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Abiguel Alfredo Matene

Benildo Elias Furaga Sondanhe


Cremilda Pedro Nhabomba
Kelven Zito Isaquel Samuel
Lusicai Armando Mulumbane

Haletos de alquila e Organometálicos, álcoois e éteros, aldeídos e cetonas, ácidos


carbonoxilicos e seus derivados

Licenciatura em Ensino de Biologia com Habilitações em Gestão de laboratório

Universidade Púnguè

Chimoio

2022
Abiguel Alfredo Matene
Benildo Elias Furaga Sondanhe
Cremilda Pedro Nhabomba
Kelven Zito Isaquel Samuel
Lusicai Armando Mulumbane

Haletos de alquila e Organometálicos, álcoois e éteros, aldeídos e cetonas, ácidos


carbonoxilicos e seus derivados

Licenciatura em Ensino de Biologia com Habilitações em Gestão de laboratório

Trabalho Científica a ser Submetida à Faculdade de


Ciências Exactas e Tecnológicas, Departamento de
Biologia, na disciplina de Química Básica com o
Componente Avaliativo.

Sob a Orientação: Eustáquia Mário

Universidade Púnguè

Chimoio

2022
Índice
Introdução...................................................................................................................................4

Haletos orgânicos são.................................................................................................................5

Haletos de alquila........................................................................................................................5

Haleto de Arila............................................................................................................................6

Sua fórmula genérica é:..............................................................................................................6

Utilidade......................................................................................................................................6

Nomenclatura..............................................................................................................................7

Organometálicos.........................................................................................................................7

Os compostos Organometálicos..................................................................................................7

Álcoois e cetonas........................................................................................................................8

Regras de nomenclatura dos álcoois.........................................................................................10

Nomenclatura dos álcoois.........................................................................................................11

Aldeídos e cetonas....................................................................................................................12

Reactivo de Tollens...................................................................................................................14

Reactivo de Fehling..................................................................................................................15

Reactivo de Benedict................................................................................................................15

Cloretos de acilo.......................................................................................................................17

Anidridos carboxílicos..............................................................................................................17

Características dos ácidos carboxílicos.....................................................................................17

Reacções químicas com ácidos carboxílicos............................................................................19

Aplicações dos ácidos carboxílicos..........................................................................................20

Anidridos de ácidos carboxílicos..............................................................................................20

Ésteres.......................................................................................................................................21

Conclusão..................................................................................................................................22

Referências bibliográfica..........................................................................................................23
Introdução
No presente trabalho de pesquisa abordar-se-á de haletos de Aquila e Organometálicos,
Ácidos e éteres, aldeídos, Cetonas e ácidos carboxílicos e seus derivados. Onde O haleto de
alquila é o composto orgânico que possui um halogênio ligado a um carbono saturado de um
hidrocarboneto de cadeia aberta, são muito utilizados como solventes, na fabricação de
plásticos, insecticidas e gás de refrigeração. O haleto mais importante usado como solvente é
o CCl4, tetracloreto de carbono, muito tóxico. E os Organometálicos São os compostos
orgânicos que possuem pelo menos um átomo de metal ligado a um átomo de carbono.
Normalmente os Metais que formam esse tipo de substâncias são: magnésio (Mg), zinco (Zn),
chumbo (Pb) e mercúrio (Hg). Dentre os Organometálicos mais comuns estão os
organomagnésios, mais conhecidos como compostos ou reagentes de Grignard, cujo metal
ligado ao carbono é o magnésio, e ele, por sua vez, está ligado a um halogênio, que pode ser
um dos seguintes elementos da família 17 da Tabela Periódica: flúor (F), cloro (Cl), bromo
(Br) e iodo (I).
Haletos orgânicos são

Os haletos orgânicos são substâncias provenientes de compostos orgânicos pela troca de um


ou mais hidrogénios por halogénio – F, Cl, Br, I.

Acompanhe alguns exemplos a seguir.

Os haletos podem ser classificados de acordo com o halogênio que está na cadeia carbônica,
como fluoretos, cloretos, brometos iodetos ou mistos. Também podem se classificar de acordo
com o número de átomos de halogênio na molécula, como mono-haleto, di-haleto, tri-haleto,
etc.

A classificação mais importante é quanto a grande reactividade de dois grandes grupos, os


haletos de alquila e os haletos de arila.

Haletos de alquila

Sua fórmula genérica é:

R–X

Onde:
R – grupo alquila ou radical alquila
X – halogênio

O haleto de alquila é o composto orgânico que possui um halogênio ligado a um carbono


saturado de um hidrocarboneto de cadeia aberta veja os exemplos abaixo:
Haleto de Arila

Sua fórmula genérica é:

Ar – X

Onde:
Ar – grupo arila
X - halogênio

O haleto de arila é o composto orgânico que possui o halogênio ligado directamente a um anel
benzênico. Exemplos:

Utilidade

Os haletos orgânicos são muito utilizados como solventes, na fabricação de plásticos,


insecticidas e gás de refrigeração. O haleto mais importante usado como solvente é o CCl 4,
tetracloreto de carbono, muito tóxico.

O BHC de fórmula molecular C6H6Cl6 é usado como insecticida.

O clorofórmio CCl3 foi muito usado como anestésico desde 1847, na Inglaterra. Hoje, já não é
usado para esta finalidade porque é muito tóxico. Os freons CCl 3, CCl2F2 e muitos outros
eram usados como gás de refrigeração. Com o tempo, descobriu-se que prejudicava o meio
ambiente, destruindo a camada de ozônio e foi reduzida a sua produção.

O DDT de fórmula C14H9Cl5 era um importante insecticida muito utilizado durante a Segunda


Guerra Mundial. Sua produção foi proibida em vários países devido a sua alta toxicidade.
Nomenclatura

De acordo com a IUPAC, os halogênios são considerados uma ramificação que está ligada à
cadeia principal. Exemplos:

     

Bromo-benzeno     cloro-benzeno.

Organometálicos

São os compostos orgânicos que possuem pelo menos um átomo de metal ligado a um átomo
de carbono. Normalmente os Metais que formam esse tipo de substâncias são: magnésio
(Mg), zinco (Zn), chumbo (Pb) e mercúrio (Hg).

Dentre os Organometálicos mais comuns estão os organomagnésios, mais conhecidos como


compostos ou reagentes de Grignard, cujo metal ligado ao carbono é o magnésio, e ele, por
sua vez, está ligado a um halogênio, que pode ser um dos seguintes elementos da família 17
da Tabela Periódica: flúor (F), cloro (Cl), bromo (Br) e iodo (I).

Os compostos Organometálicos

São normalmente tóxicos, pois possuem metais que se acumulam no organismo e são mais
solúveis em compostos orgânicos do que outros compostos inorgânicos que têm a presença
desses metais. Um exemplo em que isso pode ser visto é quando garimpeiros ou indústrias
jogam compostos Organometálicos em lagos e rios. Os resultados são graves problemas para
a saúde dos usuários dessas águas (tanto humanos como animais), como também outros
problemas ecológicos.

A seguir temos três exemplos de compostos Organometálicos presentes em nosso dia a dia:

• Cloreto de etil-mercúrio (H3C ─ CH2 ─ HgCl): esse composto pode ser usado como
fungicida na preservação de sementes. Entretanto, seu uso é muito perigoso, pois, por possuir
mercúrio, ele é altamente tóxico, principalmente para o sistema nervoso;

• Butil-lítio (H3C ─ CH2 ─ CH2 ─ CH2 ─ Li): esse composto é usado como iniciador de
polimerização para a produção de elastómeros, isto é, polímeros com propriedades elásticas;

• Tetraetil-chumbo (ou chumbotetraetila): por muito tempo esse composto foi usado como
antidetonante na gasolina, pois aumentava sua octanagem e o rendimento do motor. No
entanto, junto com a queima da gasolina, esse composto liberava chumbo para o meio
ambiente, causando a poluição da atmosfera. Esse chumbo é tóxico, polui o meio ambiente e é
especialmente perigoso porque afecta o cérebro, ocasionando efeitos na coordenação motora.

Assim, em seu lugar está sendo usado outro organometálico: o ferroceno, que possui em sua
estrutura dois anéis em cada lado de um ferro, conforme mostrado nas estruturas químicas.

Álcoois e cetonas

Os álcoois são substâncias que possuem o grupo hidroxila (OH) ligado a um átomo de
carbono saturado. Portanto, o seu grupo funcional é:

OH
|
—C—
|
Observe que o carbono ao qual a hidroxila está ligada tem que ser saturado, ou seja, realizar
apenas ligações simples com outros átomos de carbono ou hidrogênio, pois se tal carbono
apresentar uma dupla ligação com outro carbono, então não teremos um álcool, mas sim um
enol. Além disso, se a hidroxila estiver ligada a um anel aromático, teremos um fenol.

Compostos que não são álcoois, mas sim um enol e fenol


A classificação dos álcoois pode considerar dois critérios principais:

 Quantidades de hidroxilas ligados a cadeia carbónica

* 1 OH: Monoálcool ou monol;
H
            |
H3C — CH2 — CH3
* 2 OH: Diálcool, diol ou glicol;
  OH
            |
H3C — CH2 — CH2— CH2 — CH2 — OH
* 3 OH: Triálcool ou triol;
         OH
            |
HO — CH2 — CH2 — OH
*Alcoóis com mais de uma hidroxila: Poliálcoois ou poliois.
Tipo de carbono ligado ahidroxila
* Carbono primário (ligado a apenas um átomo de carbono): Álcool primário
         OH
          |
H3C — CH3
* Carbono secundário (ligado a dois átomos de carbono): Álcool secundário
           OH
            |
H3C — CH2— CH2 — CH2 — CH3
 Carbono terciário (ligado a três átomos de carbono): Álcool terciário

           OH
            |
H3C— CH —CH2 — CH3
       
  CH3

Lembrando-se de que os álcoois não podem apresentar mais de uma hidroxila ligada a um
mesmo átomo de carbono. A nomenclatura dos álcoois, segundo a IUPAC, é feita
basicamente seguindo a regra abaixo:

Regras de nomenclatura dos álcoois

A cadeia principal é sempre a que possui a hidroxila. Se houver insaturação (ligações duplas
ou triplas entre carbonos), ramificações ou mais de uma possibilidade para a localização da
hidroxila, é necessário colocar o número do carbono onde estão localizadas.

Exemplos:

Nomenclatura oficial de alguns álcoois


O álcool mais simples é o metanol  (H3C — OH), conhecido também como álcool metílico,
que pode ser obtido através da destilação da madeira. Ele já foi usado como combustível, mas
é muito perigoso, visto que é inflamável e sua chama é invisível a olho nu, o que dificulta o
controlo de incêndios. É também tóxico, podendo levar à cegueira e à morte.
O etanol (H3C — CH2 — OH) é o principal álcool, sendo usado como combustível obtido
principalmente por fermentação de açúcares e cereais, da cana-de-açúcar, de beterraba, milho,
arroz etc. Outros usos do etanol são em anti-sépticos, como solvente de tintas, vernizes,
perfumes, como matéria-prima na obtenção de vários compostos orgânicos, como acetaldeído,
ácido acético e éter comum; e em bebidas alcoólicas.

Éteres são compostos orgânicos, ou seja, que são formados de átomos de carbono. Eles
pertencem à função oxigenada e possuem oxigénio entre os átomos de carbono.

Apresentam como propriedades físicas o fato de serem encontrados nos estados líquido,
sólido ou gasoso. São muito inflamáveis e possuem cheiro muito intenso.

Fórmula geral dos éteres

Nomenclatura dos álcoois

A nomenclatura IUPAC (União Internacional de Química Pura e Aplicada, em português), é a


utilizada para dar nomes oficiais aos éteres.

O primeiro passo, é indicar o número de átomos de carbono através do prefixo:

1 - met, 2 - et, 3 - prop, 4 - but, 5 - pent, 6 - hex, 7 - hept, 8 - oct, 9 - non, 10 - dec.

De seguida, temos de identificar o oxigénio entre os carbonos e dividir o éter pelo lado que
tem menos e mais carbono ao lado do oxigénio.

No lado do oxigénio que tem menos carbono, ou seja, cuja cadeia é menor, o sufixo é -oxi.
Enquanto isso, no lado da cadeia maior, o sufixo é -ano.

Exemplo:
CH3 - O - CH2 - CH3
Do lado esquerdo do oxigénio, há apenas um átomo de carbono. Logo, o prefixo é met.

Do lado direito do oxigénio, são dois os átomos de carbono. Logo, o prefixo é et.

Assim, ao prefixo met (cadeia menor) é acrescido o sufixo -oxi, do qual resulta a palavra
metoxi.

Ao prefixo et (cadeia maior) é acrescido o sufixo -ano, do qual resulta a palavra etano.

Juntos, formam o nome metoxi etano (CH3 - O - CH2 - CH3).

Mas há também a nomenclatura usual. Nesse caso, utilizamos a palavra éter e no lado do
oxigênio que tem menos carbono, adicionamos o sufixo -il. Enquanto no lado com mais
carbono, o sufixo é -ílico, formando assim o nome éter metil etílico.

Aldeídos e cetonas

"Os aldeídos e as cetonas são funções orgânicas muito parecidas. Ambos possuem em sua
estrutura o grupo funcional carbonila (C = O), com a única diferença de que, no caso dos
aldeídos, ela sempre aparece na extremidade da cadeia carbônica, ou seja, um dos ligantes do
carbono da carbonila é o hidrogénio; já as cetonas possuem a carbonila entre dois outros
átomos de carbono. 

Grupo funcional dos aldeídos:                      Grupo funcional das cetonas:

   O                                             O            

 ║                                          ║     

 C ─ C ─ H                              C ─ C ─ C          

Por essa razão, ocorrem casos de isomeria de função entre aldeídos e cetonas. Por exemplo, a
seguir apresentamos dois isómeros funcionais que possuem a mesma fórmula molecular
(C3H6O), mas um é um aldeído (propanol) e o outro é uma cetona (propanona). Veja como
isso muda totalmente as propriedades e aplicações deles:

Exemplo de isomeria de função entre aldeído e cetona


Imagine que você esteja em um laboratório e encontre um frasco com um líquido incolor e
que possui somente a fórmula molecular C3H6O. O que você faria para descobrir se é uma
cetona ou um aldeído?

Para resolver problemas como esse, existem métodos de diferenciação de aldeídos e cetonas
que se baseiam na reacção desses compostos diante de agentes oxidantes fracos. Conforme
mostrado a seguir, diante de oxidantes fracos, os aldeídos reagem sendo oxidados, enquanto
as cetonas não reagem. Dizemos assim que os aldeídos atuam como agentes redutores, mas as
cetonas não, elas apenas reagem como redutoras em contacto com oxidantes energéticos.

Aldeídos + Oxidantes fracos → ácido carboxílicos

       O                                                  O

       ║                                                  ║

C ─ C ─ H     +     [O]             →   C ─ C ─ OH

Cetonas + Oxidantes fracas → Não reagem

       O

       ║

C ─ C ─ C      +      [O]          → Não ocorre reacção

Baseado nisso, basta então realizar essa reacção e ver se o composto reage ou não. Se reagir,
sabemos que é um aldeído; se não reagir, é uma cetona. Além disso, os produtos formados
nessas reacções de oxidação dos aldeídos são bastante visíveis, ocorrendo mudanças de cores,
conforme será mostrado mais adiante.

Existem três métodos principais de diferenciação de aldeídos e cetonas, que são:

Reactivo de Tollens

Esse reactivo é uma solução amoniacal de nitrato de prata, ou seja, contém nitrato de prata
(AgNO3) e excesso de hidróxido de amónio (NH4OH):

AgNO3 + 3 NH4OH → Ag(NH3)OH + NH4NO3 + 2 H2O


Conforme explicado no texto Fazendo um Espelho de Prata, quando um aldeído é colocado
em contacto com o reactivo de Tollens, ele é oxidado ao ácido carboxílico correspondente,
enquanto os iões prata são reduzidos a Ag0 (prata metálica). Se essa reacção for realizada, por
exemplo, em um tubo de ensaio, essa prata metálica depositar-se-á nas paredes do tubo,
resultando na formação de uma película chamada de espelho de prata. Esse resultado
observado é muito bonito e é usado no processo de fabricação industrial de espelhos."

"A reacção que ocorre pode ser representada da seguinte maneira:

       O                              O

       ║                              ║

R ─ C ─ H + H2O → R ─ C ─ OH + 2e- + 2 H+

2 Ag+ + 2e- → 2 Ag0

2 NH3 + 2 H+ → 2 NH4+

       O                                                       O

       ║                                                       ║

R ─ C ─ H + 2 Ag+ + 2 NH3 +H2O → R ─ C ─ OH + 2 Ag0 + 2 NH4+

  

Aldeído reactivo de Tollens    ácido carboxílico prata metálica (espelho de prata)

Por outro lado, se colocarmos a cetona para reagir com o reactivo de Tollens, não ocorrerá a
formação da prata metálica, porque as cetonas não conseguem reduzir os iões Ag+.

Reactivo de Fehling

Esse reativo é uma solução -azul de sulfato de cobre II (CuSO4) em meio básico, pois está
misturado com outra solução formada por hidróxido de sódio (NaOH) e tartarato de sódio e
potássio (NaOOC-CHOH-CHOH-COOK). O tartarato é adicionado à solução de sulfato de
cobre II para estabilizá-lo e evitar sua precipitação.
CuSO4 + 2 NaOH → Na2SO4 + Cu(OH)2

Em contacto com o reactivo de Fehling, um aldeído forma o ácido carboxílico pela sua
oxidação, enquanto os íons cobre (Cu2+) presentes no meio são reduzidos, formando um
precipitado castanho-avermelhado (mais parecido com a cor de tijolo), que é o óxido cuproso.
Já as cetonas não reagem -porque não conseguem reduzir os íons Cu2+.

       O                                        O

       ║                                        ║

R ─ C ─ H + 2 Cu(OH)2 → R ─ C ─ OH + Cu2O + 2 H2O

   Aldeído                               precipitado castanho-avermelhado

Reactivo de Benedict

Esse reactivo também é formado por uma solução de sulfato de cobre II (Cu(OH)2) em meio
básico, mas é misturada com citrato de sódio. Assim como ocorre com o reagente de Fehling,
no caso da reação entre o aldeído e o reagente de Benedict, também existem íons cobre
(Cu2+) presentes no meio que são reduzidos e formam o óxido cuproso vermelho.

Esse reactivo é muito utilizado em exames para detectar a presença e o teor de glicose na
urina. A glicose possui um grupo aldeído em sua estrutura, por isso ela reage com o reactivo
de Benedict presente em fitas para esses testes."

Derivados de ácidos carboxílicos

Esta página utiliza Jmol. Se não estiver familiarizado com as possibilidades do Jmol veja esta
introdução.

Na figura 1 são indicadas algumas reacções típicas dos ácidos carboxílicos em que ocorre
substituição do grupo hidroxilo ou do oxigénio do grupo hidroxilo por outro grupo
substituinte dando origem a diferentes famílias de compostos.

.
Figura 1 - Derivados de ácidos carboxílicos

Em todos os derivados de ácidos carboxílicos é conservado o grupo R1C(O) e o carbono


estabelece uma ligação σ  com o átomo apropriado do grupo substituinte respectivo, indicados
a azul na figura 1. Neste grupo, o carbono e oxigénio estão rodeados de três zonas com
electrões e apresentam assim hibridação sp2 e configurações:

carbono [He] 2sp212sp21sp212pz1


Oxigénio [He] 2sp222sp22sp212pz1

O carbono do grupo carbonilo estabelece 3 ligações σ com as orbitais sp 2, uma com uma
orbital do grupo substituinte, outra com uma orbital do átomo do radical R a que se liga, e
uma terceira ligação σ com uma orbital sp2 do oxigénio do grupo C=O. Este último apresenta
as restantes orbitais sp2 ocupadas com dois pares de electrões não partilhados. As
orbitais pz do carbono e oxigénio do grupo carbonilo que não entraram na hibridação
coalescem lateralmente estabelecendo uma ligaçãoπ.

Cloretos de acilo

Os cloretos de acilo são compostos de fórmula geral fórmula geral RCOCl. A nomenclatura
destes compostos consiste em designá-los por cloretos do ácido correspondente com
terminação ilo. O derivado do ácido acético designa-se assim cloreto de acetilo. Na figura 2
são descritas a ligação neste composto e é representada a superfície de densidade electrónica.
O cloreto de acetilo, assim como os restantes compostos desta família, apresenta um momento
dipolar elevado, μ=2.45 D.
Ligação química e superfície de densidade electrónica para a molécula de cloreto de acetilo,
CH3COOCl.  Nesta última, o vermelho indica elevada densidade electrónica (carga negativa)
e o azul indica baixa densidade electrónica (carga positiva).

Anidridos carboxílicos

São compostos orgânicos que apresentam o grupo funcional carboxila, isto é, um carbono que
realiza uma ligação dupla com oxigénio e uma ligação simples com um grupo OH.

A carboxila é o grupo funcional de todo ácido carboxílico

O termo ácido carboxílico é utilizado para designar uma função orgânica oxigenada, isto é,
que possui um átomo de oxigênio em sua estrutura. Os compostos pertencentes a esse grupo
apresentam capacidade corrosiva e sabor azedo, pois são ácidos.

Características dos ácidos carboxílicos

 De forma geral, são solúveis em solventes orgânicos;


 Os únicos ácidos carboxílicos que são solúveis em água são aqueles que possuem até
quatro átomos de carbono em sua estrutura;

 Em geral, os ácidos carboxílicos são mais densos que a água, com excepção dos
ácidos com um ou dois átomos de carbono;
 Os ácidos carboxílicos que apresentam até nove carbonos são líquidos em temperatura
ambiente;
 No estado sólido, são esbranquiçados e com aspecto ceroso (de cera);
 No estado líquido, são incolores;
 Como apresentam a carboxila, eles são capazes de estabelecer ligações de hidrogênio;

 Seus compostos são polares;


 Em geral, são inodoros, com excepção dos ácidos com até três carbonos, que possuem
cheiro irritante, e aqueles com até seis carbonos, que possuem cheiro repugnante;
 Ácido carboxílico com seis átomos de carbono

Esse ácido apresenta uma cadeia com seis átomos de carbono (prefixo hex), apenas ligações
simples (infixo an) e uma carboxila (oico), por isso, seu nome é ácido hexanoico.

 Ácido carboxílico com sete átomos de carbono

Como esse ácido é ramificado, a cadeia principal é a que possui o maior número de carbonos
e a carboxila. Nesse composto, a cadeia principal possui cinco átomos de carbono (prefixo
pent), apenas ligações simples entre os átomos de carbono (infixo an) e uma carboxila (oico),
por isso, seu nome é ácido 3-metil-pentanoico.

OBS.: A numeração da cadeia principal sempre deve ser iniciada a partir do carbono da
carboxila.

 Ácido carboxílico com duas carboxilas

Esse ácido apresenta uma cadeia com quatro átomos de carbono (prefixo but), apenas ligações
simples entre os átomos de carbono (infixo an) e duas carboxilas (dioico), por isso, seu nome
é ácido butanodioico.
Reacções químicas com ácidos carboxílicos

  Reacção de esterificação

É uma reacção química em que um ácido carboxílico reage com um álcool e forma um éster e
água, como demonstra a equação a seguir:

 Reacção de salificação

É uma reacção química em que um ácido carboxílico reage com uma base inorgânica e forma
um sal de ácido carboxílico e água, como demonstra a equação a seguir:

 Reacção de eliminação

Nessa reacção, duas moléculas de ácido carboxílico são desidratadas, o que resulta em
um anidrido e água, como demonstra a equação a seguir:

 Redução de ácidos carboxílicos

Nessa reacção, um ácido carboxílico é submetido a um meio que possui gás hidrogênio (H 2) e
níquel sólido, o que resulta na formação de um álcool, como demonstra a equação a seguir:
Aplicações dos ácidos carboxílicos
 Produção de ésteres orgânicos;

 Produção de sais de ácidos carboxílicos;

 Preparação de perfumes;

 Produção do vinagre;

 Produção da seda artificial;

 Produção de desinfectantes;

 Tingimento de tecidos.

Anidridos de ácidos carboxílicos

Os anidridos de ácidos carboxílicos (ou anidridos carboxílicos) são compostos de  fórmula
geral R1COOCOR2 . Quando R1=R2 o anidrido diz-se simétrico designando-se misto ou
assimétrico quando os dois radicais alquilo são diferentes. A nomenclatura destes compostos
consiste em designá-los como anidridos do ou dos ácidos correspondentes.  No caso de
anidridos simétricos, por exemplo a molécula CH3CO) 2O cuja ligação química é descrita na
figura 3, o composto é designado  anidrido etanóico ou  anidrido acético. No caso de
anidridos mistos, estes são designados anidrido alcanóico (R1) alcanóico (R2) indicados por
ordem alfabética como exemplificado pelo anidrido acético propiónico (ou anidrido etanóico
propanóico), CH3C (O) OC (O) CH2CH3.

Ligação química e superfície de densidade electrónica para a molécula de anidrido acético,


CH3COOCOCH3.  Nesta última, o vermelho indica elevada densidade electrónica (carga
negativa) e o azul indica baixa densidade electrónica (carga positiva).
Ésteres

Os ésteres são compostos de fórmula genérica R1COOR2 obtidos por reacção de ácidos


carboxílicos com álcoois. A nomenclatura de ésteres consiste em identificar o ácido parente,
designá-lo pelo anião correspondente  substituindo o sufixo óico  por ato seguido do nome do
radical R2.  Por exemplo, o composto CH3COOCH3 é designado acetato ou etanoato de
metilo. A ligação química no acetato de metilo é descrita mostra ainda a superfície de
densidade electrónica para esta molécula. Devido à presença das ligações C-O a molécula
apresenta  momento dipolar, μ= 1.73 D

Ligação química e superfície de densidade electrónica param a molécula de acetato de metilo,


CH3COOCH3.  Nesta última, o vermelho indica elevada densidade electrónica (carga
negativa) e o azul indica baixa densidade electrónica (carga positiva).
Amidas
As amidas são derivadas de ácidos carboxílicos em que o grupo -OH foi substituído por um
grupo -NH2  (no caso de amidas primárias) apresentando fórmula geral RCONH2. Para as
nomear, substitui-se a terminação óico do ácido carboxílico correspondente por amida.
Assim, a molécula CH3CONH2 é designada etanoamida ou acetamida. As amidas substituídas
designam-se antepondo um N ao nome dos substituintes. Assim, por exemplo, as amidas
CH3CONHCH3 e CH3CON (CH3) 2 chamam-se, respectivamente, N-meta acetamida e N, N-
dimetilacetamida. Tal como os cloretos de acilo, o momento dipolar das amidas é muito
elevado. Na figura 5 é descrita a ligação química na acetamida e representada a superfície de
densidade electrónica para esta molécula que apresenta um momento dipolar μ= 3.6 D

 Ligação química e superfície de densidade electrónica param a molécula de acetamida,


CH3CONH2.  Nesta última, o vermelho indica elevada densidade electrónica (carga negativa)
e o azul indica baixa densidade electrónica (carga positiva).
Conclusão

No presente trabalho em estudo conclui se Os anidridos de ácidos carboxílicos (ou anidridos


carboxílicos) são compostos de  fórmula geral R1COOCOR2 . Quando R1=R2 o anidrido diz-se
simétrico designando-se misto ou assimétrico quando os dois radicais alquilo são diferentes.
A nomenclatura destes compostos consiste em designá-los como anidridos do ou dos ácidos
correspondentes.  No caso de anidridos simétricos, por exemplo a molécula CH 3CO) 2O cuja
ligação química, o composto é designado  anidrido etanóico ou  anidrido acético. No caso de
anidridos mistos, estes são designados anidrido alcanóico (R1) alcanóico (R2) indicados por
ordem alfabética como exemplificado pelo anidrido acético propiónico (ou anidrido etanóico
propanóico), CH3C (O) OC (O) CH2CH3, enquanto Os ésteres são compostos de fórmula
genérica R1COOR2 obtidos por reacção de ácidos carboxílicos com álcoois. A nomenclatura
de ésteres consiste em identificar o ácido parente, designá-lo pelo anião correspondente 
substituindo o sufixo óico  por ato seguido do nome do radical R2.  Por exemplo, o composto
CH3COOCH3 é designado acetato ou etanoato de metilo. A ligação química no acetato de
metilo é descrita mostra ainda a superfície de densidade electrónica para esta molécula.
Devido à presença das ligações C-O a molécula apresenta  momento dipolar.
Referências bibliográfica
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