Você está na página 1de 2

Instituição: FTBNB

Aluno: Neuber Fortunato


Professor: Ronaldo Robson Luiz
Disciplina: Teologia Bíblica do Antigo Testamento

Teologia Bíblica do Antigo Testamento

Á princípio, podemos dividir á teologia do antigo testamento em três partes que são:

Seu surgimento, que se dá no final do século XVIII


Sua “morte” no fim do século XIX
E seu renascimento, ou ré-avivamento na primeira metade do século XX

A teologia do antigo testamento surge em um contexto onde, as predominâncias teológicas


eram católicas e, tinham como prática, o que chamamos de Teologia dogmática ou
(sistemática). Essa por sua vez, trás como característica principal, a ideia de que todo
conhecimento e toda verdade não devem ser questionadas. Sendo assim, essa teologia não
abria espaços para outras possibilidades de entendimento, exerceu controle Teológico na
época e, extinguiu as possíveis reflexões dos textos sagrados. Entendo que, onde não há
questionamentos, não existem reflexões. Então, sobre forte influência do racionalismo, surgiu
no final do século XVIII á Teologia do Antigo Testamento, que tenta buscar sua autonomia por
meio de Philip Glaber, um teólogo alemão, que em uma de suas aulas, propõe que a teologia
do Antigo Testamento seja desvinculada da teologia dogmática, para que tivesse autonomia e
não mais estivesse presa aos dogmas católicos. E por serem antagônicas no que diz respeito á
extração do conhecimento dos textos Bíblicos, destaco o seguinte: enquanto a teologia
dogmática tem como prática desenvolver ideias e buscar nos textos sagrados algo que
sustente tais ideias. A Teologia do Antigo Testamento proposta por Philip Glaber era a de
chegar aos textos sagrados e extrair deles o conhecimento, não impondo “verdades” ao texto.

Tempos depois, em um segundo momento, já no final do século XIX a teologia do Antigo


Testamento passa a receber bastante influência filosófica da época, os filósofos de então, eles
atuavam além de suas áreas, Esses filósofos exerciam constante proximidade nas questões
teológicas, e Sob essa influência, a ideia proposta por Philip Glaber, fracassou! não alcançando
os resultados esperados. Daí surge á ideia da Morte da Teologia do Antigo Testamento, pois, a
teologia do AT, consegue o espaço desejado se desvinculando da Teologia dogmática católica,
porém, morre nos braços da filosofia da época.

Em um terceiro momento, já na metade do século XX, temos o: “ré-avivamento da Teologia


do Antigo Testamento” tendo como um dos principais influenciadores o teólogo Suíço, Karl
Barth, considerado por muitos o maior teólogo do século XX. Karl Barth, trás novamente á
ideia de ir ao texto, sem atribuir nada a ele, deixando que o próprio texto se explique. E isso,
continua sendo um embate com as teologias pregadas no catolicismo. Essa ideia ficou ainda
melhor quando sistematizada na segunda metade do século XX pelo teólogo Gerhard Von Rad,
pastor luterano alemão. ele teve como argumento á ideia de que todo texto do Antigo
Testamento poderia ser compreendido e interpretado por meio da história da salvação do
grande EU SOU, que escolhe seu povo para salvar.
Considerando este ponto de vista, podemos aplicar a ideia de que o Antigo Testamento
propunha o surgimento do Novo Testamento para que se completasse, pois, uma vez que
existem inúmeros textos proféticos que iriam se cumprir no futuro, o Novo precisava validar
tais textos. Profetas como Jeremias falou de uma nova aliança (Jr 31.31-34). Vejamos as
palavras de Jesus em Mateus 5:17 (não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas, não vim
abolir, mas cumprir). Esta palavra assegura não só a verdade escrita no Antigo Testamento,
mas também, a necessidade de seu cumprimento para que aja sentido e entendimento de que
o Antigo Testamento não eram as últimas palavras de Deus, e sim, as primeiras.

Outra observação a ser feita, é: O Novo Testamento faz em muitos textos referência ao Antigo,
validando assim, mais uma vez, que toda História narrada do passado nas escrituras sagradas
são verídicas e, o Novo Testamento dão provas de sua importância. Portanto, se queremos
compreender bem a teologia do Antigo Testamento devemos começar pelo próprio Antigo
Testamento. E depois analisar toda a história do uso da teologia que vários grupos teológicos
tem feito ao longo dos anos sobre o Antigo Testamento.

Você também pode gostar