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O Dr Timbane aborda a relação entre jurisdição, conflitos de interesse e as diferentes funções

do Estado. O Dr. Timbane Destaca que as atividades estatais são realizadas por meio de
várias funções, como a legislativa, governativa, jurisdicional, administrativa e técnica. Todas
essas funções têm base constitucional e operam dentro das normas legais, sendo que o
Estado, em geral, detém o monopólio das funções legislativa, governativa e jurisdicional.
Entidades externas podem realizar atos relacionados a essas funções com o consentimento ou
delegação do Estado.
aborda a função jurisdicional do Estado no contexto do direito processual, que consiste em
definir o direito em situações específicas de conflito. Diante da diversidade de interesses na
sociedade, surgem conflitos que o Estado busca resolver de maneira rápida, intervindo
quando as partes não conseguem ou a lei não permite autotutela.
destaca a inevitabilidade dos conflitos de interesses devido à convivência humana, onde as
necessidades ilimitadas encontram limitações nos bens disponíveis.

Quando os conflitos deixam de ser individuais e passam a envolver interesses comunitários, o


Estado assume a responsabilidade de resolvê-los, marcando a evolução da função estatal na
resolução de disputas, anteriormente resolvidas por vingança privada. Essa evolução visa
garantir a segurança e a paz jurídicas, sendo essencial para a estabilidade social.

. O artigo 211 da Constituição da República estabelece a função jurisdicional dos tribunais,


destacando seu papel em garantir a legalidade, estabilidade jurídica, respeito pelas leis,
proteção dos direitos dos cidadãos e interesses legais de órgãos e entidades. Os tribunais
penalizam violações da legalidade e decidem pleitos conforme a lei, sendo órgãos de
soberania que administram justiça em nome do povo, conforme previsto na Lei de
Organização Judiciária (LOJ).

O artigo 211 da Constituição da República de Moçambique de 2004 consagra o princípio da


justiça pública, estabelecendo o monopólio do Estado na função jurisdicional. Embora a
autodefesa seja proibida, existem situações em que a justiça privada é permitida. A jurisdição,
entendida como o poder de julgar, é atribuída aos tribunais estaduais ou arbitrais, excluindo
outros órgãos de resolução de conflitos. Esses tribunais têm como função principal julgar
conflitos de interesses, seguindo critérios legais para avaliar a justiça ou injustiça de fatos
passados. A resolução de litígios normalmente requer a intervenção de um órgão estatal com
jurisdição, sendo uma função soberana do Estado, podendo ser delegada. Independentemente
da natureza do litígio, os tribunais não julgam automaticamente, sendo sua intervenção
solicitada pelas partes em casos civis e, em casos criminais, depende do impulso de uma
entidade pública, como o Ministério Público.

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