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ONDE E AONDE

Muitas palavras ou expressões da Língua Portuguesa


causam dúvidas ao falante, “onde” e “aonde” são
exemplos disso. Isso acontece porque a língua
coloquial é uma variante espontânea, que não se
detém ao uso das regras, sendo utilizada em
situações informais.
Quando o contexto pede formalidade, seja na
escrita ou na fala, o adequado é usar a língua culta,
que é regida pela gramática normativa (padrão da
língua). Entretanto, muitas pessoas desconhecem as
regras da norma culta e, por isso,
utilizam onde e aonde sem o menor critério. Sendo
assim, para não ocorrer “problema”, é preciso
conhecer as regras para poder utilizá-las.
2 - A função sintática do relativo “onde” é sempre de
adjunto adverbial de lugar, portanto, muito cuidado com o
uso indiscriminado dessa palavra. É um absurdo, mas ela é
tida como “coringa” para muitos, quando não se sabe que
relativo utilizar, eis que surge a “palavrinha mágica”,
como se essa possuísse múltiplas funções. Cuidado!
Atente para isso, sua função é de adjunto adverbial de
lugar, portanto, só deve ser utilizada nesse caso;

3 - Os verbos que devem ser utilizados ao lado da


palavra “onde” ou no contexto em que esse termo
aparece são os que indicam estado ou permanência.
Veja alguns exemplos:

 Não sei onde estou.


 Moro na rua onde fica o SAMU.
 Onde coloquei o celular?
4 - Aonde é um advérbio, entretanto não deve ser
utilizado quando a ideia for de lugar, no sentido de
localização, mas quando transmitir a ideia de movimento.
Portanto, preste atenção aos verbos, pois osque indicam
movimento, tais como: ir, chegar, dirigir, entre outros, pedem o
uso de “aonde”.

A gramática normativa orienta o uso de “onde” e de “aonde”


conforme descrito acima, entretanto, na linguagem coloquial, não
há essa preocupação e essas palavras são usadas na maioria das
vezes como sinônimas. A seguir, acompanhe três estrofes da
música “Onde você mora” cantada pelo grupo Cidade Negra e
perceba como o advérbio foi utilizado.

“Cê vai chegar em casa


Eu quero abrir a porta
Aonde você mora?
Aonde você foi morar?
Aonde foi?

Não quero estar de fora


Aonde está você?
Eu tive que ir embora
Mesmo querendo ficar
Agora eu sei

Eu sei que eu fui embora


Agora eu quero você
De volta pra mim”
Na canção, o eu-lírico (a voz que fala no poema), depois de abandonar o ser amado, percebeu
o erro que cometeu, querendo-o de volta. Como não sabe de seu paradeiro, ele começa a se
perguntar, utilizando várias vezes o advérbio “aonde”. Como foi explicado, de acordo com a
gramática normativa, não se utiliza “aonde” junto a verbos que indiquem localização ou
permanência (o verbo morar deve ser incluído à lista).

Analisando a canção tendo como guia a norma culta, percebe-se que houve transgressão,
entretanto, linguisticamente, não houve, já que a linguagem utilizada é a coloquial e o
contexto é informal. Alguns podem pensar que sendo assim não há necessidade de conhecer a
regra. Cuidado! Lembre-se de que transgredir por opção é diferente de transgressão por
desconhecimento, ou seja, conhecer as regras é imprescindível, porque só assim o falante
será livre para escolher utilizá-las ou não, dependendo do contexto, do interlocutor, da
intenção etc.
 Desenvolvimento sustentável: a preocupação com o meio ambiente ganha cada
vez mais força no mundo atual;
 Falta de recursos naturais: a água e as florestas são exemplos de recursos que
estão se esgotando em uma velocidade alarmante;
 Intolerância religiosa: por mais que o Brasil seja um estado laico, presenciamos
vários atos de preconceitos religiosos;
 Tráfico de drogas: tema trágico que continua crescendo;
 Violência urbana: ações desprezíveis, mas que são comuns no cotidiano brasileiro.

1) Estão corretas as proposições menos:

a) Aonde você quer ir?


b) O casal foi visitar a cidade onde moraram
durante dois anos.
c) Onde você ficou durante a festa?
d) Aonde os meninos vão com tanta pressa?
e) Eu ainda não sei onde vou nas minhas
férias.

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