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Scotus, nesta questão, não busca dizer que o ente infinito existente em ato é o
Deus Cristão, isto devido a distinção entre verdades de fé e verdades que
pertencem a razão natural. Todavia, ele pela razão natural, justifica que se um
ente é infinito em ato, ele deve ser único, pois a superabudância só se
pode encontrar em algo único. Pós isto, ele também argumenta que o ente infinito em
ato é dotado de inteligência e vontade infinita.
Efetivo é algo que existe e pode produzir algum efeito, já os efetíveis são os
entes que existem e possuem atualidade de ser por outro ou que podem vir a
existir. Assim, para virem ao ato, precisam de outrem, pois não são atualidades em
si mesma, antes, são compostos de ato e potência e são seres contigentes.
E estes seres que são possíveis, não podem ser em ato do nada, pois a mera
possibilidade de um ser possível em ato implica em uma causa eficiente que também
é em ato, e deste modo, se o nada é ausência de ato entitativo, logo etc. Deste
modo, se seres contigentes implicam em causas eficientes, também não há de
se admitir que estes seres contigentes viessem a ser ato por si mesmo, pois se não
existisse, ou seja, em algo que não era nada e que passa por si mesmo à
existência, então seríamos levados ao absurdo da primeira colocação, onde algo
apareceu do nada. Deste modo, Scotus tente a admitir que deve haver um ente
infinito em ato na ordem de causalidade eficiente. A argumentação dele se baseia em
que, na ordem de causas essencialmente ordenadas, Scotus argumenta
que a primazia na ordem eficiente deve ser igualmente necessária. “Se A é primeiro
no sentido exposto a minha conclusão está assegurada. ”.
Então, se algum ente for possível enquanto
ente primeiro na causalidade eficiente, a conclusão de que há algum ente
simplesmente primeiro estaria constatada. Caso contrário A seria apenas um efetivo
posterior, ou seja, seria efetível por outro. Ora, a causa eficiente primeira não
deve
depender de nada anterior a ela para existir.