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Ano letivo

2023/2024

A relação entre a inteligência


emocional e a realização
profissional

Fábio Costa nº7 12ºA


A realização profissional é o objetivo de qualquer pessoa, independentemente do seu
momento profissional ou pessoal. E para quem está neste momento a aproximar-se da
universidade, do mundo do trabalho e tem de escolher uma carreira a seguir, esta é uma
das questões mais importantes!

Num momento em que esta é a minha realidade, procuro informar-me acerca das
características necessárias para atingir a realização profissional. Estas características
envolvem não só habilidades técnicas específicas, mas também habilidades emocionais
-que se incluem na inteligência emocional, fenómeno que procuro explorar neste
trabalho.

À priori, espera-se que a inteligência emocional seja importante para a realização


profissional. Mas será isto factual? Através de estudos científicos, procuro verificar a
relevância desta capacidade no mundo do trabalho.

Mas antes disso, é necessário esclarecer os conceitos de inteligência emocional e de


realização profissional.

A inteligência emocional (IE) refere-se a um conjunto de habilidades cognitivas que


permitem às pessoas perceber, compreender, expressar e gerir emoções. A IE contempla
competências como a autoconsciência (saber o que sentimos), autorregulação (gerir as
emoções), motivação, empatia e competências sociais (gerir relações com outras
pessoas). Estas “soft skills” como são chamadas muitas vezes no mundo do trabalho são
cada vez mais requisitadas.

A realização profissional é a meta a alcançar durante a trajetória profissional e consiste


na satisfação/felicidade sentida no trabalho. Pode depender dos objetivos pessoais de
cada um, mas normalmente inclui uma boa remuneração, um bom ambiente de trabalho,
um bom horário, prazer nas tarefas executadas, etc.

De modo a avaliar a relação entre a IE e a realização profissional, apresentam-se três


estudos realizados em diferentes profissões e diferentes países.

Um primeiro estudo que incluía 238 professores italianos, de diferentes níveis de ensino
e de diferentes áreas, com anos de experiência a variar entre 1 e 42 anos pretendeu
medir a satisfação profissional e a IE utilizando uma ficha de dados demográficos
(obtém as características gerais das pessoas) e através de várias escalas que avaliam a

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IE, a satisfação, a exaustão e envolvimento no trabalho. A análise das escalas revelou
que os professores reportaram níveis elevados de IE, envolvimento no trabalho,
satisfação com este e revelaram níveis baixos de esgotamento/exaustão. As mulheres
revelaram-se mais competentes emocionalmente na avaliação das emoções dos outros e
na habilidade de usar as emoções.

Um segundo estudo incidiu sobre 200 funcionários de bancos comerciais do


Bangladesh. Realizou-se um questionário que incluía duas partes: informação
demográfica e variáveis da inteligência emocional. Os resultados obtidos indicaram que
a inteligência emocional tem um impacto positivo e significativo na satisfação
profissional dos funcionários num contexto de país em desenvolvimento: Bangladesh.

Um terceiro estudo avaliou a realização profissional dos militares da academia general


militar espanhola, em Zaragoza. Um total de 363 indivíduos participaram na pesquisa
que incluiu cinco questionários. Utilizou-se questionários que avaliam a IE, a
comunicação, a personalidade proativa, a resiliência e a satisfação no trabalho. Mais
uma vez, os resultados mostram que a IE explicou uma grande proporção da satisfação
no trabalho.

De facto, todos os estudos chegaram às mesmas conclusões e comprovam a importância


da inteligência emocional para a realização profissional em vários tipos de profissões.
Quer em trabalhos que necessitam mais de empatia e competências socias como o
ensino ou a banca, quer em trabalhos mais disciplinados que requerem motivação,
autorregulação e resiliência como o trabalho militar revelam a importância da IE.

Comprovada a importância destas habilidades emocionais, é necessário desenvolvê-las.


O desenvolvimento das mesmas deve ser promovido ainda em idades jovens de modo a
formar jovens altamente qualificados (como já fazemos em Portugal) mas também
altamente capazes de gerir esta vertente da inteligência que não parece ter a devida
consideração, mas que contribui significativamente para a satisfação e sucesso no
trabalho.

Para isso, é necessário valorizar mais o lado emotivo nas escolas, desenvolver métodos
que mantenham os alunos motivados e que sobretudo mostrem a importância da
motivação para os sucessos. Também o apoio emocional é essencial num clima de stress

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escolar, assim como o desenvolvimento de relações interpessoais e de projetos que
promovam a cooperação e a gestão de emoções na escola.

Os alunos de hoje são os jovens trabalhadores de amanhã! A sua formação é essencial


para o sucesso no trabalho e a IE é crucial no processo de formação. Apenas jovens
emocionalmente preparados se conseguem sentir totalmente realizados a nível
profissional!

SUGESTÃ0: A GESTÃO DAS DE UM ENGENHERO INFORMÁTICO


- AS DIFUCULDADES DO TRABALHO EM EQUIPA, O
ISOLAMENTO DO TELETRABALHO, E EXPOSIÇÃO AOS ECRAN
DE COMPUTADOR...

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Bibliografia

 Antonella D’Amico, A. G. a. C. T., 2020. The Relationship between Perceived Emotional


Intelligence,. Work Engagement, Job Satisfaction, and Burnout , p. 22.

 Ayeasha Akhter, M. M. K. K. M. A. I., 2021. The impact of emotional intelligence,


employee empowerment and cultural. intelligence on commercial bank employees’ job
satisfaction, 21 10, p. 13.

 Pérez-Fuentes, M. d. C., 2020. Predicting Job Satisfaction in Military Organizations. 07


05, p. 9.

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