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Eni Orlandi
Eni Orlandi
ORLANDI
Levar o sujeito falante ou o leitor a se colocarem questões sobre o que produzem e o que
ouvem nas diferentes manifestações da linguagem
Não podemos não estar sujeitos à linguagem, a seus equívocos, sua opacidade
Saber como os discursos funcionam é estar numa encruzilhada de um jogo duplo de memória:
a institucional que estabiliza e cristaliza e, ao mesmo tempo, o da memória constituída pelo
esquecimento que é o que torna possível o diferente, a ruptura, o outro.
Movimento dos sentidos, errância dos sujeitos, lugares provisórios de conjunção e dispersão,
de unidade e de diversidade, de indistinção, de incerteza, de trajetos, de ancoragem e de
vestígios, isto é o ritual da palavra, mesmo os da que não se dizem.
Ao falar interpretamos, mas, ao mesmo tempo, os sentidos parecem já estar sempre lá.
Cap. 1 – O discurso
A linguagem em questão
A análise do discurso não trata da língua não trata da gramática apesar das duas terem papel
fundamental a análise do discurso trata do discurso
Estruturalismo europeu o inglês M.A.K.Halliday não trabalha com a forma material, ou com a
ideologia como constitutiva, estaciona na descrição.
Filiações teóricas
Anos 60 a análise do discurso se constitui num espaço de questões criadas na relação a partir
da psicanálise, do marxismo e da linguística.
Produção de
sentido
Discurso
Produção linguístico-histórica
Forma e conteúdo
acontecimento
O sujeito da linguagem é descentrado pois é afetado pelo real da língua e pelo real da história,
não tendo o controle sobre o modo como elas o afetam. Isso redunda em dizer que o sujeito
discursivo funciona pelo inconsciente e pela ideologia.