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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ

PRÓ-REITORA DE ENSINO E GRADUAÇÃO

COORDENAÇÃO DO CURSO DE MATEMÁTICA

Atividade 1“como fazer” e “como utilizar” material adaptado para Ensino

Especial

MACAPÁ-AP

2023
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SUMÁRIO
SUMÁRIO........................................................................................................... 2
1INTRODUÇÃO ................................................................................................. 3

2 MATERIAL NECESSÁRIO .............................................................................. 4

3 CONFECÇÃO DO MATERIAL PEDAGÓGICO .............................................. 6

4 DESENVOLVENDO A ATIVIDADE ................................................................. 7

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................... 12

6 REFERENCIAS ............................................................................................. 13
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1 INTRODUÇÃO

A inclusão de alunos com necessidades especiais nas salas de aula

regulares é uma prática fundamental para promover a igualdade educacional.
Nesse contexto, a adaptação de material didático desempenha um papel crucial
para atender às necessidades específicas desses alunos. Este trabalho explora
estratégias práticas sobre "Como fazer" e "Como utilizar" material adaptado no
Ensino Especial, destacando a importância desse processo. “Tentar definir jogo
não é uma tarefa fácil. Quando se fala jogo cada um pode entende-la de modo
diferente” (KISHIMOTO, p. 13, 2011). A tarefa fica ainda mais árdua quando
discute-se jogos para inclusão de surdos. Conforme Silva [2011, p.13], as
pessoas com surdez acabam tendo um atraso educacional, causado em partes,
pelo resultante tempo que levam para se apropriar da leitura e da escrita e pelas
subsequentes deficiências da linguagem. A educação inclusiva é um direito de
todos os alunos, independentemente de suas condições físicas, intelectuais,
emocionais ou sociais. Para que essa inclusão se concretize, é necessário que
os materiais pedagógicos utilizados nas escolas sejam adaptados às
necessidades específicas de cada aluno. Para esse contexto apresenta-se neste
trabalho a atividade ‘Jogo de tabuada com mãos confeccionadas para libras’
para a inserção de alunos surdos na atividade e os outros alunos percebam as
dificuldades dos alunos com deficiência auditiva (DA). “O trabalho pedagógico
deve ter, como ponto de partida, os conhecimentos que a criança já possui. Esta
seria a base para a ampliação e aquisição de novos conhecimentos”. (BRASIL,
2006, p. 84) Ao elaborar um material adaptado, é importante considerar os
seguintes aspectos: As necessidades específicas do aluno: quais são as
deficiências do aluno, Quais são as suas dificuldades de aprendizagem, O
conteúdo a ser ensinado: o conteúdo do material deve estar alinhado ao currículo
da escola e às necessidades do aluno. Os recursos disponíveis: quais são os
recursos que estão disponíveis para a elaboração do material. Desta forma o
‘Jogo de tabuada com mãos confeccionadas para libras’ consiste em apresentar
uma didática lúdica a qual se incorpore todos os aspectos referidos.
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2 MATERIAL NECESSÁRIO

Material necessário para um jogo de tabuada com mãos confeccionadas para

LIBRAS:

Para as mãos:

• Material base:

o Cartolina grossa (colorida ou branca)

o Feltro (colorido ou branco)

o Papelão (fino ou grosso)

o Tecido (de algodão ou outro tipo resistente)

• Enchimento:

o Algodão

o Espuma

o Fibra de coco

• Outros materiais:

o Cola quente

o Linha e agulha

o Tesoura

o Lápis ou caneta

o Fita métrica

o Tinta para tecido (opcional)

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Para o jogo:

• Tabuleiro:

o Cartolina

o Papelão

o Tecido

o Caneta para escrever os números

• Peças:

o Botões

o Fichas

o Pedrinhas

o Tampinhas de garrafa

• Dados:

o Dado tradicional de seis lados

o Dado com números de 1 a 10

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3 CONFECÇÃO DO MATERIAL PEDAGÓGICO

Opções de confecção das mãos:

• Mãos simples:

o Desenhe o contorno da mão em cartolina ou feltro e recorte.

o Encha com o material escolhido.

o Cole ou costure os dedos.

o Decore como desejar.

• Mãos articuladas:

o Utilize papelão ou outro material resistente para criar a base da

mão.

o Prenda as articulações com barbante ou fita adesiva.

o Cubra a mão com cartolina, feltro ou tecido.

o Encha com o material escolhido.

o Decore como desejar.

Dicas:

• Envolva crianças e adultos surdos na confecção das mãos e do jogo.

• Utilize materiais coloridos e vibrantes para tornar o jogo mais atraente.

• Adapte as regras do jogo de acordo com a necessidade dos jogadores.

• Crie diferentes níveis de dificuldade para desafiar os jogadores.

Benefícios do jogo:

• Estimula o aprendizado da tabuada de forma divertida e interativa.

• Promove a inclusão de pessoas surdas no processo educacional.

• Desenvolve a coordenação motora e a criatividade.

• Incentiva a socialização e a comunicação.

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4 DESENVOLVENDO A ATIVIDADE

Jogo que utiliza a Língua Brasileira de Sinais -LIBRAS e a língua

portuguesa, criado como ferramenta de inclusão de alunos surdos, mas que
pode ser jogado por ouvintes e aborda o conteúdo de operações com números
inteiros. Pode ser disputado em grupos de até quatro jogadores. É constituído
por: mãos confeccionadas, dados, blocos de lego. Conforme a figura 1.

Figura 1

1- O jogo para quatro pessoas, consiste em formar duplas

2- Sorteia-se o primeiro dado;
3- O jogador da dupla representa com as mãos, o numero.
4- Sorteia-se o segundo dado;
5- O outro jogador da dupla faz a representação;
6- Em seguida faz-se a soma ou subtração, caso seja necessário utiliza os
legos;
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7- O aluno faz o registro do resultado na folha de registro, o qual será

revisado pelo professor.

Quadro 1 - Folha de registro do jogo

Fonte: Sousa (2021)

Também pode-se usar uma variante desta atividade com aplicação dos
números em uma pagina a qual se destaca as mãos conforme a figura abaixo.
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Figura 2
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Planejamento - Framework

Cyrino e Teixeira (2016) elaboraram um quadro (framework das ações do

professor em uma aula na perspectiva do EEM) utilizando as quatro fases do
ensino exploratório. Dessa forma, o framework apresentado por Cyrino e
Teixeira (2016) se constitui como um bom instrumento de planejamento a ser
utilizado. Assim, foi elaborado um planejamento da aula (framework), conforme
quadro abaixo.

Quadro 2 – Framework.
Elementos que compõem as
Etapas Ações
ações
● Objetivos da aula: Resolver
operações envolvendo números
inteiros e fração por meio do jogo
“Ladeira Matemática”;
desenvolver o cálculo mental;
incentivar o trabalho em equipe e
a inclusão de alunos surdos;●
Objetivo da Tarefa: Operar com
os números inteiros; perceber que
ao dividir dois números inteiros o
resultado pode ser um número
inteiro ou uma fração;
desenvolver a simplificação de
uma fração para se obter uma
fração irredutível; conhecer as
Antes da aula Antecipar
formas de expressar as operações
e números em Libras; respeitar as
resoluções dos colegas e as regras
do jogo.● Analisar os possíveis
erros nas operações, dificuldades e
dúvidas sobre o jogo que poderão
surgir no decorrer da atividade;●
Estipular um tempo para cada fase
do ensino exploratório, que será:
20 minutos para a introdução da
tarefa, 40 minutos para a
realização da tarefa, 20 minutos
para a discussão da tarefa e 20
minutos para a sistematização das
aprendizagens.
● Apresentar como ocorrerá a aula
expondo o tempo destinado a cada
etapa.
● Realizar a introdução do jogo,
expondo o nome, como foi feito,
Durante a aula Propor a tarefa
quais materiais utilizados para a
construção e quais as regras que
os alunos devem seguir;
● Organizar os alunos em grupos
com cinco participantes cada;
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● Verificar se as equipes estão

dispostas em sala de modo que
todos os integrantes consigam
visualizar o jogo;
● Debater sobre a importância das
operações básicas e em quais
situações podemos utilizá-las.
● Entregar a folha de resolução
para cada grupo e orientar que
toda resolução deve ser registrada
nela;
● Conscientizar os alunos sobre a
importância de participarem de
cada momento da aula;
● Chamar dois alunos e realizar
uma partida-modelo para que as
regras sejam vistas em ação.
● Observar cada grupo e suas
resoluções. Em caso de dúvidas, o
professor desempenha a função de
mediador, fazendo
questionamentos aos alunos e
instigando-os a resolverem a
operação com a ajuda de toda a
equipe;
Durante a aula Monitorar a resolução da tarefa
● Estimular os alunos a utilizarem
o cálculo mental quando possível;
● Incentivar o registro das
resoluções das operações na folha
de resposta;
● Observar se está havendo a
interação entre alunos ouvintes e
surdos.
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A relevância do ensino especial trouxe uma serie de complexidades as

quais o professor não estava habituado, ou não se situava das especificidades
dos alunos de educação especial. O Governo Federal (2023), através do
ministério da educação, estima que haja 61.594 possuem alguma deficiência
relacionada à surdez. Isto traz uma necessidade do mínimo conhecimento do
professor relacionado a educação especial, em particular do aluno surdo. Inclui-
los no ensino traz benefícios não somente para o aluno em particular, mas
também para a sociedade que se está construindo em sala de aula.
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6 REFERENCIAS

BRASIL. Ministério da Educação - Secretaria de Educação Especial. Saberes e

Práticas da Inclusão. Brasília. 2006. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/alunossurdos.pdf. Acesso em 23,
dez. 2023.

GOV.br. Confira o panorama dos surdos na educação brasileira. Instituto

Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira | Inep. Disponível
em: https://www.gov.br/inep/pt-br/assuntos/noticias/censo-escolar/confira-o-
panorama-dos-surdos-na-educacao-
brasileira#:~:text=Dos%2047%2C3%20milh%C3%B5es%20de,acesso%20%C
3%A0%20educa%C3%A7%C3%A3o%20no%20Brasil. Acesso em: 26. Dez.
2023

KISHIMOTO, T. M. (Org.). Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. 14. ed.

São Paulo: Cortez, 2011.

SILVA, C. O. da. A utilização de softwares educacionais para o ensino e

aprendizagem de alunos com surdez. 2011. 70 f. Trabalho de conclusão de
curso (especialização) - Universidade Aberta do Brasil. CUIABÁ – MT, 2011.

SOUSA, Maria Jacqueline Ferreira de. Jogo ladeira matemática: uma

possibilidade de ferramenta para a inclusão de estudantes surdos no
estudo das operações básicas. Volume 08, Número 23, 1284 – 1300.
BOCEHM: 2021