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ESTADO DO MARANHÃO
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
CENTRO EDUCA MAIS PAULO VI

PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO DO CENTRO EDUCA MAIS PAULO VI

São Luís
2022
LISTA DE SIGLAS

PPP Projeto Político-Pedagógico


CEM PAULO VI Centro Educa Mais Paulo VI
LDBEN Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
DCN’s Diretrizes Curriculares Nacionais
EJATEC Programa de Educação de Jovens e Adultos Integrada à Educação Profissional
SEDUC Secretaria de Estado da Educação
PDDE Programa Dinheiro Direto na Escola
FFE Fundo Estadual de Educação
SUMÁRIO

1 APRESENTAÇÃO 4
2 JUSTIFICATIVA 5
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICO-METODOLÓGICA 6
4 IDENTIFICAÇÃO DO CEM Paulo VI 8
a) Quadro Administrativo Pedagógico 9
b) Aspectos Físicos 10
5 ASPECTOS LEGAIS DE CRIAÇÃO DO CEM PauloVI 11
6 DOS ÓRGÃOS DE REPRESENTAÇÃO COMUNITÁRIA 12
a) Colegiado Escolar 12
b) Caixa Escolar 12
c) Órgãos Colegiados 13
I) Conselho de Gestão 13
II. Conselho Docente 13
III. Conselho de Classe 14
7 APLICABILIDADE DESTE PPP 15
a) Elementos efetivos 15
b) Elementos frágeis 15
c) Elementos prioritários 15
8 MISSÃO E OBJETIVOS DO CEM PauloVI 17
9 PERSPECTIVAS 18
I) O profissional que queremos? 19
II) O que queremos do relacionamento entre escola e família? 20
III) Quais dimensões desejamos estabelecer? 20
10 PLANO DE AÇÃO 21
a) Envolver os pais/responsáveis nas demandas da escola 21
b) Incentivar o resgate dos valores morais 21
c) Elevar a qualidade de ensino e aprendizagem 21
d) Assegurar o cumprimento do Regimento Escolar 22
e) Trabalhar com toda a comunidade escolar sobre valores 22
f) Promover eventos educacionais e recreativos 22
g) Aplicar os projetos pedagógicos 22
11 PRINCIPAIS PROJETOS NO CEM PauloVI 24
a) Projeto Escola Digna 24
b) Projeto de Estágio Não-Obrigatório 24
c) Projeto Estágio Não-Obrigatório sob a concepção do Projeto Escola Digna 25
12 A Educação Especial no CEM PauloVI 26
13 AVALIAÇÃO DESTE PPP 28
14 CONSIDERAÇÕES FINAIS 29
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1 APRESENTAÇÃO

O Centro Educa Mais Paulo VI surgiu da necessidade de atender ao grande número de


estudantes dos bairros da Cidade Operária, Vila Flamengo, Santa Efigênia, Cidade Olímpica e
outros bairros circunvizinho, bem como se dispor à comunidade e a nossa cidade as demandas
e serviços públicos de cunho social. Tem como finalidade garantir ao estudante o
desenvolvimento pessoal e social e o fortalecimento da autoestima. O objetivo deste centro de
ensino é construir cidadãos conscientes e capazes de se inserir criticamente na realidade social,
atender aos seus interesses e necessidades para uma qualidade e perspectiva de vida melhor.
Busca, também, construir valores que são indispensáveis a vida do indivíduo na sociedade em
que vive.
Situado no bairro da Cidade Operária, o Centro Educa Mais Paulo VI configurou-se
desde 2002 como anexo CEM Cidade Operária I. Registra um contingente considerável de
estudantes atendidos que são prontamente acolhidos, em prol da realização de seus anseios.
Atualmente, pais e filhos são estudantes desta escola, em turnos diferentes, permitindo uma
maior integração família e escola.
Durante esses anos, esta organização vem se estruturando e adaptando-se às
transformações administrativas, pedagógicas e financeiras da mantenedora, animando-nos (são
os protagonistas: gestores, professores, pais, funcionários, estudantes) a persistir na missão e
no compromisso da construção de um processo educacional de qualidade, para o
desenvolvimento das potencialidades, da manutenção da cidadania dos protagonistas acima
citados, merecedores da credibilidade e do respeito da comunidade.
Quanto à prática educativa, tornou-se como meta constante a busca por um processo
administrativo, formativo, consciente, digno, sério, comprometido e de grande expressão. Em
razão dessa busca e na expectativa de oferecer melhores condições ao seu educando,
considerou-se imprescindível a construção desse Projeto Político-Pedagógico (PPP),
contemplando a descrição da escola que se tem e a que se quer construir, sonhada desde a sua
criação, concluindo-se como documento importante para nortear o fazer pedagógico do Centro
de Ensino Mais Paulo VI. Ao longo deste PPP mencionaremos CEM Paulo VI a título de
abreviação relativa ao nome deste centro de ensino.
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2 JUSTIFICATIVA

O processo educativo enfrenta constantes mudanças no que corresponde ao fazer


pedagógico do professor, como por exemplo, as atualizações tecnológicas, as metodologias
ativas e procedimentos metodológicos mais (e)afetivos, assertivos e inclusivos, notadamente
marcados por acontecimentos político-sociais-econômicos que evidenciam a quebra de
paradigmas e ressignificação de valores.
Com a globalização, realçada pelo liberalismo e capitalismo voraz, afetando
significativamente as instituições de ensino público por meio de cortes, reforçando a antiga
problemática das disparidades sociais, que provoca um clima de desesperança e angustia no
chão das escolas. Percebe-se que as políticas públicas, seguindo as regras do neoliberalismo, se
voltam mais para os interesses do mercado do que às necessidades da população carente. Os
recursos públicos destinados à educação, são insuficientes, levando as instituições a
enfrentarem sérios problemas educacionais, sociais e financeiros, o que prejudica, em parte, um
melhor desempenho das nossas ações, provocando descontentamento tanto por parte dos
alunos, professores e de todos que fazem parte do processo ensino e aprendizagem.
Porém, a força desse sistema econômico, não é suficiente para sufocar os anseios das
escolas públicas, onde seus servidores públicos buscam romper a estrutura hegemônica dessa
classe dominante, através da ampliação e desenvolvimento dos conhecimentos curriculares e
interpessoais aos estudantes, levando-os a uma visão crítica e participativa dos contextos socias.
A comunidade escolar do CEM Paulo VI, não somente espera por dias melhores, como se
propõe a buscar e fazer acontecer por esses dias, o que torna a “energia” da escola diferente,
motivada, oferecendo aos alunos possibilidades de crescimento e participação no meio social.
Pois a educação é o caminho que proporciona a humanidade a progredir em direção aos ideais
de paz, liberdade e justiça social com o mundo compactuando desse mesmo entendimento.
Justifica-se este PPP em razão da concorrência avassaladora e impiedosa que o sistema
liberal gera em jovens e adultos que, por diversos motivos, não tiveram alcance a uma educação
de qualidade ou se quer tiveram acesso à escola. É através deste documento que os objetivos
do CEM Paulo VI estão traçados, a fim de executar-se uma oferta e acesso ao ensino qualitativo,
que possibilite aos estudantes a concorrerem, de maneira equiparada ao mundo do trabalho,
com outros jovens e adultos, de outras instituições de ensino, sejam elas públicas ou privadas,
no mesmo nível de escolarização.
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3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICO-METODOLÓGICA

O CEM Paulo VI executa este PPP a partir da visão teórico-metodológica que se


destacam a afetividade e criatividade no ato de aprender, sob os olhares de Paulo Freire, Lev
Vygotsky, Pedro Demo, a Lei Nº 9394/96 que institui a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (LDBEN) e Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Tais perspectivas sustentam
que as relações, inclusive na escola, se dão através das interações recíprocas do ser humano
com o meio, destacando a visão social e biológica, além de efetivar os princípios da inclusão,
da equidade e da diversidade, elementos de condição sine qua non para efetivar um ensino
público efetivo e de qualidade. Para o fazer pedagógico, esses olhares podem flexibilizar as
Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN’s) de acordo com a experiência, realidade e perspectiva
dos estudantes.
O CEM Paulo VI utiliza-se desses olhares neste PPP, pois correlacionam a integração
entre os aspectos psicológicos e sócio-políticos dentro prática educativa. Compreendemos que
o conhecimento, embora seja algo situado dentro do indivíduo, não é constituído independente
de sua realidade externa. A construção é histórico-social e recebe interferência de fatores de
ordem cultural e psicológica.
A maneira como cada um aprende é singular, segundo Vygotsky (2007, p. 33) ou seja,
“entende que o desenvolvimento está diretamente ligado às experiências do indivíduo, mas cada
um dá um significado diferente a essas vivências”. Portanto, entendemos que o aprendizado é
essencial para o desenvolvimento do ser humano e se dá, sobretudo pela interação social e
através dois elementos básicos: o ensino e a aprendizagem. E a escola pública tem o papel de
ofertar e garantir uma educação de qualidade, por isso, também, estamos sob o olhar de Demo
(1994, p.19) quando afirma que:

A escola tem que garantir a meta de qualidade (ou qualitativa) do


desempenho satisfatório de todos, portanto vai além da meta
quantitativa, ou seja, do simples acesso à escola, o que implica
consciência crítica e capacidade de ação, saber e mudar.

Sendo assim este documento propõe uma construção de conhecimentos e saberes entre
o professor e o estudante através das interrelações.
Sob a perspectiva de Paulo Freire (1967, p. 41) compreendemos que um pensamento
voltado para “aquisição cognitiva se destaca pela percepção das diferenças, compreensão dos
fatos e de realidades vividas”. Em um país como o Brasil, no qual preconiza entre vários direitos
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essenciais, o direito à liberdade (art.º 5 da Constituição Federal), outrora haverá posicionamento


antagônicas entre pessoas. Logo, fundamentar-se em Paulo Freire é ter instrumentos
facilitadores para apreciação dos problemas e no equacionamento de soluções, através de
valores como respeito e a lealdade, tanto no campo das ideias antagônicas, como nos aspectos
político-econômicos-sociais.
Com base na LDBEN, esta escola percebe que a responsabilidade na formação do
cidadão jovem ou adulto precisa estar muito bem sincronizada e atrelada ao tripé educacional:
escola, família e Estado, tendo como finalidade o pleno desenvolvimento do educando e seu
preparo para o exercício da cidadania.
Podemos chamar a BNCC no contexto teórico-metodológico, como coluna vertebral,
pois sustenta os demais olhares e norteia o Ensino Médio e modalidades da Educação Básica,
como o Programa de EJATEC e a Educação Especial sob a perspectiva da inclusão. A BNCC
é o documento normativo que define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens
essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da
Educação Básica.
Portanto executar este PPP ao longo do ano letivo sob os olhares mencionados, nos é
dar a real e valiosa importância ao tripé educacional na formação básica e precisa englobar a
compreensão do ambiente natural, social, político, tecnológico que por sua vez precisam
fortalecer os vínculos de família, solidariedade humana e da tolerância recíproca em que se
assenta a vida social do jovem e do adulto matriculado no nosso CEM Paulo VI mundo à fora.
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4 IDENTIFICAÇÃO DO CEM Paulo VI

O CEM Paulo VI, oferece o Ensino Médio Regular sob regime de educação em tempo
integral1, sob a perspectiva do Novo Ensino Médio 2 e EJATEC destinado a escolarização de
jovens e adultos que não completaram, abandonaram ou não tiveram acesso à educação formal
na idade apropriada, modalidade que integra formação geral e habilitação em cursos técnicos
voltados ao mundo do trabalho ou como facilitadores para o acesso ao ensino superior.
Até o momento do corrente ano letivo, ou seja 2022, o CEM Paulo VI atende 496
estudantes regularmente matriculados, divididos por anos e etapas, entre os turnos integral e
noturno, assim distribuídos:

Turno / Série 1º Ano 2º Ano 3º Ano Total


Integral 205 107 87 399
Turno / Etapas 1ª etapa 2ª etapa - -
Noturno 66 30 - 97
Total - - - 496
Fonte: dados próprios (Ano letivo 2022).

O CEM Paulo VI situa-se na Avenida 203, S/N Campus da Universidade Estadual do


Maranhão, no bairro da Cidade Operária, no município de São Luís, no estado Maranhão, tendo
o número como 65.058-000 o CEP correspondente. São departamentos que funcionam na
escola:

- Gestão Geral e Gestão Administrativo Financeiro


- Gestão Pedagógica e Gestão Auxiliar
- Supervisão
- Secretaria
- Biblioteca
- Cantina / Refeitório
- Almoxarifado
- Sala de vídeo
- Laboratórios de Ciências
- Salas de aula
- Sala dos Professores
- Ginásio Poliesportivo

1Garantia do desenvolvimento intelectual, físico, emocional, social e cultural de seus alunos. Para isso, além das
aulas tradicionais, o espaço conta com estrutura física mais ampla para garantir vivência diversificada aos alunos
durante o dia, com o aumento do tempo de permanência na escola.
2 É um modelo de aprendizagem por áreas de conhecimento que permitirá ao jovem optar por uma formação

técnica e profissionalizante, ou utilizar-se-á desses conhecimentos como facilitadores para o acesso ao ensino
superior.
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O órgão mantenedor deste centro de ensino é Governo do Estado do Maranhão, por


meio da Secretaria de Estado da Educação- SEDUC-MA-CGC Nº 06354476/0001-07. A
SEDUC-MA é o órgão responsável pelo fornecimento de recursos financeiros advindos do
Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), do Fundo Estadual de Educação (FEE), do
Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) do FNDE e do Complemento da
Alimentação escolar através de recursos do Tesouro Estadual.
Duas vezes por ano, o CEM Paulo VI recebe a verba do PDDE, que é destinada à
compra de materiais permanentes e de consumo. Os recursos do FEE e do Caixa Escolar
chegam duas vezes ao ano, destinados à pequenas reformas, para expediente de limpeza e
escritório; os recursos para alimentação são constituídos por 10 repasses do PNAE/FNDE e 10
parcelas do Tesouro estadual.
O quadro docente no respectivo ano letivo conta com 04 gestores, 02 supervisores, 39
professores, além de 14 servidores administrativos e auxiliares de serviços gerais.
Como todo sistema organizacional a escola precisa ter seu funcionamento sistemático,
articulado, sincronizados e harmônicos entre os espaços pedagógicos, administrativos e físicos,
a fim de estabelecer a ordem e oferta de qualidade no ensino público. O CEM Paulo VI fica
assim sistematizado:

a) Quadro Administrativo Pedagógico

Gestão Geral: Abmael Costa Alencar Filho


Gestão Administrativo-Financeiro: Ricardson Borges Vieira
Gestão Pedagógica: Ana Paula dos Santos Soares
Gestão Auxiliar: Danielly Cristina Teles Silva
Supervisão Pedagógica: Maria de Lourdes Diniz Carvalho
Supervisão Pedagógica: Tereza Cristina M. Gomes.
Secretária Administrativa: Marylurdes T. do Desterro

b) Aspectos Físicos
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O CEM Paulo VI ocupa uma área total de 10.000 m² construído em uma área de
3.166,09m² e restando uma área livre no total de 7.370,78 m². A escola está estruturada da
seguinte maneira:

✔ Sala da Gestão Geral e Gestão Administrativo-Financeiro;


✔ Sala da Gestão Pedagógica, Gestão Auxiliar e Supervisão;
✔ Sala para Professores;
✔ Sala da Secretaria Administrativa;
✔ Sala de Vídeo;
✔ 15 Salas de aulas;
✔ 02 Laboratórios de Ciências;
✔ 01 Sala Extra: disponível para prática de esportes e realização de projetos;
✔ 01 Biblioteca;
✔ 01 Auditório;
✔ 01 Pátio coberto,
✔ 01 Quadra Poliesportiva com cobertura;
✔ 01 Cantina;
✔ Banheiros masculinos e femininos aos estudantes;
✔ Banheiro Unissex aos professores;
✔ Banheiro aos funcionários,
✔ Vestuário masculino e feminino para prática de esporte.
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5 ASPECTOS LEGAIS DE CRIAÇÃO DO CEM Paulo VI

Inicialmente o CEM Paulo VI era um anexo do CEM Cidade Operária I, deixou de


existir, em seguida foi nomeado como Centro de Ensino 29 de Outubro, criada pelo Decreto Nº
23001/06, Lei de Criação Nº 8.777/08, na gestão do Governador José Reinaldo Tavares, com
objetivo de atender todo o polo comunitário do bairro/área da Cidade Operária com a oferta de
Ensino Médio Regular e Educação de Jovens e Adultos, com ofertas de matrícula nos turnos
matutino e vespertino.
O CEM Paulo VI é Reconhecido pela Resolução Nº 39/09 do CEE/MA e autorizado
pelo Parecer nº 47/09 do CEE/MA, na gestão do Governador Jackson Lago, administrada pela
gestora Professora Clarisse Teixeira dos Santos, sendo chamado de Centro de Ensino 29 de
Outubro. Pelo Decreto Nº 26.259/10, na gestão da Governadora Roseana Sarney, tomou posse
na Gestão Geral a Professora Conceição de Maria Carneiro Reis, nesse período alterou-se o
nome da escola para Centro de Ensino Paulo VI.
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6 DOS ÓRGÃOS DE REPRESENTAÇÃO COMUNITÁRIA

a) Colegiado Escolar
Grupo de trabalho constituído de representantes dos diversos seg
mentos da comunidade escolar, ou seja, de pais, alunos, professores e demais servidores
destinados a participar das decisões da escola, reunindo-se para sugerir medidas propor
soluções ou tomar decisões. O objetivo do Colegiado Escolar é decidir e/ou opinar sobre todos
os aspectos relevantes no âmbito pedagógico, administrativo e financeiro da escola sempre com
base nas normas legais do sistema de ensino. São atribuições do colegiado escolar:
- Participar da elaboração da proposta orçamentária e ou do plano de ampliação do
recurso da escola;
- Analisar e aprovar o Plano de ação, o Plano de aplicação dos recursos da escola e o
Plano de desenvolvimento da escola;
- Propor soluções de natureza administrativas e ou financeiras;
- Discutir, monitorar, juntamente com os demais representantes da comunidade
escolar, sobre destinos de verbas da escola;
- Deliberar sobre as contas apresentadas, aprovando-as ou rejeitando-as, mediante o
parecer emitido pelo Conselho Fiscal;
- Acompanhar e supervisionar aplicação de todos os recursos repassados ao Caixa
Escolar;
- Contribuir com a gestão da escola para capitação de recursos financeiros.

b) Caixa Escolar
Tem por finalidade congregar iniciativas comunitárias e institucionais, objetivando:
- Assegurar o fortalecimento e autonomia da escola para gerir seus próprios recursos
com a participação da comunidade;
- Promover em caráter complementar e subsidiar a melhoria qualitativa do ensino;
- Prestar serviço de apoio e assistência à comunidade estudantil;
- São Associados do Caixa Escolar o pessoal docente, técnicos administrativos, bem
como os pais dos estudantes ou responsáveis.
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c) Órgãos Colegiados

São órgãos colegiados aqueles destinados a prestar assessoramento técnico-


pedagógico e administrativo às atividades do estabelecimento de ensino. São órgãos colegiados:
I. Conselho de Gestão
II. Conselho Docente
III. Conselho de Classe

I) Conselho de Gestão

O Conselho de Gestão será composto pelo gestor geral, gestor adjunto e pelos
elementos que compõem o corpo técnico-pedagógico do estabelecimento. Compete ao
Conselho de Gestão:

-Definir diretrizes básicas, que nortearão o pleno desenvolvimento das atividades


administrativos-pedagógicas da escola;
- Responsabilizar os serviços auxiliares pela manutenção da ordem disciplinar dentro
do colégio e em suas mediações;
- Punir dentro das limitações escolares e conforme as legislações específicas àqueles
que cometerem infrações e que pertençam ao universo escolar;
-Discutir a realização de eventos e, de acordo com a necessidade evidenciada definir
por sua efetivação.

II. Conselho Docente

O conselho docente é o órgão de deliberação em assuntos atinentes às atividades


disciplinares e didático-pedagógicas, que visa o melhor rendimento do ensino e das atividades
escolares, nos limites da legislação específica em vigor. O Conselho Docente será composto
por todos os professores e especialistas do centro de ensino, presidido pela gestão escolar.
Compete ao Conselho Docente:
- Analisar e sugerir medidas que visem à melhoria do processo ensino-aprendizagem;
- Propor diretrizes com vistas à elaboração do plano geral do centro de ensino;
- Reunir-se e convocar a gestão escolar para assessoramento didático-pedagógico;
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- Estimular os colegas professores a desenvolverem atividades pedagógicas


integradoras;
- Reunir-se, ordinariamente, 02 (duas) vezes ao ano, devendo as datas das reuniões
constarem no calendário escolar.

III. Conselho de Classe

É o órgão que visa contribuir para a melhoria do processo ensino-aprendizagem e do


rendimento do estudante. O conselho de classe será constituído pelo corpo docente, no qual
cada profissional da educação ou professor especialista responderá, respectivamente, pela série
escolar, ou turma dos técnicos, em que atua, dos líderes de classe, coordenação pedagógica e
presidido por um representante da gestão escolar. Compete ao Conselho de Classe:
- Analisar o processo ensino-aprendizagem, avaliando o desenvolvimento geral da
turma e de cada estudante, individualmente;
- Propor medidas que visem à melhoria do ensino–aprendizagem;
- Incentivar o bom relacionamento entre professores e estudantes, a fim de que
trabalhem num clima de amizade e respeito mútuo;
- Apresentar e defender as reinvindicações dos estudantes;
-Anular e/ou substituir prova, exame, teste ou trabalho destinado à avaliação;
- Revisar prova teste, exame ou qualquer outro instrumento de avaliação durante o ano
letivo, quando solicitado.
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7 APLICABILIDADE DESTE PPP

O PPP deste centro de ensino não se encerra por aqui, não é definitivo, tendo em vista
a dinamicidade que a educação, das políticas públicas e da situação econômica-social que
sofrem constantes mudanças. A própria caminhada do ano letivo dita como a comunidade
escolar precisa se comportar para alcançar os objetivos em prol da construção dos
conhecimentos e da cidadania dos estudantes.
De acordo com Vasconcelos (2012, p.169) o PPP “´é um instrumento teórico-
metodológico para intervenção e mudança da realidade. A seguir citaremos elementos,
identificados nas reuniões de colegiados, que serão os pontos de partida, de ação e servirão de
avaliação da aplicabilidade do PPP no CEM Paulo VI ao longo dos anos de 2020, 2021 e 2022.
O colegiado escolar identificou e levantou os seguintes elementos para aplicabilidade do PPP
2020-2022 do CEM Paulo VI:

a) Elementos efetivos
● Informatização e acesso à Internet;
● Regimento escolar;
● Envolvimento da equipe docente nos projetos da escola e da SEDUC;
● Equipe docente qualificada;
● Bons relacionamentos interpessoais e sociais;
● Apoio pedagógico;
● Liderança forte;
● Experiência acumulada;
● Prestígio na comunidade;
● Sistema de informações gerenciais.

b) Elementos frágeis
● Baixa participação dos pais/responsáveis nas demandas da escola e do estudante;
● Evasão no período noturno;
● Carência de materiais para o Laboratório de Ciências;
● Uso de drogas por alguns estudantes jovens e adultos;
● Carência de Professores Especialistas aos estudantes com deficiência;
● Indisciplina em sala de aula e demais espaços na escola;
● Ausência de Laboratório de Informática;
● Carência de profissionais para a preparação do lanche noturno.
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c) Elementos prioritários
● Prevenção ao uso de drogas;
● Diminuir o índice de reprovação;
● Formação Continuada aos professores;
● Diagnóstico no Ensino Médio e o Programa EJATEC;
● Fortalecimento na relação entre escola e família;
● Oferta e garantia de educação inclusiva, bem como da Educação Especial sob a perspectiva
da inclusão;
● Projetos de intervenção para o processo de ensino e aprendizagem;
● Reflexão sobre o sistema avaliativo justo;
● Aquisição de materiais para o Laboratório de Ciências;
● Aquisição de Laboratório de Informática;
● Garantia ao lanche noturno.
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8 MISSÃO E OBJETIVOS DO CEM Paulo VI

A cada estruturação de novas metas para o Projeto Político-Pedagógico do CEM Paulo


VI é importante que sempre possamos retomar ao nosso ponto de partida no âmbito da reflexão
e sempre nos perguntarmos o que queremos aos nossos jovens e adultos estudantes durante a
etapa do Ensino Médio, durante o Programa EJATEC, para o mundo do trabalho, para o
exercício da cidadania, e porque não, para a vida.
Portanto o CEM Paulo VI tem como missão contribuir para a constante melhoria das
condições educacionais da população, visando assegurar uma educação de qualidade aos nossos
estudantes em um ambiente criativo, inovador e de respeito ao próximo. E para cumprirmos tal
missão é importante que o CEM Paulo VI alcance os principais objetivos:

- Proporcionar uma educação de qualidade, resguardando o estabelecido na legislação


educacional vigente, com base nos princípios estéticos, éticos e filosóficos, estimulando o
desenvolvimento de todas as capacidades e competências do educador e do educando;

- Contribuir na formação de cidadão crítico que possa se inserir e intervir no mundo


atual;

- Desenvolver o processo de gestão escolar pautada pelo profissionalismo e a qualidade


do ensino, a fim de concretizar sua visão de futuro realizando, assim, a missão pela qual existe;

- Estabelecer relação constante e duradoura com as famílias/responsáveis dos


estudantes e a comunidade circunvizinha, a fim de contribuir decisivamente na melhoria da sua
qualidade de vida, nas esferas individual, social, profissional e ambiental.

Partindo da condição macro dos principais objetivos e ao identificarmos os elementos


efetivos, frágeis e prioritários para aplicabilidade do PPP é necessário delimitá-lo, através de
um Plano de Ação, e traçar os objetivos específicos que darão suporte prático para alcançarmos
as principais metas da escola, e são eles:

- Proporcionar encontros, seminários, palestras visando melhorar a qualidade do


ensino, através de um compromisso coletivo com o processo ensino-aprendizagem;
18

- Disponibilizar diferentes fontes de informações e tecnologias para contribuir na


construção do conhecimento;

- Atuar de forma democrática e participativa, discutindo conteúdos significativos, que


levam ao desenvolvimento das dimensões atitudinais, conceituais e procedimentais que
contribuam para a formação de indivíduos competentes, críticos, conscientes e preparados para
transformação da realidade que vivemos;

- Compreender o processo histórico de formação da sociedade brasileira percebendo


as relações das características físicas, sociais e políticas e seus significados na construção da
diversidade cultural e da identidade nacional e pessoal;

- Compreender a educação como direito de todos e sua relevância no desenvolvimento


humano, valorizando sua cultura, crença e o seu meio social.

9 PERSPECTIVAS

Nessa seção do PPP externamos nossos sonhos enquanto profissionais da educação,


nossos anseios sociais e individuais, sobre que tipo de profissionais pretendermos ser aos nossos
estudantes, à nossa função social perante a sociedade, sobre o que queremos do relacionamento
entre escola e família, e por fim, sobre as dimensões que desejamos estabelecer neste PPP.
Ainda sobre nossos anseios, refletimos, também, sobre a sociedade que queremos
ajudar a construir, pretendemos, então, sermos edificadores de uma sociedade democrática, com
fundamentos voltados para justiça, solidariedade, verdade e a serviço dessa classe sofrida que
vive a margem dessa sociedade desigual.
Nesse contexto de desigualdade, acredita-se que a vida deve ser preservada e
promovida em todos os seus planos sociais, para isso acreditamos que nossos estudantes devem:

a) Ter acesso a uma educação digna, capaz de conduzir ao desenvolvimento


intelectual, político e social;
b) Ser valorizado e reconhecido como pessoa digna de respeito e com deveres.
c) Participar ativamente da vida social, política, econômica, cultural e religiosa,
sem discriminação e preconceito.
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d) Lutar pelo seu ideal, pela liberdade e posicionamento crítico sobre o contexto
social;
e) Encarar a existência com entusiasmo, não se deixando vencer pelo desânimo ou
opiniões;
f) Lutar pela paz, ausentando-se de qualquer tipo de violência;
g) Ter condições de uma educação e vida digna;
h) Acreditar na força do sonho, para construir uma sociedade onde reúne a
igualdade, dignidade e oportunidade;
i) Ter condições de se formar profissionais competentes e produtores de valores;
j) Construir a identidade social e política, de modo a viabilizar o exercício da
cidadania plena.

Ao ter conhecido melhor e compreender a sociedade em que vive, o estudante poderá


perceber como elemento ativo e essencial, com capacidade até mesmo de viabilizar um modelo
de sociedade mais digna, mais justa e solidária.
E sobre nós profissionais da educação, quais nossas perspectivas diante da missão e
cumprimento do dever do ensinar? Sem perspectivas não há sonhos e sem sonhos não temos
metas roteirizadas a serem cumpridas, mas o CEM Paulo VI ao longo de toda construção e
atualização deste PPP em equipe e diante a diversas dificuldades que o cenário educacional
enfrenta é movido pelo desejo de nossas realizações profissionais individuais e realizações
profissionais e de vida dos nossos estudantes, portanto a equipe do CEM Paulo VI responde da
seguinte maneira:

I) O profissional que queremos?

Deseja-se profissionais conscientes do seu papel de educadores, àquele que vive em


constante crescimento, buscando ampliar seus conhecimentos, com visões críticas e
transformadoras da sociedade, competentes e capazes de conduzir de forma significativa o
processo ensino-aprendizagem, que seja capaz de valorizar e ser valorizado, com ideias de:

a) Crescer e ajudar crescer;


b) Fazer o possível para conduzir de forma significativa o aprendizado;
c) Ensinar de forma harmoniosa e criativa capaz de conduzir ao conhecimento
elaborado, científico e moral;
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d) Lutar pela liberdade individual e coletiva;


e) Compreender seu passado e presente, e projetar o futuro;
f) Desenvolver uma cultura de comunicação e participação no atendimento
corporativo (instituição, clientela, profissional);
g) Estimular para o trabalho como mediador de aprendizagem;
h) Persistir para atingir objetivos.

Ser um profissional do processo de ensino e aprendizagem com paixão de ensinar,


motivado a desempenhar seu papel pedagógico, que também é político e social, capaz de
construir e realizar os projetos de vida nessa sociedade, cada vez mais complexa.

II) O que queremos do relacionamento entre escola e família?

A relação família e escola é de fundamental importância para a eficiência do processo


ensino e aprendizagem que deve der mediada pela gestão democrática e participativa da escola,
tendo na construção do seu planejamento representante da comunidade, de pais/responsáveis
dos estudantes, enfim de todos àqueles que de alguma forma participam das atividades
escolares, direta ou indiretamente do estudante. Essa participação não deve ser vista só como
um controle democrático dos serviços prestados, mas também como a construção de um pensar
coletivo para a formação do cidadão, no bairro e área da Cidade Operária.

III) Quais dimensões desejamos estabelecer?

- No convívio familiar e escolar:


- Nas crenças e valores;
- Nas relações afetivas
- Na qualidade das comunicações
- Na oportunidade de desenvolvimento e de conquista da autonomia
21

10 PLANO DE AÇÃO

O CEM Paulo VI delimitou o PPP através de um plano de ação, divididos em tópicos,


com metas e ações, a fim de facilitar a aplicabilidade e avaliação dos objetivos da escola após
cada ano letivo:

a) Envolver os pais/responsáveis nas demandas da escola

-Promover gincanas culturais e esportivas;


-Realizar palestras envolvendo os temas: drogas, IST´s, segurança, doenças epidemiológicas;
-Oficinas envolvendo os pais/responsáveis;

b) Incentivar o resgate dos valores morais

- Promover momentos de reflexão, tendo como apoio os equipamentos tecnológicos;


- Trabalhar com filmes e músicas que desperte o respeito mútuo;
- Promover trabalhos de campos, que evidencie as consequências de atitudes indisciplinadas
e/ou infracionais;
- Convidar pessoas da comunidade para dar depoimentos e testemunho de vida.

c) Elevar a qualidade de ensino e aprendizagem

- Realizar projetos envolvendo as datas cívicas e comemorativas, com temas de acontecimentos


emergenciais conforme a necessidade do momento
- Solicitar apoio a SEDUC de cursos e oficinas pedagógicas de aprimoramento e capacitação
ao corpo docente;
- Promover gincanas nas diversas áreas do conhecimento;
- Participar dos programas direcionados pelo Ministério da Educação-SEDUC;
- Promover grupos de estudo com o corpo docente;
- Envolver professores e alunos em atividades culturais extra às atividades de rotina escolar;
- Realizar diagnósticos e análises de dados do desempenho acadêmico;
- Promover projetos de leitura, escrita e cálculos;
- Solicitar apoio junto a SEDUC, curso de aprimoramento no atendimento aos alunos com
necessidades especiais;
- Fazer parcerias para atividades extraclasse;
22

- Solicitar junto à SEDUC apoio para a execução e conclusão das ações;

d) Assegurar o cumprimento do Regimento Escolar

- Promover estudo sobre o Regimento Escolar


- Aplicar corretamente o Sistema de Avaliação
- Informar aos pais/responsáveis, o método de avaliação que será aplicado em cada período e
fornecer acesso ao Sistema Integrado de Administração de Escolas Públicas (SIAEP) para
acompanhamento de notas e frequência dos estudantes;
- Realizar o Conselho de Classe;

e) Trabalhar com toda a comunidade escolar sobre valores

- Abordar os temas interdisciplinares;


- Promover momento de reflexão e palestras educativas que possam contribuir com a
conscientização da comunidade escolar;
- Aplicar dinâmicas de grupo;
- Utilizar vídeos;
- Desenvolver projetos relacionados à ética, disciplina, responsabilidade e respeito mútuo.

f) Promover eventos educacionais e recreativos

- Promoção de eventos educativos por ocasião de datas cívicas e comemorativas


relacionadas ao: Meio ambiente, Carnaval, Páscoa, Dia das Mães, Festa Junina, Dia dos Pais,
Folclore, Dia do Estudante, Semana Nacional da Pessoa com Deficiência, Independência do
Brasil, Aniversário da Fundação da Cidade de São Luís e da Escola, Dia do Surdo, Dia dos
Professores, Natal, através de teatro, excursões culturais, gincanas, olimpíadas, Feira Cultural,
Mostra Científica e/ou Folclórica, Comemorações e Exposições de trabalhos em todas as áreas
do conhecimento.

g) Aplicar os projetos pedagógicos

- Projeto: Conhecendo a África;


*Conhecimento e valorização da cultura da África e suas influências no cotidiano;
*Estimular o interesse pela história afro-brasileira.

- Projeto: Meio Ambiente;


23

- Projeto Educação Ambiental e Cidadania – Tema: “Vem cuidar do que é nosso”;


*Compreender a necessidade e dominar alguns procedimentos de conservação e manejo dos
recursos naturais com os quais interagem, aplicando-os no dia-a-dia.

- Projeto: Festa Junina;


* Distinguir as diferenças dos costumes das festas juninas no Brasil e no mundo;
* Resgate à memória desta festa;
* Valorizar aas tradições folclóricas;
* Desenvolver o gosto pelas poesias e músicas;
* Incentivar o gosto pela música junina;
- Projeto: Revitalizar;
* Realizações de experimentos no Laboratório de Ciências.

- Projeto: Saúde na Escola;


* Processo de conscientização para a preservação da saúde física.

- Projeto: Preparatório para o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM)

- Projeto: Paz na Escola;


* Promover o resgate de valores e hábitos da vida que favoreçam a cordialidade e
respeito mútuo.

- Projeto Integrador: Educação Financeira


* Proporcionar aos estudantes conhecimentos sobre educação financeira, bem como
desenvolver suas competências e habilidades no sentido de debater temas relacionados a esse
tipo de conhecimento.

- Projeto Integrador: Educação em direitos humanos e a formação para a cidadania

* Promover de maneira reflexiva a Educação em Direitos Humanos com vista à formação para
a cidadania, viabilizando estudos e pesquisas voltados para uma sociedade justa, equitativa e
democrática.

- Projeto Integrador: Economia – Trabalho, Educação Financeira e Educação Fiscal

* Conhecer a economia sob a ótica da educação financeira, educação fiscal e trabalho,


identificando os seus direitos e deveres enquanto sujeito histórico da sociedade para atuar de
forma consciente em seu planejamento pessoal e familiar e inserção no mundo do trabalho.
24

- Projeto: Educação Inclusiva;

* Promover palestras aos profissionais da educação, para estudo e abordagem de temas


relacionados à educação especial sob a perspectiva da educação inclusiva;
* Realizar momentos de estudos juntamente com a família, escola e professores especialistas
da Educação Especial para envolvimento de todos no processo ensino-aprendizagem entre
alunos com ou sem deficiência;
* Momentos de estudo entre gestão escolar, coordenação pedagógica e corpo docente para a
discussões de ações em conjunto para garantir o direito de acessibilidade, de procedimentos
metodológicos e ensino inclusivo a todos os estudantes com deficiência.
25

11 PRINCIPAIS PROJETOS NO CEM Paulo VI

Faz parte do plano de ação deste PPP, propostas de visibilidade nacional e estadual
que culminam e são instrumentos facilitadores para formação e construção crítico-reflexiva dos
estudantes. São eles os projetos:

a) Projeto Escola Digna

No Programa Escola Digna enquanto macropolítica de educação e de responsabilidade


da SEDUC, busca promover ações em eixos estruturantes que subsidiam teórico, político e
pedagogicamente as ações educativas como política de Estado, de modo a orientar as unidades
regionais de ensino, as escolas e os setores funcionais da SEDUC, dando-lhes uma unidade em
termos de concepção teórica e metodológica para o desenvolvimento das práticas pedagógicas
para todas as escolas que executam o Projeto Escola Digna.
Nessa perspectiva o CEM Paulo VI possui uma gestão comprometida com as
orientações pedagógicas que vão ao encontro do Programa de Escola Digna, a partir do
desenvolvimento de ações e encaminhamentos propostos pela SEDUC em seus diferentes
setores, objetivando uma educação pública de qualidade e voltada para a melhor formação de
nossos jovens e adultos estudantes.

b) Projeto de Estágio Não-Obrigatório

O Projeto de Estágio Não-Obrigatório é caracterizado como ato educativo escolar


supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho e complementar à formação escolar.
Visa à preparação dos estudantes para o mundo do trabalho produtivo, oportunidade na qual
poderão aplicar e aprimorar na prática, bem como no cotidiano da área profissional em que irão
atuar, os conhecimentos teóricos adquiridos em sala de aula.
De acordo com a LDBEN, a educação deve se vincular ao mundo do trabalho e a
prática social, consolidando a preparação para o exercício da cidadania e propiciando a
preparação básica para o trabalho.
26

c) Projeto Estágio Não-Obrigatório sob a concepção do Projeto Escola Digna

A fim de viabilizar a correta aplicação da Lei N° 11.788/08 (Lei do Estágio), foi


sancionado o Decreto N° 32.685/17, que regulamenta a prática de estágio por estudantes do
Ensino Médio das escolas públicas estaduais do Maranhão, e instituído o Comitê de
Acompanhamento do Estágio pela Portaria N° 1.118/17, além de serem firmados Termos de
Cooperação Técnica com diversos Agentes de Integração.
Os Agentes de Integração, auxiliares no processo de estágio, são responsáveis pela
captação de vagas, seleção de estagiários, entre outros. As Instituições de Ensino e as Partes
Cedentes (contratantes) devem recorrer aos serviços de Agentes de Integração, desde que tais
Agentes tenham firmado Termo de Cooperação Técnica com a SEDUC. E assim essa parte do
PPP viabiliza formação profissional técnico e oportunidade de vagas no mundo do trabalho.
De acordo com o Decreto N° 32.685/17, Título IV, Art. 8°, são responsabilidades das
Instituições de Ensino em relação aos estágios de seus estudantes:

I - inserir o Estágio Não-Obrigatório ao Projeto Político Pedagógico da escola,


para garantir pleno acesso e participação dos estudantes;
II - assinar Termo de Compromisso com o estudante ou com seu representante
ou assistente legal, e com a parte concedente, indicando as condições de
adequação do estágio à proposta pedagógica do curso, à etapa e modalidade
da formação escolar, ao horário e calendário escolar;
III - visitar e analisar as instalações da parte concedente do estágio e sua
adequação à formação cultural e profissional do estudante;
IV - indicar o supervisor ou professor orientador, como responsável pelo
acompanhamento e avaliação das atividades do estagiário junto à parte
concedente, observadas as especificidades dos estagiários da Educação
Especial;
V - exigir do estudante a apresentação trimestral de registro das atividades;
VI - zelar pelo cumprimento do Termo de Compromisso, reorientando o
estagiário para outro local em caso de descumprimento de suas normas;
VII - comunicar à parte concedente do estágio, no início do período letivo, as
datas de realização de avaliações escolares;
VIII - registrar via formulário eletrônico a avaliação do estudante, enquanto
estagiário, para fins de acompanhamento pela Secretaria Adjunta de
Programas e Projetos Especiais e Secretaria Adjunta de Ensino.

O Estágio Não-Obrigatório está consonância com os principais objetivos deste PPP,


atende e cumpre, de maneira sincronizada, à proposta curricular do Ensino Médio.
27

12 A Educação Especial no CEM Paulo VI

Nosso PPP e plano de ação não faz distinção de alcance educacional a todos os
estudantes, mas reconhece que precisa de profissionais especializados e uma consciência
inclusiva diante das necessidades educativas dos estudantes público-alvo da Educação Especial:
estudantes Surdos, estudantes com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e altas
habilidades/superdotação. Entendendo nosso ensino público ao alcance e atendimento a todos
os estudantes, concordamos com Mantoan (2015, p. 28) quando trata da compreensão e
implementação da inclusão que:

Implica uma mudança de perspectiva educacional, pois não atinge apenas


alunos com deficiência e os que apresentam dificuldades de aprender, mas
todos os demais, para que obtenham sucesso na corrente educativa geral. Os
alunos com deficiência constituem uma grande preocupação para os
educadores inclusivos. Todos nós sabemos, porém, que a maioria dos que
fracassam na escola não vem do ensino especial, mas possivelmente acabará
nele.

Logo, tanto o PPP, quanto o plano de ação são pautados na política de inclusão e por
entender que a escola por si só precisa se inclusiva, pois a diversidade no espaço escolar vem
ganhando notoriedade e cuidados a cada ano letivo. A escola precisa estar atenta às
diversidades, promover e garantir o respeito a todos os estudantes.

Ir de encontro ou fechar os olhos para inclusão dentro da escola é crime. De acordo


com a Lei Brasileira de Inclusão (LBI) de Nº 13.146/2015:

Qualquer escola, pública ou particular, que recusar matrícula de estudante com


deficiência cometerá um crime punível com multa e prisão de dois a cinco
anos. Compete à escola, a realização da matrícula dos/as estudantes com
deficiência, transtorno do espectro do autismo e altas
habilidades/superdotação nas salas de aula comum, no mesmo período
destinado à matrícula dos/as demais estudantes.

A Gestão Democrática do CEM Paulo VI em consonância ao Projeto de Escola Digna


tem compromisso em cumprir as legislações vigentes, sobretudo no que concerne à educação
especial inclusiva no ensino regular, para garantir o direito à inclusão e condições de
aprendizados e oportunidades justos. Portanto é dever do CEM Paulo VI junto aos estudantes
público alvo da educação especial:
28

- Matricular estudantes, sem distinção de sala de aula ou horário;

- Orientar os pais/responsáveis do direito à matrícula do estudante próximo de sua


residência, conforme garante a Lei Estadual Nº 9.614/2012;

- Organizar as salas de aula com até 03 estudantes, com a mesma deficiência, conforme
orienta a Resolução Estadual Nº 291/2002 - CEE/MA;

- Matricular na sala de recursos multifuncionais 3 para receber o Atendimento


Educacional Especializado 4;

- Informar a SEDUC sobre matrículas e demandas educacionais específicas cada de


estudantes e professores, a fim de mapear e encaminhar professores especialistas e formação
continuada aos professores do ensino regular.

Quanto ao acompanhamento das garantias acima, a própria comunidade escolar é o


órgão de fiscalização e deve refletir se, suas as ações de inclusão estão sendo ofertadas,
atendidas e cumpridas.

3 Tem a lógica de potencializar o ensino dos estudantes público-alvo da educação especial, para promover
condições de acesso, aprendizagem e participação no ensino regular.
4 Não é um reforço e nem uma sala em separado. O AEE é um serviço desenvolvido por um profissional

especializado que, em parceria com o educador da turma, verifica as barreiras para a aprendizagem e escolhe
ambientes e formas de trabalho adequadas para cada estudante. Esse serviço é condicionado à matrícula do
estudante no ensino regular e ocorre no contraturno às aulas do currículo.
29

13 AVALIAÇÃO DESTE PPP

Este PPP não se encerra aqui, sua aplicabilidade ocorre durante todo ano letivo. É
retomado constantemente anualmente ou sempre que necessário. Através do Regimento
Interno, o processo de avaliação escolar 5 é norteado, de acordo com as normas nacionais e
estaduais. Durante todo o ano letivo, ações voltadas para avaliação escolar são ofertadas, afim
de atender os critérios legais de avaliação que atenda toda a diversidade do espaço escolar, bem
como as metas da escola e do professor em sala de aula. Se avalia para que objetivos sejam
alcançados. Ao final de cada período de aplicabilidade do PPP, o colegiado escolar é convocado
para avaliar6 os resultados de todas delimitados no plano de ação.
O CEM Paulo VI se compromete a cada ano letivo, em construir e manter uma escola
pública de qualidade, um centro de ensino de informações e oficinas de aprendizagem, pautadas
em novos tempos. Refletimos nossas ações para o horizonte sempre nos questionando sobre o
que é educação e se estamos cumprindo a nossa missão enquanto agentes condutores para o
exercício da cidadania.

5
Avaliação formativa e à prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos, e a análise do desempenho
global do estudante através do acompanhamento contínuo [...] (HOFFMANN, 2005)
6 É uma ação que se projeta no futuro, embasada em princípios éticos de respeito as diferenças. (HOFFMANN,

2005)
30

14 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Por entender que o PPP não é um processo finalizado, fechado, e sim contínuo é
possível concluir que a missão da escola é atendida ano após anos, graças a delimitação e
aplicabilidade do plano de ação e dos projetos. Percebemos que o CEM Paulo VI a cada período
letivo os estudantes se entusiasmam com as propostas pedagógicas que a escola oferece, mesmo
com a demanda do currículo aumentada, pois entendemos que a nossa motivação pelas
realizações profissionais e de vida em prol deles, também, os motiva. É frequente o argumento
e justificativa da comunidade do bairro e área da Cidade Operária a matrícula no CEM Paulo
VI ou de carta de apresentação de professores para preenchimento de vaga, de que a escola é
“movimentada”, que oferece cursos, projetos, de que realiza atividades pensadas e refletidas na
realidade da escola.
Diante do exposto, o CEM Paulo VI percebe significado empenho de toda equipe de
professores em razão de uma gestão democrática e participativa, pois acredita no potencial da
descentralização e responsabilidade coletiva como sendo fatores principais de mudanças e
transformações sociocultural dos estuantes na escola e para o enfrentamento no mundo do
trabalho e da vida, após conclusão ou do ensino médio integral ou do Programa EJATEC.
Esperamos que esse documento colabore com a SEDUC e os demais setores de ações
práticas pedagógicas e administrativas, bem como a URE, a fim de gerenciamento de dados e
resultados de percentuais avaliativos estaduais e nacionais. Esperamos, também, mais que
reconhecimento, esperamos o apoio e contribuição direta e indiretamente para aplicabilidade
do plano de ação, pois muitas vezes, o corpo docente e a gestão escolar fazem além do que
podem alcançar, como por exemplo, investindo com recursos financeiros, formação continuada,
material pedagógico de cunho próprio/particular, em prol de atender as necessidades e
demandas da escola.
O Projeto Político-Pedagógico do CEM Paulo VI, assumiu, desde a criação e é
repassado gestão após gestão, um compromisso com a conscientização, transformação
sociocultural da comunidade escolar, concordando com o fato de que a educação é prioridade
e que a diversidade social não se configura como barreira para implementação de propostas e
ações pedagógicas inovadoras que sirvam de norte para a prática educativa.
31

REFERÊNCIAS

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: Presidência


da República, 2018. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituiçao.htm. Acesso em: 12 jun. 2019.

BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece Lei de as Diretrizes e Bases


da Educação Nacional. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/tvescola/leis/lein9394.pdf. Acesso em: 19 jun. 2019.

BRASIL. Ministério da Educação. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva


da Educação Inclusiva. Brasília, DF, 2008. Disponível em
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=16690-
politica-nacional-de-educacao-especial-na-perspectiva-da-educacao-inclusiva-
05122014&Itemid=30192. Acesso em: 16.abr.2020.

BRASIL. Ministério da Educação. Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência.


Brasília, DF, 2015. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-
2018/2015/lei/l13146.htm. Acesso em 25 nov.2020

DEMO, Pedro. Política social, educação e cidadania. São Paulo: Papirus Editora, 2014.

HOFFMANN, Jussara Maria Lerch. Pontos e contrapontos: do pensar ao agir em


avaliação/Jussara Hoffmann. – Porto Alegre: Mediação, 2005, 9ª ed. Revista. 152 p.

FREIRE, Paulo. 1921-1997 Educação como prática da liberdade. [recurso eletrônico]


Paulo Freire. – 1 ed. – Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2015.

VASCONCELLOS, C. Coordenação do Trabalho Pedagógico: do projeto político


pedagógico ao cotidiano da sala de aula. 16. ed. São Paulo: Cortez, 2019.

VIGOTSKY, L. S. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos


psicológicos superiores. 7.ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007.

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