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AVALIAÇÃO DE RISCOS

PROFISSIONAIS

Formador:

Pedro Vieira

TÉCNICO SUPERIOR DE SEGURANÇA NO TRABALHO


2023
BOAS-VINDAS!

Caros formandos,

Sejam bem-vindos ao módulo que vos irei


lecionar – Avaliação de Riscos Profissionais!

Conto convosco para uma participação ativa


neste módulo! ☺

Votos de bom estudo e bom trabalho!

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FUNCIONAMENTO DO MÓDULO
Na plataforma têm acesso à seguinte informação:

• Regras de avaliação do módulo;

• Fórum;

• Documentos de apoio;

• Propostas de trabalho;

• Teste de avaliação.

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OBJETIVOS DO MÓDULO

• Conhecer conceitos básicos relacionados com a


avaliação de riscos.

• Conhecer e aplicar metodologias de avaliação de riscos.

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ENQUADRAMENTO LEGAL

Os principais motores da ação para melhorar a segurança e

a proteção da saúde dos trabalhadores no trabalho estão

consignados na Diretiva-Quadro 89/391/CEE.

Esta Diretiva chama a atenção para o facto de que a

segurança e a saúde no trabalho não deve estar sujeita a

considerações económicas.

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ENQUADRAMENTO LEGAL

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ENQUADRAMENTO LEGAL

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ENQUADRAMENTO NORMATIVO
A ISO 45001:2019 estabelece os requisitos de um sistema de gestão de segurança e
saúde no trabalho, que permite a uma organização controlar os respetivos riscos da SST.

Aplicável a
todos os tipos
de
organizações.

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ENQUADRAMENTO LEGAL

Os empregadores devem estar a par dos progressos

científicos e tecnológicos recentes no que se refere à


conceção dos postos de trabalho, dos equipamentos e dos

sistemas laborais, tendo em conta os princípios gerais de

prevenção.

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PRINCÍPIOS GERAIS DE
PREVENÇÃO
1. EVITAR OS RISCOS.

2.PLANIFICAR A PREVENÇÃO COMO UM SISTEMA COERENTE QUE

INTEGRE A EVOLUÇÃO TÉCNICA, A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO, AS

CONDIÇÕES DE TRABALHO, AS RELAÇÕES SOCIAIS E A INFLUÊNCIA DOS

FATORES AMBIENTAIS.

3. IDENTIFICAR OS PERIGOS.

4. AVALIAR OS RISCOS.

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PRINCÍPIOS GERAIS DE
PREVENÇÃO
5. COMBATER OS RISCOS NA ORIGEM.

6.ASSEGURAR, NOS LOCAIS DE TRABALHO, QUE AS EXPOSIÇÕES AOS

AGENTES QUÍMICOS, FÍSICOS E BIOLÓGICOS E AOS FATORES DE RISCO

PSICOSSOCIAIS NÃO CONSTITUEM RISCO PARA A SEGURANÇA E SAÚDE

DO TRABALHADOR.

7. ADAPTAR O TRABALHO AO HOMEM.

8. ADAPTAR O TRABALHO AO PROGRESSO TÉCNICO.

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PRINCÍPIOS GERAIS DE
PREVENÇÃO
9. SUBSTITUIR O QUE É PERIGOSO PELO QUE NÃO É
PERIGOSO OU QUE É O MENOS PERIGOSO.

10. DAR PRIORIDADE ÀS MEDIDAS DE PROTEÇÃO

COLETIVA RELATIVAMENTE ÀS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL.

11. DAR INSTRUÇÕES APROPRIADAS AOS TRABALHADORES.

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OBRIGAÇÕES GERAIS DO
EMPREGADOR
“O empregador deve assegurar ao trabalhador condições de segurança
e de saúde em todos os aspetos do seu trabalho.”

“Sem prejuízo das demais obrigações do empregador, as medidas de


prevenção implementadas devem ser antecedidas e corresponder ao
resultado das avaliações dos riscos associados às várias fases do
processo produtivo, incluindo as atividades preparatórias, de
manutenção e reparação, de modo a obter como resultado níveis
eficazes de proteção da segurança e saúde do trabalhador.”

Lei n.º 102/2009 alterada e republicada pela Lei n.º 3/2014, artigo 15.°, n.º 1 e n.º 3

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CONCEITOS

AVALIAÇÃO DE RISCOS:
▪ É o processo de avaliar o risco para a saúde e segurança dos
trabalhadores decorrente das circunstâncias em que o perigo
ocorre no local de trabalho.

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CONCEITOS

PERIGO:
▪ “A propriedade intrínseca de uma instalação, atividade, equipamento,
um agente ou outro componente material do trabalho com potencial
para provocar dano.”

Fonte: Lei n.º 102/2009, alterada e republicada pela Lei n.º 3/2014, artigo 4.º, alínea g).

RISCO:
▪ “A probabilidade de concretização do dano em função das condições
de utilização, exposição ou interação do componente material do
trabalho que apresente perigo.”
Fonte: Lei n.º 102/2009, alterada e republicada pela Lei n.º 3/2014, artigo 4.º, alínea h).

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CONCEITOS

AVALIAÇÃO DE RISCOS:
▪ É um exame sistemático de todos os aspetos do trabalho,
com o objetivo de:

▪ Apurar o que poderá provocar danos;

▪ Possibilitar a eliminação dos perigos;

▪ Adotar medidas preventivas ou de proteção;

▪ Controlar os riscos.

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CONCEITOS

SEGURANÇA:
▪ Probabilidade de não ocorrência de um acontecimento
indesejado.

QUANTIFICAÇÃO DO RISCO:
▪ É a estimativa da probabilidade de realização de um
acontecimento indesejado das possíveis consequências
de acidentes.

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CONCEITOS

QUANTIFICAÇÃO DOS RISCOS

Probabilidade de concretização do
fator iniciador.
Risco em função da

Gravidade das consequências.

O conhecimento do comportamento destas variáveis permite- nos


quantificar o risco.
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CONCEITOS

DANOS DERIVADOS DO TRABALHO:


▪ Doenças ou lesões sofridas, motivadas ou ocasionadas pelo

trabalho.

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CONCEITOS

GESTÃO DO RISCO:
▪ É o método de atuação, no sentido de eliminar ou minimizar a
probabilidade de concretização de um acontecimento indesejado
ou minorar as suas consequências.

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CONCEITOS

PREVENÇÃO:
▪ “ O conjunto de políticas e programas públicos, bem como
disposições ou medidas tomadas ou previstas no licenciamento e
em todas as fases de atividade da empresa, do estabelecimento ou
do serviço, que visem eliminar ou diminuir os riscos profissionais a
que estão potencialmente expostos os trabalhadores.”

Fonte: Lei n.º 102/2009, alterada e republicada pela Lei n.º 3/2014, artigo 4.º, alínea i).

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ORIGEM DOS RISCOS

Elétricos

Biológicos Psicossociais

Químicos Mecânicos

Incêndio e Físicos
Explosão

Ergonómicos

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RISCOS ASSOCIADOS À SUA
ORIGEM
ORIGEM EXEMPLOS DE RISCOS
RISCOS ERGONÓMICOS  Posturas incorretas
 Esforços excessivos

RIS C O S QU ÍM IC O S  Exposição a gases


 Exposição a vapores
 Exposição a fumos
 Exposição a poeiras

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RISCOS ASSOCIADOS À SUA
ORIGEM
ORIGEM EXEMPLOS DE RISCOS
RISCOS FÍSICOS  Exposição a ruído
 Exposição a radiações
 Exposição a vibrações
 Exposição a iluminação inadequada
 Exposição a temperaturas extremas
(frio/calor) / Desconforto térmico (frio/calor)

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RISCOS ASSOCIADOS À SUA
ORIGEM
ORIGEM EXEMPLOS DE RISCOS
RISCOS BIOLÓGICOS  Exposição a vírus
 Exposição a fungos
 Exposição a bactérias
 Exposição a parasitas

RISCOS MECÂNICOS  Arrastamento


 Entalamento
 Projeção de particulas
 Queda em altura
 Queda ao mesmo nível
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RISCOS ASSOCIADOS À SUA
ORIGEM
ORIGEM EXEMPLOS DE RISCOS
RISCOS ELÉTRICOS  Eletrização
 Eletrocussão

RIS C O S  Carga mental


PS IC O S S O C IA IS  Assédio moral

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AVALIAÇÃO DE RISCOS

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AVALIAÇÃO DE RISCOS

Perigo Potencial de dano

Consequência
Risco X
Probabilidade

Manipulação das
Prevenção
componentes do risco

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VANTAGENS DA AVALIAÇÃO
DE RISCOS
Melhora a perceção dos riscos existentes;

Permite verificar se os meios de controlo de riscos


implementados estão a surtir o efeito desejado;

Permite a identificação dos perigos efetivamente existentes;

Permite o estabelecimento de prioridades no que concerne


à implementação de medidas de controlo de riscos;

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METODOLOGIAS
DE AVALIAÇÃO
DE RISCOS

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METODOLOGIAS DE
AVALIAÇÃO DE RISCOS

AVALIAÇÃO DE RISCOS PROCESSO DINÂMICO

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METODOLOGIAS DE
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Para efetuar uma avaliação de riscos deve ser recolhida e
compilada informação relativa a:
▪ Regulamentação e legislação sobre a prevenção de
riscos laborais;

▪ Normalização nacional e internacional;

▪ Riscos característicos das operações efetuadas;

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METODOLOGIAS DE
AVALIAÇÃO DE RISCOS
▪ Produtos, materiais e equipamentos utilizados;
▪ Dados da sinistralidade laboral e doenças profissionais
do setor;

▪ Dados da sinistralidade laboral e doenças profissionais


da organização;

▪ Tarefas executadas pelos trabalhadores.

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ETAPAS DE AVALIAÇÃO DE
RISCOS

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ETAPAS DE AVALIAÇÃO DE
RISCOS

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ETAPAS DE AVALIAÇÃO DE
RISCOS

Para a realização de uma avaliação de riscos é importante


fazer-se o correto levantamento do ponto de situação do
local de trabalho.

As listas de verificação são um bom instrumento de recolha


de informação.

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LISTAS DE VERIFICAÇÃO

São utilizadas para recolher informação como


suporte dos métodos de observação.

É uma técnica simplista que consiste no registo da


informação visualizada nos locais de trabalho.

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COMO CRIAR LISTAS DE
VERIFICAÇÃO?

Devem definir-se os critérios em relação aos quais as verificações irão ser


realizadas.

A definição destes critérios tem que ser clara, concisa e objetiva, pois pretende- se
obter a aceitação ou não do requisito a avaliar.

Os itens têm que ser estabelecidos de forma consistente para que a não
aceitação esteja afeta ao não cumprimento daquele critério ou requisito.

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COMO CRIAR LISTAS DE
VERIFICAÇÃO?

As listas de verificação são utilizadas para:

- Perceber se determinados critérios são cumpridos durante a realização de uma


atividade/tarefa;

-Averiguar se as caraterísticas de locais/espaços de trabalho, equipamentos de


trabalho (máquinas, ferramentas, aparelhos, instalações), ambiente de trabalho,
materiais, substâncias e agentes químicos, físicos e biológicos, processos de
trabalho, etc. são adequados;

- Assegurar a conformidade com a legislação, normas, códigos ou boas práticas


previstas.

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LISTAS DE VERIFICAÇÃO |
EXEMPLOS

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LISTAS DE VERIFICAÇÃO |
EXEMPLOS

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LISTAS DE VERIFICAÇÃO |
EXEMPLOS

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LISTAS DE VERIFICAÇÃO |
EXEMPLOS

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MÉTODOS DE AVALIAÇÃO
DE RISCOS

Existem numerosos métodos que permitem identificar os


perigos, avaliar as consequências da sua ocorrência e
propor medidas no sentido de minimizar quer a
probabilidade da sua realização, quer a extensão do dano
no caso de que tal aconteça.

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MÉTODOS DE AVALIAÇÃO
DE RISCOS

A escolha do método a utilizar dependerá:


▪ Condições existentes no local de trabalho (número de
trabalhadores, o tipo de atividades laborais);

▪ Equipamentos de trabalho, as características específicas


do local de trabalho e os riscos específicos.

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MÉTODOS DE AVALIAÇÃO
DE RISCOS

-Quantitativos (ex: Índices de frequência e


de gravidade)
-Semi-quantitativos (ex: Método
MÉTODOS simplificado ou das probabilidades e
consequências)
- Qualitativos (ex: Árvore de falhas)

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MÉTODOS
QUALITATIVOS
MÉTODOS QUALITATIVOS

Descrevem ou esquematizam, sem chegar a uma quantificação


dos riscos, os pontos perigosos de um posto de trabalho ou
instalação, bem como as medidas de segurança disponíveis,
sejam estas preventivas ou corretivas.

Identificam também quais os acontecimentos com capacidade e


probabilidade de gerarem situações de perigo, bem como
desencadeiam medidas para garantir que não ocorram.

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MÉTODOS QUALITATIVOS

VANTAGENS:

▪ Mais simples;

▪ Não requer uma identificação exata das


consequências.

DESVANTAGENS:

▪ Subjetivo;

▪ Depende da experiência dos avaliadores.


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MÉTODOS QUALITATIVOS

MÉTODOS QUALITATIVOS

OPINIÃO DOS MÉTODO DA ÁRVORE DE


TRABALHADORES FALHAS

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MÉTODOS QUALITATIVOS

ÁRVORE DE FALHAS

O método da árvore de falhas é uma avaliação qualitativa


de acontecimentos indesejáveis (por exemplo, uma
explosão) que podem ter a sua origem num evento inicial
desencadeador.

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MÉTODOS QUALITATIVOS

ÁRVORE DE FALHAS

Começa com uma representação gráfica (utilizando


símbolos lógicos) de todas as sequências possíveis de
acontecimentos que podem dar origem a um incidente.

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MÉTODOS QUALITATIVOS

ÁRVORE DE FALHAS

A árvore de falhas é uma técnica utilizada para despistar as


causas ou as circunstâncias que dão lugar ou podem
originar um acontecimento não desejado. O dano é o ponto
de partida, sendo a árvore construída com o auxílio de um
sistema de perguntas-respostas simples e sistemáticas.

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MÉTODOS QUALITATIVOS

ÁRVORE DE FALHAS

As questões-padrão são no essencial, as seguintes:


▪ Qual a causa do evento?

▪ A causa foi suficiente ou foram necessárias outras causas?

Para se construir a árvore, o acontecimento indesejado


deve ser colocado no topo, sendo arroladas abaixo as
causas que lhe deram origem.
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MÉTODOS QUALITATIVOS
ÁR V O R E D E FA L H A S : EX E M P LO

O acontecimento de topo é uma falha de luz, que pode ser provocada


quer por avaria de uma lâmpada, quer por uma falha de corrente. Esta,
por sua vez, pode ser causada por uma falha de corrente geral ou por
um dispositivo interno de corte.

Se a lâmpada fundiu, procedemos à sua substituição, eventualmente por


uma de melhor qualidade. Se a lâmpada estava operacional e
continuou a funcionar após o restabelecimento da corrente,
poderemos considerar mais acontecimentos a partir da falha de
corrente ocorrida.
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MÉTODOS QUALITATIVOS

ÁRVORE DE FALHAS: EXEMPLO

Falha de luz

Avaria da Falha de
lâmpada corrente

Dispositivo
Corte geral
interno de corte
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MÉTODOS
QUANTITATIVOS

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MÉTODOS QUANTITATIVOS

Quantificam o que pode acontecer e atribuem valoração à

probabilidade de uma determinada ocorrência.

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MÉTODOS QUANTITATIVOS

VANTAGENS:

▪ Resultados objetivos (mensuráveis);

▪ Permite a análise do efeito da implementação de

medidas de controlo de risco.

DESVANTAGENS:

▪ Complexidade e morosidade nos cálculos;

▪ Metodologias estruturadas.
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ÍNDICES DE SINISTRALIDADE

Índice de Frequência (IF)

Índice de Incidência (II)

Índice de Gravidade (IG)

Índice de Avaliação da Gravidade (IAG)

No separador Legislação | Relatório Único encontra a Portaria n.º 55/2010, alterada pela
SAIBA + Portaria n.º 108-A/2011, onde pode observar o modelo do Relatório Único (Anexo D).

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ÍNDICES DE SINISTRALIDADE

ÍNDICE DE FREQUÊNCIA

Representa o número de acidentes com baixa por milhão de horas-homem


trabalhadas.
- Um trabalhador, labora em média cerca de 2000 horas por ano.
- Um milhão de horas-homem representa o trabalho de um ano para 500
trabalhadores.

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ÍNDICES DE SINISTRALIDADE

ÍN D IC E D E IN C ID Ê N C IA

Representa o número de acidentes que em média

ocorrem numa população de 1000 trabalhadores.

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ÍNDICES DE SINISTRALIDADE

ÍNDICE DE GRAVIDADE

Representa o número de dias úteis perdidos por milhão de

horas-homem trabalhadas. Um acidente


mortal equivale à
perda de 7500 dias
de trabalho.

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ÍNDICES DE SINISTRALIDADE

ÍNDICE DE AVALIAÇÃO DA GRAVIDADE

Permite estabelecer prioridades quanto às ações de


controlo através dos seus valores, calculados para cada
departamento.

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ÍNDICES DE SINISTRALIDADE

TODOS OS ÍNDICES DE SINISTRALIDADE SÃO REPORTADOS A UM


DETERMINADO PERÍODO DE TEMPO, GERALMENTE, 1 ANO.

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ÍNDICES DE SINISTRALIDADE

Vamos
estudar um
caso
concreto?

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ÍNDICES DE SINISTRALIDADE

DESCRIÇÃO DO CASO

Numa determinada empresa onde laboram dez


trabalhadores (três no departamento administrativo e sete
no departamento produtivo) os serviços de SST procederam
à análise da sinistralidade laboral relativa ao ano de 2016,
a fim de verificarem a adequação dos meios de prevenção
adotados nos meses anteriores.

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ÍNDICES DE SINISTRALIDADE

DESCRIÇÃO DO CASO

Obtiveram os seguintes dados: um acidente com baixa (esta baixa

médica ocorreu entre os dias 12 e 15 de janeiro de 2016, resultou

numa incapacidade temporária absoluta e ocorreu no

departamento produtivo). Todos os trabalhadores têm uma carga

horária semanal de quarenta horas (8 horas/dia).

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ÍNDICES DE SINISTRALIDADE

QU E STÕ E S

Determine o índice de frequência da empresa.

Determine o índice de gravidade da empresa.

Refira qual a ordem de prioridade de atuação que se deve

estabelecer para os departamentos da empresa.

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ÍNDICES DE SINISTRALIDADE

SOLUÇÕES

N.º de horas- N.º de


N.º de N.º de dias
Departamento homem acidentes com
Trabalhadores úteis perdidos
trabalhadas* baixa

Administrativo 3 6024 0 0
Produtivo 7 14024 1 4
TOTAL 10 20048 1 4

*Nota: Em 2016 contabilizaram-se 251 dias úteis, como o enunciado do exercício não dá indicação sobre dias de
férias, ou dias não trabalhados pelos trabalhadores desta empresa, assume-se que os trabalhadores do departamento
administrativo laboraram os 251 dias úteis (3 (trabalhadores) × 251 (dias úteis de 2016) × 8 (horas/dia)), e os
trabalhadores do departamento produtivo, apenas 1 deles não laborou os 251 dias na sua totalidade, como tal, faz-se
o cálculo da seguinte forma: (6 (trabalhadores) × 251 (dias úteis de 2016) × 8 (horas/dia) + (1 (trabalhador) × 247 (dias
úteis de 2016 – os dias relativos à baixa médica) × 8 (horas/dia)).

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ÍNDICES DE SINISTRALIDADE

SOLUÇÕES

Determine o índice de frequência da empresa.

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ÍNDICES DE SINISTRALIDADE

SOLUÇÕES

Determine o índice de gravidade da empresa.

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ÍNDICES DE SINISTRALIDADE

SOLUÇÕES

Refira qual a ordem de prioridade de atuação que se deve

estabelecer para os departamentos da empresa.

VAMOS CALCULAR OS 3 ÍNDICES DE SINISTRALIDADE (IF; IG; IAG)

PARA CADA UM DOS DEPARTAMENTOS.

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ÍNDICES DE
SINISTRALIDADE
SOLUÇÕES

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ÍNDICES DE SINISTRALIDADE

SOLUÇÕES

Calculados os três índices de sinistralidade, é possível perceber

através do índice de avaliação da gravidade que o


departamento que carece de intervenção prioritária é o

departamento produtivo (IAG = 4000,35).

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ÍNDICES DE SINISTRALIDADE

PARA FINALIZAR O
EXERCÍCIO,
APRESENTO AS
TABELAS DA OIT,
ONDE SE PODE
FAZER UMA
INTERPRETAÇÃO
DOS ÍNDICES DE
SINISTRALIDADE.

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ÍNDICES DE SINISTRALIDADE

Índice de Frequência (IF)

Bom Médio Mau Muito Mau

< 20 20 - 40 40 - 60 > 60

Fonte: OIT.

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ÍNDICES DE SINISTRALIDADE

Índice de Gravidade (IG)

Bom Médio Mau Muito Mau

< 500 500 - 1000 1000 - 2000 > 2000

Fonte: OIT.

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ÍNDICES DE SINISTRALIDADE

SOLUÇÕES

No caso dos índices de sinistralidade da empresa o índice de

frequência (IF = 49,88) considera-se mau, devido ao baixo

número de trabalhadores e ao baixo número de horas

trabalhadas. O índice de gravidade (IG = 199,52) reflete que os

danos causados pelo acidente não foram gravosos para o

trabalhador logo situa-se no parâmetro – bom.

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MÉTODOS SEMI-
QUANTITATIVOS
MÉTODOS SEMI-
QUANTITATIVOS

Atribuem índices às situações de risco previamente


identificadas e estabelecem planos de atuação, em que o

objetivo é a hierarquização do risco, a definição e

implementação de um conjunto de ações preventivas e

corretivas para controlar o risco.

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MÉTODOS SEMI-
QUANTITATIVOS
VANTAGENS:

▪ Métodos simples;
▪ Identificam as prioridades de intervenção através da
identificação dos riscos.

DESVANTAGENS:

▪ Apresentam subjetividade associada aos descritores


utilizados nas escalas de avaliação;

▪ São fortemente dependentes da experiência dos avaliadores.


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ANÁLISE DE UMA SITUAÇÃO
Como proceder ?

SITUAÇÃO: Pavimento de uma indústria danificado

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AVALIAÇÃO DE RISCOS
Identificar o perigo

> Perigo:

- Pavimento irregular

Avaliar o risco

> Risco:

- Queda ao mesmo nível


> Danos: Hematomas, Entorses, Fraturas.

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85
MEDIDAS DE CONTROLO
Adotar medidas de controlo

> O objetivo principal na avaliação de riscos


consiste em eliminar os riscos na origem.
Neste caso, nivelar o pavimento irregular.
> Caso não seja possível, a segunda opção
consiste na separação, por exemplo, utilizar
barreiras para afastar os trabalhadores do
pavimento irregular.

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MEDIDAS DE CONTROLO
Adotar medidas de controlo

> A medida de aplicação final é a proteção,


através da utilização de calçado de proteção
(com sola antiderrapante).

Nota: A utilização dos equipamentos de proteção individual deve ser a última forma de proteção
após se terem esgotado todas as medidas organizacionais e técnicas.

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87
ANÁLISE DE UMA SITUAÇÃO
Como proceder ?

TAREFA: Transporte de cargas no empilhador.

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88
ANÁLISE DE UMA SITUAÇÃO
Como proceder ?

ACHA NECESSÁRIO CORRIGIR ESTA SITUAÇÃO?

TAREFA: Transporte de cargas no empilhador.

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ANÁLISE DE UMA SITUAÇÃO
Como proceder ?
Vibrações
transmitidas ao Ruído presente
condutor durante nas instalações.
a condução.
VEJA O QUE DEVE S E R
CORRIGIDO!
As vias de
Empilhador circulação do
movido a gás. empilhador não
estão definidas.

TAREFA: Transporte de cargas no empilhador.

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90
ANÁLISE DE UMA SITUAÇÃO
Como proceder ?
Vibrações
transmitidas ao Ruído presente
condutor durante nas instalações.
a condução.

As vias de
Empilhador circulação do
movido a gás. empilhador não
estão definidas.

TAREFA: Transporte de cargas no empilhador.

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91
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Identificar o perigo

> Perigo:

- Falta de sinalização das


vias de circulação
Avaliar o risco

> Risco:

- Atropelamento
> Danos: Hematomas, Fraturas, Morte.

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92
MEDIDAS DE CONTROLO
Adotar medidas de controlo

>Delimitar os caminhos de circulação do empilhador e os


caminhos destinados à circulação de pessoas.
>Definir sentidos únicos e marcar as vias de circulação
com dimensões adequadas (largura do empilhador + 1
metro).
>Garantir que os caminhos de circulação do empilhador
se encontram permanentemente desobstruídos, limpos e
isentos de derrames e/ou gorduras.
>Garantir que as vias de circulação têm iluminação
adequada.

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MEDIDAS DE CONTROLO
Adotar medidas de controlo

>Limitar a velocidade, sinalizando a velocidade máxima


nas vias de circulação.
>Sinalizar adequadamente os eventuais obstáculos que
se encontrem nas vias de circulação.
>Utilizar a buzina sempre que necessário e reduzir a
velocidade nos cruzamentos.
> Instalar espelhos nos cruzamentos.
>O manobrador do empilhador deve estar devidamente
habilitado para a sua condução.
>Éexpressamente proibido o transporte de outros
trabalhadores no empilhador, para além do condutor.

|
94
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Identificar o perigo

> Perigo:

- Utilização de gás para a


movimentação do empilhador

Avaliar o risco

> Risco:

- Explosão
> Danos: Queimaduras, Morte.

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95
MEDIDAS DE CONTROLO
Adotar medidas de controlo

> Substituir o empilhador, por outro movido a eletricidade.


> Fazer a manutenção periódica do empilhador.
> Não fazer lume, junto ao empilhador.
> Fazer medições à qualidade do ar interior das instalações.
>Definir locais de estacionamento do empilhador no exterior
do edifício, devidamente sinalizados.
> O manobrador do empilhador deve estar devidamente
habilitado para a sua condução, bem como, durante o sua
utilização colocar o cinto de segurança.

|
96
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Identificar o perigo

> Perigo:

- Ruído proveniente do
processo produtivo
Avaliar o risco

> Risco:

- Exposição a ruído
> Danos: Dores de cabeça, Irritabilidade, Surdez.

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97
MEDIDAS DE CONTROLO
Adotar medidas de controlo

> Reorganizar o processo produtivo.


> Implementar barreiras acústicas nas instalações.
>Realizar medições aos níveis de ruído presentes no
posto de trabalho.
>Garantir a adequada vigilância da saúde dos
trabalhadores, através de exames audiométricos.
>Sensibilizar, formar e informar os trabalhadores sobre o
ruído e as medidas adotadas.
> Disponibilizar protetores auditivos, de acordo com os
níveis de ruído a que o trabalhador está exposto.

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98
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Identificar o perigo

> Perigo:

- Vibrações emitidas pelo


empilhador
Avaliar o risco

> Risco:

- Exposição a vibrações
> Danos: Dores de lombares e Hérnias discais.

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99
MEDIDAS DE CONTROLO
Adotar medidas de controlo

> Garantir a existência de um assento provido de molas;


> Garantir a manutenção periódica do empilhador;
> Verificar periodicamente a pressão dos pneus;
> Manter o pavimento em bom estado de conservação;
>Realizar medições aos níveis de vibrações presentes no
posto de trabalho;

> Promover a rotatividade dos trabalhadores;


> Garantir a adequada vigilância da saúde dos trabalhadores;
>Sensibilizar, formar e informar os trabalhadores sobre os
riscos associados à exposição a vibrações.

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100
ANÁLISE DE UMA SITUAÇÃO
Como proceder ?
> Considere o seguinte caso: Um trabalhador com 41 anos de idade,
trabalha numa indústria do setor têxtil, no departamento do embalamento
das peças acabadas. Este executa repetidamente a mesma tarefa de
fechar as caixas e colocar as mesmas numa palete para expedição,
durante todo o seu horário de trabalho. Cada uma destas caixas pesa 22
Kg.

SITUAÇÃO: Pavimento de uma indústria danificado


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101
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Identificar o perigo

> Perigo:

- Manipulação de carga
excessiva
Avaliar o risco

> Risco:

- Esforços excessivos
> Danos: Dores lombares, Fadiga, Hérnias discais.

|
102
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Identificar o perigo
Legalmente, a
carga máxima que
> Perigo:
o trabalhador pode
manusear em
- Manipulação de carga operações
excessiva frequentes são 20
Kg.

Avaliar o risco

> Risco:

- Esforços excessivos
> Danos: Dores lombares, Fadiga, Hérnias discais.

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103
MEDIDAS DE CONTROLO
Adotar medidas de controlo

> Considerar a automatização ou a reorganização do


trabalho, por forma, a eliminar a necessidade de
qualquer movimentação manual.
> Caso não seja possível, usar meios mecânicos que
auxiliem o trabalhador na tarefa de movimentação
manual de cargas.
> Analisar o ambiente de trabalho e as capacidades
do trabalhador para a movimentação de cargas
(incluindo levantar, empurrar, arrastar, transportar e
depositar).

|
104
MEDIDAS DE CONTROLO
Adotar medidas de controlo

> Proporcionar informação e


formação sobre as boas
práticas de movimentação
de cargas.
> Usar vestuário de trabalho,
botas de proteção e luvas de
proteção.

|
105
MEDIDAS DE CONTROLO
Adotar medidas de controlo

> Boas práticas de


movimentação de cargas:
- Não rode o tronco;
- Rode os pés e a carga.

|
106
MEDIDAS DE CONTROLO
Adotar medidas de controlo

> Boas práticas de


movimentação de cargas:
- Reduza a carga ou se
possível divida-a.

|
107
ANÁLISE DE UMA SITUAÇÃO
Como proceder ?

TAREFA: Manuseamento de substâncias tóxicas.

|
108
ANÁLISE DE UMA SITUAÇÃO
Como proceder ?

Trabalhador
afetado por
produtos
químicos
(gases)

TAREFA: Manuseamento de substâncias tóxicas.

|
109
ANÁLISE DE UMA SITUAÇÃO
Como proceder ?

TAREFA: Manuseamento de substâncias tóxicas.

|
110
ANÁLISE DE UMA SITUAÇÃO
Como proceder ?
Não se esqueça:
As principais vias de
entrada dos agentes
químicos (gases,
fumos, poeiras,
aerossóis) no
organismo humano
são:

TAREFA: Manuseamento de substâncias tóxicas.

|
111
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Identificar o perigo

> Perigo:

- Contato com substâncias tóxicas devido à


inexistência de EPI´s (óculos e máscara de proteção)

Avaliar o risco

> Risco:

- Inalação/Absorção de substâncias tóxicas (olhos e pele)


> Danos: Lesões oculares, Alterações cutâneas, Problemas respiratórios.

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112
MEDIDAS DE CONTROLO
Adotar medidas de controlo

> Estabelecimento de procedimentos de


segurança na utilização de substâncias tóxicas;
> Garantir a existência das Fichas de Dados de
segurança do produto químico.
> Garantir medições à qualidade do ar interior.
> Implementar sistemas de ventilação adequados.
>Verificar regularmente o funcionamento do
Substância Tóxica (T)
sistema de ventilação. ou muito Tóxica (T+)

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113
MEDIDAS DE CONTROLO
Adotar medidas de controlo

>Implementar sinalização adequada no posto de


trabalho.
> Garantir a vigilância da saúde dos trabalhadores.
>Sensibilizar, informar e formar os trabalhadores
acerca dos riscos aos quais está exposto, e as
medidas de controlo adotadas.

> Utilizar a máscara e óculos de proteção.

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114
MÉTODOS SEMI-
QUANTITATIVOS
MATRIZ 4 × 4

A matriz de 4 × 4 é um modelo de análise de risco que de


forma simplificada, permite a obtenção de 5 níveis de risco,
através da caracterização da frequência (probabilidade) e
da gravidade associadas, à forma do acidente.

|
115
MÉTODOS SEMI-
QUANTITATIVOS
MATRIZ 4 × 4

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116
MÉTODOS SEMI-
QUANTITATIVOS
MATRIZ 4 × 4
PROBABILIDADE
A B C D

A 1 2 2 3
GRAVIDADE

B 2 2 3 4

C 2 3 4 5

D 3 4 5 5

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117
MÉTODOS SEMI-
QUANTITATIVOS
MATRIZ 4 × 4

Os níveis de risco são 5, com a seguinte especificação:


▪ Nível 1 – Atuação não prioritária;
▪ Nível 2 – Intervenção a médio prazo;
▪ Nível 3 – Intervenção a curto prazo;
▪ Nível 4 – Atuação urgente;
▪ Nível 5 – Atuação muito urgente, requerendo medidas
imediatas.
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118
MÉTODOS SEMI-
QUANTITATIVOS
MATRIZ 4 × 4
Vamos
analisar um
caso prático
e aplicar o
Método 4 ×
4?

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119
MÉTODOS SEMI-
QUANTITATIVOS
DESCRIÇÃO DO CASO

O trabalhador encontra-se a polir pedra com o auxílio de um


equipamento de trabalho (polidora). Este está 50% do seu tempo

de trabalho afeto a este posto, sendo que labora por semana 40

horas (8 horas/dia).

|
120
MÉTODOS SEMI-
QUANTITATIVOS
DESCRIÇÃO DO CASO

O mesmo revela que já sofreu vários cortes superficiais em várias partes


do corpo, mas que o trabalhador que ocupou anteriormente este posto
de trabalho teve um acidente de trabalho grave, fraturando um braço,
devido ao manuseamento manual do bloco de pedra, que é necessário
para polir as 2 faces da pedra. Sabe-se que os valores limite de
exposição a vibrações (ao nível do sistema mão-braço) são excedidos
neste posto de trabalho.

|
121
MÉTODOS SEMI-
QUANTITATIVOS
DESCRIÇÃO DO CASO

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122
MÉTODOS SEMI-
QUANTITATIVOS
DESCRIÇÃO DO CASO

Vamos
descobrir a
solução!

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123
MÉTODOS SEMI-
QUANTITATIVOS

① É FUNDAMENTAL A CONSTRUÇÃO DE UMA TABELA COM


TODOS OS PARÂMETROS QUE A CONSTITUEM.

② VEJA A SEGUINTE SEQUÊNCIA LÓGICA DE


APRESENTAÇÃO DA INFORMAÇÃO RELATIVA À TABELA DE
AVALIAÇÃO DE RISCOS.

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124
MÉTODOS SEMI-
QUANTITATIVOS

Tabela de Avaliação de Riscos

Danos / Efeitos Legislação Medidas de


Atividade/Tarefa Perigo Risco Matriz 4 × 4
na saúde Aplicável Controlo

Atividade – exercício de
uma ação (conjunto de “A probabilidade de
“A propriedade intrínseca
atos ligados concretização do dano
de uma instalação,
ordenadamente para a em função das condições
atividade, equipamento,
realização de de utilização, exposição
um agente ou outro
determinado fim). ou interação do
componente material do
Tarefa – trabalho componente material do
trabalho com potencial
concreto que se realiza trabalho que apresente
para provocar dano” (Lei
num determinado n.º 3/2014, artigo 4.º, alínea g)).
perigo” (Lei n.º 3/2014, artigo
4.º, alínea h)).
tempo.
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125
MÉTODOS SEMI-
QUANTITATIVOS

Tabela de Avaliação de Riscos

Danos / Efeitos Legislação Medidas de


Atividade/Tarefa Perigo Risco Matriz 4 × 4
na saúde Aplicável Controlo

Aplicar os diplomas
“Efeito adverso sobre a
legais a cada risco.
condição física, mental Metodologia de
Pode consultar no site: Conjunto das medidas
ou cognitiva de uma valoração do risco, para
- Diário da República; de prevenção e de
pessoa” (NP ISO determinar prioridades
- ACT; correção.
45001:2019, subcláusula de intervenção.
- PGDL;
3.18).
- APA...

|
126
MÉTODOS SEMI-
QUANTITATIVOS
SOLUÇÕES

Tabela de Avaliação de Riscos


Medidas
Tarefa Perigo Risco Dano Legislação P G Nível Risco Controlo1

Polir pedra Não Projeção Ferimento DL n.º C A 2 -Substituir este


processo de
utilização de s ligeiros 348/93 trabalho manual,
de pequenos Interven pelo mecânico.
vestuário pedaços Portaria ção a - Informar e
formar o
adequado de pedra n.º 988/93 médio trabalhador acerca
prazo dos riscos a que
está exposto.
- Utilizar o
vestuário de
trabalho adequado
e óculos de
proteção.

|
127
MÉTODOS SEMI-
QUANTITATIVOS
SOLUÇÕES

Tabela de Avaliação de Riscos


Medidas
Tarefa Perigo Risco Dano Legislação P G Nível Risco Controlo1

Polir pedra Não Projeção Ferimento DL n.º C A -Substituir este


processo de
utilização de s ligeiros 348/93 2 trabalho manual,
de pequenos pelo mecânico.

Matriz 4 × 4
vestuário pedaços Portaria Intervenção a - Informar e
méio prazo formar o
adequado de pedra n.º 988/93 trabalhador acerca
dos riscos a que
está exposto.
- Utilizar o
vestuário de
trabalho adequado
e óculos de
proteção.

|
128
MÉTODOS SEMI-
QUANTITATIVOS
SOLUÇÕES

Tabela de Avaliação de Riscos


Medidas Controlo
Tarefa Perigo Risco Dano Legislação P G Nível Risco

Polir pedra Bancada Esforços Luxações; Lei n.º C C 4 - Substituir a


bancada de
de excessivos Tendinites; 3/2014 trabalho, por outra
trabalho Hérnias Atuação adaptável ao
incorreta discais. urgente trabalhador.
- Promover
mente práticas de
dimension ginástica laboral;
ada - Estabelecer
pausas;
- Utilizar tapetes
ergonómicos.
-Utilizar cinta
lombar.

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129
MÉTODOS SEMI-
QUANTITATIVOS
SO LU Ç Õ E S

Tabela de Avaliação de Riscos


Medidas Controlo
Tarefa Perigo Risco Dano Legislação P G Nível Risco

Polir pedra Bancada Queda de Hematom DL n.º C D 5 -Mecanizar a


tarefa.
de objetos as; 324/95 -Organizar o posto
trabalho Fraturas; Atuação de trabalho.
incorreta Amputaçõ DL n.º muito - Criar
procedimentos de
mente es. 162/90 urgente segurança.
dimension -Rotatividade no
ada posto de trabalho.
-Utilizar vestuário e
calçado de
proteção.

|
130
MÉTODOS SEMI-
QUANTITATIVOS
SOLUÇÕES

Tabela de Avaliação de Riscos


Medidas Controlo
Tarefa Perigo Risco Dano Legislação P G Nível Risco

Polir pedra Vibrações Exposição Afetação DL n.º D B 4 - Substituir o


equipamento de
emitidas a nas 50/2005 trabalho (polidora).
pela Atuação - Colocar punhos
vibrações articulaçõ antivibráteis.
polidora (sistema es e fluxo DL n.º urgente - Realizar a
46/2006 manutenção da
mão- sanguíneo; polidora.
braço) Tendinites. - Informar e formar o
trabalhador acerca
dos riscos a que está
exposto.
-Utilizar luvas
antivibráteis.

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131
MÉTODOS SEMI-
QUANTITATIVOS

③ PARA TERMINAR O EXERCÍCIO, FALTA FAZER A HIERARQUIZAÇÃO DOS


RISCOS, QUE SERÁ REALIZADA COM BASE NA VALORAÇÃO QUE FOI
APRESENTADA NA TABELA DE AVALIAÇÃO DE RISCOS. TRARÁ COMO
VANTAGEM A PERCEÇÃO DE QUAIS OS RISCOS QUE CARECEM DE UMA
INTERVENÇÃO PRIORITÁRIA, NA ADOÇÃO DAS MEDIDAS DE
CONTROLO.

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132
MÉTODOS SEMI-
QUANTITATIVOS
SOLUÇÕES

Hierarquização dos Riscos

Tarefa Risco Nível Risco


Queda de objetos 5

Polir pedra Esforços excessivos 4

Exposição a vibrações (sistema mão-braço) 4

Projeção de pequenos pedaços de pedra 2

|
133
MÉTODOS SEMI-
QUANTITATIVOS
MÉTODO DE WILLIAM T. FINE

O método assenta na caracterização do nível de risco


tendo por base três níveis:
▪ Probabilidade (P): representando a probabilidade
associada à ocorrência de um acidente;

▪ Exposição (E): a frequência com que ocorre a situação de


risco;
▪ Consequência (C): o resultado mais provável de um
potencial acidente.

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134
MÉTODOS SEMI-
QUANTITATIVOS
MÉ TO D O DE WIL L IA M T. FIN E

O grau de perigosidade é caracterizado pela seguinte


expressão:
GP = P × E × C

GP Grau de perigosidade

P Probabilidade

E Exposição

C Consequência
|
135
MÉTODOS SEMI-
QUANTITATIVOS
MÉTODO DE WILLIAM T. FINE

|
136
MÉTODOS SEMI-
QUANTITATIVOS
MÉ TO D O DE WIL L IA M T. FIN E

|
137
MÉTODOS SEMI-
QUANTITATIVOS
MÉ TO D O DE WIL L IA M T. FIN E

|
138
MÉTODOS SEMI-
QUANTITATIVOS
MÉTODO DE WILLIAM T. FINE

|
139
MÉTODOS SEMI-
QUANTITATIVOS
MÉ TO D O DE WIL L IA M T. FIN E
Vamos
aplicar este
método no
exercício
que se
segue…

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140
MÉTODOS SEMI-
QUANTITATIVOS
DESCRIÇÃO DO CASO

Esta trabalhadora labora numa lavandaria, onde 100% do seu

tempo de trabalho é dedicado à engomadoria de peças de


vestuário. No anterior (2016) esta trabalhadora sofreu uma

queimadura na sua mão esquerda que deu origem a 45 dias de

baixa médica, fruto do contacto com superfícies quentes.

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141
MÉTODOS SEMI-
QUANTITATIVOS
SO LU Ç Õ E S

Avaliação de Riscos
Medidas Controlo
Tarefa Perigo Risco Efeitos Legislação P E C GP MR

Engomar Fio Eletrocuss Perda da DL n.º 10 10 15 1500 Muito -Imobilizar o


peças de elétrico ão sensibilida 740/74 ferro de
Alta
vestuário descarnad de tátil; engomar.
o Tetanizaçã DL n.º -Reparar ou
o; 303/76 substituir o
Queimad equipamento.
uras; DL n.º -Cumprir os
Morte. 226/2005 planos de
manutenção.
- Criar
procedimentos
de segurança.

|
142
MÉTODOS SEMI-
QUANTITATIVOS
SOLUÇÕES

Avaliação de Riscos
Medidas Controlo
Tarefa Perigo Risco Efeitos Legislação P E C GP MR

Engomar Superfície Contacto Fadiga; DL n.º 10 10 3 300 Alta -Mecanizar a


peças de s quentes com Queimad 243/86 tarefa.
vestuário desproteg superfície uras. - Colocar
idas s quentes dispositivos de
proteção que
impeçam a
trabalhadora de
entrar em
contacto com as
superfícies
quentes.

|
143
MÉTODOS SEMI-
QUANTITATIVOS
SOLUÇÕES

Avaliação de Riscos
Medidas Controlo
Tarefa Perigo Risco Efeitos Legislação P E C GP MR

Engomar Trabalho Posturas Fadiga Lei n.º 6 10 1 60 Possível - Colocar um


peças de prolongad incorretas muscular 3/2014 banco de apoio
vestuário o na Dores para a
posição lombares DL n.º trabalhadora
em pé Cefaleias 243/86 alternar a
postura em pé e
sentada.
- Ginástica
laboral.
- Colocar um
tapete
ergonómico.

|
144
MÉTODOS SEMI-
QUANTITATIVOS
SOLUÇÕES

Hierarquização dos Riscos

Tarefa Risco GP
Eletrocussão 1500
Engomar peças de
vestuário Contacto com superfícies quentes 300

Posturas incorretas 60

|
145
MÉTODOS SEMI-
QUANTITATIVOS
MÉTODO SIMPLIFICADO OU MÉTODO DAS PROBABILIDADES E CONSEQUÊNCIAS

Este método de avaliação de riscos tem como ponto de


partida detetar não conformidades nos locais de trabalho, e
posteriormente, proceder à estimação da probabilidade de
ocorrer um acidente, e assim face à magnitude, avaliar o
risco associado a cada uma das consequências.

|
146
MÉTODOS SEMI-
QUANTITATIVOS
MÉ TO D O SIM P LIF IC A D O O U MÉ TO D O D A S PR O B A B ILID A D ES E
CO N S EQ U Ê N C IA S

Os conceitos chave deste método são, a probabilidade de que


determinados fatores de risco se materializem em danos, e a

gravidade do dano (consequência).

Assim para facilitar a sua aplicação, o modelo apresenta os níveis

de risco, probabilidade e consequências, desagregadas numa

escala com várias possibilidades.


|
147
MÉTODOS SEMI-
QUANTITATIVOS
MÉ TO D O SIM P L IF IC A D O OU MÉ TO D O DA S PR O B A B IL ID A D E S E

CO N S EQ U Ê N C IA S

tıFluxograma do processo de associação entre variáveis:

NE
Nível de Exposição NP
× Nível de Probabilidade
ND NR
×
Nível de Deficiência Nível de Risco
NC
Nível de Consequência

|
148
MÉTODOS SEMI-
QUANTITATIVOS
MÉTODO SIMPLIFICADO OU MÉTODO DAS PROBABILIDADES E CONSEQUÊNCIAS

Desta forma, temos o nível de risco (NR) que resulta do nível


de probabilidade (NP) e do nível de consequências (NC),
sendo expresso do seguinte modo:

NR = NP × NC

|
149
MÉTODOS SEMI-
QUANTITATIVOS
MÉTODO SIMPLIFICADO OU MÉTODO DAS PROBABILIDADES E CONSEQUÊNCIAS

NÍVEL DE DEFICIÊNCIA

O nível de deficiência é a gravidade do conjunto dos fatores


de risco considerados e a sua relação casual direta com o
possível acidente.

|
150
MÉTODOS SEMI-
QUANTITATIVOS

|
151
MÉTODOS SEMI-
QUANTITATIVOS
MÉ TO D O SIM P L IF IC A D O OU MÉ TO D O DA S PR O B A B IL ID A D E S E

CO N S EQ U Ê N C IA S

NÍV E L DE EX P O S IÇ Ã O

O nível de exposição é uma medida da frequência com que


ocorre a exposição ao risco. Para um risco concreto, o nível
de exposição pode estimar-se em função dos tempos de
permanência em áreas de trabalho, operações com
máquinas, etc.
| 156
MÉTODOS SEMI-
QUANTITATIVOS

|
153
MÉTODOS SEMI-
QUANTITATIVOS
MÉTODO SIMPLIFICADO OU MÉTODO DAS PROBABILIDADES E CONSEQUÊNCIAS

NÍVEL DE PROBABILIDADE

O nível de probabilidade é determinado em função do nível


de deficiência das medidas de prevenção e do nível de
exposição ao risco, onde obtemos a seguinte expressão:

NP = ND × NE

|
154
MÉTODOS SEMI-
QUANTITATIVOS
NÍVEL DE PROBABILIDADE

O seguinte quadro, diz respeito à determinação do nível de


probabilidade:

|
155
MÉTODOS SEMI-
QUANTITATIVOS

|
156
MÉTODOS SEMI-
QUANTITATIVOS
MÉTODO SIMPLIFICADO OU MÉTODO DAS PROBABILIDADES E
CONSEQUÊNCIAS

NÍVEL DE CONSEQUÊNCIAS

No nível de consequências foram considerados quatro níveis que


correspondem a lesões físicas e a danos materiais. Estes significados devem
ser considerados de forma independente, no entanto as lesões devem ser
consideradas com maior relevância. Assim mesmo que as lesões físicas não
sejam importantes, a consideração dos danos materiais devem ajudar a
estabelecer prioridades ao mesmo nível das consequências estabelecidas
para as pessoas, pois ajudam a determinar prioridades.
|
157
MÉTODOS SEMI-
QUANTITATIVOS
NÍVEL DE CONSEQUÊNCIAS

|
158
MÉTODOS SEMI-
QUANTITATIVOS
MÉTODO SIMPLIFICADO OU MÉTODO DAS PROBABILIDADES E CONSEQUÊNCIAS

NÍVEL DE RISCO E NÍVEL DE INTERVENÇÃO

O quadro seguinte permite calcular o nível de risco, e


agrupando-se os diferentes valores obtidos, estabelece
prioridades de intervenção, expressos em quatro níveis.

|
159
MÉTODOS SEMI-
QUANTITATIVOS
NÍV E L DE RIS C O E NÍV E L D E IN T E R V E N Ç Ã O

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160
MÉTODOS SEMI-
QUANTITATIVOS
MÉTODO SIMPLIFICADO OU MÉTODO DAS PROBABILIDADES E CONSEQUÊNCIAS

NÍVEL DE RISCO E NÍVEL DE INTERVENÇÃO

Os níveis de intervenção obtidos têm um valor indicativo. Para definir


prioridades de investimento é importante introduzir a componente
económica e o âmbito de influência da intervenção. Perante resultados
idênticos justificar-se-á escolher uma medida quando o custo for
menor e a solução abranger um número maior de trabalhadores. Os
trabalhadores devem ser consultados na execução do plano de
intervenção.

|
161
MÉTODOS SEMI-
QUANTITATIVOS
NÍVEL DE RISCO E NÍVEL DE INTERVENÇÃO

|
162
MÉTODOS SEMI-
QUANTITATIVOS
MÉTODO SIMPLIFICADO OU MÉTODO DAS PROBABILIDADES E CONSEQUÊNCIAS

Vamos
examinar o
próximo
exercício…

|
163
MÉTODOS SEMI-
QUANTITATIVOS
DESCRIÇÃO DO CASO

O trabalhador que se encontra na imagem labora numa


indústria de calçado. A tarefa deste trabalhador é colocar

uma etiqueta na caixa que contêm o produto final

(sapatos).

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164
MÉTODOS SEMI-
QUANTITATIVOS
DE S C R IÇ Ã O DO CA S O

O trabalhador labora em part-time nesta indústria. Já


ocorreram 3 acidentes de trabalho neste posto de trabalho.

O trabalhador já teve formação no âmbito das temáticas de

SST.

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165
MÉTODOS SEMI-
QUANTITATIVOS
SOLUÇÕES

Avaliação de Riscos
Medidas
Tarefa Perigo Risco Efeitos Legislação ND NE NP NC NR NI Controlo

Colocação Ausência Aprisiona Hematom Portaria 6 3 18 60 1080 I -Colocar


de de mento as; n.º 53/71, proteções no
etiquetas proteção Fraturas; alterada tapete
na caixa no tapete Amputaçã Portaria rolante.
rolante o. n.º -Respeitar a
702/80 sinalização
de SST.
DL n.º -Utilizar
50/2005 roupas
justas.

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166
MÉTODOS SEMI-
QUANTITATIVOS
SOLUÇÕES

Avaliação de Riscos
Medidas
Tarefa Perigo Risco Efeitos Legislação ND NE NP NC NR NI Controlo

Colocação Ausência Aprisiona Hematom Portaria 6 3 18 60 1080 I -Colocar


de de mento as; n.º 53/71, proteções no
etiquetas proteção Fraturas; alterada tapete
na caixa no tapete Amputaçã Portaria rolante.
rolante o. n.º -Respeitar a
702/80 sinalização
de SST.
DL n.º -Utilizar
50/2005 roupas
justas.

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167
Dúvidas / Questões

o Sempre que tiver dúvidas, ou questões já sabe que pode utilizar os


seguintes meios: Mensagem via moodle ao formador;
o Escrever no “Fórum Dúvidas e Questões”.

|
168

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