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SÍNTESE MODULO 11

JOSIANE TOMÉ DA SILVA

Disciplina positiva

A professora deste modulo, diante de uma observação no seu


dia a dia, ao qual tinha contato com pais e sua rotina com a paternidade e
maternidade, que sempre traziam demandas que ela conseguiu através da
disciplina positiva, ir orientando os mesmo diante das queixas que eles tinham.
Na época a educação positiva ainda era muito escassa no Brasil, no qual ela
buscou maiores informações em estudos no exterior, e em 2017 ela conseguiu
realizar um curso no Brasil voltado para esta abordagem dentro da psicologia e
educação.

A disciplina positiva foi desenvolvida por uma americana,


doutora em educação, cuja na época ela tinha 7 filhos, e diante de uma outra
abordagem, ela começou a refletir como ela poderia colocar em pratica a teoria
dos autores que ela estava se baseando, ela começou então a pensar sobre a
psicologia na individualidade do ser humano, pois em meados da segunda
guerra mundial, as pessoas eram separada em grupos, suas características
eram consideradas a partir do grupo social em que esta inserido, e foi ai que
começou os estudos sobre o sujeito como um indivíduo e não somente sua
coletividade.

Hoje se tem diversos profissionais que já trabalham com a


abordagem da disciplina positiva, em mais de 60 países que tem conhecimento
e autoridade para falar sobre este assunto com propriedade, a disciplina
positiva, ela se baseia em desenvolver habilidades socias e de vida, que
futuramente tornará o sujeito hábil para ter controle emocional, individualidade
e vida socialmente esperada de forma satisfatória, a disciplina positiva ela pode
ser trabalhada em conjunto com outros estilos de abordagem.

O intuito da disciplina positiva é contribuir com os pais na


formas de lidarem com os comportamentos desafiadores dos filhos, ao
contrario de muitos outros métodos que buscam eliminar o “mal”
comportamento do filho, a disciplina positiva, busca a modificação daquele
comportamento, e a compreensão dele, ela não é permissiva, como muitos
pais tem essa pratica parental com os filhos, como também não é autoritária,
ela é um meio termo, ela busca por meio da conversa, interação, explicações,
atividades e regras conscientes, fazer com que a criança compreenda a
necessidade daquela regra, as orientações, o controle emocional, a sua
individualidade, o respeito consigo mesmo e com o outro, em fim desenvolver 7
habilidades sociais e de vida, que contribuem para um melhor
autoconhecimento e de interações, que ajudam esta criança a lidar com seus
desafios, sem precisar apresentar comportamentos ditos como ruins, que
muitas vezes devem, de a criança estar apenas buscam uma maneira de lidar
com suas frustrações, medos, raivas, tristezas e demais sentimentos.

Para isto é preciso primeiramente ver os comportamentos dos


pais diante daquelas demandas desafiadoras que eles trazem como queixa
sobre os filhos, muitas vezes, os pais não tem controle emocional para lidar e
ensinar o filho como reagir diante de determinada situação, as vezes os filhos
aprendem por observação e os pais diante de frustrações agem de maneira
que os filhos iram reproduzir, então o primeiro passo é a orientação destes
pais, buscar faze-los entender que suas atitudes também precisam ser
modeladas para que as crianças possam aprender a agir e sentir da melhor
maneira.

A disciplina positiva, busca a linguagem da gentileza e da


firmeza ao mesmo tempo, o principal é sempre ter clareza nas expectativas
que você tem sobre o que você deseja que esta criança faça e sobre o tempo,
isto ajuda a criança a saber o que ela precisa fazer diante das suas
orientações, outra maneira de exercitar este tipo de linguagem, é fazer
perguntas as crianças quando elas demostram desinteresse em realizar aquela
orientação, assim você pode oferecer opções para que ela compreenda melhor
o que foi falado a ela, estabelecer um fato, e checar a compreensão da criança
sobre o que esta sendo passado a ela, muitas vezes a criança simplesmente
não faz, ou se recusa, pois ela não entendeu de fato o que você esta propondo
a ela, ou ela ainda não conseguiu compreender o objetivo e a importância de
se fazer aquilo, ou naquele momento, as vezes para ela e mais importante
terminar o jogo, do que tomar banho naquele momento, então se precisa
buscar as justificativas para que ela compreenda que naquele horário é o
banho, ou estabelecer um combinado, por exemplo, mais 10 minutos de jogo e
depois o banho, ir criando meios para que a conversa seja clara e
compreensiva para ambos.

Além de que a linguagem da gentiliza e firmeza, traz a criança


sentimentos de autoconfiança, importância, e das habilidades de vida que ela
precisa para se sentir capaz, e autônoma em realizar suas atividades do dia a
dia, com maior segurança e participando ativamente daquilo, e não apenas
recebendo mandos, sem ao menos entender o por que daquilo, o que
realmente é mais importante ou não, acaba deixando ela apenas como
coadjuvante e não protagonista também das suas ações, além de quando o
adulto permite que a criança participe das tomadas de decisões, ela
desenvolve a capacidade de resoluções de problemas.

Crenças da criança sobre ela mesma influencia no seu


comportamento, se o adulto sempre coloca a criança como a ultima a opinar ou
as vezes não deixa ela participar das decisões de suas próprias atividades do
dia a dia, ela tem uma crença sobre ela de incapacidade, ela se sente
“inutilizável” , e diante de algumas situações em que ela deve ter autonomia
para decidir o que fazer, como por exemplo na escola, ela reage de forma
desafiadora, por que ela realmente não sabe o que fazer, ou sente que não é
capaz de resolver da melhor maneira aquela situação, desafiando ela pode
então ter a afirmação se ela é ou não capaz. Ela também tem crenças sobre o
mundo, ela desconhece o além do que vê, ela se sente insegura, com dúvidas.
Diante do comportamento desafiador da criança nos adultos temos o hábito de
ver apenas o comportamento em si, e não buscamos compreender para além
dele, tudo que está sendo envolvido naquela situação para a criança agir
daquela maneira.

É preciso também se atentar aos elogios que fazemos as


crianças como forma reforçadora para que eles façam aquilo que desejamos, o
elogio em algumas situações ele é apenas um egoísmo nosso de buscar
manipular o outro para fazer o que queremos, e isto não é encorajar a criança
para que ela se sinta capaz, com autoestima, e empoderada. Com isso
corremos o risco de a criança querer fazer algo não para si mesmo e para a
importância de se fazer algo para si, mas para agradar o outro, como por
exemplo, ouvir como a mamãe ficou feliz com ela pela nota da prova, mas qual
a real importância daquela nota e para quem deveria ser satisfatório ?!, muitas
vezes fazemos de forma inconsciente buscando ajudar a criança. E a disciplina
positiva, busca a autoaprovação, da criança, que ela se sinta bem com seus
feitos, mesmo que para ou outro não tenha ficado Bom o suficiente, é ela
perceber o mundo a partir de si mesma, a importância do processo para se
chegar ao produto, desta validação deste processo, das aprendizagens durante
o percurso até se chegar ao objetivo.

Existem diversas ações diante da busca por disciplina e


educação dos nossos filhos, que acabam por não serem adequadas para esse
objetivo, como as punições, castigos, gritos, humilhações, qual o sentido de
para fazer a criança agir melhor, é preciso primeiro que ela se sinta pior, como
ela poderá resolver um conflito se ela não tiver a oportunidade de se expressar,
é preciso ter esta abertura para a resolução dos problemas, métodos que
ajudem ela a ter controle emocional, mas primeiramente ela precisa
compreender suas emoções, boas ou ruins, ela antes de agir precisa entender
o que esta sentido para ai sim tomar uma decisão e atitude diante daquilo, por
isto é importante a conversa sobre as regras, os combinados, fazendo com que
ela se sinta importante, e validada dentro daquela relação.

Algumas ferramentas que podem ser adaptadas para cada


situação e criança, na disciplina positiva, são deixar a criança vivencia as
consequências naturais das suas atitudes, claro que buscando sempre a
segurança daquela criança, mas ela precisa associar seus comportamentos as
consequências naturais sem punições ou castigos; trazer a criança para a
resolução de problemas, pedir para que ela participe nas tomadas de decisões
sobre suas próprias consequências; dar para a criança escolhas, que ela possa
decidir o que ela considera melhor naquele momento; fazer perguntas curiosas,
que despertam interesse na criança para realizar determina tarefa; quadro de
rotinas, é uma forma visual que facilita a criança a compreender o que precisar
ser feito e o tempo, além de trazer autonomia e confiança na criança; tente um
abraço, é uma maneira de lidar com um momento de crise da criança e ao
pedirmos um abraço, desperta nela a solidariedade de ajudar o outro, e assim
ela consegue regular suas emoções para que possa pensar com mais clareza
sobre o que esta sentido e o que fazer sobre aquilo; validação dos sentimentos
da criança, é mostrar a ela que o que ela esta sentido é natural do ser humano,
que esta tudo bem se sentir com raiva, medo, frustração e outros, dentro de
determinas situações, e mostrar a ela o que fazer com estes sentimentos; os
sinais não verbais, para que esta criança em situações em que ela não pode
verbalizar o que precisa ou esta sentido, ela use o sinal para demostrar aos
pais ou cuidadores; usar do humor, como brincadeiras para lidar com situações
desafiadoras, trazendo o lúdico para a rotina; o cantinho da calma, é um lugar
onde a criança possa ir para se acalmar, este lugar deve ser de escolha da
criança aonde ela possa se sentir bem até ela poder voltar e resolver os
conflitos.

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