Universidade São Tomás de Moçambique

Escola de Pós Graduação

TESE DE MESTRADO

Análise comparativa de viabilidade e sustentabilidade entre hotel e guest

house - O Caso de estudo da vila de Katembe em Maputo

AUTORA:

Irene Maimuna Ibrahimo

SUPERVISOR:

Mestre Obadias Benjamim Machine

Maputo, Fevereiro de 2022

 Universidade São Tomás de Moçambique
Escola de Pós Graduação

TESE DE MESTRADO

Análise comparativa de viabilidade e sustentabilidade entre hotel e guest

house - O Caso de estudo da vila de Katembe em Maputo

Projecto de pesquisa a ser apresentado à

Universidade São Tomás de Moçambique,
Escola de Pós Graduação como requisito
para a obtenção do Grau de Licenciatura em
Gestão de Empresas, sob a supervisão do
Mestre Obadias Benjamim Machine.

Maputo, Fevereiro de 2022

Índice
Lista de abreviaturas e siglas............................................................................................ii
Pensamento..................................................................................................................... iii
1.2. Delimitação do tema no tempo e no espaço..........................................................5

1.3. Problema de pesquisa...............................................................................................6

1.4.1. Importância no âmbito académico, social e económico, jurídico e político.........8

1.5. Objectivos de pesquisa..........................................................................................8

1.5.2. Objectivos específicos............................................................................................8

1.6. Hipoteses de pesquisa.............................................................................................. 9
Variável.............................................................................................................................9
Indicador...........................................................................................................................9
Metas................................................................................................................................ 9
1.7. Pergunta de pesquisa................................................................................................9
1.7. Estrutura do projecto de pesquisa.............................................................................9
1.8. Resultados esperados.............................................................................................10
2. REVISÃO DA LITERATURA......................................................................................10
3.1. Tipos de pesquisa................................................................................................... 15
3.2.Variáveis de pesquisa.............................................................................................. 15
3.3. Métodos científicos de pesquisa..............................................................................15
3.4. Tipos de abordagem de pesquisa...........................................................................15
3.5. Amostragem e tamanho da amostra.......................................................................15
3.6. Procedimentos e instrumentos................................................................................17
3.7. Instrumentos e técnicas de colecta de dados..........................................................17
3.8. Análise e interpretação de dados............................................................................18
3.9. Considerações éticas.............................................................................................. 18
3.10. Limitações da pesquisa.........................................................................................18
4. CRONOGRAMA DE ACTIVIDADES DE PESQUISA.................................................19
5. ORÇAMENTO DE PESQUISA...................................................................................20
6. Referências Bibliográfica...............................................................................................I
i
Lista de abreviaturas e siglas

APA American Psychological Association

SPSS Statistic Package for Social Sciencies

TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

USTM Universidade São Tomás de Moçambique

ii
Pensamento

iii
1. INTRODUÇÃO
1.1. Contextualização

O acto de viajar é costume antigo, desde o nomadismo até sedentarismo,

seja por busca de alimento, queira em busca de diversão e turismo social.
Actualmente, a prática foi ampliada, por prazer, para descanso ou mesmo
satisfação nos negócios, expandindo essa actividade, de tal forma, que trouxe
inúmeras vantagens financeiras e uma exploração maior do sector. Com as
viagens torna-se necessário a utilização da rede hotelaria para garantir o pouso
seguro a noite e usufruir dos inúmeros serviços disponíveis na área.

Pelo rápido crescimento da actividade turística torna-se necessário

implantar critérios que sejam essenciais ao bom desempenho da actividade,
encontrados na forma de desenvolvimento sustentável que por vezes é
abocanhado pelas pessoas não especializadas e destrõem a sua rede
comunicação (Ayuso, 2016).

A Hotelaria é um sector muito importante para o turismo, pois é lucrativo e

tende a crescer cada vez mais, assim, estabelecendo qualidade nos meios de
hospedagem isso se refletirá também na qualidade turística (Tetris Hostel, 2018).
Por ser um sector em expansão há uma preocupação em relação ao seu
planeamento e cuidados com as questões sócio-ambientais, culturais e
económicas, factores importantes no turismo. Por isso, o emprego do
desenvolvimento sustentável e sua viabilidade em um empreendimento hoteleiro
trará benefícios aos proprietários, ao meio ambiente e à população.

O interesse primordial no uso da sustentabilidade e viabilidade em relação

a hospedagem em hotéis ou guest house, justifica-se pela carência de estudos
específicos na Cidade de Maputo, associado ao acelerado crescimento da
actividade hoteleira dentro da cidade e em especial em Katembe.

A finalidade deste estudo é a de ampliar a compreensão da

sustentabilidade e viabilidade nos meios de hospedagem, através da discussão
da adequação dos requisitos propostos pelo ministério para sua avaliação,
comparando quais das hospedagens trás vantagens em termos de preferência
da estadia, quantidade de indivíduos acomodados e formas de tratamento.

4
1.2. Delimitação do tema no tempo e no espaço
O estudo será realizado ao longo da costa da Cidade de Maputo ou a Avenida da
Marginal, tendo sido escolhidos os seguintes pontos: Katembe-Ponte, Marítimo,
ATCM, Praia da Polana, Baia-Game, Praia do Triunfo e Costa do Sol.
A Cidade de Maputo está limitada a Norte pelo Distrito de Marracuene, a Sul pelo
Distrito de Matutuine, a Este pelo Oceano Índico e Oeste pela Cidade da Matola.
Esta é a capital de Moçambique, situada a uma altitude de 47 m. O clima é
tropical seco, sendo que o período mais quente do ano compreende os meses
de Novembro a Abril, e o mais frio de Maio a Outubro. Segundo o senso
populacional de 2017, a Cidade de Maputo possui cerca de 1.101.170 habitantes
(Dgedge, 2017).
A Zona Costeira da Cidade de Maputo, possui uma extensão de
aproximadamente 20 km, estendendo-se do Distrito de Matutuíne (Baía de
Maputo) ao Distrito de Marracuene (Praia da Macaneta), a Sul e Norte
respectivamente. À Baía de Maputo afluem os rios Maputo, Matola, Tembe e
Umbelúzi na margem Sul, e o rio Incomate na margem Norte. A circulação
marítima na área em estudo, devido ao seu enquadramento físico-geográfico, é
influenciada pelo sistema de ilhas, pontas e penínsulas localizadas ao longo da
área de propagação das ondas. As características de propagação das ondas são
resultantes da combinação dos fenómenos hidrodinâmicos actuantes ao largo e
dentro da Baía de Maputo. O clima de agitação da área em estudo é influenciado
basicamente pela ocorrência de ondas geradas ao largo e localmente, dentro da
Baía de Maputo (Langa, 2007).
A escolha deste ponto deve-se à fácil circulação das pessoas e que possa
ajudar no inquérito e que em poucos meses pode trazer resultados positivos.
Também pela grande circulação de carros e pessoas que se deslocam a
Katembe.
Ainda não foi localizado o hotel e nem o Guest House por causa da fala
de elaboração do termo de compromisso e guião de perguntas.

5
1.3. Problema de pesquisa

O problema de pesquisa está centralizada na sustentabilidade e

viabilidade de cada tipo de hospedagem acompanhado com os factores
económicos, ambientais e socioculturais, conforme se explana:
Económicos
Novos empreendimentos contratam mão-de-obra imediata, pode ser que a
cidade não esteja devidamente qualificada sendo necessária a importação de
mão-de-obra, algumas vezes do exterior, o que ocasiona a transferência do
dinheiro que ganhou aqui para o exterior ao retornar para sua pátria.
Ambientais
O consumo dos produtos nos locais turísticos onde eles se encontram faz
com que os locais sofram alterações em seu meio ambiente. Surgem
empreendimentos que consequentemente alteram a superfície terrestre;
produção de resíduos que prejudicam a saúde da vida humana e animal;
destruição de sítios naturais; desgastes de pisos e alteração visual (paisagismo)
do local.
Socioculturais
Se a população visitada não se preservar e não manter suas tradições
intocáveis. Para atender os visitantes, as manifestações folclóricas, as artes e as
demais tradições podem sofrer uma comercialização tão intensa que deturpa a
originalidade da cultura local. Além da busca, principalmente de turistas
estrangeiros, por prazeres sexuais que não são encontrados em seus países
com tanta facilidade e oferta. O aumento da população e riqueza do destino
turístico atrai criminosos e assaltantes.
Com este posicionamento deseja se estudar qual dos dois tipos de
hospedagem (hotel e Guesthouse) pode aumentar a sustentabilidade dos
moçambicanos e permanecer viável para a sua execução em um período não
inferior a 10 anos não esquecendo a comodidade, empregabilidade e
preferência.

6
Tabela – Causas e Efeitos
Variáveis de Causas Efeitos
estudos
1. Preferência da 1. Ineficácia do Marketing de 1. Ineficácia do Marketing de
estadia relacionamento relacionamento
2. Formas de 2. Insatisfação 2. Insatisfação
tratamento Falta de comunicação Perda de renda ou lucro
Atendimento ineficaz Perda de mão-de-obra
Atraso na entrega do produto
3. Viabilidade 3. Fraca Qualidade de serviços
3. Fraca Qualidade de
serviços
4. 4. Fraca Qualidade de serviços 4. Fraca Qualidade de
Sustentabilidade serviços
5. Idade 5. Conflitos entre casais ou 5. Abandono dos hóspedes
hóspedes
6. Quantidade de Maior Lotação e abandono
indivíduos
acomodados

1.4. Justificativa da escolha do tema

Para tanto se buscou analisar os pontos fortes e fracos, as oportunidades
e ameaças do mercado para a implantação do indicador de turismo
e hospedagem; propor as principais características e actratividades do
empreendimento, considerando a viabilidade técnica de transformação dos
recursos em actrativos e das potencialidades existentes; elaborar os fluxos de
caixa futuros do projecto de viabilidade de investimento; e analisar a viabilidade
econômica e financeira da implantação do hotel e Guesthouse, através dos
métodos tradicionais de análise de investimentos e análise de cenários para
minimizar o risco envolvido na proposta.
A proposta de se estudar a sustentabilidade e viabilidade dos hotéis e
Guest House se justifica dar oportunidades aos emigrantes, visitantes até
mesmo os nativos a conhecerem as vantagens de cada acampamento e saber
escolher para não se limitar em um ponto de vista além da busca de satisfazer
a capacidade da renda que viabilize esta permanência na região.
Neste contexto, o presente trabalho poderá contribuir com a elaboração
de um modelo de gestão integrado de hotéis e guesthouse. Neste modelo de
estudo, pretende-se explorar uma técnica que poderá facilitar a vida dos
munícipes na escolha do melhor ambiente em função da estadia, pagamentos e
atendimentos.

7
1.4.1. Importância no âmbito académico, social e económico, jurídico e
político
No ámbito académico irá ajudar e incentivar os próximos estudantes a
investigarem ou melhorar sobre a tematica.
Quanto ao nivel social e económico, irá ajudar aos clientes a escolher qual
das modalidades oferece maior rendimento e beneficios, seja para a estadia por
hora, diaria ate anual.
Para o campo jurídico e político vai ajudar a esclarecer muitos roubos,
furtos não explicados pela falta de localizacao dos guest house ou o
conhecimnento do funcionamento dos mesmos.

1.5. Objectivos de pesquisa

1.5.1. Objectivo geral
Analisar e comparar a viabilidade e sustentabilidade dum hotel e guest house - O
Caso de estudo da vila de Katembe em Maputo.

1.5.2. Objectivos específicos

Para o alcance do objectivo foram propostos os seguintes objectivos
específicos:
• Descrever a situação actual na cidade de Maputo e Katembe acerca de
ocupacao de hoteis e gusthouse;
• Identificar os impactos e vantagens de cada tipo de hospedagem;
• Elaborar um modelo de gestão integrado que detalha o funcionamento
dos hoteis, guesthouse em funcao de atendimento, estadia, assecibilidade,
sustentabilidasde e viabilidade.

1.6. Hipoteses de pesquisa

H0: A fraca sustentabilidade e viabilidade do turismo na Cidade de Maputo e
Katembe é devido a pouca informação fornecida aos interessados a fim de
escolher entre os serviços de Hotéis ou Guesthouse.
H1: A fraca sustentabilidade e viabilidade do turismo na Cidade de Maputo e
Katembe é devido ao maior uso de Guesthouse e que estão em pontos
escondidos.

8
Variável
A variável de estudo será qualitativa embora por vezes será auxiliada pela
quantitativa ordinal para se apurar as conclusões.

Qualitativa: preferência da estadia, formas de tratamento, viabilidade e

sustentabilidade.

Quantitativa: idade, resultados e quantidade de indivíduos acomodados.

Indicador
Crescimento Económico

Indicador do Crescimento Econômico: Aumento no Produto Nacional Bruto

Desenvolvimento Económico

Indicador do Desenvolvimento Económico: Aumento na Produção dos sectores

primários e secundário.

Desenvolvimento Social

Indicador do Desenvolvimento Social: Distribuição da renda nacional e

Mobilidade Social.

Acessibilidade: Também é um indicador de sustentabilidade.

Metas
Espera-se com este trabalho a produão de manuais e técnicas de comunicaão
para guiar os turistas nos pontos sociais e culturais que aumentem a viabilidade
económica e diminuindo a lotação de locais sem necessidades.

Com a visualidade dos serviços fornecidos irão atrair maiores visitantes e

aumentar a sua sustentabilidade e economia do país.

1.7. Pergunta de pesquisa

9
Com o fim de aumentar a viabilidade e sustentabiliade de hoteis e guesthouse na
cidade de maputo e katembe elaborou-se as seguintes perguntas:
1. Será que com o fornecimento de informação dos serviços de Hotéis ou
Guesthouse aos interessados vai aumentar a sustentabilidade e
viabilidade do turismo na Cidade de Maputo e Katembe?.
2. Será que com a localização dos hotéis na mesma área urbana cria
inacessibilidade em comparação com os Guesthouses e que estão em
pontos escondidos.

1.7. Estrutura do projecto de pesquisa

1.8. Resultados esperados

2. REVISÃO DA LITERATURA

10
Uma Guest house (também conhecida como guesthouse) é um tipo de
acomodação. Em algumas partes de outras partes do mundo (como o Caribe,
por exemplo), as guest house são um tipo de hotel de baixo custo. Ainda em
outros, é uma casa particular que tem sido convertida a uma casa de
acomodação. Normalmente, o dono vive em uma área separada dentro da
propriedade e a guest house pode servir como uma forma de hospedagem de
novos inquilinos.

Esse tipo de acomodação apresenta alguns importantes benefícios tais como:

 Atenção personalizada;
 Comida caseira e saudável;
 Baixo custo;
 Design moderno.
Os hotéis mantêm a presença de pessoas 24 horas por dia, 7 dias por semana,
enquanto as guest house têm uma presença de pessoas de forma mais limitada.
Por conta da pouca presença de funcionários, o check-in em uma guest house é
frequentemente um compromisso.

2.1. Desenvolvimento e sustentabilidade

O desenvolvimento faz parte do progresso humano e pode ser visto em
todas as áreas tais como industrial, tecnológico, transportes, saúde, turismo, e
em qualquer coisa que se utiliza ou faz no cotidiano, como parte integrante da
evolução humana.

Souza e Corrêa (2000, 53) definem desenvolvimento como “aumento da

capacidade de atender as necessidades materiais dos seres humanos e a
melhoria da qualidade de vida”.

Na ansiedade de alcançar o desenvolvimento, o homem tem sido

responsável por inúmeros impactos negativos na sociedade e no meio ambiente.
Os empreendedores buscando o lucro a curto prazo não se preocupam com as
questões sócio-ambientais e não percebem que a modernidade pode causar
danos irreparáveis a uma sociedade, não devidamente preparada para recebê-
la. Ainda pode descaracterizar o meio ambiente, afetando a população que

11
sobrevive às custas do seu meio, através do turismo, por exemplo, que utiliza o
meio ambiente como referencial para seus atrativos turísticos. Assim, os
empresários devem ao menos tempo, buscar minimizar os impactos que podem
causar na localidade, enquanto, usufruem os seus benefícios. Por tudo isso,
atualmente, discute-se a questão das empresas de turismo adoptarem e
praticarem os princípios da sustentabilidade.

Segundo Norton (1992 apud Faria e Carneiro, 2001:13), a

sustentabilidade é conceituada como: Uma relação entre sistemas econômicos
dinâmicos e sistemas ecológicos maiores, também dinâmicos e que, no entanto,
modificam-se mais lentamente, de tal forma que a vida humana pode continuar
indefinidamente, os indivíduos podem prosperar e as culturas humanas podem
desenvolver-se, mas, também, uma relação na qual os efeitos das atividades
humanas permanecem dentro de limites que não deterioram a saúde e a
integridade de sistemas auto-organizados que fornecem o contexto ambiental
para estas actividades.

Essa ligação com o meio ambiente deve-se aos impactos causados pelo
homem na busca do crescimento econômico e à modernização quando da se
utilização dos recursos naturais, restando evidente o seu uso depredatório,
gerando uma incerteza em relação ao futuro com a possibilidade de
esgotamento dos citados recursos naturais.

2.2. Turismo e sustentabilidade

Com a ascensão da actividade turística e as constantes campanhas de
incentivo ao turismo, várias iniciativas surgiram com o intuito de aplicar o turismo
sustentável como alternativa para amenizar os impactos que tal atividade pode
provocar nos locais visitados.

Müller (2003, 71) afirma que o turismo deve ter mais consciência quanto
ao meio ambiente. As fontes de perigo ecológico no desenvolvimento do turismo
há muito foram identificadas, então, tudo o que resta a fazer é levá-las a sério e
agir de forma preventiva, a fim de evitar problemas ambientais. Os recursos
desenvolvidos recentemente, como relatórios de compatibilidade ambiental,
sistema de gerenciamento ambiental, auditorias ambientais ou representantes do

12
meio ambiente deveriam ser utilizados para desvendar os conflitos e buscar
soluções sustentáveis. A discrepância entre conhecimento e acção deveria ser
constantemente reduzida.

O grande problema com o turismo é a questão ambiental que deve ser

priorizada devido aos inúmeros recursos naturais que o país oferece muitas
vezes os empreendedores utilizam-se dos recursos de forma errônea
esquecendo-se de que num futuro próximo isso fará falta visando somente a
lucratividade a curto prazo.

Para Oliveira (2002, 196) “o ambiente é a base dos recursos naturais e

culturais para atrair turistas”.

De acordo com Leff (2001:78) “o potencial ambiental de uma região não

está determinado tão-somente por sua estrutura ecossistema, mas pelos
processos produtivos que nela desenvolvem diferentes formações
socioeconómicas”.

2.3.Tipos de meios de hospedagem

Os tipos de hospedagens a abordar segundo (Oliveira, 2002) são:
 Hotel (padrão)
Estabelecimento comercial de hospedagem que oferece aposentos mobiliados,
com banheiro privativo, para ocupação eminentemente temporária, incluindo
serviço completo de alimentação e outros.
 Hotel Saúde (SPA)
O hotel saúde combina as características do hotel padrão, com instalações,
serviços e equipamentos hospitalares, com atendimento médico e de
enfermagem em período integral. Destina-se a pacientes em recuperação, sob
observação ou em processo terapêutico, além de tratamentos específicos de
obesidade, desintoxicação e outros.
 Hotel Fazenda

13
Estabelecimento comercial de hospedagem situado em propriedades rurais e
antigas fazendas, voltado à prática de atividades rececionais campestres e
contato com a natureza.
 Eco Hotel
Estabelecimento comercial de hospedagem situado em florestas tropicais ou em
áreas naturais protegidas, adaptadas as condições do meio ambiente
preservando a integridade da paisagem.
 Lodge
Equipamento comercial hoteleiro, sob a forma de chalés, cabanas e similares,
destinado ao turismo termal, de caça, de pesca e de aventura.
Albergue de Turismo
Estabelecimento comercial de hospedagem, subvencionado ou não, destinado
ao atendimento do Turismo Social, atende demanda com recursos financeiros
modestos, apresenta unidades habitacionais simples.
Pousada
Estabelecimento comercial de hospedagem situa-se em edificações de valor
histórico ou em construções novas. Não apresenta parâmetros de classificação.
 Apart Hotel
Estabelecimento comercial de hospedagem com serviços de recepção e
telefonia, cujas unidades habitacionais têm instalações mínimas como
dormitórios, sala de estar, banheiro privativo e pequena cozinha. É provido de
certos serviços gerais colocados opcionalmente a disposição do usuário tais
como arrumação, limpeza, lavandaria e outros.
 Flat
Condomínio residencial, cujas unidades habitacionais podem, eventualmente,
ser locadas a terceiros por tempo determinado. As instalações físicas são mais
amplas que a do apart hotel. Fornece os mesmos tipos de serviço.
Acampamento Turístico (camping)
Estabelecimento comercial de locação de espaço, instalações e serviços,
destinado a cessão individual de lotes para instalação de barracas e/ou
estacionamento de trailers ou motorhomes. Dispõe de infra-estrutura básica em
toda a área e edificações de serviços centralizados de alimentação e higiene.

14
 2.3. Princípios do turismo sustentável
A sustentabilidade do turismo é fundamentada por um conjunto mínimo de
princípios. Várias iniciativas têm sido empreendidas para estabelecer esse
conjunto mínimo de princípios. Embora variem em termos de redação, de uma
forma geral, os diversos conjuntos de princípios disponíveis têm um núcleo
essencial comum.
Apresentam-se a seguir os Princípios estabelecidos no país para Turismo
Sustentável segundo Carlos serra (2021), que constituem a referência nacional
para o Turismo Sustentável:
2.3.1 Respeitar a legislação vigente
O turismo deve respeitar a legislação vigente, em todos os níveis, no país
e as convenções internacionais de que o país é signatário.
2.3.2 Garantir os direitos das populações locais
O turismo deve buscar e promover mecanismos e ações de
responsabilidade social, ambiental e de equidade econômica, inclusive a defesa
dos direitos humanos e de uso da terra, mantendo ou ampliando, a médio e
longo prazo, a dignidade dos trabalhadores e comunidades envolvidas.
2.3.3 Conservar o ambiente natural e sua biodiversidade
Em todas as fases de implantação e operação, o turismo deve adotar
práticas de mínimo impacto sobre o ambiente natural, monitorando e mitigando
efetivamente os impactos, de forma a contribuir para a manutenção das
dinâmicas e processos naturais em seus aspectos paisagísticos, físicos e
biológicos, considerando o contexto social e econômico existente.
2.3.4 Considerar o patrimônio cultural e valores locais
O turismo deve reconhecer e respeitar o patrimônio histórico-cultural das
regiões localidades receptoras e ser planejado, implementado e gerenciado em
harmonia às tradições e valores culturais, colaborando para seu
desenvolvimento.
2.3.5 Estimular o desenvolvimento social e económico dos destinos
turísticos

15
 O turismo deve contribuir para o fortalecimento das economias locais, a
qualificação das pessoas, a geração crescente de trabalho, emprego e renda e o
fomento da capacidade local de desenvolver empreendimentos turísticos.
2.3.6 Garantir a qualidade dos produtos, processos e atitudes.
O turismo deve avaliar a satisfação do turista e verificar a adoção de
padrões de higiene, segurança, informação, educação ambiental e atendimento
estabelecido, documentado, divulgado e reconhecido.
2.3.7 Estabelecer o planeamento e a gestão responsáveis
O turismo deve estabelecer procedimentos éticos de negócio visando
engajar a responsabilidade social, econômica e ambiental de todos os
integrantes da actividade, incrementando o comprometimento do seu pessoal,
fornecedores e turistas, em assuntos de sustentabilidade desde a elaboração de
sua missão, objetivos, estratégias, metas, planos e processos de gestão.

16
3. METODOLOGIA DE PESQUISA

O trabalho será elaborado baseado na seguinte metodologia:

a) Revisão bibliográfica sobre os assuntos relacionados com o tema “gestão

integrada dos hoteis e guest house, com destaque para a analise de viabilidade
e sustentabilidade”. A pesquisa será realizada em páginas de internet,
bibliotecas digitais, Google books, entre outros;

b) Trabalho de campo será realizado na praia da Cidade de Maputo,

nomeadamente em Katembe, no período compreendido, entre Abril e Julho de
2022. Os dados recolhidos serão a preferência da estadia, quantidade de
individuos acomodados e formas de tratamento.

c) Tratamento dos dados utilizando um dos pacotes estatísticos disponíveis;

d) Proposta do plano de monitoria e gestão de viabilidade e sustentabilidade dos

hotéis e guest house em forma comparativa;

e) Análise, discussão dos resultados e elaboração do relatório final.

3.1. Tipos de pesquisa

Será realizado um estudo prospetivo do tipo descritivo transversal e de

abordagem quantitativa. O estudo descritivo transversal consiste em descrever o
fenómeno a ser investigado (Luna, 1996) é transversal porque será realizado em
curto período de tempo trazendo resultados em tempo oportuno.

3.2.Variáveis de pesquisa

As variáveis do estudo são:

 Idade;
 Preferencia da estadia;
 Quantidade de individuos acomodados
 Formas de tratamento;

17
  Viabilidade;
 Sustentabilidade;
 Resultados.

3.3. Métodos científicos de pesquisa

3.4. Tipos de abordagem de pesquisa

Para o desenvolvimento desta pesquisa serão aplicadas abordagens

metodológicas. A primeira abordagem será a quantitativa, que utilizará técnicas
estatísticas para traduzir em número as opiniões e informações analisadas,
quantificar os resultados gerados a partir das observações feitas nos clientes que
frequentam uma dada preferência, quantidade de individuos acomodados e
formas de tratamento. A segunda abordagem qualitativa será explicativa, pois
algumas informações a obter possam ser não quantificadas, baseando- se em
dados de texto e imagem. Sendo assim, através desta metodologia possibilitará
analisar os resultados no campo, livre das observações e tirar as conclusões
próprias.

3.5. Amostragem e tamanho da amostra

A população de estudo será constituída por visitantes do hotel e da Guest House

da cidade de Maputo e Katembe com uma estimativa de entrada diária de 120
clientes em ambos os locais.
Para o presente estudo será utilizado a amostragem não probabilística por
conveniência. Na amostragem não probabilística por conveniência as amostras
são formadas por sujeitos correntemente acessíveis, que estai presentes num
determinado local e momento (Pocinho, 2009).
O tamanho de amostra do estudo foi determinado com base na estimativa da
proporção populacional, utilizando a fórmula:

Z2  pq N
n 2
 N  1  Z 2  p  q

18
Porque a variável escolhida é nominal e a população considerada finita. Onde:
n = tamanho da amostra;
P = Proporção populacional de garrafas plásticas a recolher por dia;
Z a/2 = Valor crítico que corresponde ao grau de confiança desejado (95% = 1.96)

Z2  pq N
n 2
 N  1  Z 2  p  q

Clientes por dia

Este valor e referente a um ponto de recolha de dados.

Tabela 2: Relação entre grupos de elementos da amostra com a técnica de

recolha de dados neles aplicados

Grupo alvo Quantidade Técnica de recolha de

dados
Amostra

Total

Fonte: Autora do projecto de pesquisa (2022)

3.6. Procedimentos e instrumentos

Serão incluídos no estudo toda mulher ou homem com idade de 18 a 60 anos

com pedido de entrevista aceite.
Serão excluídos no estudo toda mulher ou homem com idade inferior a 18
anos e superior a 60 anos e sem pedido de entrevista. Também serão excluídos
os que estiverem a passar pelo local ou que não tenham frequentado um dos
locais.

19
3.7. Instrumentos e técnicas de colecta de dados

Técnica: entrevista estruturada, observação.

Instrumento: ficha de recolha de dados.

Para a realização das pesquisas serão necessário o uso de alguns

equipamentos, tais como:

 Vestuário apropriado (calças de jeans, sandálias, chapéus, luvas,

mascaras);

 Materiais (carro, máquina fotográfica, bloco de notas para o registo dos

dados).

3.7.1. Entrevista semi-estruturada

3.7.2. Questionário

3.7.3. Observação directa

Tabela 3: Funções de utilização de entrevistas

Tipo de entrevista
Estruturada Semi-estruturada Não estruturada
Controlo 
Verificação 
Função

Aprofundamento 
Exploração 
Fonte: Autora da projecto de pesquisa (2021)

20
3.8. Análise e interpretação de dados

A análise estatística dos dados quantitativos será feita com o auxílio do

pacote estatístico Microsoft excel e posteriormente apresentados em histograma.
Os dados qualitativos serão apresentados em tabelas, gráficos em forma de
redação.

Primeiro vai-se convidar as pacientes para participar do meu estudo, as que

aceitarem e assinarem o termo de consentimento serão as que irão fazer
colheita.

3.9. Considerações éticas

Antes do início de recolha dos dados, será submetida uma carta de pedido de
autorização para a direcção do Hotel que aceitar e o Guest House. Igualmente
será solicitada uma autorização por escrito ao comité de ética do USTM para a
apreciação e aprovação do protocolo e, autorização em recolha dos dados.

A participação para o estudo é voluntario e as participantes estão livres de

desistir há qualquer momento. Usar-se-á o anonimato para garantir a
confidencialidade. Não terão nenhum benefício monetário, apenas os resultados
servirão para posterior conduta, e para melhorar os procedimentos e reduzir os
gastos tanto para hotel ou para os Guest House.

Usar-se-á códigos ao invés dos nomes dos próprios clientes e estes serão
armazenados num computador em que apenas a investigadora e o supervisor
terão acesso.

3.10. Limitações da pesquisa

21
 Os resultados deste estudo serão divulgados em forma de tese de
licenciatura e terá como grupo alvo, os turistas, Ambientalistas, Ministério de
turismo e da Cultura, Conselho Municipal da Cidade de Maputo, Estudantes e
outras pessoas interessadas. Mais tarde, a pesquisa poderá ser divulgada
através de apresentação em seminários, jornadas científicas.

A limitação será por causa de transporte e acessibilidade dos locais.

22
4. CRONOGRAMA DE ACTIVIDADES DE PESQUISA
2022
Etapas/ Meses Fever Marco Abril Maio Junho Julho Agost Setem Out
o b
Fase exploratória

Elaboração do projecto

Revisão da literatura

Elaboração do questionário

Entrega do projecto de pesquisa à

USTM na Escola de Pós Graduação
Pré-teste da administração do
questionário
Recolha de dados

Análise e interpretação dos dados

Redacção do relatório final

Apresentação e defesa da
dissertação final
Fonte: Autora do projecto de pesquisa (2021)

23
 5. ORÇAMENTO DE PESQUISA

Designação Quantidade Preço Preço Total

Unitário
Alimentação
Pequeno-almoço
Almoço
Transporte
Semi Colectivo
Comunicações
Crédito da Vodacom
Equipamento
Computador
Impressora
Material de Escritório
Flash driver
CD
Resma de papel A4
Esferográficas
Bloco de notas A4
Pasta de arquivo A4
Impressão do projecto de pesquisa
Impressão de guiões de entrevista,
questionários, observações
Total - -
Fonte: Autora do projecto de pesquisa (2022)
Material de Consumo Quantidade Valor Unitário Valor Total
(unidade)
Folha de papel A4 500 0,5 250,0
Impressões 200 2,5 500,00
24
Cópias 300 1,5 450,00
Canetas esferográficas 10 12,5 125,00
Encadernação 2 58,0 116,00
Combustível 10 240,0 2400,00
Sub- total 5141,00
Material Permanente
Dispositivo de memória 3 300,00 900,00
Computador pessoal 1 ---- ---
Sub- total 900,00
Recursos Humanos
Tradutor (português- 1 1000,00 1000,00
inglês)
Revisor de texto 1 300,00 300,00
Estagiário 1 800,00 800,00
Sub- total 2100,00
TOTAL 8141,00

25
6. Referências Bibliográfica
BAHLS, Á. Hostel: proposta conceitual, análise socioespacial e do panorama atual em
Florianópolis (SC). Florianópolis: Universidade do Vale do Itajaí, 2015.

BECKER, E. J. The Proximity Hotel: A Case Study on Guest Satisfaction of Sustainable

Luxury Environments. Greensboro, NC: The University of North Carolina, 2009.

BYRD, E. T. Stakeholders in Sustainable Tourism Development and Their Roles.Tourism

Review, v. 62, n. 2. 2007.

CAMLOFFSKI, R. Análise de investimentos e viabilidade financeira das empresas. São

Paulo: Atlas, 2014.

DIAS, R. Gestão ambiental: responsabilidade social e sustentabilidade. 2. ed. São Paulo:

Atlas, 2011.

LYRA, Mariana Galvão. Porque a sustentabilidade (ainda) não é uma realidade

corporativa. 2011. Disponível em: <http://www.mundosustentavel.com.br/2011/06/porque-

a- sustentabilidade-aindanao- e-uma-realidade-corporativa> Acesso em: 15 fev. 2022.