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Luke Price e Violet Hayes não vêem um ao outro em um par de meses, não
desde que eles descobriram a ligação da mãe de Luke no assassinato dos
pais de Violet. Mas quando Luke entra em problemas de jogo com as
pessoas erradas, o destino decide unir os dois e eles vão para Vegas para
tentar liquidar a dívida de Luke.
Enquanto Violet passa um certo tempo com Luke, ela fica despedaçada se
questionando se deve estar com ele. Ela definitivamente não pode negar
que a sua vida é melhor quando está com Luke e ela começa a se
perguntar se voltar para Preston foi um erro.
As coisas parecem estar indo bem enquanto Violet se abre ainda mais
para Luke, mas depois de receber um telefonema do detetive, não só para
dar uma atualização sobre Mira Price e o caso, mas para dar informações
sobre algumas mensagens de textos ameaçadoras que ela está recebendo.
A informação não é apenas chocante, mas faz Violet questionar que tipo
de pessoas realmente eram seus pais e se ela vai ser capaz de confiar em
alguém novamente.
Luke
Quem diria que um telefonema fodido poderia ser tão
complicado. Deveria ter sido um pedaço de bolo para mim.
Todos estes anos odiando minha mãe - isso é o que eu estava
esperando. Finalmente, eu obter alguma forma de vingança
por todos os anos de tormento, injeções com drogas, os jogos
mentais fodidos que ela gostava de fazer comigo, e todas as
outras merdas da minha infância. Até hoje, eu ainda nem
sequer aceito totalmente ou admito todas as coisas que ela fez
comigo. Este deveria ser o momento em que eu deveria deixar
tudo ir. Seguir em frente. Começar novamente. Exceto que eu
me sinto culpado, como se eu fosse uma criança fazendo algo
errado.
E sei que é por causa dela. Tudo o que ela cravou na minha
cabeça está vindo à tona, tudo o que ela me disse quando eu
era uma criança para manter meus lábios fechados. A
vergonha. O constrangimento, não só porque ela é minha mãe,
mas por minha por causa, no que ela me transformou.
Violet
Vida. Eu odeio isso. mais do que qualquer coisa. E o destino,
ele pode ir para o inferno. Eu odeio o destino.
Violet
Estou à beira de perder a consciência, entrando e saindo
enquanto dois meses de más decisões me levam ao chão e me
empurram ainda mais para dentro da água. Meu corpo inteiro
está encharcado, meus pulmões prestes a entrar em
combustão, mas eu não subo por o ar. Eu aceito livremente a
falta de vida dentro de mim e me permito ficar lá mais e mais,
até que eu me sinta leve e sem peso. Um ou dois segundos
depois. É tudo o que eu preciso. Eu posso fazer isso. Sentir o
conforto por apenas um momento antes que eu tenha que
voltar à realidade dolorosa da minha vida e o que eu sou.
Só mais um segundo.
Prenda a respiração.
Mantenha-a.
Aguente a dor.
Afogue.
Não pense.
Respire.
Não viva.
Preston, o último pai adotivo que eu tive com quinze anos até
me tornar legalmente uma adulta aos dezoito, bate na porta.
Ele é oito anos mais velho que eu, mas não se importa com a
diferença de idade, e usa isso em seu proveito o tempo todo.
Ele não costumava ser tão interessado em mim, não nesse
extremo. Mas, em seguida, sua esposa o deixou e agora tudo o
que ele parece ver é eu. Isso faz mal ao meu estômago, só de
ouvir o som da sua voz porque me lembra de tudo o que
aconteceu nos últimos dois meses que eu tenho vivido aqui.
Aluguel não vem de graça e Preston não aceitará dinheiro.
Então eu tenho que lidar com seus negócios para pagar o
aluguel e, em seguida, meu corpo paga por quaisquer erros
que eu vá cometer ao longo do caminho.
Eu me odeio, por deixar o desespero matar-me o suficiente
para que eu permita coisas como essas acontecerem.
— Bem, se você não sair logo daí, eu vou ter que arrombar o
bloqueio e fazer você sair, — ele diz através da porta com
diversão em seu tom. E desejo. Luxúria. Necessidade.
Eu o odeio.
Eu preciso dele.
— Você deve se trocar aqui fora, — ele diz, o som da sua voz
fazendo as contusões na minha pele picarem. — Pode ser o
pagamento pelo erro que você cometeu na semana passada.
— Você sabe que eu odeio fazer isso, a menos que você tenha
que vender, — ele diz, inclinando-se contra o batente da porta
e cruzando os braços, me dando aquele olhar - o que vem
antes dele me pedir para fazer algo. — Então eu vou ficar
preso aqui sem um veículo.
— Ele paga mulheres para fazer sexo com ele. — Eu digo isso
como se fosse mudar alguma coisa, quando claramente não
vai.
Segurança.
Luke
Há sempre duas coisas em minha mente. Álcool e dinheiro. Ou
bebida e jogos de azar. É tudo o que posso focar porque no
momento em que eu paro e deixo minha mente vagar na vida
é o momento em que eu penso nela. Violet Hayes. A única
garota que me fez achar uma vez que era o melhor tipo de
caminho possível quando na verdade ela me quebrou, me fez
pensar apenas sobre ela, me fez querer apenas ela. Mas em
seguida, foi levada. Ou roubada pelo que minha mãe fez. Eu
deveria saber que não podia escapar do meu passado, que ir
para a faculdade não era o suficiente para ficar longe da
loucura que é a minha mãe. Que ela iria encontrar uma
maneira de ter controle sobre a minha vida, como costumava
fazer quando eu era criança. Eu deveria saber que ainda não
tinha acabado.
Cada palavra que eu leio faz meu ódio por minha mãe cresce e
a raiva em meu peito se expandir. Muito em breve eu vou ser
preenchido com tanto ódio que vou afogar nele. Então faço a
única coisa que posso fazer para lidar com ela.
Violet.
Deus, o jeito que ela gemeu foi incrível. O que eu não daria
para ouvi-la novamente. Tocá-la de novo... Meus dedos coçam
só de pensar nisso. Mas ao invés disso eu estou preso a uma
certa distância, observando-a enquanto ela fecha a porta do
carro e caminha para a entrada da faculdade. Então Preston
sai por algum motivo e, quando ele diz algo, ela faz uma pausa,
parando perto da beira da calçada. Ela não se vira, apenas olha
para frente do prédio de tijolos enquanto ele anda ao redor da
parte de trás do carro e em sua direção. Se eu não soubesse
melhor acharia que eles são um casal, pelo jeito que ele se
move ao redor dela, põe as mãos nos seus quadris, e se inclina
por cima do seu ombro, aproximando-se e pressionando seu
corpo contra o dela.
Violet
Eu não posso acreditar no que aconteceu. Preston me beijou
em público. De todos os lugares que ele poderia ter feito
isso. Uma coisa é ele fazer isso em casa, onde eu posso fechar
meus olhos e cair em mim mesmo, mas ao céu aberto, na
frente das pessoas, isso parece tão real. Tão deformado e
errado. Faz-me sentir tão nojenta.
Luke
Estou saindo da faculdade. Eu não posso fazer isso hoje, andar
no mesmo edifício, vê-la, querer tocá-la, beijá-la, fode-la, fazer
o que quiser com ela. Estávamos tão perto e todo o desejo e
necessidade estavam rasgando através de mim, mesmo que eu
tinha acabado de vê-la beijar outro cara cinco minutos atrás.
Eu a queria mais do que qualquer coisa. Bem ali, no corredor,
na frente de todos. E eu estava bêbado o suficiente para
experimentar. Mas, em seguida, o professor chegou e quebrou
o nosso pequeno momento. E eu juro por Deus, que me
quebrou também.
Violet
As aulas parecem mais lentas do que o habitual. Talvez seja
por causa do meu encontro com Luke. Ou talvez seja só
porque eu sei que vou ter que vender quando acabar; para um
cara, quem sabe para um monte deles, que gostariam de ficar
chapados. Eu tinha ficado chateada no início, quando Preston
me pediu para fazer isso em uma segunda, mas decidi que
depois do meu momento com Luke, talvez eu precisasse de
uma pausa a partir da realidade presa em minha própria
cabeça. Talvez eu precisasse ser a garota bem vestida mais
uma vez, encenar o papel, e não dar a mínima para ninguém
ou qualquer coisa.
Assim que ele suspira, eu sei que nada mudou. — Violet, Eu sei
que você quer saber - e confie em mim nós entendemos - mas
estas coisas levam tempo.
Eu entendo o que ele está dizendo, mas isso parece tão errado.
O melhor? Se isto é o melhor, então por que dói tanto? — Eu
tenho que ir, — eu digo. — É hora da minha próxima aula.
— Não, Violet, você precisa ir com Roy, — ele diz, falando alto
sobre a música.
— Violet, não foda isso para mim, — ele diz, sua raiva subindo
através da sua voz. — Esta é uma grande oportunidade e se
você apenas agir normalmente, eu sei que você pode
deslumbrar a merda fora deles. Apenas certifique-se de dar-
lhes o que eles querem.
Luke
Estou na merda, mas ainda estou tentando descobrir se me
importo. Alguma canção pop está tocando, copos vazios
enchem a mesa, e eu dobrei meu dinheiro, principalmente
porque estou trapaceando e estou muito descuidado também.
Eu provavelmente deveria ser mais cauteloso, mas continuo
bebendo dose após dose com uma morena cheia de curvas no
meu colo. Eu encontrei tudo o que estava procurando quando
vim para cá e me sinto bem na maior parte, exceto o meu
maldito coração que está gritando para eu parar. Que há algo
melhor lá fora para mim. Mas o que o meu fodido coração não
sabe é que ela não me quer.
Violet tira seu olhar de cima de mim e olha para Roy que diz
alguma coisa para ela, a mulher que estava no meu colo me dá
um olhar desagradável antes de ir para a cozinha para pegar
uma bebida. Violet estende sua mão para apertar a mão de
Geraldson, dando-lhe um sorriso falso - eu a conheço bem o
suficiente para saber que não é seu verdadeiro sorriso.
Geraldson não tem chance contra o que ela tem na manga -
seja lá a razão para ela está aqui. Eles dizem algo um para o
outro em voz baixa e eu me torno muito consciente do por
que ela está aqui. Negociação. Inferno porra, isso não é bom.
Não aqui com esses caras. Isto não é o mesmo que seus
pequenos negócios com garotos de fraternidade. Estes são
agenciadores pesados e eu estou supondo que distribuidores
pesados.
— Sente-se. Tome uma bebida e jogue com a gente, —
Geraldson diz para Roy, apontando para a mesa. Em seguida,
ele se vira para Violet e arqueia a sobrancelha. — Você
gostaria de assistir homens jogando Texas Hold'em, doçura?
Roy vai até a área do bar e prepara para Violet uma bebida.
Acho que uísque pelo tom âmbar do líquido no copo, em
seguida, senta-se em um assento. Violet casualmente cheira
sua bebida, em seguida, toma um grande gole, se forçando a
engolir antes de definir o copo sobre a mesa. Em seguida, ela
se inclina para trás sem olhar em minha direção enquanto as
cartas são dadas, conversando com Geraldson sobre quantias
e outra merda que me deixa tão furioso que eu me distraio e
fico ainda mais desleixado a cada jogada. Eu não estou sendo
tão cuidadoso quanto deveria.
Violet
Eu quero bater minha cabeça contra a parede. — Deus
caramba, Preston. Isso é demais para lidar sem algumas
consequências pesadas. — Isso me faz pensar quem diabos
esses caras são exatamente para precisarem de tanta
maconha. Um deles está armado para sabe-se lá por qual
motivo. Sim, eu sou durona e já vi de tudo um pouco e não é
como se eu estivesse aterrorizada. De fato, o perigo adiciona
adrenalina. Mas a ideia de ir para a cadeia não é atraente,
mesmo para uma viciada em adrenalina.
Toque. Toque.
Eu levanto minha cabeça para cima e faço uma cara feia para a
porta. — Vá embora Luke.
— Não... Olha, eu entendo que você não quer ter nada a ver
comigo, eu realmente entendo, mas você está em perigo
aqui.
Ele solta uma risada suave pela minha tentativa falha, mas o
ruído fica preso em sua garganta. — Você tem um gosto muito
melhor do que me lembro, — ele diz com uma voz rouca antes
de sugar meu lábio inferior em sua boca, deliberadamente,
causando uma queimadura lenta que se constrói dentro de
mim que só aumenta quando suas mãos vagueiam pelas
minhas coxas e embaixo do meu vestido. A necessidade de
tocá-lo ainda mais, eu passo meus dedos na frente da sua
camisa e sinto seus músculos magros flexionarem sob minhas
mãos. Sua respiração vacila como se eu estivesse deixando-o
louco. É diferente, de alguma forma, a partir da última vez que
estivemos juntos, como se ele estivesse mais vulnerável.
— Eu não quero te deixar ir, — ele diz, entre beijos quando
seus dedos tocam a borda da minha calcinha, seus
movimentos bruscos e desleixado, construídos por desespero.
O suor escorre pela nossa testa, mesmo que não esteja tão
quente aqui fora, as nuvens cinza e trovões trovejando. — Eu
vim andando. — Ele faz uma pausa perto do meio-fio, olhando
para a esquerda e para a direita então atrás de nós. — Preciso
deixar você em algum lugar seguro... Longe deles... E então eu
vou...
Luke
— Estou em tantos problemas malditos, — eu anuncio o óbvio
enquanto fecho e tranco a porta do meu apartamento quando
entramos. Sem saber para onde ir, eu vim para cá com uma
Violet muito disposta atrás de mim. Eu não tenho nenhuma
fodida ideia de como isso aconteceu - não a coisa com
Geraldson desde que eu sempre soube que, eventualmente, a
minha sorte iria acabar, mas por Violet estar aqui. Comigo. No
lugar que costumava ser a nossa casa.
Emoções mexem dentro de mim enquanto eu me inclino
contra a porta e observo-a andar ao redor da sala, olhando o
alimento no balcão e na mesa de café, os livros no chão, a
desorganização geral que nunca estava aqui quando ela estava
morando com a gente.
— Está mais confuso do que quando eu morava aqui, — ela
diz, traçando os dedos ao longo de algumas garrafas de
cerveja vazias na bancada da cozinha e, em seguida, através
de uma camada de pó na estante. Ela faz uma pausa,
colocando uma mecha do seu cabelo vermelho atrás da orelha,
considerando algo antes de se vira e cruzar os braços sobre o
peito. A emoção que estava em seus olhos verdes a poucos
minutos quando estávamos na janela desapareceu e estou
feliz porque isso meio que me deixa em pânico, porque eu
acho que foi decorrente ao perigo que corríamos.
— Você está bem? — Eu pergunto-lhe, querendo atravessar a
sala e beijá-la novamente, como no banheiro. O que aconteceu
antes na casa do Geraldson entre nós foi por sermos pegos no
calor do momento, sendo que ficamos cara a cara e sozinhos
pela primeira vez em meses.
Ela encolhe os ombros. — Eu não sei. — Ela desenrola os
braços e batuca seus dedos nas laterais de suas pernas
enquanto olha ao redor da sala, em todos os lugares menos
em mim. — O que você vai fazer?
Levanto-me da porta e ouso dar um passo ou dois para mais
perto dela, notando que ela fica um pouco tensa, mas
felizmente não recua. — Eu honestamente não tenho ideia do
que vou fazer, — eu digo. — Quero dizer, eu fui pego
trapaceando antes, mas nunca por caras como estes. — Eu
solto uma lufada de ar quando a realidade cai em cima de
mim, como uma onda muito grande e poderosa. Eu estou
muito sóbrio desde que sai do apartamento e estou vendo
tudo um pouco claramente demais pro meu gosto. — Eu acho
que vou desaparecer por um tempo e esperar que isso passe.
— Você realmente acha que vai passar? — Ela pergunta,
duvidosa. — Porque eu não estou tão otimista.
Não, eu não acho. Nenhum pouco mesmo, mas ela não precisa
saber disso. — É tudo o que posso fazer por agora, pelo menos
até que eu pense em outro plano. — Eu dou mais um passo ou
dois, reduzindo o espaço entre nós, observando como ela se
encolhe quando me aproximo, como se ela estivesse com
medo que eu fosse tocá-la novamente. Eu quero pra caralho,
mas sei que não é certo e claramente não é bem vindo da sua
parte, então eu passo em torno dela e caminho até o quarto
para pegar minhas coisas, sabendo que quanto mais tempo eu
ficar por aqui, mais provável Geraldson pode aparecer.
Espero Violet ir embora, mas depois de um minuto ou dois, ela
entra no meu quarto que costumava ser o dela também.
— Onde você está indo? — Ela inclina-se contra o batente da
porta, os olhos à deriva para onde o diário de Amy está
aparecendo debaixo do meu travesseiro e eu pego-o e jogo-o
na mochila.
Eu dou de ombros, pegando algumas camisas e calças jeans da
cômoda e enfiando-as dentro da mochila. — Eu não sei... Eu
provavelmente vou dirigir ao redor, ficar em hotéis por uma
semana ou algo assim.
Faço uma pausa, tentando pensar aonde eu posso me
esconder que não inclua ficar com a minha mãe ou meu pai -
eu jurei nunca pedir-lhe ajuda novamente após a última vez
que fiz e ele recusou. Há apenas um membro da família que eu
realmente conheço, meu tio Cole, irmão do meu pai, que vive
em Las Vegas e que ensinou o meu pai a jogar. Eu o encontrei
no total de duas vezes, uma quando eu tinha cinco anos
quando meu pai foi a uma pequena viagem de jogo e me levou
com ele; a segunda vez foi quando eu tinha dezoito anos e
passei uma semana em Las Vegas enquanto meu pai estava de
férias lá e queria que eu fosse visitá-lo. Mas a necessidade do
meu espaço, eu acabei gastando mais tempo com o meu tio
Cole do que com ele. Eu realmente não tenho falado com Cole,
desde então, embora, com exceção de um ou dois telefonemas
e não tenho certeza se meu tio vai me deixar ficar lá ou
não. Ele não é um cara ruim, apenas não o tipo de cara que
você sair por aí pedindo favores e ajuda, já que ele é mais
como um adolescente do que um adulto. Além disso, eu nem
sequer tenho seu número de telefone. Existe uma maneira de
conseguir, mas eu não tenho certeza se quero fazer isso.
Pense em outra coisa.
Violet se senta na minha cama enquanto eu ando ao redor,
pegando minha colônia e outras coisas e jogando-as dentro da
mochila, tentando ignorar seu olhar implacável que controla
cada movimento meu. Ela está aqui. No meu quarto, como eu
estive sonhando nos últimos dois meses. Mas isso não é como
eu queria que fosse, não sob estas circunstâncias.
Quando estou saindo do quarto para ir ao banheiro pegar
minha escova de dente, seu celular vibra no seu bolso. Até o
momento que eu volto, ela está pálida, como se estivesse
prestes a vomitar. Eu abro minha boca para lhe perguntar o
que há de errado, mas ela fala antes que eu tenha chance.
— Então você está indo só por uma semana, certo? Para onde
você está indo? E então você vai voltar? — Ela pergunta,
brincando com uma pulseira de couro em seu pulso enquanto
olha para a mancha no chão entre seus pés.
— Eu não tenho certeza... — Eu fecho a minha mochila e jogo-a
sobre o meu ombro, esfregando minha mão pelo meu rosto.
— Esta porra é fodida, não é? Eu só preciso dar o fora daqui.
Fugir para algum lugar.
— Você não pode fugir para sempre, Luke. — Há um
significado subjacente em sua voz, seu olhar fixa em mim e
seu peito arfa enquanto ela se esforça para manter sua
respiração.
— Não, eu não posso. — Faço uma pausa, deixando a minha
mochila no chão e pego meu celular do bolso para fazer algo
que eu realmente não quero fazer. Eu mando uma mensagem
a Toverson, o cara que me colocou no jogo. Eu preciso saber o
quão ruim é.
Eu: Eu fodi tudo.
Eu espero pelo que parece horas para ele responder, mas só
leva alguns segundos.
Toverson: Eu sei. E eu fodidamente te avisei. Deus caramba,
Luke. Que porra você estava pensando?
Eu: Eu não estava. Esse foi o problema.
Toverson: Onde você está agora? Na sua casa?
Eu: Não posso dizer ainda. Não até que eu saiba o quão fodido
estou.
Toverson: Luke me desculpe, mas eu não posso te ajudar a sair
dessa bagunça. E um aviso, Geraldson sabe onde você mora.
Um arrepio rola pela minha espinha enquanto eu leio a
mensagem e, em seguida, momentos depois, há uma batida na
minha porta, bem mais como um bater de punhos.
— Droga, — Eu xingo, colocando meu celular no bolso de
trás. Eu começo a andar na frente da cama, tentando descobrir
o que diabos fazer, mas não consigo achar outra alternativa.
Estou preso. Violet está presa comigo. Isso é tão ruim.
Outra batida forte. Em seguida, um estrondo.
— Quem é? — Violet pergunta, ficando de pé. — Espera. São
eles?
Eu paro de andar e olho-a. Depois de todo esse tempo
ansiando por tê-la aqui no meu quarto novamente, agora
estou desejando que ela não estivesse. Eu errei feio e agora vai
haver algumas consequências pesadas. — Fique aqui. — Eu
ordeno, em seguida, vou para a sala e olho pelo olho mágico
da porta. Geraldson e um cara grande com a cabeça raspada
que parece pelo menos o dobro do meu tamanho estão de pé
do lado de fora. Ambos estão armados, com armas escondidas
em seus cintos, com um Soco Inglês bronzeado na mão do
grandalhão. Minha cabeça despenca contra a porta, uma
sequência de xingamentos escapa dos meus lábios enquanto
eu acerto meu punho na parede até rachá-la.
— O que vamos fazer? — Violet aparece atrás de mim. — E
pare de bater na parede. Não vai ajudar em nada.
Eu levanto minha cabeça e viro o rosto para ela. — Nós não
vamos fazer nada. — Eu dou alguns passos largos através da
sala e empurro-a em direção ao quarto. — Você vai ficar aqui e
se esconder enquanto eu converso com eles.
Violet planta seus pés firmemente no chão e pressiona as
mãos contra o meu peito, recusando-se a se mover.
— Primeiro de tudo, eu realmente duvido que eles estejam
aqui para conversar. E segundo, eu não preciso que você me
proteja disto. Confie em mim, eu tive o meu quinhão de merda.
— Eu sei que você teve. — Dou-lhe um leve empurrão em
direção ao quarto enquanto ouço alguém sacudindo a
maçaneta da porta, estou apostando que estão tentando
arrombar a fechadura. — Mas isso não significa que você tem
que adicionar as minhas merdas nessa lista.
Eu começo a empurrá-la em direção ao quarto novamente
quando a porta da frente se abre, a maçaneta da porta
batendo na parede e deixando um buraco.
— Foda-se. — Eu estrategicamente coloco-me na frente de
Violet, chateado comigo mesmo por fazer escolhas ruins e
envolvê-la nisso. Eu não dou a mínima sobre mim mesmo, mas
ela... Bem, isso está me deixando literalmente enjoado só de
pensar sobre o que eles podem fazer com ela, como tocá-la.
— Luke Price, — Geraldson diz sombriamente, enchendo meu
pequeno apartamento quando entra. O grande cara caminha
atrás dele, fechando a porta e trancando-nos. — Você me deve
algum dinheiro.
Rangendo os dentes, eu enfio minha mão no bolso e tiro mil e
quinhentos que ganhei hoje. — Ai está. — Eu jogo a pequena
pilha de dinheiro no chão entre nós, sabendo que não vai ser o
suficiente.
Geraldson se abaixa e pega, contando. — Você acha que isso
vai ser suficiente?
— Provavelmente não, — eu digo secamente. — Mas é o que
eu ganhei.
Ele solta uma risada baixa, entregando o dinheiro para o cara
grande que enfia a mão no bolso de trás. — Você rouba de
mim, — ele bate o dedo contra seu peito. — E acha que
devolvendo o que roubou vai ficar tudo bem. — Ele estala seus
dedos. — Com quem diabos você pensa que está lidando?
Mil respostas irônicas coçam na minha língua, mas eu prendo-
as, sabendo que só vai piorar as coisas. Se eu estivesse
sozinho, no entanto, seria uma outra história. — Quanto?
Ele sorri. — Nove mil.
— Eu não tenho esse tipo de dinheiro, — eu respondo. — E
isso é como seis vezes a mais do que eu ganhei hoje.
— Esse é o preço que você pagar por ser uma fraude de
merda, — ele responde de volta, dando um passo para o lado
para deixar o cara grande dá um passo a frente. Meus
músculos flexionam em nós, porque eu sei o que está vindo. —
Você foi avisado para não se meter comigo, — diz Geraldson
enquanto o grandalhão estala seu pescoço e, em seguida,
estende os dedos com o Soco Inglês sobre eles.
Eu poderia correr, mas eles iriam me perseguir. E começar
uma briga significa obter mais em troca. E conhecendo Violet,
ela provavelmente vai tentar intervir, como fez no bar quando
eu me meti em uma confusão. Eu não quero que ela se envolva
mais do que já está, então eu aperto meus músculos e me
mantenho parado quando o grandalhão força o seu punho
direito na minha lateral. O impacto e o metal tiram meu fôlego
enquanto meu corpo luta para se curvar para frente, mas eu
me recuso a deixá-lo, forçando-me a ficar reto. Atrás de mim,
eu ouço Violet chupar uma respiração, então sua mão toca as
minhas costas, fazendo com que meus músculos se
contorçam.
— Você tem cinco dias para conseguir esse dinheiro para mim,
— Geraldson diz e ele e o cara grande caminham para a porta
da frente. — E se você não fizer isso, não vai ir muito longe. —
Seu tom ameaçador me faz querer socar a sua cara. Lutar, é o
que eu faço. Está enraizado em cada parte, me ajudando a me
acalmar, me acalmar quando há uma tempestade dentro de
mim. Mas eu não posso fazer isso - não com ela apenas
algumas polegadas de distância de mim.
— E você. — Geraldson se inclina para o lado e olha em volta
de mim para Violet e eu tenho que enfiar minhas unhas em
minhas mãos apenas para mantê-las no lugar. — Você pode
dizer a Preston que eu não vou fazer negócios com ele.
Violet não diz nada, mas mostra-lhe o dedo do meio quando
ele caminha para fora do apartamento com o grandalhão que
me deu um soco no estômago. Quando eles se foram, e a porta
está fechada, eu me viro para Violet e seus olhos passam
freneticamente sobre o meu corpo. — Você está bem? Ele
bateu-lhe muito forte. — Ela começa a levantar a mão como se
fosse me tocar, mas, em seguida, puxa de volta, decidindo se
afastar.
Eu aceno, permitindo que meus ombros caiam enquanto
afundo no sofá mais próximo. — Super, — eu digo com os
dentes cerrados enquanto seguro minha lateral latejante.
— Que imbecil por bater-lhe assim. — Ela se ajoelha na minha
frente, afastando seu cabelo para o lado enquanto abaixa a
cabeça para inspecionar a área que eu estou segurando.
— Será que quebrou alguma costela?
Eu luto contra a vontade de fechar os olhos e respirar seu
cheiro, em vez disso eu aceno para ela. — Eu estou bem.
Apenas uma pequena contusão. — Eu dou-lhe um sorriso
duro. — Nada que eu não possa lidar.
— Você quer que eu pegue um pouco de gelo? — Ela pergunta
inclinando-se para trás e sentado sobre os seus calcanhares.
— Ou alguns analgésicos?
— Eu tenho analgésicos no meu quarto e deixa que eu vou
pega-los. — Eu fico de pé, movendo-me lentamente através da
dor. — E não há tempo para gelo. Eu preciso ir. — Agora, mais
do que antes, para um lugar que eu não quero ir. Mas sei que
se eu não pagar, vou estar fodido. E está tudo bem. Eu fui lá à
procura de problemas - consegui exatamente o que eu queria.
— Para onde você está indo? — Violet pergunta, seguindo-me
enquanto eu manco até o quarto.
Eu quero perguntar por que ela ainda está aqui comigo. Por
que ela não está fugindo de novo, como tem feito, mas temo
perguntar e lembrá-la da situação. — Eu estou indo jogar e ver
se eu posso conseguir nove mil.
Seus olhos se alargam enquanto uma respiração escapa dos
seus lábios. — Como diabos você está pensando em fazer isso?
Quero dizer, você pode acabar perdendo todo seu dinheiro no
processo e ficar ainda mais ferrado.
Faço uma pausa na porta do meu quarto, sabendo a minha
única opção no momento que pode me ajudar sair dessa
bagunça. — Eu tenho que fazer um telefonema, — digo a
Violet, minha voz soando tensa. Mas eu deixo isso de lado e
pego meu celular do bolso de trás. — Você pode me dar um
minuto? — Eu pergunto e depois caminho para a cozinha para
fazer uma ligação que não quero fazer. Mas enquanto fico lá,
tentando digitar o número do meu pai, isso prova ser mais
difícil do que eu pensava. Ainda assim, é pedir a ele ou deixar
minha bunda ser chutada até a morte, por isso, empurro todo
o meu orgulho de lado e apenas faço o que tenho que fazer.
Ele atende depois de dois toques. — Luke, eu estou tão feliz
que você ligou, — ele diz antes que eu possa sequer proferir
um Olá, soando tão aliviado por eu está falando com ele
novamente. — Tem sido um longo tempo, mas eu estava
esperando que você fosse me ligar como disse da última vez
que conversamos... Eu não quero ser rude mais.
— Eu não te liguei para conversar, — eu digo a ele, fechando
meus olhos e apertando meus dedos na ponta do meu nariz,
sentindo uma dor de cabeça forte chegando. — Eu preciso de
um favor.
— Oh. — A decepção em sua voz me faz sentir mal, mas ao
mesmo tempo faz com que a raiva queime dentro de mim por
me sentir culpado. — O que você precisa?
Abro os olhos e sento em um dos bancos do balcão. — Eu
preciso do número do tio Cole. Eu costumava ter o número
dele, mas foi apagado da agenda do meu celular em um tempo
atrás.
— Oh. Ok. Eu posso lhe dar isso. — Ele faz uma pausa. — Mas
eu posso perguntar o por quê?
— Não.
— Luke, eu... Você precisa de ajuda com alguma coisa.
— Não. — Eu sei que estou sendo um babaca, mas não consigo
me conter. O que ele tirou de mim quando me deixou quando
eu era uma criança, com quem ele me deixou, e o que fez com
a minha vida, tudo o que roubou de mim, ainda dói como uma
ferida não cicatrizada. Eu tenho tanta raiva dentro de mim, me
corroendo, pouco a pouco, porque eu não consigo esquecer e
deixar a maldita ferida se cicatrizar. — Eu só preciso do
número dele.
— Se você precisar de ajuda... Deixe-me te ajudar. Eu quero
fazer essas coisas, Luke.
— Então me dê o número de telefone do tio Cole. Isso é o que
vai me ajudar.
Ele fica em silêncio de novo e acho que vai tornar isso
complicado, mas depois ele me surpreende e me dá o número
que eu me apresso a digitar no meu celular. — Tem certeza de
que você não precisa de mais nada? — Ele pergunta quando
termina.
— Não. Não de você. — Essa observação rói meu peito e abro
minha boca para murmurar um pedido de desculpas, mas ele
fala primeiro.
— Ok, então. — Agora ele soa como o Bambi ferido. — Bem, se
você precisar de alguma coisa, você pode sempre me ligar. Eu
estou sempre aqui.
— Obrigado, — eu murmuro, em seguida, finalizo a chamada.
No fundo, sei que a minha vida seria mais fácil se eu apenas
deixasse as coisas entre eu e meu pai se acertarem, mas é
difícil, especialmente quando eu mal o entendo. Quer dizer, eu
entendo por que ele deixou a minha mãe, porque ele precisava
se encontrar. Auto-descoberta. E ele está feliz agora com
Trevor, seu marido, pelo menos parece dessa maneira. Ter a
necessidade de ser feliz, mas por que teve que deixar Amy e
eu para trás? Ele não poderia ter feito tudo isso com a gente?
— Você está bem? — O tom de Violet é cheio de cautela.
Eu aceno a cabeça, virando-me para ela, forçando-me a
sacudir o que estou sentindo. — Sim, eu estou bem... Eu vou
tentar ligar para o meu tio e ver se eu posso ir a Vegas e ficar
com ele por uma semana.
Ela permanece na porta. — Você tem um tio que vive em
Vegas?
Eu concordo. — Mas eu mal o conheço. Só estou esperando
que ele possa me fazer um favor, — eu digo, em seguida, disco
o número dele.
Depois que eu ligo e tenho uma conversa de cinco minutos
com ele que se centra principalmente em jogos de azar, ele me
diz: — Claro, venha para cá. Podemos totalmente entrar em
alguns jogos subterrâneos e ver o que podemos fazer. — Ele
diz isso como se entendesse, o que provavelmente faz, já que é
muito parecido comigo, apenas cerca de quinze anos mais
velho. Então eu me levanto para ir terminar de embalar
minhas coisas, enquanto Violet fica na porta sem dizer uma
palavra, mas a preocupação em seus olhos diz muito.
— E a faculdade? — Ela finalmente pergunta enquanto muda
de peso.
Minha necessidade obsessiva tenta me assumir, mas eu a
mando calar a boca. — Eu posso faltar por uma semana. Não é
um grande negócio. — Eu adiciono meu estojo que transporta
os medicamentos para minha diabete na mochila.
— Você sempre fez parecer um grande negócio, — ela diz,
sentando-se no colchão ao lado da minha mochila. — E confie
em mim, eu entendo.
— Eu sei que você entende, — eu digo a ela, tanto amor e ódio
que temos em comum; amar por causa do quanto eu quero
estar com ela e odiar por causa do quanto eu quero estar com
ela.
— Vegas é realmente muito longe, — ela diz. — Você não pode
jogar aqui?
— Não. — Eu mantenho a minha cabeça baixa, sabendo que se
eu olhar para cima e vê-la na cama, vou perder o controle e
preciso me concentrar agora. — Eu só preciso sair e conseguir
um pouco de dinheiro aonde ninguém sabe da minha
reputação. E não quero ficar aqui com Seth e Greyson
enquanto eu estiver limpando essa bagunça. Esta é a minha
bagunça não deles. — Eu pego minha mochila do chão e jogo-a
sobre o meu ombro. — E é a única que opção eu tenho no
momento.
Ela morde a sua unha, claramente nervosa. — Por quanto
tempo?
Eu dou de ombros, pegando dois analgésicos da cômoda e
engolindo-os. Se eles não funcionarem em breve, eu vou sentir
uma dor grave. — Durante o tempo que for preciso.
— Mas isso não é um pouco arriscado? Quero dizer, você pode
perder o seu dinheiro e você realmente quer entrar nesse tipo
de bagunça que é Vegas. As coisas lá não são realmente
intensas?
— Cada lugar é intenso quando você realmente pensa sobre
isso. E é a única opção que eu tenho no momento. E, além
disso, meu tio sabe o que está fazendo.
Ela fica em silêncio enquanto eu vou até o meu armário para
pegar meu casaco. Eu ouço o celular sair do seu bolso
novamente e quando me viro, ela está mastigando seu lábio
inferior com incerteza escrito por todo o seu rosto enquanto
ela lê a mensagem.
Balançando a cabeça, ela enfia o celular no bolso. — Quer
companhia? Quero dizer na estrada ou o que for. — Ela dá de
ombros indiferente, indiferente do lado de fora, mas posso
dizer que ela está escondendo algo no interior.
— Você quer ir para a estrada comigo? Sério? — Algo muito
ruim deve estar acontecendo se ela está escolhendo ficar em
torno de mim.
Há muito medo e dor em seus olhos que me faz querer agarrá-
la, abraçá-la, e nunca deixá-la ir. O olhar é uma mudança total
de quando ela estava na borda do prédio e ela parecia
chapada. Eu pensei que ela estava por um momento, mas acho
que poderia ter sido algum tipo estranho de descarga de
adrenalina. — Eu poderia usar como uma pausa. — Ela
encolhe os ombros e eu me pergunto quem mandou uma
mensagem a ela alguns minutos atrás e se tem alguma coisa a
ver com a sua súbita vontade de ficar perto de mim. Eu estou
supondo que foi Preston e ele está com raiva que ela acabou
de perder um dos seus clientes. Idiota fodido. Provavelmente
a ameaçou.
— Eu pensei que você odiasse perde aula? — Excluindo o grau
de risco dela ir, eu ainda estou relutante. É como se eu não
conseguisse passar pelo fato de que ela realmente não parece
querer ir comigo, tanto quanto parece querer escapar de algo.
E a ideia de estar na estrada com ela, dormindo sob o mesmo
teto, quando ela realmente não quer estar comigo, não parece
ser algo que eu possa fazer sem perde o controle. E eu não
posso perdê-lo agora, eu preciso resolver minhas merdas e
conseguir dinheiro rapidamente.
Ela aperta os lábios e de repente se levanta. — Sim você está
certo. Eu nem sei por que estou pedindo. — Ela corre para a
porta, mas eu agarro seu braço e impeço-a.
— Eu só estou perguntando por que você quer ir comigo
depois... — Eu me movimento entre nós dois, tentando
encontrar as palavras certas. — Tudo o que aconteceu ao
longo dos últimos dois meses.
— Eu preciso de uma fuga também. Eu não posso... Eu não... —
Ela bufa em frustração, finalmente fazendo contato visual
comigo e é tão esmagador ao ponto das minhas pernas quase
fraquejarem. — Olha, se não quer que eu vá com você, então
não tem que deixar.
Eu quero perguntar do que ela precisa escapar, mas ela está
fechada e a conheço bem o suficiente para saber que ela não
vai me dizer, não agora de qualquer maneira. — Eu quero que
você vá, — eu digo, meu aperto afrouxando em seu braço.
— Mas eu também não quero que você entre ainda mais nessa
confusão.
— Esta confusão é muito melhor do que a minha alternativa,
— ela murmura baixinho. — Confie em mim.
— Violet, eu... — Eu paro, percebendo que posso pressioná-la
com tudo que eu quero, mas ela não vai se abrir comigo como
costumava fazer. Eu quase posso ver a parede em torno dela, a
que ela tinha antes ficarmos juntos. Só que é vinte vezes mais
grossa e resistente desta vez. — Venha comigo... eu quero isso.
— Tudo bem, se é isso que você quer, — ela diz com
indiferença, mas um reflexo da atitude eu-ganhei lampeja
através dela e me dá um breve vislumbre da Violet que me fez
querer mudar tudo sobre mim - tentar ser uma pessoa
melhor.
— Ok, então, — eu digo a ela e parece que nós fizemos algum
tipo de acordo silencioso na nossa troca, mas eu não li as
entrelinhas ainda. — Você está pronta para ir? Não, você
provavelmente vai precisar passar em um... Lugar, certo?
Quero dizer, para pegar roupa e outras coisas. — Estou
divagando, nervoso, como um maldito maricas que nunca
passou um tempo com uma mulher antes.
— Eu acho que sim, — ela diz, sem rodeios. — Quero dizer,
sim. Eu preciso ir... Em casa e pegar minhas coisas.
Eu franzo a testa, sentindo raiva dentro do meu peito mais
quente do que um incêndio maldito quando sinto que ela está
tentando manter algo escondido. — Algo aconteceu com
aquele babaca de merda... Ele não... Ele não bateu em você ou
algo assim? Porque eu vou bater a merda fora dele, se ele fez.
— Nós estamos de bem – tudo está bem. — Ela desliza seu
braço da minha mão. — Vamos logo, se formos fazer isso. Vou
ligar para Greyson no caminho e ver se ele pode cobrir meus
turnos no restaurante. — Ela se encolhe, como se a ideia
deixasse-a desconfortável.
Eu suspiro e sigo atrás dela enquanto ela anda para fora do
meu quarto, sabendo que estou entrando em uma enorme
confusão e devo tentar corrigi-la. Mas não consigo encontrar
vontade de parar isso, assim eu caminho para dentro do trem
desgovernado.
Violet
Estou na merda. Eu sabia disso muito antes de receber a
mensagem de Preston. A mensagem só confirmou.
Preston: Recebi uma mensagem de Roy. Droga Violet, você vai
fodidamente pagar por me fazer perder um cliente como este. E
isso vai ser pior do que da última vez. Eu juro por Deus porra,
você me deve para o resto da sua vida.
A mensagem se repete na minha cabeça uma e outras vezes
enquanto eu tento criar coragem o suficiente para sair da
caminhonete e entrar na casa para pegar minhas coisas. Eu
não quero ser uma covarde, mas não consigo parar de pensar
em como eu "paguei" por ter fodido tudo nesses últimos dois
meses, os machucados em minha perna marcam meu
pagamento e minha penitência.
É pôr do sol, as estrelas estão aparecendo, a luz da varanda da
casa está ligada. Há uma festa acontecendo, carros alinhados
na calçada, pessoas em pé no deck e no quintal. Vai ser mais
fácil de entrar despercebido, mas vai ser pior se Preston me
ver. Ele provavelmente vai ficar mais irritado e menos
controlável.
— Eu estou indo com você, — Luke diz-me, desligando o
motor e desafivelando o cinto de segurança.
Eu quero discutir com ele, porque não quero contar com ele
assim, mas caramba eu preciso de alguém agora, então aceno,
em seguida, saio da caminhonete. Quando nos encontramos na
frente, eu não me afasto dele, deixando sua proximidade me
acalmar. Eu não sou estúpida. Sei que tudo isso vai desabar
sobre mim em breve, especialmente quando estivermos na
estrada e todas as coisas não ditas entre nós forem
derramadas. Mas agora eu só quero fingir que ele me faz
sentir segura novamente, que eu não preciso fugir, não
preciso estragar tudo - que sua mãe não ajudou a matar os
meus pais.
Quando chego ao topo da escada, eu me espremo entre as
pessoas bêbadas e chapadas bloqueando nosso caminho, e
faço uma parada na frente da porta de tela. Preston está na
sala de estar, conversando animadamente com seus amigos
maconheiros com um cigarro de maconha em sua mão. Há
música tocando a partir de uma caixa de som e garrafas de
bebidas vazias em toda a bancada da cozinha.
— Talvez eu devesse entrar sozinha, — Eu digo a Luke, mas
são apenas palavras que não têm um significado verdadeiro
por trás delas.
Ele não diz nada, apenas agarra minha mão, abre a porta de
tela e nós andamos para dentro da casa. Preston não olha em
nossa direção no início, envolvido em uma conversa, mas
quando eu caminho com Luke através da multidão para o
corredor, ele me observa. Ele me dá um olhar escuro
misturado com luxúria que faz o vômito queimar na parte de
trás da minha garganta. Então ele percebe Luke e a luxúria se
transforma em raiva.
— O que diabos está acontecendo? — Ele pergunta e de
repente a sala inteira está olhando para nós. Fumaça está
circulando em torno de mim, um cheiro potente pinica em
minhas narinas e tem cheiro de maconha, suor, e várias
bebidas diferentes.
Eu não sou de recuar, mas estou mais tensa do que o habitual,
uma reação ligada à razão pela qual há hematomas cobrindo
minha perna. — Eu vim pegar minhas coisas. — Minha voz soa
firme, surpreendentemente.
Preston solta uma gargalhada, entregando o cigarro a um cara
alto e magro ao seu lado antes de atravessar a sala em minha
direção, empurrando as pessoas para fora do seu caminho que
parecem atordoadas e confusas com o pode acontecer. — O
Quê? Você está saindo de novo? — Ele dar um olhar frio para
Luke. — Com esse idiota? — Preston não gosta de Luke,
considerando que Luke chutou a bunda dele uma vez.
— Eu não sei se estou saindo ainda, — eu digo enquanto os
dedos de Luke tocam meu pulso, gentilmente acariciando a
minha pele, enviando uma onda de calma através do meu
corpo que eu nunca senti antes. — Mas eu preciso de uma
pausa de você e de toda essa porcaria. — Eu levanto meu
queixo, voz firme, apesar do meu nervosismo no interior. Eu
sempre fui boa em fingir quando necessário. Eu posso ficar
calma em um estalar de dedos, mesmo quando eu não esteja.
Fingir que eu não me importo quando realmente faço. Fingir
que não sinto malditamente nada por alguém, quando na
verdade eu sinto tudo por eles.
Preston está na minha frente agora e posso ver aquele olhar
em seus olhos novamente, o que veio antes das contusões que
estão em minhas pernas. — Você está cometendo um grande
erro. — Sua voz é baixa e carregada de aviso, como sempre
acontece quando ele está me ameaçando.
Eu deveria ter lutado mais.
Deveria ter machucado a merda fora dele.
Deveria ter feito. Poderia ter feito. Teria feito.
— Eu só preciso de uma pausa. — Repito. Firme.
— Uma pausa do quê? Ter um teto sobre sua cabeça? Comida
no seu prato? Uma carona? — Ele faz uma pausa, seu olhar
passando rapidamente na direção de Luke, então ele se inclina
no meu rosto, tão perto que posso sentir sua respiração
quente na minha bochecha. — Ou ser uma prostituta que você
sempre é. Você é uma fodida vadia. Você me usou para viver -
usou sua pequena fodida boca e corpo para conseguir o que
queria.
A mão de Luke subitamente solta meu braço e ele se empurra
para perto de Preston, fazendo-o tropeçar nos próprios pés e
quase cair. — Fodidamente se afaste, — adverte. — Ou eu vou
fazer isso por você.
Eu posso cuidar disso. Eu não preciso de você, quero dizer, mas
mal consigo respirar, muito menos falar. Todo mundo está
olhando para mim, para minha fraqueza, prestes a ter um
colapso. Eu preciso de algo. Eu preciso de algo…
— Se curve, — diz Preston, empurrando-me para cama.
— Venha V, curve-se e leve-me como você deseja.
— O que eu quero fazer é te dar uma joelhada nas suas bolas,
Preston, — eu digo. — E se você me tocar de novo, eu vou...
Ele pega um punhado do meu cabelo e puxa com força. — E o
quê? — Um outro puxão, mas eu me recuso a estremecer.
Mostrar dor. Eu estou fodidamente calma antes da tempestade.
Eu sou intocável. Ninguém pode me machucar. — Vamos lá
garota durona, deixe-me ouvir todas as coisas terríveis que você
vai fazer comigo.
Eu queria dizer-lhe tudo, o quanto idiota que ele estava sendo,
para tirar as mãos de mim, ir se foder, mas depois me lembro da
última vez que eu fiz isso, ele me fez sair e como desta vez eu
não tenho Luke para salvar a minha bunda gorda. Então, ao
invés disso eu me forço a relaxar quando ele me empurra para
meus joelhos, que acabam batendo no lado da cama. Então, ele
dá a volta para ficar na minha frente, me empurrando para trás
um pouco e abrindo o zíper da sua calça...
— Eu estou saindo por uma semana ou algo assim, — eu
gaguejo, em seguida, esquivo ao redor de Preston, odiando a
forma como me sinto insegura, vacilante, como se eu estivesse
andando em uma corda bamba, prestes a cair cegamente no
desconhecido.
— Se você sair eu não vou te aceitar de volta desta vez! — Ele
grita atrás de mim, a raiva queimando em seu tom e batendo
nas minhas costas. — Você precisa de mim Violet Hayes! Eu
sou tudo o que você tem!
— Foda-se! — Eu digo venenosamente, virando-me e lhe
mostrando o dedo do meio. — Eu odeio ficar aqui e odeio você.
— Merda. Oh, Deus. Ah Merda. Não.
— Sua vadia ingrata, — ele grita, se aproximando de mim, suas
veias salientes, mais irritado do que eu já vi, o que me faz
pensar o quanto ele vai me bater se chegar perto o suficiente,
mas eu nunca chego a descobrir porque Luke empurra-o para
trás e joga Preston na parede, atordoado.
— Deixe-a em paz porra, — adverte Luke enquanto me segue
no meio da multidão com os punhos levantados. — Ela vai
ficar muito melhor fora daqui, ela merece o melhor e você vai
deixá-la ir ou então eu mesmo vou te obrigar a fazer isso seu
filho da puta doente.
Preston dá uma risada aguda e há algo quase psicopata sobre
isso, é meio não controlado, de modo irracional. Eu sei o que
está vindo antes mesmo que ele possa dizer. — Você acha que
ela é melhor do que eu? — Ele ri de novo, sua voz me seguindo
enquanto eu me apresso em direção ao corredor. — Você quer
saber por que eu a chamo de prostituta? Pergunte-lhe como
ela pagou a sua dívida comigo e ela pode até tentar dizer-lhe
que não gostou, mas pelos gemidos eu posso dizer que ela
gostava.
Eu tapo meus ouvidos e corro para o quarto, não querendo
ver ou ouvir a reação de Luke pelo que Preston disse-lhe, não
querendo sentir a vergonha no meu interior. Quando chego ao
quarto, vou até o armário para pegar minha bolsa, mas depois
percebo que Luke pode não querer que eu vá mais com ele,
agora que Preston contou tudo.
— Foda-se seu imbecil. — Eu xingo sob a minha respiração
enquanto permaneço na escuridão do quarto, sem saber o que
fazer. Eu quero pegar uma navalha e cortar os meus pulsos,
mas estou pronta para ir tão longe?
Finalmente, sento-me no chão, puxando minhas pernas ao
meu peito, e descanso minha cabeça em meus joelhos. — Por
que, por que, por que eu não consigo enfrentá-lo? Eu sou
durona com todos, mas com ele, eu sou tão fraca.
— Não é culpa sua. — O som da voz de Luke me faz endurecer.
Ótimo, ele me viu em um momento de fraqueza. Tão fraca.
— Ele abusa do poder de pai e faz você se sentir impotente.
Eu aperto meus lábios e levanto a cabeça para olhar para ele.
Ele é apenas uma sombra na escuridão, ilegível e eu enfio
minhas emoções para baixo, querendo ser ilegível também.
— Você está falando isso por experiência?
— Sim, — ele diz simplesmente, andando em todo o quarto em
minha direção. — Minha mãe abusou bastante do poder.
É algo que está me assombrado desde o dia em que eu saí do
apartamento e me afastei dele. Luke odeia sua mãe, algo que
aprendi no início, quando eu o conheci. Ele me contou
algumas histórias vagas sobre como ela o fazia injetar heroína
nela. Tenho certeza de que é apenas o começo dos problemas
que essa mulher lhe causou e parte de mim se sente mal por
culpá-lo por algo que ela fez. Não foi culpa de Luke que meus
pais estão mortos, mas ele dolorosamente me lembra do que
aconteceu, ainda faz.
— Talvez eu não devesse ir com você, — eu digo com meu
coração pesado. — Provavelmente não foi uma boa ideia, em
primeiro lugar... você e... — Eu balanço o pensamento da
minha cabeça, porque eu quero muito isso. É melhor se eu não
for, embora, eu realmente não tenho qualquer lugar para
viver mais, a menos que eu esteja disposta a sacrificar minha
dignidade e muito mais.
Ele faz uma pausa, então caminha até o interruptor de luz e
liga-o. Eu pisco contra o brilho da luz enquanto ele procura no
meu rosto por alguma coisa, eu não tenho nenhuma ideia do
que - então ele diz: — Não, você está vindo comigo. Não há
nenhuma maneira que eu vá deixar você aqui. — Ele olha por
cima do ombro para a porta. — Com ele. Não é saudável, a
forma como ele te trata, e olha para você. — Seu olhar se
choca com o meu e um lampejo de confusão sobe dentro de
mim, mas só me faz sentir mais dor. — Você precisa ficar
longe dele, Violet. Você merece coisa melhor do que isso. —
Seus lábios pressionam minha boca, mas isso acontece tão
rapidamente que meu cérebro mal pode registrá-lo antes que
ele esteja falando novamente. — Muito, muito melhor.
Eu quero discutir com ele, não apenas sobre o que ele disse,
mas sobre quanto eu quero ir com ele. Luke e eu ainda nem
começamos a enfrentar a principal coisa que nos separou há
dois meses, de modo que sair sem lidar com isso parece ser
algo desastroso e impulsivo de se fazer. Mas eu prefiro lidar
com Luke em vez de lidar com Preston. Viver com ele tem sido
um pesadelo e eu preciso respirar sem sentir como se meus
pulmões estivessem me esmagando, mesmo que apenas por
um momento. Então eu me levanto e arrumo minhas coisas,
sabendo que só estou fugindo dos meus problemas e evitando
aqueles à minha frente. E, eventualmente, eu sei que tudo vai
desabar em cima de mim.
É sempre assim.
06
Luke
Saímos da casa de Violet com um pouco mais de confronto
com Preston, mas posso dizer que o cara é um maricas total,
recuou quando eu o desafiei, porque ele sabe que eu posso
chutar o traseiro dele. Ele me deixa enjoado, a maneira como
ele a trata, usa sua falta de família como uma arma contra ela.
É como uma obsessão - uma obsessão doentia como a minha
mãe usava para me controlar.
Deus, ela é tão difícil de ler quando está tão fechada. — Você
quer falar sobre qualquer coisa? — Com o grande elefante
velho fedorento sentado entre nós, ocupando a maior parte do
espaço na caminhonete. Estamos prontos para ir até lá?
Seu olhar pousa em mim, mas está muito escuro para ver sua
expressão. — Você está totalmente mentindo para mim agora,
você já fez uma. — Seu tom é leve, curioso. — Sabe, eu
gostaria de dizer que estou surpresa, mas não estou.
Ouvi-la dizer foder faz meu pau ficar duro como uma rocha.
Mas não há mais confiança entre nós, não há base para que ela
queira que eu a toque, nada exceto meu desejo de conseguir
atravessar seu muro impenetrável, por isso tudo o que eu vou
conseguir no momento é um caso grave de bolas azuis.
Deus, eu daria tudo para ter relações sexuais com ela agora.
Bem aqui. Com esta canção.
Eu poderia tentar, mas não faço isso, tento ser o cara decente
que ela me transformou em um par de meses atrás. Aquele
que toma mais cuidado com si mesmo, que não bebe tanto,
que não guarda tanta raiva.
Enquanto me esforço para manter meu tesão para mim
mesmo durante às próxima hora, essa tensão sexual estranha
se constrói entre nós, enquanto ela insiste em ouvir toda a
fita. Deftones “Change”, Nickelback, “Something in Your
Mouth,” Saving Abel “Addicted”, a lista de músicas é longa,
deixando o ar mais quente e mais sexy à cada uma. Lembra-
me mais e mais da primeira e única vez que Violet e eu
fizemos sexo. Deus, eu a quero de novo. Sério, de quem foi essa
ideia? Está ficando tão quente na cabine da caminhonete que
eu tenho que abrir a janela, fingindo que é porque estou indo
fumar, quando na verdade é para resfriar a tensão, senão eu
vou acabar tendo um orgasmo enquanto dirijo.
Violet
Eu caio no sono por volta das duas da manhã e vou
diretamente para os meus pesadelos. Aquele em que estou no
porão, escondida, ouvindo os sons do que acho que são fogos
de artifício, mas acabam por ser a causa da morte dos meus
pais. O pesadelo mudou ao longo dos últimos dois meses para
algo que eu não gosto.
Luke.
***
— Com quem?
— Alguém...
— Violet.
— E Violet?
— Sim?
Eles sabem.
Eles sabem.
Eles sabem.
Ele hesita, então enfia a mão no bolso e tira suas chaves. Ele
entrega-as para mim, os nós dos seus dedos escovam a palma
da minha mão e eu me vejo tremendo, embora eu não esteja
nenhum pouco com frio. É óbvio para ele pelo olhar que ele
me dá, mas não diz nada sobre isso enquanto eu entro na
caminhonete, ele tira algo da sua mochila. Quando entra na
caminhonete, tem um pequeno estojo de couro na mão. Ele
pega o objeto em forma de caneta que verifica o açúcar no seu
sangue e aplica em sua pele, lembro-me da noite, quando eu o
encontrei no bar e tive que fazer isso por ele. Ele verifica a
tela, em seguida, balança a cabeça, claramente irritado
enquanto pega outro objeto da bolsa que tem uma agulha no
final. Ele tira a tampa, levanta a camisa, mas, em seguida,
hesita, olha para mim com um monte de cautela em seus
olhos. Eu meio que espero que ele me diga para desviar o
olhar. Eu quase quero também, mas não consigo quebrar o
contato visual, nossos olhares de alguma forma se fixam.
Luke
— Os nomes dos edifícios são divertidos, — observa Violet,
olhando para um mapa que eu tinha em minha mochila da Las
Vegas Strip. Estamos estacionados em um posto de gasolina
na periferia da cidade, tentando descobrir para onde irmos. É
meio dia, um calor sufocante, e minha caminhonete não tem
ar condicionado por isso estamos praticamente derretendo.
— Oh, eu quero ficar no Caesar’s Palace, — ela diz saltando
para cima e para baixo no assento do motorista como uma
criança numa loja de doces. Ela olha para mim e a emoção em
seus olhos me faz sorrir um pouco, apesar de como estou
cansado. — É uma parte do filme Se Beber, Não Case, certo?
Uma onda de raiva sobe por mim, não por ele, mas pela
menção da minha mãe. Mas Violet estremece também, então
eu empurro o sentimento para baixo e me apresso para
mudar de assunto.
Ele parece se divertir com ela, o que eu não o culpo, ela pode
ser muito encantadora quando quer ser. Com um leve sorriso,
Cole se levanta em linha reta e estende seu punho. — Bem, é
um prazer Violet, também conhecida como parceira de crime
do Luke.
Violet
Seu primo Ryler totalmente me deu um olhar cheio de malícia
na cozinha, mas eu não tenho nenhum interesse nele. Ele é
quente em uma espécie de forma gótica. Tatuagens que
cobrem seus braços, piercings, cabelo preto que paira em seus
olhos, e seus cílios são tão grossos que quase parece que ele
está usando delineador. Mas a última coisa que eu preciso é de
uma conexão aleatória, onde eu me sinta um lixo depois. Para
não mencionar o drama que viria entre Luke e eu. E odeio
drama de novela mexicana.
— Por que você não ficou com a família? — Assim que ele diz,
parece morde sua língua. — Não importa. Você não tem que
responder a isso.
— Eu não acho que seja ele, — eu digo, sem saber o que dizer.
Quero dizer, como diabos eu deveria falar sobre o assassinato
e a morte dos meus pais quando sua mãe foi parte disso? E
quando ela poderia ser a única me enviando mensagens.
— Honestamente, eu não acho que seja um repórter, com as
coisas que essa pessoa está dizendo.
Eu não sei o que dizer. Eu sei que é errado, essa coisa de olho
por olho, mas parte de mim quer que sua mãe esteja morta.
Mas não pelas mãos de Luke. Não há nenhuma maneira que eu
queira que ele leve esse tipo de carga ou sofra as
consequências por fazer isso.
Com o olhar fixo no meu, ele leva o cigarro aos lábios, traga,
em seguida, move-o para longe, a fumaça escapando pelos
seus lábios. — Eu entendo, mas isso não significa que eu vá te
proteger menos. — Ele se inclina e escova seus lábios contra
minha bochecha, com cheiro de cigarros, colônia e cerveja,
todas as coisas que estão em Luke e por um momento, tudo o
que consigo pensar é em casa. Eu quero estar com ele
novamente. O contato faz com que minha pele queime e
saudade aumente dentro de mim. É tão breve, apenas a
vibração de pele com pele, mas é o suficiente para me lembrar
como era bom estar com ele. — Eu estou indo falar com meu
tio e ver que horas vamos sair. Se você realmente quer ir,
então esteja pronta quando eu voltar.
Luke
Eu nunca quis entrar em uma briga como quero agora. Alguém
estar ameaçando Violet está me rasgando em pedaços. Pior, há
aquela voz irritante e estúpida na minha cabeça me dizendo
que poderia ser minha mãe. Ela é louca o suficiente para que
se encontrasse Violet de alguma forma, ela iria fazer isso.
Tento ligar para ela algumas vezes enquanto espero pelo meu
tio para nos levar até o armazém, mas é claro que a mulher
louca não atende ao telefone. Claro, ela pode me ligar a cada
fodida hora do dia, mas quando eu realmente preciso falar
com ela, ela não atende.
A sua garota está vindo com a gente? Ryler escreve então se inclina
para lançar sua garrafa de cerveja vazia no lixo.
Seu nariz se enruga enquanto ela olha para sua bolsa. — Não,
está quente demais para isso. — Ela se abaixa e Deus, a toalha
sobe até suas coxas, tão alto que se eu estivesse atrás dela sei
que seria capaz de obter uma visão da sua bunda perfeita.
— Estou supondo que a maioria das garotas se vestem todas
sacanas? — Ela olha para mim de novo. — Quero dizer, esse é
o tema geral para estas coisas, certo?
Eu espero que ela me peça para sair para que possa se vestir,
mas em vez disso, ela apenas olha para mim, mordendo o
lábio enquanto agarra a parte superior da toalha, pensando
profundamente em algo.
— Talvez.
— Violet...
Deus, eu quero que ela seja minha tão mal que é quase uma
tortura.
Luke
Perfeito. Perfeito. Perfeito. A noite começou dessa maneira,
mas o momento de euforia de estar com Violet rapidamente
se dissipou no momento em que saímos do quarto e eu
percebo que não estou bêbado o suficiente para o que está à
minha frente para a noite. Antes de sairmos para o armazém,
meu tio Cole me puxa de lado para me lembrar das regras,
para me lembra dos riscos que estou tomando. É meio
estúpido quando penso sobre isso. Eu me fodi por trapacear
em um jogo e agora tenho que trapacear novamente enquanto
jogo para compensar isso. Se eu fracassar, estarei de volta
aonde comecei e vou dever dinheiro em dobro.
Por esta razão, eu tento manter Violet fora dos planos, mas o
problema é que a garota conhece essas merdas.
Está se aproximando das seis, mas o céu ainda está claro, o sol
está brilhando abaixo da cidade e do deserto que o rodeia. Nós
temos as janelas abertas, mas não ajuda em nada, mas parte
poderia ser porque eu estou no banco de trás com Violet,
tentando não ficar tão malditamente nervoso sobre toda a
situação.
Ryler gira em seu assento para olhar para nós e sinaliza algo
para Violet, algo divertido eu estou supondo pela forma como
Violet e ele riem.
Violet
Deixe que o fodido vício da adrenalina comece.
Posso dizer que ele acha que eu vou ficar bêbada e ir para
algum quarto com ele, e fode-lhe. Honestamente, estou indo
para a parte do bêbada, por isso meu lado malicioso está
começando a sair, com garras e tudo... Oh, garras... A pele de
Luke... Eu balanço a nebulosidade na minha cabeça. Concentre-
se. Violet. E pare de beber tanto.
Catterson ainda está sorrindo para mim e eu tenho que me
forçar a sorrir de volta. Não há nenhuma maneira que eu
esteja indo para casa com esse cara. Eu tenho meus olhos no
cara quente sentado do outro lado da mesa, intensos olhos
castanhos, cabelo macio, cheiro familiar e tudo o que eu
desejo poder ter, mas estou com medo como o inferno de tê-
lo, por causa das emoções na minha cabeça. Mas, falando
sério, se não houvesse tantas malditas pessoas ao redor agora,
eu rastejaria sobre a mesa e o atacaria... Rasgaria suas roupas
e lhe morderia, lhe lamberia, faria todos os tipos de coisas
más com ele...
Há tantas coisas que eu quero dizer para esse cara. Como para
começar, perguntar-lhe se essa cantada ridícula já funcionou.
Mas sei que tenho que manter minha boca fechada e dizer a
coisa certa, senão vou ser descoberta.
Eu não sei onde fica esse quarto dos fundos, mas tenho
algumas ideias. Durante o meu tempo nas ruas, acabei em um
clube de strip com um cara que disse que poderia conseguir
algumas cervejas no quarto dos fundos porque era de fácil
acesso, sem que ninguém nos visse. Acabou que o quarto dos
fundos não tinha cerveja, mas mulheres nuas fazendo
boquetes e danças no colo. Sim, foi uma grande maneira de me
despertar para a minha sexualidade
Ryler sorri enquanto fecha porta assim que saímos, então suas
mãos se movem para frente enquanto ele sinaliza, Ei, era
melhor do que deixar você inventar uma explicação do por
que flertou com ele a noite toda, mas não vai deixá-lo lhe
leva para os bastidores.
Ryler estende seu braço para fora e cinzas caem no chão. Não
muito bem. Eu o encontrei uma vez, quando ele ficou com
meu pai em um verão, mas é só isso. Honestamente, eu mal
vi meu pai um par de anos atrás. Ele leva o cigarro aos lábios
e respira profundamente, tentando encobrir seu desconforto
com o assunto. E você? Ele solta a fumaça pelos lábios.
— E você?
Ei, você não pode culpar um cara por tentar. Ele pressiona a
mão sobre o coração e fica reto no assento. Além disso, se
você apenas dissesse que está com Luke, então eu iria te
deixar em paz.
Luke
Cara bom? Cara mau? Que tipo de cara eu sou? Há alguns
meses atrás eu sabia a resposta e estava bem com isso. Melhor
compreender a si mesmo do que ser um completo ignorante.
Não saber é duro e agora eu sou o maior idiota sem noção que
existe. Porque quero foder o inferno fora de Violet. Quero
foder com ela longo e duro até que ela grita meu nome e
arranhe minha pele com suas unhas como fez no carro... Deus,
aquilo quase me fez vir dentro da minha calça jeans, na parte
de trás do carro.
Ele olha para mim, sua expressão ilegível, uma mão no meu
quadril, a outra no meu rosto. Eu posso sentir sua pulsação
através dos dedos. Parece que ele está procurando as palavras
certas, mas eu não quero que ele diga qualquer coisa. Eu não
quero ouvir como ele acha que não é verdade, que eu sou
melhor do que isso, que foi a culpa de todos, menos minha.
— Você era apenas uma criança, — digo a ele. — Não foi culpa
sua.
—Eu sabia que o que ela estava fazendo era errado, mas eu
não fiz nada para tentar pará-la, porque eu tinha medo, ainda
tenho às vezes. Um homem adulto e apenas o som da sua voz
me faz sentir tão irritado e impotente.
— Eu não quero estar perto dela também, — ele diz com uma
voz firme. — E talvez se nós conseguirmos levá-la para trás
das grades, eu nunca vou ter que vê-la de novo.
***
— E que eu não o ouvi sair da sua boca desde que você o usava
quando está querendo me irritar. — Ele está certo. Eu só usava
quando estava brincando com ele ou tentando deixá-lo
irritado porque ele fica sexy quando está frustrado, quando
está a beira de perde para mim. — Eu senti falta disso, —
acrescenta, parecendo como se fosse me beijar. E eu quero
que ele faça isso desesperadamente, não apenas porque a
cada beijo seu parece como se estivesse apagando mais e mais
os beijos de Preston, mas porque quando seus lábios estão
nos meus, eles são a única coisa que eu posso sentir, o meu
próprio substituto para o meu vício de adrenalina.
Com seu corpo sobre o meu, seus braços lutam para sustentar
seu peso, eu acaricio-o, sem nem mesmo ter certeza do que
diabos estou fazendo, mas continuo. Sem desgosto. Sem
vergonha. Apenas desejo. Tanto desejo.
Cole olha para ele, em seguida, olha por cima do ombro para
mim. — Ryler vai ficar aqui com você, ele está no andar de
baixo caso você queira ir falar com ele.
Eu sei, mas ele não me quis até meus dezoito anos, quando eu
estava muito bem por conta própria.
Eu sinto muito.
Ele não atende, porém, assim eu acabo ligando mais dez vezes,
uma e outras vezes, tornando-me uma espécie de stalker.
Finalmente, ele atende, mas parece está muito, muito mal-
humorado sobre isso. Mas estou aliviada ao ouvir sua voz.
— Um repórter de novo?
Luke
As coisas estavam indo bem. Assim, tão bem. Violet e eu
estávamos conversando e, finalmente, eu senti como se ela
estivesse realmente se abrindo comigo. Mas eu deveria saber
que não iria durar. Você pensaria que eu teria aprendido a
lição depois de todo esse tempo, mas acho que eu sou um
aprendiz lento. Atalhos. Há sempre o risco quando se trata
deles.
Isso me fez querer vomitar. Como minha mãe pôde fazer isso
com a própria filha? Mas o fodido é que eu não estava tão
surpreso quanto se poderia pensar e isso me faz preocupar-
me com quantas 'surpresas' estão alojadas para mim no
futuro.
— Você que pensa, — o cara diz. Ele tem uma cicatriz abaixo
do seu olho e uma aparência assassina em seus olhos
enquanto limpa um pouco do sangue do meu tio do queixo.
— Se você vem aqui com um trapaceiro, você também é
declarado um trapaceiro. Regras do jogo. — Então ele estica o
braço para trás e acerta um soco com o punho na minha
mandíbula, certo no lado que atingiu o concreto.
— Ei, você foi o único que decidiu não ir hoje à noite, — Cole
diz enquanto lentamente se senta na cadeira ao lado do sofá e
tira o braço do meu ombro. — Você sabe que eu faço essas
coisas quando você não está por perto, eu não posso me parar.
— Nós vamos descobrir como lidar com isso. Não é nada que
eu não lidado antes, — Cole murmura enquanto Ryler o
observa, tirando a tampa da cerveja para fazê-lo abrir os
olhos. Quando ele faz, Ryler sinaliza alguma coisa, mas eu não
consigo entender. — Ei, eu sou bom em lidar com coisas sob
pressão, — Cole diz a Ryler e depois olha para mim. — Sabe,
talvez você pudesse perguntar ao seu pai se ele pode nos
emprestar algum dinheiro para que possamos fazer as coisas
andarem de novo?
Eu balanço minha cabeça e caminho para fora da sala. — Eu
não estou pedindo qualquer coisa ao meu pai.
Ele franze a testa. — Luke, essa pode ser a nossa única opção.
Ela deixou uma lâmpada acesa, por isso há uma trilha suave
de luz no pequeno quarto. Eu tiro minha camisa e as minhas
botas, fazendo meu caminho até a cama, parando quando me
aproximo e desabotôo minha calça e tiro-a. Suas costas estão
para mim, a cabeça apoiada no travesseiro, os cabelos
espalhados na cama e em sua costas. Eu me inclino para frente
e afasto-o para o lado, em seguida, traço meus dedos ao longo
das duas estrelas em seu pescoço, sua pele tão suave e
familiar, tudo o que eu quero.
Violet
Santo inferno, isso é muito, muito melhor do que a primeira
vez que tivemos sexo. Menos doloroso. Mais intenso. Mas acho
que pode ser porque Luke está mais solto desta vez em vez de
ser cuidadoso comigo.
Sua respiração vacila dos seus lábios. — Cole foi pego, mas
não é um grande negócio. Eu não devo dinheiro ou qualquer
coisa.
Sua voz está tensa e toda a paz que tivemos momentos atrás
se quebra em um milhão de pedaços de modo que eu quero
junta-las novamente. — Eles pegaram o dinheiro, não foi? —
Eu pergunto com uma careta.
Ele não respondeu à minha pergunta, apenas diz: — Eu vou
pensar em outra forma. — Ele solta um suspiro cansado e, em
seguida, esfrega os olhos, parecendo desgastado.
Eu não sei qual é essa sua ideia, mas isso me preocupa, porque
a última vez que vi esse olhar de desamparo em seu rosto foi
na noite que ele me disse que sua mãe poderia ser a assassina
dos meus pais.
14
Luke
Eu observo-a dormir durante a maior parte da noite.
Pensando. Minha cabeça está tão cheia que eu mal consigo
respirar. Até o momento que estou realmente terminando o
sol está aparecendo e eu não tinha absolutamente nenhuma
sono. Tem sido assim durante o último par de meses e entre
isso e beber, eu estou começando a sentir os efeitos no meu
corpo. Constantemente cansado, eu me pergunto como vou
conseguir sobreviver à temporada de futebol se eu não
conseguir resolver minhas merdas.
Eu sei o que isso significa - que ele quer que ela seja presa
tanto quanto eu quero. Ele joga a mochila por cima do ombro,
seus músculos flexionando um pouco como se estivessem
doloridos. Em seguida, ele caminha até mim e me dá um beijo
suave na bochecha.
***
Ryler sorri, mas não chega a atingir seus olhos quando ele
levanta as mãos, o que diabos eu iria fazer em Wyoming?
— Por favor, diga que você pode me dizer tudo agora, — digo
quando coloco o aparelho na minha orelha.
— Como o que?
— Como que ele tem a ficha suja. O fato de que ele mudou seu
nome cerca de 14 anos atrás. Ele costumava ser Danny
Huntersonly.
— O que era?
Luke
Ela está assustando a merda fora de mim. Ela não vai falar. Já
que mal consegue se mover. Eu tenho que levá-la de volta para
a caminhonete. Uma vez que a coloco dentro e fecho a porta,
eu entro no lado do condutor, em seguida, pego o celular do
banco, que continua tocando desde que ela o jogou lá.
— Luke... Price.
— Você precisa falar com Violet. Isso é tudo que eu vou dizer,
— ele responde em um tom formal. — Faça com que ela me
ligue assim que se acalmar.
Luke
Meu pai vive na zona da cidade de San Diego, onde as ruas são
cheias de altos e delgados sobrados e são inclinadas e coberta
de árvores. O ar cheira a mar e pelo tempo que chegamos lá
está anoitecendo, o pôr do sol, o céu pintado de laranja e rosa.
— Sim.
Meu pai coloca a mão nas minhas costas e eu salto, mas não
me afasto. — Vá descansar um pouco e então eu vou te ajudar
a falar com ela de manhã. Vou te ajudar, Luke... Eu estou aqui
por você...
Quero dizer ali mesmo que eu a amo, mas sei que não é o
momento certo. Então, em vez disso tento mostrar a ela,
segurando-a e deixando-a chorar, prometendo a mim mesmo
para tentar encontrar uma maneira de tirar um pouco da sua
dor, não importa o que seja preciso.
The Certainty of Violet & Luke
(The Coincidence #5)
A vida de Violet Hayes está uma bagunça. Entre seu perseguidor, Preston,
recusando-se a deixá-la em paz, o caso dos seus pais ainda sem solução, e
ficar para trás na faculdade, ela sempre se sente à beira de perde o
controle. Quando uma notícia inesperada surge, é a gota d'água e ela
acaba fazendo algo que quase custa a sua vida. Felizmente, ela sobrevive e
faz uma promessa a si mesma para colocar sua vida de volta no lugar e
tentar descobrir exatamente como se sente sobre Luke Price, a única
pessoa que está sempre lá para ela.
Podem os dois conseguir paz suficiente em suas vidas para enfrentar seus
medos e, finalmente, dizer um ao outro a verdade sobre como se sentem?
Olá! Meu nome é Edieny Williams e esse e-book tem a tradução e revisão efetivada por
mim, sem qualquer forma de obtenção de lucro, direto ou indireto. O leitor fica ciente
de que o download da obra destina-se somente ao uso pessoal e privado, e que deverá
abster-se de postagens ou hospedagens em qualquer rede social.