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”Se não dependesse de nós o fazer e o não fazer, por qual motivo o Apóstolo, e
bem antes dele o Senhor, nos aconselharia a fazer coisas e a nos abster de
outras? Sendo, porém, o homem livre na sua vontade, desde o princípio, e livre
é Deus, à semelhança do qual foi feito, foi-lhe dado, desde sempre, o conselho
de se ater ao bem, o que se realiza pela obediência a Deus. (Contra Heresias,
IV, 37. 1.4) (também citado por Norman Geisler em “eleitos, mas livres”, pg
171)
“Não somente o crente, mas até mesmo o descrente, é julgado mais retamente.
Pois, desde que Deus soube em virtude de sua presciência que essa pessoa
não acreditaria, Ele, entretanto, a fim de que ele possa receber a sua própria
perfeição, deu-lhe a filosofia antes da fé.” (A Dicitionary of Early Christian
Beliefs, editado por David W. Bercot, pg 284, publicado por Hendrickson, 1998)
Está submetido à necessidade, de tal modo que, ainda que não queiramos,
sejamos a qualquer custo obrigados a fazer coisas boas ou más.” (De
Principiis, cap 5) (Obs: seria uma citação, em dias atuais, exatamente e
diametralmente contrária ao que prega o calvinismo)
PELAGIANISMO
Doutrina desenvolvida em aprox. 400 d.C. pelo monge inglês chamado Pelágio.
Relacionava-se à condição original do homem, sua queda e as consequências
na vida da posteridade de Adão. O Homem Original De acordo com Pelágio, o
homem foi criado em uma condição neutra, nem pecador nem santo, e dotado
da capacidade para o bem e o mal. Sua vontade era livre e totalmente
indeterminada. Ele era mortal desde o início, e sujeito à lei da morte. O fato de
ter pecado não se deve a um precedente maligno em sua natureza, mas a ter
escolhido pecar. A queda do primeiro homem não
Prejudicou o próximo homem que viria, mas apenas a si mesmo. Então isto não
foi transmitido nem como uma natureza pecaminosa, nem como uma culpa
para sua posteridade. Cada homem nasce com a mesma condição de Adão
antes da queda, e então é livre da culpa ou corrupção em seu nascimento. O
homem não possui tendências malignas, ou desejos que o levariam
inevitavelmente ao pecado. A diferença entre aqueles nascidos depois de Adão
e o próprio Adão, é seu exemplo maligno antes deles. O pecado consiste, de
acordo com Pelágio, não em pensamentos e desejos malignos, mas em
atitudes da vontade. Nenhum homem precisa então pecar, visto que ele é
favorecido com o livre arbítrio, assim como era Adão. Isto é provado, para
Pelágio, pelo fato de Deus mandar o homem fazer o que é bom; ele então
argumenta que Deus não o mandaria fazer algo impossível. A responsabilidade
do homem é governada pela medida da sua capacidade. Se o pecado é
universal como parece ser, então isto é o resultado de uma educação errada,
maus exemplos e um hábito de pecar estabelecido por muito tempo. Quando o
homem vira-se contra o pecado não é por causa da graça soberana de Deus,
pois nem o pecado produz a depravação total; mas é porque o homem usa
seus dons racionais, a revelação de Deus nas Escrituras, e o exemplo de
Cristo.
Os Erros do Sistema
O Semipelagianismo
Esta é uma posição entre as visões de Pelágio e de Agostinho, que ensina que
a vontade do homem foi enfraquecida e sua natureza adoeceu, mas que ele
não ficou totalmente depravado como resultado da queda. O homem caído
retém uma medida de liberdade por cuja virtude ele pode cooperar com a graça
de Deus. A regeneração então é um produto da vontade do homem e da graça
de Deus, instituída pelo homem, e não por Deus. Esta é a visão sus tentada
pelo Catolicismo Roma no hoje. Em 416 d.C., o Pelagianismo foi condenado
nos Sínodos de Milene e Cartago, e finalmente em 431 no Conselho de Éfeso e
em 529 no Conselho de Orange. Todavia, a Igreja foi gradualmente levada ao
semi-pelagianismo.