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DESTAQUES DA LEITURA

CARTA DE APRESENTAÇÃO (P. 6)

1. Em um sentido estritamente jurídico, a compreensão que é dada sobre o


fenômeno criminoso acaba por restar incompleta. Afinal, a intervenção da lei penal
sempre chega tarde, pois aparece depois que um determinado interesse social já foi
violado ou, ao menos, sofreu risco que justificasse a ação punitiva estatal.
2. A origem do crime está mesmo relacionada à falta de solidariedade humana? A
violência é o caminho adequado para a conquista da “paz” social?

1.1 – Criminologia. Conceito. A criminologia como ciência. O princípio da


interdisciplinaridade. Método. Objeto. (P. 12 a)

3. CONCEITO CRIMINOLOGIA: Para Shecaira, Criminologia pode ser entendida


como: “Estudo e a explicação da infração legal; os meios formais e informais de
que a sociedade se utiliza para lidar com o crime e com os atos desviantes; a
natureza das posturas com que as vítimas desses crimes são atendidas pela
sociedade; e, por derradeiro, o enfoque sobre o autor desses fatos desviantes”
(SHECAIRA, 2012, p. 35).
4. A Criminologia observa de maneira ampla o crime em si, assim como a interação
entre o criminoso, a vítima, o controle social e de que maneira tais fatores interferirão
no exame do fenômeno criminoso. Não se examina, então, o fato criminoso
isoladamente, mas em conjunto.
5. A criminologia não possui, então, objeto próprio de estudo, uma vez que os
elementos por ela estudados (o autor do fato, com a vítima do crime e com os
diferentes meios de controle social) também são estudados por outras ciências, tais
como a política criminal e o próprio direito penal. Entretanto, a principal diferença de
abordagem trazida pela criminologia estaria no método utilizado para a explicação
de tais elementos, uma vez que ela se utiliza, notadamente, de método diverso
daquele verificado na dogmática penal.
6. Um estudo completo do crime, portanto, exige uma análise ampla, em que a
utilização de mais de uma forma de abordagem pode trazer resultados úteis de
investigação. Desse modo, é possível falar na interdisciplinaridade, pois o objeto de
estudo da criminologia ultrapassa os limites dessa disciplina, sendo estudado, como
vimos, por algumas outras. Assim, todos os campos de estudo dialogarão com o
mesmo patamar de importância.
7. Como ciência do “ser”, não é uma ciência “exata”, que traduz pretensões de
segurança e certeza inabaláveis. Não é considerada uma ciência “dura”, como são
aquelas que possuem conclusões que as aproximam das universais. (SHECAIRA, 2012)
8. Para a Dogmática, em um sentido analítico, crime é fato típico + ilicitude +
culpabilidade. O Código Penal, ao se referir às excludentes de culpabilidade, usa a
expressão “é isento de pena” ao invés de “não há crime”, dando ensejo à discussão
sobre a culpabilidade ser ou não uma categoria dogmática do crime no sentido
analítico.
9. No plano legal não existe diferença ontológica entre crimes e contravenções,
ambos são infrações penais (mesma essência). A diferença estaria na consequência
jurídica prevista pela lei. O crime tem penas duras, enquanto a contravenção tem
penas mais leves.
10. A criminologia entende o crime como um fenômeno comunitário e como um
problema social.
11. A abordagem criminológica não se esgota na investigação do que é o crime,
deve-se ocupar também de outra pergunta que lhe é pressuposta: “por que esta
conduta humana é criminalizada?”
12. Para a criminologia, o conceito de crime passa por uma noção de saber (o que é
o crime em essência) e por uma noção prática (o que leva a sociedade a dizer que
determinada conduta é crime?).
13. Para o causalismo, o criminoso é entendido como o sujeito que goza de livre
arbítrio, por isso que sua pena se fundamenta na retribuição do mal causado, sendo
esta pena por prazo determinado proporcional à gravidade do delito.
14. Para os positivistas, fundamenta-se a prática da conduta criminosa por um viés
determinista, e a aplicação da medida de segurança se volta para a prevenção de
novos episódios e, além disso, possui prazo indeterminado.

Causalimo: livre Positivismo: Correcionalismo (Medida de


arbítrio e retribuição, determinismo e Segurança): Teoria que explica a pena
prazo determinado prevenção, prazo como utilidade, a fim de educar ou
da pena indeterminado da reeducar o indivíduo, propondo a
MS pena indeterminada, cuja duração
ficaria condicionada à recuperação do
delinquente. De acordo com o
correcionalismo, não existem
criminosos incorrigíveis, mas sim
criminosos não corrigidos pelo
Estado.

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