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Se você respondeu a alternativa A como correta, você compreendeu que não se trata de
melhorar as condições do hospital psiquiátrico, nem de atenuar rupturas, nem tão pouco
de expandir a ação medicalizante. A proposta está bem especificada na primeira
alternativa.
Bibliografia
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. DAPE. Coordenação Geral de
Saúde Mental. Reforma psiquiátrica e política de saúde mental no Brasil. Documento
apresentado à Conferência Regional de Reforma dos Serviços de Saúde Mental: 15 anos
depois de Caracas. OPAS. Brasília, novembro de 2005.
Módulo 2
As oficinas terapêuticas.
A clínica e o acompanhamento terapêutico.
O acompanhante terapêutico poderia ser situado, no contexto da reforma psiquiátrica,
como um agente que permite novas formas de sociabilidade apoiadas na interação
dialógica, desenvolvendo posicionamentos que saem da interdição para assumirem a
interlocução, o livre trânsito e para reposicionar os sujeitos dentro da dimensão subjetiva,
sociocultural e histórica. Essas ações tornam o sujeito agente produtor e transformador,
mobilizando-o como protagonista do seu tratamento (Fiorati & Saeki, 2008),
As oficinas terapêuticas são uma das principais formas de tratamento oferecido nos CAPS.
Os CAPS têm, frequentemente, mais de um tipo de oficina terapêutica. Essas oficinas são
atividades realizadas em grupo com a presença e orientação de um ou mais profissionais,
monitores e/ou estagiários. Elas realizam vários tipos de atividades que podem ser
definidas através do interesse dos usuários, das possibilidades dos técnicos do serviço,
das necessidades, tendo em vista a maior integração social e familiar, a manifestação de
sentimentos e problemas, o desenvolvimento de habilidades corporais, a realização de
atividades produtivas, o exercício coletivo da cidadania.
Agora responda:
De acordo com a Portaria SNAS189 de 19 de novembro de 1991, da Secretaria do
Ministério da Saúde e tendo em vista o disposto nos artigos 141 e 143 do Decreto No.
99.244, de 10 de maio de 1990 que considera:
1. a necessidade de melhorar a qualidade da atenção às pessoas portadoras de
transtornos mentais;
2. a necessidade de diversificação dos métodos e técnicas terapêuticas, visando à
integralidade da atenção a esse grupo;
3. a necessidade de compatibilizar os procedimentos das ações de saúde mental com o
modelo assistencial proposto resolve pelo Código 846 Os Procedimentos relativos ao
Atendimento em Oficinas Terapêuticas. A partir do texto podemos afirmar que:
I ( ) A escolha das oficinas terapêuticas está ancorada na proposta de Benedetto
Saraceno, Diretor do Departamento de Saúde Mental da OMS, segundo a qual a
necessidade nos serviços de saúde é superar a ideia de modelos e trabalhar com
premissas.
II ( ) A premissa que melhor define a qualidade de um programa ou projeto em saúde
mental é a decorrente do conceito de acessibilidade, que ele assim sistematiza: geografia
local, fluxo viário, barreiras físicas, turnos de funcionamento do Serviço Único ou
Integrado, menu de programas (assistência, reinserção, lazer, hospitalidade, trabalho).
Quais afirmativas estão corretas
A I e II
B Apenas I
C Apenas II
D I e II estão incorretas.
E Apenas I está incorreta.
Ambas as alternativas estão corretas e são parte da lei.
Módulo 1
As formas de tratamento em Saúde Mental tem sido objeto de transformação ao longo do
século.O modelo manicomial de exclusão e perda da cidadania vai sendo descontruído
gradativamente. No documento apresentado à Conferência Regional de reforma dos
serviços de saúde mental em novembro de 2005 recuperamos o processo histórico da
desospitalização.O início do processo de Reforma Psiquiátrica no Brasil é contemporâneo
da eclosão do“movimento sanitário”, nos anos 70, em favor da mudança dos modelos de
atenção e gestão nas práticas de saúde, defesa da saúde coletiva, eqüidade na oferta dos
serviços, e protagonismo dos trabalhadores e usuários dos serviços de saúde nos
processos de gestão e produção de tecnologias de cuidado. Embora contemporâneo da
Reforma Sanitária, o processo de Reforma Psiquiátrica brasileira tem uma história própria,
inscrita num contexto internacional de mudanças pela superação da violência asilar.
Fundado, ao final dos anos 70, na crise do modelo de assistência centrado no hospital
psiquiátrico, por um lado, e na eclosão, por outro, dos esforços dos movimentos sociais
pelos direitos dos pacientes psiquiátricos, o processo da Reforma Psiquiátrica brasileira é
maior do que a sanção de novas leis e normas e maior do que o conjunto de mudanças
nas políticas governamentais e nos serviços de saúde. A Reforma Psiquiátrica é processo
político e social complexo, composto de atores,instituições e forças de diferentes origens,
e que incide em territórios diversos, nos governos federal, estadual e municipal, nas
universidades, no mercado dos serviços de saúde, nos conselhos profissionais, nas
associações de pessoas com transtornos mentais e de seus familiares, nos movimentos
sociais, e nos territórios do imaginário social e da opinião pública. Compreendida como um
conjunto de transformações de práticas, saberes, valores culturais e sociais, é no cotidiano
da vida das instituições, dos serviços e das relações interpessoais que o processo da
Reforma Psiquiátrica avança, marcado por impasses, tensões, conflitos e desafios. Os
principais componentes da história da Reforma Psiquiátrica no Brasil, com destaque para o
processo de delineamento progressivo da política de saúde mental do Ministério da Saúde,
alinhada com os princípios da Reforma são:
1 A crítica do modelo hospitalocêntrico (1978-1991)
A Declaração de Caracas, Venezuela, adotada pela Organização Mundial de Saúde,em 14
de novembro de 1990.
2 Início da implantação da rede extra-hospitalar (1992-2000)
3 A Reforma Psiquiátrica depois da lei Nacional (2001 -2005)
A Lei Federal 10.216 que redireciona a assistência em saúde mental, privilegiando o
oferecimento de tratamento em serviços de base comunitária, dispõe sobre a proteção e
os direitos das pessoas com transtornos mentais, mas não institui mecanismos claros para
a progressiva extinção dos manicômios.
Para a compreensão dessas formas de atendimento sugerimos que assistam os filmes:
Bicho de 7 cabeças. Ilustra o modelo manicomial.
Uma Janela para a lua. Ilustra o modelo de uma comunidade terapêutica.
Estamira. Ilustra o indivíduo portador de sofrimento psíquico intenso.
Com esse percurso histórico descrito reflita:
Na segunda metade do século XX, operaram-se importantes desenvolvimentos no tocante
à assistência à enfermidade mental. Apoiados em experiências concretas realizadas em
diversos países (como as comunidades terapêuticas na Inglaterra, a psicoterapia
institucional na França, a psiquiatria democrática na Itália, entre outros), tais
desenvolvimentos promoveram a substituição das práticas de assistência psiquiátrica
tradicional, gerando a fundação do campo da “saúde mental” e dos paradigmas
“antimanicomial” ou da “desinstitucionalização da doença mental”. Em relação a este novo
paradigma, o conjunto de princípios e procedimentos de intervenção que melhor
representa é:
A ( ) Compreensão da enfermidade mental em seu contexto sócio-político-cultural; crítica
à hegemonia do modelo médico-psiquiátrico; transformação das relações de poder entre
instituição e os sujeitos; fomentação da sociabilidade de grupo e da inclusão social;
importância do trabalho interdisciplinar.
B ( ) Desospitalização e redução do período de internação psiquiátrica; crescente
psiquiatrização dos problemas sociais; extensão e modernização da psiquiatria; expansão
da ação medicalizante; importância do trabalho interdisciplinar. A alternativa é falsa.
C ( ) Crítica ao arcaísmo do hospital psiquiátrico; instrumentalização e tecnicização das
relações humanas; Melhoria das condições materiais do hospital psiquiátrico, atenuação
da ruptura hospital-mundo exterior; racionalização administrativa e financeira dos
equipamentos de saúde.
D( ) Atenuação da ruptura hospital-mundo exterior; racionalização administrativa e
financeira dos equipamentos de saúde; instrumentalização e tecnicização das relações
humanas; redução dos problemas subjetivos à sua causalidade social; especialização das
técnicas de intervenção.
E ( ) Complementaridade entre os serviços extra-hospitalares e o hospital; difusão,
especialização e hierarquização dos serviços psiquiátricos na comunidade; expansão da
ação medicalizante; difusão capilar dos mecanismos de controle social na comunidade;
importância do trabalho interdisciplinar.
Se você respondeu a alternativa A como correta, você compreendeu que não se trata de
melhorar as condições do hospital psiquiátrico, nem de atenuar rupturas, nem tão pouco
de expandir a ação medicalizante. A proposta está bem especificada na primeira
alternativa.
Bibliografia
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.DAPE. Coordenação Geral de
Saúde Mental. Reforma psiquiátrica e política de saúde mental no Brasil. Documento
apresentado à Conferência Regional de Reforma dos Serviços de Saúde Mental : 15 anos
depois de Caracas. OPAS. Brasília, novembro de 2005.
MÓDULO 2: O ACOMPANHAMENTO
TERAPÊUTICO E AS OFICINAS TERAPÊUTICAS
As oficinas terapêuticas são uma das principais formas de tratamento oferecido nos CAPS.
Os CAPS têm, freqüentemente, mais de um tipo de oficina terapêutica. Essas oficinas são
atividades realizadas em grupo com a presença e orientação de um ou mais profissionais,
monitores e/ou estagiários. Elas realizam vários tipos de atividades que podem ser
definidas através do interesse dos usuários, das possibilidades dos técnicos do serviço,
das necessidades, tendo em vista a maior integração social e familiar, a manifestação de
sentimentos e problemas, o desenvolvimento de habilidades corporais, a realização de
atividades produtivas, o exercício coletivo da cidadania.
De um modo geral, as oficinas terapêuticas podem ser:
• Oficinas expressivas: espaços de expressão plástica (pintura, argila, desenho etc.),
expressão corporal (dança, ginástica e técnicas teatrais), expressão verbal (poesia,
contos, leitura e redação de textos, de peças teatrais e de letras de música), expressão
musical (atividades musicais), fotografia, teatro.
• Oficinas geradoras de renda: servem como instrumento de geração de renda através do
aprendizado de uma atividade específica, que pode ser igual ou diferente da profissão do
usuário. As oficinas geradoras de renda podem ser de: culinária, marcenaria costura,
fotocópias, venda de livros, fabricação de velas, artesanato em geral, cerâmica, bijuterias,
brechó, etc. (Série F. Comunicação e Educação em Saúde)
1 Portaria GM/MS 1.077, de agosto de 1999.
2 A Portaria SAS/MS nº 345, de 15/5/2002, estabelece Protocolo Único e Diretrizes
Terapêuticas para o tratamento da esquizofrenia refratária.
Na disciplina de Psicopatologia Geral temos aulas teóricas e práticas. As aulas práticas
têm início na sexta semana do curso. Essas aulas têm o objetivo de colocar o aluno em
contato com os usuários dos Serviços de Saúde Mental. Em nossa proposta de ensino
elegemos as oficinas como forma de fazer essa aproximação. Desta maneira, tanto os
alunos que desenvolvem as oficinas como os usuários em Saúde Mental são beneficiados
com o encontro.
"As oficinas terapêuticas enquanto dispositivos da atual Política Nacional de Saúde
Mental, objetivam se diferenciar das práticas antecessoras, práticas decorrentes da idéia
de estabelecer o trabalho como um recurso terapêutico, conhecido como ‘tratamento
moral’. Neste contexto, entende-se que as oficinas, não se apresentam por si só uma
forma inaugural de lidar com a loucura. A experiência do trabalho das oficinas torna-se
positiva quando uma de suas funções é também o de intervir no campo da cidadania.
Assim, atuando no âmbito social, contribui como possibilidade de transformação da
realidade atual no que diz respeito ao tratamento psiquiátrico".(Valladares,A.C.A.)
Vamos ver sua compreensão em relação ao lugar do AT na relação com o paciente.
Familiares de um paciente psicótico entraram em contato com um acompanhante
terapêutico e pediram que ele traçasse uma estratégia de tratamento para o filho de 30
anos que estava há 10 anos institucionalizado.Qual deve ser a conduta do AT?
A) Estimular os cuidados de vida diária com o paciente dentro da casa de seus
familiares.
B) Estimular as atividades de vida diária com o paciente fora do ambiente familiar.
C) Fazer passeios semanais com o paciente na cidade onde reside.
D) Trabalhar o vínculo familiar do paciente.
E) Nenhuma das Altenativas Anteriores.
F30. 0 Hipomania
Presença, além do quadro clínico descrito em F30. 1, de idéias delirantes (em geral
de grandeza) ou de alucinações (em geral do tipo de voz que fala diretamente ao sujeito)
ou de agitação, de atividade motora excessiva e de fuga de idéias de uma gravidade tal
que o sujeito se torna incompreensível ou inacessível a toda comunicação normal.
Transtorno caracterizado por dois ou mais episódios nos quais o humor e o nível
de atividade do sujeito estão profundamente perturbados, sendo que este distúrbio
consiste em algumas ocasiões de uma elevação do humor e aumento da energia e da
atividade (hipomania ou mania) e em outras, de um rebaixamento do humor e de redução
da energia e da atividade (depressão). Pacientes que sofrem somente de episódios
repetidos de hipomania ou mania são classificados como bipolares (F31. 8).
Nos episódios típicos de cada um dos três graus de depressão: leve, moderado ou
grave, o paciente apresenta um rebaixamento do humor, redução da energia e diminuição
da atividade. Existe alteração da capacidade de experimentar o prazer, perda de interesse,
diminuição da capacidade de concentração, associadas em geral à fadiga importante,
mesmo após um esforço mínimo. Observam-se em geral problemas do sono e diminuição
do apetite. Existe quase sempre uma diminuição da auto-estima e da autoconfiança e
freqüentemente idéias de culpabilidade e ou de indignidade, mesmo nas formas leves. O
humor depressivo varia pouco de dia para dia ou segundo as circunstâncias e pode se
acompanhar de sintomas ditos "somáticos", por exemplo perda de interesse ou prazer,
despertar matinal precoce, várias horas antes da hora habitual de despertar, agravamento
matinal da depressão, lentidão psicomotora importante, agitação, perda de apetite, perda
de peso e perda da libido. O número e a gravidade dos sintomas permitem determinar três
graus de um episódio depressivo: leve, moderado e grave.
F34. 0 Ciclotimia
F34. 1 Distimia
Rebaixamento crônico do humor, persistindo ao menos por vários anos, mas cuja
gravidade não é suficiente ou na qual os episódios individuais são muito curtos para
responder aos critérios de transtorno depressivo recorrente grave, moderado ou leve.
Uma mulher de 30 anos chega no PS com o resgate. O policial diz que ela foi
encontrada há pouco. Ela diz que está bem e que estava fazendo compras. Realmente há
com ela algumas notas fiscais. Diz que comprou 2 camas de casal, um fogão, três
armários, quatro bicicletas e outras coisas. Ela diz que estava precisando destas coisas
para dar para os assistidos da Comunidade que ela fundou em seu bairro. Conta que
trabalha na fábrica da “Panela de Ouro” como secretária e ganha R$ 2.000,00 mas que
terá um aumento porquê foi promovida como Diretora da fábrica e agora ganha 20.000, 00.
Comprou tudo no crediário. Chamou a atenção da Polícia o fato dela ter abordado o
capitão fazendo-lhe uma proposta de fundo erótico. No atendimento você percebeu que
ela, esta com maquiagem excessiva, diz que irá comprar mais coisas para doar aos
pobres. Você com estes dados acha que há uma patologia psíquica e espera que ela
apresente alguns outros sintomas ou que logo os terá. Por exemplo: (vale 1,0)
PSICOSES ESQUIZOFRÊNICAS
ESQUIZOFRENIA
CID 10
F-20-29
Esquizofrenia, transtorno esquizotípico e delirante.
Esquizofrenia é o mais comum e importante transtorno desse grupo.
Transtorno esquizotípico: possui muito dos aspectos característicos dos transtornos
esquizofrênicos. Estão ausentes as alucinações, os delírios e as perturbações grosseiras
do comportamento da esquizofrenia.
Transtornos delirantes a maioria não relacionado à esquizofrenia. Constituem um grupo
de transtornos heterogêneos e mal-compreendidos, que podem convenientemente ser
divididos com sua duração típica dentro de um grupo de transtornos delirantes persistentes
e um grupo de transtornos agudos e transitórios.
Esquizofrenia
Transtorno esquizotípico
Transtorno delirante: persistentes
Agudos e transitórios.
Esquizofrenia:
A- Eco do pensamento ou sonorização do pensamento: o paciente escuta seus
pensamentos ao pensa-lo. Inserção ou roubo do pensamento. Irradiação do
pensamento.
B- Delírios de controle, influência ou passividade, claramente referindo-se ao
corpo ou movimento dos membros ou pensamentos específicos, ações ou
sensações, percepção delirante. O paciente sente que uma força ou ser externo
age sobre seu corpo, sobre seus órgãos, emitindo raios, influenciando as funções
corporais. Vivências de influência sobre o pensamento referem-se à experiência de
que algo influencia seus pensamentos, recebe pensamentos impostos de fora,
pensamentos feitos postos em seu cérebro. São vivências impostas de fora.
Percepção delirante: uma percepção absolutamente normal recebe uma
significação delirante, que ocorre simultaneamente ao ato perceptivo, como uma
experiência de revelação.
C- Vozes alucinatórias comentando o comportamento do paciente ou discutindo
entre elas sobre o paciente ou outro tipo de vozes alucinatórias vindo de alguma
parte do corpo.
D- Delírios persistentes de outros tipos culturalmente inapropriados e
completamente impossíveis, tais como identidade política ou religiosa ou poderes e
capacidades sobre-humanas. Ex: ser capaz de se comunicar com alienígenas de
outro planeta, ser capaz de controlar o tempo, etc.
E- Alucinações persistentes de qualquer modalidade, quando acompanhadas
por delírios superficiais ou parciais, sem claro conteúdo afetivo.
F- Intercepção ou interpolação no curso do pensamento, resultando em discurso
incoerente, irrelevante ou neologismos.
G- Comportamento catatônico, excitação, postura inadequada ou flexibilidade
cérea, negativismo, estupor e mutismo.
H- Sintomas negativos: apatia, pobreza do discurso e embotamento ou
incongruência de respostas emocionais, usualmente resultando em retraimento
social e diminuição do desempenho social, deve ficar claro que esses sintomas
não são decorrentes de depressão ou medicação neuroléptica.
I- Uma alteração significativa e consistente na qualidade global de alguns
aspectos do comportamento pessoal, manifestada por perda de interesse, falta de
objetivos, inatividade, uma atitude ensimesmada e retraimento social.
Diretrizes diagnósticas
É o tipo de esquizofrenia mais comum no mundo. Quadro clínico dominado por delírios
relativamente estáveis, com freqüência paranóides, usualmente acompanhado por
alucinações, particularmente, auditivas, e perturbações da percepção. Não são
proeminentes as perturbações do afeto, da vontade e do discurso. Sintomas catatônicos
não são proeminentes.
Exemplos de sintomas paranóides mais comuns:
(a) Delírios de perseguição, referência, ascendência importante, missão especial,
mudanças corporais ou ciúmes.
(b) Vozes alucinatórias que ameaçam o paciente ou lhe dão ordens ou
alucinações auditivas sem conteúdo verbal, tais como assobios, zunidos ou risos.
(c) Alucinações olfativas ou gustativas, de sensações sexuais ou outras
corporais, alucinações visuais podem ocorrer, mas raras vezes são predominantes.
Neuroses
Transtornos relacionados ao estresse e somatoformes
Na CID-10 o termo neurose foi suprimido e em seu lugar encontramos a denominação
transtornos. O termo neurótico é usado ocasionalmente na CID 10. Exemplo: no título de
um grupo maior ou bloco de transtornos. “F40-48 – Transtornos neuróticos, relacionados
ao estresse e somatoformes”. A maioria dos transtornos considerados como neuroses
para quem ainda usa o conceito (psicanálise) são encontrados nesse bloco e nos
subseqüentes.
O termo psicótico foi mantido na CID 10, como um termo descritivo conveniente, seu uso
não envolve pressupostos acerca de mecanismos psicodinâmicos, indica apenas a
presença de alucinações, delírios e um número limitado de anormalidades do
comportamento (excitação psicomotora, hiperatividade, comportamento catatônico).
O termo transtorno, como vocês sabem, indica um conjunto de sintomas ou
comportamentos clinicamente reconhecíveis associado a sofrimento e interferências com
funções pessoais. (CID-10).
Passamos agora ao termo neurose.
O termo neurose foi introduzido na medicina por William Cullen (médico escocês) em
1777, em um tratado de medicina para designar afecções nervosas, sem lesão de órgão.
Em psicanálise chamamos de neurose, afecções psíquicas sem substrato anatômico
detectável, cuja sintomatologia está ligada ao conflito intrapsíquico entre idéias
fantasmáticas inconscientes, associadas ao Complexo de Édipo e às defesas que elas
suscitam.
Do ponto de vista tópico defini-se por certa diferenciação do ego.
Do ponto de vista dinâmico por uma tomada de posição do ego (sob a influência do
superego) a favor do princípio da realidade em detrimento do princípio do prazer e, de
modo geral, de todas as exigências pulsionais do Id (tendo como conseqüência o
surgimento de uma angústia de castração).
Do ponto de vista do desenvolvimento libidinal (genético), pelo acesso a uma simbolização
dos conflitos intrapsíquicos segundo um modelo edipiano.
Em 1984, Freud distingue duas ordens de fenômenos psicopatológicos: as neuroses atuais
e as psiconeuroses.
As neuroses atuais dividem-se em: neurastenia e neurose de angústia.
As causas das neuroses atuais estão vinculadas a uma disfunção sexual do sujeito,
contemporânea do distúrbio. A definição de Freud para neuroses atuais estava totalmente
de acordo, com a classificação médica da época.
A Neurastenia foi definida como uma afecção que compreende um quadro clínico centrado
na fadiga física de origem nervosa, cefaléias, etc (. O excesso de masturbação,
principalmente nos homens) seria a causa do quadro.
A Neurose de angústia foi definida pela predominância da angústia, manifestada através
de espera ansiosa crônica, acessos de angústia, etc. A causa da neurose de angústia é
um acúmulo da excitação sexual que se transforma em sintoma de forma direta, não está
presente o conflito psíquico.
Essas duas definições são vistas hoje com reservas, mas essa definição conserva seu
valor nosográfico em clínica.
Na CID 10 a classificação de neurastenia persiste e é codificada em “Outros transtornos
neuróticos – F48. 0”. Os sintomas descritos para que o diagnóstico seja realizado são:
Queixas persistentes e angustiantes de fadiga aumentada, sentimentos de dores
musculares, tonturas, perturbação do sono, incapacidade de relaxar. É um diagnóstico
difícil, podendo ser confundido com um transtorno depressivo ou um transtorno de
ansiedade.
A neurose de angustia está codificada na CID-10 como transtorno de ansiedade
generalizada. (F-41. 1). Os sintomas compreendem: queixas constantes de sentimentos
contínuos de nervosismo, tremores, tensão muscular, sudorese, sensação de cabeça leve,
palpitação, tontura e desconforto epigástrico.
Lembrem-se das equivalências. O termo neurose foi suprimido dos manuais de
classificação atuais (CID 10 e DSM-IV). Nesses manuais, encontramos o termo transtorno.
Com ressalvas, há uma subdivisão entre neuroses atuais e psiconeuroses, sendo que as
neuroses atuais são consideradas neuroses em que não há inscrição simbólica de um
conflito psíquico. Será possível?
Em Freud a classificação das neuroses sofreu alteração ao longo da elaboração da teoria,
vejam a evolução do conceito.
1915: neuroses atuais
Psiconeuroses: de transferência
Narcísicas
1924: Neuroses atuais
Neuroses
Neuroses narcísicas
Psicoses
Atualidade: Afecções psicossomáticas
Neuroses
Psicoses: Maníaca depressiva
Paranóia
Esquizofrenia
Após esse breve histórico que tem o objetivo que vocês saibam a origem do termo
neurose, a mudança de nomenclatura, o uso feito atualmente, passaremos para a
compreensão da psicodinâmica da neurose.
ESQUEMA DE COMPREENSÃO DA NEUROSE.
Freud, 1924, Artigo: Neurose e Psicose
Vamos só lembrar que o modelo básico que serve à compreensão dos fenômenos mentais
é o arco reflexo. Estímulos que vem do exterior ou do corpo iniciam um estado de tensão
que exige descarga motora ou secretória, acarretando o relaxamento. Entre o estímulo e a
descarga, contudo, trabalham forças que se opõem à tendência de descarga. A tarefa da
psicologia é estudar as forças inibidoras, sua origem e o efeito sobre a tendência à
descarga. Se não existissem essas forças que se opõem à descarga, não haveria psique,
apenas reflexos.
A psicanálise busca mais que a simples descrição de fenômenos, explica os fenômenos
mentais como o resultado da interação e da contra ação de forças, ou seja, de maneira
dinâmica.
Explicação dinâmica que também é genética, uma vez que, examina não só o fenômeno
como tal, mas também as forças que o produzem; examina os fenômenos em função de
processos de desenvolvimento, de progressão ou de regressão.
Então: Os impulsos instintivos são experimentados diretamente como energia urgente. Os
impulsos instintivos têm a tendência geral de baixar o nível de excitação pela descarga de
tensões que os estímulos excitantes produzem. Existem contra forças, que se opõem a
isso; e a luta que assim se cria constitui a base do reino dos fenômenos mentais.
Na neurose há um conflito entre as demandas pulsionais do Id e as exigências do
Superego. Com um ego forte que suporta o conflito e tenta resolvê-lo graças aos
mecanismos de defesa. O ego mantém contato com a realidade externa. O neurótico
percebe os sintomas, critica sua irracionalidade e não consegue fazê-los desaparecer.
Sente-os como estranhos, sofre e procura ajuda para suprimir os sintomas. Também por
isso dizemos que são ego-distônicos.
Repetindo o que dissemos: em todos os sintomas neuróticos alguma coisa acontece que o
paciente experimenta como estranho ou ininteligível, essa “alguma coisa” pode ser,
movimentos involuntários, outras alterações das funções corporais e várias sensações,
como ocorre na histeria, uma emoção ou um estado esmagador e injustificado (depressão
ou ansiedade) ou impulsos, ou idéias estranhas- compulsões e obsessões. Todos os
sintomas dão a impressão de algo que parece irromper na personalidade, vindo de uma
fonte ignorada. Os sintomas transtornam a continuidade da personalidade. O sintoma está
fora do reino da vontade consciente.
As dificuldades produzidas pelas neuroses aparecem essencialmente no campo das
relações sociais e afetivas. O paciente vai exprimir queixas do tipo: distúrbios das grandes
funções fisiológicas, tais como, apetite, sono, sexualidade. Vai ainda, trazer queixas como
um estado de ansiedade crônica. Vai se queixar de vivência depressiva profundas com
ausência de interesse. Vai se queixar de tristeza, emotividade, de ter reações agressivas
sem causa aparente. Vai ter queixas corporais com uma atenção exagerada às
manifestações do próprio corpo. Lembre-se que esses sintomas são plenos de sentido e
devem ser considerados pelo terapeuta, que através do trabalho analítico, vai trilhar um
caminho de busca de sentido. Não se esqueçam que o homem é sempre o remédio do
homem.
a) Neurose histérica
b) Transtorno do pânico
c) Agorafobia
d) Transtorno de ansiedade generalizada
e) Transtorno dissociativo
Módulo 5
Transtornos de personalidade:Histriônico, dependente, borderline, esquizóide,
paranóide, anti-social (sociopata),impulsivo, obsessivo, ansiosa, esquizotípico,
narciso.
Transtornos de Personalidade
Artigo de João Sérgio Siqueira Telles
Observando a classificação dos transtornos de personalidade oferecida pela DSM4 (1),
com facilidade chegamos à conclusão que eles abrangem praticamente todas as
modalidades do comportamento humano. Os transtornos de personalidade, e é também a
própria DSM4 quem o afirma, se fundem por um lado com o comportamento dito
"normal" e por outro com a doença: " (...) considerando tais patologias pelo que chama
de "perspectiva dimensional", seria possível vê-las como variações mal-adaptativas de
traços de personalidade que - por um lado - imperceptivelmente se fundem uns com os
outros e com a normalidade, e, por outro, como disfunções da personalidade num
continuum com os transtornos gerais do Eixo I" .
Por isso mesmo, por ser um diagnóstico que tenta descrever distúrbios psíquicos que se
colocam num espaço entre o "normal" e o "patológico", o diagnóstico de "transtorno de
personalidade" não é de fácil aplicação. Mais do que qualquer outra patologia mental,
eles nos colocam as complexidades inerentes do diagnosticar em psiquiatria, desvelando
a responsabilidade social deste ato, no qual está implícito o exercício de um poder. São
problemas para os quais devemos ter a maior atenção, desde que fomos para eles
alertados por Foucauld (2).
Darei aqui uma notícia de como a psicanálise encara os "transtornos de personalidade",
os quais chamamos de "transtorno de caráter". Em seguida me deterei naquele tipo de
distúrbios mais ligado às atuações e à deliquência e, finalmente, farei alguns
comentários sobre o que se convenciona chamar "novas formas de subjetivação", que
poderiam ser enquadradas dentro dos "transtornos de caráter".
Para melhor falar dos "transtornos de personalidade", vamos voltar um passo atrás e nos
perguntar o que é a "personalidade".
Fenichel (3) diz que o caráter ou a personalidade é o modo habitual de conduta de uma
pessoa. Essa conduta, por sua vez, é a resultante final de uma série de complexas
operações referentes aos modos habituais de adaptação do ego ao mundo externo, ao id
e ao superego.
Assim, a personalidade, o caráter, a conduta são todos aspectos ligados ao ego, são
resultantes de sua impossível tarefa de se equilibrar entre as exigências de três senhores,
o id (impulsos internos), o super-ego (exigências morais) e a realidade.
Por dizerem respeito ao funcionamento do ego, os transtornos de caráter não foram
matéria de especial interesse para Freud, que se dedicava mais ao mapeamento e
descrição do inconsciente. Mesmo assim, eles fez as primeiras descrições do quadro. Já
em 1905, em "Três ensaios sobre uma teoria da sexualidade"(4) diz ele: "O que
descrevemos como o 'caráter' de uma pessoa é construído em grande parte com um
material de excitações sexuais e se compõe de instintos que foram fixados desde a
infância, de construções alcançadas por meio da sublimação, e de outras construções,
empregadas para eficazmente conter os impulsos perversos que foram reconhecidos
como inutilizáveis. A disposição sexual perversa multiforme da infância pode assim ser
considerada a fonte de várias de nossas virtudes, na medida em que, através da
formação reativa, estimula o desenvolvimento delas".
Em 1913, descreve o "A Disposição à Neurose Obcessiva" (5), em torno de três traços
do caráter do obcessivo - ordem, economia e obstinação. O que fica claro aí é a
existência de diferentes processos na instalação da neurose e na formação ou no
transtorno do caráter. Diz Freud: "No campo do desenvolvimento do caráter, estamos
sujeitos a encontrar as mesmas forças instintuais que encontramos em operação nas
neuroses. Mas uma nítida distinção teórica entre as duas se faz necessária pelo único
fato de que o fracasso da repressão e o retorno do reprimido - peculiares aos
mecanismos da neurose - acham-se ausentes na formação do caráter. Nesta a repressão
não entra em ação ou então alcança sem dificuldades seu objetivo de substituir o
reprimido por formações reativas e sublimações. Daí os processos da formação de
caráter serem mais obscuros e menos acessíveis à análise que os neuróticos".
Posteriormente, com a Segunda Tópica, Freud revê a formação do carater à luz de suas
descobertas sobre a melancolia. Diz: "Alcançamos sucesso em explicar o penoso
distúrbio da melancolia supondo [naqueles que dele sofrem] que um objeto que fora
perdido foi instalado novamente dentro do ego, isto é, que uma catexia de objeto foi
substituída por uma identificação. Nessa ocasião, contudo, não apreciamos a
significação plena desse processo e não sabíamos quão comum e típico ele é. Desde
então viemos a saber que esse tipo de substituição tem grande parte na determinação da
forma tomada pelo ego, e efetua uma contribuição essencial no sentido a construção do
que é chamado de seu 'caráter'.(...) De qualquer maneira, o processo, especialmente nas
fases primitivas de desenvolvimento, é muito frequente, e torna possível supor que o
caráter do ego é um precipitado de catexias objetais abandonadas e que ele contem a
história dessas escolhas de objeto". (6)
Assim, do ponto de vista analítico, o que marcaria uma grande diferença entre os
transtornos de personalidade (ou de caráter) e os demais quadros, é que, nestes
distúrbios, o conflito inconsciente, ao invés de ser reprimido e retornar como sintomas
psíquicos, ele produz uma formação reativa que vai alterar o ego, que passa a ter
determinadas características específicas, sem que isso necessariamente traga angústia ou
seja vivido como patológico, desde que estas alterações são, na maioria das vezes, ego-
sintônicas.
Assim, com a descrição do "caráter", passamos a entender que o caráter é, ele mesmo,
um "transtorno", pois constatamos que determinados padrões de conduta na vida diária
têm origem defensiva, seriam uma adaptação aos conflitos inconscientes, uma tentativa
de resolvê-los do melhor modo possível. Essa alteração no ego poderá apresentar duas
possibilidades. Ou vai favorecer a descargas pulsionais, quando teremos carateres
"sublimados" ou vai impedir tais descargas, quando teremos carateres "reativos" (os
evitatórios, que gerarão quadros fóbicos, ou os opositores, que gerarão quadros
obcessivos com formações reativas). Tais alterações no ego o rigidificam, tirando-lhe
toda flexibilidade e a liberdade.
Fenichel organiza os transtornos de personalidade em três categorias: a) os decorrentes
de uma conduta patológica frente ao id (frigidez e pseudoemotividade, defesas contra
angústia, racionalização, idealização, traços anais, orais, fálicos, uretrais, castração,
caráter fálico e genital), b) os decorrentes de uma conduta patológica frente ao superego
(defesas contra culpas, masoquismo moral, dom juanismo, falta aparente de sentimento
de culpa, criminalidade e má identificação, atuação, neurose de destino) e c) os
decorrentes de uma conduta patológica frente a objetos externos (fixações em etapas
prévias do amor, inibições sociais, ciumes, ambivalência, pseudo sexualidade).(3)
São praticamente os mesmos distúrbios descritos na DSM4, reorganizados dentro do
referencial psicanalítico. Vemos, como naquela outra classificação, que neste grande
grupo de transtornos temos aqueles que se aproximam bastante dos padrões tidos como
"normais", assim como aqueles que se afastam mais significativamente.
Dentre estes últimos vamos ver aqueles que se caracterizam pelo comportamento
atuador e delinquencial, que podem chegar eventualmente ao comportamento
francamente criminoso. Estes pacientes não têem capacidade de viver o conflito de
forma autoplástica, quer seja com a produção de um sintoma psíquico, quer seja como
uma alteração em seu ego. Eles lidam com seu conflito de forma aloplástica, fazendo
sofrer aqueles que lhe estão próximos.
Nesta forma aloplástica de lidar com o conflito, eles se expressam em condutas que na
grande maioria das vezes infringem a lei, o que evidencia um contato precário com a
realidade, pois não devemos esquecer que a realidade não se impõe por si, não é uma
mera questão de percepção. A realidade decorre das redes simbólicas e imaginárias que
lançamos sobre o real. No que diz respeito ao ser humano, isso se dá através do
Complexo de Édipo, que constitui o aparelho psíquico propriamente dito, a
subjetividade, a estruturação do sujeito.
A ética da psicanálise, como diz Lacan (7), é proporcionar ao sujeito o acesso a seu
próprio desejo, dado que até então estava ele estruturalmente alienado no desejo do
Outro. Tal acesso, entretanto, implica no reconhecimento das dificuldades para realizar
este desejo. É importante que o sujeito se dê conta de suas fantasias onipotentes que o
fariam crer que seu desejo poderia ser concretizado sem maiores esforços, sem que a
realidade impuzesse seus inevitáveis impedimentos. Somente se dispondo a lutar dentro
da realidade é que o sujeito poderá realizar seu desejo.
Devemos lembrar que o desejo mais primitivo, mais central é aquele de retornar a uma
fusão com a mãe, numa relação de completude narcísica sem nenhuma falha. Este
desejo será ressignificado através da organização do complexo de castração e do
complexo de édipo. Para tanto a função paterna é fundamental. É ela que vai exercer a
instauração da lei, o que vai se opor ao gozo do corpo da mãe. Sem isso, o desejo não se
organiza e o princípio da realidade não vigora. Ao ser exercida a castração simbólica, a
lei se instala e dá acesso à possibilidade de subjetivação, na medida em que corta a
simbiose fusional criança-mãe, estabelece a perda do objeto e a possibilide de
representá-lo, instaura o simbólico e a possibilidade de contato com a realidade.
Esse processo não se organiza para os psicóticos, que continuam no gozo do corpo da
mãe, tendo portanto vetado o acesso à própria subjetivação e à realidade. Os neuróticos
e os "normais" atravessam a castração simbólica. Os perversos fazem uma monobra
onde a castração é simultaneamente reconhecida e negada (denegação). Desta forma, a
lei é driblada, quer seja na fantasia, ligando-se ao mundo interno e às identificações
sexuais, quer seja na conduta, o que leva a afrontar diretamente outras leis, agora as leis
que regem a convivência social. São estes os "sociopatas", os que praticam
delinquências e crimes.
De modo geral, podemos dividir os atuadores delinquentes em dois grandes grupos:
aqueles que seriam os efetivos sociopatas e aqueles que se aproximariam dos
"criminosos em consequência de um sentimento de culpa", descritos por Freud (8). Os
primeiros são os que não estabelecem uma identidade com os meios de adaptação
construtivos e socialmente úteis, não conseguem desenvolver os controles que permitem
adiar a realização do desejo dentro da realidade, não conseguem reprimir a
agressividade. Haveria uma dificuldade no estabelecimento da lei, da castração
simbólica, o que levaria a falhas na formação do superego ou do ideal do ego, ligadas a
falhas identificatórias com o genitor do mesmo sexo, traumas por graves carências
afetivas em fases primitivas, impossibilidade de metabolizar tensões a nível psiquico, o
que libera um arcaico movimento de descarga motora, fora do simbólico.
Nos segundos, os "criminosos em consequência de um sentimento de culpa", um
patológico sentimento de culpa, devido a um super-ego sádico, os leva a ter
determinadas condutas que desencadeiam punições as mais variadas, inclusive as legais,
como na situação citada por Freud, o assassino que mata para ser preso e punido. A
punição provocada por eles mesmos daria um alívio para os insuportáveis sentimentos
de culpa.
Platão, citado por Freud (9), diz que que o homem virtuoso se contenta em sonhar
aquilo que o homem perverso realmente executa. Ou seja, os desejos inconscientes
comuns a todos estão repletos de fantasias de assassinato e incesto, como se
evidenciam, por exemplo, no complexo de Édipo. A grande diferença entre o "homem
virtuoso" e o "homem perverso" é que no primeiro tais desejos são reprimidos pelo
superego e sublimados seguindo as exigências do ideal do ego, coisa que não acontece
no segundo, cujo aparelho psiquico apresenta falhas nestas duas instâncias, devido a
graves distúrbios no relacionamento com as figuras primárias.
Jean Michel Labadie, citado por Chartier, observa como é curiosa a atitude do analista
frente a criminalidade.Em sua opinião, os analistas, "grandes profissionais da violência
interna", se desinteressaram dos criminosos porque o crime sexual e sangrento está no
próprio cerne de suas concepções originárias da neurose. Assim o analista tem muito
mais contato com as fantasias agressivas, homicidas do que com aqueles que
efetivamente executam estas fantasias. (10). De fato, o tratamento do delinquente é algo
inabordável pela psicanálise clássica, o que não impede que alguns procurem adaptar os
preceitos analíticos a este dificil tipo de paciente.
Abordarei agora o que muitos chamam de "novas formas de subjetivação", que
poderiam ser entendidas como novos transtornos de caráter, como as personalidades
borderline ou narcísicas. Essa possibilidade de aparecerem novas "formas de
subjetivação", com subsequentes novas patologias, não é propriamente uma novidade,
se lembrarmos que já Fenichel, há muitos anos, dizia que a incidência dos transtornos de
caráter pareciam prevalescer sobre as neuroses, fato que atribuia - tal como fazemos
agora - às mudanças sócio-culturais que levavam a alterações nas formas sintomáticas
por uma diminuição da repressão. Diz ele: "Atualmente desaparece a diferença entre
sintoma e personalidade, atualmente os transtornos são mais pervasivos, menos
definidos, muitas vezes mais incômodos para as pessoas próximas de quem os sofre do
que propriamente para as próprias. A fórmula segundo a qual 'o que foi reprimido
irrompe sob uma forma estranha ao eu' deixou de ser válida, porquanto a forma,
frequentemente, nao é estranha ao ego, ao ponto que o fracasso da defesa é menos
manifesto, frequentemente, que a elaboração da mesma"(11). p. 519
Birman, enfoca as novas subjetivações em torno da chamada "cultura do narcisismo",
como vista por Lasch, ou da "cultura do espetáculo" descrita por Debord, onde um ego
inflado, em exclusivo auto-centramento, procura uma estetização de si mesmo, ignora o
outro. A alteridade deixa de existir como um valor, exceto o de uso para
engrandecimento do próprio ego. A mídia teria importância na medida em que
proporciona um culto à imagem e à aparência, criando um lugar onde todos querem
estar endeusados e engrandecidos.
As "depressões", "síndromes do pânico" (essas duas grandes vedetes dos consultórios
atuais) e as toxicomanias decorreriam da frustração narcísica. A necessidade de manter
a satisfação narcísica alimentaria o narcotráfico e a própria ênfase atual da psiquiatria na
farmacologia, a seu ver, seria uma contrapartida, um movimento próximo ao do
narcotráfico, por enfatizar a crença na possibilidade de ter rápidas e fáceis satisfações
químicamente condicionadas, ignorando a importância do mundo simbólico do paciente
(12).
Vejo a grande incidência dos distúrbios narcísicos atuais de uma forma um tanto
diferente. Se entendemos o narcisismo como o momento de fusão com o objeto
primário, as disfunções narcísicas apontam para a existências de sujeitos nos quais a
castração simbólica não operou adequadamente, deixando-os permanentemente numa
atitude de adição frente a suprimentos narcísicos dos quais não podem abrir mão, sem
os quais não podem subsistir. Esses suprimentos narcísicos poderão ser fornecidos pela
droga ou pelo outro, ao qual há uma aderência, uma dependência fusional pouco
reconhecida.
Nesses casos não há o reconhecimento de uma efetiva alteridade, pois o sujeito não se
discrimina inteiramente do objeto, está nele entranhado sem o reconhecer e sem se
reconhecer. Aparentemente ele "usa" o outro, na verdade ele necessita vitalmente deste
outro, não poderia existir sem ele.
Poderíamos pensar o que levaria ao aparente aumento desta patologia. Seria - como
muitos dizem - a decadência do nome-do-pai, da lei, o que resultaria numa castração
simbólica evitada? Estaria isso ligado à constatação de uma generalizada
desorganização familiar, quer seja através da aceitação social cada vez maior do
divórcio nas sociedades do primeiro mundo, quer seja pela desagregação condicionada
pela miséria econômica vivenciada nos confins do império global, como é nosso caso?
O fato é que em ambas situações a família não estaria mais exercendo sua função
primordial de lugar onde se estrutura a subjetividade, onde se constitui o sujeito
humano, onde a função materna e a função paterna tomam corpo e são exercidas,
proporcionando as matrizes identificatórias essenciais, mediando os padrões culturais da
sociedade para as novas gerações.
Esse mundo da patologia narcísica é alimentado pela midia e pela sociedade do
consumo. A mídia, especialmente a toda-poderosa televisão, nos bombardeia
initerruptamente com imagens de sucesso sexual e financeiro, mostrando um novo
olimpo, onde desfilam os atuais deuses cheios de beleza, juventude, dinheiro e fama.
Ela promete a acesso a este olimpo, desde que sigamos suas instruções de consumo,
insistemente propagadas através da publicidade. Isso tem um efeito altamente nocivo.
Sabemos que a publicidade em si é enganosa, é uma falácia. Para vender seu produto,
apela para a fantasia de todos, promete a realização de secretos desejos inconscientes.
Sabemos de tudo isso, mas, como diz Mannoni (13), "mesmo assim", seguimos as
instruções de consumo, na impossível esperança de atingir o paraíso prometido. Quando
se esgota a denegação e a realidade se impõe, resta apenas uma grande frustração com
as promessas não cumpridas, um aumento das feridas narcísicas, um imenso incremento
da inveja frente aos felizes habitantes do olimpo.
Dizendo de outra forma, a televisão impõe padrões narcísicos absolutamente
irrealísticos veiculados massivamente através da publicidade, frente aos quais todos nós
reagimos desenvolvendo uma forma de pensar perversa, como disse Mannoni..
Frente ao narcisismo inevitavelmente ferido pela realidade, só restam duas alternativas.
A primeira é tentativa desesperada de restaurá-lo, numa insana procura de subsídios
narcísicos. Drogas, relações fusionais, negação da alteridade, intolerância, projeção do
insuportável, o querer acreditar que tudo se resolve facil e rapidamente. Às vezes me
parece que a psiquiatria, como diz Birman, talvez inadvertidamente, entre por esta via,
acreditando tudo poder fazer com as drogas, dispensando a dimensão humana, subjetiva,
simbólica do paciente. A segunda é a que a psicanálise oferece, indo na contra-mão do
espírito do tempo, nadando contra a atual maré. É proporcionar o confronto com a
inevitável ferida narcísica da castração, única via para uma integração maior do
psiquismo e um contato mais efetivo com a realidade interna e externa de cada um. Não
deve nos produzir muita admiração, constatar que os compradores de ilusão, e eles são
legião, não se interessam muito por tal mercadoria.
1) Segundo a DSM4, os transtornos de personalidade estão assim classificados:
A- os que parecem "esquisitos ou excêntricos": 1)Paranoide (padrão de desconfianças e
suspeitas, os motivos dos outros são interpretados como malévolos), 2) Esquizóide
(padrão de distanciamento dos relacionamentos sociais, faixa restrita de expressão
emocional), 3) Esquizotípica (padrão de desconforto agudo em relacionamentos
íntimos, distorções cognitivas, perceptivas e comportamento excêntrico);
B - os que parecem "dramáticos, emotivos e erráticos": 4) Personalidade anti-social
(padrão de desconsideração e violação dos direitos dos outros)
5) Personalidade borderline (padrão de instabilidade nos relacionamentos
interpessoais, auto-imagem e afetos, aliados a impulsividadse), 6) Personalidade
histriônica (padrão de excessiva emotividade e busca de atenção), 7) Personalidade
narcisista (padrão de grandiosidade, necessidade de admiração e falta de empatia);
- C - os que parecem ansiosos e medrosos: 8) Personalidade esquiva (padrão de inibição
social, sentimentos de inadequação e hipersensibilidade a avaliações negativas, 9)
Personalidade dependente (padrão de comportamento submisso e aderente, relacionado
com excessiva necessidade de proteção), 10) Personalidade obcessiva-compulsiva
(padrão de preocupação com organização, perfeccionismo e controle) e 11)
Personalidade sem outras especificações (quadros mistos).
Agora responda.
A questão do consumo de drogas ocupa lugar de relevância no contexto dos Juizados da
Infância e da Juventude tanto pelos prejuízos pessoais sofridos pelos jovens usuários
quanto pelos desdobramentos legais em termos de envolvimento em atos infracionais.
Com relação à dependência química, pode-se afirmar que:
(A) trata-se de quadro com aspectos físicos e/ou psíquicos que se instala ao término das
fases de abstinência e tolerância.
(B) a dependência caracteriza-se pela necessidade de consumo da substância
entorpecente, não importando os meios para obtê-la.
(C) a ocorrência de transtornos do pensamento e da percepção decorre de um quadro
psiquiátrico latente, cuja manifestação é desencadeada pela droga.
(D) reserva-se esta definição para as substâncias ilícitas, sendo o uso indevido de
substâncias lícitas classificado como “uso abusivo”.
(E) o tratamento em grupos de mútua ajuda contra-indica o uso de psicofármacos no
tratamento da dependência.
O ESTADO CREPUSCULAR
Nos estados crepusculares exógenos, como nos estados crepusculares epilépticos e de
outra origem, verifica-se um estreitamento do campo da consciência, porém essa
diminuição perceptiva não é fundamentalmente do tipo da obnubilação, senão derivada de
uma situação interna psíquica, super saturada afetivamente, que deforma o percebido,
centrando o foco de atenção sobre uns poucos objetos e não se desviando deles. A carga
afetiva dominante pode ser de angústia, medo ou raiva decorrendo disso atos impulsivos
violentos, como fugas desenfreadas ou atos bruscos de agressão. Muito freqüentemente o
estado crepuscular adquire o caráter de uma terrível agitação, com marcada
periculosidade. Sua apresentação é às vezes repentina e pode ceder também de maneira
brusca. A duração do estado crepuscular é muito variável desde minutos até horas, e em
raros casos de dias inteiros.
OBNUBILAÇÃO DA CONSCIÊNCIA
A obnubilação da consciência forma parte das síndromes de cada um dos quadros das
reações exógenas. Está presente em quase todos os episódios agudos das psicoses
sintomáticas, porém em algumas delas forma o componente principal da reação
psicopatológica. Seus graus variam dentro de limites muito amplos, desde uma simples
dificuldade de percepção do mundo externo até o coma. Subjetivamente é vivenciado pelo
paciente como uma tendência a deixar-se dormir, desinteresse e dificuldade de percepção,
compreensão e associação. Os casos mais leves caracterizam-se por labilidade e fadiga
da atenção, sendo necessário estimular o paciente freqüentemente caso desejemos
manter contato com o doente. A percepção e a identificação são imprecisas e não deixam
marcas, sendo esta umas das razões das amnésias lacunares que podem ficar como
resíduo da obnubilação. A compreensão é lenta e a dificuldade é proporcional a
profundidade do transtorno, por isto o paciente não consegue associar idéias e a iniciativa
e produtividade psíquica estão quase nulas. Diante de todas essas dificuldades o
obnubilado tende a não compreender o ambiente, fica adormecido, porém com fortes
estímulos pode-se estabelecer contatos momentâneos com ele.
TRATAMENTO GERAL DAS PSICOSES SINTOMÁTICAS.
Sendo os tipos de reações exógenas ou psicoses sintomáticas, conseqüência direta de
uma enfermidade orgânica, é o tratamento desta que levará a desaparição da psicose.
Como tratamento específico da síndrome psicopatológica pode ter eficácia a administração
de vitamina B1 e B6 em doses elevadas duas vezes ao dia.
A SÍNDROME PSICOORGÂNICA
Quando no cérebro produzem-se alterações anatomopatológicas, a síndrome resultante é
chamada psicose orgânica, e o quadro clínico é distinto se as lesões são difusas e
generalizadas ou estão localizadas e afetam zonas circunscritas do cérebro. Na síndrome
psicoorgânicas os transtornos de memória são muito chamativos. O quadro clínico
distingue três grupos de alterações: das funções intelectuais, da afetividade, da conduta e
do caráter.
FUNÇÕES INTELECTUAIS – Memória apresenta todas as possíveis variantes de
alteração, desde o mero esquecimento de nomes de pessoas até amnésias lacunares ou
profundas. Atenção: lábil, com rápida fadiga, o que impede a concentração, o paciente não
escuta, se distrai com facilidade. A orientação pode estar alterada por conseqüência da
amnésia de fixação. Inteligência diminuída. Perda da capacidade de abstração.
TRANSTORNOS DA AFETIVIDADE – Se altera o estado fundamental de ânimo, que
adota um colorido variado desde a euforia até a depressão. É freqüente o matiz
hipocondríaco da depressão
TRANSTORNOS DO CARÁTER E DA CONDUTA – Se combinam com os sintomas
descritos. O doente evolui para uma caricatura de sua personalidade anterior, acentuando-
se todos os seus defeitos de caráter (torna-se egoísta, avaro, irritável, agressivo) e por
isso e pela falta de crítica e carência de inibições pode apresentar sérios transtornos de
conduta como agressões, furtos, atentados sexuais, etc. que impedem muitas vezes a
convivência social e exige internação.
PSICOSES NOS TUMORES INTRACRANIANOS
Nos tumores intracranianos produzem-se duas síndromes psiquiátricas, uma do tipo geral
devido à hipertensão intracraniana e outra que depende da localização do tumor, tendo,
pois o caráter de síndrome focal.
SINTOMAS PSÍQUICOS DA HIPERTENSÃO INTRA CRANEANA
A hipertensão intracraniana tem uma sintomatologia psíquica que acompanha e em
ocasiões precede a sua sintomatologia somática, sendo a combinação das duas que
orienta o diagnóstico.
SINTOMAS CARDINAIS da hipertensão intracraniana: fundo de olho, edema com estasis
papilar e posterior atrofia, com a correspondente perda da agudeza visual. Cefaléia intensa
e localizada, cujas exacerbações acompanham-se de náuseas e vômitos.
SINTOMAS PSÍQUICOS: os mais freqüentes são o torpor e lentidão intelectual com ligeira
inibição da psicomotricidade. O paciente move-se pouco, lentamente e fala pausadamente.
Dificuldade de compreensão, labilidade da atenção. Não há amnésia e a desorientação é
do tipo apático. Os sintomas variam de um dia para outro em intensidade
SINTOMAS PSÍQUICOS DE LOCALIZAÇÃO
O lugar do tumor faz variar a sintomatologia psíquica, sendo um elemento importante para
presumir a localização do mesmo.
TUMORES FRONTAIS-Os transtornos da afetividade são os mais chamativos -
depressão-euforia. É mais freqüente a euforia que é pouco adequada as circunstâncias.
TUMORES TEMPORAIS – Afetam a área da linguagem, sendo a sintomatologia dessa
índole mais intensa no hemisfério esquerdo do que do direito. Existem tumores temporais
que cursam sem sintomas neurológicos e sua sintomatologia psíquica mimetiza qualquer
psicose endógena. Essas formas são as que provocam erros diagnósticos fatais.
TUMORES OCCIPTAIS – Sintomas psíquicos inespecíficos de deterioração: diminuição da
capacidade intelectual, depressão e amnésia de fixação, levando o doente a suprir a falta
de memória com a fabulação.
TRANSTORNOS PSÍQUICOS DOS TRAUMATISMOS CRANIANOS
Nos traumatismos cranianos temos que distinguir duas classes completamente diferentes
de síndromes psíquicas: uma devido ao traumatismo e seus efeitos físicos, com a
correspondente alteração funcional dos neurônios. Outra devido ao impacto psíquico do
acidente e suas conseqüências. Esta segunda síndrome é estudada entre as neuroses
traumática. Deteremos-nos agora na síndrome fisiopatológica ainda que em muitos casos
ambas as síndromes estão combinadas. As síndromes traumáticas cerebrais dividem-se
em agudas - de apresentação imediata depois do trauma, com ou sem perda total da
consciência, de breve duração e geralmente de recuperação total. E crônicas em que por
existir lesões neuronais irreversíveis uma vez cessando os sintoma da fase aguda (durante
a qual é muito difícil prever a cronificação dos sintomas), persistem sintomas do tipo
demencial orgânico de diversas índoles.
SÍDROMES AGUDAS E SUBAGUDAS
-ESTADO CREPUSCULAR TRAUMÁTICO
ESTUPOR TRAUMÁTICO
-COMOÇÃO CEREBRAL
COMA TRAUMÁTICO
ESTUPOR PÓS-TRAUMÁTICO
DELIRIUM PÓS-TRAUMÁTICO
PSICOSES EM OUTRAS ENFERMIDADES CEREBRAIS
CORÉA DE HUNTINGTON
ESCLEROSE MÚLTIPLA
ENFERMIDADE DE WILSON ATAXIA DE FRIEDREICH
PSICOSES SIFILÍTICAS
PSICOSES DA VELHICE: ARTERIOESCLEROSE
DEMENCIA SENIL
ENFERMIDADE DE ALZHEIMER
DOENÇA DE PICK
Bibliografia:
DALGALARRONDO, P. (2000). Psicopatologia e Semiologia dos Transtornos
Mentais.
Porto Alegre: Artes Médicas. Cap. 35. P.226 a 236.