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Vocês estão prestes a embarcar em uma jornada desafiadora e incrivelmente gratificante. O Concurso Unificado da União
não é apenas uma porta de entrada para uma carreira no serviço público; é uma oportunidade de fazer parte de algo maior
do que nós mesmos. Cada um de vocês tem o potencial de contribuir significativamente para o nosso país, moldando o
futuro da nossa nação e impactando positivamente a vida de milhares de pessoas.
Lembrem-se, a preparação para este concurso é uma maratona, não um sprint. Cada hora de estudo, cada resumo feito,
cada questão praticada, é um passo em direção ao seu objetivo final. Não se trata apenas de passar em um exame, mas de
se equipar com o conhecimento e as habilidades necessárias para ser um servidor público exemplar.
É normal sentir-se sobrecarregado ou duvidar de si mesmo às vezes, mas lembre-se de que cada desafio é uma
oportunidade de crescimento. A resiliência e a determinação que vocês desenvolvem agora serão ativos valiosos em sua
carreira futura. Vocês estão se preparando não apenas para um teste, mas para uma carreira que pode verdadeiramente
fazer a diferença.
Ao se prepararem para este concurso, vocês estão se juntando a uma comunidade de indivíduos dedicados e motivados,
todos unidos pelo mesmo objetivo. Apoiem-se uns aos outros, compartilhem conhecimentos e experiências, e lembrem-se
de que a jornada é tão importante quanto o destino.
Por fim, nunca percam de vista o motivo pelo qual escolheram este caminho. O serviço público é uma vocação nobre, e
cada um de vocês tem a chance de deixar uma marca indelével na história do nosso país. Mantenham-se focados, trabalhem
duro e, acima de tudo, acreditem em si mesmos. O sucesso está ao alcance, e cada passo que vocês dão é um passo mais
perto de alcançá-lo.
Boa sorte a todos vocês! Estamos ansiosos para ver o que vocês alcançarão.
A ética na administração pública é um tema de fundamental importância para o funcionamento eficaz e responsável dos
órgãos governamentais e para a manutenção da confiança pública nas instituições. Este material didático é dedicado a
explorar os conceitos, princípios e práticas que formam a base da ética na administração pública, com o objetivo de fornecer
uma compreensão abrangente e prática deste campo vital.
No contexto da administração pública, a ética transcende a mera adesão às leis e regulamentos. Ela envolve a incorporação
de valores morais e princípios éticos na tomada de decisões e na conduta diária dos servidores públicos. Estes valores e
princípios incluem, mas não se limitam a, integridade, transparência, responsabilidade, imparcialidade e respeito ao
interesse público. A ética na administração pública é essencial para garantir que as ações e políticas governamentais sejam
conduzidas de maneira justa, transparente e eficiente, promovendo o bem-estar da sociedade como um todo.
Ao longo desta apostila, abordaremos os fundamentos teóricos da ética na administração pública, os desafios enfrentados
pelos servidores públicos na prática ética e as estratégias para promover uma cultura ética nas instituições governamentais.
Também examinaremos casos práticos e cenários hipotéticos para ilustrar como os princípios éticos são aplicados em
situações reais, proporcionando uma compreensão mais profunda e aplicável dos conceitos discutidos.
Sumário
Transparência e imparcialidade nos usos da inteligência artificial no âmbito do serviço público ...... 48
ÉTICA PÚBLICA
Ética e Integridade no Serviço Público
Vamos simplificar isso! Imagine que a ética é como uma bússola que nos ajuda a decidir o que é certo ou errado. No serviço
público, essa "bússola" é ainda mais importante porque guia como os funcionários devem agir.
1. O que é Ética? Pense na ética como as regras do jogo da vida. Ela não é só uma ideia, mas um campo de estudo que tenta
entender como devemos agir e por quê. É como um professor que nos ensina a diferença entre o certo e o errado.
2. Princípios e Valores Éticos no Serviço Público No serviço público, essas regras são como um manual para os funcionários.
Eles precisam seguir essas regras para garantir que estão trabalhando de forma justa e honesta. É como um jogador de
futebol seguindo as regras do jogo.
3. Direitos e Deveres Essas regras estão escritas na Constituição Federal de 1988 e no Código de Ética Profissional do
Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal. É como se fossem as instruções de um jogo, dizendo o que os funcionários
podem e devem fazer.
Imagine que a ética é como as regras de um jogo de futebol, enquanto a moral são as crenças pessoais de cada jogador
sobre como jogar o jogo.
3. Processo de Representação
• Se um servidor vê algo errado, como um jogador que vê uma regra sendo quebrada, ele deve informar seus
superiores.
• Se a denúncia for contra um superior, ela vai para uma autoridade ainda mais alta.
• O servidor acusado tem o direito de se defender, como um jogador que recebe um cartão vermelho tem o direito
de explicar sua ação ao árbitro.
1. Proibições Básicas
• Não Sair do Trabalho Sem Permissão: Como um jogador não pode deixar o campo sem permissão do técnico.
• Não Levar Coisas do Trabalho para Casa: Como um jogador não pode levar a bola do jogo para casa sem permissão.
• Respeitar os Documentos Oficiais: Como um jogador deve respeitar as regras do jogo.
2. Proibições Específicas
• Não Usar o Cargo para Benefício Próprio: Como um jogador não deve usar sua posição no time para ganhar
vantagens pessoais.
• Não Participar em Negócios Incompatíveis com o Trabalho: Como um jogador não deve jogar em outro time que
conflite com seu time atual.
• Não Aceitar Propinas ou Vantagens Indevidas: Como um jogador não deve aceitar dinheiro para jogar mal de
propósito.
4. Cargos em Comissão
• Normalmente, não se pode ter mais de um cargo em comissão, a menos que seja uma situação temporária. É como
um jogador que temporariamente ajuda outro time, mas não pode fazer isso permanentemente.
1. Processo Disciplinar
• Início do Processo: Como iniciar uma investigação sobre uma falta cometida por um jogador.
• Defesa do Servidor: O servidor tem a chance de se defender, como um jogador explicando sua ação ao árbitro.
• Decisão Final: Uma comissão decide se o servidor é culpado ou inocente, como um comitê decidindo sobre uma
falta no jogo.
2. Penalidades Possíveis
• Advertência: Como um cartão amarelo, é um aviso.
• Suspensão: Como suspender um jogador por alguns jogos.
• Demissão: Como expulsar um jogador do time.
• Cassação de Aposentadoria: Perder a aposentadoria por faltas cometidas enquanto estava ativo.
• Destituição de Cargo em Comissão: Perder um cargo especial, como capitão do time.
3. Casos Específicos
• Abandono de Cargo: Como um jogador que não aparece para os jogos por um longo período.
• Inassiduidade Habitual: Faltar ao trabalho muitas vezes em um ano.
• Prescrição: Há um limite de tempo para iniciar um processo disciplinar, como há um tempo limite para revisar uma
falta em um jogo.
Vamos simplificar isso! Pense no Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal como as
regras de conduta para os jogadores de um time de futebol. Essas regras ajudam a garantir que o jogo (administração
pública) seja jogado de forma justa e honesta.
2. Objetivos do Código
• Garantir que a administração pública seja eficiente, transparente e ética.
• Como um time de futebol que busca jogar de forma justa e com espírito esportivo.
3. Implementação do Código
• Cada órgão do governo deve criar uma Comissão de Ética para garantir que o código seja seguido.
• É como ter um comitê no time de futebol para garantir que todos sigam as regras.
4. Regras Deontológicas
• São normas específicas que orientam o comportamento dos servidores, como um código de conduta para os
jogadores sobre como agir em campo e com os fãs.
1. Princípios Fundamentais
• Dignidade, Decoro, Zelo, Eficácia: Como um jogador deve jogar com honra, respeito, dedicação e eficiência.
• Consciência dos Princípios Morais: Sempre agir com honestidade e integridade.
2. Ética na Conduta
• Escolha entre o Honesto e o Desonesto: Como um jogador decide entre jogar limpo ou trapacear.
• Moralidade Administrativa: O objetivo é sempre o bem comum, como um time jogando pelo sucesso coletivo, não
individual.
3. Transparência e Verdade
• Importância da Publicidade dos Atos: Como um jogo transmitido ao vivo, onde tudo é visível e transparente.
• Direito à Verdade: O servidor não deve esconder ou distorcer informações.
4. Respeito e Cortesia
• Tratamento ao Público: Como um jogador trata os fãs com respeito e boa vontade.
• Cuidado com o Patrimônio Público: Como um jogador cuida do estádio e dos equipamentos do time.
5. Responsabilidade e Disciplina
• Atenção às Ordens Legais: Seguir as instruções do técnico (superiores) com cuidado.
• Evitar Ausências Injustificadas: Como faltar a um treino prejudica a equipe.
6. Trabalho em Equipe
• Harmonia com a Estrutura Organizacional: Trabalhar bem com colegas e respeitar a estrutura do time.
1. Desempenho e Eficiência
• Realizar as Tarefas a Tempo: Como um jogador que cumpre seus treinos e jogos conforme o cronograma.
• Resolver Situações Rapidamente: Evitar atrasos e filas, como um jogador que joga de forma ágil e eficaz.
2. Integridade e Justiça
• Agir com Honestidade: Escolher sempre a opção mais benéfica para o bem comum.
• Prestar Contas Regularmente: Como um jogador que mantém transparência sobre seu desempenho.
3. Respeito e Cortesia
• Tratar Bem o Público: Ser educado e atencioso com todos, sem preconceitos.
• Respeitar a Hierarquia: Mas também não ter medo de reportar problemas.
4. Contra a Corrupção
• Resistir a Pressões Inadequadas: Não ceder a pedidos imorais ou ilegais.
• Denunciar Atos Contrários ao Interesse Público: Como um jogador que reporta comportamentos inadequados.
5. Assiduidade e Ordem
• Ser Pontual e Frequente: A ausência afeta negativamente o trabalho.
• Manter o Local de Trabalho Organizado: Como um jogador mantém seu equipamento e vestiário em ordem.
6. Desenvolvimento Profissional
• Participar de Melhorias e Estudos: Como um jogador que busca aprimorar suas habilidades.
• Manter-se Atualizado: Estar ciente das normas e legislações relevantes.
7. Moderação e Transparência
• Usar Prerrogativas com Moderação: Não abusar do poder.
• Facilitar a Fiscalização: Permitir que as ações sejam verificadas.
2. Prejudicar Outros
• Não Prejudicar a Reputação de Outros: Não agir de forma a prejudicar colegas ou cidadãos.
6. Interferências Pessoais
• Não Deixar Interesses Pessoais Afetarem o Trabalho: Manter a imparcialidade no serviço público.
7. Recebimento de Vantagens
• Não Solicitar ou Receber Vantagens: Não aceitar benefícios para influenciar decisões.
8. Alteração de Documentos
• Não Alterar Documentos Oficiais: Manter a integridade dos documentos.
9. Enganar o Público
• Não Iludir Pessoas que Precisam de Serviços Públicos: Ser honesto e transparente.
10. Desvio de Servidores
• Não Desviar Servidores para Interesses Particulares: Não usar recursos públicos para fins pessoais.
4. Penalidades
• Censura como Penalidade: A única penalidade que a Comissão de Ética pode impor é a censura, que é como uma
repreensão formal.
• Lembre-se do Impacto nas Carreiras: Assim como o comportamento de um jogador pode afetar sua carreira, o
mesmo acontece com os servidores públicos.
Governança Pública e Diretrizes do Decreto Nº 9.203/2017
Vamos simplificar isso! Pense na governança pública como as regras e estratégias que um técnico de futebol usa para
gerenciar o time, garantindo que ele funcione bem e atinja seus objetivos.
3. Mecanismos de Governança
• Liderança, Estratégia, Controle: Como um técnico que lidera o time, define estratégias e mantém controle sobre
as operações.
Vamos simplificar isso! Pense no sistema de governança pública federal como a organização e gestão de um grande
campeonato de futebol, onde diferentes equipes (órgãos e entidades) e comitês (grupos de trabalho) trabalham juntos
para garantir um torneio bem-sucedido.
2. Funções da Secretaria-Executiva
• Organização e Comunicação: Gerenciar propostas, preparar e comunicar reuniões, e manter registros das
atividades do CIG.
Vamos simplificar isso! Pense na gestão de riscos na administração pública como um técnico de futebol que planeja
estratégias para lidar com possíveis problemas durante um jogo, buscando garantir o melhor desempenho da equipe.
5. Integração ao Planejamento
• A gestão de riscos deve ser integrada a todos os setores da organização, tornando-se parte da cultura
organizacional.
1. Comunicação e Consulta
• Importância da Comunicação: Como um técnico que mantém uma comunicação clara com a equipe e os
stakeholders. Isso ajuda a identificar e analisar riscos de forma eficaz.
2. Contextualização
• Entender o Ambiente: Como um técnico que entende o ambiente do jogo, incluindo os pontos fortes e fracos da
equipe e as condições do campo.
3. Identificação de Riscos
• Reconhecimento de Riscos: Identificar potenciais riscos e oportunidades, como um técnico que identifica os pontos
fortes e fracos dos adversários.
4. Análise de Riscos
• Compreender a Natureza do Risco: Avaliar a probabilidade e o impacto dos riscos, como um técnico que avalia as
chances de diferentes estratégias de jogo.
5. Tratamento de Riscos
• Seleção de Estratégias para Modificar Riscos: Escolher ações para reduzir ou aproveitar riscos, como um técnico
que ajusta a estratégia de jogo para lidar com diferentes cenários.
6. Monitoramento e Retroalimentação
• Revisão e Melhoria Contínua: Monitorar mudanças e ajustar estratégias de risco, como um técnico que ajusta
táticas com base no desempenho da equipe.
7. Boas Práticas de Gestão de Riscos
• Integrar a Gestão de Riscos na Estratégia Organizacional: Como um técnico que integra a gestão de riscos em todas
as fases do planejamento do jogo.
• Melhoria Contínua e Capacitação: Sempre buscar aprimorar e capacitar a equipe para lidar com riscos.
• Alocação de Recursos e Comprometimento da Direção: Garantir que os recursos necessários estejam disponíveis
e que a liderança esteja comprometida com a gestão de riscos.
• Alinhamento com Missão, Visão e Objetivos: Assegurar que a gestão de riscos esteja alinhada com os objetivos
gerais da organização.
• Ética e Responsabilidade na Gestão: Manter a ética e a responsabilidade em todas as práticas de gestão de riscos.
1. O que é o Sitai?
• É um sistema que regula a integridade, a transparência e o acesso à informação na administração pública federal,
incluindo órgãos e entidades da administração direta, autárquica e fundacional.
2. Objetivos do Sitai
• Coordenar atividades relacionadas à integridade, transparência e acesso à informação.
• Estabelecer padrões para práticas e medidas nessas áreas.
• Aumentar a simetria de informações entre a administração pública e a sociedade.
3. Composição do Sitai
• Controladoria-Geral da União como órgão central.
• Unidades nos órgãos e entidades responsáveis pela gestão da integridade, transparência e acesso à informação.
Vamos simplificar isso! Pense na Política de Transparência e Acesso à Informação como um manual de regras que um clube
de futebol segue para garantir que todos os seus fãs e a sociedade em geral tenham acesso claro e fácil às informações
sobre suas operações.
1. Tipos de Transparência
• Transparência Passiva: Atender pedidos de informação feitos à administração pública.
• Transparência Ativa: Divulgar informações nos sites oficiais.
• Abertura de Dados: Disponibilizar dados para pesquisa, inovação e participação social.
2. Princípios e Objetivos
• Publicidade como regra geral e sigilo como exceção.
• Amplo acesso da sociedade às informações.
• Foco na transparência ativa e participação social.
• Uso de tecnologia para disseminar informações.
• Combate à corrupção e respeito à proteção de dados pessoais.
3. Transparência Ativa
• Divulgação de dados e informações nos sites oficiais dos órgãos e entidades federais.
4. Portal da Transparência
• Gerenciado pela Controladoria-Geral da União.
• Divulga informações sobre gestão de recursos públicos e servidores federais.
6. Transparência Passiva
• Sistema eletrônico específico para registrar e atender pedidos de acesso à informação.
Principais Características
• Transparência: Facilita o acesso do cidadão às informações governamentais, aumentando a transparência e a
prestação de contas (accountability).
• Eficiência Interna: Melhora os processos internos do governo, como licitações e contratações, tornando-os mais
eficientes e menos propensos a erros ou corrupção.
• Cooperação Interinstitucional: Promove a integração entre diferentes órgãos governamentais, facilitando a
cooperação e a coordenação de esforços.
• Gestão do Conhecimento: Cria e mantém um banco de dados atualizado com informações governamentais, que
serve como recurso para inovação e melhoria contínua.
Exemplos de Aplicações
• Portais de Acesso: Sites governamentais que oferecem serviços, informações e canais de comunicação.
• Processos de Licitação Online: Simplificação e transparência nos processos de compra e contratação do governo.
• Plataformas de Participação Cidadã: Ferramentas online que permitem aos cidadãos participar de consultas
públicas, debates e tomadas de decisão.
Desafios e Considerações
• Acessibilidade: Garantir que todos os cidadãos tenham acesso às tecnologias necessárias para participar do e-
Government.
• Segurança da Informação: Proteger dados sensíveis e garantir a privacidade dos usuários.
• Capacitação e Cultura Organizacional: Assegurar que os funcionários públicos estejam capacitados para usar as
novas tecnologias e adaptar a cultura organizacional para abraçar a inovação e a mudança.
O conceito de Governo Eletrônico (GE) é fundamental para entender como a tecnologia está transformando a governança
pública e a relação entre governo, cidadãos e empresas. Vamos resumir os principais pontos:
2. Governança Eletrônica:
• Conceito mais amplo: Inclui políticas, estratégias e recursos para definir e implementar políticas públicas com a
participação dos cidadãos.
• Elementos: Divulgação de informações públicas, suporte à elaboração de políticas, facilitação do acesso a serviços
públicos e canais de participação cidadã.
4. Fundamentos e Diretrizes:
• Foco na cidadania: Promover a participação e o controle social.
• Inclusão digital: Essencial para a universalização do acesso.
• Software livre: Ferramenta estratégica para implementação.
• Gestão do conhecimento: Importante para a articulação e gestão de políticas públicas.
• Racionalização de recursos: Eficiência sem aumento de custos.
• Integração: Com outros níveis de governo e poderes.
Importância: O Governo Eletrônico é mais do que apenas digitalizar serviços públicos. Ele representa uma mudança
profunda na forma como o governo opera, interage com os cidadãos e empresas, e como promove a transparência e a
participação cidadã. É uma ferramenta poderosa para a modernização do Estado, melhoria da governança e fortalecimento
da democracia.
A Lei nº 14.129 de 2021 estabelece princípios, regras e instrumentos para o Governo Digital e para aumentar a eficiência
da administração pública. Essa lei é um marco importante na transformação digital do setor público, visando a
desburocratização, inovação, transparência e participação cidadã. Vamos destacar os principais aspectos:
1. Aplicabilidade da Lei:
• Órgãos Federais: Inclui os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, o Tribunal de Contas da União e o Ministério
Público da União.
• Entidades Federais: Abrange autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista
que prestem serviço público.
• Outros Entes Federados: Estados, Municípios e o Distrito Federal podem adotar a lei por meio de atos normativos
próprios.
A Lei nº 14.129 de 2021 representa um avanço significativo na forma como o governo interage com os cidadãos e gerencia
seus processos internos, alinhando-se com as tendências globais de digitalização e eficiência na administração pública.
O Artigo 4º da Lei nº 14.129 de 2021 define uma série de conceitos importantes relacionados ao Governo Digital e à
eficiência pública. Esses conceitos são fundamentais para entender como a lei se aplica e quais são seus objetivos. Vamos
detalhar alguns dos conceitos mais relevantes:
Autosserviço: Refere-se à capacidade do cidadão de acessar serviços públicos digitais sem a necessidade de intermediação
humana.
Base Nacional de Serviços Públicos: Uma base de dados que contém informações sobre a oferta de serviços públicos de
todos os prestadores desses serviços.
Dados Abertos: Dados acessíveis ao público, em formato digital e aberto, que podem ser livremente utilizados e
processados por qualquer pessoa ou entidade.
Dado Acessível ao Público: Qualquer dado gerado ou acumulado por entidades públicas que não esteja sob sigilo ou
restrição de acesso.
Formato Aberto: Formato de arquivo não proprietário, com especificação documentada publicamente e de livre
implementação.
Governo como Plataforma: Infraestrutura tecnológica que facilita o uso de dados públicos e promove a interação entre
diferentes agentes para estimular a inovação e a prestação de serviços à população.
Laboratório de Inovação: Espaço aberto para o desenvolvimento de ideias e métodos inovadores na gestão pública e na
prestação de serviços públicos.
Plataformas de Governo Digital: Ferramentas digitais e serviços comuns aos órgãos públicos, necessários para a oferta
digital de serviços e políticas públicas.
Registros de Referência: Informações íntegras e precisas sobre elementos fundamentais para a prestação de serviços e
gestão de políticas públicas.
Transparência Ativa: Disponibilização proativa de dados pela administração pública, independente de solicitações.
Esses artigos são fundamentais para a modernização da administração pública, visando maior eficiência, transparência e
acessibilidade dos serviços públicos para os cidadãos. A digitalização dos processos administrativos não só agiliza os
procedimentos, mas também facilita o acesso dos cidadãos aos serviços públicos e informações governamentais.
Os artigos 7º a 13º da Lei nº 14.129 de 2021 abordam aspectos importantes relacionados à validade, execução e
armazenamento de documentos e processos administrativos em meio digital. Vamos detalhar cada um deles:
1. Artigo 7º: Estabelece que documentos e atos processuais em meio digital são válidos quando assinados
eletronicamente, respeitando critérios de autenticidade, integridade e segurança. O parágrafo único menciona que
regulamentos específicos podem dispor sobre o uso de assinaturas avançadas para determinados tipos de
documentos e atos.
2. Artigo 8º: Define que os atos processuais em meio eletrônico são considerados realizados no momento em que são
recebidos pelo sistema informatizado do órgão ou entidade. O parágrafo único estabelece que os atos processuais
eletrônicos são considerados tempestivos se realizados até as 23h59 do último dia do prazo, no horário de Brasília.
3. Artigo 9º: Permite que o acesso à íntegra do processo administrativo eletrônico seja feito por meio de sistema
informatizado ou por acesso à cópia do documento, preferencialmente em meio eletrônico.
4. Artigo 10: Ressalta que a classificação da informação quanto ao grau de sigilo e a limitação de acesso devem
observar a Lei de Acesso à Informação e outras normas vigentes.
5. Artigo 11: Afirma que documentos nato-digitais (criados originalmente em formato digital) assinados
eletronicamente são considerados originais para todos os efeitos legais.
6. Artigo 12: Determina que o formato e o armazenamento de documentos digitais devem garantir o acesso e a
preservação das informações, conforme a legislação arquivística nacional.
7. Artigo 13: Estipula que a guarda de documentos digitais e processos administrativos eletrônicos de valor
permanente deve seguir as normas da instituição arquivística pública responsável.
O Artigo 21 da Lei nº 14.129 de 2021 detalha as características e funcionalidades essenciais que devem estar presentes na
ferramenta digital de atendimento e acompanhamento da entrega dos serviços públicos. Estas características e
funcionalidades são fundamentais para assegurar um serviço público digital eficiente, acessível e responsivo às
necessidades dos cidadãos. Vamos detalhar cada uma delas:
1. Identificação do serviço público e de suas principais etapas: A ferramenta deve fornecer informações claras sobre
o serviço oferecido e as etapas envolvidas em seu processo.
2. Solicitação digital do serviço: Deve permitir que os usuários solicitem serviços diretamente pela plataforma digital.
3. Agendamento digital, quando couber: Para serviços que requerem agendamento, a plataforma deve oferecer essa
funcionalidade de forma digital.
4. Acompanhamento das solicitações por etapas: Os usuários devem poder acompanhar o progresso de suas
solicitações em cada etapa do processo.
5. Avaliação continuada da satisfação dos usuários: A plataforma deve incluir mecanismos para avaliar a satisfação
dos usuários com os serviços prestados.
6. Identificação e gestão do perfil pelo usuário: Os usuários devem poder criar e gerenciar seus perfis na plataforma.
7. Notificação do usuário: A ferramenta deve ser capaz de enviar notificações aos usuários sobre atualizações ou
mudanças relacionadas aos seus serviços.
8. Possibilidade de pagamento digital de serviços públicos e de outras cobranças: Quando necessário, deve haver
opções para pagamentos digitais.
9. Nível de segurança compatível: A plataforma deve ter um nível de segurança adequado à natureza e criticidade
dos serviços e dados utilizados.
10. Funcionalidade para solicitar acesso a informações sobre o tratamento de dados pessoais: Conforme as leis de
acesso à informação e proteção de dados pessoais.
11. Implementação de sistema de ouvidoria: Conforme estabelecido pela Lei nº 13.460 de 2017.
O Artigo 22 da Lei nº 14.129 de 2021 estabelece diretrizes claras para a criação de um painel de monitoramento do
desempenho dos serviços públicos digitais. Este painel é uma ferramenta essencial para garantir transparência e eficiência
na prestação de serviços públicos. Vamos detalhar os requisitos mínimos para este painel:
1. Quantidade de solicitações em andamento e concluídas anualmente: O painel deve exibir o número total de
solicitações de serviços públicos que estão sendo processadas e aquelas que foram concluídas em cada ano.
2. Tempo médio de atendimento: Deve informar o tempo médio que leva para atender a uma solicitação de serviço
público, oferecendo uma ideia clara sobre a eficiência do processo.
3. Grau de satisfação dos usuários: Uma medida crucial que reflete a qualidade do serviço prestado, baseada na
avaliação e feedback dos usuários.
O parágrafo único do artigo ressalta a importância da interoperabilidade e da padronização do painel. Isso é crucial para
permitir comparações consistentes e significativas entre os desempenhos dos serviços públicos prestados por diferentes
entidades governamentais.
1. Estabelecer padrões nacionais para as soluções de governo digital: Isso inclui a definição de padrões técnicos e
operacionais para as plataformas e ferramentas digitais utilizadas na prestação de serviços públicos.
2. Disponibilizar soluções para outros entes federativos: O governo federal pode oferecer soluções de governo digital
que estejam em conformidade com as diretrizes da Lei para estados, municípios e o Distrito Federal.
O Artigo 26 da Lei nº 14.129 de 2021 estabelece uma importante diretriz para a autenticação de documentos no contexto
dos serviços públicos digitais. Ele presume a autenticidade dos documentos apresentados pelos usuários dos serviços
públicos oferecidos por meios digitais, desde que esses documentos sejam assinados eletronicamente. Isso significa que,
quando um documento é enviado eletronicamente com uma assinatura eletrônica válida, ele é considerado autêntico e
verdadeiro, a menos que se prove o contrário.
Essa disposição legal facilita significativamente a interação entre cidadãos e a administração pública, pois reduz a
necessidade de verificação presencial de documentos e agiliza os processos administrativos. A assinatura eletrônica,
portanto, desempenha um papel crucial na validação de documentos em processos digitais, garantindo segurança e
confiabilidade nas transações online.
Em resumo, o Artigo 26 contribui para a eficiência e a modernização da administração pública, alinhando-se com os
objetivos de desburocratização e transformação digital do governo.
O Artigo 28 da Lei nº 14.129 de 2021 estabelece o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) ou no Cadastro
Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) como identificador único e suficiente para cidadãos e entidades jurídicas,
respectivamente, em serviços públicos. Isso significa que o CPF ou CNPJ será o principal meio de identificação em bancos
de dados e documentos relacionados a serviços públicos, simplificando processos e reduzindo a burocracia.
O parágrafo 1º do artigo especifica uma série de documentos e cadastros onde o número do CPF deve ser incluído, como
certidões de nascimento, casamento, óbito, Documento Nacional de Identificação (DNI), Carteira de Trabalho e Previdência
Social (CTPS), Carteira Nacional de Habilitação (CNH), entre outros.
Os parágrafos subsequentes detalham procedimentos para a inclusão do número de CPF em diferentes cadastros e
documentos. Por exemplo, o parágrafo 3º menciona que a incorporação do número de CPF à carteira de identidade deve
ser validada com base nos dados da Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil. Além disso, o parágrafo 4º estabelece
que, caso uma pessoa não esteja inscrita no CPF ao solicitar uma carteira de identidade, o órgão de identificação deverá
realizar essa inscrição.
Essas medidas visam a simplificação e a eficiência na prestação de serviços públicos, facilitando o acesso dos cidadãos a
esses serviços e melhorando a gestão de dados dentro da administração pública.
O Artigo 29 da Lei nº 14.129 de 2021 aborda a abertura de dados pelos prestadores de serviços públicos e a transparência
ativa. Este artigo estabelece que os dados disponibilizados pelos prestadores de serviços públicos são de livre utilização
pela sociedade, desde que observados os princípios da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (Lei nº 13.709, de 2018).
O parágrafo 1º do artigo especifica os requisitos para a promoção da transparência ativa de dados, incluindo a publicidade
das bases de dados não pessoais como regra geral, garantia de acesso irrestrito a dados legíveis por máquina e disponíveis
em formato aberto, e respeito à privacidade dos dados pessoais e sensíveis.
O parágrafo 2º complementa, determinando que os órgãos e entidades mencionados no artigo 2º da lei devem divulgar na
internet uma série de informações, como o orçamento anual, a execução das despesas e receitas públicas, repasses de
recursos federais, informações sobre licitações e contratações, e dados sobre servidores públicos, entre outros.
Essas disposições visam aumentar a transparência e a participação pública na administração, permitindo que a sociedade
acesse e utilize dados públicos para diversos fins, incluindo o desenvolvimento de novas tecnologias e a melhoria dos
serviços públicos.
O Artigo 37 da Lei nº 14.129 de 2021 estabelece que as disposições da Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999, que regula o
processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal, se aplicam de forma subsidiária ao procedimento
descrito no Capítulo IV da Lei nº 14.129. Isso significa que, nos casos não especificamente abordados pela Lei nº 14.129, as
regras e princípios do processo administrativo federal serão utilizados para orientar a conduta e as decisões dos órgãos e
entidades públicas.
Essa aplicação subsidiária garante que haja um marco regulatório consistente e abrangente para o procedimento de
abertura de bases de dados da administração pública, assegurando a legalidade, a impessoalidade, a moralidade, a
publicidade e a eficiência no tratamento dessas solicitações.
Em resumo, o Artigo 37 assegura que, na ausência de disposições específicas na Lei nº 14.129 sobre o procedimento de
abertura de bases de dados, as normas gerais do processo administrativo federal, conforme estabelecido na Lei nº 9.784,
serão aplicadas.
A Seção II do Capítulo IV da Lei nº 14.129 de 2021 aborda a interoperabilidade de dados entre órgãos públicos,
estabelecendo diretrizes e responsabilidades para a gestão e compartilhamento de informações no âmbito da
administração pública. Os principais pontos desta seção incluem:
1. Interoperabilidade de Informações e Dados (Art. 38): Os órgãos e entidades responsáveis pela prestação digital de
serviços públicos devem garantir a interoperabilidade de informações e dados, respeitando as restrições legais,
requisitos de segurança e limitações tecnológicas. Isso inclui a proteção de dados pessoais, conforme a Lei Geral de
Proteção de Dados Pessoais (LGPD).
2. Mecanismo de Interoperabilidade (Art. 39): Será instituído um mecanismo de interoperabilidade com objetivos
como aprimorar a gestão de políticas públicas, aumentar a confiabilidade dos cadastros de cidadãos, facilitar a
identificação unificada do cidadão para a prestação de serviços públicos, e viabilizar a troca de dados entre órgãos
governamentais.
3. Publicidade e Responsabilidade (Art. 40): Os órgãos abrangidos pela lei são responsáveis pela publicidade de seus
registros de referência e pelos mecanismos de interoperabilidade. As pessoas físicas e jurídicas têm o direito de
verificar a exatidão e completude de seus dados nos registros de referência.
4. Custos de Adaptação (Art. 41): Os custos de adaptação dos sistemas e bases de dados para implementação da
interoperabilidade são de responsabilidade dos órgãos e entidades mencionados no artigo 2º da lei.
O Capítulo V da Lei nº 14.129 de 2021 aborda o Domicílio Eletrônico, estabelecendo diretrizes para a realização de
comunicações, notificações e intimações por meios eletrônicos por parte dos órgãos e entidades mencionados no artigo 2º
da lei. Os principais aspectos deste capítulo incluem:
1. Comunicações por Meio Eletrônico (Art. 42): Os órgãos e entidades podem realizar comunicações, notificações e
intimações eletronicamente, desde que o usuário opte por esse meio. No entanto, essa opção não é um direito
subjetivo do administrado se os meios eletrônicos não estiverem disponíveis. O administrado pode, a qualquer
momento, optar por não receber mais comunicações eletrônicas.
2. Características das Ferramentas Eletrônicas (Art. 43): As ferramentas utilizadas para comunicações eletrônicas
devem:
• Permitir a comprovação da autoria das comunicações, notificações e intimações.
• Possuir meios para comprovar a emissão e o recebimento (mas não necessariamente a leitura) dessas
comunicações.
• Ser utilizáveis mesmo que legislações especiais prevejam comunicações apenas pessoais ou por via postal.
• Ser passíveis de auditoria.
• Manter os dados de envio e recebimento por pelo menos cinco anos.
Essas disposições visam facilitar e agilizar o processo de comunicação entre os órgãos públicos e os cidadãos ou entidades,
utilizando a tecnologia para garantir eficiência, transparência e rastreabilidade. Ao mesmo tempo, a lei garante a
possibilidade de o administrado optar pelo fim das comunicações eletrônicas, respeitando sua preferência e conveniência.
O Capítulo VI da Lei nº 14.129 de 2021 aborda a criação e as diretrizes para os Laboratórios de Inovação dentro dos entes
públicos. Estes laboratórios são espaços destinados ao desenvolvimento e experimentação de novas ideias, ferramentas e
métodos que possam contribuir para a melhoria da gestão pública, a prestação de serviços públicos, o tratamento de dados
do poder público e a participação cidadã no controle da administração pública. Os principais aspectos deste capítulo
incluem:
1. Instituição de Laboratórios de Inovação (Art. 44): Os entes públicos têm a opção de criar laboratórios de inovação,
que são abertos à participação e colaboração da sociedade. Essa iniciativa visa promover a inovação na gestão
pública e não é obrigatória, mas uma possibilidade para os entes que desejarem adotá-la.
2. Diretrizes dos Laboratórios de Inovação (Art. 45): Os laboratórios devem seguir várias diretrizes, incluindo:
• Colaboração interinstitucional e com a sociedade.
• Promoção e experimentação de tecnologias abertas e livres.
• Uso de práticas ágeis para desenvolvimento e prototipação de softwares e métodos para formulação e
implementação de políticas públicas.
• Foco na sociedade e no cidadão.
• Fomento à participação social e à transparência pública.
• Incentivo à inovação.
• Apoio ao empreendedorismo inovador e fomento a ecossistemas de inovação tecnológica voltados ao setor
público.
• Apoio a políticas públicas orientadas por dados e baseadas em evidências.
• Estímulo à participação de servidores, estagiários e colaboradores.
• Difusão de conhecimento na administração pública.
3. Artigo 46 (Vetado): O conteúdo deste artigo foi vetado e, portanto, não faz parte das disposições legais da lei.
Essas diretrizes visam garantir que os laboratórios de inovação operem de maneira eficaz e alinhada com os objetivos de
modernização e eficiência da administração pública, promovendo a participação cidadã e a transparência.
O Capítulo VII da Lei nº 14.129 de 2021 aborda a governança, a gestão de riscos, o controle e a auditoria no contexto da
prestação digital de serviços públicos. Este capítulo estabelece diretrizes importantes para assegurar que os órgãos e
entidades públicas gerenciem eficientemente os riscos e mantenham um controle interno robusto. Os principais aspectos
deste capítulo incluem:
1. Implementação de Práticas de Governança (Art. 47): Os órgãos e entidades devem implementar e manter práticas
de governança, incluindo acompanhamento de resultados, soluções para melhoria do desempenho e promoção de
processos decisórios baseados em evidências.
2. Sistema de Gestão de Riscos e Controle Interno (Art. 48): É obrigatório estabelecer, manter e aprimorar um
sistema de gestão de riscos e controle intero, integrando a gestão de riscos ao planejamento estratégico e
estabelecendo controles internos proporcionais aos riscos.
3. Auditoria Interna Governamental (Art. 49): A auditoria interna deve adicionar valor e melhorar as operações das
organizações, avaliando e aprimorando a eficácia dos processos de governança, gestão de riscos e controle.
4. Disposições Finais (Capítulo VIII - Art. 50): Este artigo destaca a garantia de acesso e conexão pelo governo para o
uso de serviços públicos, visando promover o acesso universal à prestação digital dos serviços públicos e a redução
de custos para os usuários.
Essas disposições são fundamentais para garantir que a transformação digital na administração pública seja realizada de
maneira eficiente, segura e responsável, alinhada com os objetivos de modernização, transparência e inclusão digital.
Direito Constitucional ao Acesso à Informação: A LAI tem sua base no direito garantido pela Constituição Federal,
especificamente nos artigos 5º, XXXIII; 37, § 3º, II; e 216, § 2º. Estes artigos asseguram o direito de todos os cidadãos de
acessar informações de interesse particular, coletivo ou geral, mantidas pelos órgãos públicos.
Transparência e Controle Social: A lei promove a transparência na administração pública e possibilita um maior controle
social sobre as atividades governamentais, permitindo que os cidadãos acompanhem e fiscalizem a gestão pública.
Informações de Acesso Público: A LAI estabelece que as informações públicas devem ser acessíveis a todos, ressalvadas
aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.
Procedimentos para Acesso à Informação: A lei define os procedimentos para que os cidadãos possam solicitar
informações aos órgãos públicos, bem como os prazos para resposta e as condições em que o acesso pode ser negado.
Classificação de Informações: O Decreto nº 7.724, de 2012, complementa a LAI estabelecendo procedimentos para a
classificação de informações em termos de grau de sigilo, garantindo a proteção de informações sensíveis, ao mesmo tempo
em que promove a transparência.
Abrangência: A LAI se aplica a todos os órgãos públicos, incluindo os três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), as
cortes de contas, o Ministério Público e outras entidades que recebam recursos públicos.
Responsabilidade da Administração Pública: A administração pública direta e indireta é responsável por garantir o acesso
à informação e deve adotar as medidas necessárias para facilitar esse acesso.
A Lei de Acesso à Informação é um instrumento fundamental para a promoção da democracia, pois permite que os cidadãos
obtenham informações sobre as atividades do governo, contribuindo para uma maior transparência e responsabilização na
gestão pública.
A Lei de Acesso à Informação (LAI), Lei nº 12.527 de 2011, estabelece diretrizes importantes para garantir o acesso à
informação pública no Brasil. Ela se aplica a uma ampla gama de entidades, incluindo:
1. Administração Pública Direta: Abrange os órgãos públicos dos Poderes Executivo, Legislativo (incluindo as Cortes
de Contas), Judiciário e o Ministério Público.
2. Administração Pública Indireta: Inclui autarquias, fundações públicas, empresas públicas, sociedades de economia
mista e outras entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
3. Entidades Privadas Sem Fins Lucrativos: A LAI também se aplica a entidades privadas sem fins lucrativos que
recebem recursos públicos para a realização de ações de interesse público. No entanto, a obrigação de
transparência dessas entidades se limita à parcela dos recursos públicos recebidos e à sua destinação.
Importância da LAI:
A LAI é fundamental para fortalecer a democracia, promover a transparência e permitir o controle social sobre as atividades
do governo. Ela assegura que os cidadãos tenham acesso a informações que são essenciais para o exercício da cidadania e
para a fiscalização do uso dos recursos públicos. Ao estabelecer que a publicidade é a regra e o sigilo a exceção, a LAI
contribui para um ambiente de maior confiança e responsabilidade na gestão pública.
Os conceitos fundamentais estabelecidos no art. 4º da Lei de Acesso à Informação (LAI) são cruciais para entender como a
lei opera e quais são os tipos de informações abrangidas por ela. Vamos detalhar cada um desses conceitos:
1. Informação: Refere-se a dados (processados ou não) que podem ser usados para produzir e transmitir
conhecimento. Estes dados podem estar contidos em qualquer meio, suporte ou formato.
2. Documento: É a unidade de registro de informações, independentemente do suporte ou formato. Pode ser um
papel, um arquivo digital, uma gravação, entre outros.
3. Informação Sigilosa: Esta é uma informação que, por razões de segurança do Estado e da sociedade, é
temporariamente restrita ao acesso público.
4. Informação Pessoal: Relaciona-se a uma pessoa natural identificada ou identificável, ou seja, informações que
podem ser associadas a uma pessoa específica.
5. Tratamento da Informação: Inclui um conjunto de ações referentes ao ciclo de vida da informação, desde sua
criação até sua eventual eliminação ou arquivamento.
6. Disponibilidade: Refere-se à característica de uma informação de ser acessível e utilizável por indivíduos,
equipamentos ou sistemas autorizados.
7. Autenticidade: Esta qualidade assegura que a informação foi produzida, expedida, recebida ou modificada por um
indivíduo, equipamento ou sistema específico.
8. Integridade: Garante que a informação permaneceu inalterada, mantendo sua originalidade em termos de origem,
trânsito e destino.
9. Primariedade: Refere-se à qualidade da informação coletada diretamente na fonte, com o máximo de
detalhamento possível e sem modificações.
Esses conceitos são essenciais para compreender o escopo da LAI e como ela se aplica às diferentes categorias de
informações gerenciadas pelo Estado. O art. 5º da LAI reforça o dever do Estado em garantir o acesso à informação de
forma objetiva, ágil, transparente e clara, utilizando uma linguagem de fácil compreensão, o que é fundamental para
assegurar a transparência e o controle social sobre as atividades governamentais.
O Capítulo II da Lei de Acesso à Informação (LAI) estabelece diretrizes importantes sobre como o poder público deve garantir
o acesso à informação. Este capítulo enfatiza a necessidade de transparência, clareza e facilidade de compreensão nas
informações disponibilizadas, além de estabelecer a proteção de informações sigilosas e pessoais. Vamos detalhar alguns
pontos-chave:
1. Gestão Transparente da Informação: As informações devem ser amplamente acessíveis e divulgadas de forma
clara e transparente. Isso significa que as informações devem ser apresentadas de maneira que seja fácil para o
público entender, incluindo detalhes como remunerações e gratificações de servidores públicos.
2. Proteção da Informação: O poder público deve garantir a disponibilidade, autenticidade e integridade das
informações. Isso inclui assegurar que as informações sejam produzidas, expedidas, recebidas ou modificadas por
fontes confiáveis e que se mantenham inalteradas em sua origem, trânsito e destino.
3. Proteção de Informações Sigilosas e Pessoais: Informações que são essenciais para a segurança da sociedade e do
Estado, bem como informações pessoais, devem ser protegidas e ter seu acesso restrito quando necessário.
4. Direitos dos Indivíduos: O art. 7º da LAI estabelece vários direitos relacionados ao acesso à informação, incluindo:
• Orientação sobre como acessar informações e onde encontrá-las.
• Acesso a registros ou documentos produzidos ou acumulados por órgãos públicos.
• Acesso a informações produzidas ou custodiadas por entidades privadas decorrentes de vínculos com
órgãos públicos.
• Acesso a informações primárias, íntegras, autênticas e atualizadas.
• Informações sobre atividades, administração do patrimônio público, utilização de recursos públicos,
licitações e contratos administrativos.
• Informações sobre a implementação, acompanhamento e resultados de programas, projetos e ações
públicas.
5. Informações Públicas: Incluem dados sobre programas governamentais, como o "Fome Zero", onde os cidadãos
podem acessar informações sobre a distribuição de recursos, beneficiários, alcance de metas, entre outros.
A Lei de Acesso à Informação (LAI) estabelece diretrizes claras sobre o acesso a informações parcialmente sigilosas,
garantindo o direito dos cidadãos de acessar informações públicas, ao mesmo tempo em que protege aquelas que são
essenciais para a segurança da sociedade e do Estado. Vamos detalhar os pontos mencionados:
1. Acesso a Informações Parcialmente Sigilosas: Conforme o § 2º do art. 7º da LAI, quando uma informação for
parcialmente sigilosa, o cidadão tem o direito de acessar a parte da informação que não está sob sigilo. Por
exemplo, em um documento de 20 páginas, se as páginas 11, 17 e 20 são sigilosas, o restante do documento deve
ser disponibilizado ao solicitante.
2. Fundamentação da Decisão: O § 3º do art. 7º assegura que qualquer decisão que restrinja o acesso à informação
deve ser devidamente fundamentada. Isso significa que se um pedido de acesso a um documento é negado, a
autoridade responsável deve fornecer uma justificativa clara e baseada em critérios legais para tal negativa.
3. Medidas Disciplinares por Negativa Injustificada: A negativa injustificada de acesso à informação pode sujeitar o
responsável a medidas disciplinares, conforme estabelecido no art. 32 da LAI. Isso reforça a obrigação dos órgãos
públicos de garantir a transparência e o acesso à informação.
4. Remédios Constitucionais - Mandado de Segurança e Habeas Data:
• Mandado de Segurança: Pode ser impetrado contra uma autoridade que negue injustificadamente o
acesso a informações de caráter público e geral, desprovidas de sigilo.
• Habeas Data: É o instrumento adequado quando o acesso negado se refere a informações de caráter
pessoal do solicitante.
O Serviço de Informações ao Cidadão (SIC) é um mecanismo fundamental estabelecido pela Lei de Acesso à Informação
(LAI) para garantir o direito do cidadão de acessar informações públicas. Vamos detalhar mais sobre o SIC e outros aspectos
importantes da LAI:
1. Serviço de Informações ao Cidadão (SIC): Cada órgão ou entidade pública deve implementar um SIC para atender
e orientar o público quanto ao acesso a informações. O SIC é responsável por receber pedidos de acesso à
informação e encaminhá-los aos setores competentes dentro do órgão ou entidade.
2. Atendimento ao Público: O SIC deve garantir um atendimento eficiente ao público, fornecendo informações claras
e precisas. Isso inclui orientar sobre os procedimentos para a obtenção de informações e sobre o local onde podem
ser encontradas ou obtidas.
3. Divulgação Proativa de Informações: Conforme o art. 8º da LAI, os órgãos e entidades públicas devem promover a
divulgação proativa de informações de interesse coletivo ou geral, independentemente de solicitações. Isso inclui
informações sobre estrutura organizacional, registros de repasses ou transferências de recursos financeiros,
registros de despesas, procedimentos licitatórios, entre outros.
4. Obrigatoriedade de Divulgação na Internet: A LAI obriga a divulgação de informações em sítios oficiais na internet,
com exceção dos municípios com população de até 10 mil habitantes. Esses municípios estão dispensados da
divulgação obrigatória na internet, mas devem manter a divulgação de informações relativas à execução
orçamentária e financeira.
5. Portal da Transparência: No âmbito federal, o Portal da Transparência, mantido pela Controladoria-Geral da União
(CGU), é um exemplo de como a LAI é implementada. Este portal reúne e disponibiliza informações provenientes
de diversas fontes, como o Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi) e o Sistema
Integrado de Administração de Recursos Humanos (Siape).
6. Direitos do Cidadão: A LAI assegura o direito de obter informações sobre atividades exercidas pelos órgãos e
entidades, administração do patrimônio público, licitações, contratos administrativos, programas, ações, projetos
e obras públicas, entre outros.
7. Proteção de Informações Sigilosas e Pessoais: A LAI protege informações sigilosas e pessoais, garantindo que sejam
divulgadas apenas quando não comprometerem a segurança da sociedade e do Estado ou a privacidade dos
indivíduos.
8. Mecanismos de Recurso: Em caso de negativa de acesso à informação, a LAI prevê mecanismos de recurso,
incluindo a possibilidade de impetrar mandado de segurança ou habeas data, dependendo da natureza da
informação solicitada.
O artigo 9º da Lei de Acesso à Informação (LAI), Lei nº 12.527 de 2011, estabelece mecanismos essenciais para assegurar o
acesso do público às informações públicas. Este artigo é um componente chave da lei, que visa promover a transparência
e o acesso à informação no setor público. Vamos detalhar os pontos principais:
Criação de Serviço de Informações ao Cidadão (SIC): Cada órgão e entidade do poder público deve criar um SIC. Este serviço
é responsável por
• Atender e orientar o público sobre como acessar informações.
• Informar sobre a tramitação de documentos nas respectivas unidades.
• Protocolizar documentos e requerimentos de acesso a informações.
• O SIC deve estar localizado em um local acessível, com condições apropriadas para realizar essas funções.
Realização de Audiências ou Consultas Públicas: A LAI também incentiva a realização de audiências ou consultas públicas
e outras formas de divulgação para promover a participação popular. Isso ajuda a garantir que o processo de tomada de
decisão no governo seja transparente e aberto à contribuição do público.
Publicidade como Regra e Sigilo como Exceção: A LAI estabelece a publicidade como regra geral. Isso significa que a maioria
das informações detidas pelo governo deve ser acessível ao público. No entanto, a lei também reconhece que em certos
casos, o sigilo é necessário, especialmente quando se trata de segurança da sociedade e do Estado.
Acesso a Informações Parcialmente Sigilosas: Quando uma informação é parcialmente sigilosa, a LAI assegura o direito de
acesso às partes da informação que não estão sob sigilo. Isso é feito por meio de certidão, extrato ou cópia com a parte
sigilosa ocultada.
Direito de Acesso a Documentos de Decisão Administrativa: A LAI garante o direito de acesso a documentos ou
informações que foram usados como base para decisões administrativas, após a edição do ato decisório.
Esses mecanismos são fundamentais para garantir que os cidadãos tenham acesso a informações importantes e para
promover a transparência e a responsabilidade no governo. A LAI é um instrumento vital para fortalecer a democracia,
permitindo que os cidadãos monitorem e participem das atividades do governo.
O Capítulo III da Lei de Acesso à Informação (LAI), Lei nº 12.527 de 2011, aborda o processo de pedido de acesso às
informações e os recursos relacionados. Este capítulo é crucial para garantir que qualquer pessoa possa solicitar
informações de órgãos e entidades públicas. Vamos detalhar os aspectos principais:
1. Pedido de Acesso a Informações (Art. 10): Qualquer interessado pode apresentar um pedido de acesso a
informações aos órgãos e entidades mencionados no art. 1º da LAI. O pedido deve conter a identificação do
requerente e a especificação da informação requerida. Importante destacar que o requerente não precisa justificar
o motivo do pedido.
2. Identificação do Requerente (§ 1º do Art. 10): A identificação do requerente não deve conter exigências que
inviabilizem a solicitação. Isso significa que o processo de identificação deve ser simples e não deve criar barreiras
desnecessárias ao acesso à informação.
3. Encaminhamento de Pedidos via Internet (§ 2º do Art. 10): Os órgãos e entidades do poder público devem oferecer
a possibilidade de encaminhar pedidos de acesso por meio de seus sites oficiais na internet. Isso facilita o acesso e
torna o processo mais ágil e acessível.
4. Vedação de Exigências Sobre Motivos (§ 3º do Art. 10): É proibido exigir que o requerente informe os motivos para
solicitar informações de interesse público. Isso garante que o acesso à informação seja livre de barreiras
desnecessárias e baseado no princípio da transparência.
5. Resposta ao Pedido de Acesso: Quando um pedido de acesso é feito, o órgão ou entidade pública deve responder
dentro de um prazo específico. Se o acesso à informação for negado, seja total ou parcialmente, a negativa deve
ser justificada, e o requerente deve ser informado sobre a possibilidade de recorrer da decisão.
6. Recursos: Se o pedido de acesso for negado, o requerente tem o direito de recorrer da decisão. O recurso é um
mecanismo importante para garantir que as decisões de negar acesso possam ser revisadas e, se necessário,
revertidas.
O Capítulo III da Lei de Acesso à Informação (LAI) estabelece as diretrizes para o pedido de acesso às informações e os
recursos relacionados. Este capítulo é essencial para assegurar que qualquer pessoa possa solicitar informações de órgãos
e entidades públicas de forma eficiente e transparente. Vamos detalhar os principais aspectos:
1. Pedido de Acesso (Art. 10): Qualquer pessoa pode solicitar acesso a informações de órgãos e entidades públicas.
O pedido deve conter a identificação do requerente e a especificação da informação desejada. Não é necessário
justificar o motivo do pedido.
2. Prazo para Resposta (§ 1º do Art. 11): Se o acesso imediato à informação não for possível, o órgão ou entidade
tem até 20 dias para responder ao pedido. Este prazo pode ser prorrogado por mais 10 dias, com justificativa
expressa.
3. Informações sobre o Pedido (§ 1º do Art. 11): O órgão ou entidade deve informar ao requerente sobre a data, local
e modo para acessar a informação, as razões para recusa parcial ou total do acesso, ou indicar outro órgão que
possua a informação.
4. Recursos em Caso de Negativa (§ 4º do Art. 11): Se o acesso for negado, o requerente deve ser informado sobre a
possibilidade de recorrer da decisão, incluindo prazos e condições para a interposição do recurso.
5. Formato Digital (§ 5º do Art. 11): Se a informação estiver armazenada em formato digital e houver anuência do
requerente, ela deve ser fornecida nesse formato.
6. Informações Disponíveis Publicamente (§ 6º do Art. 11): Se a informação solicitada já estiver disponível
publicamente (em formato impresso, eletrônico ou outro meio de acesso universal), o órgão pode simplesmente
informar ao requerente onde e como acessar essas informações. O órgão fica desobrigado de fornecer a informação
diretamente, a menos que o requerente declare não ter meios para acessá-la por conta própria.
O Artigo 12 da Lei de Acesso à Informação (LAI) aborda a questão dos custos associados ao fornecimento de informações
públicas. Vamos detalhar os pontos principais:
1. Gratuidade do Serviço (Art. 12): O serviço de busca e fornecimento de informações é gratuito, o que facilita o
acesso do cidadão às informações públicas.
2. Cobrança de Custos (§ 1º do Art. 12): A LAI permite que órgãos ou entidades cobrem exclusivamente o valor
necessário para ressarcir os custos dos serviços e dos materiais utilizados, mas apenas quando a busca e o
fornecimento da informação exigirem a reprodução de documentos.
3. Isenção de Custos (§ 2º do Art. 12): Indivíduos que não possam arcar com esses custos sem prejuízo do próprio
sustento ou de sua família estão isentos de ressarcimento. A situação econômica do requerente deve ser declarada
conforme a Lei nº 7.115, de 1983.
4. Proteção da Integridade dos Documentos: Quando a manipulação de um documento original puder comprometer
sua integridade, a informação deve ser fornecida na forma de cópia, com a devida certificação de que esta é fiel ao
original.
O Artigo 14 da Lei de Acesso à Informação (LAI) e suas disposições relacionadas são cruciais para garantir a transparência e
o direito do cidadão ao acesso à informação. Vamos detalhar os pontos principais:
1. Direito ao Inteiro Teor da Decisão de Negativa (Art. 14): O requerente tem o direito de obter o inteiro teor da
decisão que nega o acesso à informação. Isso significa que ele pode solicitar uma certidão ou cópia da decisão que
explica os motivos da negativa.
2. Fundamentação da Negativa de Acesso: A negativa de acesso às informações deve ser sempre fundamentada. A
autoridade responsável deve fornecer razões claras e justificáveis para a recusa do acesso à informação solicitada.
3. Consequências da Falta de Fundamentação: Se a decisão de negar o acesso não for devidamente fundamentada,
o responsável pode estar sujeito a medidas disciplinares, conforme estabelecido no art. 32 da LAI. Isso assegura
que as negativas de acesso sejam feitas com base em critérios legítimos e transparentes.
4. Proteção da Integridade dos Documentos (Art. 13): Quando a manipulação de um documento original puder
comprometer sua integridade, deve-se oferecer uma cópia para consulta. Se não for possível obter cópias, o
interessado pode solicitar a reprodução do documento por outros meios que não prejudiquem o original, sempre
sob supervisão de um servidor público.
5. Procedimento em Caso de Extravio de Informação: Se o interessado for informado sobre o extravio da informação
solicitada, ele pode requerer a abertura de uma sindicância para investigar o desaparecimento do documento. O
responsável pela guarda da informação extraviada deve justificar o extravio e indicar testemunhas dentro de um
prazo de 10 dias.
Os recursos na Lei de Acesso à Informação (LAI) são um mecanismo importante para garantir o direito de acesso à
informação pública. Vamos detalhar os aspectos principais relacionados aos recursos, conforme estabelecido nos artigos
15 e 16 da LAI:
1. Interposição de Recurso (Art. 15): Quando um pedido de acesso à informação é negado, o interessado tem o direito
de recorrer dessa decisão. O prazo para interpor recurso é de 10 dias a partir da ciência da decisão de negativa de
acesso.
2. Encaminhamento do Recurso: O recurso deve ser dirigido à autoridade hierarquicamente superior àquela que
negou o acesso à informação. Essa autoridade tem o prazo de 5 dias para se manifestar sobre o recurso.
3. Recurso no Poder Executivo Federal (Art. 16): Se a negativa de acesso à informação ocorrer em órgãos ou
entidades do Poder Executivo Federal, o recurso pode ser direcionado à Controladoria-Geral da União (CGU), que
tem o prazo de 5 dias para deliberar sobre o caso.
4. Exemplo Prático: Se um pedido de informação for negado pela Diretoria de Qualidade Ambiental do Ibama, o
recurso deve ser encaminhado ao presidente do Ibama, que é a autoridade superior. O presidente tem 5 dias para
responder ao recurso.
5. Importância dos Recursos: Este processo de recurso é fundamental para assegurar que as decisões de negativa de
acesso à informação sejam revisadas e, se necessário, revertidas, garantindo assim o direito de acesso à informação
pública.
Quando um recurso é negado por órgãos ou entidades do Poder Executivo Federal, a Lei de Acesso à Informação (LAI)
oferece a possibilidade de recorrer à Controladoria-Geral da União (CGU). O Artigo 16 da LAI detalha as condições sob as
quais esse recurso pode ser feito:
1. Condições para Recorrer à CGU (Art. 16): O recurso à CGU é possível se:
• O acesso a informações não classificadas como sigilosas for negado.
• A decisão de negativa de acesso a informações classificadas como sigilosas não indicar a autoridade
classificadora ou superior hierárquico para pedidos de acesso ou desclassificação.
• Os procedimentos de classificação de informações sigilosas não forem observados.
• Prazos ou outros procedimentos da LAI forem descumpridos.
2. Processo de Recurso (§ 1º do Art. 16): O recurso à CGU só pode ser feito após o recurso ter sido negado por uma
autoridade hierarquicamente superior à que negou o acesso inicialmente. A CGU tem 5 dias para deliberar sobre o
recurso.
3. Procedência do Recurso (§ 2º do Art. 16): Se a CGU verificar a procedência do recurso, ela determinará que o órgão
ou entidade cumpra o disposto na LAI.
4. Recurso à Comissão Mista de Reavaliação de Informações (§ 3º do Art. 16): Se a CGU negar o acesso à informação,
o interessado pode recorrer à Comissão Mista de Reavaliação de Informações.
5. Importância da Comissão Mista: A Comissão Mista de Reavaliação de Informações tem um papel crucial na revisão
de informações classificadas como sigilosas. Ela é responsável por reavaliar a classificação e decidir sobre a
manutenção ou não do sigilo.
6. Recurso nas Forças Armadas: Em casos de negativa de acesso nas Forças Armadas, o recurso deve ser dirigido ao
respectivo comando antes de recorrer à CGU.
A Lei de Acesso à Informação (LAI) estabelece mecanismos tanto para a transparência ativa quanto para a transparência
passiva na Administração Pública. Esses mecanismos garantem que as informações de interesse público sejam acessíveis
aos cidadãos, promovendo a transparência e o controle social sobre as ações governamentais.
O Capítulo IV da Lei de Acesso à Informação (LAI) trata das restrições de acesso à informação, reconhecendo que, em certas
circunstâncias, o sigilo é necessário para proteger a segurança da sociedade ou do Estado, ou para salvaguardar informações
pessoais sensíveis.
A classificação da informação quanto ao grau e prazos de sigilo é um aspecto crucial da Lei de Acesso à Informação (LAI),
que estabelece critérios para determinar quando uma informação pode ser considerada sigilosa e por quanto tempo essa
classificação é válida.
1. Critérios para Classificação (Art. 23): A LAI define situações específicas em que a informação pode ser classificada
como sigilosa, incluindo riscos à segurança nacional, integridade territorial, relações internacionais, estabilidade
financeira, operações estratégicas das Forças Armadas, entre outros.
2. Graus de Sigilo:
• Ultrassecretas: Informações cuja divulgação não autorizada pode causar danos excepcionais à segurança
do Estado.
• Secretas: Informações cuja divulgação não autorizada pode causar danos sérios à segurança do Estado.
• Reservadas: Informações cuja divulgação não autorizada pode causar danos à segurança do Estado.
3. Prazos de Sigilo:
• Ultrassecretas: Prazo máximo de sigilo de 25 anos.
• Secretas: Prazo máximo de sigilo de 15 anos.
• Reservadas: Prazo máximo de sigilo de 5 anos.
4. Desclassificação Automática: Após o término dos prazos estabelecidos, a informação torna-se automaticamente
de acesso público, a menos que sua reclassificação seja justificada e determinada por autoridade competente.
5. Reavaliação Periódica: A classificação de sigilo deve ser periodicamente reavaliada para assegurar que as
informações não permaneçam indevidamente restritas.
Importância da Classificação:
• A classificação de informações sigilosas é essencial para proteger interesses nacionais críticos e garantir a segurança
do Estado e da sociedade.
• A LAI estabelece um equilíbrio entre a necessidade de proteção de informações sensíveis e o compromisso com a
transparência e o acesso à informação pública.
Desafios e Responsabilidades:
• Autoridades responsáveis pela classificação devem avaliar cuidadosamente a necessidade de sigilo, evitando
excessos que possam impedir o acesso injustificado à informação pública.
• A reavaliação periódica é crucial para garantir que o sigilo não seja mantido além do necessário, promovendo a
transparência e o acesso à informação sempre que possível.
Em resumo, o Artigo 24 da LAI estabelece um quadro claro para a classificação de informações sigilosas, garantindo a
proteção de informações críticas enquanto promove a transparência e o acesso à informação pública de forma responsável
e equilibrada.
O Artigo 25 da Lei de Acesso à Informação (LAI) estabelece o dever do Estado em controlar o acesso e a divulgação de
informações sigilosas produzidas por seus órgãos e entidades, garantindo a proteção adequada dessas informações. Este
artigo é crucial para assegurar que informações sensíveis não sejam expostas indevidamente, comprometendo a segurança
nacional ou outros interesses vitais.
O Artigo 26 complementa o Artigo 25, impondo às autoridades públicas a responsabilidade de garantir que seu pessoal
subordinado esteja ciente das normas e observe as medidas e procedimentos de segurança para o tratamento de
informações sigilosas. Isso inclui não apenas o pessoal do setor público, mas também pessoas físicas ou entidades privadas
que, devido a qualquer vínculo com o poder público, executem atividades de tratamento de informações sigilosas.
Importância dos Artigos 25 e 26:
• Proteção da Segurança Nacional: Estes artigos ajudam a proteger informações que, se divulgadas, poderiam
prejudicar a segurança nacional ou outros interesses críticos do Estado.
• Responsabilidade e Conscientização: Eles estabelecem a responsabilidade das autoridades e de seus subordinados
em manter o sigilo e a segurança das informações classificadas.
• Prevenção de Vazamentos de Informações: Ao estabelecer procedimentos rigorosos e medidas de segurança,
esses artigos visam prevenir o vazamento ou a divulgação não autorizada de informações sigilosas.
Desafios e Responsabilidades:
• As autoridades devem garantir que todos os envolvidos no tratamento de informações sigilosas estejam
adequadamente treinados e cientes de suas responsabilidades.
• É essencial manter um equilíbrio entre a proteção de informações sigilosas e o direito do público ao acesso à
informação, conforme estabelecido pela LAI.
O Artigo 27 da Lei de Acesso à Informação (LAI) estabelece claramente as competências para a classificação do sigilo de
informações no âmbito da administração pública federal. Este artigo é crucial para garantir que apenas autoridades
apropriadas tenham o poder de determinar o nível de sigilo de informações específicas, assegurando assim uma gestão
adequada e responsável do acesso à informação.
1. Elementos da Decisão de Classificação: A decisão que classifica uma informação como sigilosa deve conter:
• O assunto da informação.
• O fundamento da classificação, baseado nos critérios do Artigo 24 da LAI.
• O prazo de sigilo ou o evento que define seu termo final, dentro dos limites estabelecidos pelo Artigo 24.
• A identificação da autoridade que realizou a classificação.
2. Sigilo da Decisão: A decisão de classificação deve ser mantida no mesmo grau de sigilo da informação classificada.
Por exemplo, se uma informação é classificada como secreta, a decisão que levou a essa classificação também será
secreta.
3. Termo de Classificação da Informação (TCI): No âmbito do Poder Executivo federal, o TCI foi criado para cumprir
os requisitos do Artigo 28, fornecendo um registro formal e padronizado das decisões de classificação.
Desafios e Responsabilidades:
• As autoridades devem garantir que as decisões de classificação sejam bem fundamentadas e documentadas,
respeitando os critérios legais.
• A manutenção do sigilo das decisões de classificação deve ser equilibrada com a necessidade de transparência e
responsabilidade pública.
A proteção e o controle de informações sigilosas são aspectos cruciais da Lei de Acesso à Informação (LAI), conforme
estabelecido no Artigo 29 e nos artigos subsequentes. Essas disposições garantem que informações sensíveis sejam
manejadas de forma responsável, protegendo a segurança da sociedade e do Estado.
Aspectos Principais:
1. Controle de Acesso e Divulgação: O Estado tem o dever de controlar o acesso e a divulgação de informações
sigilosas, assegurando sua proteção. Isso inclui restringir o acesso a pessoas devidamente credenciadas e que
necessitem conhecer tais informações.
2. Reavaliação da Classificação: A classificação das informações deve ser periodicamente reavaliada pela autoridade
classificadora ou por uma autoridade hierarquicamente superior. Isso é feito para avaliar a continuidade dos
motivos do sigilo e a possibilidade de danos decorrentes do acesso ou da divulgação da informação.
3. Publicação Anual: A autoridade máxima de cada órgão ou entidade deve publicar anualmente um relatório
contendo informações sobre documentos desclassificados, documentos classificados em cada grau de sigilo e
estatísticas sobre pedidos de informação.
4. Obrigação de Resguardar o Sigilo: Aqueles que obtêm acesso a informações sigilosas têm a obrigação de manter o
sigilo, protegendo a informação contra perda, alteração indevida, acesso, transmissão e divulgação não
autorizados.
5. Medidas de Segurança: As autoridades públicas devem garantir que seus subordinados estejam cientes das normas
e procedimentos de segurança para o tratamento de informações sigilosas. Além disso, entidades privadas que
tratam informações sigilosas, devido a vínculos com o poder público, também devem adotar medidas de segurança
adequadas.
Importância:
• Segurança Nacional e Pública: A proteção de informações sigilosas é vital para a segurança nacional e pública,
prevenindo a divulgação de informações que possam prejudicar a sociedade ou o Estado.
• Transparência e Responsabilidade: Ao mesmo tempo, a reavaliação periódica e a publicação de relatórios
garantem um equilíbrio entre segurança e transparência, promovendo a responsabilidade governamental.
• Conformidade Legal: As entidades que lidam com informações sigilosas devem cumprir rigorosamente as
disposições da LAI para evitar violações legais e garantir a integridade das informações.
Desafios:
• Equilíbrio entre Sigilo e Transparência: Manter o equilíbrio entre a necessidade de sigilo e o direito do público à
informação é um desafio constante.
• Implementação de Medidas de Segurança: Assegurar que todas as entidades relevantes implementem e cumpram
as medidas de segurança necessárias pode ser complexo, especialmente em um ambiente em constante mudança
tecnológica e de segurança.
O tratamento de informações pessoais, conforme estabelecido no Artigo 31 da Lei de Acesso à Informação (LAI), é uma
questão delicada e importante. Este artigo enfatiza a necessidade de respeitar a intimidade, a vida privada, a honra e a
imagem das pessoas, alinhando-se com os direitos fundamentais garantidos pela Constituição Federal de 1988.
Pontos Principais do Artigo 31 da LAI:
1. Restrição de Acesso: Informações pessoais relacionadas à intimidade, vida privada, honra e imagem têm acesso
restrito por até 100 anos a partir de sua produção. O acesso é limitado a agentes públicos autorizados e à pessoa a
quem as informações se referem.
2. Divulgação ou Acesso por Terceiros: Pode ser autorizada mediante previsão legal ou consentimento expresso da
pessoa a que se referem as informações.
3. Exceções ao Consentimento: Há situações específicas onde o consentimento para divulgação de informações
pessoais não é exigido, como para prevenção e diagnóstico médico, realização de estatísticas e pesquisas científicas
de interesse público, cumprimento de ordem judicial, defesa de direitos humanos e proteção do interesse público
preponderante.
4. Responsabilidade pelo Uso Indevido: Qualquer pessoa que obtenha acesso a essas informações é responsável por
seu uso indevido.
5. Proteção Contra Prejuízo em Processos de Apuração: A restrição de acesso não pode ser usada para prejudicar a
apuração de irregularidades envolvendo o titular das informações ou em ações de recuperação de fatos históricos
relevantes.
Importância:
• Proteção da Privacidade: O artigo 31 da LAI protege a privacidade e a dignidade das pessoas, garantindo que
informações sensíveis não sejam expostas indevidamente.
• Equilíbrio entre Privacidade e Interesse Público: Estabelece um equilíbrio entre a proteção da privacidade
individual e o interesse público, especialmente em situações que envolvem saúde, pesquisa científica e ordem
judicial.
• Responsabilidade Legal: Assegura que o acesso e uso de informações pessoais sejam realizados de maneira
responsável, com consequências legais para o uso indevido.
Desafios:
• Garantir a Proteção Adequada: Assegurar que as informações pessoais sejam protegidas adequadamente,
especialmente em um ambiente digital, onde o risco de vazamento e uso indevido é alto.
• Equilibrar Direitos e Interesses: Encontrar o equilíbrio correto entre proteger a privacidade individual e atender às
necessidades de interesse público e de pesquisa.
O Capítulo V da Lei de Acesso à Informação (LAI) aborda as responsabilidades e as sanções aplicáveis em casos de condutas
ilícitas relacionadas ao acesso e à divulgação de informações. Este capítulo é crucial para garantir que a lei seja efetivamente
cumprida e que as informações sejam manejadas de forma responsável e ética.
1. Condutas Ilícitas: O Artigo 32 da LAI enumera várias condutas consideradas ilícitas, como recusar-se a fornecer
informações, fornecer informações incorretas, utilizar indevidamente informações sigilosas, agir com dolo ou má-
fé, entre outras.
2. Sanções Aplicáveis: As sanções para tais condutas incluem advertência, multa, rescisão do vínculo com o poder
público, suspensão temporária de participar em licitações, e declaração de inidoneidade para licitar ou contratar
com a Administração Pública.
3. Responsabilidade Objetiva da Administração Pública: O Artigo 34 estabelece que os órgãos e entidades públicas
são diretamente responsáveis por danos causados pela divulgação não autorizada ou utilização indevida de
informações sigilosas ou pessoais.
4. Direito de Regresso: Em casos de dolo ou culpa, é assegurado o direito de regresso, ou seja, a Administração Pública
pode buscar compensação do agente responsável pelo dano.
5. Aplicação a Entidades Privadas: O parágrafo único do Artigo 34 estende a responsabilidade para pessoas físicas ou
entidades privadas que, devido a um vínculo com órgãos ou entidades, tenham acesso a informações sigilosas ou
pessoais e as tratem de forma indevida.
Importância do Capítulo V:
• Garantia de Cumprimento da LAI: Estabelece um mecanismo de responsabilização para garantir que as
informações sejam manejadas de acordo com a lei.
• Proteção de Informações Sensíveis: Assegura que informações sigilosas e pessoais sejam protegidas contra uso
indevido.
• Transparência e Responsabilidade: Reforça os princípios de transparência e responsabilidade na gestão de
informações públicas.
Desafios Relacionados:
• Efetiva Aplicação das Sanções: Garantir que as sanções sejam aplicadas de forma justa e eficiente para
desencorajar condutas ilícitas.
• Equilíbrio entre Transparência e Proteção de Dados: Encontrar um equilíbrio entre a necessidade de transparência
e a proteção de informações sensíveis.
O Capítulo VI da Lei de Acesso à Informação (LAI) aborda as disposições finais e transitórias, com ênfase especial na
Comissão Mista de Reavaliação de Informações. Esta comissão desempenha um papel crucial na administração e revisão
das informações classificadas como sigilosas no âmbito da Administração Pública federal.
1. Requisitar Informações Classificadas: A comissão pode solicitar esclarecimentos ou o conteúdo, parcial ou integral,
de informações classificadas como ultrassecretas ou secretas.
2. Revisão de Classificação: Tem a competência de revisar a classificação de informações ultrassecretas ou secretas,
seja de ofício ou mediante provocação de pessoa interessada.
3. Prorrogação do Prazo de Sigilo: Pode prorrogar o prazo de sigilo de informações classificadas como ultrassecretas,
mas essa prorrogação é limitada a uma única renovação e sempre por um prazo determinado.
Aspectos Importantes:
• Revisão Periódica: A comissão deve revisar a classificação de informações ultrassecretas ou secretas a cada quatro
anos.
• Desclassificação Automática: Se a comissão não realizar a revisão dentro do prazo estipulado, a informação é
automaticamente desclassificada.
• Regulamentação da Comissão: Um regulamento específico define a composição, organização e funcionamento da
Comissão Mista de Reavaliação de Informações, incluindo o mandato de dois anos para seus integrantes.
O Artigo 37 da Lei de Acesso à Informação (LAI) institui o Núcleo de Segurança e Credenciamento (NSC) no âmbito do
Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República. Este núcleo tem como objetivos principais:
1. Promover e propor a regulamentação do credenciamento de segurança para pessoas físicas, empresas, órgãos e
entidades que lidam com informações sigilosas.
2. Garantir a segurança de informações sigilosas, incluindo aquelas provenientes de tratados ou acordos
internacionais.
O NSC, portanto, desempenha um papel fundamental no processo de autorização e credenciamento para o acesso a
informações sigilosas, assegurando que apenas indivíduos e entidades autorizados e devidamente credenciados tenham
acesso a tais informações.
O Artigo 38 aplica a Lei nº 9.507, de 1997, que regula o direito de acesso a informações e disciplina o rito processual do
habeas data, em relação à informação de pessoa, física ou jurídica, constante de registros ou bancos de dados de entidades
governamentais ou de caráter público. Isso significa que as informações pessoais armazenadas em bancos de dados
públicos estão sujeitas às regras de acesso e proteção estabelecidas pela LAI e pela Lei nº 9.507.
O Artigo 39 da LAI estabelece que os órgãos e entidades públicas devem reavaliar as informações classificadas como
ultrassecretas e secretas a cada dois anos, a partir da vigência da lei. Essa reavaliação é importante para garantir que a
classificação de sigilo ainda seja necessária e relevante. Se as informações não forem reavaliadas dentro desse prazo, elas
serão automaticamente consideradas de acesso público.
Os Artigos 40 e 41 da Lei de Acesso à Informação (LAI) estabelecem diretrizes importantes para a implementação e o
monitoramento da lei no âmbito da administração pública federal.
Artigo 40: Este artigo determina que, dentro de 60 dias a partir da vigência da LAI, o dirigente máximo de cada órgão ou
entidade da administração pública federal direta e indireta deve designar uma autoridade diretamente subordinada para
exercer funções específicas relacionadas à LAI. Essas funções incluem:
Artigo 41: Este artigo atribui ao Poder Executivo Federal a responsabilidade de designar um órgão da administração pública
federal para:
1. Promover uma campanha nacional de fomento à cultura da transparência na administração pública e
conscientização do direito de acesso à informação.
2. Treinar agentes públicos em práticas relacionadas à transparência na administração pública.
3. Monitorar a aplicação da LAI na administração pública federal, incluindo a consolidação e publicação de
informações estatísticas conforme o Artigo 30.
4. Encaminhar ao Congresso Nacional um relatório anual com informações sobre a implementação da LAI.
Atualmente, a Controladoria-Geral da União (CGU) é o órgão responsável por essas atribuições do Artigo 41.
Artigo 42: Este artigo estipula que o Poder Executivo Federal deve regulamentar a LAI dentro de um prazo de 180 dias a
partir da data de sua publicação. Esta regulamentação é crucial para definir os procedimentos e diretrizes específicos para
a implementação efetiva da LAI.
Esses artigos são fundamentais para garantir que a LAI seja implementada de maneira eficaz e que haja um monitoramento
contínuo de seu cumprimento, promovendo a transparência e o acesso à informação no setor público.
A Portaria SRF nº 450, de 28 de abril de 2004, estabelece a Política de Segurança da Informação no âmbito da Secretaria da
Receita Federal do Brasil (SRF). Esta política é crucial para garantir a confidencialidade, integridade e disponibilidade dos
ativos de informação da SRF. Vamos destacar os principais pontos desta portaria:
Artigo 1º: Estabelece os pressupostos da Política de Segurança da Informação, focando na garantia da confidencialidade,
integridade e disponibilidade dos ativos de informação.
Artigo 2º: Define conceitos importantes como ativos de informação, ambiente informatizado, confidencialidade,
integridade, disponibilidade, análise de risco e vulnerabilidades, controle de acesso e software homologado.
Artigo 3º: Determina que os ativos de informação e o ambiente informatizado da SRF devem estar em conformidade com
as normas de segurança estabelecidas pela portaria e outras normas relacionadas à segurança da informação.
Artigo 4º: Os ativos de informação da SRF devem ser protegidos contra ações que possam comprometer sua segurança,
seguindo os princípios de confidencialidade, integridade e disponibilidade.
Artigo 5º: As informações da SRF devem ser classificadas conforme sua importância e confidencialidade.
Artigo 6º: As medidas de segurança devem ser proporcionais aos riscos e aos danos potenciais, considerando o ambiente,
o valor e a criticidade da informação.
Artigo 7º: O acesso aos ativos de informação e ao ambiente informatizado da SRF deve ser controlado e restrito a pessoas
autorizadas, baseado na necessidade de serviço.
Artigo 8º: Os servidores da SRF devem ser treinados e capacitados em segurança da informação e na proteção dos ativos
de informação sob sua responsabilidade.
Esses artigos são fundamentais para garantir que as informações manipuladas pela Receita Federal do Brasil sejam
manuseadas de forma segura e responsável, protegendo-as contra acessos não autorizados e garantindo sua integridade e
disponibilidade. A política de segurança da informação é um componente crítico para a eficácia e a confiabilidade das
operações da SRF.
O Artigo 9º da Portaria SRF nº 450/2004 detalha as medidas de segurança necessárias para proteger o ambiente
informatizado da Secretaria da Receita Federal do Brasil (SRF), visando assegurar os princípios de confidencialidade,
integridade e disponibilidade das informações. Vamos analisar cada um dos itens mencionados:
A primeira seção do relatório da OCDE sobre a "Recomendação do Conselho de Inteligência Artificial" de 2019 destaca a
importância de uma administração responsável e confiável da Inteligência Artificial (IA), enfatizando princípios éticos e a
promoção da confiança. Vamos detalhar os itens mencionados:
Ambos os projetos estão em tramitação e alinham-se às orientações da OCDE, buscando regulamentar e promover o uso
ético e responsável da inteligência artificial.
Governança e Responsabilidade
• Estruturas de Governança: Implementar estruturas robustas de governança para supervisionar o uso da IA,
garantindo que as decisões sejam justas, transparentes e responsáveis.
• Responsabilidade e Prestação de Contas: Estabelecer clareza sobre quem é responsável pelas decisões tomadas
com o auxílio da IA.
Desenvolvimento e Implementação de IA
• Desenvolvimento Inclusivo: Incluir uma gama diversificada de vozes no processo de desenvolvimento da IA para
garantir que diferentes perspectivas sejam consideradas.
• Testes e Validação: Realizar testes rigorosos para garantir que os sistemas de IA sejam confiáveis, seguros e
funcionem conforme o esperado em diferentes cenários.
Educação e Conscientização
• Capacitação dos Funcionários Públicos: Treinar funcionários públicos sobre os princípios e práticas da IA para
garantir uso eficaz e ético.
• Conscientização Pública: Promover a conscientização pública sobre os benefícios e riscos da IA, fomentando um
diálogo aberto entre o governo e os cidadãos.
Cooperação Internacional
• Colaboração Global: Colaborar com outros países e organizações internacionais para compartilhar melhores
práticas, padrões e diretrizes éticas para o uso da IA.
Ao abordar esses aspectos, o uso da IA no serviço público pode ser otimizado para garantir que seja transparente, imparcial
e beneficie toda a sociedade.
QUESTÕES
3) Ao ocupar um cargo público, espera-se que o servidor observe determinados preceitos éticos no exercício dos seus
deveres, considerando, sobretudo, que as resultantes de suas condutas devem materializar o interesse público. É dever
fundamental do servidor público
A) apresentar comportamento prevaricador no exercício dos seus deveres públicos, em observância ao disposto nos
regulamentos internos do órgão em que laborar.
B) jamais retardar qualquer prestação de contas, condição essencial da gestão dos bens, direitos e serviços da coletividade
a seu cargo, exceto nas hipóteses em que o interesse privado sobrepuser, de maneira justificada, o interesse coletivo.
C) ser flexível diante de todas as pressões de superiores hierárquicos, de contratantes, interessados e outros que visem
obter quaisquer favores, benesses ou vantagens indevidas em decorrência de ações imorais, ilegais ou aéticas e denunciá-
las.
D) ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a integridade do seu caráter, escolhendo sempre, quando estiver diante
de duas opções, a melhor e a mais vantajosa para o bem comum.
4) O agente público no desempenho de suas atribuições deve se pautar por alguns princípios, demonstrando conduta
compatível com os preceitos recomendados pelo código de ética profissional. Tais princípios são, EXCETO:
A) Eficiência.
B) Legalidade.
C) Moralidade.
D) Pessoalidade.
5) O Servidor Público, investido em uma posição de interesse público, desempenha importante papel na sociedade. É
imprescindível, portanto, que o mesmo tenha seu comportamento pautado na ética profissional, assegurando a
integridade, transparência e responsabilidade na tomada de decisões e na execução de suas funções. Além disso, a ética
no serviço público contribui para o fortalecimento da governança, a eficiência na prestação de serviços e a promoção do
bem comum, consolidando uma base sólida para a democracia e o desenvolvimento sustentável. Acerca do tema, pode-se
afirmar ser defeso ao servidor público, exceto:
A) Cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja de sua
responsabilidade ou de seu subordinado.
B) Levar as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo ao conhecimento da autoridade superior ou, quando
houver suspeita de envolvimento desta, ao conhecimento de outra autoridade competente para apuração.
C) Promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição.
D) Registrar o seu ingresso no órgão e se ausentar do ambiente de trabalho sem justificativa plausível.
E) Apresentar atestados médicos inidôneos.
6) De acordo com as regras dispostas no Código de Ética do Servidor Público, é cor reto afirmar que a função pública
7) Nos termos do Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, a moralidade da
Administração Pública
a) se limita à distinção entre o bem e o mal, independentemente do que é considerado bem comum
b) não se limita à distinção entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da ideia de que o fim é sem pre o bem comum.
c) encontra esteio na lei, repelindo a ideia de equilíbrio entre legalidade e finalidade na conduta do
servidor público.
d) pode ser flexibilizada, presentes imperativos de segurança nacional.
e) não se limita à distinção entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da ideia de que o fim é sem pre o interesse da
administração pública.
8) Um cidadão resolve atualizar os seus cadastros em inúmeras platafor mas, mediante a modificação de suas senhas,
consideradas fracas pelo sistema.
Nos termos da Lei nº 14.129/2021, fica estabelecido como número suficiente para identificação do cidadão nos bancos de
dados de serviços públicos o número de inscrição no
9) Com relação ao acesso à informação, sob o aspecto de sua regulamentação, é correto afirmar:
a) poderá ser negado acesso à informação necessária à tutela judicial ou administrativa de direitos fundamentais,
dependendo da necessidade da informação.
b) cabe aos órgãos e entidades do poder público, observadas as normas e procedimentos específi cos aplicáveis, assegurar
a gestão transparente da informação, propiciando amplo acesso a ela e sua divulgação.
c) poderá ser avaliado, caso a caso, quanto a necessidade à segurança da sociedade ou do Estado e, portanto, passíveis de
classificação as informações cuja divulgação ou acesso irrestrito possam pôr em risco a defesa e a soberania nacionais ou a
integridade do território nacional.
d) o tratamento das informações pessoais deve ser feito de forma sigilosa e com respeito à intimidade, vida privada, honra
e imagem das pessoas, bem como ao requerimento das garantias individuais.
e) é dever do cidadão e do incentivo privado controlar o acesso e a divulgação de informações sigilosas produzidas por seus
relacionados, assegurando a sua proteção
10) Maria da Conceição pediu acesso a informações mantidas pela Administração Pública em folhas específicas de processo
administrativo. O pedido de informações foi negado sob a alegação de que haveria, entre os documentos do processo,
informações sigilosas, que estariam expostas, inclusive, nas folhas das quais constavam as informações solicitadas por
Maria.
Neste contexto, é correto afirmar, com base na Lei nº 12.527/2011 (Lei de Acesso à Informação), que
a) a decisão do pedido de acesso à informação é irrecorrível no âmbito da Administração Pública, podendo, porém, haver
recurso ao Poder Judiciário para fins de controle dos motivos apresentados para negativa.
b) não é possível o deferimento de pedido de informação que envolva a necessidade de busca e identificação de
documentos dentro de processos administrativos, por caracterizar a necessidade de trabalho adicional desproporcional.
c) a lei de acesso à informação refere-se apenas aos casos de transparência ativa, nos quais a administração,
independentemente de provocação ou pedido, disponibiliza dados, informações e documentos para consumo pelo público
externo
d) apenas na hipótese de sigilo decorrente da existência de dados pessoais sensíveis poderia a Administração Pública se
negar à apresentação completa dos documentos e informações solicitados por Maria.
e) se não fosse realmente possível o acesso integral aos documentos solicitados por Maria por serem parcialmente sigilosos,
deveria ter sido assegurado o acesso à parte não sigilosa por meio de certidão, extrato ou cópia com ocultação da parte
sob sigilo.
11) Considere que determinado cidadão tenha solicitado a empresa pública o acesso a projeto realizado pelo corpo técnico
da companhia para subsidiar ação inserida no programa de governo do Chefe do Executivo. Considerando o regramento
estabelecido na Lei nº 12.527/2011 (Lei de Acesso à Informação), a disponibilização referida
12) Entre os princípios básicos que garantem o acesso às informações, de acordo com a Lei nº 12.527, de 18 de novembro
de 2011, está a seguinte diretriz:
13) Qual das seguintes opções é fundamental para garantir a transparência no uso de IA no serviço público?
17) Quais são as implicações de não abordar o viés nos sistemas de IA no serviço público?
19) Qual dos seguintes é um dever do servidor público segundo o Código de Ética?
22) Em relação ao tratamento de informações confidenciais, o Código de Ética determina que o servidor público deve:
23) O que representa a liderança no contexto dos mecanismos de Governança Pública, conforme o Decreto Nº 9.203/2017?
25) De acordo com o Decreto Nº 9.203/2017, qual é um dos principais objetivos da estratégia em Governança Pública?
a) Definir objetivos e planos, semelhante a um técnico que planeja táticas e estratégias para os jogos.
b) Focar exclusivamente na redução de custos operacionais.
c) Limitar a participação pública na tomada de decisões governamentais.
d) Aumentar a centralização do poder nas mãos de poucos administradores.
26) Como a Governança Pública, no contexto do Decreto Nº 9.203/2017, assegura o controle efetivo?
a) Por meio de processos para gerenciar riscos e garantir a eficiência, como um técnico monitora o desempenho dos
jogadores.
b) Através da eliminação de todos os processos de auditoria interna.
c) Delegando todas as decisões importantes para entidades externas.
d) Ignorando feedback e críticas para manter a estabilidade.
27) Qual é a importância da implementação de práticas de governança pela alta administração?
a) Análise de Riscos
b) Comunicação e Consulta
c) Tratamento de Riscos
d) Monitoramento e Retroalimentação
33) De acordo com a LAI, qual dos seguintes critérios NÃO é uma base para classificar uma informação como sigilosa?
a) Riscos à segurança nacional
b) Integridade territorial
c) Operações estratégicas das Forças Armadas
d) Interesses comerciais de uma empresa privada
34) Qual é o prazo máximo de sigilo para informações classificadas como ultrassecretas?
a) 5 anos
b) 15 anos
c) 25 anos
d) 30 anos
35) O que acontece com uma informação classificada como sigilosa após o término do prazo de sigilo estabelecido?
36) Qual é a obrigação daqueles que obtêm acesso a informações sigilosas, conforme o Artigo 25 da LAI?
38) A ética no serviço público é um desdobramento da ética geral adaptada às particularidades da atuação dos servidores
públicos. Considerando os princípios da administração pública, ser ético é
39) No contexto da conduta ética no serviço público, buscar a retidão significa agir com integridade moral, honra e
honestidade em todas as atividades e as ações do servidor público. Essa busca pela retidão está alinhada com qual princípio
fundamental no serviço público?
A) Imparcialidade.
B) Desídia.
C) Prevaricação.
D) Ideologia partidária.
40) Assinale a alternativa que apresenta apenas princípios de governança pública.
41) O Decreto no 9.203, de 22 de novembro de 2017, dispõe sobre a política de governança da administração pública
federal direta, autárquica e fundacional. O comitê que tem por finalidade assessorar o Presidente da República na condução
da política de governança da administração pública federal é o
a) de governança corporativa.
b) de auditoria.
c) de risco.
d) consultivo independente.
e) interministerial de governança
QUESTÕES
I. Esta afirmativa é verdadeira. É fundamental que o servidor público demonstre probidade, retidão, lealdade e justiça,
refletindo a integridade de seu caráter, especialmente no atendimento ao usuário. Estas são características essenciais para
a ética no serviço público.
II. Esta afirmativa também é verdadeira. É uma obrigação ética do servidor público não retardar prestações de contas, pois
isso é uma condição essencial para a gestão responsável dos bens, direitos e serviços públicos.
A. "O atendimento dispensado a cada cidadão deve ser baseado na reciprocidade." - Esta afirmação não está alinhada com
o Código de Ética. O atendimento deve ser baseado em princípios de igualdade, eficiência, legalidade e impessoalidade,
não em reciprocidade.
B. "A publicidade de atos administrativos implica em comprometimento ético contra o bem comum." - Esta afirmação é
incorreta. A publicidade é um dos princípios fundamentais da Administração Pública e serve para assegurar a transparência
e o controle social, contribuindo para o bem comum.
C. "Tratar mal uma pessoa que paga seus tributos direta ou indiretamente significa causar-lhe dano moral." - Esta afirmação
está mais alinhada com o espírito do Código de Ética. O respeito ao cidadão, independentemente de sua condição fiscal, é
um princípio básico da ética no serviço público. Tratar mal qualquer pessoa, especialmente aquelas que contribuem direta
ou indiretamente para os tributos, pode ser considerado uma violação ética e causar dano moral.
D. "A moralidade da Administração Pública se restringe à distinção entre o bem e o mal." - Esta afirmação é simplista e não
abrange completamente o conceito de moralidade administrativa. A moralidade na Administração Pública envolve a
observância de princípios éticos, legais e de boa administração, indo além da simples distinção entre o bem e o mal.
Portanto, a alternativa mais adequada, considerando o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder
Executivo Federal, é:
C. "Tratar mal uma pessoa que paga seus tributos direta ou indiretamente significa causar-lhe dano moral."
3) Para determinar qual é o dever fundamental do servidor público de acordo com os preceitos éticos no exercício de seus
deveres, vamos analisar cada alternativa:
A. "Apresentar comportamento prevaricador no exercício dos seus deveres públicos, em observância ao disposto nos
regulamentos internos do órgão em que laborar." - Esta alternativa é incorreta. Prevaricação é um ato de desonestidade
ou má conduta intencional, especialmente por uma pessoa em posição de autoridade. Não é um comportamento ético
esperado de um servidor público.
B. "Jamais retardar qualquer prestação de contas, condição essencial da gestão dos bens, direitos e serviços da coletividade
a seu cargo, exceto nas hipóteses em que o interesse privado sobrepuser, de maneira justificada, o interesse coletivo." -
Esta alternativa é incorreta. O interesse privado nunca deve se sobrepor ao interesse coletivo na administração pública. A
ética no serviço público exige a priorização do interesse público.
C. "Ser flexível diante de todas as pressões de superiores hierárquicos, de contratantes, interessados e outros que visem
obter quaisquer favores, benesses ou vantagens indevidas em decorrência de ações imorais, ilegais ou aéticas e denunciá-
las." - Esta alternativa é parcialmente correta. Embora seja fundamental denunciar ações imorais, ilegais ou antiéticas, a
ideia de ser "flexível" diante dessas pressões é inadequada. O servidor deve resistir a tais pressões, não ser flexível.
D. "Ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a integridade do seu caráter, escolhendo sempre, quando estiver diante
de duas opções, a melhor e a mais vantajosa para o bem comum." - Esta alternativa é correta. Ser probo (íntegro), reto, leal
e justo são qualidades essenciais para um servidor público. A escolha que beneficia o bem comum é um princípio
fundamental da ética no serviço público.
D. "Ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a integridade do seu caráter, escolhendo sempre, quando estiver diante
de duas opções, a melhor e a mais vantajosa para o bem comum
4) Para identificar o princípio que não se alinha com a conduta ética esperada de um agente público, vamos analisar cada
um dos princípios listados:
A. Eficiência - Este é um princípio fundamental na administração pública. Significa que o agente público deve buscar a
melhor utilização possível dos recursos públicos, visando à otimização e qualidade dos serviços prestados à sociedade.
B. Legalidade - Este princípio estabelece que toda ação do agente público deve estar em conformidade com a lei. O respeito
às normas legais é um pilar da conduta ética no serviço público.
C. Moralidade - Este princípio implica que as ações e condutas do agente público devem estar alinhadas com padrões éticos
e morais. A moralidade não se limita à legalidade, mas engloba a ideia de honestidade, integridade e justiça.
D. Pessoalidade - Este princípio, na verdade, não é um valor que deve ser seguido, mas sim evitado. Pessoalidade se refere
à prática de favorecer amigos, familiares ou conhecidos em detrimento do interesse público. É o oposto do princípio da
impessoalidade, que exige que os agentes públicos ajam sem favoritismos ou discriminações.
Portanto, a alternativa correta, que indica o princípio que não deve ser seguido por um agente público, é:
D. Pessoalidade.
5) Para identificar a ação que é permitida (ou seja, não defesa) ao servidor público, vamos analisar cada uma das
alternativas:
A. "Cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja de sua
responsabilidade ou de seu subordinado." - Esta ação é defesa. Atribuições oficiais devem ser realizadas por servidores
públicos autorizados, e não por pessoas estranhas à repartição, a menos que haja previsão legal.
B. "Levar as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo ao conhecimento da autoridade superior ou, quando
houver suspeita de envolvimento desta, ao conhecimento de outra autoridade competente para apuração." - Esta ação é
permitida e, na verdade, é um dever do servidor público. Reportar irregularidades é parte da responsabilidade ética e
profissional do servidor.
C. Promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição." - Esta ação é defesa. Manifestações de apreço
ou desapreço no ambiente de trabalho podem comprometer a imparcialidade e o ambiente profissional.
D. "Registrar o seu ingresso no órgão e se ausentar do ambiente de trabalho sem justificativa plausível." - Esta ação é defesa.
O servidor deve cumprir seus horários de trabalho e justificar qualquer ausência.
E. "Apresentar atestados médicos inidôneos." - Esta ação é claramente defesa. A apresentação de atestados médicos falsos
ou inidôneos é uma violação ética grave.
B. "Levar as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo ao conhecimento da autoridade superior ou, quando
houver suspeita de envolvimento desta, ao conhecimento de outra autoridade competente para apuração.
6) Para responder corretamente a esta questão, é importante analisar cada alternativa à luz do Código de Ética do Servidor
Público:
a) "Integra-se à vida particular do servidor público." - Esta afirmação é correta. A função pública não se restringe apenas ao
horário de trabalho ou ao local de trabalho. O comportamento ético e a responsabilidade do servidor público se estendem
também à sua vida particular, pois a conduta do servidor fora do ambiente de trabalho pode refletir sobre sua imagem e a
da instituição que representa.
b) "Deve restringir-se às atividades exercidas dentro da repartição." - Esta afirmação é incorreta. Como mencionado
anteriormente, a ética e a responsabilidade do servidor público não se limitam ao local físico de trabalho.
c) "Concede ao servidor a omissão da verdade, quando contrária aos interesses da Administração Pública." - Esta afirmação
é incorreta. A ética no serviço público exige honestidade e transparência. Omitir a verdade, mesmo que pareça beneficiar
a Administração Pública no curto prazo, é contrário aos princípios éticos.
d) "Permite tratar mal um cidadão que esteja inadimplente." - Esta afirmação é incorreta. O Código de Ética do Servidor
Público exige respeito e tratamento igualitário a todos os cidadãos, independentemente de sua situação financeira ou
qualquer outro fator.
e) "Estimula a formação de filas, desde que em prol da moralidade." - Esta afirmação é incorreta e um tanto absurda. A
formação de filas não tem relação direta com a moralidade. A eficiência e a organização no serviço público são princípios
éticos, e a formação de filas longas e desnecessárias geralmente indica uma falha na prestação de serviços.
7) Para responder a esta questão, é importante entender o conceito de moralidade no contexto da Administração Pública,
conforme estabelecido no Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal. Vamos analisar
cada alternativa:
a) "Se limita à distinção entre o bem e o mal, independentemente do que é considerado bem comum." - Esta alternativa é
incorreta. A moralidade na Administração Pública vai além da simples distinção entre o bem e o mal, envolvendo também
a noção de bem comum.
b) "Não se limita à distinção entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da ideia de que o fim é sempre o bem comum." -
Esta alternativa é correta. A moralidade administrativa não se restringe apenas a conceitos abstratos de bem e mal, mas
também inclui a promoção do bem comum, que é um objetivo fundamental da Administração Pública.
c) "Encontra esteio na lei, repelindo a ideia de equilíbrio entre legalidade e finalidade na conduta do servidor público." -
Esta alternativa é incorreta. A moralidade administrativa não repudia o equilíbrio entre legalidade e finalidade; pelo
contrário, ela busca harmonizar a observância da lei com a realização de objetivos públicos legítimos.
d) "Pode ser flexibilizada, presentes imperativos de segurança nacional." - Esta alternativa é incorreta. A moralidade
administrativa não deve ser flexibilizada, mesmo em situações de segurança nacional. As ações devem sempre ser pautadas
por princípios éticos.
e) "Não se limita à distinção entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da ideia de que o fim é sempre o interesse da
administração pública." - Esta alternativa é parcialmente correta, mas é menos precisa do que a alternativa b. O interesse
da administração pública deve estar alinhado com o bem comum, e não ser considerado de forma isolada.
b) "Não se limita à distinção entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da ideia de que o fim é sempre o bem comum.
8) A Lei nº 14.129, de 29 de março de 2021, conhecida como Lei do Governo Digital, estabelece diretrizes para a digitalização
de serviços públicos e a simplificação do acesso dos cidadãos a esses serviços. Um dos aspectos importantes dessa lei é a
unificação e simplificação dos meios de identificação do cidadão nos bancos de dados de serviços públicos.
a) "Documento Nacional de Identificação" - Este documento, embora seja um projeto em desenvolvimento para unificar
diversos documentos, ainda não é o principal meio de identificação estabelecido pela Lei nº 14.129/2021.
b) "Cadastro de Pessoas Físicas" - O CPF é, de fato, o número utilizado como identificador único do cidadão nos bancos de
dados de serviços públicos, conforme estabelecido pela Lei do Governo Digital. Ele é utilizado para unificar as informações
de cada cidadão em diferentes serviços e plataformas do governo.
c) "Documento de Identificação do Trabalhador" - Este documento não é o identificador único estabelecido pela lei
mencionada.
d) "Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público" - Este é um programa relacionado a benefícios do servidor
público e não um documento de identificação.
e) "Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica" - O CNPJ é utilizado para identificação de pessoas jurídicas, não de cidadãos
individuais.
9) Para responder a esta questão, é importante considerar as disposições da Lei de Acesso à Informação (Lei nº
12.527/2011), que regula o acesso a informações no Brasil. Vamos analisar cada alternativa:
a) "Poderá ser negado acesso à informação necessária à tutela judicial ou administrativa de direitos fundamentais,
dependendo da necessidade da informação." - Esta afirmação é incorreta. A Lei de Acesso à Informação estabelece que o
acesso à informação não pode ser negado quando se trata da tutela de direitos fundamentais.
b) "Cabe aos órgãos e entidades do poder público, observadas as normas e procedimentos específicos aplicáveis, assegurar
a gestão transparente da informação, propiciando amplo acesso a ela e sua divulgação." - Esta afirmação é correta. A Lei
de Acesso à Informação determina que os órgãos e entidades públicas devem promover a transparência e facilitar o acesso
à informação.
c) "Poderá ser avaliado, caso a caso, quanto a necessidade à segurança da sociedade ou do Estado e, portanto, passíveis de
classificação as informações cuja divulgação ou acesso irrestrito possam pôr em risco a defesa e a soberania nacionais ou a
integridade do território nacional." - Esta afirmação é correta. A lei permite a classificação de informações em graus de
sigilo quando sua divulgação indiscriminada pode representar risco à segurança do Estado e da sociedade.
d) "O tratamento das informações pessoais deve ser feito de forma sigilosa e com respeito à intimidade, vida privada, honra
e imagem das pessoas, bem como ao requerimento das garantias individuais." - Esta afirmação é correta. A Lei de Acesso à
Informação e a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) estabelecem diretrizes para a proteção de dados pessoais
e informações privadas.
e) "É dever do cidadão e do incentivo privado controlar o acesso e a divulgação de informações sigilosas produzidas por
seus relacionados, assegurando a sua proteção." - Esta afirmação é incorreta. O controle do acesso e a divulgação de
informações sigilosas são responsabilidades dos órgãos públicos que as produzem, e não dos cidadãos ou do setor privado.
b) "Cabe aos órgãos e entidades do poder público, observadas as normas e procedimentos específicos aplicáveis, assegurar
a gestão transparente da informação, propiciando amplo acesso a ela e sua divulgação.
10) Para responder a esta questão, é importante considerar as disposições da Lei nº 12.527/2011, conhecida como Lei de
Acesso à Informação (LAI). Vamos analisar cada alternativa:
a) "A decisão do pedido de acesso à informação é irrecorrível no âmbito da Administração Pública, podendo, porém, haver
recurso ao Poder Judiciário para fins de controle dos motivos apresentados para negativa." - Esta afirmação é incorreta. A
LAI prevê a possibilidade de recurso no âmbito da Administração Pública contra a decisão que nega o acesso à informação.
b) "Não é possível o deferimento de pedido de informação que envolva a necessidade de busca e identificação de
documentos dentro de processos administrativos, por caracterizar a necessidade de trabalho adicional desproporcional." -
Esta afirmação é incorreta. A LAI não exclui o direito de acesso a informações que exijam busca e identificação de
documentos em processos administrativos.
c) "A lei de acesso à informação refere-se apenas aos casos de transparência ativa, nos quais a administração,
independentemente de provocação ou pedido, disponibiliza dados, informações e documentos para consumo pelo público
externo." - Esta afirmação é incorreta. A LAI abrange tanto a transparência ativa quanto a passiva, esta última sendo a
disponibilização de informações mediante solicitação.
d) "Apenas na hipótese de sigilo decorrente da existência de dados pessoais sensíveis poderia a Administração Pública se
negar à apresentação completa dos documentos e informações solicitados por Maria." - Esta afirmação é incorreta. Existem
outras hipóteses de sigilo além de dados pessoais sensíveis, como informações que afetam a segurança nacional, por
exemplo.
e) "Se não fosse realmente possível o acesso integral aos documentos solicitados por Maria por serem parcialmente
sigilosos, deveria ter sido assegurado o acesso à parte não sigilosa por meio de certidão, extrato ou cópia com ocultação da
parte sob sigilo." - Esta afirmação é correta. A LAI prevê que, mesmo em documentos parcialmente sigilosos, as partes não
sigilosas devem ser disponibilizadas, com a devida ocultação das informações sigilosas.
e) "Se não fosse realmente possível o acesso integral aos documentos solicitados por Maria por serem parcialmente
sigilosos, deveria ter sido assegurado o acesso à parte não sigilosa por meio de certidão, extrato ou cópia com ocultação da
parte sob sigilo."
11) Para responder a esta questão, é importante analisar as disposições da Lei nº 12.527/2011, conhecida como Lei de
Acesso à Informação (LAI), e como elas se aplicam ao cenário descrito. Vamos examinar cada alternativa:
a) "Condiciona-se à avaliação da pertinência dos motivos determinantes apresentados pelo requerente." - Esta alternativa
é incorreta. A LAI estabelece que o acesso à informação não deve ser condicionado à justificativa do pedido.
b) "Poderá ser negada a critério do dirigente máximo da empresa, caso opte por classificar a informação como reservada
ou restrita." - Esta alternativa é parcialmente correta. A classificação de informações como reservadas, secretas ou
ultrassecretas deve seguir critérios estabelecidos na LAI e não é uma decisão discricionária do dirigente. Além disso, a
classificação deve ser justificada.
c) "Não será cabível caso se trate de projeto de pesquisa e desenvolvimento tecnológico cujo sigilo seja imprescindível à
segurança da sociedade e do Estado." - Esta alternativa é correta. A LAI prevê exceções ao direito de acesso à informação,
incluindo casos em que o sigilo é necessário para a segurança da sociedade e do Estado.
d) "Somente poderá ser disponibilizada com a anuência da autoridade que solicitou a realização do estudo ou projeto." -
Esta alternativa é incorreta. A disponibilização de informações não depende da anuência da autoridade que solicitou o
estudo ou projeto.
e) "Deverá ser negada caso se trate de empresa que atue em regime de competição no mercado." - Esta alternativa é
incorreta. A LAI se aplica a empresas públicas, independentemente de atuarem em regime de competição no mercado. A
negativa de acesso deve se basear em critérios específicos de sigilo, não na natureza competitiva da empresa.
Portanto, a alternativa correta é:
c) "Não será cabível caso se trate de projeto de pesquisa e desenvolvimento tecnológico cujo sigilo seja imprescindível à
segurança da sociedade e do Estado."
12) Para identificar o princípio básico que garante o acesso às informações de acordo com a Lei nº 12.527, de 18 de
novembro de 2011, conhecida como Lei de Acesso à Informação (LAI), vamos analisar cada alternativa:
a) "Divulgação de informações de interesse público por demanda cidadã." - Embora a LAI preveja o direito de solicitar
informações (transparência passiva), esta alternativa não destaca um princípio básico da lei, mas sim um mecanismo de
acesso.
b) "Observância da publicidade como preceito geral e do sigilo como exceção." - Esta alternativa é correta. Um dos
princípios fundamentais da LAI é que a publicidade é a regra e o sigilo é a exceção. Isso significa que as informações devem
ser acessíveis ao público, a menos que haja uma justificativa legítima e legal para mantê-las em sigilo.
c) "Utilização de todos os meios de comunicação que possibilitem a publicidade da informação." - Embora a LAI incentive a
divulgação de informações por diversos meios, esta alternativa não reflete um princípio básico da lei, mas sim uma prática
recomendada.
d) "Incentivo à cultura de transparência das informações não classificadas como sigilosas." - Esta alternativa reflete uma
prática desejável e um objetivo da LAI, mas não especifica um princípio básico da lei.
e) "Desenvolvimento do controle social de órgãos públicos e privados." - A LAI contribui para o controle social, mas este
não é um princípio básico expresso na lei; é mais uma consequência da aplicação da lei.
Portanto, a alternativa correta, que representa um princípio básico da Lei de Acesso à Informação, é:
23) A liderança, no contexto da Governança Pública, é crucial e envolve mais do que apenas a gestão de recursos. Ela
engloba a capacidade de liderar com integridade, competência, responsabilidade e motivação, assegurando que a equipe
esteja alinhada com os objetivos e princípios éticos da administração pública.
b) A habilidade de liderar o time, garantindo integridade, competência, responsabilidade e motivação.
24) O Comitê Interministerial de Governança (CIG) tem a função de assessorar o Presidente da República na implementação
e no aprimoramento de políticas de governança. Ele não se limita a questões financeiras ou a um nível específico de
governo, mas abrange uma ampla gama de políticas de governança.
b) Assessorar o Presidente na política de governança.
25) A estratégia é um componente essencial da Governança Pública, envolvendo a definição clara de objetivos e planos.
Isso é análogo a um técnico de futebol que planeja táticas e estratégias para os jogos, garantindo que a equipe esteja
preparada e focada nos objetivos.
a) Definir objetivos e planos, semelhante a um técnico que planeja táticas e estratégias para os jogos.
26) O controle na Governança Pública é semelhante ao papel de um técnico que monitora o desempenho dos jogadores.
Envolve a implementação de processos para gerenciar riscos, assegurar a eficiência e a eficácia das operações, e ajustar
estratégias conforme necessário.
a) Por meio de processos para gerenciar riscos e garantir a eficiência, como um técnico monitora o desempenho dos
jogadores.
27) A alta administração desempenha um papel vital na implementação de práticas de governança. Isso inclui o
acompanhamento de resultados e a busca contínua por soluções para melhorar o desempenho, garantindo que a
administração pública atenda às necessidades da sociedade de maneira eficaz e responsável.
b) Implementar práticas de governança, incluindo acompanhamento de resultados e soluções para melhorar o desempenho
28) A comunicação e consulta são essenciais para identificar e analisar riscos de forma eficaz, envolvendo todas as partes
interessadas.
b) Comunicação e Consulta
29) Entender o ambiente em que a organização opera, tanto interna quanto externamente, é crucial para identificar riscos
e oportunidades.
b) O ambiente externo e interno, incluindo pontos fortes e fracos
30) O tratamento de riscos envolve a seleção de estratégias para modificar os riscos identificados, seja por meio de redução,
aceitação, transferência ou exploração.
b) Escolher ações para reduzir ou aproveitar riscos
31) Medidas mitigatórias são implementadas para minimizar as consequências negativas de problemas identificados,
especialmente em relação ao meio ambiente.
b) Ações tomadas para reduzir o impacto negativo de um problema
32) No contexto do licenciamento ambiental, medidas mitigatórias são aplicadas para reduzir os impactos ambientais
negativos de projetos de desenvolvimento e atividades econômicas.
b) Minimizando o impacto ambiental de atividades econômicas
33) A LAI estabelece critérios específicos para a classificação de informações como sigilosas, relacionados principalmente à
segurança e interesses nacionais, não incluindo interesses comerciais privados.
d) Interesses comerciais de uma empresa privada
34) O prazo máximo de sigilo para informações classificadas como ultrassecretas é de 25 anos, conforme estabelecido pela
LAI.
c) 25 anos
35) Após o término do prazo de sigilo, a informação torna-se automaticamente de acesso público, a menos que seja
justificadamente reclassificada.
b) Torna-se automaticamente de acesso público
36) Aqueles que têm acesso a informações sigilosas têm a obrigação legal de manter o sigilo dessas informações, conforme
determinado pela LAI.
b) Manter o sigilo das informações
37) O § 3º do Artigo 25 da LAI prevê a regulamentação de procedimentos e medidas para proteger informações sigilosas
contra perda, alteração indevida, acesso, transmissão e divulgação não autorizados.
c) Procedimentos e medidas para o tratamento de informações sigilosas
38) A ética no serviço público, adaptada às particularidades da atuação dos servidores públicos e baseada nos princípios da
administração pública, envolve:
A. "Fazer somente o que está prescrito nos códigos de ética." - Esta alternativa é parcialmente correta. Embora seguir os
códigos de ética seja importante, a ética no serviço público vai além do cumprimento estrito de regras escritas. Ela envolve
a compreensão e aplicação dos princípios éticos em diversas situações.
B. "Agir de acordo com o interesse público, com respeito a todos." - Esta alternativa é a mais correta. A ética no serviço
público exige que o servidor público aja sempre com o interesse público em mente, respeitando os direitos e a dignidade
de todos os cidadãos.
C. "Fazer somente o que for designado por um superior hierárquico." - Esta alternativa é incorreta. Embora a obediência às
ordens de superiores seja uma parte importante do serviço público, a ética exige que os servidores também considerem a
legalidade e a moralidade de suas ações, mesmo que isso signifique questionar ordens inapropriadas.
D. "Agir de acordo com o interesse pessoal, independentemente dos outros." - Esta alternativa é claramente incorreta. A
ética no serviço público exige que os interesses pessoais sejam colocados de lado em favor do interesse público.
A. "Imparcialidade." - Este princípio é relevante, pois implica tratar todos de maneira justa e igual, sem favorecimento ou
preconceito. A retidão está relacionada à imparcialidade, mas a imparcialidade é mais específica em termos de tratamento
igualitário e justo.
B. "Desídia." - Este termo refere-se à negligência ou preguiça no desempenho das funções, o que é contrário à retidão e à
ética no serviço público.
C. "Prevaricação." - Prevaricação é um ato de desonestidade ou má conduta intencional, especialmente por uma pessoa
em posição de autoridade. Isso é o oposto da retidão.
D. "Ideologia partidária." - A adesão a uma ideologia partidária não está diretamente relacionada à retidão no contexto da
ética no serviço público. A ética no serviço público deve transcender as afiliações partidárias.
Portanto, a alternativa mais alinhada com a busca pela retidão no serviço público é:
A. "Imparcialidade."
Embora a retidão esteja intrinsecamente relacionada à integridade e honestidade, que são fundamentais em todas as ações
do servidor público, a imparcialidade é o princípio que mais se aproxima dessa descrição, pois envolve agir de forma justa
e ética, sem favorecimento ou discriminação.
40) Para identificar a alternativa que apresenta apenas princípios de governança pública, é importante analisar cada
princípio listado nas opções:
a) "Capacidade de resposta, transparência, impessoalidade, legalidade e confiabilidade." - Todos esses são princípios
relevantes na governança pública. A capacidade de resposta, transparência, impessoalidade, legalidade e confiabilidade
são fundamentais para uma administração pública eficaz e ética.
41) O Decreto nº 9.203, de 22 de novembro de 2017, que dispõe sobre a política de governança da administração pública
federal direta, autárquica e fundacional, estabelece a criação de um comitê específico para assessorar o Presidente da
República na condução da política de governança. Este comitê é conhecido como:
e) "Interministerial de Governança."
Este Comitê Interministerial de Governança (CIG) tem a função de assessorar o Presidente na política de governança da
administração pública federal, sendo responsável por propor medidas para a governança, aprovar manuais e guias,
incentivar e monitorar as práticas de governança. Ele é composto por membros de alto nível, incluindo ministros de
diferentes áreas, refletindo sua natureza interministerial e sua importância na estrutura de governança.
Conclusão
À medida que chegamos ao final desta apostila, é importante refletir sobre a jornada que percorremos juntos. Através das
páginas deste material, exploramos os aspectos fundamentais da ética na administração pública, abordando desde os
princípios teóricos até as aplicações práticas no cotidiano dos servidores públicos. Esperamos que as lições aprendidas aqui
não apenas enriqueçam seu conhecimento, mas também inspirem uma prática profissional pautada pela integridade,
responsabilidade e comprometimento com o bem comum.
Lembre-se de que a ética no serviço público não é um conceito estático, mas um campo dinâmico e em constante evolução.
Como futuros servidores públicos ou profissionais interessados na administração pública, vocês têm a responsabilidade de
se manterem atualizados, não apenas em termos de conhecimento técnico, mas também no que diz respeito às práticas
éticas. A sociedade muda, os desafios se transformam e, com isso, as expectativas em relação à conduta ética no serviço
público também evoluem.
Encorajamos cada um de vocês a continuar aprendendo, questionando e buscando maneiras de melhorar não apenas como
profissionais, mas também como cidadãos comprometidos com a construção de uma sociedade mais justa e ética. Que esta
apostila seja um ponto de partida para uma carreira repleta de realizações e contribuições significativas para o serviço
público.
Agradecemos pela dedicação e pelo tempo investido neste estudo. Desejamos a todos sucesso em suas jornadas e
esperamos que levem consigo os valores e princípios discutidos aqui, aplicando-os em todas as suas futuras empreitadas.