Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Ressumo
1
O relatório anual absorve toda a informação financeira e não financeira da
empresa, entre as quais estão os modos de comunicação visual.
2
Índice
1.Introdução.......................................................................................................................6
3. Metodologia...................................................................................................................8
5. Conclusões...................................................................................................................17
6. Referências Bibliográficas...........................................................................................18
7.1 Problema................................................................................................................19
7.2 Objetivo................................................................................................................. 19
7.3 Síntese....................................................................................................................20
7.4 Metodologia...........................................................................................................22
7.5 Conclusão.............................................................................................................. 23
3
Índice de quadros, tabelas e/ou figuras
4
Lista de abreviaturas, acrónimos e siglas
5
1.Introdução
6
As atitudes que uma empresa adota acabam por influenciar a sua imagem de
uma forma positiva ou negativa, por isso, uma atitude que envolva medidas e práticas
para diminuir o impacto das suas atividades na sociedade e no meio ambiente gera valor
no negócio, aumenta a vantagem competitiva e a conexão e motivação dos seus
funcionários com a própria organização. Apesar destas práticas terem aumentado,
existem preocupações como o facto de estas serem adotadas com o intuito de
influenciar/ agradar os stakeholders e não com a verdadeira razão de preocupação social
e ambiental. Assim sendo, como a responsabilidade social anda de mãos dadas com a
gestão de impressão de imagens, esta não é feita corretamente uma vez que o conceito
de responsabilidade por vezes não é utilizado adequadamente.
7
entender, a mensagem conotada (simbólica) que é a representação da realidade em
sentido figurado e a mensagem denotada (icónica), que é a representação pura das
imagens. No seu livro apresenta um quadro sobre como analisar fotografias fazendo
distinção desta com o que a mesma realmente se refere sendo necessário compreensão e
reflexão sobre a mesma.
3. Metodologia
8
4. Analise das capas dos relatórios anuais da Navigator (2011-2020)
Nesta capa a utilização da cor cinzenta que é uma cor neutra, representa
harmonia na comunicação. A Portucel utilizou a cor cinzenta como fundo, pois é uma
cor que funciona bem como tal e é utilizada muitas vezes para transmitir poder e
controlo. Não só a cor de fundo é neutra, como também todas as cores utilizadas nesta
capa. A imagem utilizada pela Portucel (o mundo) transmiti a ideia de crescimento, de
globalização
9
Figura 2 – Capa do Relatório e Contas de 2012
Na capa de 2012 a cor verde é predominante e remete para a forte base florestal
do Grupo, onde assenta toda a sua atividade, para além do tema da sustentabilidade,
trazendo sensações de equilíbrio, harmonia. Esta cor é utilizada para transmitir
estabilidade e tranquilidade aos clientes. Relativamente á imagem, esta transmite a
presença nos mais diversos mercados mundiais e os diferentes caminhos percorridos
para atingir o resultado do ano. As redes de contacto entre todos os stakeholders, apesar
de complexas, levam a empresa a um só destino e a um só propósito.
Figura 3 – Capa do Relatório e Contas de 2013
10
Assim, esta cor utilizada, simultaneamente, com a imagem do mundo transparece o
reconhecimento a nível internacional da maraca.
Figura 4 – Capa do Relatório e Contas de 2014
Relativamente à capa de 2014, o Grupo Portucel utiliza a cor branca, como cor
de fundo do relatório, uma cor neutra, vista como uma cor pura e que evidência a
luminosidade e tranquilidade. As letras em amarelo significam otimismo para os seus
produtos combinada com segurança, riqueza e virada para a sustentabilidade ambiental.
Figura 5 – Capa do Relatório e Contas de 2015
11
marca, tendo inclusivamente desenvolvido uma fonte de letra exclusiva só pode ser
usada pela Navigator. (fonte: Customer Service Manager Pedro Ferrão). Relativamente
à capa de 2015, esta apresenta uns tons “terra” representando a natureza com essa cor. A
cor castanha simboliza o comprometimento e seriedade e estimula a concentração e
organização com dinamismo representado pela cor laranja. A cor preta está relacionada
com a força e o poder da marca, tal como o a esfera do seu símbolo consegue mostrar a
sua internacionalização. Todas as capas com as paletes de cores da renovação do nome
para The Navigator Company (o cinza, laranja, preto) querem dar uma ideia de
exclusividade, premium, de excelência
Figura 6 – Capa do Relatório e Contas de 2016
12
Figura 7 – Capa do Relatório e Contas de 2017
13
Figura 9 – Capa do Relatório e Contas de 2019
14
Figura 10 – Capa do Relatório e Contas de 2020
15
produção de oxigénio, para a proteção da biodiversidade, para a formação de solo e para
o combate às alterações climáticas.
16
5. Conclusões
17
6. Referências Bibliográficas
18
7. Analise do artigo: “A longitudinal study of Aboriginal images in annual reports:
evidence from an arts council”
7.1 Problema
7.2 Objetivo
19
- Como a ACA usou imagens aborígenes para ganhar e manter a sua
legitimidade organizacional?
20
molda a sua impressão. Samkin e Schneider (2010, p. 246) identificam que tais técnicas
podem ser assertivas ou defensivas. As técnicas assertivas são utlizadas para estabelecer
uma identidade e desenvolver características de reputação (Ogden e Clarke, 2005).
Estas podem envolver autopromoção que envolve convencer outras pessoas destacando
pontos positivos; incentivo - onde táticas de aperfeiçoamento são destinadas a obter
aprovação de um público-alvo; e exemplificação - que compreende agir como um
exemplo de conduta virtuosa ou de princípios. As técnicas defensivas são técnicas de
gestão de impressão que ajudam a manter a identidade da empresa ou reparar a
reputação da mesma.
O uso de imagens em relatórios anuais é o tema central deste artigo. As imagens
são omnipresentes, emotivas e têm um lugar especial na cognição e memória (Graves et
al., 1996; Davison, 2014). Dentro dos relatórios anuais, gráficos, desenhos e fotografias
são formas de imagens comuns. Um leitor pode interpretar ou ver as imagens em pelo
menos três maneiras: representacional (comunicação de uma pretendida mensagem
corporativa); ideológico (valores e significados sociais embutidos); e constitutivo
(significados múltiplos, contraditórios, inconstantes e ambíguos) (Preston et al., 1996;
Breitbarth et al., 2010). Os estudos sobre o uso de fotografias em relatórios anuais
concluíram que não só melhoraram a aparência estética, mas também serviram
propósitos retóricos (Graves et al., 1996; Preston et al., 1996; Davison, 2008). Os usos
retóricos de imagens em relatórios de responsabilidade social foram encontrados para
minimizar potenciais danos à reputação relacionados a más notícias ou para melhorar a
reputação (Ihlen, 2011; Ramo, 2011). Breitbarth et al. (2010) encontrou que as imagens
criam um significado sobre o desempenho económico, social e institucional, mas podem
existir preconceitos onde selecionados aspetos da identidade corporativa e o
desempenho são destacados, enquanto outros são banalizados ou ausentes. O tamanho
da imagem pode ser crítico (Knobloch et al., 2003): quanto maior for, mais forte a
atração. Além disso, as imagens em relatórios anuais podem ou não ser acompanhadas
por texto. Estudos passados revelam que o texto acompanhado por uma fotografia é
suscetível de ser lido e lembrado por aqueles que o visionaram (Zillmann et al., 2001;
Knobloch et al., 2003). Um estudo experimental de reportagens de revistas de Zillmann
et al. (1999) sugere que aquele em que o texto equilibrado é acompanhado por
fotografias tendenciosas, as perceções dos leitores são influenciadas pelas fotografias
(Hrasky, 2012). Enfases podem ser alcançadas localizando-as em posições de destaque,
como nas capas dos relatórios anuais (Davison e Skerratt, 2007; Davison, 2011).
Finalmente, as imagens nos relatórios anuais podem reforçar mitos e estereótipos
21
culturais. David (2001) observa que “constitui uma representação simplificada demais
do assunto através da omissão de história relevante, complexidade e ideias opostas” (p.
199), levando a conceitos empobrecidos que distorcem o significado. Kuasirikun (2011)
descobriu que os relatórios anuais de empresas tailandesas tendem a retratar mulheres
em funções subsidiárias em comparação com os homens, reforçando os estereótipos de
género, apesar das evidências de que nas organizações tailandesas as mulheres assumem
papéis de liderança.
7.4 Metodologia
22
modernas - por exemplo, tinta acrílica, dança contemporânea - e vitrine artística
individual empreendimento.
- Corporativo: indivíduos aborígenes em ambientes formais, ocupando cargos ou
recebendo prémios. As imagens refletem liderança ou atributos profissionais.
Analisaram, então, o para-texto que acompanha as imagens para compreender a
mensagem. Para-texto, um termo cunhado por Genette (1987), compreende “todos
aqueles que mais visíveis, mas igualmente invisíveis, elementos narrativos e visuais do
texto que dão sinais, mas que o leitor assume como certo: seu formato físico, nomes,
autoria, títulos, epígrafes, prefácios (introdução / declaração do presidente) e
intertítulos” (Davison, 2011, p. 119). Assim, examinaram as palavras em imagens,
expressões de pessoas, cenários e localizações de imagens, garantindo a codificação
consistência (Guthrie et al., 2004).
Por fim, os autores debruçaram-se numa análise longitudinal que envolve a
justaposição da extensão e natureza das imagens dos aborígenes contra
desenvolvimentos sócio-político-económicos críticos ao longo de 43 anos.
7.5 Conclusão
Este estudo abordou três questões de pesquisa. Para a primeira pergunta, “O que
é o padrão em termos de extensão e natureza da representação das artes aborígenes e
artistas nos Relatórios Anuais da ACA desde o seu início? “, descobriu-se que ao longo
do tempo as imagens artísticas etnográficas tradicionais diminuíram, enquanto as
artísticas contemporâneas e, em menor grau, as representações corporativas aumentaram
significativamente. Além disso, apesar as lutas políticas, culturais e emocionais dos
povos aborígenes de Austrália implicando em um lado negro, as imagens adotadas pela
ACA foram geralmente positivas e edificante. O uso de imagens mostrando artefactos,
artes e artistas aborígenes tradicionais no interior do país dão lugar a imagens
profissionais e corporativas, sugerindo uma estratégia alinhada com a administração da
ACA como um provedor de recursos para as artes aborígenes e um agente de mudança,
pressionando por modernismo e inovação. Essas observações estão de acordo com
Merkl-Davies e Brennan (2007) que identificou que os Relatórios Anuais podem
divulgar informações forma discricionária, e com Neu et al. (1998) e Ogden e Clarke
(2005) que afirmam que os mesmos podem servir a propósitos de legitimação
específicos e diferentes para públicos diferentes em momentos diferentes. As
conclusões para a segunda pergunta, “Como são os desenvolvimentos sócio-político-
econômicos relacionados ao padrão de uso de imagens aborígenes?” revelam mudanças
23
nos padrões de imagens que sugerem simbolicamente a empresa pró-ativa e instituição
responsável. A evolução do aborígene de formas etnográficas a formas mais
corporativas e contemporâneas são um reflexo da resposta à mudança de ênfase na
economia e racionalismo nas artes. Outro padrão crítico de divulgação são os picos de
Imagens aborígenes coincidindo com debates na sociedade mais ampla sobre o pós-
colonial direitos raciais, fundiários e humanos. Frequentemente, a organização adotou
imagens culturalmente diplomáticas para a gestão de impressão, apresentando os povos
originais e não aborígenes como felizes e positivos; por exemplo, Artistas aborígenes
apresentados como líderes e profissionais de sucesso. Os relatórios anuais não são
documentos formais inertes, mas dinâmicos e socialmente sensíveis (Tinker e Niemark,
1988; Warren, 2005). Para a terceira pergunta, “Como a ACA usou imagens aborígenes
para ganhar e manter sua legitimidade organizacional? “, encontrou-se a organização a
usar imagens aborígenes retoricamente e simbolicamente, muitas vezes assumindo uma
postura assertiva em relação às táticas de legitimidade. As imagens sugerem
exemplificação como estratégia comum onde as expectativas da sociedade da como uma
arte nacional líder alinhado com imagens de artes e artistas aborígenes tendo sucesso
apesar de marginalização social, reconhecimento formal negado e pedido de desculpas
pelos delitos do passado. Em relação aos resultados de legitimidade organizacional,
limitamos evidências diretas ligando resultados pragmáticos e cognitivos. O aumento do
reconhecimento do papel desempenhado pela ACA e as contribuições do setor das artes
para os interesses nacionais do governo nos média e relatórios formais, aumentos
subsequentes nos ganhos gerais de legitimidade da bandeira de financiamento
(Gardiner-Garden, 2009; Fisher, 2012). Mais especificamente, embora o apoio
financeiro não tenha sido uniforme, uma análise longitudinal ao longo de várias
décadas, realizada neste estudo foi capaz de revelar o crescimento do apoio na
apreciação das contribuições do setor das artes (Throsby, 2001).
Este estudo traz consigo limitações para o futuro. As advertências usuais da
pesquisa baseada em casos se aplicam a este estudo. Primeiro, usando dados de uma
agência, embora estudando uma população, limita a generalização. Em segundo lugar, a
análise da extensão das divulgações visuais contou com dados subjetivos de
julgamentos. Terceiro, foram tratamos os dados sobre a representação aborígene como
um bloco sem separar suas funções - por exemplo, ópera versus dança - deixando
posterior desagregação para pesquisas futuras. Pesquisas futuras podem avaliar ainda
mais como diferentes divulgações particularmente onde grandes legados de dinheiro e
24
obras de arte estão envolvidos. Pesquisas futuras precisam diluir preconceitos por meio
de entrevistas com as partes interessadas.
25