Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Primavera 2003
Lei e Sociedade
Lei, Instituições Legais e Culturas Populares da Lei
A segunda pergunta mais importante a se fazer sobre um sistema legal é “O que é a lei?”
A pergunta mais importante é “Como é a lei aplicada?””
Oliver Wendell Holmes, “The Path of the Law”
“A lei” . . . acumula, mas nunca passa; a qualquer instante ela representa a totalidade. É
por definição completa, entretanto sua completude não evita mudança. É uma conquista
humana, entretanto por suas excursões reversíveis e laterais, e por sua voz coletiva, não é
identificável como produto de qualquer indivíduo ou grupo particulares.”
Carol Greenhouse, “Just in Time”(1989)
“Essa é uma outra maneira de ver o sistema, você sabe, identificando os pontos de fuga
corretos. . .É incrível que coisas que se pode fazer e as que não se pode fazer. . .dentro da
lei”
Nilos Stavros, citado por Ewick and Silbey, The Common Place of Law, (1998)
“As profecias do que as cortes farão de fato e nada mais pretensioso é o que entendo por
lei”
A lei é um aspecto comum embora distinto da vida cotidiana em sociedades modernas. Este
curso examina os elementos centrais da lei enquanto instituição social e como um traço da
cultura popular. Exploraremos a natureza da lei como um conjunto de sistemas sociais,
atores centrais do sistema, a razão legal e as relações da forma e da razão legal com a
mudança social. O curso enfatiza a relação entre a lógica interna dos instrumentos legais e
os processos econômico, político e social. Ênfase é dada ao desenvolvimento de uma
perspectiva que encare a lei como um recurso prático, um mecanismo para lidar com o mais
amplo leque possível de questões sociais inespecíficas, problemas e conflitos e, ao mesmo
tempo, como um conjunto de representações e aspirações compartilhadas.
Se você vai faltar uma aula, não deixe de pedir a alguém para entregar a sua tarefa por
você. Duas ausências injustificadas rebaixarão a sua nota em ½ . Por exemplo, com duas
ausências injustificadas sua nota cairá de um B para um B-, com quatro ausências
injustificadas sua nota cairá de um B para um C+.
Finalmente, SEMPRE ajuda contactar o instrutor se você está tendo alguma dificuldade
para completar o trabalho prescrito, compreender as tarefas (tarefas escritas ou de leitura)
ou as aulas em classe. Sou extremamente acessível.
Nota: Critérios MIT para assuntos HA SS CI. A comunicação de assuntos intensivos nas
humanidades, nas artes, e nas ciências sociais devem requerer pelo menos 10 páginas
divididas em 3-5 tarefas. Dessas 3-5 tarefas, ao menos uma deve ser revisada e novamente
submetida. Temas HASS CI devem além disso oferecer aos alunos oportunidade
substancial para expressão oral, através de apresentações, discussão liderada pelo aluno
ou participação em classe.
Calendário do Curso
3 dias antes
da Aula Entrega do primeiro trabalho
#9
3 dias antes
da Aula #11 exame intermediário, data provável
Datas para as tarefas de leitura: Este é um horário experimental que pode variar em
resposta a discussões em classe e comentários. Entretanto, se você seguir esse cronograma
de leituras você será capaz de espaçar o trabalho no curso do semestre.
Perfil do Curso
I. Introdução
O que é a Lei? O que faz a Lei? O que a lei não faz?
Lei Natural, Positivismo Legal e Realismo Jurídico
Aula # 1 Richard Abel, "What do we talk about when we talk about law" in The
Law & Society Reader. G. Graham Burnett, A Trial By Jury, pp.3-76.
Aula #2 John Sutton, Law/Society, pp. 135-160. Oliver Wendell Holmes, "The Path of the
Law."
"Em que medida era a lei algo separado das pessoas –um sistema abstrato cobrindo a
realidade tumultuada de indivíduos e suas situaçoes específicas – e em que medida a
lei emergiu da textura e do caráter das pessoas e dos detalhes de suas ações?
" D. Graham Burnett, A Trial By Jury (2001:137)
Aula #3, 4, 5
Elliott Currie, "The control of witchcraft in renaissance Europe."
Donald Black, "Social Organization of Arrest."
Robert Emerson, "Holistic effects in social control decision-making", in Law & Society Reader.
Erhard Blankenburg, " The selectivity of legal sanctions: an empirical investigation of shoplifting,"
in Law & Society Reader.
Malcolm Feeley, The Process is the Punishment, excertos.
Albert W. Alschuler, "Plea bargaining and its history," in Law & Society Reader.
Michael Radelet and Glenn L. Pierce, "Race and prosecutorial discretion in homicide cases,"
in Law & Society Reader.
Milton Heumann and Colin Loftin, " Mandatory sentencing and the abolition of plea bargaining:
the Michigan felony firearm statute," in Law & Society Reader.
Kathleen Daly, "Structure and practice of familial-based justice in a criminal court,"
in Law & Society Reader.
David Engel, "The over bird's song: insiders, outsiders, and personal injuries
in an American community," in Law & Society Reader.
Aulas #9, 10, 11, 12 Carter and Burke, Reason in Law, p. 1-126,158-162.
Jeremy Paul, "Changing the Subjet: Cognitive Theory and the Teaching of Law."
Austin Sarat and William Felstiner, "Law and Social Relations: Vocabularies of Motive
in Lawyer/Client Interaction," in Law & Society Reader.
John Conley and William O'Barr, "Lay expectations of the civil justice
system," in Law & Society Reader.
V. Alternativas à Lei
Aulas #13, 14 Thomas Burke, Lawyers, Lawsuits and Legal Rights, excertos.
Susan Silbey, "The Emperor's New Clothes: Mediation Mythology and Markets."
Brian Telper, "Constructing Safe Communities: Megan's Law and the Purposes of
Punishment."
Nathaniel Hawthorne, The Scarlet Letter, excerto pp. 75-88.
Paul Berman, "An observation and a strange but true "tale": what might the
historical trials of animals tell us about the transformative potential of law?
Aulas #17, 18 Lei, Conflito de Classe e Economia: Marx
Exemplos
“Para os tratadores de porcos ...a lei era um domínio de conflito em cuja construção eles
participavam”
Hendrik Hartog, “Pigs and Posivitism” (1985)
Aulas #22, 23, 24, 25 Patricia Ewick and Susan S. Silbey, The Common Place of Law:
Stories from Everyday Life.
Carter and Burke, Reason in Law, p. 127-157.
Tendo que enfrentar uma longa lista de leitura em qualquer campo das ciências
sociais, você precisa aprender a ler tanto extensiva quanto intensivamente;
geralmente é pouco prático ler tudo palavra por palavra e linha por linha. Embora a
leitura e a interpretação minuciosas façam parte da tradição em ciências sociais, é
com freqüência impossível realizá-las, especialmente em cursos de nível
introdutório e intermediário. Ao invés de tentar ler cada palavra e cada linha,
considere as seguintes sugestões para uma leitura mais eficiente e eficaz dos
materiais do curso.
II. Comece todas as tarefas de leitura pela leitura do resumo, do prefácio, das
introduções e conclusões. Estas são freqüentemente as partes mais importantes de
qualquer texto, porque nelas muitas vezes o autor sinaliza para os seus temas e
argumentos principais. É necessário, contudo, observar, algumas vezes cuidadosa e
meticulosamente, as porções centrais do texto, para identificar a evidência
produzida com respeito aos principais temas e teses. Muitas vezes as primeiras
sentenças dos parágrafos oferecem as articulações com o argumento do autor.
III. Mecânica da leitura e das anotações. Leia o texto e faça notas marginais (em
lembretes ou pedaços de papel) indicando o que pareceram as partes mais
importantes do texto. Quando tiver completado uma primeira leitura do texto,
retorne e tome notas na forma de esboço, parafraseando sentenças ou parágrafos
até que tenha reduzido um grande número de páginas do texto a umas poucas.
(Certifique-se de manter uma citação acurada da obra para que em qualquer uso
futuro das notas e paráfrases possam ser apropriadame nte citadas. Você não que
se envolver em plágio). Sublinhar não é confiável. Destacar não é confiável. São
insuficientes. A fim de “conhecer” um texto você precisa convertê-lo em suas
próprias palavras, ou oferecer a sua própria organização do texto. O texto
precisa ser processado de maneiras diferentes em seu cérebro. Sublinhar é uma
atitude passiva e não lhe ajuda a apreender o material.
Leitura Analítica:
i. Determine que problemas o autor resolveu e quais não resolveu; entre os não resolvidos,
identifique quais aquelas em que o autor tem consciência de que fracassou na resolução. Se
você discorda do autor, em que bases você coloca a discordância? O autor é mal informado,
informado incorretamente, impreciso, incoerente, incompleto? Critique com justiça; não
julgue com base em opinião pessoal, gosto ou preferência. O argumento é internamente
consistente? A evidência (tanto a apresentada pelo autor quanto outra evidência no campo)
sustenta o argumento?
IV. Resumo (use este formato para as notas a serem entregues a cada semana)
Citação bibliográfica completa. Tese: 1-2 sentenças. Detalhes: 3-4 parágrafos bem
construídos. Temas: 3-4 marcadores usando os conceitos chave do autor
V. Os estudantes são recomendados a usar e consultar Lee Cuba, A Short Guide to Writing
About Social Science, second edition (New York: Harper Collins, 1992) para instrução
adicional em leitura e texto em ciências sociais, resumindo e sumariando leituras. Você
descobrirá que este livro é útil para outros assuntos também.
Filmes para exercícios escritos
Informação Adicional sobre o formato dos vídeos (e.g. VHS, DVD) e instruções
detalhadas serão dadas em classe.
Trabalho #1, a ser entregue 3 dias antes da Aula #9: Justiça Criminal / Sistemas de Justiça Civil
Criminal Justice
Wiseman, Law and Order
Onion Field
And Justice for All
Thin Blue Line
Sweet Hereafter
Class Action
Erin Erin Broikovich
Rainmaker
Accused
Jagged Edge
Anatomy of a Murder
The Verdict
Reversal of Fortune
Trabalho #3, a ser entregue na Aula: Norma da Lei, Cultura Jurídica, Mudança Social