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AULA DE REVISÃO

EXCLUSIVA DO QLR

Joana Gabriela da Costa Farias - joanajg121@gmail.com - CPF: 099.021.304-88


Poder Judiciário

Pasme, Excelência

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Garantias e Prerrogativas
São Garantias Institucionais:

Autonomia Orgânico-Administrativa (Art. 96, CF\88);


Autonomia Financeira (Art. 99) ;
Independência dos Órgãos Judiciários (Art. 95, I ao III, CF\88).

É Garantia Funcional:

Imparcialidade dos Órgãos Judiciários (Art. 95, PU, I ao V).

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Garantias e Prerrogativas
Para que essa imparcialidade possa ser assegurada de forma
mais eficaz, a Constituição concede aos magistrados algumas
prerrogativas, tais quais: Vitaliciedade, Inamovibilidade e
Irredutibilidade de Subsídios.

A Vitaliciedade é a garantia de que o membro do poder


judiciário vai continuar em no cargo sem ser removido por
qualquer decisão administrativa ou judicial (apenas nos casos
previstos e de forma justificada). Na 1º instância é adquirida
após 2 anos no cargo. (Art. 95, I). Se o magistrado for do Quinto
Constitucional, a Vitaliciedade é imediata.

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Garantias e Prerrogativas
Dentro do prazo de 2 anos o membro pode perder o cargo
por deliberação do tribunal a que estiver vinculado se atuando
de forma incompatível com o que se exige constitucional e
legalmente de um juiz.

Após esses dois anos, somente se perde por sentença judicial


que tenha transitado em julgado.

Vale lembrar que a vitaliciedade é diferente da estabilidade


(garantia dos servidores públicos), de modo que para que essa
seja adquirida é mister ter 3 anos de efetivo exercício,
diferente da vitaliciedade em que são apenas 2.
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Garantias e Prerrogativas
Enquanto que a estabilidade pode ser retirada por 3 motivos
(Processo Administrativo Disciplinar; Avaliação Periódica de
Desempenho; Sentença Transitada em Julgado), a
vitaliciedade SOMENTE em caso de sentença transitada em
julgada.

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Vedações
Para que a imparcialidade seja respeitada, a Constituição
elenca uma série de situações que são vedadas aos
magistrados (Art. 95, parágrafo único).

I - Exercer outro cargo ou função, salvo uma de magistério;

Mesmo que tenha disponibilidade.

II - Receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou


participação em processo;

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Vedações
III - Dedicar-se à atividade político-partidária.

IV - Receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou


contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou
privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei;

V - Exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou,


antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por
aposentadoria ou exoneração.

É o famoso processo da Quarentena.

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Ordem Social

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Introdução
A ordem social, prevista na constituição, tem como objetivo o
bem estar dos seus cidadãos e a justiça social. Para que isso
ocorra, o Estado realizará planejamento das políticas sociais,
assegurada, na forma da lei, a participação da sociedade nos
processos de formulação, de monitoramento, de controle e de
avaliação dessas políticas.

Portanto, a ordem social é um trabalho conjunto entre o


Estado e seus cidadãos, a fim de que vivamos com dignidade
e harmonia.

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Direito à Saúde
A Constituição permite que a iniciativa privada participe da
saúde de maneira complementar.

Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.

§ 1º As instituições privadas poderão participar de forma


complementar do sistema único de saúde, segundo diretrizes
deste, mediante contrato de direito público ou convênio,
tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem fins
lucrativos.

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Direito à Saúde
§ 2º É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios
ou subvenções às instituições privadas com fins lucrativos.

Como regra é vedado que empresas ou capitais estrangeiros


participem (direta ou indiretamente) na assistência à saúde
no País.

§ 3º É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou


capitais estrangeiros na assistência à saúde no País, salvo nos
casos previstos em lei

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Direito à Educação
Art. 208, § 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é
direito público subjetivo.

Ensino Superior - Art. 207. As universidades gozam de


autonomia didático-científica, administrativa e de gestão
financeira e patrimonial, e obedecerão ao princípio de
indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão.

Inclusive é facultado às universidades admitir professores,


técnicos e cientistas estrangeiros, conforme previsão legal.

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Direito à Educação
Indígenas - Art. 210, § 2º O ensino fundamental regular será
ministrado em língua portuguesa, assegurada às comunidades
indígenas também a utilização de suas línguas maternas e
processos próprios de aprendizagem.

Ensino Religioso - Art. 213. Os recursos públicos serão destinados


às escolas públicas, podendo ser dirigidos a escolas comunitárias,
confessionais ou filantrópicas, definidas em lei, que:
I – comprovem finalidade não lucrativa e apliquem seus excedentes
financeiros em educação;
II –assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola
comunitária, filantrópica ou confessional, ou ao Poder Público, no
caso de encerramento de suas atividades.
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Compete a Lei Federal
I - regular as diversões e espetáculos públicos, cabendo ao
Poder Público informar sobre a natureza deles, as faixas
etárias a que não se recomendem, locais e horários em que
sua apresentação se mostre inadequada;

II - estabelecer os meios legais que garantam à pessoa e à


família a possibilidade de se defenderem de programas ou
programações de rádio e televisão que contrariem o disposto
no art. 221, bem como da propaganda de produtos, práticas e
serviços que possam ser nocivos à saúde e ao meio ambiente.

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Meio Ambiente - Art. 225
§ 2º Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a
recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com solução
técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da lei.

§ 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio


ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a
sanções penais e administrativas, independentemente da
obrigação de reparar os danos causados.

§ 6º As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua


localização definida em lei federal, sem o que não poderão ser
instaladas.
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CONTROLE DE
CONSTITUCIONALIDADE

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Controle de constitucionalidade
O controle de constitucionalidade é a verificação da compatibilidade
entre uma lei ou qualquer ato normativo infraconstitucional e a
Constituição.

→ Se uma lei diz que “pode”, mas a Constituição, em seu artigo x diz “não
pode”, sempre prevalece o que está previsto no texto constitucional.

MUITO IMPORTANTE: Também podemos ter o controle de


constitucionalidade sobre emendas à Constituição.

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Controle de constitucionalidade
Quais normas podem ser protegidas pelo controle de
constitucionalidade?

❌ Preâmbulo (não tem força normativa)


✅ Todo o texto da Constituição
✅ ADCT
✅ Tratados aprovados segundo o art. 5º §3º da CRFB/88

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Controle de constitucionalidade
MODELO DIFUSO (AMERICANO) MODELO CONCENTRADO
- Caso Marbury vs. Madison, nos - Hans Kelsen, em 1920
EUA, em 1803 - Ganha força após o fim da 2ª
- Modelo Difuso, com análise do Guerra Mundial
caso concreto - Corte Constitucional
- Insegurança jurídica + stare - Decisão erga omnes
decisis - Caráter contramajoritário
- Decisão inter partes
- O “governo de juízes”

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1. Modelo difuso
QUAL É O OBJETIVO DA AÇÃO? Garantir algum direito; modelo difuso,
incidental, com análise do caso concreto

QUEM PODE ENTRAR COM A AÇÃO? Qualquer um

QUEM VAI JULGAR? Qualquer juiz ou Tribunal (inclusive STF)

QUAL É O ALCANCE DA DECISÃO? Decisão inter partes com efeitos


ex-nunc

→ Podemos entrar com qualquer ação para fazer controle difuso

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1. Modelo difuso
RESERVA DE PLENÁRIO: Traz segurança jurídica para o controle difuso
de constitucionalidade. Art. 97 CRFB/88.
→ Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos
membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público.
→ Nortear a jurisprudência + criar precedente para o Tribunal

SENADO FEDERAL: Quando o STF julgar uma norma inconstitucional


no controle difuso, ele deverá notificar o Senado para que este,
querendo, suspenda a execução daquela norma (passa a ter efeito erga
omnes), nos termos do art. 52, X CRFB/88

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2. Modelo concentrado
QUAL É O OBJETIVO DA AÇÃO? Analisar a constitucionalidade da
norma

QUEM PODE ENTRAR COM A AÇÃO? Só os legitimados ativos (art. 103


da CRFB/88), por meio de ADI, ADC, ADO ou ADPF apenas

QUEM VAI JULGAR? Corte Constitucional (no Brasil é o STF)

QUAL É O ALCANCE DA DECISÃO? Decisão erga omnes e vinculante

→ Vincula toda a administração pública e o Judiciário, mas não


vincula o Legislativo

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FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXX - Primeira Fase
Em março de 2017, o Supremo Tribunal Federal, em decisão definitiva de mérito
proferida no âmbito de uma Ação Declaratória de Constitucionalidade, com eficácia
contra todos (erga omnes) e efeito vinculante, declarou que a lei federal, que autoriza
o uso de determinado agrotóxico no cultivo de soja, é constitucional, desde que
respeitados os limites e os parâmetros técnicos estabelecidos pela Agência Nacional
de Vigilância Sanitária (ANVISA). Inconformados com tal decisão, os congressistas do
partido Y apresentaram um projeto de lei perante a Câmara dos Deputados visando
proibir, em todo o território nacional, o uso do referido agrotóxico e, com isso,
“derrubar” a decisão da Suprema Corte. Em outubro de 2017, o projeto de lei é
apresentado para ser votado. Diante da hipótese narrada, assinale a afirmativa
correta.

a) A superação legislativa das decisões definitivas de mérito do Supremo Tribunal


Federal, no âmbito de uma ação declaratória de constitucionalidade, deve ser feita
pela via da emenda constitucional, ou seja, como fruto da atuação do poder
constituinte derivado reformador; logo, o projeto de lei proposto deve ser impugnado
por mandado de segurança em controle prévio de constitucionalidade.

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b) Embora as decisões definitivas de mérito proferidas pelo Supremo Tribunal Federal
nas ações declaratórias de constitucionalidade não vinculem o Poder Legislativo em sua
função típica de legislar, a Constituição de 1988 veda a rediscussão de temática já
analisada pela Suprema Corte na mesma sessão legislativa, de modo que o projeto de
lei apresenta vício formal de inconstitucionalidade.

c) Como as decisões definitivas de mérito proferidas pelo Supremo Tribunal Federal em


sede de controle concentrado de constitucionalidade gozam de eficácia contra todos e
efeito vinculante, não poderia ser apresentado projeto de lei que contrariasse questão já
pacificada pela Suprema Corte, cabendo sua impugnação pela via da reclamação
constitucional.

d) O Poder Legislativo, em sua função típica de legislar, não fica vinculado às decisões
definitivas de mérito proferidas pelo Supremo Tribunal Federal no controle de
constitucionalidade, de modo que o projeto de lei apresentado em data posterior ao
julgamento poderá ser regularmente votado e, se aprovado, implicará a superação ou
reação legislativa da jurisprudência.

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d) O Poder Legislativo, em sua função típica de legislar, não fica vinculado às
decisões definitivas de mérito proferidas pelo Supremo Tribunal Federal no
controle de constitucionalidade, de modo que o projeto de lei apresentado em data
posterior ao julgamento poderá ser regularmente votado e, se aprovado, implicará
a superação ou reação legislativa da jurisprudência.

Efeito Backlash: As decisões do STF em controle concentrado não vinculam o


Legislativo, pois não há, em uma democracia constitucional, última palavra sobre a
Constituição.

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2. Modelo concentrado
Modulação dos efeitos no controle concentrado

O STF poderá decidir que a decisão não será ex-tunc

Ela poderá ser:


- Ex-nunc (daqui para frente)
- Ad futurum (começa a valer no dia…)

→ Se o STF não falar nada, fica implícito que é ex-tunc

É possível fazer essa modulação de efeitos no controle difuso se o


julgamento for no STF

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2.1. ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade)

Finalidade: Atacar a lei, declarar a inconstitucionalidade de uma norma

A norma viola a Constituição, por isso o autor pede que ela seja paralisada
→ Se viola, então ela não pode continuar produzindo efeitos
→ Se não viola, pode continuar funcionando normalmente

Lembrete: legitimados (art. 103) + efeito erga omnes e vinculante +


julgamento no STF

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2.2. ADC (Ação Declaratória de Constitucionalidade)

Finalidade: Defender a lei, declarar a constitucionalidade de uma


norma

Mas porque defender a norma? Presunção de constitucionalidade?

Várias decisões diferentes estão criando uma insegurança jurídica sobre a


constitucionalidade da norma, então o autor pede que o STF solucione essa
controvérsia judicial.

→ Se viola, então ela não pode continuar produzindo efeitos


→ Se não viola, pode continuar funcionando normalmente

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2. Ações do controle de constitucionalidade

Efeitos invertidos da ADI e da ADC:

A decisão de IMprocedência na ADI tem o mesmo efeito da decisão de


PROcedência na ADC = A lei é CONstitucional

A decisão de PROcedência na ADI tem o mesmo efeito da decisão de


IMprocedência na ADC = A lei é INconstitucional

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2.3. ADPF (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental)

Finalidade: Defender os preceitos fundamentais da Constituição, contra


atos do poder público.

CUIDADO: Ao contrário da ADI e da ADC, a ADPF não protege a


Constituição inteira, mas somente os preceitos fundamentais.

→ A principal diferença, na prática, é o princípio da subsidiariedade da ADPF.


Se couber outra ação do controle, não cabe a ADPF

Mais comum: ADPF contra lei municipal, contra norma anterior à


Constituição, atos administrativos…

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2.4. ADO (Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão)

Finalidade: atacar omissões inconstitucionais

Quando uma omissão é inconstitucional?

→ Normas de eficácia limitada


→ A ação é contra quem deveria ter regulamentado o direito e não o fez.

Diferente do Mandado de injunção, que é um remédio constitucional

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DEFESA DO ESTADO

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Defesa do Estado
Sempre estamos partindo do pressuposto de uma normalidade
institucional, do funcionamento dos Poderes em harmonia...

→ mas e quando o Estado Constitucional entra em crise?

Os instrumentos de defesa do Estado são excepcionais,


porém, são constitucionais

Servem para manter a Constituição em momentos de crise institucional,


evitando assim uma ruptura institucional, e não podem ser utilizados
como uma ameaça à democracia.

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Defesa do Estado

FEDERALISMO em risco = Intervenção Federal

INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS em risco = Estado de Sítio e Estado


de defesa

→ Estado de sítio é sempre mais grave do que estado de defesa

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Defesa do Estado
Não é um Estado de exceção

- Não pode incomunicabilidade de presos nem suspensão do


direito a Habeas Corpus
- Não pode fechar o Congresso Nacional nem o Supremo Tribunal
Federal
- Não pode proibir o direito ao advogado

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Defesa do Estado
Art. 21. Compete à União:
V - decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a intervenção
federal;

Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:


IV - aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, autorizar o
estado de sítio, ou suspender qualquer uma dessas medidas;

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Defesa do Estado
Restrições - Estado de Defesa

Art. 136, §1º, I:


a) reunião, ainda que exercida no seio das associações;
b) sigilo de correspondência;
c) sigilo de comunicação telegráfica e telefônica;
II - ocupação e uso temporário de bens e serviços públicos, na
hipótese de calamidade pública, respondendo a União pelos danos e
custos decorrentes.

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Estado de Defesa
Objetivo: preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e
determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e
iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de
grandes proporções na natureza.

Art. 136, §1º, I:


a) reunião, ainda que exercida no seio das associações;
b) sigilo de correspondência;
c) sigilo de comunicação telegráfica e telefônica;
II - ocupação e uso temporário de bens e serviços públicos, na
hipótese de calamidade pública, respondendo a União pelos danos e
custos decorrentes.

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Estado de Defesa
Art. 136, § 3º: Na vigência do estado de defesa:
I - a prisão por crime contra o Estado, determinada pelo executor da
medida, será por este comunicada imediatamente ao juiz
competente, que a relaxará, se não for legal, facultado ao preso
requerer exame de corpo de delito à autoridade policial;
II - a comunicação será acompanhada de declaração, pela autoridade,
do estado físico e mental do detido no momento de sua autuação;
(prevenção à tortura)
III - a prisão ou detenção de qualquer pessoa não poderá ser superior
a dez dias, salvo quando autorizada pelo Poder Judiciário;
IV - é vedada a incomunicabilidade do preso.

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Estado de Sítio
Art. 137. [...]nos casos de:
I - comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que
comprovem a ineficácia de medida tomada durante o estado de
defesa;
II - declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada
estrangeira.
Parágrafo único. O Presidente da República, ao solicitar autorização
para decretar o estado de sítio ou sua prorrogação, relatará os
motivos determinantes do pedido, devendo o Congresso Nacional
decidir por maioria absoluta.

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Estado de Sítio
Art. 138, § 3º O Congresso Nacional permanecerá em funcionamento
até o término das medidas coercitivas.

Art. 139. Na vigência do estado de sítio decretado com fundamento


no art. 137, I, só poderão ser tomadas contra as pessoas as seguintes
medidas:
I - obrigação de permanência em localidade determinada;
II - detenção em edifício não destinado a acusados ou condenados
por crimes comuns;
III - restrições relativas à inviolabilidade da correspondência, ao sigilo
das comunicações, à prestação de informações e à liberdade de
imprensa, radiodifusão e televisão, na forma da lei;

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Estado de Sítio
IV - suspensão da liberdade de reunião;
V - busca e apreensão em domicílio;
VI - intervenção nas empresas de serviços públicos;
VII - requisição de bens.

E na hipótese do 137, II (declaração de estado de guerra


ou resposta a agressão armada estrangeira)?

Art. 138. O decreto do estado de sítio indicará sua duração, as normas


necessárias a sua execução e as garantias constitucionais que ficarão
suspensas, e, depois de publicado, o Presidente da República
designará o executor das medidas específicas e as áreas abrangidas.

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FGV - 2022 - OAB - Exame da Ordem Unificado XXXVI - Primeira Fase

Dois Estados de determinada região do Brasil foram atingidos por chuvas


de tal magnitude que o fenômeno foi identificado como calamidade de
grandes proporções na natureza. A ocorrência gerou graves ameaças à
ordem pública, e o Presidente da República, após ouvir o Conselho da
República e o de Defesa Nacional, decretou o estado de defesa, a fim de
reestabelecer a paz social. No decreto instituidor, indicou, como medida
coercitiva, a ocupação e o uso temporário de bens e serviços públicos dos
Estados atingidos, sem direito a qualquer ressarcimento ou indenização
por danos e custos decorrentes. Segundo o sistema
jurídico-constitucional brasileiro, no caso em análise:

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A) houve violação ao princípio federativo, já que o uso e a ocupação em
tela importam em violação à autonomia dos Estados atingidos pela
calamidade natural de grandes proporções.

B) a medida coercitiva é constitucional, pois a decretação de estado de


defesa confere à União poderes amplos para combater, durante um prazo
máximo de noventa dias, as causas geradoras da crise.

C) a medida coercitiva em tela viola a ordem constitucional, pois a União


deve ser responsabilizada pelos danos e custos decorrentes da ocupação e
uso temporário de bens e serviços de outros entes.

D) a medida coercitiva, nos termos acima apresentados, somente será


constitucional se houver prévia e expressa autorização de ambas as casas
do Congresso Nacional.

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A) houve violação ao princípio federativo, já que o uso e a ocupação em
tela importam em violação à autonomia dos Estados atingidos pela
calamidade natural de grandes proporções.

B) a medida coercitiva é constitucional, pois a decretação de estado de


defesa confere à União poderes amplos para combater, durante um prazo
máximo de noventa dias, as causas geradoras da crise.

C) a medida coercitiva em tela viola a ordem constitucional, pois a


União deve ser responsabilizada pelos danos e custos decorrentes da
ocupação e uso temporário de bens e serviços de outros entes.

D) a medida coercitiva, nos termos acima apresentados, somente será


constitucional se houver prévia e expressa autorização de ambas as casas
do Congresso Nacional.

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