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Em 1919, inicialmente, sob responsabilidade do


Professora Solange Nunes Aula 2 - Estado ,foi criado o Departamento da Criança no Brasil . Esse
parte 2- Tópicos de estudo departamento era mantido por doações e possuía diferentes
tarefas, dentre as quais: monitorar a proteção da infância no
país, promover congressos e iniciativas de amparo à criança e
 Educação Infantil: história e concepções, organização mulher grávida pobre, divulgar boletins e acompanhar as
do tempo e espaço; avaliação; currículo; interações e estatísticas brasileiras sobre a mortalidade infantil.
aprendizagens; o brincar. Pode-se notar, então, que a educação Infantil, no
Brasil, antes de 1930* , se baseou no assistencialismo médico e
1-História da Educação Infantil no Brasil numa concepção abstrata da infância.
A valorização da criança pelo Estado ocorreu,
gradativamente, após 1930, e mesmo assim, ligada a um
O Referencial Curricular para a Educação Infantil
Estado autoritário preocupado com as crianças consideradas
afirma que, historicamente, no Brasil e no mundo, a ideia
como não aproveitadas.
assistencialista era a base do atendimento educacional na pré-
*A década de 30 é considerada como um marco devido às
escola. Os programas criados, inicialmente, atendiam crianças
modificações políticas, econômicas e sociais ocorridas no
de baixa renda, numa forma de suprir possíveis carências dessa
cenário nacional - em estreita relação com o cenário
parte da população.
internacional - e que se refletiram na estruturação
A pesquisadora Kramer divide os aspectos ligados à
sociopolítica das instituições voltadas às questões de
história da educação no Brasil em três períodos: o 1º período
educação e saúde.
vai desde o descobrimento até 1874, o 2º período de 1874 até
1889 e o 3º período de 1889 até 1930.
O Estado criou vários órgãos de amparo assistencial e
Segundo ela, do período do descobrimento até
jurídico para a infância os quais, somente, afirmavam a política
1874, não se privilegiava o aspecto legal relativo ao
de valorização da criança, como adulto em potencial, sem vida
atendimento às crianças. Nessa época, havia apenas casas
social.
para os abandonados de primeira idade e uma escola para os
Dentre esses órgãos, se destacam: o Departamento
abandonados com mais de doze anos.
Nacional da Criança em 1940; Instituto Nacional de Alimentação
Já no 2° período de 1874 até 1889, há registros de
e Nutrição em 1972; SAM – 1941 e FUNABEM; Legião
projetos assistencialistas elaborados por alguns grupos,
Brasileira de Assistência em 1942 e Projeto Casulo; parceria
especialmente de médicos. Contudo, muitos projetos não foram
com a UNICEF em 1946; Comitê Brasil da Organização Mundial
sequer efetivados.
de Educação Pré-Escolar em 1953; CNAE em 1955; parceria
Os poucos projetos que se concretizaram, durante
com a OMEP (Organização Mundial de Educação Pré-escolar)
esse período, segregavam as crianças negras, filhas de
em 1969 e COEPRE ( Coordenação de Educação Pré-escolar)
escravos das crianças da elite, filhas dos senhores. A
em 1975.
assistência às crianças pequenas era praticada por grupos
Mesmo com essas tentativas, a política de assistência
privados (médicos sanitaristas e associações de damas
social não atingiu a todos. Sua prática foi muito desigual, já que
beneficentes). De maneira geral, não havia interesse do poder
dispunha de recursos escassos e atendimento voltado mais
público.
para os problemas de saúde do que para os da educação,
No 3° período, até 1930, a criança já estava sendo
propriamente ditos. Dessa forma, acentuavam-se, ainda mais,
assistida por algumas leis e instituições que, durante as duas
os problemas de desigualdade sociais já existentes.
primeiras décadas, prestavam atendimento médico, escolar e
Em 1961, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
higiênico. Nesse período, alguns grupos tentavam atrair o
Nacional trouxe dois artigos sobre a educação pré-escolar. O
interesse do governo para as políticas voltadas para crianças.
primeiro, dedicado à educação de crianças até sete anos em
De acordo com Krammer, o conceito de educação
escolas maternais, jardins de infância e instituições
compensatória como antídoto para a privação cultural, ter-se-ia
equivalentes. O segundo artigo estimulava as empresas a
originado no pensamento de Pestalozzi e Froebel, no final do
instalarem instituições de ensino para os filhos das mães
século XIX, sendo mais tarde expandido por Montessori e
trabalhadoras. A maioria atendia aos filhos das mulheres que
McMillan.
trabalhavam no sistema fabril.
Seriam estas as origens remotas de compensação:
Em 1970, foi instituída a educação pré-escolar em
Froebel criou jardins de infância nas favelas alemãs (Berlim),
caráter compensador para amenizar a evasão escolar e alta
em pleno surgimento da Revolução Industrial; Montessori, ao
taxa de repetência na 1ª série do 1º grau. Buscava-se preencher
final do século XIX, desenvolveu trabalhos de educação pré-
o “vazio” cultural que atingia as crianças carentes devido a
escolar voltados para crianças pobres de favelas italianas;
fatores socioeconômicos.Entendia-se que os responsáveis das
McMillan, contemporâneo de Montessori, enfatizou a
famílias pobres não davam suporte cultural adequado e os filhos
necessidade de assistência médica e dentária, bem como a
acabavam repetindo a 1ª série. A pré-escola, então, serviria
estimulação cognitiva, para compensar as deficiências das
para suprir tal carência e fornecer os requisitos básicos para
crianças.
garantia do sucesso.
A pré-escola era encarada, por esses educadores,
O uso de creches e de programas pré-escolares como
como uma forma de superar a miséria, a pobreza, a negligência
estratégia para combater a pobreza e resolver problemas
das famílias. Tais ideias repercutiram, fortemente, no Brasil e na
ligados à sobrevivência das crianças foi, durante muitos anos,
educação infantil, aqui desenvolvida.
justificativa para a existência de atendimentos de baixo custo,
Em 1899 foi criado o Instituto de Proteção e
com aplicações orçamentárias insuficientes, escassez de
Assistência a Infância do Brasil com o objetivo de servir como
recursos materiais, precariedade de instalações, formação
abrigo para menores de oito anos e suprir as necessidade de
insuficiente de profissionais e alta proporção de crianças por
crianças pobres e /ou com necessidades de cuidados. O
adulto.
instituto, também, se destinava a formular leis para a proteção
Constituir-se em um equipamento só para pobres, no
aos recém-nascidos, fundar creches, maternidade e jardins de
caso das instituições de educação infantil, financiadas ou
infância.
mantidas pelo poder público, significou em muitas situações
A fundação do instituto foi contemporânea a certa
atuar de forma compensatória para sanar as supostas faltas e
movimentação em torno da criação de creches, jardins de
carências das crianças e de suas famílias. A tônica do trabalho
infância, maternidades e da realização de encontros e
institucional foi pautada por uma visão que estigmatizava a
publicações. Em 1908, teve inicio a primeira creche popular
população de baixa renda.
“cientificamente dirigida” a filhos de operários até dois anos e,
A educação pública era fragmentada e ligada a mais
em 1909, foi inaugurado o Jardim de Infância Campos Salles,
de um órgão. As creches eram ligadas à área da saúde e a pré-
no Rio de Janeiro.
escola a órgãos da educação. Sendo assim, a maioria das
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creches e pré-escolas públicas tinham, ainda, função As concepções de Educação Infantil, presentes na
assistencialista. Enquanto isso, as instituições particulares história, estão classificadas da seguinte forma: assistencialismo,
caminhavam em outra direção: voltavam-se para o desenvolvimento natural, compensatória, preparatória, global do
desenvolvimento cognitivo, emocional e social das crianças desenvolvimento e pedagógica.
atendidas.
Nos anos 80, aconteceram muitos debates que Assistencialismo: era uma forma de assistência às camadas
questionavam vários aspectos da educação pré-escolar, dentre empobrecidas, promovia a guarda das crianças e proporcionava
os quais: a manutenção do assistencialismo, a insuficiência de cuidados físicos. Não havia conhecimento sobre as maneiras de
docentes qualificados, a escassez de recursos, a falta de ações desenvolvimento da aprendizagem da criança.
concretas para sua viabilização dos processos educativos, a
fragmentação dos programas educacionais e de saúde e a Desenvolvimento natural: Escola Nova: faz crítica às formas
ausência de uma política integrada para a área. tradicionais de educação e dá ênfase à evolução natural da
As mudanças só vieram com a Constituição de1988. A criança. O interesse infantil devia ser estimulado especialmente
educação pré-escolar passou a se vista como um direito da por atividades com jogos e brinquedos. A criança devia
criança e dever do Estado. aprender a fazer, fazendo, por meio da experiência.
A concepção pedagógica adotada, a partir de então,
trata a criança como ser histórico e social, pertencente a um Compensatória: busca de “reparar um dano” suprindo
grupo cultural e entende que os processos educativos devem possíveis falhas familiares. Visava a compensar as deficiências
complementar a ação da família. causadas pela miséria, pobreza e negligência familiar,
consideradas como as causas do fracasso escolar.

COMENTÁRIOS GERAIS Preparatória: a função primordial era preparar as crianças para


O atendimento às crianças pequenas era entendido obtenção de sucesso nas primeiras séries do ensino
como um favor oferecido para poucos, selecionados por critérios fundamental, a fim de evitar evasão e repetência.
excludentes. A concepção educacional era marcada por
características assistencialistas, sem considerar as questões de Concepção global: O objetivo é o desenvolvimento global e
cidadania ligadas aos ideais de liberdade e igualdade, conforme harmônico da criança em si, incluindo todos os aspectos do ser
afirmação do Referencial Curricular de Educação Infantil. humano, independente de sua historia e das condições sociais.

O atendimento institucional à criança pequena, no Concepção pedagógica: proposta permeada por uma
Brasil (...), apresenta ao longo de sua história concepções concepção de criança que valoriza o sujeito histórico e o seu
bastante divergentes sobre sua finalidade social. Grande parte processo de formação humana com vistas a desenvolvê-lo, de
dessas instituições nasceu com o objetivo de atender forma integral em seus aspectos físicos, psicológicos e
exclusivamente às crianças de baixa renda. O uso de creches e intelectuais.
de programas pré-escolares como estratégia para combater a Esse é o processo usado na atualidade, recomendado
pobreza e resolver problemas ligados à sobrevivência das pela LDB 9394/96.
crianças foi, durante muitos anos, justificativa para a existência
de atendimentos de baixo custo, (...). Constituir-se em um A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN)
equipamento só para pobres, principalmente no caso das e a educação Infantil
instituições de educação infantil, (...), significou em muitas A LDBEN que passou a vigorar a partir de dezembro
situações atuar de forma compensatória para sanar as supostas de 1996 apresenta a educação infantil em creches e pré-
faltas e carências das crianças e de suas famílias. escolas, sob uma nova ótica: essa fase passa a integrar a
A tônica do trabalho (...) foi pautado por uma visão que educação nacional e faz parte da educação básica brasileira,
estigmatizava a população de baixa renda. Nessa perspectiva, o sendo definida como a primeira etapa do período de
atendimento era entendido como um favor oferecido para escolarização de um indivíduo. O processo educativo, agora,
poucos, selecionados por critérios excludentes. A concepção deve desenvolver não só o cognitivo, mas também os aspectos
educacional era marcada por características assistencialistas, físicos, emocionais e sociais.
sem considerar as questões de cidadania ligadas aos ideais de
liberdade e igualdade. (RCEI, volume1, página 18, MEC, 1998) Art. 29. A educação infantil, primeira etapa da
A superação dessa ideia de educação assistencialista educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento
significou rever conceitos que se estendiam além dos aspectos integral da criança de até 5 (cinco) anos, em seus aspectos
legais. Foi preciso, principalmente, assumir as especificidades físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação
da educação infantil e rever as concepções sobre infância, as da família e da comunidade –
relações entre classes sociais, as responsabilidades da
sociedade e o papel do Estado diante das crianças pequenas. LDBEN CAPÍTULO II- Seção II- Da Educação Infantil
O assistencialismo perdurou por quase um século e só
perdeu força quando a Constituição de 1988 tornou o segmento A lei de educação define, também, a faixa etária das crianças,
um dever do Estado e fortaleceu seu caráter educativo. bem como os locais de atendimento a essa etapa educativa.
(Texto adaptado do RCEI 1).
Art. 30. A educação infantil será oferecida em:
A educação infantil na atualidade I - creches, ou entidades equivalentes, para crianças de até três
Somente com a Constituição Federal de 1988, a anos de idade;
educação passou a ser vista como direito de todos e dever do II - pré-escolas, para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos
Estado e, não mais uma opção da família, devido ao caráter de de idade
matrícula obrigatória. A criança, nessa perspectiva, é vista com A educação infantil (...) oferecida em creches e pré-escolas,
um ser histórico, indivíduo portador de direitos civis. (...)que constituem estabelecimentos educacionais públicos ou
privados que educam e cuidam de crianças de 0 a 5 anos de
idade . (Diretrizes curriculares da educação infantil, Brasília, 200
CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO INFANTIL página 12)
O conceito de infância e as concepções de educação A educação pré-escolar, na atualidade, é
infantil foram sendo, historicamente construídos. Na Idade fundamentada por uma concepção pedagógica, que segundo as
Média as crianças eram vistas como um adulto em miniatura, e diretrizes curriculares infantis, compartilha e completa a ação da
após as mudanças na sociedade, no final do século XVII e início família com a educação e cuidado, deixando para trás o caráter
do século XVIII, o conceito de infância se modifica e se começa assistencialista e compensatório.
a valorizar a criança de forma integral.
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1-CONSULPLAN- Para propor parâmetros de qualidade para a ( ) A Educação Infantil tem como finalidade o atendimento da
Educação Infantil é imprescindível levar em conta que as criança até os quatro (4) anos de idade.
crianças desde que nascem são: ( ) A Educação Infantil será oferecida exclusivamente em
A) Cidadãs de direitos. creches autorizadas pelas autoridades municipais.
B) Seres competentes, produtores de cultura. ( ) Na educação infantil, a avaliação dos alunos far-se-á
C) Indivíduos singulares. mediante acompanhamento e registro do seu desenvolvimento,
D) Seres sociais e históricos sem o objetivo de promoção.
E) Todas as alternativas anteriores estão corretas. ( ) A educação infantil tem como finalidade o desenvolvimento
integral da criança em seus aspectos físico, psicológico,
2- Sobre o educar e o cuidar na educação infantil, avalie as intelectual e social, suprindo a ação da família.
afirmações abaixo:
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima
I- Educar significa propiciar situações de cuidado, brincadeiras e para baixo, é:
aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam (A) V – V – F – F. (B) F – V – V – F.
contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de (C) V – F – F – V. (D) F – F – V – F.
relação interpessoal, de ser e estar com os outros em uma 6. A concepção de educação proposta no RCNEI – Referencial
atitude básica de aceitação, respeito e confiança, e o acesso, Curricular Nacional para a Educação Infantil, considera que:
pelas crianças, aos conhecimentos mais amplos da realidade (A) as instituições de educação infantil devem incorporar de
social e cultural. maneira integrada as funções de educar e cuidar.
(B) é preciso diferenciar os profissionais e instituições que
II- A educação pode auxiliar o desenvolvimento das atuam com as crianças pequenas e/ou aqueles que trabalham
capacidades de apropriação e conhecimentos das com as maiores, considerando a natureza diferenciada do
potencialidades corporais, afetivas, emocionais, estéticas e trabalho de cada um deles.
éticas, na perspectiva de contribuir para a formação de crianças (C) as funções para a educação infantil devem estar
felizes, saudáveis e formalmente moldadas. associadas prioritariamente a padrões de quantidade,
atendendo desta forma todas as crianças desta faixa etária.
III- Contemplar o cuidado na esfera da instituição infantil (D) apesar de oferecer às crianças brincadeiras, a
significa compreendê-lo como parte integrante da educação, aprendizagem ocorre somente naquelas advindas de situações
embora possa exigir conhecimentos habilidades e instrumentos pedagógicas intencionais ou aprendizagens orientadas pelos
que extrapolam dimensão pedagógica. Ou seja, o cuidar de adultos.
uma criança em um contexto educativo demanda a integração (E) as atitudes e procedimentos de cuidado não são
de vários campos de conhecimentos e a cooperação de influenciadas por crenças e valores em torno da saúde, da
profissionais de diferentes áreas. educação e do desenvolvimento infantil, mas pelas
necessidades apresentadas a todo e qualquer ser humano em
Está correto o que se afirma em: fase de desenvolvimento
a) I e II b) I e III c) II e III d) II e) III
7. Nos últimos anos, graças ao estudo pioneiro de Philippe Ariès
(1981), passou-se a questionar a infância como um fenômeno
3-De acordo com o art. 208 da Constituinte/88 no inciso IV, natural e universal e para compreendê-la como uma realidade
"atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a social construída e reconstruída historicamente, se faz
cinco anos de idade", além da extensão do Direito à Educação a necessário entender que:
essa faixa etária, abre-se a possibilidade de considerá-la como (A) o infante é aquele que não tem voz;
fazendo parte da educação "básica". (B) a criança, dependendo do ambiente em que vive, é dotada
Com isto, a Educação Infantil foi incorporada ao sistema de saberes e experiências;
regular de ensino, exigindo, portanto, sua regulamentação e (C) a criança é um ser em desenvolvimento, dotado de
normatização na legislação educacional complementar, o que competências, saberes e direitos, situada em um contexto
não ocorria na vigência da Constituição anterior, pois este nível histórico e social;
de ensino era "livre". Pode-se ressaltar outra consequência (D) a criança é um ser ingênuo, inquieto e pouco inventivo, mas
significativa desta mudança, a concepção de creches e pré- com capacidade aprender num contexto social maior;
escolas que passaram atualmente a ser considerada como: (E) a criança quando faz parte de um ambiente rico, é
(A) instituição socializadora. considerada ser histórico.
(B) instituição de assistência social.
(C) instituição de educação compensatória. 8 -Prof.EI-EF-2011) - Analisando a Educação Infantil como um
(D) instituição educativa campo privilegiado de socialização, de troca, de ampliação de
experiências e conhecimentos, de acesso a diferentes
4-. (SC-Prof.EI-EF-2011) - A institucionalização da infância foi produções culturais, é correto dizer que ela contribui para
legitimada pela Constituição de 1988 e pela LDB (Lei de atenuar as desigualdades sociais.
Diretrizes e Bases) de 1996, tornando-se uma política pública e Nessa ótica não corresponde como papel do educador(a):
seu reconhecimento como primeira etapa do processo (A) Observar atentamente as crianças no seu processo de
educacional. Assim, a institucionalização da infância considera: socialização focalizando os principais aspectos do
(A) Que essa etapa da educação se configura como um direito desenvolvimento infantil de modo a redimensionar sua prática
fundamental da criança, resultando na criação de políticas pedagógica.
públicas para a infância. (B) Proporcionar às crianças a construção de experiências com
(B) O surgimento de distintas modalidades de atendimento e a arte e literatura, entre outras linguagens, capazes de humanizar
necessidade de unificá-los. seu trabalho e fazer compreender o sentido da vida para além
(C) O aparecimento de programas assistencialistas que não da didática e do cotidiano.
foram capazes de gerar parâmetros desiguais na infância. (C) Favorecer a construção de um ambiente que possibilite o
(D) A demasiada formação de profissionais formados para o crescimento individual e competitivo para que a criança perceba
atendimento na educação infantil. o verdadeiro mundo que a cerca.
(E) Nenhuma das alternativas (D) Participar de estudos para a sua formação em serviço,
juntamente com profissionais da sua unidade de trabalho, com
5-RS-Coord. Ped.- 2011) - Marque V para Verdadeiro ou F para atenção especial para a dimensão cultural da vida das crianças.
Falso, sobre as disposições para a Educação Infantil (E) Oportunizar a construção de um ambiente que promova a
estabelecidas na LDBEN. relação das crianças entre si e com o meio natural e
sociocultural.
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D) A Educação Infantil é considerada uma etapa preparatória


9-O atendimento à infância no contexto de Instituições de para o ingresso da criança no Ensino Fundamental.
Educação Infantil passou por diversas fases do pensamento E) Cabe à instituição de educação infantil cuidar das crianças,
social brasileiro. Diante disso, é correto afirmar que a tendência dando-lhes uma assistência constante prescindindo do educar.
atual de atendimento à criança é:
(A) Assistência e Educação. 13-CONSULPLAN Quais fatos podem ser identificados na
(B) Cuidar e Educar. desvalorização do cuidar, em se tratando de educação infantil?
(c) Filantropia, Cuidado e Caridade. I. O preconceito de que o cuidar é obrigação dos explorados.
(D). Filantropia e Assistência. II. A falta de prestígio social e desvalorização salarial do
(E) Cuidado e Filantropia. profissional que cuida.
III. O cuidar relacionado à figura feminina numa concepção de
10) A história da educação infantil é marcada por aspectos maternidade.
sociais, demográficos, políticos e econômicos que possibilitaram IV. O cuidar em sentido semelhante ao instruir.
a emergência e a manutenção de instituições destinadas às V. O cuidar vinculado à saúde e à alimentação escolar.
crianças pequenas na Europa e, posteriormente, no Brasil.
Leia as afirmativas abaixo sobre as instituições Analisando-se os itens acima, responde(m) à questão do
destinadas às crianças pequenas no final do século XIX e início enunciado:
do século XX no Brasil. (A) I. (B) II e III. (C) I, II, e III.
(D) II, III , IV. (E) IV e V.
I - Muitas eram atreladas ao sistema fabril e, quando vinculadas
ao poder público, estavam, invariavelmente, a cargo da
Educação. 14-Consulplan / 2012 - O Referencial Curricular Nacional para a
II- As que se destinavam a crianças pobres elaboravam Educação Infantil considera a criança como um(a):
propostas pedagógicas que contemplavam o desenvolvimento A) Sujeito social e histórico.
cognitivo, afetivo e motor. B) Noção historicamente pronta.
III- O pensamento médico-higienista e a preocupação com a C) Ser que se apresenta aos outros de forma homogênea.
diminuição da mortalidade infantil foram marcantes em muitas D) Ser que não se deixa marcar pelo meio social.
instituições. E) Ser que tem relações contraditórias com outras crianças e
IV- Muitas creches e pré-escolas objetivavam educar não compreende o mundo no qual vive.
moralmente as crianças pobres e compensar suas deficiências
ou carências. 15 CONSULPLAN As Diretrizes da Política Nacional de
Dessas afirmativas, estão corretas apenas: Educação Infantil estabelecem, EXCETO:
A) II e III B) I e IV C) III e IV D) I e II A) A Educação Infantil se pauta pela indissociabilidade entre o
cuidado e a educação.
11-. Nas discussões do final do século XX sobre a Educação B) A educação e o cuidado das crianças de zero a cinco anos
Infantil, destaca-se a questão da qualidade. são de responsabilidade do setor educacional.
No Brasil, assumiu-se uma concepção crítica de “qualidade C) A qualidade na Educação Infantil deve ser assegurada por
social”, considerando-se que qualidade é um conceito meio do estabelecimento de parâmetros de qualidade.
socialmente construído, relativo a cada contexto e em constante D) As políticas voltadas para a Educação Infantil devem
transformação. contribuir em âmbito municipal, considerando a criança em sua
Com base nesses princípios, em 2006, o MEC parcialidade.
produziu o documento “Parâmetros de qualidade para a E) É dever do Estado, direito da criança, o atendimento gratuito
Educação Infantil”. Abaixo estão alguns dos indicadores de em instituições de Educação Infantil às crianças de zero a cinco
qualidade definidos nesse documento: anos.

I propostas pedagógicas elaboradas por especialistas em 16-Consulplan / 2012. Segundo a LDBEN, Lei nº. 9394/96, a
documento atualizado para ser seguido pelos profissionais da Educação Infantil será oferecida em:
instituição. A) Escolas particulares.
II professores responsáveis, que asseguram a bebês e crianças B) Escolas confessionais.
serem atendidos em suas necessidades de saúde, afeto, C) Escolas públicas federais.
experimentações e ajuda. D) Escolas de tempo integral.
III espaços adequados para as crianças poderem interagir, E) Creches ou entidades equivalentes e pré-escolas
experimentar ações, estudar, movimentar-se e descansar, com
conforto, aconchego e segurança. 17-CONSULPLAN O artigo 5º da LDB estabelece que o acesso
IV relações de hierarquia e assimetria entre gestores, ao ensino fundamental é um direito de toda a população,
professores e pessoal de apoio, para que cada um cumpra, podendo qualquer cidadão acionar o poder público para exigi-lo.
isoladamente, suas responsabilidades. É um dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula dos
menores no ensino fundamental a partir dos:
Considerando-se o documento, “Parâmetros de qualidade para A) três anos de idade
a Educação Infantil”, estão corretas apenas: B) quatro anos de idade
A) II e III B) I e IV C) I e II D) III e IV C) cinco anos de idade
D) seis anos de idade
12-CONSULPLAN “A educação infantil percorre caminhos que E) sete anos de idade
precisam ser conhecidos, para que ela se viabilize com a
responsabilidade com que deve ser conduzida.” Partindo da 18 (Intelectus- - EI- 2011) - Na Infância as crianças descobrem o
citação anterior pode-se afirmar que: mundo a sua volta, explorando os seus sentidos para captar
A) A Educação Infantil precisa ter um público selecionado para todos os momentos novos.
que se possa cumprir sua verdadeira função. É nesse sentido que cabe expor, primeiramente, o que é a
B) Por ser a primeira etapa da educação básica, a educação Educação Infantil, pois o foco nessa modalidade educacional
infantil deverá ser acessível a todas as crianças tendo solidez vem crescendo e ainda parece que há dúvidas quando se
científica e consistência pedagógica. conversa com algumas pessoas a respeito.
C) Todas as crianças são obrigadas a estar numa instituição de Como aborda a LDB/96, art. 29 A educação infantil, primeira
educação infantil, pois esta é a primeira etapa da educação etapa da educação básica, tem como finalidade:
básica.
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(A) O desenvolvimento integral da criança até cinco anos de 5- KRAMER, Sonia. Infância, cultura contemporânea e
idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, educação contra a barbárie. Anais do Seminário Internacional
complementando a ação da família e da comunidade da OMEP. Infância e educação infantil: reflexões para o início
(B) O desenvolvimento integral da criança até quatro anos de do século. Rio de Janeiro: Ravil, jul. 2000.
idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social,
complementando a ação da família e da comunidade 6-KUHLMANN JR., Moisés. Infância e educação infantil: uma
(C) O desenvolvimento integral da criança até seis anos de abordagem histórica. Porto Alegre: Mediação, 1998.
idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, ______. O jardim de infância e a educação das crianças
exceto a ação da família e da comunidade pobres: final do século XIX, início do século XX. In:
(D) O desenvolvimento da criança até 5 anos de idade, em seu MONARCHA, Carlos, (Org.). Educação da infância brasileira:
aspecto intelectual e social, complementando a ação da família 1875- 1983. Campinas, SP: Autores Associados, 2001. p. 3-30
e da comunidade. (Coleção educação contemporânea).

19(ESAG- -Prof.EI-2004) - Estudiosos da Educação Infantil no 7- LDBEN, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional,
Brasil, de modo geral, têm se posicionado contrários às 1996, Brasil
propostas assistencialistas, espontaneístas e compensatórias
que menosprezam as capacidades infantis; sendo assim: 8-MARCÍLIO, Maria Luiza. A roda dos expostos e a criança
(A) Ao planejar a educação infantil, é preciso levar em conta que abandonada na História do Brasil. In: FREITAS, Marcos Cezar
a criança de zero a cinco anos só tem capacidade para brincar e (Org.). História social da infância no Brasil. São Paulo: Cortez,
ainda não atingiu o estágio de desenvolvimento necessário à 1997.
aprendizagem.
(B) A educação infantil deve considerar que as crianças
aprendem sozinhas e que não há nenhuma influência do outro 9-Referencial curricular nacional para a educação infantil /
na apropriação de conhecimentos. Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação
C) A Educação Infantil deve atender as necessidades básicas Fundamental. — Brasília: MEC/SEF, 1998.
da criança como: alimentação, cuidados com a saúde e higiene
pessoal, como totalidade da infância
D) O educador infantil deve organizar um plano de trabalho
coletivo, onde as crianças possam, na troca com outras CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO INFANTIL
crianças, nas brincadeiras e jogos e com a mediação do
professor, apropriar-se dos conceitos que são específicos da
Educação Infantil.

20-Consulplan/2012 A avaliação na Educação Infantil


acontecerá através:
A) De provas simples, de acordo com o desenvolvimento da
criança.
B) De testes orais individuais.
C) De trabalhos em grupos de 3 ou 4 crianças.
D) Do acompanhamento e registro do desenvolvimento da
criança, sem o objetivo de promoção.
E) De trabalhos escritos em grupo.

21-Consulplan / 2012 Segundo o Referencial Curricular da


Educação Infantil, é tarefa da escola:
A) Cuidar das crianças.
B) Cuidar, brincar e educar as crianças
C) Educar as crianças enquanto estão na escola.
D) Brincar com as crianças.
E) Assistir às crianças no período escolar.

Gabarito 1E 2A 3D 4A 5D 6A 7C 8C 9B 10 C
11A 12B 13C 14 A 15 D 16 E 17 D 18 A 19 D 20
D 21B

Bibliografia:

1-ARIÈS, Philippe. História social da criança e da família. 2 ed.


Rio de Janeiro: LTC, 2006.

2-BUJES, Maria Isabel E. Escola infantil: pra que te quero?. In:


CRAIDY, Carmem; KAERCHER, Gládis E.(Org). Educação
Infantil: pra que te quero? Porto Alegre: Artmed Editora, 2001.
p.13-23

3-Constituição Federal Brasileira , 1988

4-DIDONET, Vital. Creche: a que veio, para onde vai. In:


Educação Infantil: a creche, um bom começo. Em
Aberto/Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais.
v 18, n. 73. Brasília, 2001.
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A AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO INFANTIL (BNCC, 2017)

A BNCC (2017) aponta para “necessidade de imprimir


intencionalidade educativa às práticas pedagógicas na
Educação Infantil, tanto na creche quanto na pré-escola. Essa
intencionalidade consiste na organização e proposição, pelo
educador, de experiências que permitam às crianças conhecer a
si e ao outro e de conhecer e compreender as relações com a
natureza, com a cultura e com a produção científica, que se
traduzem nas práticas de cuidados pessoais (alimentar-se,
vestir-se, higienizar-se), nas brincadeiras, nas experimentações
com materiais variados, na aproximação com a literatura e no
encontro com as pessoas”.
Conforme a nova base curricular “é preciso acompanhar
tanto as práticas quanto as aprendizagens das crianças,
realizando a observação da trajetória de cada criança e de todo
o grupo – suas conquistas, avanços, possibilidades e
aprendizagens. Por meio de diversos registros, feitos em
diferentes momentos tanto pelos professores quanto pelas
crianças (como relatórios, portfólios, fotografias, desenhos e
textos), é possível evidenciar a progressão ocorrida durante o
período observado, sem intenção de seleção, promoção ou
classificação de crianças em “aptas” e “não aptas”, “prontas” ou
“não prontas”, “maduras” ou “imaturas”. Trata-se de reunir
elementos para reorganizar tempos, espaços e situações que
garantam os direitos de aprendizagem de todas as crianças”.

As diretrizes Curriculares Nacionais De Educação Infantil


( 2010)determinam realização de observação crítica e criativa
das atividades, das brincadeiras e interações das crianças no
cotidiano; 9 Utilização de múltiplos registros realizados por
adultos e crianças (relatórios, fotografias, desenhos, álbuns
etc.);

INTERAÇÕES E APRENDIZAGEM

BNCC (2017)- as interações e a brincadeira são os eixos


estruturantes das práticas pedagógicas da Educação Infantil.
Conforme o documento nessas experiências “as crianças
podem construir e apropriar-se de conhecimentos por meio de
suas ações e interações com seus pares e com os adultos, o
que possibilita aprendizagens, desenvolvimento e socialização.
A interação durante o brincar caracteriza o cotidiano da infância,
trazendo consigo muitas aprendizagens e potenciais para o
desenvolvimento integral das crianças. Ao observar as
interações e a brincadeira entre as crianças e delas com os
adultos, é possível identificar, por exemplo, a expressão dos
afetos, a mediação das frustrações,

O BRINCAR

 É uma uma forma de expressão natural da criança


 Faz contato com o plano da imaginação e a realidade
 Proporciona releitura de mundo
 Reflete a cultura
 Desenvolve a criança em todas as dimensões
 Desenvolve a linguagem simbólica
 Possibilidade de brincadeiras livres e orientadas
 O professor pode atuar como mediador
 A criança pode brincar com crianças de sua idade,
crianças mais velhas e com adultos.
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ORGANIZAÇÃO DO TEMPO E ESPAÇO NA EDUCAÇÃO construção de metas e a conquista de desafios, e dessa forma o
INFANTIL sujeito vai construindo e lapidando a sua história. ( Freire 1988)
A rotina é compreendida como uma categoria
pedagógica da Educação Infantil que opera como uma estrutura Assim como o tempo, o espaço também deve ser
básica organizadora da vida cotidiana diária em certo tipo de
organizado levando-se em conta o objetivo da Educação Infantil
espaço social, creches ou pré-escola. Devem fazer parte da
rotina todas as atividades recorrentes ou reiterativas na vida de promover o desenvolvimento integral das crianças.
cotidiana coletiva, mas nem por isso precisam ser repetitivas. O olhar de um educador atento deve ser sensível a
(Barbosa, 2006) todos os elementos que estão postos em uma sala de aula. O
modo como se organiza materiais e móveis, e a forma como
A organização das atividades no tempo, nas escolas de crianças e adultos ocupam esse espaço e como interagem com
Educação Infantil, são necessários momentos diferenciados, ele são reveladores de uma concepção pedagógica. (Maria da
organizados de acordo com as necessidades biológicas, Graça Souza Horn, 2004)
psicológicas, sociais e históricas das crianças (menores ou
maiores). Nesse sentido, a organização do tempo nas creches e “...o que sempre chamou minha atenção foi a
pobreza frequentemente encontrada nas salas
pré-escolas deve considerar as necessidades relacionadas ao de aula, nos materiais, nas cores, nos aromas;
repouso, alimentação, higiene de cada criança, levando-se em enfim, em tudo que pode povoar o espaço onde
conta sua faixa etária, suas características pessoais, sua cultura cotidianamente as crianças estão e como pode-
e estilo de vida que traz de casa para a escola (BARBOSA; riam desenvolver-se nele e por meio dele se
fosse mais bem organizado e mais rico em
HORN, 2001)
desafios”. (HORN, 2004, p. 15).
A organização do tempo deve prever
Apesar do caráter repetitivo, a rotina não deve ser vista
possibilidades diversas e muitas vezes
como mecanicista, mas sim como um elemento pedagógico
simultâneas de atividades, como atividades mais
facilitador das aprendizagens, que dessa forma não deve ter
ou menos movimentadas, individuais ou em
caráter entediante e monótono.
grupos, com maior ou menor grau de
concentração; de repouso, alimentação e
Exemplos de ações da rotina: hora da roda, do almoço, do
higiene; atividades referentes aos diferentes
eixos de trabalho. Considerada como um lanche, das brincadeiras, da higiene, hora do repouso, da
instrumento de dinamização da aprendizagem, contação de histórias, do parquinho, entre outras.
facilitador das percepções infantis sobre o
tempo e o espaço, uma rotina clara e
compreensível para as crianças é fator de
segurança. A rotina pode orientar as ações das
crianças, assim como dos professores,
possibilitando a antecipação das situações que
irão acontecer. (RCNEIs, 1998, INTRODUÇÃO,
p. 73)

A rotina pode facilitar o processo educativo da Educação


Infantil em termos de promover organização da instituição
escolar, oferecer segurança e tranquilidade para as crianças e
ordenar o trabalho do professor e demais funcionários. Assim, é
preciso estabelecimento de horários para as ações de cuidados
e de realização de atividades didáticas. Desse modo, os
objetivos gerais da rotina da Educação Infantil se ligam tanto ao
desenvolvimento físico, cognitivo e afetivo das crianças, quanto
ao conforto no acolhimento da clientela.

A rotina deve ser vista como uma ferramenta pedagógica


facilitadora do trabalho docente, mas, sobretudo, como um
instrumento de garantia de atendimento de qualidade para as
crianças. A adoção de planejamento das atividades diárias, em
caráter rotineiro, traz tranquilidade e estabilidade para a criança
que adquire noções temporais, ao desenvolver a percepção de
sequenciação. O desenvolvimento dessa noção reflete
tranquilidade no ambiente, já que os pequenos são,
naturalmente, curiosos e se tornam menos ansiosos, ao saber
que uma tarefa será realizada depois de outra e assim, por
diante.
A rotina é estruturante, fundamental na organização da
vida do ser humano. É fonte de segurança, previsão dos passos
seguintes. Ela envolve ritmo, compromisso, disciplina,
responsabilidade. O fato de se repetir determinada ação no
decorrer do dia, não significa que tenha que ser
necessariamente da mesma maneira, como define o dicionário.
Cada ação pode ser aprimorada, melhor conduzida. Praticar o
exercício disciplinado que envolve a rotina, possibilita a

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