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Heather C. Leigh
#2 Jagger
Data: 12/2017
~2~
Eu vendo drogas. Heroína para ser específico. E eu sou bom pra
caralho no meu trabalho. O suficiente para traçar o meu caminho para
o topo, controlando toda a oferta de Austin.
Mesmo que eu tivesse que matar o chefe anterior para fazer isso.
Eu faço o que tem que ser feito. Nunca me importei com as
consequências porque eu nunca tive nada a perder.
~3~
Série Broken Doll
Heather C. Leigh
~4~
Miri
~5~
mastro em um turbilhão, o mundo girando fora de seu eixo, enquanto
eu estava presa assistindo. Eu forcei a bile borbulhando para baixo e
esperei que a náusea passasse. Pela primeira vez desde que recuperei a
consciência, fui capaz de olhar ao redor.
~6~
dor, eu bati minha mão contra a porta. Ignorando a náusea, eu tentei a
maçaneta. Nada. Trancada. Firmemente fechada.
— Socorro!
Eu estava tão rouca que a minha voz não chegou á qualquer lugar
perto do nível necessário para ser alto o suficiente para alguém ouvir. O
esforço, combinado com a boca seca, me sufocou e eu comecei a tossir,
minha garganta e cordas vocais irritadas do vômito. Tossir me fez entrar
em um ataque novo de vertigem, o que resultou em outro ataque
agonizante de espasmos secos. Fria, mas escorregadia de suor, minha
mão deslizou pelo trinco e eu caí no chão. O barulho da minha cabeça
batendo no cimento enviou uma onda de dor para o meu crânio
perfurando atrás dos meus olhos, até que, felizmente, eu
abençoadamente desmaiei.
— Raoul.
~7~
Uma palavra e o gigante diminuiu a distância entre nós com duas
longas passadas. Sem aviso, ele levantou-me pelos braços, nós dois
giramos e fui empurrada de joelhos na frente do seu chefe. Meus joelhos
ralaram no cimento e eu gritei. Meu estômago enrolou e me obriguei a
engolir as lágrimas e náuseas. Se nada mais, eu prefiro morrer a
mostrar fraqueza na frente desses dois idiotas do caralho.
— O que...
— Beba.
~8~
Uma sobrancelha escura subiu em desafio e ele esperou eu pegar
o copo.
O homem riu.
~9~
O homem inclinou-se da sua cadeira e estendeu a mão para tocar
meu rosto. Eu empurrei para trás em repulsa. O pensamento de suas
mãos em minha pele me fazendo encolher. O bruto atrás de mim,
Raoul, apertou a parte de trás do meu pescoço com suas enormes patas
até que eu gritei. Calado, ele me segurou firmemente no lugar aos pés
do homem. Eu assisti com horror quando um dedo delgado deslizou na
minha bochecha e se arrastou para meu pescoço.
— Quem é você?
— Claro que você não sabe de nada, puta. Você é una cusca
estupida. Uma vagabunda inútil. Você não sabe nada que seja
importante para mim.
~ 10 ~
chefe com a sua própria, colocando-a frouxamente em torno de minha
garganta para manter-me de joelhos, enquanto eu continuava
asfixiando por falta de ar.
Jag
~ 11 ~
Com a exceção de Milo, meus homens me encararam com os
olhos arregalados, tensão palpável criando uma espessa nuvem de
estresse pairando sobre a mesa. Eu faço um grande esforço para
manter o controle na frente dos meus homens, com exceção de Milo.
Sendo o segundo no comando, ele geralmente suporta o peso dos meus
acessos de raiva, simplesmente porque ele passou mais tempo comigo
do que qualquer outra pessoa na organização.
— Foi Cuchillo. Eu o conheço e sei que foi ele, ninguém mais teria
um motivo para sequestrá-la, muito menos atacar-me diretamente e
roubá-la de meus braços.
— Se fosse Cuchillo, por que ele iria deixá-lo vivo chefe? Poderia
ser Brick, um fornecedor chateado, qualquer um dos nossos
atacadistas, ou uma tonelada de merda de outras pessoas que fazemos
negócios. Há um monte de gente lá fora que gostariam de vê-lo cair.
~ 12 ~
O quadro mudou com a agressão e meus homens saltaram de
seus assentos quando seus cafés e outras bebidas derramaram. Eu virei
e tomei um momento para me recompor enquanto eles limpavam a
bagunça. Se eu não me acalmasse eu seria inútil para Miri. Se Cuchillo
a pegou, era exatamente o que o bastardo gostaria. Cuchillo me quer
enfurecido, fora de controle, emocionalmente instável. Ele sabia que eu
precisaria ter minha cabeça clara, um coração negro e uma consciência
inexistente para ganhar uma guerra dessa magnitude.
— Você disse que havia duas razões possíveis, se não for a essa,
então qual?
~ 13 ~
Engoli em seco e equilibrei minha respiração para que meus
homens não sentissem minha vulnerabilidade quando se tratava de
Miri.
~ 14 ~
depois que recuperei a consciência no terreno baldio atrás da garagem.
Minha cabeça sentia como se tivesse sido dividida aberta com um
machado. Quem me bateu não se conteve, e se eu tivesse que
adivinhar, eles usaram a coronha de uma pistola para me nocautear. O
caroço desagradável na minha testa foi uma prova da força por trás do
golpe.
Girei e saí da sala antes que alguém pudesse falar alguma coisa.
Sem olhar para trás, eu empurrei para o pequeno escritório usado para
monitorar a distribuição e organizar as compras de produtos com
nossos contatos no México.
— O quê?
~ 15 ~
Suspirei e esfreguei os olhos. A última coisa que eu precisava
agora era um empregado problemático. Fiquei chocado que não era
Milo, mas Sarge. O homem seguia minhas ordens à risca.
— Que diabo é isso então? Apenas cuspa tudo o que você tem a
dizer para fora, porque eu estou dizendo, Sarge, não estou com
disposição para brincadeiras.
~ 16 ~
— Você acha que temos um traidor? Você acha que alguém da
minha confiança, na minha organização, disse a um dos meus inimigos
sobre Miri?
Sarge assentiu.
Filho da puta.
~ 17 ~
Miri
~ 18 ~
Imaginei que a minha melhor chance seria pegar a arma do gordo
baixinho ou a faca do rapaz. Nenhum deles me considerava uma
ameaça. Eu certamente não parecia alguém que poderia lutar, e
honestamente, eu estava tão fraca que eu provavelmente não poderia.
Minhas chances de realmente colocar as mãos em uma arma e fugir
eram ínfimas, mas eu tinha que tentar. Eu não tinha ideia se Jag sabia
quem tinha me pego ou onde eu estava sendo mantida. Ele tinha que
estar vivo, ou eu não teria nenhuma utilidade para eles, mas eu me
recusei a abandonar minhas esperanças de ser resgatada. Era eu que
iria me tirar deste inferno.
— Você.
O homem riu.
— Ele vai morreu junto com você, e você nunca, nunca deve
confiar em alguém neste negócio.
— Pensando bem...
— Prefiro morrer.
~ 19 ~
Eu sibilei quando minhas costas pressionaram contra a parede
fria.
~ 20 ~
beliscando minhas artérias carótidas para impedir o sangue de atingir
meu cérebro já traumatizado. Antes que eu pudesse entrar em pânico,
eu apaguei.
~ 21 ~
Tentei dizer-lhe o que pensava dele, mas um grito abafado
acompanhado por uma série de baba que escorria em torno da mordaça
e pelo meu queixo foi tudo o que saiu.
Ele riu.
— A não ser, é claro, que seja a minha saliva. Então você olharia
como a prostituta que você é. Devo cuspir em você, puta barata?
~ 22 ~
próxima lufada de ar quando ele gradualmente cortou a minha
respiração.
Jag
Mas quando eu pensei sobre isso, não foi exatamente o que eu fiz
quando matei o meu predecessor? Trabalhei meu caminho de traficante
a cabeça da área, de subchefe a tenente apenas para que eu pudesse
me aproximar o suficiente para afundar a lâmina no pescoço do
bastardo. Alguém estava tentando me derrubar como eu fiz com Ochoa.
~ 23 ~
Porra. O fato que um dos meus próprios estava tentando me
matar era demais.
Sem Miri, toda essa besteira material era apenas isso: uma
besteira. Eu queria a minha menina de volta em meus braços. Sua pele
macia, seu cheiro doce... apenas o pensamento de nunca mais vê-la
novamente alimentou a minha raiva. Foda-se!
— O quê?
~ 24 ~
Eu rosnei. Furioso com quem interrompeu meu selvagem de
acesso de liberar o estresse.
— Cale a boca, culero. Você acha que eu não sei espanhol? Que
porra você quer?
~ 25 ~
— Seu endereço de e-mail.
— Boss... Boss!
— Foi Cuchillo, mas ele não disse com certeza se tem ela. Ele
queria o meu... O meu e-mail.
~ 26 ~
Minha caixa de entrada apresentava as mensagens habituais.
Nada fora do comum. A mais longa porra hora da minha vida passou
enquanto Sarge e eu olhávamos para a tela, atualizando-a a cada trinta
segundos. Nada ainda. Era quase dez horas
— Sim, Boss.
Filho da puta!
Eu não sabia que estava puxando o meu cabelo até que o couro
cabeludo começou a queimar. Jesus Cristo meu corpo inteiro estava
vibrando com raiva. Meus dedos esticaram e enrolaram, querendo
destruir tudo à vista. Meu cérebro estava gritando para ir direto até o
armazém de Cuchillo com os meus homens e enfiar algo em sua bunda.
Cegamente metralhar todo o lugar maldito até que a última pessoa
estivesse cheia de buracos. O problema era que um dos meus próprios
homens poderia muito bem se virar contra mim. Ligar com
antecedência e deixar Los Guerreros saber que estávamos no nosso
caminho. Poderia me dar um tiro por trás enquanto eu invadia as
portas do armazém.
~ 27 ~
Furioso com a impotência absoluta, eu saí do escritório e
finalmente permiti que a raiva reprimida ultrapassasse a lógica.
Quando soltei, horas e horas de raiva reprimida e sede de vingança
trovejaram para a superfície. O alívio quando deixei ir foi instantâneo e
um inferno de muito melhor do que a inútil agonia na minha mente nos
últimos três dias. Subindo três degraus de cada vez, eu fui diretamente
para a suíte principal. O fogo rugindo sob minha pele crepitava e
estalou quando a raiva alimentou as chamas famintas. Eu queria
destruir. Eu queria o espancamento brutal de meus punhos batendo
contra carne. Eu queria queimar tudo à vista e rir como um maníaco,
enquanto o fogo reduzia tudo a cinzas. Peguei o objeto mais próximo e
segurei-o na minha mão, pronto para lançá-lo na parede.
Ira.
~ 28 ~
— Boss! Boss!
— O que é?
— Boss...
— Não.
Não.
~ 29 ~
— Boss!
Sarge implorou.
— Não me siga.
Seu rosto caiu e o cara parecia que estava com dor, mas o
bastardo leal me deu um aceno de cabeça afiado, respeitando os meus
desejos.
Aprecie.
~ 30 ~
Miri
Meu corpo inteiro doía dos pés ao topo da minha cabeça. Acho
que até meu cabelo estava ferido. Quando tentei levantar, notei duas
coisas. Uma, eu não estava no chão duro e frio da cela de cimento, mas
em um colchão macio. Duas, eu não estava sozinha.
~ 31 ~
suficiente para vê-lo, eu permaneci de frente e percebi que estava
olhando para mim mesma em uma tela. A pele macia em torno da minha
garganta já estava em um tom escuro de roxo. O formato de uma mão
marcando minha pele pálida. El Cuchillo, A Faca, como ele chamava a si
mesmo, estava rindo como se estivesse assistindo seu seriado favorito
em vez de torturar uma mulher indefesa.
Eu queria matá-lo.
— Isso foi perfeito, cusca. Bonita. Seu amante vai gostar de ver
isso. Provavelmente não tanto quanto eu gostei de fazer isso, mas o que
você pode fazer?
— Raoul.
— Agora.
— Bueno.
~ 32 ~
— Olhe para a câmera, puta barata. Isto é para seu Jefe. Você
pode chamá-lo de um presente... especial.
Cuchillo rosnou.
— Essa bela carne pálida, você não acha? Minha marca já está
aparecendo aqui.
— Você vai ficar mais bonita depois que eu cobrir seu corpo com
minhas marcas.
Cuchillo riu.
~ 33 ~
difícil respirar com uma narina entupida e a mordaça na boca, então eu
aproveitei a oportunidade para inalar enquanto eu podia.
Uma mão roçou meu braço e eu gritei só que nenhum som saiu.
Abri os olhos, mas eles estavam tão inchados que eu mal podia ver
através das pequenas fendas.
— Cat?
— Eu?
Eu disse asperamente.
— E você?
— Deixe-me ajudá-la.
— Onde estamos?
O tom de Cat era plano, não afetado, como se ela tivesse aceitado
seu destino ou particularmente não ligasse para o que ia acontecer em
seguida.
~ 34 ~
Esta não era a Cat que eu conhecia. Minha Cat era uma lutadora.
Exceto pela depressão profunda que ela sofria devido aos abusos de seu
padrasto, eu nunca tinha visto ela nesse estado, pessimista. Ela que
conseguiu nosso apartamento. Ela era a pessoa que disse que
poderíamos conseguir emprego e viver nossas vidas por conta própria.
Poderia ter sido minha a ideia de sair de casa, mas Cat foi a única que
me fez acreditar que um dia poderíamos ter a vida que sonhávamos.
— Jag...
Eu soluçava.
— Eles o machucaram.
— Quem?
Uma coisa boa saiu dos vídeos. Se Cuchillo ia enviá-los para Jag,
isso significava que ele ainda estava vivo. Eles não o mataram no
estacionamento da garagem.
— Cat.
Eu resmunguei.
~ 35 ~
Jag
~ 36 ~
separadas. Os dois homens tinham sido fundidos em um amante e um
criminoso, fogo e gelo, paixão e violência. Eles se enraizaram em torno
de si, confundidos até que não havia nenhuma maneira de dizer onde
um começava e outro terminava.
— Boss.
— Ei!
— Pooooorra!
— Boss.
~ 37 ~
Sarge e Milo me seguiram até o quintal para a casa da piscina que
servia de sede para a segurança. Cada passo que dei em direção à
pequena estrutura era como me aproximar cada vez mais perto dos
portões do inferno. Meus pés pesavam como tijolos de chumbo, meu
coração batendo contra o meu peito. O suor escorria da minha testa e
na parte de trás do meu pescoço, encharcando minha camisa, mas
agora eu dou a mínima para as minhas roupas. Quando entramos na
sala principal, Sarge indicou que eu deveria tomar o assento na frente
dos monitores.
Clique, clique.
~ 38 ~
— Não. Se Miri teve que sofrer com a tortura e espancamento, eu
devo meu sofrimento de assistir isso a ela.
Eu os quebraria.
~ 39 ~
Miri
~ 40 ~
— Shhhhh.
— Sim.
— Ele me deu isso. Eu sei que ele tem e eu sei que ele daria a
você.
— E o que? Cat?
— Se você tentar fugir, quem... quem pega você começa a... Chega
a...
~ 41 ~
— Eles te derrubam no chão e te fodem ali com os outros
olhando. E isso é permitido, Miri. Eu fico aqui para que ninguém possa
me encontrar. Exceto por... Você sabe... O principal deles.
— El Cuchillo?
— Não.
Eu me perguntava por que ainda não tinha sido violada, não que
eu não estava feliz que ninguém tinha me tocado. Era só que eu sabia
exatamente o que idiotas misóginos como Cuchillo faziam para as
mulheres como nós.
— Outras mulheres?
— Shhhhh.
~ 42 ~
— Oh, Cat.
Eu segurei seu rosto em minhas mãos e chorei com ela. Por ela,
por mim, por nossas infâncias perdidas e sonhos desfeitos. Por tudo o
que nos foi roubado pela crueldade e circunstâncias de homens doentes
e gananciosos.
Eu verifiquei cada janela. Cat disse que elas foram reforçadas. Ela
tinha tentado quebrar uma em seu primeiro dia presa aqui e me disse
que o vidro não rachou. Nem mesmo quando ela jogou uma lâmpada
em uma. Em vez disso, o guarda simplesmente disse ao seu chefe sobre
a lâmpada destruída e sua tentativa de fuga. Ela foi punida de uma
forma que Cat se recusou a discutir.
~ 43 ~
tornozelos e me puxou para baixo da cama. Eu gritei e estendi uma mão
para a cabeceira da cama, chutando-o com o meu outro pé.
Eu torci e me virei na cama. Esta não era a minha vida. Isso não
estava acontecendo comigo. De todas as doentes, coisas horríveis,
nauseantes que eu tinha feito para sobreviver, esta foi de longe a pior.
Tomada brutalmente contra a minha vontade.
— Foda-se!
Ele jogou a cabeça para trás e deu uma gargalhada. Raoul tirou o
paletó e colocou-o suavemente sobre as costas de uma cadeira. Ele
desabotoou lentamente a camisa e despiu o resto de suas roupas,
dobrando cuidadosamente cada item e adicionando-os para a pilha.
Examinei seu corpo nu e estremeci em desgosto. Ele era enorme e
musculoso, mas claramente amava comer. Uma camada de gordura
cobria sua grande barriga. Meu estuprador era mais recebedor do que
atacante. Cabelo denso, espesso e pesado brotava de seu peito largo e
se arrastava para baixo em sua barriga. Engoli em seco quando eu
coloquei os olhos em seu pênis rígido, rodeado por um ninho de
espessos pelos púbicos. Seu pênis era tão monstruoso em tamanho
quanto o próprio homem. Vômito começou a subir e eu tive dificuldade
em segurá-lo de volta.
~ 44 ~
Raoul deixou cair uma mão carnuda e começou a acariciar seu
pau sem cortes.
Então o preservativo era para ele, não para mim. Eu não poderia
me importar menos o motivo por que ele estava usando. Eu estava grata
por esta pequena misericórdia no meio desse pesadelo. Raoul subiu na
cama, situando-se entre as minhas pernas. Quando ele grunhiu e
começou a empurrar seu enorme pênis em mim, minha mente se
retirou, deixando meu corpo para absorver a dor. Doeu muito menos
dessa forma.
Jag
Seis dias e nada. Nenhum sinal dos Los Guerreros. Por que El
Cuchillo sequestrou Miri, pegou sua organização e sumiu de San
~ 45 ~
Antonio? Qualquer pessoa, inclusive eu, poderia invadir a cidade e
tomar o seu território.
Ele não iria abandonar tudo pelo que trabalhou tão duro para
manter. O bastardo era muito ambicioso de poder e um filho da puta
ganancioso.
Mas será que a minha garota de fogo resistiria por muito tempo?
Ou seria ela uma vítima da desesperança. Será que Cuchillo iria
quebrá-la com o seu abuso físico? Será que eu sequer a encontraria? E
se eu a encontrasse, ela seria a mesma menina?
— Boss!
— Boss!
— Eu estou no jardim.
— Puta merda.
~ 46 ~
Eu não consegui ficar em pé rápido o suficiente. Meu pulso
acelerou quando a esperança correu em minhas veias.
~ 47 ~
pela bagunça que estava certo por vir. Eu costumava fazer trabalhos
como este antes, mas era coisa de Milo agora. Para mim, pessoalmente,
seria desagradável para dizer o mínimo.
Shade respondeu.
— Ele disse que está a caminho, mas não vai chegar a tempo. Ele
está no sudoeste de San Antonio, na cola dos Guerreros. Disse que
devemos começar sem ele.
~ 48 ~
comunicações entre todos e fazendo a triagem através dos mapas de
merda? Cruzando as áreas de fora e compilando informações?
Eu levantei a mão.
~ 49 ~
trouxe a minha raiva trovejando para a superfície, o monstro em mim
rosnando e estalando de raiva, desejo de sangue pelos captores de Miri.
Minha boneca não estava aqui e aqueles bastardos sem alma a tinham.
Adicione ao fato que Cuchillo queria começar a traficar mulheres como
escravas sexuais e Jesus, nu e algemado em minha ex-adega de vinho,
estava em uma profunda merda.
— Eu acho que você sabe mais do que falou, Jesus, e eu não vou
sair daqui até que você me diga o que eu quero saber.
— Eu não...
— Aonde Cuchillo foi, hum? Por que ele iria sair deixando sua
cidade desprotegida? Por que ele iria confiar em estúpidos da porra
como você para executar o seu negócio? Ele não deve ter ido muito
longe, então me diga. Onde. Ele. Está?
~ 50 ~
O corpo do homem tremia de medo. Eu pairei sobre ele e peguei o
enrijecimento sutil de sua mandíbula e o brilho determinado em seus
olhos. Interessante. Ele ia lutar contra o seu instinto de ceder e
implorar por sua vida.
Ergui a cabeça e bati com ela uma e outra vez, quatro... cinco seis
vezes. O suficiente para que o sangue manchasse a superfície de aço
brilhante. Uma vez mais, eu parei e inclinei-me para repetir a pergunta.
Ele virou a cabeça e cuspiu no chão. Por toda a sua corajosa, mas
inútil postura, eu sabia que iria quebrá-lo. Na maior parte, a tortura e
interrogatório era o trabalho de Milo ao longo dos últimos anos, mas
antes de me tornar o Chefe, eu questionei homens o suficiente para me
tornar extremamente hábil em extrair respostas.
— Foda-se minha mãe, né? Muito ruim para você que minha mãe
era uma inútil, prostituta drogada que nem se lembrava de que tinha
filhos, seu pequeno pedaço de merda. Ela ficaria feliz em te foder... se
ela ainda estivesse viva. — Eu circulei a mesa para ficar ao lado direito
do homem tremendo. Os olhos de Jesus alargaram quando uma
brilhante lâmina de prata escorregou da bainha e apareceu
magicamente na minha mão direita. Segurei-a sobre seu rosto. — Você
vai me dizer o que eu quero saber agora. Sua única decisão aqui é o
quanto você deseja sofrer antes de morrer.
~ 51 ~
Eu rosnei e torci a faca ao mesmo tempo. Um executor anterior
me ensinou este movimento, e isso quase nunca falhou em obter
resultados. Jesus lamentou e assim como eu previ, a suplica começou.
— Não! Não!
Ele lutou para libertar-se de novo, mesmo sabendo que não havia
escapatória.
~ 52 ~
quando o metal frio tocou sua pele. Jesus sabia que o menor
movimento de sua parte permitiria a lâmina cortar através dele como
manteiga.
— Não, eu não!
— Irônico, não é?
Perguntei.
~ 53 ~
Eu brandi a faca sangrenta, espetei a carne esculpida, e segurei-a
na frente de seu rosto. Gotas escuras de sangue deslizaram pela
lâmina, pousando no queixo e pescoço.
Agora, eu dei zero merdas sobre como era engraçado ha-ha. Tudo
o que eu queria eram algumas malditas respostas.
~ 54 ~
Eu repeti. O cara estava fora, seus olhos rolando para trás em
sua cabeça até que mostraram mais branco do que marrom.
Jesus berrou quando ele deixou escapar tudo o que sabia o que
era pouco, apenas alguma coisa ou outra que eu poderia usar para
encontrar Miri. Esse estúpido da porra realmente não sabia onde
Cuchillo estava. Quando continuou chorando, eu fiz uma careta para a
confusão sangrenta e recuei.
— Foda-se!
~ 55 ~
— Filho da puta do caralho!
— Não é isso.
Eu rebati.
— Ele deve estar malditamente feliz que ele está morto pra
caralho e que eu tenho uma muda de roupa no andar de cima.
~ 56 ~
Miri
Eles levaram Cat para fora do quarto com mais frequência. Cada
vez, ela lutava menos, seu espírito quebrado há muito tempo atrás.
Algumas das vezes, ela era devolvida rapidamente. O olhar vidrado em
seus olhos, me dizendo que ela teve sua dose de heroína ou qualquer
outra droga que eles estavam usando para mantê-la dócil, em seguida,
vinha para o quarto e cochilava durante sua viagem. Outras vezes, Cat
ficava fora durante horas. Após essas ausências mais longas ela ficava
mais reservada. Cat se trancava no banheiro ou se enfiava debaixo das
cobertas, mas nesses momentos, ela nunca, jamais deixou cair uma
única lágrima ou falou alguma palavra.
~ 57 ~
— Eu estou bem.
~ 58 ~
Sua mão disparou para fora e agarrou meu braço. O aperto de
Cat era mais forte do que eu esperava.
Era hora de contar a ela sobre Jag. Eu tinha omitido até agora,
sem saber se alguém estava ouvindo. Talvez eu pudesse disfarçar
nossas palavras de alguma forma, sussurrá-las. Meu coração pulou no
meu peito quando uma ideia passou pela minha cabeça.
— Não!
— Não.
~ 59 ~
Eu disse. Nossos olhos se encontraram e eu balancei a cabeça.
Raoul iria machucá-la se ela tentasse impedi-lo. Cat chorou e afrouxou
seu aperto. Suas mãos deslizaram frouxamente em seu colo.
— Foda-se!
— Ainda mal-humorada.
Ele riu.
— Eu vou quebrar você e seu namorado vai assistir. Ele vai ver o
momento em que você se entregar para mim.
— Tanto faz.
~ 60 ~
Então, minhas suspeitas estavam corretas. O medo inundou o
meu corpo e a náusea que eu estive lutando por um tempo veio rugindo
para a superfície. Cerrei os lábios para impedir de vomitar no bastardo,
o que certamente me faria ganhar um castigo pior do que o habitual.
— Ahhhh.
— Isso assusta você, não é? Eu posso ver isso nos seus olhos.
Você achou que iria ficar aqui para sempre? Por que você acha que é a
única que Raoul tem fodido? Hmmmm?
Ele apertou meu peito mais duro. Tão duro que eu cerrei os
dentes para não gritar.
Sua mão apertou com tanta força no meu peito que meus olhos
lacrimejaram, e eu não consegui sufocar o grito irregular que saiu de
minha garganta e ecoou por toda a sala.
— F-foda-se você.
— Você.
~ 61 ~
Rosnei.
Ele rosnou.
— Pare!
Meu coração estava batendo tão rápido que eu estava com medo
que poderia estourar através de meu peito golpeado e voar para fora de
~ 62 ~
mim. Eu não tinha lutado contra as minhas amarras desde o primeiro
dia. Era inútil e tudo o que fez foi alimentar a emoção e me humilhar
para o bastardo. Meu orgulho saiu da sala. Eu certamente lutaria pra
caralho agora. Confrontando com essa lâmina maldita, eu lutei tão forte
quanto eu poderia. As algemas cavaram em meus pulsos e rasgaram a
pele fina. Fogo atravessou meus braços e articulações quando sangue
pingou sobre minhas mãos.
Foda-se ele.
~ 63 ~
Jag
— Boss.
~ 64 ~
Mantenha-se firme para mim, baby. Eu vou te buscar.
Forcei meu corpo cansado para os meus pés enquanto três dos
meus homens, Shade, um dos caras de Shade do armazém, e One, meu
melhor comerciante da área, entrou na cozinha. O grande espaço de
repente parecia pequeno, comigo e Milo, e agora os três de pé ao redor
da mesa da cozinha. Nenhum de nós era exatamente pequeno. Cinco de
nós em um cômodo era um pouco esmagador.
— O quê?
— Sim, chefe.
~ 65 ~
carro tanto de Austin quanto de San Antonio, quantos caras estavam
guardando a propriedade, e quais as armas que eles tinham.
— Filho da puta.
Eu disse em fascínio.
— Sim Boss.
~ 66 ~
Ale-porra-luia!
— Depois de você.
— Homem inteligente.
Disse Brick.
~ 67 ~
— Você queria a minha ajuda, eu vim.
— Você veio.
Ele reconheceu.
— Como?
~ 68 ~
— Se alguma coisa me acontecer, deve ser dada a ela uma
quantidade de dinheiro e permissão para deixar o estado, ilesa.
— Concordo.
— Eu também.
— Eu também.
Miri
~ 69 ~
Eu fui para o banheiro e liguei o chuveiro para cobrir qualquer
ruído que fizermos no caso de eles estarem ouvindo, o que eu realmente
não acho que eles estavam desde que eu não tinha encontrado uma
única coisa no quarto. Como eu disse, fodido ego enorme. Não havia
câmeras também. O idiota estava tão confiante que não iríamos a lugar
nenhum que não se preocupou colocar um guarda permanente na porta
ou quaisquer olhos ou ouvidos no quarto.
— Cat.
— O que?
— Está na hora.
— Eu sei. Eu também.
— Comece a cantar.
~ 70 ~
minha mão para trás e dei um soco no centro do travesseiro que estava
contra o espelho. Nada aconteceu. Tentei de novo, mais forte dessa vez.
Uma rachadura no vidro serpenteou atrás do travesseiro.
— Está funcionando.
— Aqui.
— Bom.
— Abra.
— Depressa.
~ 71 ~
— Eu estou me apressando.
— Estamos bem.
— Vai, vai.
— É claro, Cat.
~ 72 ~
Minha melhor amiga se arrastou até que ela estava atrás de mim.
Eu coloquei minha mão na maçaneta da porta e olhei por cima do meu
ombro.
— Não. Mas eu tenho que fazer isso. Como você disse, eu prefiro
morrer do que ficar aqui.
— Use sua arma se você tiver que. Apenas corte, não dê uma
facada, Cat. Se você apunhalar alguém muito profundo o vidro pode
ficar preso dentro da pessoa e você não terá nada para usar.
— Cat, você pode. Pense sobre o que eles fizeram com você.
— Vamos.
Eu não tenho que lhe dizer que ela estava presa nas minhas
costas como cola.
~ 73 ~
vários homens no caminho pelo que eu agora chamava de câmara de
tortura.
— É a cozinha.
— Não.
— Destranque, Miri!
— Vamos!
~ 74 ~
Os homens entraram na cozinha, continuando a conversa.
Armários abriram e fecharam, bem como a geladeira. Um dos homens
riu de algo que o outro disse e eles andaram por lá durante vários
minutos, pontuados aqui e ali pelos sons de mastigação.
— Miri.
— Quão longe?
— Não.
~ 75 ~
Eu lutei para manter as lágrimas. Cat deu de ombros.
Funguei calmamente.
~ 76 ~
Minha perna desmoronou e eu fui para baixo de cara para a paisagem
rochosa implacável. Desta vez, quando minhas costelas bateram no
chão, eu não conseguia parar de gritar em agonia.
— Pinche puta!
~ 77 ~
Jag
~ 78 ~
seria alguém? Era esperar demais que Miri, que Brick confirmou estar
dentro da casa, tenha escapado?
— Boss.
Eu sussurrei.
— E?
— E eu acho que você deve vir e ver por si mesmo. Estou no local
discutido anteriormente.
— Foda-se!
Eu olhei para Milo então ele sabia que não devia usar o canhão de
mão.
— Entendi, Boss.
~ 79 ~
Não havia tempo suficiente para essa besteira. Eu pulei no carro que
deixei estacionado longe o suficiente para passar despercebido, e com
os faróis apagados, eu dirigi um quilometro e meio de estrada de terra
rochosa em menos de cinco minutos. Parei ao lado de SUV negro
maciço de Brick e arranquei as chaves da ignição antes de pular do
carro e caminhar para o grupo de homens. Quando cheguei mais perto,
notei que eles estavam de pé em um círculo, observando um único
homem que estava agachado sobre um corpo no chão. Minha respiração
ficou presa e eu tropecei com a visão.
— Quem é essa?
— Brick?
~ 80 ~
— O que ela disse? Você conseguiu alguma coisa dela antes que
desmaiasse?
~ 81 ~
— As duas mulheres escaparam, mas se separaram aqui fora.
— Ela acha que Miri foi capturada e levada de volta para dentro.
— Baixe a voz.
Ele rosnou.
Disse Brick.
— E agora?
Brick era tão casual, tão calmo, soando como se não fosse grande
coisa invadir a casa de um chefe rival – casa cheia de homens treinados
e dezenas de armas – e resgatar a minha menina, sem nada dar errado.
Foda-se. Minhas mãos tremiam ansioso para fazer alguma coisa, para
matar alguém, para fazer alguém pagar pelo sofrimento de Miri assim
como o sofrimento de sua amiga.
~ 82 ~
— Eu disse a meus homens para matar silenciosamente qualquer
um que se aproximasse do perímetro - disse a Brick.
— Eu concordo.
— Eric?
Miri
~ 83 ~
tinha forças para manter os olhos abertos, e muito menos para me
libertar de qualquer tipo de cordas ou correntes. Em vez disso, eu fechei
os olhos e esperei que tudo terminasse. De preferência breve.
El Cuchillo.
Ele me deu outro tapa e minha cabeça virou para o lado, meu
cérebro balançando dentro do meu crânio.
Não queria que ele visse o meu medo, então mantive meus olhos
bem fechados, em desafio. Pode não haver esperança para eu sair
daqui, mas eu estaria condenada em me render sem lutar. Ele bateu em
mim novamente, desta vez com os punhos em minhas costelas. Eu
gritei com o fogo se alastrando na minha lateral, o que tornava difícil
respirar. Ainda assim, eu mantive meus olhos espremidos apertados.
~ 84 ~
— Eu posso continuar com isso durante toda a noite, vagabunda
idiota.
Ele rosnou.
~ 85 ~
Ele me queria quebrada. Destruída. Arruinada.
El Cuchillo estava tão errado. Boss não iria quebrar. Ele reuniria
toda a raiva e a usaria. Ele disseminaria sua ira sobre cada homem
nesta casa e mais alguns. Jag não iria parar até obter sua vingança
sangrenta.
~ 86 ~
Jag
— Filho da puta!
Disse Shade.
— Boss.
Shade começou.
Eu respondi.
— Sem armas.
~ 87 ~
Eu o lembrei.
— Entendi, Boss.
Shade desligou.
— Eric, diga a todos para agarrar qualquer homem que esteja fora
da vista dos outros, e fazer isso. Corpo a corpo.
— Sim, senhor.
Brick não fez mais do que recuar quando eu lhe lancei um olhar
assassino.
~ 88 ~
soldados por uma razão. Você precisa confiar neles para fazer o
trabalho.
Disse Brick.
— Estou bem.
~ 89 ~
— Eu voto em prosseguirmos com os homens restantes.
— Foda-se!
— Chefe…
— O que?
~ 90 ~
— Eu estou em algum lugar nos arredores desta porra de buraco.
Ele retrucou.
— Filho da puta.
— Sim
Disse Milo.
— O que aconteceu?
— Foda-se.
Eu rosnei.
~ 91 ~
— Nós já esperamos tempo suficiente.
— Eu vou entrar.
Miri
— N-não.
~ 92 ~
Ele circulou a mesa, movendo-se em torno de minha cabeça, para
o outro lado, a ponta da faca nunca deixou seu lugar na minha
garganta. A pressão era o suficiente para eu não me atrever a engolir.
Senti um gotejamento quente e úmido na lateral do meu pescoço e
soube que ele tinha perfurado a pele. Meu corpo estava coberto de
cortes semelhantes. Não havia uma única parte de mim que não
queimava como se estivesse mergulhado em querosene e incendiado. Eu
não conseguia reconhecer a bala na minha panturrilha dos outros
ferimentos.
Cuchillo sussurrou.
— É por isso que eu não vou transar com você. Você está suja,
prostituta barata do Boss.
Eu disse asperamente.
~ 93 ~
Seus lábios se curvaram e ele se aproximou, levantando a lâmina
acima de mim. Fechei os olhos e me preparei para o golpe que poderia
acabar com a minha vida.
— Jag.
— Jag.
— Miri?
~ 94 ~
Ele estava perto. Meu Deus. Ou eu estava morta e no céu, ou eu
estava prestes a ser salva.
— Jag?
— E-eu...
Jag
~ 95 ~
quando a falta de sono e o estresse sugaram minha energia e eu estava
à beira do colapso. Miri era a única coisa que me manteve empurrando
através da fadiga. Fraca, desidratada, e terrivelmente abusada, minha
linda boneca foi quebrada, e eu não iria descansar até que eu a
consertasse.
— Doutor.
~ 96 ~
— Seus sinais vitais são fortes.
— Bom.
Eu rebati.
— Eu não quero que ela tenha nada que lembre o que aquele filho
da puta doente fez com ela.
Com isso, ele guardou seus instrumentos e atirou sua bolsa sobre
seu ombro.
~ 97 ~
Então eu fiz algo que não me permitia desde que eu perdi Rose.
— Jag?
— Miri?
— Hey.
— Eu amo você, Miri. Eu deveria ter dito isso mais cedo. Perdoe-
me por deixá-los te tomarem de mim.
— Pare.
— Não foi sua culpa. Eu fui à única que fugiu quando você disse
que não era seguro.
— Não-
~ 98 ~
Os olhos de Miri se arregalaram.
— Graças a Deus.
— Eu preciso saber...
— OK. Está tudo bem, boneca. Você não tem que falar sobre isso.
~ 99 ~
informação. Ela já sofreu bastante. Eu precisava que ela se sentisse
segura e curada, mentalmente e fisicamente. Saber que El Cuchillo
ainda estava lá fora, e muito provavelmente planejando vingança para
Miri e eu, a estressaria ainda mais, e isso era algo que eu não iria
tolerar.
— Há um botão aqui.
O alerta foi enviado para o meu telefone quando faltava meia hora
para a chegada de meu hóspede, assim como eu instruí. Tomei banho e
vesti com um dos meus melhores ternos. Na frente do espelho, eu
metodicamente atei a gravata azul marinho de seda até que estivesse
perfeita. Em seguida, eu prendi um par de abotoaduras de platina no
lugar e posicionei minhas mãos na minha frente. Satisfeito, eu olhava
para o homem no espelho. Seu rosto estava sombreado por fadiga, suas
bochechas ocas pela perda de peso e stress. Mas o que não
desapareceu, o que permaneceu brilhante e forte, era o fogo queimando
por vingança brilhando por trás de seus olhos azuis escuros.
~ 100 ~
Brick sorriu quando ele cruzou o caminho de cascalho.
— Fiquem à vontade.
— Eu adoraria um Bourbon.
— Então.
~ 101 ~
O homem esperou pela minha resposta, como se esperasse que eu
renegasse o negócio e atirá-lo fora.
— Eu estou.
Eu respondi.
— Bom. Bom.
Miri
Cat sorriu e colocou seu longo cabelo atrás das orelhas. Nós
balançamos suavemente sobre o balanço do gazebo, o ventilador de teto
e uma brisa fresca do lago nos impedindo de transpirar no fim de tarde
de um verão quente.
— Nós duas estamos vivas. Somos fortes, Cat. Nós vamos passar
por isso. Nós podemos ter vidas reais. Vidas normais.
~ 102 ~
casa horrível por quase um ano, mantida drogada e usada para o sexo
por quem sabe quantos homens. Jag a retiraria do vício da heroína do
mesmo jeito que ele fez comigo. Fazia duas semanas desde que fomos
resgatadas por Jag e um dos outros chefes, um homem chamado Brick,
que comandava o comércio de heroína em Houston. Por causa do longo
tempo mergulhado no vício, Cat ainda tomava altas doses de heroína,
recebendo injeções três vezes por dia. A bênção era que seu exame de
sangue deu negativo para todas as doenças, o que era surpreendente
considerando que os homens nem sempre usam preservativos, segundo
Cat.
— Mas eu não.
~ 103 ~
Estremeci com o pensamento.
— Pelo menos foi uma noite em que não havia quaisquer outras
meninas na casa.
Ficar fora de casa e longe de ódio tóxico de Milo foi bom para
minha saúde mental, bem como para a de Cat. Além disso, o ar fresco
nos ajudou a relaxar depois da prisão naquele quarto horrível por dias a
fio. Nós conversamos muito, e não apenas sobre o nosso tempo em
cativeiro. Era muito deprimente focar em coisas ruins. Nós recordamos
as boas lembranças e bons momentos que tivemos antes de tudo
desmoronar, rindo e sorrindo pela primeira vez em semanas, ou no caso
de Cat, meses.
~ 104 ~
meu, enquanto o médico curava minhas feridas. Depois disso, Jag
vinha para a cama muito tempo após eu estar dormindo e levantava
todas as manhãs antes de eu acordar.
— Ei, boneca.
— Hey.
~ 105 ~
— Bem, eu estou aqui agora, boneca.
— Miri.
— Miri.
~ 106 ~
Seus dentes cerraram e mais uma vez, eu podia vê-lo se controlar.
Só que desta vez não era luxúria. Fúria. Jag fechou os olhos e respirou
fundo algumas vezes antes de procurar os meus olhos. Digitalizando
meu rosto, sua expressão se suavizou.
— Eu preciso de você.
Eu disse com voz chorosa. E tudo que eu poderia fazer era piscar
as lágrimas que ardiam tão quente quanto o corar que eu sentia no meu
rosto. Eu não queria parecer patética e necessitada, mas era
exatamente como eu me sentia.
— Miri...
~ 107 ~
Mesmo que eu não visse seu rosto, quando os braços de Jag me
cercaram e seguraram apertado, eu soube que ele entendia. Depois de
um momento, suas mãos deslizaram dos meus lados para meu rosto.
Jag inclinou minha cabeça para trás e baixou sua boca para pressionar
um beijo suave nos meus lábios.
Ele perguntou, seu olhar afiado correndo para cima e para baixo
meus braços.
— Eu estou bem.
— Eu só preciso de você.
~ 108 ~
Eu não precisava me preocupar. Jag não foi longe. Ele ficou ao
lado da cama, alto e intimidante, seus olhos famintos nunca deixando
os meus.
— Dispa-se.
— Depressa.
— Pare.
~ 109 ~
Eu congelei com a ordem afiada da Jag.
— Isso é meu.
— Por favor.
~ 110 ~
os quadris até seu comprimento macio e quente deslizar por minha
abertura molhada, eu poderia ter chorado de alívio. Ele soltou minhas
mãos e caiu até os cotovelos. Olhando nos meus olhos, Jag lentamente
arrastou seu pênis para trás e para frente entre as minhas pernas, a
cabeça esfregando contra o meu clitóris e roubando meu fôlego a cada
passagem. Ele abaixou a cabeça e chupou um dos meus mamilos em
sua boca. A estimulação dupla fez meus olhos rolarem para trás e deixei
escapar um grito estrangulado. Jag não foi influenciado por minha
mendicância. Ele continuou lentamente rodando sua língua de veludo
ao redor do botão sensível e deu-lhe um beliscão leve antes de liberá-lo.
Meus quadris se ergueram, aumentando o atrito de seu pênis.
— Mais.
— Jesus.
~ 111 ~
Meu corpo estremeceu de alívio quando eu senti a queimação de
ser esticada por ele. Jag jogou a cabeça para trás e se ergueu, puxando
sua boca longe me permitindo tomar uma respiração profunda. Ergui a
cabeça e lambi o caminho até sua garganta bronzeada, amando a
sensação de lixa sob a minha língua. Eu estava ofegante, mas Jag não
se moveu desde que entrou mim.
— Jag.
— Oh meu Deus.
— Jag!
~ 112 ~
— Foda-me, Jag.
— Deixe-me ouvir você gritar. Dê-me sua dor, Miri, e eu vou lhe
dar prazer.
Ele incentivou.
~ 113 ~
Jag beijou meu pescoço, lambendo toda sua marca e suavemente
chupando novamente. Meu núcleo pulsava com o prazer de sua boca
quente na minha pele, memórias de como seus lábios suavemente
escovaram meu corpo quebrado. Como ele juntou as peças e me fez
completa novamente.
~ 114 ~
seu pênis dentro de mim, eu estava surpresa por não senti-lo na minha
garganta. Os tendões de seu pescoço tencionaram e ele amaldiçoou
quando o prazer ultrapassou seu corpo.
Jag rugiu quando gozou, seu longo e grosso pau inchou antes de
explodir, atirando jato após jato de sêmen quente dentro de mim. Mais
alguns empurrões menores e corpo de Jag ficou mole debaixo de mim.
Caí para frente, descansando minha cabeça em seu peito, e nós dois
prontamente adormecemos.
Jag
Acordei com Miri em cima de mim, meu pau mole ainda dentro de
seu corpo quente. Uma espiada na janela e vi que ainda estava escuro,
o que significava que não dormimos por muito tempo. Com cuidado
para não acordar a minha linda boneca, eu rolei Miri para o lado e sai,
sentindo frio e imediatamente sentindo falta do calor incrível e apertado
de sua boceta.
Minha boneca estava indo tão bem em sua recuperação, ela fez
um pouco de manutenção em uma das motos no outro dia. Não muito,
mas um bom sinal. Eu estava preocupado que o conhecimento da fuga
de Cuchillo iria mandá-la de volta em espiral para depressão.
— Cristo.
~ 115 ~
Era demais para pensar e porra, eu estava malditamente cansado
e irritado para lidar com o assunto de El Cuchillo. Teria de esperar até a
manhã. Agora, eu estava no meio do processo horrivelmente complicado
de transferir toda a minha propriedade para Brick como pagamento
pelo resgate de Miri. Esse era o acordo. Brick assumiria minhas
operações em Austin e eu estava efetivamente aposentado. Apenas
Shade e Milo conheciam os detalhes. Shade estava morto. O resto dos
meus homens não sabiam, mas Brick os manteria como seus
empregados. Isso era algo que eu insisti durante a negociação.
— Porra.
~ 116 ~
pelo que fez. Pensamentos horríveis passaram em meu cérebro, um
após o outro, cada um pior do que o anterior.
— Ele fugiu sem nada. De jeito nenhum ele estava preparado para
nossa invasão a sua casa.
— Entendeu?
— Sim Boss.
— Ei. Eu preciso que você faça algo para mim e tem que ser
mantido entre nós.
~ 117 ~
Expliquei o que eu precisava e meu funcionário disse que o
obteria. Depois de desligar, eu devolvi o dispositivo ao bolso e olhei para
fora da janela traseira. Cada músculo do meu corpo tensionado
conforme minha mente avaliava os diferentes cenários repetidamente.
Toda vez que cheguei à mesma conclusão.
~ 118 ~
Miri
~ 119 ~
Cat esperou até um par de jet skis trovejantes rugindo passassem
antes de continuar.
Sugeri. Cat torceu o pescoço para olhar para mim e fez uma
careta.
— E? Nem eu. Obtenha seu GED, encontre algo que você ama, e
faça.
Meu tom deve ter deixado Cat saber o quanto o seu comentário
me magoou, porque ela parecia mortificada.
— Sinto muito, Miri. Eu não quis dizer que você era preguiçosa ou
nada. É tão difícil, você sabe? Não ter ninguém.
— Obrigada.
~ 120 ~
alguns de seus homens. Eu entendi sua preocupação. Depois de ser
arrancada diretamente de seus braços, literalmente, Jag não queria que
eu saísse de casa. Mas depois de ter sido preso em uma mansão
semelhantemente luxuosa, Cat precisava sair. Os homens estavam de
pé e atentos as proximidades, ambos usando óculos tão escuros que eu
não tinha ideia de onde eles estavam olhando.
— Abaixe-se!
~ 121 ~
alta, que deveríamos ter capotado e acabado em uma vala. Quem estava
ao volante era realmente bom, porque ele reduziu a marcha e facilmente
endireitou o SUV, batendo o acelerador para correr de volta para a casa.
Meu guarda-costas, Thomas, estava no banco do passageiro, gritando
em seu telefone, mantendo uma toalha no ombro. Eu empalideci
quando vi o sangue vermelho brilhante molhar o tecido, então eu
amordaçado.
— Eu estou bem.
Disse ele, tão calmo quanto poderia ser. Como se ele não estivesse
sangrando por todo o lugar depois de homens armados dispararam
contra nós a partir de jet skis.
— Miri?
~ 122 ~
— Miri, Deus. Você está bem?
— Eu estou bem.
— Oh.
Sua voz era firme, mas eu podia ouvir a fúria por trás da fachada.
— Espere!
~ 123 ~
A expressão de Jag exibiu o mais extremo dos opostos. Seu rosto
estava cheio de amor e compaixão, mas seus olhos... Seus olhos
estavam com pura raiva animal. Eu estava certa, ele estava prestes a
perder sua merda sobre eu ser atacada novamente.
— Eu entendo.
Jag
~ 124 ~
— Eu tenho algo, Boss.
— E-?
~ 125 ~
Afastei-me George e cavei os saltos das minhas mãos nos meus
olhos.
— O quê?
— Mais?
— Continue falando.
Eu grunhi de satisfação.
— Entendi, Boss.
~ 126 ~
Coloquei uma jaqueta de couro para esconder minhas armas e
abri a porta. George arrastou atrás de mim enquanto eu andei pelo
corredor como um anjo negro da morte, usando cinco quilos de aço letal
e munição. Frank estacionou quando nós saímos da casa.
— Não, Boss.
— Você vai?
~ 127 ~
Dois minutos depois estávamos dirigindo por uma rua deserta em
alguma cidade de merda fora de Corpus Christi.
— Ali.
— Tudo bem.
— Ele disse que você está certo. Milo poderia estar em qualquer
deles. Ele escolheu os três andares porque não tinha mais lugares para
se esconder e é o único com eletricidade.
Eu balancei a cabeça.
~ 128 ~
nenhum bem se eu invadisse e corresse apenas por instinto em vez de
usar o meu cérebro. Uma vez eu estava focado na missão, fim de jogo
em vista, eu abri a porta do carro.
— Vamos.
Nada.
~ 129 ~
— Bem-vindo de volta.
Eu pisei em seu peito e segurei meu pé lá. Milo gemeu, mas não
disse nada. Minha bota ainda estava em seu esterno, quando me
inclinei e agarrei seu cabelo, segurando a cabeça no lugar.
— Foda-se!
Milo rugiu. Ele estava ferrado e ele sabia disso. Sua única escolha
agora, era saber se ele queria agir como um homem ou uma marica
chorando. Inferno, Milo era um bastardo brutal; pelo que eu sabia, ele
não se assustava com nada. O homem era realmente fodido na cabeça.
~ 130 ~
Eu disse.
— Você escolheu.
~ 131 ~
Miri
Jag tinha saído havia dois dias. Dois dias desde que fomos
alvejadas na praia por homens em jet skis. Dois dias desde Jag me
deixou dormindo em sua cama e disse que estaria de volta o mais
rápido que pudesse, não dando qualquer explicação quanto ao local
onde ele estava indo. Dois dias de ataques preocupantes e pânico sem
parar. As únicas coisas que me mantêm de perder minha mente eram
Cat, e o fato de que os homens de Jag me garantiram que ele estava
vivo e bem, apenas estava cuidando de negócios. Claro que ninguém iria
me dizer que tipo de negócio ou por quanto tempo seu chefe ficaria fora,
mas sabendo que ele não estava ferido ou morto era melhor que nada.
— Eu sei, Miri.
~ 132 ~
domada com viciantes, drogas entorpecentes. Pelo menos eu tive Jag, e
eu só tinha sido capturada por algumas semanas. Nada como o que Cat
passou.
— Sim.
— Miri.
~ 133 ~
Ele respirou, aninhando o nariz no meu cabelo. Por agora eu
estava completamente chorando de alívio.
— Onde-?
— Em casa.
— Minha.
Ele rosnou quando se afastou, com falta de ar. Ele nos levou para
a superfície mais próxima e me pôs sobre ele. Senti o metal frio abaixo
de mim e percebi que estava no capô da sua Ferrari 1966 de dois
milhões de dólares.
— Jag. O car...
— Foda-se o carro.
~ 134 ~
não me importava. Eu tinha Jag em meus braços, quente e seguro, e
recuperando sua propriedade em meu corpo como se o mundo fosse
acabar se ele não pudesse me fazer sua.
Agarrei seus ombros e deixei minha cabeça cair para trás sobre o
metal liso. Meus olhos rolaram na minha cabeça quando Jag agarrou
minha bunda e levantou a minha parte inferior do corpo para fora do
carro, pulsando a um ritmo brutal.
— Porra, boneca. Oh meu Deus, Ungh, sim! Deus sim, você é tão
perfeita.
Eu assisti enquanto seu belo rosto torceu com prazer. Sua testa
brilhava de suor e seu pescoço corou escarlate onde estava exposto
acima da gola da camisa que ele ainda usava. Os braços de Jag
apertaram e seus bíceps flexionaram, dedos cavando em minha bunda,
onde eu tinha certeza de que eu teria hematomas na parte da manhã.
~ 135 ~
Quando o último pulso de sêmen drenou de seu pênis, Jag caiu
em cima de mim, completamente imóvel e respirando pesado. Corri
meus dedos levemente para cima e para baixo da sua coluna, amando a
sensação de sua pele lisa e músculos rígidos. Amando a sensação dele.
Jag riu.
— Você é adorável.
Este homem era o meu futuro e eu não tinha dúvida de que faria
o que fosse preciso para me certificar de que eu estava bem cuidada.
Que eu era feliz. Que estávamos felizes.
Jag
~ 136 ~
— Presumo que já cuidaram de tudo?
George me assegurou.
— Bom.
— Entendo.
~ 137 ~
Ou talvez o seu comportamento fosse meramente um resultado
direto da minha careta irritada. Relaxei minha expressão e George
relaxou visivelmente.
~ 138 ~
Depois que eu percebi quão inútil Milo era, eu acabei rápido.
Apesar de querer fazer Milo sofrer por aquilo que ele fez para Miri, de
repente eu estava enojado com a visão de sangue do traidor. Respingos
vermelho-escuro me cobriam do pescoço para baixo, absorvendo minha
roupa e manchando a minha pele. Era tudo que eu poderia lidar tempo
suficiente para limpar com uma toalha molhada e trocar de roupa. A
longa viagem para casa quase levou-me à loucura com a necessidade de
tomar banho e esfregar cada polegada do meu corpo até que minha pele
estivesse rosa.
Idiota.
— Sim.
Miri
~ 139 ~
do lago. Homens de Preto estavam por toda parte, por isso, não falamos
muito. Nada matava uma diversão como homens corpulentos com
armas olhando para você o tempo todo.
— Eu quero tentar.
~ 140 ~
— Você ouviu isso?
Inclinei a cabeça para ouvir, mas tudo que eu ouvi foram chilrear
dos pássaros e insetos zumbindo.
— Não o quê?
Eu dei de ombros.
— Cat!
— Vá!
— Vá para dentro!
— Oof!
~ 141 ~
caiu perto de mim. Minha visão oscilou e náuseas queimaram na minha
garganta.
— Miri!
Jag
— Desculpe-me.
— O quê?
— Quintal.
Ele ofegava.
~ 142 ~
— El Cuchillo está atacando. Matou um monte de nossos rapazes.
— Foda-se!
— Boss...
— Filho da puta.
Eu rosnei.
— Foda-se.
— Oh Deus.
~ 143 ~
Meu estômago soltou e o fundo caiu fora. Dois dos meus homens
estavam mortos, enquanto Cat, chorando e histérica, estava tentando
puxar uma Miri semiconsciente e muito confusa para os arbustos.
Saltei para frente e agarrei o braço de Cat.
— O que aconteceu?
— Eu não sei.
Ela lamentou.
Eu ordenei.
Eu fui para içar Miri por cima do meu ombro para que eu tivesse
uma mão livre para usar a minha arma, quando a dor incandescente
atravessou meu peito, roubando o fôlego. Antes que eu tivesse tempo
para processar o que aconteceu, a agonia explodiu dez vezes. Ofegante,
eu tropecei e cai de costas, deixando cair a arma para agarrar minha
camisa sobre a origem do queimor que estava rasgando pelo meu corpo.
Minha mão estava quente e molhada.
Tiro. Levei um tiro. Eu falhei com ela. Falhei com minha boneca.
~ 144 ~
Jag
Porra.
— Miri?
Minha voz não era mais que um coaxar irregular. Engoli em seco,
incapaz de acreditar que a visão era real. Oh, obrigado porra. Ela não
está morta. Minha doce e angelical, boneca ruiva, estava enrolada em
uma cadeira ao lado da cama, dormindo.
— Miri?
~ 145 ~
Eu tentei novamente, mas não poderia colocar força suficiente
para ela me ouvir. A frustração cresceu, deixando-me dolorido e com
raiva. Segurando um grito, eu levantei a mão pesada e coloquei-a em
seu braço. Chamas rasgaram através do meu peito, deixando-me
ofegante e suando. Eu gemi com um inalar enquanto lutava para ficar
parado, a fim de acabar com o fogo engolindo todo o meu torso. Era
como se meu interior estivesse sendo queimado em cinzas.
— Jag?
Ouvi Miri falar, mas tudo o que eu podia fazer era fechar os olhos,
cerrar os dentes, e esperar que a tortura recuasse.
Ela soluçou.
— Graças a Deus.
— O que aconteceu?
— Oh Jag.
— Eu estou... bem.
~ 146 ~
Eu sussurrei. Miri se sentou na beirada da cadeira, segurou
minha mão e quebrou de verdade.
— Quatro dias.
— George-?
~ 147 ~
— Seus seguranças estão lá fora também. Vou chamar George
para que ele possa dizer-lhe o que aconteceu.
Isso soou bom. Fiz o que ela pediu e adormeci, caindo em uma
névoa de morfina.
Miri
Uma vez que ele passou para uma quantidade mínima de morfina
e Jag era capaz de ficar acordado por longos períodos de tempo, a
polícia veio e levou seu depoimento, para a grande irritação de Jag.
Normalmente, todas as lesões do cartel eram tratadas por seu médico
particular para manter as autoridades longe de se envolver ou dando-
lhes qualquer motivo para investigar o seu negócio.
~ 148 ~
homem estava franzindo a testa, estufando em um humor muito
sombrio.
— Faça isso.
— O quê?
— Malvado?
— Sim, malvado.
~ 149 ~
— Estamos realmente indo embora?
— Claro.
— Não.
— Não.
~ 150 ~
— George disse El Cuchillo ou não estava em sua casa durante o
ataque, ou fugiu.
— Sim.
— Eu sei.
Inclinei a cabeça para trás para olhar para este homem lindo. Tão
valente, tão concentrado, tanta dor estava dentro de sua mente.
Jag me deu um beijo rápido e com uma forte mão para a parte de
trás do meu pescoço, ele me abraçou contra seu peito.
Jag
Estava feito.
~ 151 ~
— Hmph. - disse Miri.
— Hora de Dormir.
Rosnei, meu pau já meio duro. Joguei-a por cima do meu ombro,
a cabeça pendendo para baixo em minhas costas.
— Você não deveria estar fazendo isso até você estar curado.
— Eu me sinto ótimo.
~ 152 ~
Ela bufou enquanto eu caminhava para fora da cozinha, o riso de
Cat desapareceu quanto mais fomos para o corredor.
Eu puxei meu cinto para fora das alças e abri minha calça jeans,
empurrando minha cueca boxer com eles e chutei tanto de lado. Sua
língua rosa disparou para fora para lamber os lábios e eu senti isso do
meu pau até as minhas bolas.
— Tire a roupa.
~ 153 ~
bonequinha foi mais rápida. Ela deu um salto, o rosto agora no nível
com a minha virilha, meu pau balançando bem na frente de sua boca
pecaminosa. A língua de Miri apareceu de novo, só que desta vez ela
lambeu um caminho através da minha fenda vazando, lambendo cada
gota de fluido.
— Puta merda!
~ 154 ~
Miri puxou uma respiração instável.
— Pare.
— Eu te amo.
~ 155 ~
— Jag...
— Por favor!
— Shhhhh.
— Foda-se.
— Oh meu Deus.
— Não.
— Jag!
~ 156 ~
— Mais, por favor.
— Mmph.
~ 157 ~
Os ruídos de Miri eram como a trilha sonora do meu próprio
pornô pessoal. Meu pau era como aço, pré-sêmem escorrendo pelo
comprimento quando eu ajoelhei na cama. Eu queria transar com ela,
mas o sabor dela era tão bom. Quando o meu próprio desejo desligou
meu cérebro, minha testa coberta de suor da tensão causada pela
minha necessidade de liberação, eu soltei uma de suas mãos. Ela
imediatamente colocou-a sobre a minha cabeça, agarrando o meu
cabelo em seu punho. Enfiei dois dedos na vagina apertada de Miri,
sacudindo minha língua sobre seu clitóris inchado. Levou apenas um
golpe para ela quebrar. Ela inclinou-se para fora da cama, gritando
enquanto seu orgasmo arruinava seu corpo. A boceta de Miri contraiu
em torno de meus dedos, assim tão apertada e quente que eu não podia
esperar mais.
— Foda-se.
— Oh Deus! Jag!
— Jesus, boneca.
~ 158 ~
estava esticado e eu rugi, batendo em uma última vez. Caí enquanto a
tensão dissolvia, deixando-me desossado e saciado.
~ 159 ~
Miri
— Miri.
— Esta...
— O que aconteceu?
— O meu antecessor.
~ 160 ~
— Ele a tinha. Caso parecido com o da Cat. Drogada, cativa, sua
puta pessoal.
— Eu tinha dezoito anos, mas Rose não. Fiquei com ela para que
ela não acabasse no sistema.
A voz de Jag tornou-se tensa. Eu beijei seu ombro para que ele
soubesse que eu estava lá com ele, apoiando-o.
— Eu tenho.
~ 161 ~
foi que por causa do nome da minha identidade falsa, eles não sabiam
que ela era minha irmã. A única maneira de chegar até ela era me
aproximar do chefe no topo, então foi isso que eu fiz.
— Foda-se.
— Então, eu o matei.
~ 162 ~
Eu respirei fundo e vi o estremecimento de Jag. Eu pensei que ele
iria parar, mas ele continuou.
— Eu preciso que você saiba quem eu sou, Miri. Esta vida... isso
não foi a minha escolha, mas eu fiz isso, e eu fiz isso de bom grado. Eu
matei pessoas. Eu matei o meu antecessor. Eu o matei lenta e
dolorosamente, cortando-o em pedaços apenas para ouvi-lo gritar, e eu
não me arrependo disso.
— Você é uma boa pessoa que fez coisas más, Jag. Eu também fiz
coisas vergonhosas.
— Boneca...
— Eu amo você, Miri. E você está certa, eu vou fazer de tudo para
mantê-la segura. Qualquer coisa. Vamos para casa e eu vou dizer-lhe o
meu plano.
~ 163 ~
Jag se levantou e estendeu a mão, ajudando-me a levantar. A
volta para casa foi tranquila e meu estômago doía, cheia de nervos o
tempo todo. Algo terrível estava vindo, eu podia sentir. Seja qual for
“plano” que Jag resolveu ia me cortar em pedaços antes que eu pudesse
ser consertada.
Jag não disse nada. Ele apenas olhou para fora da janela, em
profundo pensamento, até que nós paramos na garagem.
Jag
— Vai ficar tudo bem, boneca. Eu tenho que fazer isso, você sabe
disso.
— Não.
~ 164 ~
em volta de sua cintura enquanto ela chorava quase me quebrou. Virei
meu olhar para George.
Ele concordou e eu sabia que podia confiar nele com o meu bem
mais precioso. Minha Miri. Minha boneca. Minha vida.
— Entendido, Boss.
~ 165 ~
— Porra.
— Vamos.
~ 166 ~
Frank concordou.
— Bom.
Por mim.
Por Rose.
~ 167 ~
— Sammy está dormindo?
Perguntei.
— Bom.
George iria enviar um par de meus homens nas ruas para soltar
dicas que eu deixei a cidade agora que Brick tomou conta do meu
território. Eles mencionariam a minha localização possível sem dar uma
morada exata. Muitos detalhes iriam gritar “armadilha” e enquanto El
Cuchillo era um homem que corria por impulso, mas não era estúpido.
Se eu deixasse isso muito fácil, ele saberia que eu estava esperando por
ele. Levaria mais tempo assim, com Cuchillo desentocando da minha
casa segura, mas era mais uma coisa de certeza do que fazer o homem
suspeito. Ele iria enviar batedores para a cidade e gostaria de ter
certeza de aparecer em algumas vezes em público, para os moradores
darem uma boa olhada em mim. Em seguida, ele iria até Cuchillo e
seus homens me encontrariam.
~ 168 ~
Miri
— Desculpe.
Disse Cat. Ela sabia que eu não queria falar sobre... isso, na
frente de qualquer outra pessoa.
— Você está certa. Eu poderia ter dito a ele. Eu estava com muito
medo. Agora, ele pode não...
~ 169 ~
Cat agarrou meu pulso e me arrastou para o quarto, fechando a
porta e trancando-a.
— Miri, você tem que parar com isso. Não é bom para o bebê e é
terrível para a sua própria saúde. Você está horrível.
— Bem, eu-
— Além disso, desta forma você pode escolher o que você acha
que pode manter, e os rapazes e eu vamos comer o que você não quiser.
Mas você vai comer.
~ 170 ~
passou tempo suficiente e eu sei que é de Jag, provavelmente de uma
das primeiras vezes que nós...
Cat bufou.
Ela tinha boas intenções, mas eu sabia que suas palavras eram
vazias. Cat não podia fazer nenhuma promessa, mas era bom tê-la
comigo, enquanto eu me desfazia. Se eu não tivesse a Cat, eu estaria
completamente sozinha. De jeito nenhum eu iria ir para George ou para
um dos Homens de Preto buscando qualquer tipo de conforto.
~ 171 ~
fazendo... eu não podia me sentar aqui nesta torre dourada e não fazer
nada enquanto o pai do meu filho estava lá fora arriscando sua vida.
Com esse pensamento, a náusea voltou e eu empurrei para trás da
mesa e corri para o banheiro apenas em tempo de perder todo o meu
café da manhã enquanto o soltava no vaso sanitário.
— Shhhhh.
— Exatamente.
Eu sibilei.
— Espere aqui.
~ 172 ~
— Ele disse que não há sinal de ninguém até agora.
— Não tenho dúvidas de que El Cuchillo vai para Boss. Ele nunca
irá permitir que este tipo de humilhação fique impune.
George retrucou.
Bingo!
~ 173 ~
Cat perguntou, obviamente preocupada se a vermelhidão ao redor
dos seus olhos era alguma indicação.
— Acalme-se.
— Esses caras estão aqui para nos proteger. Qual seria a pior
coisa que poderia acontecer se eles me pegassem? Hã? Jag iria matá-los
se eles me tocassem.
— Você está certa. Eu só não sei o que você está tentando fazer.
Está me deixando nervosa.
Cat suspirou.
— Eu vou dormir.
~ 174 ~
Jag
— George disse que houve mais fofocas nas ruas sobre o seu
paradeiro.
— Bom.
Eu respondi.
~ 175 ~
— Algo assim.
— É isso.
— Sim, Boss?
— Um passeio?
— Sim, um passeio.
~ 176 ~
plano estava funcionando. A rede de espiões ouviu rumores de nossa
localização, bem como os de El Cuchillo, que possivelmente ainda
estava em algum lugar no sul do Texas.
O homem era tão previsível. Eu tive que parar e rir em voz alta.
— Desculpe-me.
— Não.
— Apenas passando.
— Oh. Okay.
~ 177 ~
Finalmente, ele saiu, e como o cliente mais próximo estava a
vários quilômetros de distância. Joguei um pacote de chicletes no
balcão e encontrei os olhos assustados do caixa nervoso.
— S-sim senhor.
— Nada.
Miri
~ 178 ~
— Cat?
Eu gritei do banheiro.
— Cat?
— Miri?
— Entre.
— Eu não sei.
— Miri.
~ 179 ~
Disse George, dando um passo em minha direção com as mãos
para cima, como se eu fosse um animal ferido.
— Eu, eu...
Eu sussurrei.
— O bebê.
~ 180 ~
— Jag iria querer o melhor. Seaton é o melhor. Agora cale a boca
maldita e dirija porra.
— Devagar, porra!
~ 181 ~
quer. Isso, ou ameace as pessoas com danos corporais, embora a
violência era uma coisa mais do Jag do que minha. Dinheiro fez o
truque neste caso.
Pode não ser a coisa mais inteligente a fazer, mas pelo menos
desta forma, Jag saberia sobre o nosso bebê. Sem pontas soltas
deixadas desatadas.
~ 182 ~
Jag
— Então vá se exercitar.
~ 183 ~
que eu não poderia viver sem? Alguém que eu quis reivindicar como
minha. Para marcar, deixando todos saberem que ela estava comigo,
todos os outros sabendo que deveriam se afastar?
— Boss!
— Conte-me.
— Ela?
~ 184 ~
Reagindo sem pensar, a minha fachada escorregou e eu tropecei
um passo para trás, agarrando minha camisa onde estava sobre o meu
coração.
Eu rugi.
— E?
~ 185 ~
Eu dei um passo para o espaço pessoal de Frank, incapaz de
conter a minha raiva.
— Se Miri está em Laredo, por que diabos você está aqui de pé,
em vez de ir encontrá-la e ter certeza que ela não vai ser agarrada pelo
Cuchillo?
Eu sibilei.
— E o motorista?
~ 186 ~
Sammy olhou para a tela.
— J-Jag?
~ 187 ~
Miri assentiu e clicou no bloqueio-automático. Obrigado porra. Eu
tinha a porta aberta e o cinto de segurança fora antes que ela pudesse
se mover um centímetro. Meio segundo depois, eu a peguei e a abracei.
Minha doce boneca estava de volta em meus braços onde ela pertencia.
Corri para a casa e não parei até que nós estávamos lá em cima no meu
quarto, com ela protegida atrás das portas trancadas.
Eu apertei meu abraço ao seu redor e corri uma mão para cima e
para baixo em suas costas. Pressionando um beijo em sua cabeça, eu
respirei fundo e todos os pedaços rasgados dentro de mim foram
realinhados. De repente, eu podia ver claramente e tudo estava certo no
mundo. Miri estava exatamente onde ela pertencia. Comigo. Eu iria
protegê-la com a minha vida.
~ 188 ~
Miri tentou esconder o rosto em algum lugar sob meu braço, mas
eu estava tendo nada disso. Eu deslizei minhas mãos pelos seus
ombros e a empurrei até que eu pudesse ver esses cintilantes olhos de
esmeralda.
— Sim.
Disse ela.
~ 189 ~
Se a inquietação e aparência doentia geral não fossem sinal
suficiente de que algo estava pesando fortemente sobre ela, então o fato
de que ela não poderia olhar nos meus olhos fechou o negócio.
— Eu estou grávida.
— Jag?
— Grávida?
— Sim.
— Eu-
— Sinto muito.
~ 190 ~
constante enquanto ela dormia. Isso me aqueceu ao pensar que, mesmo
que eu não reagi da maneira que ela esperava, Miri sentia-se segura o
suficiente, agora que ela estava comigo para pegar no sono
desesperadamente necessário.
Miri
~ 191 ~
que tendo uma discussão tranquila, mas aquecida. Por um breve
segundo, eu considerei voltar lá para cima. Então senti o cheiro de café
e meu estômago fez a decisão para mim por roncar alto.
— Eu vou falar com você sobre essa fodida situação mais tarde.
Isto não está acabado.
— Vou tomar isso como um sim. Por que você não se senta e eu
vou te trazer um pouco de suco, enquanto os ovos terminam de
cozinhar.
Eu não queria sair do seu lado. Tendo sido separados por quase
duas semanas, naqueles dias terríveis passados como uma prisioneira
com Cat, a última coisa que eu queria era espaço entre nós. Jag
descaracterizou minha hesitação como nervosismo por estar em torno
dos outros homens.
— Saiam.
~ 192 ~
Jag estava recolhendo ovos mexidos em um prato e uma fatia de pão
com manteiga.
Jag colocou seu próprio prato sobre a mesa e sentou ao meu lado.
Okaaaay.
— Jag, eu-
~ 193 ~
de Jag escovou a parte de baixo do meu queixo, inclinando o meu rosto
para o seu.
Eu não estava com fome, mas não queria perturbar Jag mais do
que ele já estava, então eu lentamente comi tudo no meu prato.
~ 194 ~
Eu pulei para os meus pés.
— O que? Não!
~ 195 ~
não podia esperar para conhecer a criança que foi concebida em meio
ao caos.
~ 196 ~
Jag
— Filho da puta!
— Foda-se... Não.
Frank assentiu.
~ 197 ~
Sammy estava sentado na mesa em frente a sala na cozinha,
olhando para uma de suas telas. Sua forma clínica típica de falar tinha
desaparecido. Foda-se, se Sammy estava preocupado...
Crack!
Gritei, doente e cansado pra caralho desse jogo de merda. Ele veio
aqui para me enfrentar, então ele podia muito bem lutar como um
homem.
~ 198 ~
Ele deu um passo adiante e eu preparava minhas mãos para
pegar minhas lâminas. Ele teria tempo para atirar em mim, mas eu
ainda poderia matá-lo antes que ele pudesse chegar a Miri. Eu quis
dizer o que eu disse sobre ele ter que me matar para chegar até ela.
Naquele momento eu me importava em nada com a minha própria vida,
só a dela.
— Ela não está aqui. Você nunca vai tocá-la de novo, Cuchillo. Eu
vou rasgar você.
Oh merda.
Dei mais um passo a frente, pronto para acabar com esta merda.
Minhas lâminas estavam prontas. Tudo o que eu tinha a fazer era puxá-
las para fora e jogar, certificando-me de deixar uma marca de verdade.
Eu só podia esperar que a mira de Cuchillo fosse desligado uma vez que
ele fosse atingido com as facas. Fixei os olhos em El Cuchillo, o homem
~ 199 ~
que quebrou minha boneca, quando ela estava começando a se curar
dos horrores da sua juventude. Ele a tocou. Torturou-a. Fez ela gritar. E
de acordo com o relatório do médico de Miri, ele fez tudo isso enquanto
ela estava malditamente grávida do meu filho!
Miri. Miri foi quem puxou o gatilho. Não Cuchillo e não o seu
cúmplice.
~ 200 ~
começou a tremer, e ela soltou o gemido mais comovente que eu já ouvi.
Corri para o lado dela e puxei-a contra o meu peito, sussurrando
palavras de conforto enquanto ela soluçava.
— Boss.
— Boneca.
Meu corpo ficou imóvel, ficando tão frio como uma geleira.
— Ele a estuprou.
~ 201 ~
Senti seu aceno contra o meu peito.
Minha menina era forte, mas isso não significava que eu não
estava preocupado com como ela reagiria a matar alguém. Mesmo um
bastardo merecedor como Cuchillo. Nós paramos na garagem da
mansão e Miri falou pela primeira vez desde que atirou e matou o
homem.
~ 202 ~
— Eu pensei que nós estávamos indo para o hotel.
— Cat-
Será que ela quer começar de novo sem mim? De jeito nenhum
ela iria sair. Eu não permitiria isso.
— Eu não quero ser uma viciada mais. Eu quero ser Miri Murphy
de novo.
~ 203 ~
— Eu não tenho um anel. Eu não estava pensando... eu não
esperava tão cedo…
— Não.
— Não?
— Eu não vou ser Miri Bosman, mas eu vou ser Miri Sinclair.
— Jack Sinclair.
— Ambos.
~ 204 ~
— Grossman, homem nojento. Quero dizer, sério.
— Vamos entrar.
~ 205 ~
Três anos depois
Jag
— Oof!
Agarrei o meu estômago e fingi que o vento tinha sido batido para
fora de mim.
— Papai, você está fazendo aquela coisa. A mãe diz para não
mentir.
~ 206 ~
encantadores da infância aquecendo meu coração quando o meu filho
pediu por mais.
— Mamãe, mamãe!
— Mmmmm, bom.
— Problemas no Centro?
~ 207 ~
eu não perdemos tempo em nos casarmos, a cerimônia foi rapidamente
realizada na faixa de areia entre nossa casa e a Baía de Narraganset.
~ 208 ~
— Talvez.
Ela brincou.
— Querido.
Miri sussurrou.
— Não chore.
~ 209 ~
— Papai vai arrumar a sua roupa e colocar o seu protetor solar
enquanto a mamãe usa o banheiro e troca de roupa também, ok?
— Certo.
— Agora, papai.
— Ok, amigo. Então eu tenho que trocar a minha roupa para uma
de banho também.
— Depressa.
Miri
Grávida.
~ 210 ~
heroína e se prostituindo por drogas. Apesar dos pesadelos que me
atormentavam, às vezes, isso definitivamente não me fez sentir como se
eu fosse a pessoa sequestrada e torturada por um louco, e muito menos
a pessoa que atirou e matou-o.
Inclinei a cabeça para trás e olhei para o céu azul infinito, grata
por tudo com o que eu tinha sido abençoada. Com o teste de gravidez
na mão, me juntei a minha família na praia, pronta para começar o
próximo capítulo na minha vida.
Fim!
~ 211 ~