Lopes; revisora técnica: Irene
Kazumi Miura. – São Paulo, SP: Cengage, 2020.
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