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Relatório da aula teórica do dia 26 de fevereiro

O professor identificou o sentido específico do direito como o princípio


normativo. Como o fundamento, o que funda a base.
A consciência jurídica geral é suscetível de ser caracterizada como a
objetivação histórico-cultural da compreensão do direito.
No âmbito da consciência jurídica geral distingue-se de uma dimensão
estabilizadamente ordenada. Dimensão principialmente regulativa (é neste
quadro chamada dimensão principialmente regulativa, que o direito assume a
sua via especificante, o direito gosta daquilo que lhe pertence e não a outrem,
por exemplo à política. E é assim porque neste momento, o direito resume-se e
não é tendencialmente mais do que aqueles princípios normativos capitais, e
estes princípios normativos capitais tendem a subsistir pelo menos enquanto
nos mantivermos no mesmo círculo histórico-cultural) e depois uma dimensão
radicalmente fundamentante.
O positivismo só foi possível porque não podemos pensar o direito sem a
positividade. O direito tem de ser posto.
O sentido é problematicamente radicado. E por razões de operatividade e de
economia de esforço, vai-se densificando dogmaticamente.
Referência ao art. 24, nº1 da CRP: a vida humana é inviolável. A legítima
defesa é uma causa de exclusão de ilicitude.
Referência também ao art. 26º, nº1 da CRP: consagra o direito a um livre
desenvolvimento da personalidade.
Princípio da indemnização dos danos causados ou dos danos de uma
responsabilidade civil objetiva. A regra é que tem que haver uma indemnização
de danos culposamente causados, princípio fundamental art. 483º do CC.
Alguém causou um dano, porque agiu como não devia.
Princípio do direito à participação, é um princípio fundamental, temos o direito
de integrar sociedades civis, direito de votar.
Princípio da igualdade: mas este princípio atua combinado com o princípio da
proporcionalidade. Este princípio impõe que se recorra, a expedientes
desiguais para realizar essa igualdade normativa juridicamente adequada.
Princípio da proporcionalidade, é um princípio complexo, articula as exigências
da idoneidade, tem que haver uma atuação da necessidade, tem de haver uma
indispensabilidade na transparência, tem de haver clareza no modo como as
coisas são apresentadas, e da proporcionalidade em sentido estrito, que é a
correspondência.
Princípio da limitação e do controlo de poder: este princípio está ligado às
notas caracterizadoras (função primária e função secundária) da Ordem
jurídica.
Princípio da não retroatividade das leis em certos domínios: normas limitadoras
de direitos, liberdades e garantias. Leis sobre impostos (art. 103º da CRP),
nestes casos não se admite a retroatividade.
Princípio da não transitividade das leis: por exemplo, um francês e uma
espanhola, querem casar em Lisboa. Só há 3 sistemas jurídicos possíveis (o
sistema jurídico espanhol, francês, e português).
Princípio da juridicidade dos poderes do Estado: o que se impõe à
administração é realizar o interesse público seja o que isso for, no quadro do
direito.
3º nível da consciência jurídica geral no fundo remete-nos para aquilo que
corretamente se designa "auto-pressuposição axiológica". Qual é o sentido que
num determinado momento histórico, o Homem se dá a si mesmo no horizonte
da prática em que é? O Homem projeta as criações em que se revia no modo
como se compreende. Isto está ligado com as tarefas do direito (época pré-
moderna, moderna e na atualidade).
No mundo da intersubjetividade, e esta intersubjetividade é constituída pela
subjetiva participação de cada um, na comunidade, mas é também constitutiva,
do subjetivo modo de ser autónomo de cada um.
Como é que se instituia revolucionariamente uma ordem nova? Pré
escrevendo-a.
O direito hoje é irredutivelmente o rosto jurídico das pessoas. A pessoa tem
muitos rostos, mas aos juristas interessa o rosto jurídico.
A dimensão singular e a dimensão comunitária, manifestam-se na pessoa em
dialética correlatividade.

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