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Estratégias Úteis para que a Comunicação com o seu Filho Adolescente Flua Sem Problemas:

 Mostre interesse e escute o seu filho, mesmo quando não concorda com as suas ideias ou
argumentos. O seu filho precisa de sentir que é compreendido e que os pais têm interesse no
que ele pensa, mesmo que não estejam de acordo com os seus argumentos. Se deixar de o
escutar por achar descabido o que ele pensa, ele deixará de lhe contar ou dizer o que pensa.
 Mostre respeito pelo seu filho, pelas suas ideias e sentimentos, dizendo que o entende. Os
adolescentes sentem-se confortáveis quando se sentem aceites, compreendidos e amados.
 Quando o seu filho quiser comunicar, assegure-lhe estará lá para o ouvir. Não o force a falar.
Muitas vezes, os adolescentes não o fazem porque não possuem as ferramentas necessárias
para expressarem as suas emoções ou as regularem e experienciam-nas de forma intensa, ora
catastrófica, ora como o melhor do mundo. Perguntas excessivas ou contínuas podem oprimi-
los.
 Se o seu filho se coloca em silêncio, mostre que se sente mal por não conseguir comunicar
com ele. Em vez das habituais frases como “Nunca me contas nada! Nunca falas comigo”,
aproxime-se do seu filho dizendo algo como “Gostaria muito de conseguir falar contigo.
Entristece-me não saber o que sentes e não poder ajudar-te, caso necessites”.
 Procure falar de si, para poder ouvir o seu filho a falar dele. Em vez de frases como “Conta-me
como foi o teu dia…”, fale de si próprio, de como foi o seu dia, dos seus problemas ou dos seus
amigos, iniciando as frases por “Eu”.
 Fale com o seu filho sobre as suas próprias vulnerabilidades enquanto adulto, pois ao contar
episódios em que assume que errou, passará a ideia de que é humano e isso permitirá ao seu
filho assumir e lidar melhor com os seus próprios erros.
 Encoraje o seu filho através da ação. Deverá ajudá-lo de modo a que ele procure a motivação
interna que o leve a fazer as coisas. Foque o seu filho nas soluções.
 Incentive o seu filho à tomada de decisões e de posição. Os adolescentes têm tendência a
ser impulsivos, ignorando por vezes potenciais consequências das suas ações. Por isso, é
importante que ajude o seu filho a pensar antes de decidir e a aumentar-lhe a consciência das
suas tomadas de decisão. Sendo lhe dada a oportunidade de ter um papel mais ativo no que se
passa ao seu redor, o adolescente desenvolve uma maior responsabilidade sobre os seus atos.
 Evite ser demasiado crítico. Se for demasiado crítico face aos gostos do seu filho ou se
apresentar demasiadas “queixas”, poderá afastá-lo. A frequência da recriminação ou os “nãos”
consecutivos e sem uma explicação compreensiva diminuem manifestamente a eficácia da
autoridade dos pais.
 Tenha em conta que o seu filho não é o que fez. Distinga “o que ele fez” daquilo que “ele é”.
Esta forma de comunicar com o seu filho permitir-lhe-á desenvolver-se de forma saudável.
 Faça perguntas. As perguntas permitem estabelecer pontes e conduzem mais facilmente a
soluções. Transforme críticas em perguntas construtivas: ao invés de “As tuas notas estão
péssimas”, pergunte “Como te posso ajudar a estudar melhor?” ou em vez de “O teu quarto está
todo desarrumado!”, pergunte “O que podes fazer para melhorar o aspeto do teu quarto?”.
 Aja com firmeza e assuma o controlo da situação quando não há entendimento. Não permita
que o seu filho adolescente assuma o controlo e o poder. Tal resultaria numa inversão de papéis
e os pais não estariam a exercer a sua função parental. Na sua função, os pais deverão
equilibrar a firmeza necessária ao controlo da situação com o apoio emocional de que o seu filho
necessita.
 Utilize a palavra “não”. O seu filho necessita sentir que existem regras, balizas, de forma a que
se possa sentir seguro e integrado na família e na sociedade. O seu filho tem direito a
manifestar desacordo, mas deve compreender quais os seus limites de ação. Em suma, seja
afetuoso e firme, colocando normas e limites. Mostre-se disposto ao diálogo e à comunicação,
sendo claro e confiante. O seu filho saberá, assim, o que pode ou não pode fazer e ao mesmo
tempo sentir-se-á amado e aceite. Por outro lado, pais coerentes aplicam, na prática, o que
pensam e o que dizem.
 Defina claramente os valores da família. Se puder, escreva-os. Os valores bem definidos e
claros tornam o seu filho mais apto a comunicar.

Essencialmente, seja um modelo e um exemplo para os seus filhos. Torne a sua casa, o seu lar, um
espaço emocionalmente seguro para os seus filhos. Independentemente das adversidades que possam
ser diariamente vividas no contexto da escola, das relações com os pares ou com os adultos, a
sensação calorosa de regresso a casa e de que esta é uma constante na sua vida fará uma diferença
significativa.

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