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PEATE

Audiometria de Tronco Encefálico

Conceito
Uma forma de Audiometria de Respostas Elétricas que avalia a
atividade eletrofisiológica do nervo auditivo e do tronco encefálico após
a estimulação sonora

Objetivo
Avaliar fenômenos auditivos que participam da integração da
mensagem auditiva

Avaliar a integridade das vias auditivas até o Tronco Encefálico


Mostra o topodiagnóstico

Não tem como objetivo:


Avaliar como ocorre a percepção sonora e a discriminação
Avaliar a integração e utilização dos dados oriundos do Sistema
Auditivo Periférico

Colocação dos eletrodos:


Usa o Sistema Internacional 10-20

Utilizado no mapeamento da posição da fixação dos eletrodos

Amanda Oliveira - Monitoria


PEATE
Audiometria de Tronco Encefálico

Colocação dos eletrodos:


Equipamento com 2 canais

Ipsi e contralateral

Eletrodos

POSIÇÃO COR DO FIO

Branco ou
POSITIVO (ATIVO) Vértex craniano ou fronte alta
amarelo

NEGATIVO 1° canal (mastoide ipsilateral) e 2° canal (mastoide Azul e


(REFERENCIAL) contralateral) vermelho

COMUM (TERRA) 1cm acima ou lateralmente do eletrodo positivo Preto

Os pequenos eletrodos são bons condutores

Para a colocação é necessária a limpeza de pele, para tirar a


oleosidade e células mortas (utiliza a pasta abrasiva NUPREP ou o
álcool)
Em alguns casos são utilizados a pasta condutiva (TEN 20) ou
eletrodos descartáveis (gel eletrolítico)

Amanda Oliveira - Monitoria


PEATE
Audiometria de Tronco Encefálico
Teste de impedância
Resistência
Medida em Kilohoms
Quando o teste da alto: condição ruim para o exame
Padrão: 2 a 5 KOhms
Se não estiver bom, precisa retirar os eletrodos e recolocar
Teste realizado pelo próprio equipamento

Recomendações
Paciente relaxado
Meatoscopia prévia (pode dar alteração na latência)
Evitar uso de creme hidratante, maquiagem, filtro solar
Sono pós-prandial
Drogas de ação central: classe dos anticonvulsionantes (atrasa a onda V)
Paciente anestesiado: feita pelo médico e sedação rápida

Estímulo Sonoro Primeiro faz o clique e caso


dê ausência, faz o tom puro
Via Aérea: fone de inserção ou TDH39 na frequência de 500 a
Clique: faixa de frequência de 2 a 4 KHz 1KHz
Som: sincronização das fibras do nervo auditivo
A maior parte das fibras devem responder da mesma forma e com a
mesma latência
Clique: onda quadrada e limitação do teste

Amanda Oliveira - Monitoria


PEATE
Audiometria de Tronco Encefálico
Estímulo Sonoro
Via óssea
Perdas condutivas
Microtia/agenesia (não é possível colocar o eletrodo de inserção)

Mascaramento

Diferença interaural superior a 30 dBNA


Mesmo procedimento da audiometria

Origem das ondas


Onda I: Porção distal do Nervo Auditivo
Onda II: Porção proximal do Nervo Auditivo
Onda III: Núcleos Cocleares
Onda IV: Colículo Olivar Superior
Onda V: Lemnisco Lateral
Onda VI e VII: Colículo Inferior

Identificação das ondas


Replicabilidade dos potenciais: sobreposição de ondas
Ondas I, III e V são as mais importantes e proeminentes
Onda V é a mais constante
Onda IV e V interagem (as vezes estão juntas uma da outra)
Ondas VI e VII sem valor diagnóstico

Amanda Oliveira - Monitoria


PEATE
Audiometria de Tronco Encefálico
Latência
Tempo que demora para ocorrer o pico
Latência absoluta
Relação da onda com o estímulo

Latência Interpicos
Relação entre duas ondas (a mais importante é a I-V)

Análise das latências a 80 dB

LATÊNCIA INTERPICO LATÊNCIA ABSOLUTA

I-III - 2 ms L I - 1,6 ms

III-V - 2 ms L III - 3,6 ms

I-V - 4ms L V - 5,6 ms

Mais importante condução até o tronco. Tempo de


condução total

Amanda Oliveira - Monitoria


PEATE
Audiometria de Tronco Encefálico
Amplitude
Ruído de interferência elétrica
Rede elétrica padrão 60Hz
Sempre usar frequência de apresentação em um
número não múltiplo de 60Hz

Variável e facilmente influenciada por "ruído"


Análises devem ser feitas considerando-se as latências das
ondas mais proeminentes para integridade das vias auditivas
(ondas I, III e V)

Amanda Oliveira - Monitoria


PEATE
Diagnóstico

Tipo de testagem
Integridade das vias auditivas
Início em forte intensidade
Identificação de ondas
Determinação das latências absolutas e interpicos

Pesquisa de limiar eletrofisiológico


Menor intensidade que a onda V aparece
Diminui a intensidade em passos de 10/20 dB

Limiar Eletrofisiológico
Limiar normal no PEATE
20/30 dBNA
Coloca no laudo: Presença de onda V em 30 dBNA

Grau de deficiência auditiva

Até 30 dBNA - normal


30 - 40 dBNA - leve
40 - 70 dBNA - moderada
70 - 90 dBNA - severa
> 90 dBNA - profunda

Amanda Oliveira - Monitoria


PEATE
Diagnóstico

Respostas esperadas no PEATE


Exame normal
Forte intensidade. onda I, III e V, latência absoluta e interpicos
normais
Alteração condutiva
Alteração coclear
Alteração retrococlear

Objetivo do PEATE. Diagnóstico diferencial

LATÊNCIAS LIMIAR
LATÊNCIA INTERPICOS
ABSOLUTAS ELETROFISIOLÓGICO

PERDA CONDUTIVA AUMENTADA NORMAIS ELEVADO

PERDA COCLEAR NORMAIS NORMAIS ELEVADO

PERDA NORMAL EM ONDA I


AUMENTADA ELEVADO
RETROCOCLEAR OU ALTERADA

Amanda Oliveira - Monitoria


PEATE
Alterações Retrococleares
Aumento da latência interpico I-V
Aumento de L I - III (Tronco baixo)
LI - 1,6 L III - 4,6 (alterado) L V - 5,6
Aumento de III - V (Tronco alto)
Aumento de I - III (Tronco difuso)

L I- 3,6 (alterado) L III - 5,6 L V - 8,6

Potenciais com latências e morfológicos


Instáveis
Falta de replicabilidade ou reprodutibilidade

Presença somente de onda I


Só tem a replicabilidade da onda I

Ausência de potenciais
Limiar psicoacústico melhor que 60 dBNA

Nervo "falecido"

Diferença Interaural de L I - V ou L V maior que 0,2 ms em


perdas até 50 dBNA

Diferença Interaural de L I - V ou L V maior que 0,3 ms em


perdas maiores que 50 dBNA

Amanda Oliveira - Monitoria


PEATE
Alterações e Laudo

PEATE normal
Na pesquisa dos potenciais evocados a 80 dBNA foram observadas as
ondas I, III e V com latência absoluta e interpico normais. Não há
diferença significativa de atenuação interaural na latência interpico I - V
e onda V. Integridade das vias auditivas do nervo auditivo até tronco
encefálico estão dentro da normalidade

Pesquisa de limiar eletrofisiológico até a intensidade mínima de 20


dBNA na OD e OE (presença de onda V)

Amanda Oliveira - Monitoria


PEATE
POR VO
Malformação do conduto auditivo externo

Presença do artefato elétrico do vibrador


Impede a visualização das ondas

Uso de mascaramento
Já tem valor pré-estabelecido

Estímulo até 60 dBNA


Máximo do equipamento
Complemento da VA
Principalmente com frequência específica

Protocolo VO
500 - 2k Hz

Tone Burst
NB Chirp (Narrow Band) - faixa de frequência específica

Polaridade alternada
Filtros de 30 - 1500 Hz

2k - 3k estímulos
Mascaramento = intensidade testada

Níveis mínimos de normalidade


Frequência 500 Hz 2k Hz

Limiar 20 dBNA 30 dBNA

Amanda Oliveira - Monitoria


PEATE
POR VO

Atenuação Interaural VO
Neonatos: 25 - 35 dB

1 ano: 15 - 25 dB
Adulto: 0 - 10 dB

Até 2 anos, apresenta uma resposta assimétrica


Latência ipsi menor que contra em intensidades menores que 40 dBNA

Amanda Oliveira - Monitoria

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