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Atália da Costa Patissone


Edmerson Agostinho do Amaral
Fáusia Paulo Chirindza
Lizete Anita L. Macomane
Rabeca Alfredo Manhiça
Samuel António Vilanculos

Obtenção do oxigénio e verificação das suas propriedades

Licenciatura em Ensino de Química

2o ano

Laboratório II

Universidade Pedagógica
Maputo
2019
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Índice

1.Objectivos.....................................................................................................................................1

1.1.Objectivo Geral..........................................................................................................................1

1.2.Objectivos específicos...............................................................................................................1

2.Fundamentação teórica.................................................................................................................2

2.1.História da descoberta do oxigénio............................................................................................2

2.2.Ocorrência do Oxigénio na antureza.........................................................................................2

2.3.O Oxigénio no estado elementar................................................................................................2

2.4.Propriedades físicas do Oxigénio..............................................................................................3

2.5.Reactividade do oxigénio..........................................................................................................3

2.5. Variedades Alotrópicas do Oxigénio........................................................................................3

2.6.Obtenção do Oxigénio...............................................................................................................3

2.7.Importância do Oxigénio...........................................................................................................4

2.8.Aplicação do Oxigénio..............................................................................................................4

3.Parte experimental........................................................................................................................5

3.1.Material e reagentes...................................................................................................................5

3.2.Experiência química sobre a obtenção do oxigénio..................................................................5

3.2.1.Constituição e montagem da aparelhagem.............................................................................5

Procedimentos..................................................................................................................................5

3.2.2.Observações............................................................................................................................7

3.2.3.Discussão dos resultados........................................................................................................7

3.2.4.Conclusão...............................................................................................................................7

4.Teste de densidade em relação ao ar.............................................................................................7

4.1.Procedimentos............................................................................................................................7
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4.1.1.Observações............................................................................................................................9

4.1.2.Discussão dos resultados........................................................................................................9

4.1.3.Conclusão...............................................................................................................................9

5.Teste de comburência...................................................................................................................9

5.1.Procedimento.............................................................................................................................9

5.1.1.Observação...........................................................................................................................10

5.1.2.Discussão dos resultados......................................................................................................10

5.1.3.Conclusão.............................................................................................................................10

6.Conclusão...................................................................................................................................11

7.Bibliografia.................................................................................................................................12
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1. Objectivos
1.1. Objectivo Geral
 Obter o oxigénio e verificar as suas propriedades;
1.2. Objectivos específicos
 Construir um aparelho para a obtenção do oxigénio;
 Verificar as propriedades do oxigénio (solubilidade e densidade);
 Realizar o teste de comburência;
 Aplicar as normas de higiene e segurança no laboratório;

2. Fundamentação teórica
2.1. História da descoberta do oxigénio
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O Oxigénio puro foi obtido pela primeira vez por químico suecoCarl Wihelm Scheele (1772)e
depois pelo britânico JosephPriestley em (1774), que o separou a partir do Óxido de mercúrio.
Embora Schelle tenha conseguido preparar uma amostra deoxigénio em 1772, atribuiu-se
tradicionalmente seu descobridor aobritânico Joseph Priestley que sintetizou o gás em 1774 e
publicouantes de Scheele o resultado de suas experiências.Priestley fez uma experiência que se
tornou interessante emquímica, ele colocou o Óxido vermelho de Mercúrio num recipientede
vidro no seu laboratório, à medida que a temperatura subia,observou uma deslubrante reacção
química, libertava-se um gás dasubstância aquecida, ele introduziu alguns ratinhos na atmosfera
eobservou que não só respiravam tranquilamente como tambémmostravam uma vitalidade
excepcional.Priestley respirou o gás libertado e sentiu-se leve, a partir de1775 Antóine Lavoisier
estabeleceu as suas propriedades e indicouo seu papel fundamental nas combustões e na
respiração, Antoine Lavoisier mostrou que a combustão, acalcinação dos metais e a respiração
são fenómenos relacionadosentre si, pois são todos processos que ocorrem com o
oxigénio,assim, Lavoisier deu o nome “Oxigénio” ao elemento descobertopor Priestley, palavra
que significa “gerador de ácido”, (CAMUENDO & SAMBO).

2.2. Ocorrência do Oxigénio na antureza

O Oxigénio é o elemento mais abundante na crosta terrestre. Noestado livre encontra-se no ar


atmosférico, na forma de umamolecula diatómica.No estado combinado faz parte da composição
da água, minerais,rochas, e de todas as substâncias constituintes dos organismos.

2.3. O Oxigénio no estado elementar

O Oxigénio possuiestados de oxidação negativos.Os outros elementos do grupo são sólidos com
estrutura bastantecomplexa e formam compostos com estados de oxidação tanto
negativos como positivos, por isso o oxigénio é bastante diferentedos restantes membros do
grupo.
O Oxigénio tem número atómico igual a 8, configuração electrónica1s 2 2s2 2p4, Peso atómico
igual a 15,9994, uma massa molecular de 32u.m.a.Existem 16 isótopos do Oxigénio, sendo que
apenas três são estáveis: 16O, 17O, 18O, sendo o mais abundante o16O.

2.4. Propriedades físicas do Oxigénio


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O Oxigénio é um gás incolor, sem cheiro, mais denso do que o ar,possui uma densidade de 1,425
e só se liquefaz a -183 ºC, é pouco solúvel emágua e é comburente. O seu Ponto de fusão é igual
a –218,4ºC e o Ponto deebulição são iguais a –138ºC.

2.5. Reactividade do oxigénio

O Oxigénio é muito reactivo, particularmente a temperaturas elevadas, as suas reacções são


fortemente exotérmicas. Com o Nitrogénio ele não reage facilmente, se não em condições
especiais, devido à alta energia de dissociação de molécula de N2 (-945 kj/mol). O Oxigenio é
um forte oxidante, é comburente, alimenta a combustão. Reage com metais, ametais, e com
compostos heteroatómicos.

2.5. Variedades Alotrópicas do Oxigénio


Oxigénio apresenta varidades alotrópicas, as fórmas alotrópicas do oxigénio são o Oxigénio (O 2)
e o Ozono(O3), sendo o O2 a forma mais estável, com energia de dissociaçãobastante altaque é
aproximadamente igaual a 493kj/mol.

2.6. Obtenção do Oxigénio


Obtenção industrial

O Oxigénio é produzido pela destilação fraccionada do ar líquido e também atravês da electrólise


da água.

 Electrólise da água: Este método consiste em submeter a águaem acção da corrente


eléctrica; resultando a separação dos seus doiselementos constituintes, o Hidrogénio e
Oxigénio.

2H2O(l) → 2H2(g) + O2(g)

Obtenção laboratorial

O oxigénio no laboratório pode ser obtido por meio do:

 Aquecimento do óxido de mercúrio


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2HgO → 2Hg + O2(g)

 Decomposição catalítica do peróxido de hidrogénio

2H2O2(l) MnO

2 2H2O(l) + O2(g)

Catalisadores: são substâncias que alteram a velocidade de uma reacção química sem serem
consumidas.

 Decomposição térmica de alguns sais

Segundo CHANG & GOLDSBY (2013: 977), no laboratório, obtém-se o oxigénio recorrendo ás
substâncias em cuja composição haja o elemento oxigénio.
2KNO3 → 2KNO2 + O2

2KClO3 → 2KCl + O2

2KMnO4 → K2MnO4 + O2 + MnO2

Reacção de decomposição: é um dos tipos de recções químicas na qual determinado composto,


por ação espontânea se instável e não espontânea se estável, ao se desfragmentar quimicamente,
dá origem à pelo menos dois produtos diferentes.

2.7. Importância do Oxigénio

O Oxigéniodesempenha um papel muito importante na natureza,participando nos processos


vitais mais importantes (respiração),putrefação e apodrecimento de animais e plantas mortas.

2.8. Aplicação do Oxigénio

O Oxigénio é aplicado para intensificar diferentes processosquímicos. Emprega-se na medicina


para facilitar a respiraçãoopressa. É usado como agente branqueador na polpa de papel, é usado
nos maçaricos oxiacetilênicos e como agente oxidante em muitas reacções orgânicas e
inorgânicas. O oxigénio desempenha um papel importante na natureza, participando nos
processos vitais mais importantes (respiração), putrefação de animais e plantas mortas. O
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oxigénio é aplicado para intensificar diferentes processos químicos como a produção de ácidos
sulfúrico e nítrico, em altoforno.

3. Parte experimental
3.1. Material e reagentes

Material Reagentes
Tubo de ensaio com abertura lateral 45º Permanganato de potássio [KMnO4(S)]
Adaptadores 20/13 e 20/20 Água da torneira
Agitador magnético
Mangueira de borracha
Bloco metálico
Tina hidropneumática
Manta de aquecimento
Espátula
Tubos de ensaio
Palitos de fósforo

3.2. Experiência química sobre a obtenção do oxigénio


3.2.1. Constituição e montagem da aparelhagem

Com quite de laboratório disponilbilzado montou-se a aparelhagem para a realização da


experiência. A montagem da aparelhagem foi feita da seguinte maneira: um bloco metálico que
servia de suporte para o tubo de ensaio com abertura lateral 45º tampado, onde se acoplou na
abertura lateral do tubo de ensaio uma mangueira de borracha que desembocou numa tina
hidropneumática cheia de água, usando adaptadores 13/13, na mesma introduziu-se um tubo de
recolha que serviu para recolha do gás. O tubo de ensaio suportado pelo bloco de suporte, foi
colocado num aquecedor magnético.

Procedimentos
 Introduziram-se três espátulas de permanganato de potássio no tubo de ensaio com
abertura lateral de 45º;
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 Acoplou-se na abertura lateral do tubo de ensaio uma mangueira de borracha que


desembocou na tina hidropneumática cheia de água, usando adaptadores 13/13;
 Na parte superior do tubo de ensaio com abertura lateral de 45o tampou-se;
 O tubo de ensaio suportado pelo bloco de suporte, foi colocado num aquecedor
magnético;
 Introduziu-se a ponta da mangueira de borracha no tubo de recolha cheio de água e
voltado para baixo. O tubo ficou submerso na água;
 Registou-se as observações.

Esquema:
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3.2.2. Observações

No tubo de ensaio submerso na tina hidropneumática observou-se bolhas no interior do mesmo e


na medida em que as bolhas emergiam no tubo expulsavam a água do tubo.Também foi possível
observar que à medida que as bolhas emergiam no tudo de ensaio cheio de água não se
misturavam com a mesma.

3.2.3. Discussão dos resultados

A ocorrência de uma reacção química pode ser evidenciada pela libertação de gases
(efervencência), mudança de cor, formação de precipitado, entre outros (FELTRE, 2006: 62).

2KMnO4(s) → K2MnO4(l) + O2(g) + MnO2(l)

Durante a experiência, as bolhas verificadas eram sinal da decomposição do permanganato de


potássio que resultou no surgimento de bolhas no interior do tubo de recolha que estava
submerso na tina hidropneumática, que por sua vez, expulsavam a água para fora do tubo de
recolha, o que evidenciou a libertação do gás oxigénio.

O facto das bolhas não terem se misturado com a água, evidenciou que se tratava de um gás
insolúvel em água.

3.2.4. Conclusão

Após a realização da experiência, pôde-se concluir que permanganato de potássio decompõe-se


libertando gás (evidenciado pelas bolhas) e o gás obtido era incolor e não se dissolvia em água, o
que nos levou a concluir que o gás obtido além de ser incolor também era insolúvel em água.

Concordando com RUSSEL (1981) ao afirmar que a água é um bom solvente para solutos
polares e um mau solvente para solutos não polares, semelhante dissolve semelhante.

4. Teste de densidade em relação ao ar


4.1. Procedimentos
 Recorreu-se a dois tubos de ensio, com os quais se recolheu o gás, tendo o cuidado de
tampar a boca dos tubos com o dedo polegar antes de retirar da tina hidropneumática para
evitar que o gás escapasse;
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 O primeiro tubo tampado com o dedo polegar foi virado para cima. Acendeu-se uma
lasca de madeira, retirou-se o dedo polegar e de imediato introduziu-se a lasca ardente;
 Procedeu-se de forma similar com o segundo tubo, porém este estava virado para baixo;
 Registou-se as observações.

Esquema:
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4.1.1. Observações

A lasca introduzida no tubo de ensaio virado para cima, a chama tornou-se tão viva. Mas no tubo
virado para baixo a chama não foi tão viva quanto no tubo virado para cima;

4.1.2. Discussão dos resultados

No primeiro tubo, a chama era menos viva em ralação ao segundo tubo o qual estava virado para
cima, supondo-se que o gás escapava com maior facilidade no tubo virado para baixo e
consequentimente a quantidade de gás para alimentar a chama era menor em relação ao tubo
virado para cima onde o gás não escapava com muita facilidade, o que evidenciou que o gás era
menos denso que o ar.

4.1.3. Conclusão

Apósa a realização deste teste, chegou-se a conclusão de que o gás contido no tubo era menos
denso que o ar. E constatou-se que a posição correcta do tudo para o teste de combustiblilidade é
a do tubo virado para cima.

5. Teste de comburência
5.1. Procedimento
 Para o teste da comburência seguiu-se o mesmo procedimento do teste da densidade em
relação ao ar, porém apenas com um o tubo de ensaio virado para cima.

Esquema:
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5.1.1. Observação

Neste teste, ao introduzir a lasca ardente no tubo observou-se que a chama aumentava a
intensidade e se tornava mais intensa e viva;

5.1.2. Discussão dos resultados

A chama era viva e intensa, e a lasca ardia melhor, o que nos levou a acreditar que o gás contido
no tubo de ensaio era o oxigénio, pois o oxigénio é comburente.

Segundo CHANG & GOLDSBY (2013: 977) “a prova de comburência consiste em introduzir
num tubo de ensaio contendo oxigénio, com abertura virada para cima, um pavio (lasca) com a
extremidade em brasa. Devido a presença do oxigénio, a chama aviva -se.

5.1.3. Conclusão

Com este teste concluiu-se que o gás contido no tubo era o oxigénio, devido a sua propriedade
comburente. Concordando com CAMUENDO & SAMBO (2013: 109) ao ressaltar que o
oxigénio é um forte oxidante, é comburente, alimenta a combustão. É usado nas reacções de
combustão.
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6. Conclusão

Após a realização da experiência, pôde-se concluir que é possível obter oxigénio a partir da
decomposição térmica de permanganato depotássio [KMnO4(S)], o que pode ser encontrado na
literatura. Concluiu-se também, que este gás é insolúvel em água e comburente, pois, este aviva
melhor a chama quando puro do que no ar.
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7. Bibliografia

 CAMUENDO, A. & COCHO, E. Saber Química. 1ª edição. Logman Moçambique, Lda.

 CAMUENDO, A. & COCHO, E. Manual de Inorgânica I. Edição Valdinâncio


Florêncio Paulo, UP, 2013.

 CARVALHO, G.C. Química moderna 2º volume, distribuição da Livraria Nobel, São


Paulo, 1979.

 CHANG, R. Química5ªedição. Editora McGraw-Hll, Lisboa, São Paulo, 1994.

 FELTRE, R. Química Geral. Volume 1. 6ª edição, São Paulo. 2006.

 GLINKA, N. Problemas e exercícios de Química geral. Editora Mir Moscovo, 1987.


GLINKA, N. Química Geral. Volume 2. Editora Mir Moscovo, 1988.

 RUSSEL, J. Química Geral. São Paulo. McGraw-Hill. 1998.


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