Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1. Princípios Gerais
Como já referido anteriormente, a teoria de Person pode ser tomada como uma
ampliação da teoria de Lewis, neste âmbito, primeiramente iremos descrever a Teoria
Ácido-Base de Lewis. Em 1923, G. N. Lewis propôs a definição do comportamento
ácido-base em termos de doação e aceitação do par de electrões. A definição de Lewis
é, talvez, a mais amplamente usada devido à sua simplicidade e larga aplicabilidade,
especialmente no campo das reações orgânicas. A proposta de Lewis define uma base
(conhecida como base de Lewis) como o composto que pode doar um par de electrões,
e um ácido (ácido de Lewis) como um composto que pode receber um par de electrões
(SHIVRER; ATKINS, 2010.pp:131-132).
Base: espécie química capaz de doar um par de electrões. Ex: NH 3. , F-, H2O,
entre outros.
EX:
Ácido Base
Na reacção a Amónia porta-se como uma base de Lewis, o Nitrogénio apresenta um par
de livres que são doados para o Boro. Nesta reacção, o átomo de Boro na molécula BF 3
apresenta uma deficiência de 2 electrões para ter seu nível de valência completo com 8
electrões e, assim, pode receber o par de electrões disponível.
Ácido Base
de substâncias químicas.
3
a). Espécies Duras → O termo duro na teoria de Pearson, faz referência a espécies
químicas que caracterizam-se por apresentar uma carga nuclear efectiva alta e tamanho
pequeno, tem electronegatividade acentuada e sendo pouco polarizáveis.
b). Espécies Macias → O termo macio na teoria de Person, faz referência a espécies
químicas que caracterizam-se por serem mais polarizáveis com pequena carga positiva e
baixa electronegatividade.
Essas espécies químicas são agrupadas em Ácidos e Bases duras e Ácidos e Bases
macias.
2.1. A Polarizabilidade
Ag+¿, Cu Hg .¿
4
Por outro lado, os metais de transição possuem uma estrutura cristalina mais complexa,
com a presença de lacunas na rede cristalina e diferentes tamanhos de átomos. Essas
irregularidades estruturais dificultam o movimento das camadas de átomos e podem
levar a variações na dureza desses metais. Além disso, os metais de transição também
podem formar ligas com outros elementos, o que pode afetar suas propriedades físicas,
incluindo a dureza. A adição de outros elementos pode alterar a estrutura cristalina e a
distribuição de átomos nos metais de transição, resultando em variações na dureza.
Portanto, as irregularidades na estrutura cristalina e a formação de ligas são os
principais fatores que contribuem para as variações na dureza dos metais de transição.
A estabilidade de Complexos;
O carácter da ligação entre espécies classificadas como Ácidos e Bases;
Preferência de certos elementos por outros elementos específicos;
A hidrólise de sais em meio aquoso;
Caracterização das reacções orgânicas;
Equilíbrio Químico de uma reacção Química.
7
´´Ácidos duros preferem se ligar a bases duras e ácidos macios preferem se ligar a
bases macias´´.
Pouco polarizáveis;
Mais electronegativo;
(Interacções de carácter iónica)
Raio menor
Ácidos macios↔ Bases macias
Mais polarizáveis
Menos Electronegativos
Raio maior
(Interacções de carácter covalente)
Podemos tomar por exemplo a reacção de dupla troca para explicar as tendências de
ligação entre espécies semelhantes.
Ácidos: Cu+2, Hg+2
Acido Duro CuI2 + HgCl2 CuCl2 + HgI2
Base Dura Bases: I- , Cl-
Base Macia
Acido Macio
carbonatos que são bases duras, enquanto, os iões cobre, Mercúrio e Cádmio são ácidos
macios e preferem se ligar ao iões sulfeto que é uma base macia.
Segundo Pearson esta preferência entre ácidos e bases, está relacionada a estabilidade
dos produtos formados, pois segundo Pearson quando um Ácido duro reage com uma
Base dura tendem a formar produtos estáveis (complexos estáveis) e quando um Ácido
macio reage com uma Base macia tendem a formar produtos estáveis simultaneamente.
Isto acontece porque as interações entre ácidos duros e bases duras, ou ácidos macios e
bases macias são mais favoráveis devidos as características semelhantes destas espécies.
Tomando o que até então foi descrito, o complexo de Prata, pode-se tomar como macio
e o complexo de Ferro como duro. Essa classificação não é abrangente somente a
complexos mais também a moléculas com as mesmas tendências. Tomando isso como
base, podemos defini-los do seguinte modo:
Levando em conta a notação acima podemos prever a solubilidade dos sais em meio
aquoso. A solubilidade decresce ao longo dos sais, já que a Prata é um ácido mole,
portanto na ordem dos Halogenetos sua interacção será mais favorável na seguinte
ordem: F<Cl<Br<I.
Contudo podemos afirmar que: Quanto mais macio for elemento menos solúvel em
água ela será, e com a diminuição do Kps há menor capacidade de trocar o anião pela
água, isto é, há diminuição da solubilidade com a diminuição do Kps.
A teoria de Pearson também pode nos ajudar a prever o equilíbrio das reacções
químicas, uma vez que o lado da reacção mais favorecido é aquele em que uma espécie
dura está ligada a outra espécie dura e uma mole está ligada a outra mole, já que essas
espécies são mais estáveis segundo a Teoria de Pearson.
HI + NaF ↔ HF + NaI K¿ 1
Por exemplo a ingestão do Mercúrio causa danos ao organismo, uma vez que esta
interage com bases proteicas. A sua ingestão pode ser feita tanto na forma Inorgânica,
sob forma de sais, ou na forma orgânica junto de grupos alquilos ou arilos. Compostos
de Mercúrio são absorvidos pelo trato gastrintestinal, os grupos alquilos atravessam
facilmente as membranas, acumulando-se no SNC, fígado, nos rins e no feto (LONG,
2016)..
V. CONCLUSÃO