O professor identificou o sentido específico do direito como o princípio
normativo. Como o fundamento, o que funda a base. A consciência jurídica geral é suscetível de ser caracterizada como a objetivação histórico-cultural da compreensão do direito. No âmbito da consciência jurídica geral distingue-se de uma dimensão estabilizadamente ordenada. Dimensão principialmente regulativa (é neste quadro chamada dimensão principialmente regulativa, que o direito assume a sua via especificante, o direito gosta daquilo que lhe pertence e não a outrem, por exemplo à política. E é assim porque neste momento, o direito resume-se e não é tendencialmente mais do que aqueles princípios normativos capitais, e estes princípios normativos capitais tendem a subsistir pelo menos enquanto nos mantivermos no mesmo círculo histórico-cultural) e depois uma dimensão radicalmente fundamentante. O positivismo só foi possível porque não podemos pensar o direito sem a positividade. O direito tem de ser posto. O sentido é problematicamente radicado. E por razões de operatividade e de economia de esforço, vai-se densificando dogmaticamente. Referência ao art. 24, nº1 da CRP: a vida humana é inviolável. A legítima defesa é uma causa de exclusão de ilicitude. Referência também ao art. 26º, nº1 da CRP: consagra o direito a um livre desenvolvimento da personalidade. Princípio da indemnização dos danos causados ou dos danos de uma responsabilidade civil objetiva. A regra é que tem que haver uma indemnização de danos culposamente causados, princípio fundamental art. 483º do CC. Alguém causou um dano, porque agiu como não devia. Princípio do direito à participação, é um princípio fundamental, temos o direito de integrar sociedades civis, direito de votar. Princípio da igualdade: mas este princípio atua combinado com o princípio da proporcionalidade. Este princípio impõe que se recorra, a expedientes desiguais para realizar essa igualdade normativa juridicamente adequada. Princípio da proporcionalidade, é um princípio complexo, articula as exigências da idoneidade, tem que haver uma atuação da necessidade, tem de haver uma indispensabilidade na transparência, tem de haver clareza no modo como as coisas são apresentadas, e da proporcionalidade em sentido estrito, que é a correspondência. Princípio da limitação e do controlo de poder: este princípio está ligado às notas caracterizadoras (função primária e função secundária) da Ordem jurídica. Princípio da não retroatividade das leis em certos domínios: normas limitadoras de direitos, liberdades e garantias. Leis sobre impostos (art. 103º da CRP), nestes casos não se admite a retroatividade. Princípio da não transitividade das leis: por exemplo, um francês e uma espanhola, querem casar em Lisboa. Só há 3 sistemas jurídicos possíveis (o sistema jurídico espanhol, francês, e português). Princípio da juridicidade dos poderes do Estado: o que se impõe à administração é realizar o interesse público seja o que isso for, no quadro do direito. 3º nível da consciência jurídica geral no fundo remete-nos para aquilo que corretamente se designa "auto-pressuposição axiológica". Qual é o sentido que num determinado momento histórico, o Homem se dá a si mesmo no horizonte da prática em que é? O Homem projeta as criações em que se revia no modo como se compreende. Isto está ligado com as tarefas do direito (época pré- moderna, moderna e na atualidade). No mundo da intersubjetividade, e esta intersubjetividade é constituída pela subjetiva participação de cada um, na comunidade, mas é também constitutiva, do subjetivo modo de ser autónomo de cada um. Como é que se instituia revolucionariamente uma ordem nova? Pré escrevendo-a. O direito hoje é irredutivelmente o rosto jurídico das pessoas. A pessoa tem muitos rostos, mas aos juristas interessa o rosto jurídico. A dimensão singular e a dimensão comunitária, manifestam-se na pessoa em dialética correlatividade.