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COMO E POR QUE ESTUDAR

HISTÓRIA ANTIGA?
Marcus Pierre de Carvalho Baptista (UFPI)
O QUE O MUNDO ANTIGO REPRESENTA
PARA A HUMANIDADE NA
CONTEMPORANEIDADE?

DE QUE MODO ANALISAMOS ESTE


PERÍODO ESPAÇO-TEMPORAL?
ALTERAÇÕES EPISTEMOLÓGICAS

HISTÓRIA ANTIGUIDADE
Como isto
afetou as
próprias análises
produzidas a
priori sobre a
Antiguidade?

Como certas Quais cuidados


percepções Uma proposta o pesquisador
vinculam-se ao de deve ter ao
tempo presente discutir esta
do historiador? desconstrução Antiguidade?

Como evitar
cair no
anacronismo?
Ignoradas em
função da
tradição
judaico-cristã e
o modo como
percebemos a
sexualidade

Pinturas,
Até pouco
O caso da Mosaicos e
tempo fontes
foram ignoradas
sexualidade Esculturas
guardadas sem
romana catalogação ou
destruídas

Representações
da sexualidade
romana
percebidas
enquanto
pornográficas
Desmoralização
dos costumes
romanos ao
longo do tempo

As várias Percepção do
1 – Perspectiva
de abordagens que é o homem
e mulher a partir
preocupação
do homem sobre a de textos
aristocráticos
romano com os
prazeres sexualidade romanos e do
tempo presente
romana

Fim desta
decadência
moral com a
cristianização
da sociedade
O ato sexual
relacionado
diretamente
com o poder
político e com a
virilidade

As várias
2–A
importância do
abordagens A importância
de como
sexo para a
sociedade
sobre a realizar o ato e
com quem se
romana sexualidade realizar

romana

O corpo do
homem da
aristocracia
seria inviolável
Construção de
uma identidade
em comum –
indo-europeia

A questão Invenção de um

Modos distintos
da inimigo em
comum e a
de se apropriar
da Antiguidade
extrema- relação com o
Império
direita na Romano: os
imigrantes
França

A fundação de
uma identidade
com base na
Antiguidade: os
franceses e os
gauleses
É necessário
entender a
relevância das
teorias, dos
modelos, das
documentações
e das formas,
sobretudo das
formas

Como
pensar a
História
Antiga?
É preciso
entender que o
O que significa
estudo da História
dizer isso?
é uma
convenção
A maioria das
cartas refere-
se a mesma
unidade de
produção em
Tealdephia

Cartas
Estes
relativas a
documentos
propriedade
permitem
privada
produzir uma
romana no
Egito no O caso do História Social
da?
século III d.C.
arquivo
de
Hierônimo

Seria possível Da Roma


relacionar a Antiga? Da
um contexto aldeia de
maior? Até Tealdephia?
que ponto Do Egito
podemos ir? Romano?
É necessário desconstruir e problematizar este
modo de produzir a narrativa histórica e evitar
naturalizá-las
Termo
cunhado no
período do
Renasciment
o

A que se O que Postulava


refere este uma ruptura,
termo? Às significa mas ao
origens da dizer mesmo
História tempo uma
Contemporâ “História continuidad
nea? Antiga”? e

Uma ruptura
com a
História do
meio
(medieval)
Tratava-se
do seu
passado.
Essa ainda é
a História
Antiga do
nosso
mundo?

Vinculava a
O que Percepção
História da significa perpetuada
Europa dos em muitos
séculos XV- dizer livros e
XVI a um “História manuais
passado acadêmicos
Antiga”?

Evidenteme
nte não é
uma História
Antiga do
Mundo. Por
quê?
Quando se inicia a História do Brasil ou das
Américas?
Caso do
Império
Romano: ele
constituiu
toda a
Europa?

Existe uma Os problemas Agregou


com essa forma pedaços da
continuidade
África e não
política/econ restringem-se agregou
ômica da ao territórios hoje
Europa?
eurocentrismo? europeus

“A História
Antiga é
eurocêntrica,
mas não é
[...] a História
da Europa”
(Guarinello,
2003, p. 52)
Oriente
Próximo,
Grécia e
Roma

Como a Quais outros Por que


História problemas se esta divisão
Antiga está manifestam é
estruturada além da contestável
? ?
ideologia?

Produção
de uma
ideia que a
História
“evolui” do
Leste para
o Oeste
O que é a
História da
Grécia? O
que dá
coesão a
esta?

Quais outros É a História


problemas se de um
O que é o
Estado em
Oriente manifestam comum?
Próximo? além da Uma
ideologia? cultura?

Como
podemos
estabelecer
uma
História da
Grécia
Antiga?
A História da cidade de Roma só tem sentido
considerando o contexto em que se inseriu
A tradição
clássica
inventou
esta
concepção
de
Antiguidade

Por que estes


problemas
configuram-se
ao pensarmos
o estudo da
Extensa História Antiga?
possibilidade Textos
de produzidos
documentos em grego e
: papiros, latim por
moedas, séculos
arqueologia
A
historiografia
do século
XIX foi
fundada a
partir desta
tradição

Por que estes


problemas
configuram-se
ao pensarmos
o estudo da
É uma História Antiga? Esta
condensaçã historiografia
o destas atendeu aos
sociedades anseios de
por meio seu tempo –
destes o estado-
documentos nação
Oriente
Próximo,
Grécia e
Roma:
fundação
da
civilização
ocidental

Por que estes


problemas
configuram-se
ao pensarmos
o estudo da
Tradição História Antiga? O que é a
fundada civilização?
também por Por que é
meio da um conceito
ode à marcado
civilização e por relações
do progresso de poder?
A
convenção
estabelecid
a é útil
desde que
compreend
amos que é
arbitrária

Por que é
importante
estas
Busca-se reflexões? Deve ser
negar a
estudada
relevância
considerand
ou a
o as
necessidade
necessidade
de se
s do tempo
estudar os
presente
antigos?
Nesta questão da globalização o que o Império
Romano representa?
O mesmo
modo de
análise serve
a todos
documentos
?

Como
analisar
fontes
Crítica antigas? Cultura
externa e material –
interna de Funcionalida
documentos de,
escritos – A Composição
questão da , Público
linguagem consumidor
Uma narrativa
do tempo
presente que
lembra-se de
um passado
desaparecido
?

Uma
breve
reflexão Ou refere-se a
fragmentos
deste passado
O que é a que irrompem
História? neste presente
por meio da
narrativa
histórica?
Referências:

GUARINELLO, Norberto Luiz. Uma morfologia da história: as formas da História Antiga.


POLITEIA: História e Sociedade, Vitória da Conquista (BA), v. 3, n. 1 p. 41-61, 2003.

FEITOSA, Lourdes Madalena Gazarini Conde; SILVA, Glaydson José da. O Mundo Antigo sob
lentes contemporâneas. In: FUNARI, Pedro Paulo Abreu; SILVA, Maria Aparecida de Oliveira.
(org.). Política e identidade no Mundo Antigo. São Paulo: Fapesp, 2009. p. 209-241.

FUNARI, Pedro Paulo Abreu. Documentos: Análise tradicional e hermenêutica contemporânea.


In:______. Antiguidade Clássica: a História e a cultura a partir dos documentos. 2. ed. Campinas:
Unicamp, 2003. p. 13-35.
OBRIGADO

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