Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
"Seria mais inteligente deixar de lado a quest�o de saber se o feto � uma pessoa,
n�o por se tratar de uma quest�o irrespond�vel ou metaf�sica, como afirma muitos
ju�zes e comentaristas, mas por ser demasiado amb�gua para ser �til."30
"O aborto se justifica moralmente, n�o obstante, por uma s�rie de raz�es
importantes. Justifica-se n�o apenas para salvar a vida da m�e e nos casos de
estupro ou incesto, mas tamb�m nos casos em que se diagnosticou uma grave anomalia
fetal - as anomalias dos beb�s com talidomida, por exemplo, ou com doen�a de Tay-
Sachs - que torna prov�vel, se a gravidez for levada a termo, que a crian�a s� ter�
uma vida breve, sofrida e frustante. Em alguns casos, de fato, quando a animalia �
muito grave e a vida potecial estiver fadada a uma deformida cruel e � brevidade, a
concep��o liberal paradigm�tica sustenta que o aborto n�o s� � moralmente
permiss�vel como pode ser uma necessidade moral, uma vez que seria um erro trazer
ao mundo, conscientemente, uma crian�a em tais condi��es"45
"A preocupa��o de uma mulher por seus pr�prios interesses � tida como uma
justifica��o adequada do aborto quando as consequ�ncias do nascimento forem graves
tanto para a vida da mulher quanto para a de sua fam�lia. Dependendo das
circunst�ncias, pode-se permitir que ela interrompa sua gravidez se, no caso
contr�rio, ela tivesse de abandonar a escola, abrir m�o de sua carreira ou de uma
vida independente e satisfat�ria. Para muitas mulheres, s�o esses os casos mais
dif�ceis, e as pessoas que defendem a concep��o liberal pardigm�tica presumiram que
a gestante sentiria algum arrependimento caso decidisse pelo aborto. Mas n�o
conderiam a decis�o por consider�-la ego�sta: pelo contr�rio, poderiam muito bem
pensar que a decis�o contr�ria � que constituiria um grave erro mortal" 46
"A quest�o curcial sobre o aborto n�o � saber se o feto � ou n�o uma pessoa, mas
sim a melhor maneira de respeitar o valor intr�nseco da vida humana."