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2o ano
Laboratório II
Universidade Pedagógica
Maputo
2019
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Universidade Pedagógica
Maputo
2019
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Índice
1.Introdução.....................................................................................................................................1
2.Objectivos.....................................................................................................................................5
2.1.Geral..........................................................................................................................................5
2.2.Específicos.................................................................................................................................5
3.Fundamentação teórica.................................................................................................................6
9.Parte experimental......................................................................................................................11
9.1.Material e reagentes.................................................................................................................11
14.Resultados e Discussão.............................................................................................................15
13.1.Obtenção do cloro..................................................................................................................15
15.Conclusão.................................................................................................................................19
16.Referências Bibliográficas........................................................................................................20
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1. Introdução
A química como ciência do grupo das ciências naturais, é uma ciência experimental, pois, os
seus conteúdos desenvolvidos teoricamente, são interpretados na prática através da realização
das experiênciasno laboratóio, neste caso, de química. Sendo assim, a aula prática será relatada
pelo presente relatório com o tema “obtenção do cloro e verificação suas propriedades,
Identificaçãõ dos iões halogenetos .”
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2. Objectivos
2.1. Geral
Obter o cloro e verificar as suas propriedades.
2.2. Específicos
Obter o cloro tendo em conta a sua toxicidade;
Verificar as propriedades descorantes do cloro;
Identificar os iões halogeneto através das reacções de precipitação, complexação e redox.
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3. Fundamentação teórica
3.1. Breve Historial da descoberta dos Halogénios
A Família dos Halogénios, conhecida também como VII A, é uma das mais conhecidas famílias
da Tabela Periódica, os elementos que a compõe são: Flúor (F), Cloro (Cl), Bromo (Br), Iodo (I),
Astato (At) dos quais os mais abundantes são o Flúor e o Cloro. O Ástato não aparece na
natureza e todos os seus isótopos conhecidos são instáveis (são radioactivos). Os halogénios
obtiveram este nome, que significa “geradores de sais”, por ser capazes de atacar os metais,
formando sais típicos, por exemplo o Cloreto de sódio (NaCl).
O elemento Flúor (F) foi descoberto em 1886 por Químico Francês Ferdinand Frederick Henri
Moissan após 74 anos de tentativas de outros pesquisadores. Várias experiências pioneiras para
isolá-lo resultaram em acidentes, alguns deles fatais. A sua separação é difícil devido à elevada
reatividade e toxicidade. O nome Flúor provém do latim “fluere” = "fluir” porque o principal
mineral, a fluorita, foi usado como fluxo em metalurgia, isto é, uma substância usada para
facilitar a fusão de metais.
O elemento Cloro (Cl) foi descoberto em 1774 na Suécia pelo Químico Sueco Karl Wilhelm
Scheele e confirmado em 1810 por Davy. O nome deriva do grego “Cloros” que significa verde
pálido.
O elemento Bromo (Br) foi descoberto em 1826 na França, pelo Químico Francês Antoine. J.
Balard, na água do mar. O nome Bromo deriva do grego “bromos” que significa mau cheiro.
O elemento Iodo (I) foi descoberto em 1811 em Paris, na França por um Químico Francês
Bernard Courtois. Mais tarde o Químico e Físico L. Joseph Gay-Lussac (1778-1850) o
identificou como um novo elemento, chamando-lhe de Iodo. O nome deriva do grego “Iodes”
que significa violeta.
Nenhum dos halogénios ocorre na natureza em seu estado elementar, por causa da alta
reatividade destes elementos. Todos existem em moléculas diatómicas ou sob outras formas
combinadas, que apresentam grande estabilidade.
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O elemento Cloro forma cerca de 0.31% em peso da crosta terrestre e ocorre predominantemente
sob a forma de Cloreto de sódio (NaCl) encontrado em grande quantidade na água do mar, em
oceano e nos lagos. Encontra-se também em Cloreto de Potássio (KCl) na forma de minerais
Silvinite (KCl) e Carnalite (MgCl2.KCl.6H2O). O cloro e o flúor são também contribuintes para o
aumento do efeito estufa na forma de clorofluorcarbonetos.
O Iodo ocorre na forma dos sais de Potássio, Exemplo: Iodato de potássio (KIO 3) e Periodato de
potássio (KIO4). Ocorre sob a forma de Iodato de sódio (NaIO 3) e na forma de salitre-do-chile,
que é Nitrato de sódio (NaNO3).
O Astato, halogéneo mais pesado, não se encontra na natureza, ele se obtêm por via de reacções
nucleares artificiais. As quantidades ínfimas são descobertas nos produtos da desintegração
radioactiva natural do Urânio e do Tório.
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Os halogénios apresentam duma forma muito clara e explícita as propriedades químicas dos seus
elementos que permitem demonstrar a lógica da sua pertença a um mesmo grupo, “o VII grupo
principal da Tabela Periódica dos elementos”.
A principal característica química dos halogénios é seu poder em agir como agentes oxidantes,
característica essa que facilita o ganho de electrões que necessitam para se tornarem
químicamente estáveis.
Todos os constituintes do VII-A grupo possuem 7 electrões no seu último nível de energia, tendo
que necessitam de receber um electrão para atingir sua estabilidade química. A variação das
propriedades ao longo do grupo estão em correlação com a variação do nº atómico e com o
aumento das forças de Van der Waals.
Na camada electrónica exterior, os átomos de halogénios contém os sete electrões, dois na orbital
“s” e cinco nas orbitais “p” (ns 2np5), por issso estes átomos facilmente captam um electrão,
formando os iões negativos monocarregados que possuem a estrutura electrónica dum gás nobre
respectivo (ns2 np6). Esta tendência à captação de electrões caracteriza os halogéneos como não
metais típicos. Todos os elementos do VII grupo são muito tóxicos e possuem um cheiro muito
forte. A aspiração deles, mesmo nas quantidades pequenas leva a irritação das vias respiratórias e
a inflamação das mucosas, se as quantidades forem consideráveis podem levar a intoxicações
graves.
Cloro: À temperatura e pressão normal, é um gás de cor amarelada, de cheiro acre e penetrante,
que se aspirado em grandes quantidades pode causar asfixia e morte. Devido a sua acção
corrosiva, tóxica e irritante para o sistema respiratório e para os olhos, o gás Cloro foi utilizado
durante a primeira guerra mundial como arma química.
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O Cloro, o Bromo e o Iodo podem ser preparados por oxidação deCloreto, Brometo ou Iodeto em
meio ácido, usando-se comooxidante o ião permanganato ou o Dióxido de manganés:
O Flúor: é utilizado para a Preparação do UF6 (separação deisótopos), Preparação do SF6 (gás
protector), na produção decompostos orgânicos (Teflon), como aditivo das pastas dentífricas
para combate a cárie:
(Hidroxiapatite) (fluorapatite)
O Cloro: O cloro é usado na produção de Clorobenzol, Fogênio, bem como materiais sintéticos
como o PVC e oCloropreno. Também se usa o Cloro para produzir insecticidas epesticidas,
produtos de limpeza de piscinas, de branqueamento defibras e vegetais (linho, algodão etc.), na
desinfecção de resíduosindustriais, tratamento de água para consumo, fabricação de
papel(deixando-o mais branco), entre outras.
O Iodo: no corpo humano o Iodo tem a importante tarefa de regulara glândula tireóide, apesar de
estar presente em pequenasquantidades nos tecidos animais. É usado em solução alcoólica
como anti–séptico no tratamento de ferimentos. Na indústria, oIodo é usado na produção de
lâmpadas catalisadores, medicamentos,lubrificantes, corantes, reagentes e produtos
intermediários usadosna síntese de compostos orgânicos e em laboratórios de análise.
Cloro: é um gás de cheiro acre e penetrante. Se for aspirado emgrandes quantidades pode causar
asfixia e morte. Devido a suaacção corrosiva, tóxica e irritante para o sistema respiratório e para
os olhos, o gás Cloro foi utilizado durante a primeira guerra mundialcom arma química.
9. Parte experimental
9.1. Material e reagentes
Material Reagentes
1 tubo de ensaio com abertura lateral 45º Solução aquosa de ácido clorídrico (HCl)
1 Pipeta Eppendorf de 12.5 ml Solução aquosa de Iodeto de Potássio (KI)
Adaptadores 20/13 e 20/20 Permanganato de potássio sólido (KMnO4)
Anilhas de borracha Cloreto de sódio (NaCl)
1 filtro PTEF Carvão activado (metade do tubo de ensaio)
1 Suporte para filtro Solução aquosa de Brometo de sódio (NaBr)
6 tubos de ensaio Tetracloreto de Carbono
Espátula Solução aquosa de amoníaco (NH3)
Primeiro foi feita a montagem do aparelho para obtenção do cloro, depois dessa montagem da
aparelhagem sendo ela constituída pelo tubo de ensaio com abertura lateral 45º, adaptadores
20/20, papel de filtro com o seu respectivo suporte, funil de separação, e dois tubos de rosca e
um bloco de suporte metálico. Desmontou-se a aparelhagem, os dois tubos de reacção e
removeu-se o funil de separação do tubo de ensaio com abertura lateral 45º, introduziu-se no
tubo de ensaio com abertura lateral 45º KMnO4na parte lateral do tubo de ensaio conectou-se
com o funil de separação o HCl.
O tubo de rosca que se encontrava na parte intermediária foi adicionado água destilada e
introduziu-se nesse tubo um folha verde para que não vazasse a água para o permanganato de
potássio. Fechou-se o tubo com adaptadores sustentando por dentro do mesmo pelo suporte e
papel de filtro.
No tubo de ensaio que ficava por cima do tubo que continha água destilada, foi adicionado
carvão activado com auxílio da espátula. Feita a montagem da aparelhagem os respectivos
reagentes, como foi descrito anteriormente, transportou-se o aparelho até à capela e depois
gotejou-se o ácido clorídrico pouco a pouco sobre o permanganato de potássio.
Para a realização desta experiência usou-se três tubos de ensaio, os quais foram enumerados de 1
à 3, onde no primeiro tubo de ensaio foi introduzido a solução de Iodeto de potássio (KI), no
segundo tubo brometo de sódio (NaBr), e no terceiro tubo ácido clorídrico (HCl). Em seguida
adicionou-se gotas de solução aquosa de Nitrato de prata (AgNO 3) em cada um dos tubos de
ensaio com recurso a uma conta-gotas.
Observação:
No tubo de ensaio contendo HCl após a adição de AgNO 3 a solução ficou turva com
aspecto embranquiçado e com formação de pequenos gránulos;
No tubo com NaBrapós a adição de AgNO 3 notou-se que a solução tinha uma cor
amarelo-claro e verificou-se a formação de pequenos gránulos;
No tubo contendo KI após a adição de AgNO 3a solução ficou com um aspecto amarelo e
verificou-se a formação de pequenos gránulos.
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Fig.1
Para a realização desta experiência utilizou-se os três tubos de ensaio descritos no procedimento
anterior contendo as substâncias da respectiva experiência.
No tubo de ensaio contendo HCl e AgNO 3adicionou-se uma solução contendo NH 3, registou-se
as observações.
Observação: após a adição das soluções (NH3,Na2S2O3e KSCN) nos tubos de ensaio contendo
(HCl, NaBr, KI) observou-se a dissolução dos precipitados tornando-se todas incolor, sendo os
processos descritos pelas equações acima.
Levou-se dois tubos de ensaio, e em cada um deles introduziu-se a água de cloro produzida na
experiência de obtenção do cloro. No primeiro tubo adicionou-se gotas da solução de KI e no
segundo tubo adicionou-se a solução de NaBr, e por último adicionou-se tetracloreto de carbono
(CCl4) nos dois tubos de ensaio.
Observação: observou-se que no primeiro tubo de ensaio que continha água de cloro, que foi
adicionado KI e CCl4houve coloraçào violeta. No segundo tubo de ensaio que continha água de
cloro, que foi adicionadoa solução de NaBre CCl4houve coloração castanha.
Discussão: a ocorrência da reacção química pode ser evidenciada pela libertação de gases
(efervescência), mudança de cor, formação de precipitado, entre outros (FELTRE,2006:62).
Deste modo, o enfervecimento observado deveu-se ao facto do ácido clorídrico ter entrado em
contacto com o permanganato de potássio ocorrendoa libertação do cloro segundo a reacção
abaixo:
O descoramento da folha verde deve-se à acção oxidante da água de cloro quando esta
decompõe-se libertando oxigénio.
De acordo com(CAMUENDO & SAMBO 2013: 91) a formação de soluções incolores identifica
a formação de iões complexos dos respectivos iões halogeneto, assim o AgCl é solúvel em NH 3,
o AgBr é solúvel em ião tiossulfato (S2O32-) e o AgI é solúvel em iào cianeto. Usou-se o ião
cianeto para complexar o iodeto de prata devido a suas propriedades canserígenas que são baixas
em relação ao ião CN-.
Discussão:
Para a identificação dos iões brometo e iodeto usa-se amostra contendo os respectivos iões e
água de cloro (H2O.Cl2), o cloro contido na água de cloro oxida os iões brometo e iodeto.
Quando se adiciona CCl4na água de cloro contendo solução de NaBr é possível notar a acção do
poder oxidante do cloro molecular sobre o bromo visto que o cloro molecular oxidou o bromo de
modo que se forma-se o ião cloreto que pela sua natureza apresenta coloração amarela-
acastanhado. O amarelo-acastanhado verificado como resultado da reacção entre a água de cloro
H2O.Cl2 e NaBr(aq) na presença de CCl4deve-se à formação bromo molecular.
Cl2(aq)+ 2Br-CCl
→
4 2Cl-(aq) + Br2(aq) (amarelo-acastanhado)
Os iões brometo são oxidados pela molécula de cloro presente na solução deste em água levando
à formação de coloração característica de bromo no estado molecular.
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O tom violeta verificado como resultado da reacção entre água de cloro (H 2O.Cl2) e KI na
presença de CCl4deve-se à formação do iodo molecular.
Cl2(aq)+ 2I-CCl
→
4 2Cl-(aq) + I2(aq)(Violeta)
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Os iões iodeto são oxidados pela molécula de iodo presente na solução desta em água levando a
formação da coloração característica do iodo no estado molecular conforme fundamenta a
literatura.
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15. Conclusão