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Introdução
O presente trabalho enquadra-se na cadeira de didáctica geral, tendo como tema: Formas de
Organização de Técnicas Dinâmica de Grupos com objectivo de conhecer os tipos de formas de
organização de técnicas de dinâmicas de grupos e a sua aplicação, mencionar e compreender cada uma
delas.

O trabalho tem em vista inculcar ao leitor de conhecimentos sobre como e quando usar os diferentes tipos
de técnicas de ensino para que o PEA seja efectuado da maneira eficiente e eficaz.

O trabalho apresenta a seguinte estrutura: introdução, desenvolvimento, e a conclusão. Para a realização


do trabalho usou-se a revisão bibliográfica que consistiu na leitura e cruzamento de diferentes obras
consideradas científica
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1. Formas de Organização de Ensino

Segundo NIVAGARA“É a forma predominante de organização do ensino. É na aula que organizamos e criamos
as situações docentes, isto é, as condiçõese meios necessários para que os alunos assimilem activamente
conhecimentos, habilidades e desenvolvam suas capacidades cognitivas”
Por sua vez, se pensamos sobre como as aulas são organizadas, e seolharmos para a maioria da experiência dos
professores, verifica-se queno ensino predomina o ensino frontal, mas muitos professores tratam deaplicar outras
formas de organização do ensino, particularmente dasaulas. Por isso, antes de seguir para continuarmos a falar
destas formas deorganização, realize a actividade seguinte:

Na luz de LIBANIO“o ensino frontal é um procedimento de indole colectivo sobdirecção directa do professor. Este
se dirige a toda a turma e recolhetodas as reacções (informações) dos alunos. E isso é bastante diferentecomo
acontece noutras formas de organização do ensino que deve teracabado de identificar, nomeadamente o ensino-
aprendizagem:

 Individual,
 Em grupo,
 Aos pares,
 Por secções,
 Excursão,
 Organização do trabalho dos alunos em casa
 Organização de turmas complementares com alunos com baixoaproveitamento escolar

São muitas formas de organização do ensinoaprendizagempossíveis de serem aplicados com os alunos, claro,
tendoem conta o seu nível de escolaridade, as suas características, os objectivos de ensino e outras categorias
didácticas.
Por isso que nem todas as formas o professor utiliza-os numa mesma aula, masque, desde já, recomendamos a sua
utilização de forma variada ecombinada, não só para dar maior dinamismo ao processo de ensinoaprendizagem,mas
também por outras razões que iremos discutir na aulaseguinte. Mas antes de mais, voltemos a caracterização que fez
de cadauma destas formas de organização do ensino.

1.1 Ensino eAprendizagem Individual


Individual, os alunos têm que resolver sozinhos tarefas,problemas, etc.

No ensino individual se pode aplicar que todos os alunos tenham a mesma tarefa, e também é possível que haja
alunos que tenham tarefas distintas dos demais. Mas têm em comum que o professor trata no sentido que cada aluno
trabalhe por si.
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1.2 Ensino eAprendizagem em Grupo


A turma é dividida temporariamente em grupos e um pequeno grupo resolvem emconjunto uma tarefa, o professor
tratano sentido que dentro dos grupos seatinjam acções colectivas da aprendizagem, se exorta aos alunos para
quecheguem à um acordo na tarefa, a discutir a via de solução, etc. Diversos critérios podem ser usados para dividir
os alunos em pequenos grupos:

 Pelo resultado de um sociograma, isto é, colocando juntos aquele alunos que manifestam afinidade e
simpatia mútua.
 Por homogeneidade, segundo o nível de rendimento escolar

Para o ensino e aprendizagem em grupos, pode utilizar-se o ensinoaprendizagemaos pares, também designado diade.
Neste caso sãosomente os alunos que trabalham juntos na solução de uma tarefa, naprática de um texto, etc. Pode-se
considerar a aprendizagem em pares
como uma forma preliminar do ensino e aprendizagem em grupos, jà queeste se baseia também em um trabalho
conjunto directo, se bem que nestecaso fala-se de um grupo que aprende quando somente se trata de doisalunos.
Consiste simplesmente em pedir aos alunos que formem pares,
isto é, mini-grupinhos de duas pessoas (“diade”) para discutir o assunto, resolver exercícios ou problemas.

Neste caso, se a metade da turma (grupão) ainda constitui um numeroelevado de grupinos, pode-se sortear quais
deles terão a oportunidade deapresentar suas perguntas, sugestões ou conclusões. E, para todos oscasos de trabalho
em grupo, uma turma grande de vários alunos é
dividida em vários grupos pequenos, visando aumentar a participaçãoindividual dos alunos. É grande a variedade de
formas de trabalho emgrupos pequenos, pois pode-se variar o tamanho, as funções dosmembros, as etapas do
trabalho, etc.

1.3Grupos simples, com tarefa única

De acordo com PILITTI ( 2004:244)Os alunos se dividem em grupos de 3 à 5 e o professor


escreve no quadro-negro uma pergunta ou proposição que todos osgrupos devem discutir durante um período de
tempo X. Cada gruponomeia um coordenador e um relator, se assim o desejar. Terminado otempo de discussão, os
grupos se reúnem em grupão, e os relatores de
cada grupinho apresentam suas conclusões. Estas podem ou não ser resumidas no quadro-negro. O exercício pode
terminar com uma discussão em plenário.

1.4 Grupos simples, com tarefas diversas.


Cada grupo recebe uma questão ou tema diferente para discutir. O resto, igual ao que se disse anteriormente na
modalidade a).
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1.5 Grupo simples, com funções diversificadas


Neste caso o tema designado a cada grupo pode ser o mesmo, mas a forma de encarar seu estudo pode virar. Cada
grupo vai trabalhar comum a função específica. O professor prepara um tema bastante complexo, ou escolhe um
capítulo de um texto que trate do tema escolhido, e distribui aos alunos copiam mimo grafadas. Em seguida divide
os alunos em grupos explicando claramente que cada grupo terá uma forma diferente de trabalhar o tema ou texto.

1.6 Reconhecimento do texto


Os alunos destacam os pontos-chave, ou ideias principais, os argumentos de base; verifica a estrutura ou
organização do texto e apresenta as conclusões da análise.

1.7 Relacionamento
O grupo estuda o trabalho mas se preocupa essencialmente em estabelecer relações entre o que é apresentado pelo
autor e as experiências prévias de cada componente do gruo. Há um retorno ao já aprendido, já assimilado, na
revalorização de experiências e vivências anteriores e na valorização das experiências novas interpretadas.

1.8 Enriquecimento
O trabalho em pauta constitui para o grupo um ponto de partida para novas buscas, enraizadas sempre no texto;
impõe uma responsabilidade inovadora. O texto vai tornar-se ponte que conduz a novos caminhos; será uma
encruzalhada a desafiar as opçõs de cada componente do grupo.

1.9. Julgamento e Síntese


As tarefas do grupo de julgamento e síntese exigem maior amadurecimento e ponderação dos alunos. Os outros
grupos se armam e se preparam previamente, enquanto este conhece bem o tema inicial, relaciona-o, enriquece-o
para o confronto final com as interpretações, relacionamento e enriquecimento dos grupos que o antecedem. Uma
forma utilizada, raras vezes, é o ensino e aprendizagem por secções. Nesta forma de organização do ensino e
aprendizagem, muito apropriada para a realização de um ensino diferenciado, a turma é temporariamentedividida em
secções: por exemplo, se divide a turma em três secções, uma secção trabalha sem a orientação do professor, uma
segunda recebeuma breve orientação e se exorta para o trabalho individual e, finalmente, o professor se ocupa
directamente se uma terceira secção a qual dá uma explicação prolongada. No ensino e aprendizagem por secções,
para alguns alunos, se passa comono ensino frontal, enquanto para outros em forma de ensino e
aprendizagemindividual. Por isso, estas características demonstram que nas distintas formas de organização do
ensino e aprendizagem (frontal, individual, emgrupo, em pares ou em secções) há distintas formas de cooperação
noensino, quer dizer:
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 Um determinado modo de cooperação do professor com os alunos;


 Um determinado modo de cooperação dos alunos entre si.
As formas de cooperação se diferenciam de acordo com o modo em que oprofessor se dirige à turma (em sua
totalidade, em grupo, individualmente, etc), e segundo a forma em que organiza a cooperaçãoentre os alunos
(trabalho individual, em silêncio, colectivo, em pares, emgrupos, etc).

2.Excursao
A excursão é um tipo de organização do processo de ensino e aprendizagem que consiste em visitas a indústrias,
museus, campos de produção, etc.
Durante a excursão, conjuntamente com as observações, se utilizam diversos métodos/técnicas: narrações, palestras,
demonstrações, exemplificações, etc. A excursão à natureza exige do professor e alunos uma preparação. Cada
excursão se efectua comdeterminados objectivos e ao mesmo tempo se relaciona com um ou outrotema estudado. O
trabalho dos alunos durante a excursão se generaliza e se conclui nas aulas seguintes ou em aulas extracurriculares.

2.1Organização do trabalho de casa


As tarefas de casa estão intimamente ligadas ao trabalho realizadodurante as aulas na sala. O êxito do mesmo
depende de como foramorientadas a aula e a tarefa de casa. As tarefas para casa podem se dividirem:

 Orais
 Escritas
 Praticas

As tarefas orais podem ser diversas: estudo do material por meio de texto, aprender um verso ou prosa, a expressão
musical, etc.
As tarefas escritas compreendem a realização de exercícios escritos, solução de problemas, redacção de
composições, etc.

Finalmente, as tarefas práticas podem consistir na comprovação de experiências, observações, preparação de peças,
modelos, murais, maquetas, laminas, etc.

Um dos problemas mais importantes na organização do trabalho paracasa dos alunos é o seu volume. Os alunos de
diferentes graus devemempregar diferentes períodos de tempo para a realização de trabalhospara casa. Nesse
aspecto, é importante elaborar tarefas para casa cujoconteúdo e volume, em sua planificação, corresponde a todo o
tema quese estudou nesse dia. Deste modo, as tarefas serão diversas econstituiriam parte orgânica do material do
docente já estudado na aula. É neste ordem pode combinar-se correctamente o estudo do material,teórico com
exercício práticos. O cumprimento êxitos das tarefas para casa para os alunos depende
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principalmente da qualidade do professor. Este, antes de tudo, devecompreender que os alunos não podem realizar
as tarefas com êxito senão sabem como faze-las: a tarefa se assimila quando existe uma plenacompreensão por parte
dos alunos, do material em uma situação de calma
e tranquilidade.Posteriormente, cada tarefa deve ser de uma ou outra forma revista ecorrigida pelo professor. E o
melhor é o professor rever e corrigir a tarefade todos os alunos e realizar com eles a reafirmação da forma
maisprecisa, para que não caiam no erro dos trabalhos de alguns alunos. Edesta forma, os alunos se acostumam de
cumprir diariamente suas tarefas.
Aqui é necessário um sistema de medidas, tendo em conta que os alunosestudam regularmente:

 Se lhes têm sido dados instruções precisas e têm aprendido a trabalhar


Independentemente;
 Se existe um sistema de controlo preciso para o trabalho deles;
 Se observam estritamente uma rigorosa ordem do dia, na qual as tarefas para casa ocupam um tempo
determinado.

Se ensinam os alunos para que independentemente resolvamqualquer dificuldade que podem encontrar.
É necessário assinalar que o carácter e a metodologia das tarefas para casa em muitos casos vãodepender da
metodologia do trabalho do professor na sala de aulas.

2.2 Turmas complementares com alunos de baixo aproveitamento


escolar.

Quando se tem uma organização correcta do trabalhodocente, na turma existem alguns alunos atrasados e com
baixorendimento escolar. Este fenómeno sucede por várias razões:
 Enfermidades prolongadas por parte dos alunos;
 Falta de consideração das particularidades individuais dos alunos por parte do professor;
 Quando os alunos não fazem a real valorização das dificuldades de uma ou outra disciplina e, assim, vão
ficando para trás e outros se dedicam apenas a sua disciplina predilecta e abandonam as outras.

Os atrasos, as repetências provocam muitos danos nos alunos porque


perde a fé nas suas forças e com frequência quer abandonar os estudos.O desaproveitamento e a repetição de anos
trás consigo uma grande percarecursos para o Estado. Por isso, superar o atraso e o não aproveitamentoé um dever
muito importante do professor e uma das medidas é o trabalhocomplementar com os esses alunos.Antes de começar
as aulas de turmas complementares é importante saberas causas e o carácter do atraso dos alunos, para desta forma
buscar osmétodos e precisar seu volume.
É muito efectivo o trabalho complementar preventivo. Tanto mais cedo oprofessor observa o atraso, deve tratar
rapidamente de ajudar o aluno. É necessário fazer que trabalhe sob controle do professor, doscompanheiros,
estabelecer o controle do seu trabalho pelos pais, etc.
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Também é muito conveniente e útil para o aluno fraco, colocar lhe comocompanheiro de um aluno forte no estudo
para que este o ajude.

2.3 Importância de formas de organização do ensino


Ensino e aprendizagem frontal, individual e em grupos, sepode atingir uma activação dos alunos capaz de repercutir-
sefavoravelmente no avanço do ensino.Esta importância pode ser vista em diferentes planos ou perspectivas: O
intercâmbio das formas de organização do ensino e aprendizagemestá relacionado com mudanças no tipo
fundamental de procedimentometódico. Ensino eaprendizagem frontal pode corresponder aométodo expositivo ou
de elaboração conjunta, enquanto oensino e aprendizagem por pares ou grupos corresponde mais ao método de
ensino independente. E, nos métodos básicos tambémmuda a actividade dos alunos: no procedimento frontal os
alunosestão activos de um modo receptivo e dirigido e no ensino e aprendizagem individual, o trabalho individual
dos alunoscom responsabilidade individual e, finalmente, o ensino e aprendizagempor grupos é o trabalho
independente dos alunos comresponsabilidade colectiva.

O Intercâmbio das Formas de Organização do Ensino Aprendizagempossibilita que se possam alcançar efeitos
específicos na aquisição eassimilação de conhecimentos, no desenvolvimento de faculdades, capacidades,
habilidades, hábitos, métodos e procedimentos dotrabalho intelectual. Este efeito tem sua explicação, entre
outrascoisas, no facto de que a forma de organização do ensino em questãose repercute na situação dos alunos
enquanto aprendentes: a estrutura de organização do ensino representa uma condição especialpara a actividade
intelectual dos alunos; por exemplo, existe umadiferença entre a forma de aprendizagem na situação colectiva
eindependente de uma tarefa em grupo e aquisição receptiva deconhecimentos no ensino frontal expositiva. Cada
forma deorganização do ensino possui certo “valor próprio” para a educação
Intelectual dos alunos. O intercâmbio das formas de organização doensino tem uma influênciafavorável sobre a
independência dos alunos, a mobilidade intelectual, a consciência, exactidão, originalidade e sobre outras
características qualitativas da actividademental.
Com as Diferentes Formas de Organização do Ensino Aprendizagemse oferecem também possibilidades especiais
para corresponder aoprincípio da unidade de uniformidade e diferenciação nas condiçõesdo processo de
aprendizagem: investigações têm demonstrado que ointercâmbio entre as formas de organização do ensino tem
resultadosna aprendizagem muito mais positivos que o ensino somente emmodo frontal: para equilibrar as
indesejáveis diferenças derendimento, para dedicar-se em separado a um aluno ou grupo dealunos, para fixar tarefas
individuais a um aluno ou a um grupo de alunos, para utilizar de modo diferente os meios de trabalho didáctico, etc.,
se ampliará essencialmente se s utilizem todas as formas de organização do ensino aprendizagem.
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Conclusão: Um intercâmbio metódico bem mediado entre as formas de organização do ensino produz notáveis
efeitos de activação e diferenciação, e que com a aplicação consciente destas formas deorganização do ensino pode
se contribuir para a intensificação daassimilação de conhecimentos, do desenvolvimento das faculdades
ecapacidades. A aplicação adequada das formas de organização do ensinoé um aspecto importante de estruturação
variada do ensino do ponto devista metódico; é por isso que cada professor deveria tratar que no seuensino exista
uma proporção equilibrada entre ao ensino aprendizagemfrontal, individual, em grupos, aos pares e por secções. Na
eleição das formas de organização do ensino aprendizagem se deve partir do casoconcreto as relações legitimas que
existem entre o objectivo correspondente, a matéria, as condições especiais e o método ou suaorganização e
variações.

2.4 Conclusão

Depôs de feito o trabalho proposto pelo docente que tem como tema: Forma de Organização de Técnicas de
Dinâmicas de Grupos, o grupo conclui que são procedimentos que o docente usa para assimilação de conhecimentos
o PEA, visando alcançar os objectivos estabelecidos, olhando para aquilo que é os conteúdos a serem leccionados e
os meios de ensino. O estudo deste tema tem como importância facilitar a efectivação do PEA tendo em conta os
aspectos acima citado.
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2.5 Bibliografia
LIBANEO, Carlos José. Didáctica, são Paulo, cortez, 1994
NIVAGARA, Daniel Daniel,Didáctica geral Aprender e Ensinar
PILITTI,ClaudinoPilittiDidáctica geral são Paulo cortes 2004
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