A professora deste modulo, diante de uma observação no seu
dia a dia, ao qual tinha contato com pais e sua rotina com a paternidade e maternidade, que sempre traziam demandas que ela conseguiu através da disciplina positiva, ir orientando os mesmo diante das queixas que eles tinham. Na época a educação positiva ainda era muito escassa no Brasil, no qual ela buscou maiores informações em estudos no exterior, e em 2017 ela conseguiu realizar um curso no Brasil voltado para esta abordagem dentro da psicologia e educação.
A disciplina positiva foi desenvolvida por uma americana,
doutora em educação, cuja na época ela tinha 7 filhos, e diante de uma outra abordagem, ela começou a refletir como ela poderia colocar em pratica a teoria dos autores que ela estava se baseando, ela começou então a pensar sobre a psicologia na individualidade do ser humano, pois em meados da segunda guerra mundial, as pessoas eram separada em grupos, suas características eram consideradas a partir do grupo social em que esta inserido, e foi ai que começou os estudos sobre o sujeito como um indivíduo e não somente sua coletividade.
Hoje se tem diversos profissionais que já trabalham com a
abordagem da disciplina positiva, em mais de 60 países que tem conhecimento e autoridade para falar sobre este assunto com propriedade, a disciplina positiva, ela se baseia em desenvolver habilidades socias e de vida, que futuramente tornará o sujeito hábil para ter controle emocional, individualidade e vida socialmente esperada de forma satisfatória, a disciplina positiva ela pode ser trabalhada em conjunto com outros estilos de abordagem.
O intuito da disciplina positiva é contribuir com os pais na
formas de lidarem com os comportamentos desafiadores dos filhos, ao contrario de muitos outros métodos que buscam eliminar o “mal” comportamento do filho, a disciplina positiva, busca a modificação daquele comportamento, e a compreensão dele, ela não é permissiva, como muitos pais tem essa pratica parental com os filhos, como também não é autoritária, ela é um meio termo, ela busca por meio da conversa, interação, explicações, atividades e regras conscientes, fazer com que a criança compreenda a necessidade daquela regra, as orientações, o controle emocional, a sua individualidade, o respeito consigo mesmo e com o outro, em fim desenvolver 7 habilidades sociais e de vida, que contribuem para um melhor autoconhecimento e de interações, que ajudam esta criança a lidar com seus desafios, sem precisar apresentar comportamentos ditos como ruins, que muitas vezes devem, de a criança estar apenas buscam uma maneira de lidar com suas frustrações, medos, raivas, tristezas e demais sentimentos.
Para isto é preciso primeiramente ver os comportamentos dos
pais diante daquelas demandas desafiadoras que eles trazem como queixa sobre os filhos, muitas vezes, os pais não tem controle emocional para lidar e ensinar o filho como reagir diante de determinada situação, as vezes os filhos aprendem por observação e os pais diante de frustrações agem de maneira que os filhos iram reproduzir, então o primeiro passo é a orientação destes pais, buscar faze-los entender que suas atitudes também precisam ser modeladas para que as crianças possam aprender a agir e sentir da melhor maneira.
A disciplina positiva, busca a linguagem da gentileza e da
firmeza ao mesmo tempo, o principal é sempre ter clareza nas expectativas que você tem sobre o que você deseja que esta criança faça e sobre o tempo, isto ajuda a criança a saber o que ela precisa fazer diante das suas orientações, outra maneira de exercitar este tipo de linguagem, é fazer perguntas as crianças quando elas demostram desinteresse em realizar aquela orientação, assim você pode oferecer opções para que ela compreenda melhor o que foi falado a ela, estabelecer um fato, e checar a compreensão da criança sobre o que esta sendo passado a ela, muitas vezes a criança simplesmente não faz, ou se recusa, pois ela não entendeu de fato o que você esta propondo a ela, ou ela ainda não conseguiu compreender o objetivo e a importância de se fazer aquilo, ou naquele momento, as vezes para ela e mais importante terminar o jogo, do que tomar banho naquele momento, então se precisa buscar as justificativas para que ela compreenda que naquele horário é o banho, ou estabelecer um combinado, por exemplo, mais 10 minutos de jogo e depois o banho, ir criando meios para que a conversa seja clara e compreensiva para ambos.
Além de que a linguagem da gentiliza e firmeza, traz a criança
sentimentos de autoconfiança, importância, e das habilidades de vida que ela precisa para se sentir capaz, e autônoma em realizar suas atividades do dia a dia, com maior segurança e participando ativamente daquilo, e não apenas recebendo mandos, sem ao menos entender o por que daquilo, o que realmente é mais importante ou não, acaba deixando ela apenas como coadjuvante e não protagonista também das suas ações, além de quando o adulto permite que a criança participe das tomadas de decisões, ela desenvolve a capacidade de resoluções de problemas.
Crenças da criança sobre ela mesma influencia no seu
comportamento, se o adulto sempre coloca a criança como a ultima a opinar ou as vezes não deixa ela participar das decisões de suas próprias atividades do dia a dia, ela tem uma crença sobre ela de incapacidade, ela se sente “inutilizável” , e diante de algumas situações em que ela deve ter autonomia para decidir o que fazer, como por exemplo na escola, ela reage de forma desafiadora, por que ela realmente não sabe o que fazer, ou sente que não é capaz de resolver da melhor maneira aquela situação, desafiando ela pode então ter a afirmação se ela é ou não capaz. Ela também tem crenças sobre o mundo, ela desconhece o além do que vê, ela se sente insegura, com dúvidas. Diante do comportamento desafiador da criança nos adultos temos o hábito de ver apenas o comportamento em si, e não buscamos compreender para além dele, tudo que está sendo envolvido naquela situação para a criança agir daquela maneira.
É preciso também se atentar aos elogios que fazemos as
crianças como forma reforçadora para que eles façam aquilo que desejamos, o elogio em algumas situações ele é apenas um egoísmo nosso de buscar manipular o outro para fazer o que queremos, e isto não é encorajar a criança para que ela se sinta capaz, com autoestima, e empoderada. Com isso corremos o risco de a criança querer fazer algo não para si mesmo e para a importância de se fazer algo para si, mas para agradar o outro, como por exemplo, ouvir como a mamãe ficou feliz com ela pela nota da prova, mas qual a real importância daquela nota e para quem deveria ser satisfatório ?!, muitas vezes fazemos de forma inconsciente buscando ajudar a criança. E a disciplina positiva, busca a autoaprovação, da criança, que ela se sinta bem com seus feitos, mesmo que para ou outro não tenha ficado Bom o suficiente, é ela perceber o mundo a partir de si mesma, a importância do processo para se chegar ao produto, desta validação deste processo, das aprendizagens durante o percurso até se chegar ao objetivo.
Existem diversas ações diante da busca por disciplina e
educação dos nossos filhos, que acabam por não serem adequadas para esse objetivo, como as punições, castigos, gritos, humilhações, qual o sentido de para fazer a criança agir melhor, é preciso primeiro que ela se sinta pior, como ela poderá resolver um conflito se ela não tiver a oportunidade de se expressar, é preciso ter esta abertura para a resolução dos problemas, métodos que ajudem ela a ter controle emocional, mas primeiramente ela precisa compreender suas emoções, boas ou ruins, ela antes de agir precisa entender o que esta sentido para ai sim tomar uma decisão e atitude diante daquilo, por isto é importante a conversa sobre as regras, os combinados, fazendo com que ela se sinta importante, e validada dentro daquela relação.
Algumas ferramentas que podem ser adaptadas para cada
situação e criança, na disciplina positiva, são deixar a criança vivencia as consequências naturais das suas atitudes, claro que buscando sempre a segurança daquela criança, mas ela precisa associar seus comportamentos as consequências naturais sem punições ou castigos; trazer a criança para a resolução de problemas, pedir para que ela participe nas tomadas de decisões sobre suas próprias consequências; dar para a criança escolhas, que ela possa decidir o que ela considera melhor naquele momento; fazer perguntas curiosas, que despertam interesse na criança para realizar determina tarefa; quadro de rotinas, é uma forma visual que facilita a criança a compreender o que precisar ser feito e o tempo, além de trazer autonomia e confiança na criança; tente um abraço, é uma maneira de lidar com um momento de crise da criança e ao pedirmos um abraço, desperta nela a solidariedade de ajudar o outro, e assim ela consegue regular suas emoções para que possa pensar com mais clareza sobre o que esta sentido e o que fazer sobre aquilo; validação dos sentimentos da criança, é mostrar a ela que o que ela esta sentido é natural do ser humano, que esta tudo bem se sentir com raiva, medo, frustração e outros, dentro de determinas situações, e mostrar a ela o que fazer com estes sentimentos; os sinais não verbais, para que esta criança em situações em que ela não pode verbalizar o que precisa ou esta sentido, ela use o sinal para demostrar aos pais ou cuidadores; usar do humor, como brincadeiras para lidar com situações desafiadoras, trazendo o lúdico para a rotina; o cantinho da calma, é um lugar onde a criança possa ir para se acalmar, este lugar deve ser de escolha da criança aonde ela possa se sentir bem até ela poder voltar e resolver os conflitos.