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Planejamento:

- tema (motivação da pesquisa), objetivo (pergunta), relevância acadêmica


- roteiro de estudos/sumário
- esboço de introdução
(plano de trabalho: título, sumário e introdução)
> introdução deve conter: problema (objetivo geral; objetivos específicos); justificativa;
{referencial teórico;} metodologia

conjecturas/hipóteses

estou estudando sobre _____ (o tema/o assunto que despertou meu interesse), a fim
de descobrir _____ (o que não sei sobre o tema/a pergunta), pois ____ (por que
desejo pesquisar esse par tema-pergunta, qual o fundamento lógica, a relevância)

1. descrição do problema e sua importância


2. objetivo geral da pesquisa (apresenta a pergunta e as contribuições pretendidas)
3. relevância da pesquisa (realça a importância e as justificativas teóricas e práticas)
4. organização do texto (indica ao leitor o que encontrará nas próximas páginas)

Método: procedimentos intelectuais e técnicos empregados na pesquisa


> podem proporcionar bases lógicas* (elevado grau de abstração, que determina o alcance
da investigação, das regras de explicação dos fatos e das validades de suas
generalizações; como se processa o conhecimento da realidade) OU técnicas (objetividade
e precisão)
> muito comum a combinação de dois ou mais métodos, pois nem sempre um único método
é suficiente para orientar todos os procedimentos a serem desenvolvidos ao longo da
investigação

*método dialético: a partir da dialética platônica (que se pensa como arte do diálogo) e do
pensamento medieval simplista que a associa com puramente à lógica, Hegel refina essa noção para
dizer que a ‘lógica e a história da humanidade seguem uma trajetória dialética, nas quais as
contradições se transcendem, mas dão origem a novas contradições que passam a requerer
soluções’, porém a matriz desse pensamento é idealista, admitindo a hegemonia das ideias sobre o
material (aspas do livro de metodologia)
Engels e os princípios do materialismo dialético:
1. Unidade dos opostos: ‘todos os objetos e fenômenos apresentam aspectos contraditórios, que são
organicamente unidos e constituem a indissolúvel unidade de opostos. Os opostos não se apresentam
simplesmente lado a lado, mas num estado constante de luta entre si. A luta dos opostos constitui a
fonte do desenvolvimento da realidade.’
2. Quantidade e Qualidade: ‘são características imanentes a todos os objetos e fenômenos e estão
inter-relacionados. No processo de desenvolvimento, as mudanças quantitativas graduais geram
mudanças qualitativas e essa transformação opera-se por saltos.’
3. Negação da Negação: ‘a mudança nega o que é mudado e o resultado, por sua vez, é negado, mas
essa segunda negação conduz a um desenvolvimento e não a um retorno ao que era antes.’

‘A dialética fornece as bases para uma interpretação dinâmica e totalizante da realidade, já que
estabelece que os fatos sociais não podem ser entendidos quando considerados isoladamente,
abstraídos de suas influências políticas, econômicas, culturais etc. Por outro lado, como a dialética
privilegia as mudanças qualitativas, opõe-se naturalmente a qualquer modo de pensar em que a
ordem quantitativa se torne norma. Assim, as pesquisas fundamentadas no método dialético
distinguem-se bastante das pesquisas desenvolvidas segundo a ótica positivista, que enfatiza os
procedimentos quantitativos.’

“O objetivo deste artigo é analisar a relação entre o sentimento de vergonha e a moralidade.


Para tanto, começamos por discutir uma perspectiva teórica do tema (a 'personalidade moral' ou
moral self) que nos permite incluir a dimensão afetiva nas explicações psicológicas das ações
morais. Uma vez feita esta discussão, debruçamo-nos sobre o sentimento de vergonha,
analisando quatro aspectos essenciais: 1) o lugar do juízo alheio e do auto-juízo na experiência
da vergonha, 2) o eixo temporal da vergonha (vergonha prospectiva e retrospectiva), 3) as
avaliações positivas e negativas deste sentimento e, 4) sua relação com o Eu. Acabamos nosso
texto estabelecendo relação entre vergonha e moralidade através do conceito de 'honra' (ou
auto-respeito) procurando mostrar que o referido sentimento é condição necessária ao agir
moral.”

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