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Apostila Concurso URB CARUARU - 2023

Fiscal Urbano

Sumário
LÍNGUA PORTUGUESA .................................................................................................... 3
Organização textual: interpretação dos sentidos construídos nos textos; características de
textos descritivos, narrativos e dissertativos; discursos direto e indireto; elementos de
coesão e coerência. Funções da linguagem e elementos da comunicação. ......................... 3
Aspectos semânticos e estilísticos: sentido e emprego dos vocábulos; tempos, modos e
aspectos do verbo; uso dos pronomes; metáfora, metonímia, antítese, eufemismo, ironia.
....................................................................................................................................... 51
Aspectos morfológicos: reconhecimento, emprego e sentido das classes gramaticais em
textos; processos de formação de palavras; mecanismos de flexão dos nomes e dos verbos.
....................................................................................................................................... 88
Sistema gráfico: ortografia; regras de acentuação; uso dos sinais de pontuação ............ 174
Processos de constituição dos enunciados: coordenação, subordinação; concordância verbal
e nominal; regência verbal e nominal; colocação e ordem de palavras na frase. ............ 194
Sistema gráfico: ortografia; regras de acentuação; uso dos sinais de pontuação; aspas e
outros recursos ............................................................................................................. 231
RACIOCÍNIO LÓGICO .......................................................................................... 238
Teoria dos conjuntos ..................................................................................................... 238
Raciocínio lógico numérico: problemas envolvendo operações com números reais e
raciocínio sequencial. .................................................................................................... 249
Conceito de proposição: valores lógicos das proposições; conectivos, negação e tabela-
verdade. Tautologias. Condição necessária e suficiente. Argumentação lógica, estruturas
lógicas e diagramas lógicos. Equivalências e implicações lógicas. Quantificadores universal
e existencial .................................................................................................................. 290
Problemas de Contagem: Princípio Aditivo e Princípio Multiplicativo. Arranjos, combinações
e permutações. Noções de Probabilidade. ..................................................................... 336
INFORMÁTICA ................................................................................................... 353
MS Office 2016 (Word, Excel, Powerpoint, Access) - conceitos, características, ícones, atalhos
de teclado, uso do software e emprego dos recursos. .................................................... 353
Internet e Web. Conceitos, características, sites de pesquisa, browsers Edge, Firefox Mozilla
e Google Chrome nas versões atuais de 32 e 64 bits, em português................................ 447
Correio Eletrônico. Webmail. Mozilla Thunderbird BR .................................................... 517
Redes Sociais: Facebook, LinkedIn, Instagram e Twitter. ................................................ 520

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Segurança: Conceitos, características, proteção de equipamentos, de sistemas, em redes e


na internet. Vírus. Backup. Firewall ............................................................................... 527
Microinformática – conceitos de hardware e software. Componentes e Funções. Dispositivos
de entrada e saída de dados. Dispositivos de armazenamento. Mídias e conectores.
Operação de microcomputadores e notebooks .............................................................. 541
Sistema operacional Windows 10/11 BR - conceitos, ícones, atalhos de teclado, uso dos
recursos. ....................................................................................................................... 567
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS .......................................................................... 594
Leitura e interpretação de Projetos Arquitetônicos e complementares: Arquitetura,
Instalações Prediais, Instalação de Segurança, Estruturas e Terraplenagem Etapas de
desenvolvimento dos projetos. Representação Gráfica de Projetos de Arquitetura: tamanho
de pranchas, formato de papéis, escalas, convenção de materiais, entre outros. Materiais e
técnicas construtivas. Conforto ambiental das edificações: condições acústicas, térmicas e
luminosas. 6. Desempenho de edificações: NBR 15575/2013 – Partes 1 a 6. 7. Acessibilidade
universal em edificações: NBR 9050/2015. .................................................................... 594

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LÍNGUA PORTUGUESA
Organização textual: interpretação dos sentidos construídos nos textos; características de
textos descritivos, narrativos e dissertativos; discursos direto e indireto; elementos de
coesão e coerência. Funções da linguagem e elementos da comunicação.

Você já se perguntou o que é, de fato, um texto? Geralmente, entendemos o texto como um


conjunto de frases, ou seja, algo que foi feito para ser lido. Mas a definição de texto não é tão
simples quanto parece.
Imagine, por exemplo, que você está lendo um livro e, de repente, encontra em uma página
qualquer um papel com a palavra “madeira”. Ora, certamente você ficará intrigado ou
simplesmente não dará importância a isso.
Agora, vamos imaginar outra situação: você está no meio de uma floresta e ouve alguém
gritar: “Madeira!”. Bem, se você pretende preservar sua vida, sua reação imediata é sair
correndo. Isso acontece porque a situação em que você se encontra levou-o a interpretar o
grito como um sinal de alerta.
A partir desses exemplos simples, podemos chegar a algumas conclusões importantes:
1º - os textos não são apenas escritos, eles também podem ser orais;
2º - os textos não são simples amontoados de palavras ou frases, ou seja, eles precisam fazer
sentido.
Na segunda situação, uma única palavra foi capaz de transmitir uma mensagem de sentido
completo, por isso ela pode ser considerada um texto. Mas o que leva um texto a fazer
sentido?
Existem elementos que nos ajudam a interpretar os textos que estão a nossa volta, mas para
que se possa compreender bem um texto é necessário identificar o contexto (social, cultural,
estético, político) no qual ele está inserido.
O contexto pode ser explícito, quando é expresso por palavras (o texto em que se encontra a
frase ou a frase em que se encontra a palavra), ou implícito, quando está embutido na
situação em que o texto é produzido. Logo, a simples mudança de contexto faz com que a
palavra “madeira” seja interpretada de maneiras diferentes. Na primeira situação, embora a
palavra esteja dentro de um livro, ela está totalmente fora decontexto, por isso não produz
sentido algum.
Para deixar ainda mais claro, numa frase o que seria o contexto e qual importância dele.
Observe o seguinte enunciado:

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“Que belo dia!”


Sem se levar em conta o contexto, não se pode explicar o sentido desta frase. Poderia se
imaginar que ela poderia se referir a um dia agradável, que a rotina flui sem imprevistos, ou
poderia ter sido dita por alguém que ganhou na loteria. Não se sabe a que contexto se refere,
se a um dia de sol após um período chuvoso ou se é um dia de chuva após meses de sol
escaldante. Como não foi apresentada a situação em que esse enunciado foi proferido, há
várias possibilidades de sentido nesta frase.
Observe o texto abaixo retirado de um site de notícias:
Por Bernardo Caram,G1, Brasília 11/12/2016
“Delator da Odebrecht cita doações não declaradas a mais de 30 políticos
Em informações prestadas ao Ministério Público Federal (MPF) para a assinatura de acordo de
delação premiada, o ex-diretor de relações institucionais da Odebrecht Cláudio Melo Filho
apresentou valores repassados a políticos com a finalidade de obter vantagens para a
empreiteira.
O depoimento, que veio a público na sextafeira (9), traz nomes, valores, circunstâncias e
motivação dos repasses. Parte dos recursos foi paga por meio de doações eleitorais oficiais,
mas também há registro de propina e de caixa 2.
Em alguns casos, como o dos senadores Romero Jucá (PMDB-RR) e Renan Calheiros (PMDB-
AL), o dinheiro era entregue a uma pessoa, mas serviria para abastecer um grupo dentro do
partido. Em outros casos, não é possível identificar se a doação foi oficial.
Cláudio atuava na relação da Odebrecht com o Congresso Nacional. Segundo ele, alguns
pagamentos eram feitos para garantir aaprovação de projetos de interesse da empreiteira. ”
Para compreendermos melhor sobre a informação retratada no texto é necessário que
estejamos atentos a situação política do nosso país.
Conhecimento de mundo
Ao longo de sua vida, o leitor adquire conhecimentos utilizados durante a leitura dos extos. O
leitor constrói o sentido do texto quando articula diferentes níveis de conhecimento, entre
eles o conhecimento de mundo. Esse tipo de conhecimento costuma ser adquirido
informalmente, através de nossas experiências pessoais e convívio em sociedade. Ativar seu
conhecimento de mundo no momento certo pode ser útil tanto para salvar sua vida no meio
da floresta ou para resolver questões de concursos.
Agora observe a seguinte imagem:

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O texto é uma propaganda de um adoçante que tem o seguinte mote: “Mude sua
embalagem”. A propaganda utiliza recursos “verbais” e “não verbais”. Os recursos verbais
referem-se à palavra “açúcar”, escrita no saco, e ao slogan “mude sua embalagem”. O
conteúdo verbal da propaganda é reforçado pela parte não verbal, ou seja, a imagem do saco
de açúcar semelhante a uma barriga gorda, que contrasta com a imagem do adoçante no
canto inferior, bem fininho.
Textos verbais e visuais
Até aqui, vimos que os textos podem ser orais ou escritos. Mas essa noção precisa ser
ampliada, pois há textos que não contam com o auxílio da palavra, seja ela escrita ou oral. É o
caso, por exemplo, da fotografia e da pintura. Dizemos, então, que há textos verbais e visuais.
Há ainda textos que utilizam os dois recursos, como no exemplo anterior, assim também como
os filmes, que usam imagens, diálogos e legendas.
Então, chegamos a conceito de texto mais ampliado e consistente: todo enunciado que faz
sentido para um determinado grupo em uma determinada situação. No concurso, essa noção
mais moderna de texto é a que vale.
Em resumo temos que:
Texto: Tomando como definição de texto a de Costa Val (1999:3), para quem “texto é uma
ocorrência linguística, falada ou escrita, de qualquer extensão, dotado de unidades sócio
comunicativa semântica e formal”.
Contexto: O contexto situacional é formado por informações que estão fora do texto, sejam
elas históricas, geográficas, sociológicas, literárias. Ele é essencial para uma leitura mais eficaz,
aproximando o interlocutor/leitor do sentido que o locutor/escritor quis imprimir ao texto.
Além do texto e do contexto temos ainda os elementos paratextuais. A sabedoria popular diz
que não devemos “julgar um livro pela capa”. Isso acontece porque muitas vezes a capa de
um livro acaba despertando ou não nosso interesse pelo texto. Porém, quando abrimos um
livro, podemos nos deparar com outros elementos, como contracapa, biografia do autor,
prefácio, dedicatória, índice, notas de rodapé, citações, posfácio e ilustrações. Esses
elementos que margeiam o texto são chamados de elementos paratextuais.

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Portanto, paratextos são elementos que estão para além do texto, ou seja, informações que
acompanham uma obra. Como podem motivar a aquisição e a leitura livros, os elementos
paratextuais são muito privilegiados pela indústria editorial.
De todos os elementos paratextuais, o mais importante é o título, pois funciona como uma
espécie de “slogan” do texto, ou seja, algo que faça com que o leitor “compre” suas ideias.
Alguns especialistas já chegaram a sugerir que o título não é relevante para a leitura de um
texto, mas não é bem assim. Um título adequado pode direcionar a compreensão do texto,
ajudando o leitor a criar expectativas de leitura.
Em alguns casos, o título fornece pistas importantes para que o leitor levante hipóteses sobre
o que vai ler. Por exemplo, diante de um título como “Conheça as angiospermas”, o leitor
espera ler um texto que trará explicações sobre as angiospermas, seus tipos e exemplares na
natureza. Com a ajuda de outros elementos paratextuais, como a ilustração de uma flor, o
leitor poderá imaginar que se trata de plantas.

A partir do título desses livros é possível especular qual será o enredo da história. Sobre o
título “A culpa é das estrelas” de John Green, é possível imaginar que se trata de uma história
romântica já que o título parece fazer alusão a expressão “escrito nas estrelas”, já o segundo
título “ Para todos os amores errados” de Clarissa Corrêa, podemos interpretar que a história
apesar de uma história romântica vai tratar mais especificamente de desilusões amorosas.
Todos esses apontamentos são apenas suposições feitas a partir do título.
Definições e concepções de leitura: as essências
O tema Leitura
Segundo Orlandi (2000:7), o termo leitura é polissêmico, isto é, permiti distinguir vários
sentidos. Podemos 6ubst.6-lo, em sua acepção mais ampla, como atribuição de sentidos,
tanto em relação à linguagem escrita como em relação à linguagem oral.
Qualquer expressão linguística, de qualquer natureza, permite uma leitura.

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Leitura também pode significar concepção, e é nesse sentido que o termo é usado quando
falamos em leitura de mundo, isto é, quando usamos a palavra leitura para refletir o
conhecimento de cada leitor, considerando-se ou não sua escolaridade.
No sentido acadêmico – mais restrito -, leitura pode significar a construção das bases teóricas
metodológicas que permitem chegar a um texto: são várias as leituras de Rubem Alves, ou de
um texto de Paulo Freire.
Em um sentido ainda mais específico, o termo leitura pode ser entendido como estrita
aprendizagem formal, quando se vincula leitura e alfabetização.
Uma reflexão mais aprofundada sobre leitura nos permite concluir que o leitor precisa
recorrer a estratégias que lhe permitam alcançar o sentido do texto. Além disso, devemos
lembrar que há diferentes modos de leitura, em relação direta com a vida intelectual do leitor,
isto é, com sua maneira de estabelecer os sentidos daquilo que lê.
Leitura e sentido
As palavras significam o que o grupo social convencionou que elas devem significar, mas a
comunicação exige muito mais que apenas usar e aceitar passivamente significados
preestabelecidos.
Ler, então, é mais que decifrar: ler é ser capaz de atribuir um significado ao texto, partindo
do próprio texto, de modo que cada leitor consiga relacioná-lo a todos outros textos
significativos, seja capaz de reconhecer o tipo de leitura que o autor pretendia, e possa,
depois, dono da própria vontade, entregar-se à leitura ou rejeitá-la.
Para que tudo isso aconteça, é preciso que autor e leitor interajam ao longo de um texto. Ao
autor cabe delinear o caminho percorrido durante a produção do texto, direcionando o efeito
de sentido desejado e a intenção comunicativa pretendida; ao leitor compete ler, reler,
analisar, comparar, fazer inferências, ativar conhecimentos.
Todo leitor, ao ler um texto, deve participar da produção de leitura desse texto. Para isso,
deve construir, através do que passaremos a chamar de pistas textuais que o próprio texto
fornece, um sentido para ele (o texto) – mas somente o sentido que o próprio texto autorizar.
Procurar essas pistas faz parte do processo de leitura, porque é a partir delas que o autor
formula e reformula hipóteses, aceita ou rejeita conclusões.
Agora, pedimos que você coloque em ordem, numerando de 1 a 4, as diferentes etapas de
participação do leitor na produção de leitura de um texto.
( ) construção de sentido autorizado pelo texto
( ) identificação de pistas textuais
( ) aceitação ou rejeição de conclusões
( ) formulação e reformulação de hipóteses

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Esperamos que Você tenha respondido que o leitor procura, em primeiro lugar, pistas
textuais; em seguida, constrói, por meio dessas peitas, um sentido autorizado pelo próprio
texto; depois, de posse dessas pistas, formula e reformula hipóteses, para, finalmente, aceitar
ou rejeitar conclusões.
Informações implícitas
Muitos candidatos se perguntam como melhorar sua capacidade de interpretação dos textos.
Primeiramente, é preciso ter em mente que um texto é formado por informações explícitas e
implícitas. As informações explícitas são aquelas manifestadas pelo autor no próprio texto. As
informações implícitas não são manifestadas pelo autor no texto, mas podem ser
subentendidas. Muitas vezes, para efetuarmos uma leitura eficiente, é preciso ir além do que
foi dito, ou seja, ler nas entrelinhas.
A partir de elementos presentes no texto, é possível ao leitor recuperar as informações
implícitas, para que possa, efetivamente, chegar a produção de sentido. Por isso, o leitor
precisa estabelecer relações dos mais diversos tipos do texto e o contexto, de forma a
interpretar adequadamente o enunciado.
Por exemplo, observe este enunciado: - Patrícia parou de tomar refrigerante. A informação
explícita é “Patrícia parou de tomar refrigerante”. A informação implícita é “Patrícia tomava
refrigerante antes”. Agora, veja este outro exemplo: -Felizmente, Patrícia parou de tomar
refrigerante. A informação explícita é “Patrícia parou de tomar refrigerante”. A palavra
“felizmente” indica que o falante tem uma opinião positiva sobre o fato – essa é a informação
implícita. Com esses exemplos, mostramos como podemos inferir informações a partir de um
texto. Fazer uma inferência significa concluir alguma coisa a partir de outra já conhecida. Nos
vestibulares, fazer inferências é uma habilidade fundamental para a interpretação adequada
dos textos e dos enunciados. A seguir, veremos dois tipos de informações que podem ser
inferidas: as pressupostas e as subentendidas.
Pressupostos.
Uma informação é considerada pressuposta quando um enunciado depende dela para fazer
sentido.
Considere, por exemplo, a seguinte pergunta: “Quando Patrícia voltará para casa?”. Esse
enunciado só faz sentido se considerarmos que Patrícia saiu de casa, ao menos
temporariamente – essa é a informação pressuposta. Caso Patrícia se encontre em casa, o
pressuposto não é válido, o que torna o enunciado sem sentido.
Repare que as informações pressupostas estão marcadas através de palavras e expressões
presentes no próprio enunciado e resultam de um raciocínio lógico. Portanto, no enunciado
“Patrícia ainda não voltou para casa”, a palavra “ainda” indica que a volta de Patrícia para casa
é dada como certa pelo falante.

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Subentendidos Ao contrário das informações pressupostas, as informações subentendidas


não são marcadas no próprio enunciado, são apenas sugeridas, ou seja, podem ser entendidas
como insinuações.
O uso de subentendidos faz com que o enunciador se esconda atrás de uma afirmação, pois
não quer se comprometer com ela. Por isso, dizemos que os subentendidos são de
responsabilidade do receptor, enquanto os pressupostos são partilhados por enunciadores e
receptores.
Em nosso cotidiano, somos cercados por informações subentendidas. A publicidade, por
exemplo, parte de hábitos e pensamentos da sociedade para criar subentendidos. Já a piada
é um gênero textual cuja interpretação depende a quebra de subentendidos.
Observemos como isso é verdadeiro e deve acontecer em todos os atos de leitura, dos mais
simples aos mais complexos. Considere a manchete do Caderno de Esporte do jornal O Liberal,
de 24.08.2003:
“PAPÃO PROCURA O CAMINHO DA VITÓRIA”
Essa manchete esportiva, uma simples e curta frase declarativa, interpretada
adequadamente, desencadeia uma série de relações entre ela e o leitor, a partir de uma
informação explícita de que alguém, no caso, um clube de futebol, procura uma forma de
vencer.
Estabelecidas essas relações, o leitor encontra outros sentidos além do que foi explicitado.
A primeira dessas relações, que se estabelece entre texto e contexto, leva à compreensão de
que, para vencer, é preciso uma tática de jogo, uma estratégia, sentido latente na metáfora
caminho da vitória.
A segunda, linguística por natureza, requer que o leitor reconheça o valor do artigo definido
o: ele permite entender que o caminho existe, que é um preciso e determinado caminho, que
só ele conduzirá à vitória.
A segunda, linguística por natureza, requer que o leitor reconheça o valor do artigo definido
o: ele permite entender que o caminho existe, que é um preciso e determinado caminho, que
só ele conduzirá à vitória.
A terceira, ainda no âmbito da linguagem, está centrada no significado de procura. Quem
procura é porque perdeu ou porque nunca teve. No caso do clube paraense ele conhecia bem
o caminho da vitória, porém, no dia em que a manchete foi produzida, não conhecia mais.
A quarta novamente uma relação entre texto e contexto, cumplicidade entre autor e
leitor,indica que o clube já não vencia há algum tempo.

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Finalmente a quinta relação por meio da qual o autor também busca a adesão do leitor,
descortina a crítica ao clube que vinha vencendo seguidamente, enchia a sua torcida de
orgulho e parara de vencer. Uma sutil ironia sem dúvida.
Um ouvinte/leitor eficiente precisa captar não apenas as informações explícitas (postas,
dadas, expressas), como também as que estão implícitas, pois, se ele não tiver essa habilidade,
passará por cima de significados importantes, ou – o que é mais grave – concordará com ideias
ou ponto de vista que talvez rejeitasse se os percebesse.
Por que utilizamos sentidos implícitos?
Em todo grupo social, há um conjunto de tabu linguísticos. Isso não significa apenas a
existência de palavras que, em certas circunstancias, não podem ou não devem ser
pronunciadas (os palavrões, por exemplo), mas também a de temas proibidos e protegidos
por uma espécie de “lei do silêncio”. Um ditado popular traduz plenamente essa restrição:
“não se fala em corda em casa de enforcado”.
Esses tabus linguísticos também se fazem presente em relação a determinada informações
que uma pessoa não pode ou não deve dar, não porque elas sejam proibidas, mas porque o
ato de expressá-las constituiria uma atitude repreensível ou comprometedora.
Além dos tabus linguísticos um outro motivo para o uso de sentidos implícitos é que toda
declaração explícita pode tornar-se temas de discussões. O que é dito pode ser contradito, de
modo que não se poderia anunciar uma opinião ou um desejo sem, ao mesmo tempo, expô-
lo às eventuais objeções dos interlocutores.
Julgue você mesmo: no dia 01.02.2003, um deputado federal reeleito em resposta ao repórter
do Jornal Nacional, que referia aos erros desse parlamentar no mandato anterior, respondeu:
“a gente não comete os mesmos erros, porque há tantos erros novos para serem
cometidos...”. Como Você observou o parlamentar admite que continuará errando apenas
não pretende repetir erros já cometidos, o que é muito grave, porque o repórter se referia a
erros prejudiciais ao povo que o elegeu.
Quando se lê, considera-se não apenas o que está dito, mas também o que está implícito, isto
é, aquilo que não está dito, mas que também significando. E o que não está dito pode ser de
várias naturezas:
a) O que não está dito, mas que de certa forma, sustenta o que está dito;
b) O que está suposto para que se entenda o que está dito;
c) O sentido que se opõe àquilo que está dito;
d) Outras maneiras de se dizer o que se disse.

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Em época de forte repressão, a livre manifestação do pensamento, o direto de contestar e de


se denunciar se materializam por meio de sentidos implícitos. Foi o que aconteceu no período
da ditadura militar no Brasil.
Atento a isso, leia o excerto abaixo, do poemacanção de Chico Buarque, datado de 1984, para
aprofundar seu conhecimento sobre sentidos implícitos.
(...) Num tempo
Página triste da nossa história
Passagem desbotada na
memória
Das nossas novas gerações
Dormia
A nossa pátria-mãe tão
distraída
Sem perceber que era
subtraída
Em tenebrosas transações.
(...)
Esperamos que você tenha percebido que os quatro primeiros versos significam o período da
ditadura militar, entre 1964 e o limiar da década de 80 do século XX, e que os quatro últimos
denunciam a intensa corrupção ocorrida no referido período.
Por isso, tem sido cada vez mais frequente o cuidado de “medirmos as palavras”, para
evitarmos os perigos que advêm dos sentidos literais ou explícitos da língua. O recurso que se
tem mostrado mais frequente e eficaz parece ser simplesmente o uso dos sentidos implícitos,
que conseguem expressar aquilo que queremos dizer, mas sem que corramos o risco de ser
responsabilizados por aquilo que dizemos.
Não é por acaso que, muitas vezes, pessoas de destaque no grupo social, ao falarem, o fazem
de forma tão opaca e incompreensível que seu discurso acarreta lacunas no entendimento de
seus interlocutores.
Condições De Textualidade
Para que uma sequência de enunciados seja reconhecida como texto, é preciso que ela forme
um todo significativo, nas circunstancias de uso em que os enunciados ocorrem. É sobre as

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condições de textualidade, ou seja, aquelas que permitem que você avalie a qualidade do que
lê e do que escreve.
A primeira dessas condições é alcançada com a coerência, isto é, o fator responsável pela
unidade de sentido; a segunda é a coesão,que permite a harmoniosa articulação entre os
diferentes constituintes do texto.
Textualidade
Chama-se textualidade ou tecitura ao conjunto de propriedades que qualquer manifestação
linguística deve possuir para que não seja apenas uma simples sequência de palavras ou
frases.
Contemplamos dois, dentre os fatores responsável pela textualidade de qualquer discurso,
juntamente os que envolvem os componentes conceitual e linguístico.
Componentes conceitual e linguístico
Um texto deve apresentar um conjunto de propriedades decorrentes da relação entre as
partes que o compõem, de tal modo que, ao final, essa relação resulte em uma unidade de
sentido e estabeleça uma ligação – nem sempre aparente – entre essas partes. No primeiro
caso, manifesta-se a coerência; no segundo a coesão.
Coerência
A coerência ou conectividade conceitual é a interdependência semântica entre os elementos
constituintes de um texto, isto é, a relação entre as partes desse texto e que resulta em
unidade de sentido. A coerência decorre da continuidade do sentido, do compromisso entre
as partes que formam a macroestrutura (estrutura semântica global do texto) e está ligada à
compreensão, possibilidade de Interpretação do que dizemos, escrevemos, ouvimos ou
lemos.
Para que a coerência se realize, há três propriedades fundamentais – continuidade ou
repetição, não-contradição e progressão – que serão desenvolvidas a seguir.
A relação entre o texto e o contexto, entendido este como a unidade maior em que a unidade
menor está inserida, é relevante para a depressão das relações do sentido que compõem a
globalidade do texto. Elas devem obedecer a condições cognitivas gerais, satisfazendo às
relações lógico-semânticas entre estados e coisas, como por exemplo, relações de ordenação
temporal, relações de casualidade – entre outras. Essas relações podem se manifestar pelo
vocabulário, pela combinação dos tempos verbais, pela ordem de apresentação de conteúdo,
pela adequação dos campos semânticos.
No texto abaixo, queremos mostrar-lhe como se constrói o sentido de um texto a partir de
uma ideia-chave. Acompanhe com atenção e, ao final, você constatará que, num texto, tudo
significa.

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Dentro do planalto: Fome de reforma


“João Pedro Stédile está afinado com o governo petista. Na semana passada, o líder do MST
andou pelos corredores do Planalto como se fosse um velho conhecido do austero prédio.
Jotapê tenta convencer o governo de que R$ 1 bilhão, previsto no Orçamento para o Incra, é
pouco para tocar a reforma agrária.
Quer abocanhar parte do capital internacional destinado ao projeto Fome Zero. Reforma
agrária, diz, é a maneira mais eficaz de combate à fome.” ( Época – 03.02.2003 – p.8).
Observe que, nesse texto, há uma idéia-chave: João Pedro Stédile. Essa idéiachave, embora
não esteja expressa no título nem no subtítulo, é uma espécie de “primeiro ponto” para o ato
de “tecer o texto”. Ela se repete, quer representar por vocábulos diferentes (João Pedro
Stédile / o líder do MST / um velho conhecido / jotapê), quer representada pelo apagamento
do vocábulo que a poderia expressar.
Essa mesma ideia-chave é responsável pelas formas verbais em 3ª pessoa do singular (está
afinado/ andou/ fosse/ tentar convencer/ quer/ diz). Além disso, o seu conhecimento prévio
permite que você identifique a relação de afinidade entre João Pedro Stédile e governo
petista, assim como entre João Pedro Stédile / governo petista e entre corredores do Planalto
/ austero prédio / o governo / fome zero /combate à fome.
A coerência conceitual – macroestrutura ou estrutura semântica – é um dos requisitos
fundamentais para construção de qualquer texto, quer ele seja literário, jornalístico, científico,
jurídico, acadêmico, quer seja uma conversão espontânea.
Coesão
A coesão pode ser entendida como o modo pelo qual frases ou partes delas se combinam para
assegurar o desenvolvimento textual, ou seja, é o modo como as palavras estão ligadas entre
si, dentro de uma sequência, a fim de criar uma relação semântica entre um elemento do
texto e outro elemento que é fundamental para sua interpretação.
A coesão – isto é, a articulação – será eficaz quando estabelecer não apenas a ligação de uma
ideia a outra, mas também que tipo de relação específica se institui a partir desse recurso. A
coesão é marcada linguisticamente quando, para isso, empregamos nomes, conjunções,
pronomes relativos, preposições, advérbios, locuções adverbiais, elementos de transição
adequados.
Não há dúvida de que a coesão marcada por elementos linguísticos contribui para conferir
coerência ao texto. Tais elementos, no entanto, não são nem suficientes nem imprescindíveis
para garantila. É perfeitamente possível haver textos coerentes que não apresentam
elementos coesivos, como no parágrafo a seguir, extraído de uma reportagem sobre Di
Cavalcanti.

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“Nas vacas magras, ia de cerveja a cachaça. Nunca bêbado. Tinha um poder enorme sobre o
copo. Bebia, depois deitava, lia, relaxava..” (Veja – julho/1997).
As quatro orações do período estão separadas por ponto. Embora não haja conectores
gramaticais explícitos, é fácil perceber de que modo essas orações se combinam para formar
uma sequência, pois é fácil recuperar os elementos coesivos que não foram expressos. Nada
impediria que o autor da matéria tivesse escrito o texto assim:
Nas vacas magras, ia de cerveja a cachaça, porém nunca ficava bêbado, pois tinha um poder
enorme sobre o corpo, isto é, bebia, depois deitava, lia e relaxava…
A coesão pode ser estabelecida por elementos que fazem o texto progredir a partir da conexão
por eles operacionalizada. Esses conectores estabelecem uma relação semântica de acordo
com o sentido que expressam.
É pela coesão que se estabelece o nexo entre as partes de um texto. As relações coesivas
realizam-se por meio de um léxico da língua e suas marcas são fixadas principalmente por
elementos da natureza gramatical (pronomes, conjunções, preposições, formas verbais),
elementos da natureza lexical (sinônimos, antônimos, repetições) e por mecanismos
sintáticos (subordinação, coordenação, ordenação dos vocábulos, das orações). A coesão,
como elemento responsável pela textualidade, diz respeito a todos os processos de
referenciarão ou segmentação que asseguram ou tornam recuperável uma ligação linguística
significativa entre os elementos que ocorrem na superfície textual.
Intertextualidade
Assunto comum em provas de concursos, a intertextualidade acontece quando um texto
retoma uma parte ou a totalidade de outro texto – o texto fonte. Geralmente, os textos fontes
são aqueles considerados fundamentais em uma determinada cultura. No exemplo dado,
compositores brasileiros contemporâneos retomam um dos textos mais reverenciados da
literatura portuguesa.
Nos anos 90, Pedro Luis e Fernanda Abreu lançaram a canção “Tudo vale a pena”, cujo refrão
diz o seguinte: “Tudo vale a pena, sua alma não é pequena”. O mote, na verdade, faz
referência ao famoso poema “Mar português” (1934), do poeta Fernando Pessoa:
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
Como podemos ver, temos dois textos que, apesar de distantes no tempo e no espaço,
dialogam entre si. A intertextualidade é exatamente essa relação, uma forma de diálogo entre
dois ou mais textos.

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É importante considerar que a intertextualidade pode ocorrer entre textos de mesma


natureza ou de naturezas diferentes. Como é um conceito amplo e passível de classificações,
a intertextualidade pode ser classificada em dois tipos principais: intertextualidade explícita e
intertextualidade implícita.
Na intertextualidade explícita ocorre a citação da fonte do intertexto, encontrada
principalmente nas citações, nos resumos, resenhas e traduções, além de estar presente
também em diversos anúncios publicitários. Nesse caso, dizemos que a intertextualidade se
localiza na superfície do texto, pois alguns elementos nos são fornecidos para que
identifiquemos o texto fonte. Observe um exemplo:

A intertextualidade, quando explícita, fornece ao leitor diversos elementos que o remetem ao


texto fonte.
No anúncio publicitário utilizado no exemplo, há uma forte referência ao texto fonte,
facilmente identificada pelo leitor através dos elementos fornecidos pela linguagem verbal e
pela linguagem não verbal. A composição do anúncio nos transporta imediatamente para o
filme “Tropa de Elite”, do cineasta José Padilha, e isso só é possível em razão do forte apelo
popular da produção, que ganhou grande projeção em nossa sociedade.
Já a intertextualidade implícita ocorre de maneira diferente, pois não há citação expressa da
fonte, fazendo com que o leitor busque na memória os sentidos do texto. Geralmente está
inserida nos textos do tipo paródia ou do tipo paráfrase, ganhando espaço também na
publicidade. Observe o exemplo:

No anúncio há um elemento verbal que permite a retomada do texto fonte, mas essa
inferência depende de um conhecimento prévio do leitor: se ele não souber que há uma

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referência à música “Mania de você”, da cantora Rita Lee, provavelmente o texto não será
compreendido em sua totalidade.
Portanto, a intertextualidade é um elemento muito importante para a constituição de
sentidos do texto, colaborando em muito para a coerência textual ao reforçar a ideia de que
a competência linguística não depende apenas do conhecimento do código linguístico, mas
também do conhecimento das relações intertextuais.
A seguir, veremos vários exemplos de intertextualidade, seja em forma de citação, paródia ou
paráfrase.
Citação

Esse procedimento intertextual acontece quando um texto reproduz outro texto ou parte
dele. Para sinalizar que houve a reprodução de outro texto, são utilizados alguns marcadores,
como as aspas. Dessa forma, o texto deixa claro que o trecho ou o texto citado foi tirado de
outra fonte, como no exemplo.
A compreensão adequada de um intertexto depende, naturalmente, do conhecimento do
texto fonte. Vejamos o outro exemplo abaixo.

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No exemplo dado, a propaganda buscou inspiração no texto bíblico “Do pó vieste e ao pó


voltarás”, marcando sua reprodução por meio de aspas.
Paródia
A paródia consiste em uma subversão ao texto fonte, recriando-o de maneira satírica ou
crítica. Dizendo de outra maneira, a paródia ironiza o texto original e inverte seu sentido.
“Canção do exílio” (1847) é um dos textos mais parodiados da cultura brasileira, exercendo
sua influência por várias gerações.
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Agora, leia parte da paródia composta pelo humorista e apresentador Jô Soares:

Minha Dinda tem cascatas


Onde canta o curió
Não permita Deus que eu tenha
De voltar pra Maceió.
Minha Dinda tem coqueiros
Da Ilha de Marajó
As aves, aqui, gorjeiam
Não fazem cocoricó.
No poema de Gonçalves Dias, do final do século XIX, o eu lírico deseja cantar a saudade que
sente de sua terra natal, o Brasil, enfatizando seus encantos e belezas naturais.
O texto de Jô Soares, do final do século XX, desconstrói o sentido do texto original, já que o eu
lírico quer distância da terra natal, pois prefere as mordomias da Casa da Dinda, como ficou
conhecida a residência oficial do Presidente da República na época, Fernando Collor de Mello.
Através da paródia, Jô Soares faz uma crítica aos escândalos de corrupção do governo, que
culminaram no processo de “impeachment” do presidente.
Paráfrase
Fazer uma paráfrase significa reproduzir as ideias de um texto, só que utilizando outras
palavras, dentro de uma nova montagem. É o recurso intertextual que se faz presente, por
exemplo, em resumos, atas e relatórios, que fazem parte do nosso cotidiano Veja um exemplo
de paráfrase da tão parodiada “Canção do exílio”, de Gonçalves Dias:
Meus olhos brasileiros se fecham saudosos
Minha boca procura a “Canção do Exílio”.

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Como era mesmo a “Canção do Exílio”?


Eu tão esquecido de minha terra...
Ai terra que palmeiras
onde canta o sabiá
Perceba que o poema “Europa, França e Bahia”, de Carlos Drummond de Andrade, estabelece
um diálogo com o texto de Gonçalves Dias, mas não tem uma intenção satírica – é uma
paráfrase.
Citação do discurso (direto, indireto, modalização em discurso segundo, ilha textual).
Quando o enunciador precisa citar, em seu discurso, um texto (falado ou escrito) de outrem,
pode recorrer a alguns mecanismos linguísticos, como a modalização em discurso segundo, o
discurso direto, o discurso indireto e a ilha textual.
MODALIZAÇÃO EM DISCURSO SEGUNDO
É o modo mais simples e mais direto para o enunciador mostrar que não é responsável por
um determinado discurso: apenas indica que está se apoiando em um texto alheio. Para tanto,
o enunciador utiliza-se de determinadas marcas linguísticas, como as apresentadas em
destaque nos exemplos abaixo. Ex.: Para a antropóloga americana Margaret Mead, a
monogamia é o mais difícil dos arranjos maritais. Ex.: Uma dieta rica em vegetais, segundo
dizem, reduz a chance de se ter vários tipos de câncer. Ex.: O que falta aos governos latino-
americanos é profissionalismo e inteligência política, conforme Caetano Veloso. Ex.: A
adolescência, de acordo com fontes bem informadas, começa cada vez mais cedo e termina
cada vez mais tarde.
DISCURSO DIRETO
Nesse tipo de citação, o enunciador se exime de qualquer responsabilidade, por isso, ele
reproduz literalmente as falas citadas, ou seja, o discurso apresenta-se às vezes como a exata
reprodução das palavras do enunciador citado.
Ex.: “Um indivíduo faminto tende a salivar muito mais diante de um prato de comida do que
alguém com menos fome”, afirma a fisiologista Sara Shammah Lagnado, da Universidade de
São Paulo (USP).
Marcas do discurso direto
a) O discurso direto vem introduzido por um verbo que anuncia a fala citada. Tais verbos são
denominados de dizer (dizer, responder, retrucar, afirmar, falar, entre outros) e podem ser
colocados antes do discurso direto, em oração intercalada, no interior do discurso direto ou
no final do discurso direto.
Ex.: O professor esclarece: “Os jovens levam a sério o mundo dos super-heróis, mas não
completamente”.

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Ex.: – Farei uma farra daquelas – disse o candidato – quando eu passar no vestibular.
Ex.: – Por que o senhor bebe? – perguntou a repórter. – Eu bebo porque é líquido. Se fosse
sólido, eu comeria – respondeu malcriado o alcoólatra.
b) A fala citada aparece nitidamente separada por elementos tipográficos como as aspas,
travessões, dois-pontos e itálico.
Ex.: A mulher perguntou ao marido: – Você bebeu? Ex.: A mulher perguntou ao marido: “Você
bebeu?”
Ex.: A mulher perguntou ao marido: Você bebeu?
A opção pelo discurso direto geralmente está ligada ao gênero do discurso ou às estratégias
do enunciador de cada texto. Ao escolher esse modo de citação, o enunciador, pode estar,
particularmente, querendo:

• Criar imagem de autenticidade do que reproduziu, indicando que as palavras relatadas


são realmente proferidas;
• distanciar-se: seja porque o enunciador quer explicitar, por intermédio do discurso
direto, sua adesão respeitosa ao dito, fazendo ver o desnível entre palavras
prestigiosas, irretocáveis e as suas próprias palavras (citação de autoridade); seja
porque não adere ao que é dito; 
• mostra-se objetivo;  caracterizar a fala relatada, imprimindo-lhe marcas de oralidade
espontânea, de regionalismos ou até de cacoetes linguísticos (recurso muito utilizado
em gêneros literários). 3. DISCURSO INDIRETO É o modo de citação do discurso alheio
em que o enunciador tem uma diversidade de maneiras para traduzir as falas citadas,
uma vez que ele se utiliza de suas próprias palavras para reproduzir a fala do outro.
Ex.: O carnavalesco disse que os traficantes não mandam no samba. Marcas do
discurso indireto  da mesma forma do discurso direto, vem também introduzido por
um verbo de dizer;  ao contrário do discurso direto, a fala citada é introduzida por
meio de uma partícula introdutória: que ou se. A escolha do discurso indireto está
também ligada ao gênero textual e às estratégias do enunciador em cada texto. A
imprensa popular, por exemplo, prefere o discurso direto ao indireto. Para um público
leitor popular, o jornalista privilegia a citação direta. É como se o leitor estivesse
presente na situação. Para um leitor mais instruído, o jornalista constrói um enunciado
que fale à inteligência desse público e atrás desse enunciado ele (o jornalista) se apaga.
Por isso, nesse caso, haverá mais recorrência ao discurso indireto, às ilhas textuais e á
modalização em discurso segundo.
Tipologia Textual: Tipos e Gêneros
Sempre cai nas provas o assunto “Tipologia textual” (Tipos textuais) mas muita gente
confunde com “Gêneros Textuais” (gêneros discursivos).
Querem dizer a mesma coisa? Não.

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Estas são duas classificações que recebem os textos que produzimos a longo de nossa vida,
seja na forma oral ou escrita.
Sendo que a primeira leva em consideração estruturas específicas de cada tipo, ou seja,
seguem regras gramaticais, algo mais formal.
Já a segunda preocupa-se não em classificar um texto por regras, mas sim levando em
consideração a finalidade do texto; o papel dos interlocutores; a situação de comunicação.
São inúmeros os gêneros textuais: Piada, conto, romance, texto de opinião, carta do leitor,
noticia, biografia, seminário, palestras, etc
O que é tipologia textual?
Como dito anteriormente, são as classificações recebidas por um texto de acordo com as
regras gramaticais, dependendo de suas características.
São as classificações mais clássicas de um texto:
A narração, a descrição, a dissertação (expositiva e argumentativa), a injunção, a predição e
a conversacional.
Narração
Modalidade em que um narrador, participante ou não, conta um fato, real ou fictício, que
ocorreu num determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Refere-se a
objetos do mundo real. Há uma relação de anterioridade e posterioridade. O tempo verbal
predominante é o passado. Estamos cercados de narrações desde as que nos contam histórias
infantis até às piadas do cotidiano. É o tipo predominante nos gêneros: conto, fábula, crônica,
romance, novela, depoimento, piada, relato, etc.
Descrição
Um texto em que se faz um retrato por escrito de um lugar, uma pessoa, um animal ou um
objeto. A classe de palavras mais utilizada nessa produção é o adjetivo, pela sua função
caracterizadora. Numa abordagem mais abstrata, pode-se até descrever sensações ou
sentimentos. Não há relação de anterioridade e posterioridade. Significa “criar” com palavras
a imagem do objeto descrito. É fazer uma descrição minuciosa do objeto ou da personagem a
que o texto se Pega. É um tipo textual que se agrega facilmente aos outros tipos em diversos
gêneros textuais. Tem predominância em gêneros como: cardápio, folheto turístico, anúncio
classificado, etc.
Dissertação
Dissertar é o mesmo que desenvolver ou explicar um assunto, discorrer sobre ele.
Dependendo do objetivo do autor, pode ter caráter expositivo ou argumentativo.
Dissertação-Exposição

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Apresenta um saber já construído e legitimado, ou um saber teórico. Apresenta informações


sobre assuntos, expõe, reflete, explica e avalia ideias de modo objetivo. O texto expositivo
apenas expõe ideias sobre um determinado assunto. A intenção é informar, esclarecer. Ex:
aula, resumo, textos científicos, enciclopédia, textos expositivos de revistas e jornais, etc.
Dissertação-Argumentação
Um texto dissertativo-argumentativo faz a defesa de ideias ou um ponto de vista do autor. O
texto, além de explicar, também persuade o interlocutor, objetivando convencê-lo de algo.
Caracteriza-se pela progressão lógica de ideias. Geralmente utiliza linguagem denotativa. É
tipo predominante em: sermão, ensaio, monografia, dissertação, tese, ensaio, manifesto,
crítica, editorial de jornais e revistas.
Injunção / Instrucional
Indica como realizar uma ação. Utiliza linguagem objetiva e simples. Os verbos são, na sua
maioria, empregados no modo imperativo, porém nota-se também o uso do infinitivo e o uso
do futuro do presente do modo indicativo. Ex: ordens; pedidos; súplica; desejo; manuais e
instruções para montagem ou uso de aparelhos e instrumentos; textos com regras de
comportamento; textos de orientação (ex: recomendações de trânsito); receitas, cartões com
votos e desejos (de natal, aniversário, etc.).
OBS1: Muitos estudiosos do assunto listam apenas os tipos acima. Alguns outros consideram
que existe também o tipo predição.
Predição
Caracterizado por predizer algo ou levar o interlocutor a crer em alguma coisa, a qual ainda
está por ocorrer. É o tipo predominante nos gêneros: previsões astrológicas, previsões
meteorológicas, previsões escatológicas/apocalípticas.
OBS2: Alguns estudiosos listam também o tipo Dialogal, ou Conversacional. Entretanto, esse
nada mais é que o tipo narrativo aplicado em certos contextos, pois toda conversação envolve
personagens, um momento temporal (não necessariamente explícito), um espaço (real ou
virtual), um enredo (assunto da conversa) e um narrador, aquele que relata a conversa.
Dialogal / Conversacional Caracteriza-se pelo diálogo entre os interlocutores. É o tipo
predominante nos gêneros: entrevista, conversa telefônica, chat, etc.
Gêneros textuais
Os Gêneros textuais são as estruturas com que se compõem os textos, sejam eles orais ou
escritos. Essas estruturas são socialmente reconhecidas, pois se mantêm sempre muito
parecidas, com características comuns, procuram atingir intenções comunicativas
semelhantes e ocorrem em situações específicas. Pode-se dizer que se tratam das variadas
formas de linguagem que circulam em nossa sociedade, sejam eles formais ou informais. Cada

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gênero textual tem seu estilo próprio, podendo então, ser identificado e diferenciado dos
demais através de suas características. Exemplos:
Carta
Quando se trata de “carta aberta” ou “carta ao leitor”, tende a ser do tipo
dissertativoargumentativo com uma linguagem formal, em que se escreve à sociedade ou a
leitores.
Quando se trata de “carta pessoal”, a presença de aspectos narrativos ou descritivos e uma
linguagem pessoal é mais comum. No caso da “carta denúncia”, em que há o relato de um
fato que o autor sente necessidade de o expor ao seu público, os tipos narrativos e
dissertativoexpositivo são mais utilizados. Observe o exemplo de uma carta ao leitor logo
abaixo:
Carta ao leitor
Nunca te vi, mas sempre te amei
Por: Martha San Juan França (Diretora de redação)
De todas as tarefas que fazem parte da rotina de redação de Galileu, a mais prazerosa
certamente é ler as cartas dos leitores. Os fãs da revista são de fato especiais e suas cartas
traduzem isso. São criativos, curiosos, observadores e não deixam passar nada. Fazem
perguntas tão difíceis quanto imprevisíveis. Querem saber de tudo: do monstro do Lago Ness
ao Projeto Genoma Humano. E não se contentam com respostas pela metade. Ler as dúvidas
que aparecem nas cartas, os comentários sobre as reportagens passadas e as sugestões de
futuras é gratificante para qualquer jornalista. Ainda mais para nós, jornalistas de Galileu, que
adoramos um bom desafio.
Felizmente, a revista conta com uma arma secreta para satisfazer tantas pessoas exigentes.
Vou 22ubst.2222s-la agora: Luiz Francisco Senne, nosso secretário de produção, professor de
português, roqueiro, colecionador de discos de vinil e livros usados, e responsável pelo
atendimento aos leitores. Kiko, como é muito mais conhecido, sabe também driblar as
angústias dos nossos jovens amigos em apuros.
Muitos pedem ajuda a Galileu quando recebem dos professores uma tarefa complicada e não
sabem a quem recorrer. Kiko responde delicada, mas firmemente: não dá para fazer o trabalho
escolar no lugar do aluno (é festa agora?). Mas simpatiza com o drama de leitores como este
cuja mensagem é reproduzida acima: “Vocês não poderiam dar uma dica de como ir bem numa
prova de física porque o meu cérebro está cansado?” Atendendo ao apelo levado aos
repórteres por Kiko, Galileu oferece a seus leitores a matéria “Os cientistas alertam: não
deveríamos existir”, do editor Marcelo Ferroni. Ela mostra que a física pode ser criativa em vez
de uma aula chata. Quer ver?

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Propaganda
É um gênero textual dissertativo expositivo onde há a o intuito de propagar informações
sobre algo, buscando sempre atingir e influenciar o leitor apresentando, na maioria das vezes,
mensagens que despertam as emoções e a sensibilidade do mesmo. Observe na imagem
abaixo:

Bula de remédio
Trata-se de um gênero textual descritivo, dissertativo expositivo e injuntivo que tem por
obrigação fornecer as informações necessárias para o correto uso do medicamento, como no
exemplo a seguir.

Receita
É um gênero textual descritivo e injuntivo que tem por objetivo informar a fórmula para
preparar tal comida, descrevendo os ingredientes e o preparo destes, além disso, com verbos

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no imperativo, dado o sentido de ordem, para que o leitor siga corretamente as instruções.
Observe na imagem a seguir:

Reportagem
É um gênero textual jornalístico de caráter dissertativo-expositivo. A reportagem tem, por
objetivo, informar e levar os fatos ao leitor de uma maneira clara, com linguagem direta.
“Mercado Central de Macapá poderá reabrir em março, prevê prefeitura”
Lojistas reclamam de transtornos durante demora nas obras de reformas. Prefeitura informou
que ponto turístico é ampliado e revitalizado.
Em obras desde novembro de 2015, o Mercado Central de Macapá deverá reabrir em março,
prevê a prefeitura. O local é um dos principais pontos turísticos da capital e reúne diversos
pontos de vendas de comidas típicas e artesanatos.
Essa é a terceira data reabertura. A primeira foi anunciada para maio de 2016 e a segunda
para setembro do mesmo ano. A obra foi orçada em aproximadamente R$ 2 milhões.
O investimento é financiado pelo Programa Calha Norte, do Governo Federal, por meio de
emenda parlamentar, e terá espaços com acessibilidade para pessoas com deficiência,
segundo a prefeitura.
A Secretaria Municipal de Obras (Semob) informou além da pintura, consertos na rede elétrica
e hidráulica e substituição do telhado, novos espaços serão implantados no local, como a
ampliação da área para lanchonetes, banheiros e a montagem de um palco para atrações
culturais. A última reforma aconteceu em 2013, quando o prédio completou 60 anos de
criação. ”

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História em quadrinhos
É um gênero narrativo que consiste em enredos contados em pequenos quadros através de
diálogos diretos entre seus personagens, gerando uma espécie de conversação. Observe o
exemplo abaixo:

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Charge
É um gênero textual narrativo onde se faz uma espécie de ilustração cômica, através de
caricaturas, com o objetivo de realizar uma sátira, crítica ou comentário sobre algum
acontecimento atual, em sua grande maioria.

Poema
Trabalho elaborado e estruturado em versos. Além dos versos, pode ser estruturado em
estrofes. Rimas e métrica também podem fazer parte de sua composição. Pode ou não ser
poético. Dependendo de sua estrutura, pode receber classificações específicas, como haicai,
soneto, epopeia, poema figurado, dramático, etc. Em geral, a presença de aspectos narrativos
e descritivos são mais frequentes neste gênero. Importante também é a distinção entre
poema e poesia. Poesia é o conteúdo capaz de transmitir emoções por meio de uma
linguagem, ou seja, tudo o que toca e comove pode ser considerado como poético. Assim,
quando se aplica a poesia ao gênero poema, resulta-se em um poema poético, quando
aplicada à prosa, resulta-se na prosa poética (até mesmo uma peça ou um filme podem ser
assim considerados).
Veja o exemplo de um poema poético, em Poema da purificação de Carlos Drummond De
Andrade:
Poema da purificação
Depois de tantos combates
o anjo bom matou o anjo mau
e jogou seu corpo no rio
As água ficaram tintas
de um sangue que não descorava
e os peixes todos morreram.

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Mas uma luz que ninguém soube


dizer de onde tinha vindo
apareceu para clarear o mundo,
e outro anjo pensou a ferida
do anjo batalhador.
Veja o exemplo de uma prosa poética, em um trecho da obra Iracema de José de Alencar: “O
guerreiro sem a esposa é como a árvore sem 27ubst. nem 27ubst.: nunca ela verá o fruto; o
guerreiro sem amigo é como a árvore solitária que o vento açouta no meio do campo: o fruto
dela nunca amadurece”.
Funções da Linguagem
Para que serve a linguagem?
Sabemos que a linguagem é uma das formas de apreensão e de comunicação das coisas do
mundo. O ser humano, ao viver em conjunto, utiliza vários códigos para representar o que
pensa, o que sente, o que quer, o que faz.
Sendo assim, o que conseguimos expressar e comunicar através da linguagem? Para que ela
funciona?
O estudo das funções da linguagem depende de seus fatores principais. Destacamos cada um
deles em particular:
Emissor – quem fala ou transmite uma mensagem a alguém
Receptor – (ou interlocutor) – quem recebe a mensagem
Mensagem – a informação ou o texto transmitido pelo emissor
Código – o sistema de sinais que permite acompreensão da mensagem
Referente – o contexto ou o assunto da mensagem
Partindo desses elementos, o linguista russo Roman Jakobson elaborou seus estudos acerca
das funções da linguagem para a análise e produção de textos. Em todo processo de
comunicação, a linguagem é expressa de acord com a função que se deseja enfatizar. A
multiplicidade da linguagem pode ser sintetizada em seis funções ou finalidades básicas. Veja
a seguir:
Função emotiva ou expressiva Na função emotiva (ou expressiva), 27ubst.2727sse a
linguagem do emissor que expressa sentimentos, emoções, avaliações centradas no ”eu” do
seu mundo interior. Predomina nas cartas pessoais, na poesia confessional, nas resenhas
críticas ou nas canções sentimentais, assim prevalece o uso da 1ª pessoa. Como no poema a
seguir:

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Carlos Drummond de Andrade: Sentimento do mundo


Tenho apenas duas mãos
e o sentimento do mundo,
mas estou cheio de escravos,
minhas lembranças escorrem
e o corpo transige
na confluência do amor.

Quando me levantar, o céu


estará morto e saqueado,
eu mesmo estarei morto,
morto meu desejo, morto
o pântano sem acordes.

Os camaradas não disseram


que havia uma guerra
e era necessário
trazer fogo e alimento.
Sinto-me disperso,
anterior a fronteiras,
humildemente vos peço
que me perdoeis.
Quando os corpos passarem,
eu ficarei sozinho
desfiando a recordação
do sineiro, da viúva e do microscopista
que habitavam a barraca
e não foram encontrados

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ao amanhecer
esse amanhecer
mais noite que a noite.
O poema que você acabou de ler é de autoria de um de nossos maiores poetas, Carlos
Drummond de Andrade, e ilustra bem a função da linguagem sobre a qual falaremos neste
artigo. No poema, que integra o livro “Sentimento do mundo”, Drummond posiciona-se em
relação ao tema que está abordando, expressando seus sentimentos e impressões pessoais.
Essas características são próprias da função emotiva da linguagem.
Função Apelativa ou Conativa
O objetivo da transmissão da mensagem é persuadir ou convencer o receptor. Os textos
publicitários apresentam essa finalidade: influenciar o comportamento do leitor, 29ubst.29-lo
com uma mensagem persuasiva. Normalmente, empregam-se verbos no Modo Imperativo,
como pronomes e verbos na 2ª ou 3ª pessoas.

A publicidade dialoga com seu público-alvo através da linguagem empregada, variando de


acordo com o tipo de público que pretende atingir.
Função Poética
Quando a mensagem é elaborada de forma inovadora, utilizando combinações sonoras ou
rítmicas, jogos de imagem ou de ideias. Desenvolve o sentido conotativo das palavras.
Predomina na poesia, mas pode ser encontrada em determinadas formas jornalísticas. Por
exemplo:
Serenata sintética – Cassiano Ricardo
Rua torta
Lua morta
Tua porta.

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Função Fática
A intenção é iniciar um contato através de cumprimentos com uma abordagem coloquial –
objetiva e rápida. Em textos escritos, têm muita importância os recursos gráficos. A função
fática tem o objetivo de fazer a manutenção do canal de comunicação. Como exemplo:

Função Metalinguística
Esta função refere-se à metalinguagem, que ocorre quando o emissor explica um código
usando o próprio código. É a poesia que fala da poesia, da sua função e do poeta, um texto
que comenta outro texto. As gramáticas e os dicionários são exemplos de metalinguagem.
Exemplo:
Vitória
Substantivo feminino 1. Ato ou efeito de sair-se vencedor, de triunfar sobre um inimigo,
competidor ou antagonista; triunfo. 2. Êxito, triunfo, sucesso alcançado.
Função Referencial
Transmite uma informação objetiva sobre a realidade. Dá prioridade aos dados concretos,
fatos e circunstâncias. É a linguagem característica das notícias de jornal, do discurso científico
e de qualquer exposição deconceitos. Coloca em evidência o referente, ou seja, o assunto ao
qual a mensagem se refere.
Observe a notícia publicada pelo G1-Amapá:
“Protesto contra estrutura precária de escola do Amapá viraliza na internet”
Estudantes publicaram fotos nas redes sociais em pontos críticos do prédio. Escola estadual
Tiradentes foi selecionada para modelo de ensino integral
Uniformizados, estudantes da escola estadual Tiradentes publicaram fotos nas redes sociais
em pontos críticos do prédio, que se encontra em situação precária, segundo eles. O protesto
é para chamar a atenção sobre a implantação, diante dos problemas, do modelo de ensino
em tempo integral, confirmado para 2017 no Amapá.

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A Secretaria de Estado da Educação (SEED) destacou que uma equipe de implantação do


programa de Educação em Tempo Integral (ETI) realizou uma série de visitas às escolas que
terão a nova modalidade de ensino e devem receber reformas. A SEED ressaltou que está
aberta ao diálogo com a comunidade escolar.
As fotos foram publicadas na página do grêmio estudantil da escola e alcançaram até o
momento mais de 2 mil compartilhamentos. Nas imagens, os alunos seguram cartazes com
dizeres sobre a situação do espaço, na visão de cada aluno, e alertas sobre perigos. ”
Articulação do texto
Para construirmos um texto, precisamos de palavras. Estas palavras para terem um sentido
precisam estar ligadas entre si. Esta ligação é feita por pronomes ou conjunções. Temos
também as expressões referenciais e operadores sequenciais que darão uma coesão ao texto.
Estas expressões e operadores ajudam a tornar o texto mais compreensivo evitando
repetições de palavras ou redundâncias (repetição de ideias ou excesso de palavras ou
expressões).
PRONOMES
Pronome: palavra que substitui ou acompanha um substantivo (nome), definindo-lhe os
limites de significação; Ele pode também trazer de volta uma frase ou ideia já expressa no
texto.
Ex.: Ele prestou socorro
É palavra variável em gênero, número e pessoa que substitui ou determina um substantivo,
relacionando-o às três pessoas do discurso.
Quanto às pessoas do discurso, temos:
1ª pessoa – aquele que fala, emissor;
2ª pessoa – aquele com quem se fala, receptor;
3ª pessoa – aquele de que ou de quem se fala, referente.
Ex.: Minha tia é legal, mas a sua é chata
Expressões referenciais:
As expressões referenciais são usadas para introduzir algo no texto ou fazer referência a algo
que já foi dito no texto.
Exemplo: O SENAI oferece cursos de marceneiro e padeiro em sua unidade de Vila Velha. Estes
cursos têm 20 vagas cada um.
Neste texto verificamos que “cursos de marceneiro e padeiro” foi introduzido no texto e
“estes cursos” faz referência aos cursos de marceneiro e padeiro.

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NEXO
O nexo é a união entre duas ou mais coisas. Ele dá coerência e coesão ao texto ligando de
forma simples e harmoniosa situações, acontecimentos ou ideias; Ele conecta as palavras para
dar sentido e lógica a este texto.
Coesão Textual: São elementos utilizados para garantir a ligação entre as palavras e interligar
partes diferentes do texto. Estas ligações são feitas através de pronomes, preposições e
conjunções.
Coerência textual: Ela dá lógica entre estas ligações de situações, acontecimentos ou ideias
para que o texto faça sentido e não tenha contradição. Ela evita vícios de linguagem (Palavras
ou construções que dificultam a compreensão do texto).
OPERADORES SEQUENCIAIS
Os operadores sequenciais são recursos de coesão textual, especificamente a coesão
sequencial.
Coesão sequencial
Para a coesão sequencial, são usados conjunções, conectivos e expressões que dão
continuidade aos assuntos e ligam as orações para que possam ser articuladas e relacionadas.
A coesão textual usa expressões que são responsáveis pela coesão sequencial nos textos.
Adição/inclusão: Além disso, também, até; é certo que…
Oposição: Todavia, mas, porém…
Afirmação/igualdade: Na verdade, realmente…
Exclusão: Senão, apenas, exceto…
Enumeração: A princípio, em…
Explicação: Como vimos, portanto, isto é, por exemplo…
Conclusão: Por fim, finalmente, em última análise…
Continuação: No geral, por sua vez…

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“Há uma grande diferença se fala um deus ou um herói; se um velho amadurecido ou um jovem
impetuoso na flor da idade; se uma matrona autoritária ou uma dedicada; se um mercador
errante ou um lavrador de pequeno campo fértil (...)”
Todas as pessoas que falam uma determinada língua conhecem as estruturas gerais, básicas,
de funcionamento podem sofrer variações devido à influência de inúmeros fatores. Tais
variações, que às vezes são pouco perceptíveis e outras vezes bastante evidentes, recebem o
nome genérico de variedades ou variações linguísticas.
Nenhuma língua é usada de maneira uniforme por todos os seus falantes em todos os lugares
e em qualquer situação. Sabe-se que, numa mesma língua, há formas distintas para traduzir o
mesmo significado dentro de um mesmo contexto. Suponham-se, por exemplo, os dois
enunciados a seguir:
Veio me visitar um amigo que eu morei na casa dele faz tempo.
Veio visitar-me um amigo em cuja casa eu morei há anos.
Qualquer falante do português reconhecerá que os dois enunciados pertencem ao seu idioma
e têm o mesmo sentido, mas também que há diferenças. Pode dizer, por exemplo, que o
segundo é de uma pessoa mais “estudada”.
Isso é prova de que, ainda que intuitivamente e sem saber dar grandes explicações, as pessoas
têm noção de que existem muitas maneiras de falar a mesma língua. É o que os teóricos
chamam de variações linguísticas.
As variações que distinguem uma variante de outra se
manifestam em quatro planos distintos, a saber: fônico, morfológico, sintático e lexical.
Variações Fônicas
São as que ocorrem no modo de pronunciar os sons constituintes da palavra. Os exemplos de
variação fônica são abundantes e, ao lado do vocabulário, constituem os domínios em que se
percebe com mais nitidez a diferença entre uma variante e outra. Entre esses casos, podemos
citar:
- a queda do “r” final dos verbos, muito comum na linguagem oral no português: falá, vendê,
curti (em vez de curtir), compô.
- o acréscimo de vogal no início de certas palavras: eu me alembro, o pássaro avoa, formas
comuns na linguagem clássica, hoje frequentes na fala caipira.
- a queda de sons no início de palavras: ocê, cê, ta, tava, marelo (amarelo), margoso
(amargoso), características na linguagem oral coloquial.
- a redução de proparoxítonas a paroxítonas: Petrópis (Petrópolis), fórfi (fósforo), porva
(pólvora), todas elas formas típicas de pessoas de baixa condição social.

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- A pronúncia do “l” final de sílaba como “u” (na maioria das regiões do Brasil) ou como “l”
(em certas regiões do Rio Grande do Sul e Santa Catarina) ou ainda como “r” (na linguagem
caipira): quintau, quintar, quintal; pastéu, paster, pastel; faróu, farór, farol.
- deslocamento do “r” no interior da sílaba: largato, preguntar, estrupo, cardeneta, típicos de
pessoas de baixa condição social.
Variações Morfológicas
São as que ocorrem nas formas constituintes da palavra. Nesse domínio, as diferenças entre
as variantes não são tão numerosas quanto as de natureza fônica, mas não são desprezíveis.
Como exemplos, podemos citar:
- o uso do prefixo hiper- em vez do sufixo -íssimo para criar o superlativo de adjetivos, recurso
muito característico da linguagem jovem urbana: um cara hiper-humano (em vez de
humaníssimo), uma prova hiper difícil (em vez de dificílima), um carro hiper possante (em vez
de possantíssimo).
- a conjugação de verbos irregulares pelo modelo dos regulares: ele interviu (interveio), se ele
manter (mantiver), se ele ver (vir) o recado, quando ele repor (repuser).
- a conjugação de verbos regulares pelo modelo de irregulares: vareia (varia), negoceia
(negocia).
- uso de substantivos masculinos como femininos ou vice-versa: duzentas gramas de presunto
(duzentos), a champanha (o champanha), tive muita dó dela (muito dó), mistura do cal (da
cal).
- a omissão do “s” como marca de plural de substantivos e adjetivos (típicos do falar
paulistano): os amigo e as amiga, os livro indicado, as noite fria, os caso mais comum.
- o enfraquecimento do uso do modo subjuntivo: Espero que o Brasil reflete (reflita) sobre o
que aconteceu nas últimas eleições; Se eu estava (estivesse) lá, não deixava acontecer; Não é
possível que ele esforçou (tenha se esforçado) mais que eu.
Variações Sintáticas
Dizem respeito às correlações entre as palavras da frase. No domínio da sintaxe, como no da
morfologia, não são tantas as diferenças entre uma variante e outra. Como exemplo, podemos
citar:
- o uso de pronomes do caso reto com outra função que não a de sujeito: encontrei ele (em
vez de encontrei-o) na rua; não irão sem você e eu (em vez de mim); nada houve entre tu (em
vez de ti) e ele.
- o uso do pronome lhe como objeto direto: não lhe (em vez de “o”) convidei; eu lhe (em vez
de “o”) vi ontem.

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- a ausência da preposição adequada antes do pronome relativo em função de complemento


verbal: são pessoas que (em vez de: de que) eu gosto muito; este é o melhor filme que (em
vez de a que) eu assisti; você é a pessoa que (em vez de em que) eu mais confio.
- a substituição do pronome relativo “cujo” pelo pronome “que” no início da frase mais a
combinação da preposição “de” com o pronome “ele” (=dele): É um amigo que eu já conhecia
a família dele (em vez de cuja família eu já conhecia).
- a mistura de tratamento entre tu e você, sobretudo quando se trata de verbos no imperativo:
Entra, que eu quero falar com você (em vez de contigo); Fala baixo que a sua (em vez de tua)
voz me irrita.
- ausência de concordância do verbo com o sujeito: Eles chegou tarde (em grupos de baixa
extração social); Faltou naquela semana muitos alunos; Comentou-se os episódios.
Variações Léxicas

É o conjunto de palavras de uma língua. As variantes do plano do léxico, como as do plano


fônico, são muito numerosas e caracterizam com nitidez uma variante em confronto com
outra. Eis alguns, entre múltiplos exemplos possíveis de citar:

- a escolha do adjetivo maior em vez do advérbio muito para formar o grau superlativo dos
adjetivos, características da linguagem jovem de alguns centros urbanos: maior legal; maior
difícil; Esse amigo é um carinha maior esforçado.
- as diferenças lexicais entre Brasil e Portugal são tantas e, às vezes, tão surpreendentes, que
têm sido objeto de piada de lado a lado do Oceano. Em Portugal chamam de cueca aquilo que
no Brasil chamamos de calcinha; o que chamamos de fila no Brasil, em Portugal chamam de
bicha; café da manhã em Portugal se diz pequeno almoço; camisola em Portugal traduz o
mesmo que chamamos de suéter, malha, camiseta. Designações das Variantes Lexicais:
- Arcaísmo: diz-se de palavras que já caíram de uso e, por isso, denunciam uma linguagem já
ultrapassada e envelhecida. É o caso de reclame, em vez de anúncio publicitário; na década
de 60, o rapaz chamava a namorada de broto (hoje se diz gatinha ou forma semelhante), e um
homem bonito era um pão; na linguagem antiga, médico era designado pelo nome físico; um
bobalhão era chamado de coió ou bocó; em vez de refrigerante usava-se gasosa; algo muito
bom, de qualidade excelente, era supimpa.
- Neologismo: é o contrário do arcaísmo. Trata-se de palavras recém-criadas, muitas das quais
mal ou nem entraram para os dicionários. A moderna linguagem da computação tem vários
exemplos, como escanear, deletar, printar; outros exemplos extraídos da tecnologia moderna
são mixar (fazer a combinação de sons), robotizar, robotização.
- Estrangeirismo: trata-se do emprego de palavras emprestadas de outra língua, que ainda
não foram aportuguesadas, preservando a forma de origem. Nesse caso, há muitas expressões
latinas, sobretudo da linguagem jurídica, tais como: habeas-corpus (literalmente, “tenhas o

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corpo” ou, mais livremente, “estejas em liberdade”), ipso facto (“pelo próprio fato de”, “por
isso mesmo”), ipsis litteris (textualmente, “com as mesmas letras”), grosso modo (“de modo
grosseiro”, “impreciso”), sic (“assim, como está escrito”), data venia (“com sua permissão”).
As palavras de origem inglesas são inúmeras: insight (compreensão repentina de algo, uma
percepção súbita), feeling (“sensibilidade”, capacidade de percepção), briefing (conjunto de
informações básicas), jingle (mensagem publicitária em forma de música).
Do francês, hoje são poucos os estrangeirismos que ainda não se aportuguesaram, mas há
ocorrências: hors-concours (“fora de concurso”, sem concorrer a prêmios), tête-à-tête
(palestra particular entre duas pessoas), esprit de corps (“espírito de corpo”, corporativismo),
menu (cardápio), à la carte (cardápio “à escolha do freguês”), physique du rôle (aparência
adequada à caracterização de um personagem).
- Jargão: é o vocabulário típico de um campo profissional como a medicina, a engenharia, a
publicidade, o jornalismo. No jargão médico temos uso tópico (para remédios que não devem
ser ingeridos), apneia (interrupção da respiração), AVC ou acidente vascular cerebral (derrame
cerebral). No jargão jornalístico chama-se de gralha, pastel ou caco o erro tipográfico como a
troca ou inversão de uma letra. A palavra lide é o nome que se dá à abertura de uma notícia
ou reportagem, onde se apresenta sucintamente o assunto ou se destaca o fato essencial.
Quando o lide é muito prolixo, é chamado de nariz-de-cera. Furo é notícia dada em primeira
mão. Quando o furo se revela falso, foi uma barriga. Entre os jornalistas é comum o uso do
verbo repercutir como transitivo direto: Vá lá repercutir a notícia de renúncia! (esse uso é
considerado errado pela gramática normativa).
- Gíria: é o vocabulário especial de um grupo que não deseja ser entendido por outros grupos
ou que pretende marcar sua identidade por meio da linguagem. Existe a gíria de grupos
marginalizados, de grupos jovens e de segmentos sociais de contestação, sobretudo quando
falam de atividades proibidas. A lista de gírias é numerosíssima em qualquer língua: ralado
(no sentido de afetado por algum prejuízo ou má-sorte), ir pro brejo (ser malsucedido,
fracassar, prejudicar-se irremediavelmente), cara ou cabra (indivíduo, pessoa), bicha
(homossexual masculino), levar um lero (conversar).
- Preciosismo: diz-se que é preciosista um léxico excessivamente erudito, muito raro, afetado:
Escoimar (em vez de corrigir); procrastinar (em vez de adiar); discrepar (em vez de discordar);
cinesíforo (em vez de motorista); obnubilar (em vez de obscurecer ou embaçar); conúbio (em
vez de casamento); chufa (em vez de caçoada, troça).
- Vulgarismo: é o contrário do preciosismo, ou seja, o uso de um léxico vulgar, rasteiro,
obsceno, grosseiro. É o caso de quem diz, por exemplo, de saco cheio (em vez de aborrecido),
se ferrou (em vez de se deu mal, arruinou-se), feder (em vez de cheirar mal), ranho (em vez de
muco, secreção do nariz).

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Tipos de Variação
Não tem sido fácil para os estudiosos encontrar para as variantes linguísticas um sistema de
classificação que seja simples e, ao mesmo tempo, capaz de dar conta de todas as diferenças
que caracterizam os múltiplos modos de falar dentro de uma comunidade linguística. O
principal problema é que os critérios adotados, muitas vezes, se superpõem, em vez de
atuarem isoladamente.
As variações mais importantes, para o interesse do concurso público, são os seguintes:
- Sócio-Cultural: Esse tipo de variação pode ser percebido com certa facilidade. Por exemplo,
alguém diz a seguinte frase:
“Tá na cara que eles não teve peito de encará os ladrão.” (frase 1)
Que tipo de pessoa comumente fala dessa maneira? Vamos caracterizá-la, por exemplo, pela
sua profissão: um advogado? Um trabalhador braçal de construção civil? Um médico? Um
garimpeiro? Um repórter de televisão?
E quem usaria a frase abaixo?
“Obviamente faltou-lhe coragem para enfrentar os ladrões.”
(frase 2)
Sem dúvida, associamos à frase 1 os falantes pertencentes a grupos sociais economicamente
mais pobres. Pessoas que, muitas vezes, não frequentaram nem a escola primária, ou, quando
muito, fizeram-no em condições não adequadas.
Por outro lado, a frase 2 é mais comum aos falantes que tiveram possibilidades
socioeconômicas melhores e puderam, por isso, ter um contato mais duradouro com a escola,
com a leitura, com pessoas de um nível cultural mais elevado e, dessa forma, “aperfeiçoaram”
o seu modo de utilização da língua.
Convém ficar claro, no entanto, que a diferenciação feita acima está bastante simplificada,
uma vez que há diversos outros fatores que interferem na maneira como o falante escolhe as
palavras e constrói as frases. Por exemplo, a situação de uso da língua: um advogado, num
tribunal de júri, jamais usaria a expressão “tá na cara”, mas isso não significa que ele não possa
usá-la numa situação informal (conversando com alguns amigos, por exemplo).
Da comparação entre as frases 1 e 2, podemos concluir que as condições sociais influem no
modo de falar dos indivíduos, gerando, assim, certas variações na maneira de usar uma
mesma língua. A elas damos o nome de variações socioculturais.
- Geográfica: é, no Brasil, bastante grande e pode ser facilmente notada. Ela se caracteriza
pelo acento linguístico, que é o conjunto das qualidades fisiológicas do som (altura, timbre,
intensidade), por isso é uma variante cujas marcas se notam principalmente na pronúncia. Ao
conjunto das características da pronúncia de uma determinada região dá-se o nome de

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sotaque: sotaque mineiro, sotaque nordestino, sotaque gaúcho etc. A variação geográfica,
além de ocorrer na pronúncia, pode também ser percebida no vocabulário, em certas
estruturas de frases e nos sentidos diferentes que algumas palavras podem assumir em
diferentes regiões do país.
Leia, como exemplo de variação geográfica, o trecho abaixo, em que Guimarães Rosa, no
conto “São Marcos”, recria a fala de um típico sertanejo do centro-norte de Minas:
“__ Mas você tem medo dele... [de um feiticeiro chamado Mangolô!].
__Há-de-o!... Agora, abusar e arrastar mala, não faço. Não faço, porque não paga a pena...
De primeiro, quando eu era moço, isso sim!... Já fui gente. Para ganhar aposta, já fui, de noite,
foras d’hora, em cemitério... (...). Quando a gente é novo, gosta de faze bonito, gosta de se
comparecer. Hoje, não, estou percurando é sossego...”
- Histórica: as línguas não são estáticas, fixas, imutáveis. Elas se alteram com o passar do
tempo e com o uso. Muda a forma de falar, mudam as palavras, a grafia e o sentido delas.
Essas alterações recebem o nome de variações históricas.
Os dois textos a seguir são de Carlos Drummond de Andrade. Neles, o escritor, meio em tom
de brincadeira, mostra como língua vai mudando com o tempo. No texto I, ele fala das palavras
de antigamente e, no texto II, fala das palavras de hoje.

QUESTÕES

01. "Todas as variedades linguísticas são estruturadas e correspondem a sistemas e


subsistemas adequados às necessidades de seus usuários. Mas o fato de estar a língua
fortemente ligada à estrutura social e aos sistemas de valores da sociedade conduz a uma
avaliação distinta das características das suas diversas modalidades regionais, sociais e
estilísticas. A língua padrão, por exemplo, embora seja uma entre as muitas variedades de um
idioma, é sempre a mais prestigiosa, porque atua como modelo, como norma, como ideal
linguístico de uma comunidade. Do valor normativo decorre a sua função coercitiva sobre as
outras variedades, com o que se torna uma ponderável força contrária à variação."
Celso Cunha. Nova gramática do português contemporâneo. Adaptado.
A partir da leitura do texto, podemos inferir que uma língua é:
a) conjunto de variedades linguísticas, dentre as quais uma alcança maior valor social e passa
a ser considerada exemplar.
b) sistema que não admite nenhum tipo de variação linguística, sob pena de empobrecimento
do léxico.
c) a modalidade oral alcança maior prestígio social, pois é o resultado das adaptações
linguísticas produzidas pelos falantes.
d) A língua padrão deve ser preservada na modalidade oral e escrita, pois toda modificação é
prejudicial a um sistema linguístico.

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02. Enem (Variações linguísticas no Enem)

Até quando?
Não adianta olhar pro céu
Com muita fé e pouca luta
Levanta aí que você tem muito protesto pra fazer
E muita greve, você pode, você deve, pode crer
Não adianta olhar pro chão
Virar a cara pra não ver
Se liga aí que te botaram numa cruz e só porque Jesus
Sofreu não quer dizer que você tenha que sofrer!
GABRIEL, O PENSADOR. Seja você mesmo (mas não seja sempre o mesmo).
Rio de Janeiro: Sony Music, 2001 (fragmento).
As escolhas linguísticas feitas pelo autor conferem ao texto
a) caráter atual, pelo uso de linguagem própria da internet.
b) cunho apelativo, pela predominância de imagens metafóricas.
c) tom de diálogo, pela recorrência de gírias.
d) espontaneidade, pelo uso da linguagem coloquial.
e) originalidade, pela concisão da linguagem

03. Enem 2012 (Variações linguísticas no Enem)

Antigamente
Antigamente, os pirralhos dobravam a língua diante dos pais e se um se esquecia de arear os
dentes antes de cair nos braços de Morfeu, era capaz de entrar no couro. Não devia também
se esquecer de lavar os pés, sem tugir nem mugir. Nada de bater na cacunda do padrinho,
nem de debicar os mais velhos, pois levava tunda. Ainda cedinho, aguava as plantas, ia ao
corte e logo voltava aos penates. Não ficava mangando na rua, nem escapulia do mestre,
mesmo que não entendesse patavina da instrução moral e cívica. O verdadeiro smart calçava
botina de botões para comparecer todo liró ao copo d’água, se bem que no convescote apenas
lambiscasse, para evitar flatos. Os bilontras é que eram um precipício, jogando com pau de
dois bicos, pelo que carecia muita cautela e caldo de galinha. O melhor era pôr as barbas de

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molho diante de um treteiro de topete, depois de fintar e engambelar os coiós, e antes que
se pusesse tudo em pratos limpos, ele abria o arco.
ANDRADE, C. D. Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1983 (fragmento).
Texto II
Expressão Significado

Cair nos braços de Morfeu Dormir

Debicar Zombar, ridicularizar

Tunda Surra

Mangar Escarnecer, caçoar

Tugir Murmurar

Liró Bem-vestido

Copo d'água Lanche oferecido pelos


amigos

Convescote Piquenique

Treteiro de topete Tratante atrevido

Abrir o arco Fugir

Bilontra Velhaco
FIORIN, J. L. As línguas mudam. In: Revista Língua Portuguesa, n. 24, out. 2007 (adaptado).
Na leitura do fragmento do texto Antigamente constata-se, pelo emprego de palavras
obsoletas, que itens lexicais outrora produtivos não mais o são no português brasileiro atual.
Esse fenômeno revela que
a) a língua portuguesa de antigamente carecia de termos para se referir a fatos e coisas do
cotidiano.
b) o português brasileiro se constitui evitando a ampliação do léxico proveniente do português
europeu.
c) a heterogeneidade do português leva a uma estabilidade do seu léxico no eixo temporal.
d) o português brasileiro apoia-se no léxico inglês para ser reconhecido como língua
independente.

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e) o léxico do português representa uma realidade linguística variável e diversificada

04. Contudo, a divergência está no fato de existirem pessoas que possuem um grau de
escolaridade mais elevado e com um poder aquisitivo maior que consideram um determinado
modo de falar como o “correto”, não levando em consideração essas variações que ocorrem
na língua. Porém, o senso linguístico diz que não há variação superior à outra, e isso acontece
pelo “fato de no Brasil o português ser a língua da imensa maioria da população não implica
automaticamente que esse português seja um bloco compacto coeso e
homogêneo”. (BAGNO, 1999, p. 18)
Sobre o fragmento do texto de Marcos Bagno, podemos inferir, exceto:
a) A língua deve ser preservada e utilizada como um instrumento de opressão. Quem estudou
mais define os padrões linguísticos, analisando assim o que é correto e o que deve ser evitado
na língua.
b) As variações linguísticas são próprias da língua e estão alicerçadas nas diversas intenções
comunicacionais.
c) A variedade linguística é um importante elemento de inclusão, além de instrumento de
afirmação da identidade de alguns grupos sociais.
d) O aprendizado da língua portuguesa não deve estar restrito ao ensino das regras.
e) Segundo Bagno, não podemos afirmar que exista um tipo de variante que possa ser
considerada superior à outra, já que todas possuem funções dentro de um determinado grupo
social.

GABARITO

Resposta Questão 1
Alternativa “a”. Embora as variedades linguísticas sejam consideradas importantes do ponto
de vista comunicacional, a língua padrão ainda alcança maior prestígio social.

Resposta Questão 2
Alternativa “d”. A linguagem coloquial adotada por Gabriel, O Pensador, confere à letra da
música grande espontaneidade, marca do discurso utilizado no gênero textual rap.

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Resposta Questão 3
Alternativa “e”. O texto de Carlos Drummond de Andrade apresenta exemplos de palavras ou
expressões que caíram em desuso, o que comprova o dinamismo da língua e as variações
sofridas ao longo do tempo.

Resposta Questão 4
Alternativa “a”. É fundamental que as variações linguísticas sejam respeitadas e
compreendidas, já que dizem respeito a um organismo vivo, que é a língua. Esta, por sua vez,
jamais deve ser utilizada como instrumento de opressão, pois cada variante exerce uma
função dentro de um grupo social. Respeitar as variações linguísticas é um dos princípios da
cidadania.

QUESTÕES DE CONCURSOS

01. (Fuvest – Primeira Fase)

A civilização “pós-moderna” culminou em um progresso inegável, que não foi percebido


antecipadamente, em sua inteireza. Ao mesmo tempo, sob o “mau uso” da ciência, da
tecnologia e da capacidade de invenção nos precipitou na miséria moral inexorável. Os que
condenam a ciência, a tecnologia e a invenção criativa por essa miséria ignoram os desafios
que explodiram com o capitalismo monopolista de sua terceira fase.

Em páginas secas premonitórias, E. Mandel1 apontara tais riscos. O “livre jogo do mercado”
(que não é e nunca foi “livre”) rasgou o ventre das vítimas: milhões de seres humanos nos
países ricos e uma carrada maior de milhões nos países pobres. O centro acabou fabricando a
sua periferia intrínseca e apossou-se, como não sucedeu nem sob o regime colonial direto,
das outras periferias externas, que abrangem quase todo o “resto do mundo”.
1: Ernest Ezra Mandel (1923-1995): economista e militante político belga.

O emprego de aspas em uma dada expressão pode servir, inclusive, para indicar que ela

I. foi utilizada pelo autor com algum tipo de restrição;


II. pertence ao jargão de uma determinada área do conhecimento;
III. contém sentido pejorativo, não assumido pelo autor.
Considere as seguintes ocorrências de emprego de aspas presentes no texto:

A. “pós-moderna” (L. 1);


B. “mau uso” (L. 2);
C. “livre jogo do mercado” (L.6);
D. “livre” (L. 7);
E. “resto do mundo” (L. 9).
As modalidades I, II e III de uso de aspas, elencadas acima, verificam-se, respectivamente, em

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a) A, C e E
b) B, C e D
c) C, D e E
d) A, B e E
e) B, D e A

02. (Enem – Segundo Dia)

“Ele era o inimigo do rei”, nas palavras de seu biógrafo, Lira Neto. Ou, ainda, “um romancista
que colecionava desafetos, azucrinava D. Pedro II e acabou inventando o Brasil”. Assim era
José de Alencar (1829-1877), o conhecido autor de O guarani e Iracema, tido como o pai do
romance no Brasil.

Além de criar clássicos da literatura brasileira com temas nativistas, indianistas e históricos,
ele foi também folhetinista, diretor de jornal, autor de peças de teatro, advogado, deputado
federal e até ministro da Justiça. Para ajudar na descoberta das múltiplas facetas desse
personagem do século XIX, parte de seu acervo inédito será digitalizada. História Viva, n.° 99, 2011.

Com base no texto, que trata do papel do escritor José de Alencar e da futura digitalização de
sua obra, depreende-se que

a) a digitalização dos textos é importante para que os leitores possam compreender seus
romances.

b) o conhecido autor de O guarani e Iracema foi importante porque deixou uma vasta obra
literária com temática atemporal.

c) a divulgação das obras de José de Alencar, por meio da digitalização, demonstra sua
importância para a história do Brasil Imperial.

d) a digitalização dos textos de José de Alencar terá importante papel na preservação da


memória linguística e da identidade nacional.

e) o grande romancista José de Alencar é importante porque se destacou por sua temática
indianista.

03. (Enem – Segundo Dia)

A substituição do haver por ter em construções existenciais, no português do Brasil,


corresponde a um dos processos mais característicos da história da língua portuguesa,
paralelo ao que já ocorrera em relação à aplicação do domínio de ter na área semântica de
“posse”, no final da fase arcaica.

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Mattos e Silva (2001:136) analisa as vitórias de ter sobre haver e discute a emergência de ter
existencial, tomando por base a obra pedagógica de João de Barros. Em textos escritos nos
anos quarenta e cinquenta do século XVI, encontram-se evidências, embora raras, tanto de
ter “existencial”, não mencionado pelos clássicos estudos de sintaxe histórica, quanto de
haver como verbo existencial com concordância, lembrado por Ivo Castro, e anotado como
“novidade” no século XVIII por Said Ali.

Como se vê, nada é categórico e um purismo estreito só revela um conhecimento deficiente


da língua. Há mais perguntas que respostas. Pode-se conceber uma norma única e prescritiva?
É válido confundir o bom uso e a norma com a própria língua e dessa forma fazer uma
avaliação crítica e hierarquizante de outros usos e, através deles, dos usuários? Substitui-se
uma norma por outra?

CALLOU, D. A propósito de norma, correção e preconceito linguístico: do presente para o passado, In: Cadernos de Letras da UFF, n.° 36, 2008.
Disponível em: www.uff.br. Acesso em: 26 fev. 2012 (adaptado).

Para a autora, a substituição de “haver” por “ter” em diferentes contextos evidencia que:

a) o estabelecimento de uma norma prescinde de uma pesquisa histórica.

b) os estudo clássicos de sintaxe histórica enfatizam a variação e a mudança na língua.

c) a avaliação crítica e hierarquizante dos usos da língua fundamenta a definição da norma.

d) a adoção de uma única norma revela uma atitude adequada para os estudos linguísticos.
e) os comportamentos puristas são prejudiciais à compreensão da constituição linguística.

04. (UERJ)

“Todo abacate é verde. O incrível Hulk é verde. O incrível Hulk é um abacate.”


Todo argumento pode se tornar um sofisma: um raciocínio errado ou inadequado que nos
leva a conclusões falsas ou improcedentes.

O último parágrafo do texto é um exemplo de sofisma, considerando que, da constatação de


que todo abacate é verde, não se pode deduzir que só os abacates têm cor verde.

Esse é o tipo de sofisma que adota o seguinte procedimento:

a) enumeração incorreta
b) generalização invertida
c) representação imprecisa
d) exemplificação inconsistente

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05. (ETEC )
“Em um mundo marcado por conflitos em diferentes regiões, as operações de manutenção
da paz das Nações Unidas são a expressão mais visível do compromisso solidário da
comunidade internacional com a promoção da paz e da segurança.
Embora não estejam expressamente mencionadas na Carta da ONU, elas funcionam como
instrumento para assegurar a presença dessa organização em áreas conflagradas, de modo a
incentivar as partes em conflito a superar suas disputas por meio pacífico – razão pela qual
não devem ser vistas como forma de intervenção armada.” Acesso em: 26.08.2016. Adaptado.

Historicamente, o Brasil envia soldados para participar de operações de paz. Em 2004, foi
criada pelo Conselho de Segurança da ONU a Missão das Nações Unidas para Estabilização do
Haiti (Minustah).

De acordo com o texto, essa missão foi criada para:

a) restabelecer a segurança e normalidade institucional do Haiti após sucessivos episódios de


turbulência política e de violência, que marcaram esse país no início do século XXI.

b) atacar os garimpos ilegais de diamantes no interior do Haiti, que usavam mão de obra
infantil nas minas onde esse minério é encontrado.

c) combater o narcotráfico comandado pelo Cartel de Medelin, que a partir do Haiti distribuía
drogas para todos os países da América Latina.

d) acabar com os problemas ambientais crônicos no Haiti, pois esse país era o principal
responsável pela poluição ambiental no Caribe.

e) extinguir a rede de trabalho escravo existente no Haiti, que utilizava esse tipo de mão de
obra nas plantações de soja e trigo.

06 (Fatec – 1º Semestre – Prova) Leia o texto para responder às questões.

O labirinto dos manuais


Há alguns meses troquei meu celular. Um modelo lindo, pequeno, prático. Segundo a
vendedora, era capaz de tudo e mais um pouco. Fotografava, fazia vídeos, recebia e-mails e
até servia para telefonar. Abri o manual, entusiasmado. “Agora eu aprendo”, decidi, folheando
as 49 páginas. Já na primeira, tentei executar as funções. Duas horas depois, eu estava prestes
a roer o aparelho. O manual tentava prever todas as possibilidades. Virou um labirinto de
instruções!

Na semana seguinte, tentei baixar o som da campainha. Só aumentava. Buscava o vibracall,


não achava. Era só alguém me chamar e todo mundo em torno saía correndo, pensando que
era o alarme de incêndio! Quem me salvou foi um motorista de táxi.

— Manual só confunde – disse didaticamente. – Dá uma de curioso.

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Insisti e finalmente descobri que estava no vibracall há meses! O único problema é que agora
não consigo botar a campainha de volta!

Atualmente, estou de computador novo. Fiz o que toda pessoa minuciosa faria. Comprei um
livro. Na capa, a promessa: “Rápido e fácil” – um guia prático, simples e colorido! Resolvi: “Vou
seguir cada instrução, página por página. Do que adianta ter um supercomputador se não sei
usá-lo?”. Quando cheguei à página 20, minha cabeça latejava. O livro tem 342! Cada vez que
olho, dá vontade de chorar! Não seria melhor gastar o tempo relendo Guerra e Paz*?

Tudo foi criado para simplificar. Mas até o microndas ficou difícil. A não ser que eu queira fazer
pipoca, que possui sua tecla própria. Mas não posso me alimentar só de pipoca! Ainda se
emagrecesse... E o fax com secretária eletrônica? O anterior era simples. Eu apertava um
botão e apagava as mensagens. O atual exige que eu toque em um, depois em outro para
confirmar, e de novo no primeiro! Outro dia, a luzinha estava piscando. Tentei ouvir a
mensagem. A secretária disparou todas as mensagens, desde o início do ano!

Eu sei que para a garotada que está aí tudo parece muito simples. Mas o mundo é para todos,
não é? Talvez alguém dê aulas para entender manuais! Ou o jeito seria aprender só aquilo de
que tenho realmente necessidade, e não usar todas as funções. É o que a maioria das pessoas
acaba fazendo! (Walcyr Carrasco, Veja SP, 19.09.2007. Adaptado)

1) Livro do escritor russo Liev Tolstói. Com mais de mil páginas e centenas de personagens, é
considerada uma das maiores obras da história da literatura.

Pelos comentários feitos pelo narrador, pode-se concluir corretamente que

a) a leitura de obras-primas da literatura é atividade mais produtiva do que utilizar celulares


e computadores.

b) os manuais cujas diversas instruções os usuários não conseguem compreender e pôr em


prática são improdutivos.

c) a vendedora foi convincente, pois o narrador comprou o celular, embora duvidasse das
qualidades prometidas pelo aparelho.

d) o manual sobre computadores, ao contrário de outros do gênero, cumpria a promessa


assumida nos dizeres impressos na capa.

e) os jovens deveriam ensinar computação aos mais velhos, pois, dessa forma, estes últimos
entenderiam as funções básicas do equipamento.

2) Analise as afirmações sobre trechos do texto e assinale a correta.

a) Em – Há alguns meses, troquei meu celular. –, o verbo haver indica tempo decorrido e pode
ser substituído, corretamente, por Fazem.

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b) Em – Fotografava, fazia vídeos, recebia e-mails e até servia para telefonar. –, o termo em
destaque expressa a ideia de exclusão.

c) Em – Virou um labirinto de instruções! –, o termo em destaque foi empregado em sentido


figurado, indicando confusão, incompreensibilidade.

d) Em – Fiz o que toda pessoa minuciosa faria. –, o termo em destaque pode ser substituído,
corretamente e sem alteração do sentido do texto, por limitada.

e) Em – Mas não posso me alimentar só de pipoca! –, a conjunção em destaque expressa a


ideia de comparação.

07. (Fuvest – Primeira Fase)


A essência da teoria democrática é a supressão de qualquer imposição de classe, fundada no
postulado ou na crença de que os conflitos e problemas humanos – econômicos, políticos, ou
sociais – são solucionáveis pela educação, isto é, pela cooperação voluntária, mobilizada pela
opinião pública esclarecida. Está claro que essa opinião pública terá de ser formada à luz dos
melhores conhecimentos existentes e, assim, a pesquisa científica nos campos das ciências
naturais e das chamadas ciências sociais deverá se fazer a mais ampla, a mais vigorosa, a mais
livre, e a difusão desses conhecimentos, a mais completa, a mais imparcial e em termos que
os tornem acessíveis a todos.
(Anísio Teixeira, Educação é um direito. Adaptado.)

No trecho “chamadas ciências sociais”, o emprego do termo “chamadas” indica que o autor

a) vê, nas “ciências sociais”, uma panaceia, não uma análise crítica da sociedade.

b) considera utópicos os objetivos dessas ciências.

c) prefere a denominação “teoria social” à denominação “ciências sociais”.

d) discorda dos pressupostos teóricos dessas ciências.

e) utiliza com reserva a denominação “ciências sociais”.

08. (Unesp – 1ª fase)

Texto 1
Porque morrer é uma ou outra destas duas coisas: ou o morto não tem absolutamente
nenhuma existência, nenhuma consciência do que quer que seja, ou, como se diz, a morte é
precisamente uma mudança de existência e, para a alma, uma migração deste lugar para um
outro. Se, de fato, não há sensação alguma, mas é como um sono, a morte seria um
maravilhoso presente. […] Se, ao contrário, a morte é como uma passagem deste para outro

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lugar, e, se é verdade o que se diz que lá se encontram todos os mortos, qual o bem que
poderia existir, ó juízes, maior do que este? Porque, se chegarmos ao Hades, libertando-nos
destes que se vangloriam serem juízes, havemos de encontrar os verdadeiros juízes, os quais
nos diria que fazem justiça acolá: Monos e Radamante, Éaco e Triptolemo, e tantos outros
deuses e semideuses que foram justos na vida; seria então essa viagem uma viagem de se
fazer pouco caso? Que preço não seríeis capazes de pagar, para conversar com Orfeu, Museu,
Hesíodo e Homero?

(Platão. Apologia de Sócrates, 2000.)

Texto 2
Ninguém sabe quando será seu último passeio, mas agora é possível se despedir em grande
estilo. Uma 300C Touring, a versão perua do sedã de luxo da Chrysler, foi transformada no
primeiro carro funerário customizado da América Latina. A mudança levou sete meses, custou
R$ 160 mil e deixou o carro com oito metros de comprimento e 2 340 kg, três metros e 540 kg
além da original. O Funeral Car 300C tem luzes piscantes na já imponente dianteira e enormes
rodas, de aro 22, com direito a pequenos caixões estilizados nos raios. Bandeiras nas pontas
do capô, como nos carros de diplomatas, dão um toque refinado. Com o chassi mais longo, o
banco traseiro foi mantido para familiares acompanharem o cortejo dentro do carro. No
encosto dos dianteiros, telas exibem mensagens de conforto. O carro faz parte de um pacote
de cerimonial fúnebre que inclui, além do cortejo no Funeral Car 300C, serviços como
violinistas e revoada de pombas brancas no enterro.

(Funeral tunado. Folha de S.Paulo, 28.02.2010.)

Confrontando o conteúdo dos dois textos, pode-se afirmar que:

a) embora os dois textos transmitam concepções divergentes acerca da morte, eles tratam de
visões concernentes à mesma época, a saber, a sociedade atual.

b) sob o ponto de vista filosófico, não há diferenças qualitativas entre uma e outra concepção
sobre a morte.

c) os comentários do texto grego sobre a morte são coerentes com uma filosofia de forte
valorização do corpo em detrimento da alma, e do mundo sensível sobre o mundo inteligível.

d) o texto de Platão evidencia uma cultura monoteísta, enquanto que o segundo é politeísta.

e) enquanto no primeiro texto transparece a dignidade metafísica da morte, no segundo


sugere-se a conversão do funeral em espetáculo da sociedade de consumo.

09. (Enem)
Adolescentes: mais altos, gordos e preguiçosos
A oferta de produtos industrializados e a falta de tempo têm sua parcela de responsabilidade
no aumento da silhueta dos jovens. “Os nossos hábitos alimentares, de modo geral, mudaram

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muito”, observa Vivian Ellinger, presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e


Metabologia (SBEM), no Rio de Janeiro. Pesquisas mostram que, aqui no Brasil, estamos
exagerando no sal e no açúcar, além de tomar pouco leite e comer menos frutas e feijão.

Outro pecado, velho conhecido de quem exibe excesso de gordura por causa da gula, surge
como marca da nova geração: a preguiça. “Cem por cento das meninas que participam do
Programa não praticavam nenhum esporte”, revela a psicóloga Cristina Freire, que monitora
o desenvolvimento emocional das voluntárias.

Você provavelmente já sabe quais são as consequências de uma rotina sedentária e cheia de
gordura. “E não é novidade que os obesos têm uma sobrevida menor”, acredita Claudia Cozer,
endocrinologista da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome
Metabólica. Mas, se há cinco anos os estudos projetavam um futuro sombrio para os jovens,
no cenário atual as doenças que viriam na velhice já são parte da rotina deles. “Os
adolescentes já estão sofrendo com hipertensão e diabete”, exemplifica Claudia.

DESGUALDO, P. Revista Saúde. Disponível em: http://saude.abril.com.br. Acesso em: 28 jul. 2012 (adaptado).

Sobre a relação entre os hábitos da população adolescente e as suas condições de saúde, as


informações apresentadas no texto indicam que

a) a falta de atividade física somada a uma alimentação nutricionalmente desequilibrada


constituem fatores relacionados ao aparecimento de doenças crônicas entre os adolescentes.

b) a diminuição do consumo de alimentos fontes de carboidratos combinada com um maior


consumo de alimentos ricos em proteínas contribuíram para o aumento da obesidade entre
os adolescentes.

c) a maior participação dos alimentos industrializados e gordurosos na dieta da população


adolescente tem tornado escasso o consumo de sais e açúcares, o que prejudica o equilíbrio
metabólico.

d) a ocorrência de casos de hipertensão e diabetes entre os adolescentes advém das condições


de alimentação, enquanto que na população adulta os fatores hereditários são
preponderantes.

e) a prática regular de atividade física é um importante fator de controle da diabetes entre a


população adolescente, por provocar um constante aumento da pressão arterial sistólica.

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10. (UERJ)

A última fala da tirinha causa um estranhamento, porque assinala a ausência de um elemento


fundamental para a instalação de um tribunal: a existência de alguém que esteja sendo
acusado.

Essa fala sugere o seguinte ponto de vista do autor em relação aos usuários da internet:

a) proferem vereditos fictícios sem que haja legitimidade do processo


b) configuram julgamentos vazios ainda que existam crimes comprovados
c) emitem juízos sobre os outros mas não se veem na posição de acusados
d) apressam-se em opiniões superficiais mesmo que possuam dados concretos

GABARITO

1. Alternativa A: (A, C e E.)


2. Alternativa D: a digitalização dos textos de José de Alencar terá importante papel na
preservação da memória linguística e da identidade nacional.
3. Alternativa E: os comportamentos puristas são prejudiciais à compreensão da
constituição linguística.
4 Alternativa B: generalização invertida.
5 Alternativa A: restabelecer a segurança e normalidade institucional do Haiti após
sucessivos episódios de turbulência política e de violência, que marcaram esse país no início
do século XXI.
6 Alternativa B: os manuais cujas diversas instruções os usuários não conseguem
compreender e pôr em prática são improdutivos. Alternativa c: Em – Virou um labirinto de
instruções! –, o termo em destaque foi empregado em sentido figurado, indcando confusão,
incompreensibilidade.
7 Alternativa E: utiliza com reserva a denominação “ciências sociais”.

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8 Alternativa E: enquanto no primeiro texto transparece a dignidade metafísica da morte,


no segundo sugere-se a conversão do funeral em espetáculo da sociedade de consumo.
9 Alternativa A: a falta de atividade física somada a uma alimentação nutricionalmente
desequilibrada constituem fatores relacionados ao aparecimento de doenças crônicas entre
os adolescentes.
10 Alternativa C: emitem juízos sobre os outros mas não se veem na posição de acusados.

Aspectos semânticos e estilísticos: sentido e emprego dos vocábulos; tempos, modos e


aspectos do verbo; uso dos pronomes; metáfora, metonímia, antítese, eufemismo, ironia.

Semântica é o estudo da significação das palavras e das suas mudanças de significação através
do tempo ou em determinada época. A maior importância está em distinguir sinônimos e
antônimos (sinonímia / antonímia) e homônimos e parônimos (homonímia / paronímia).
Sinônimos
São palavras de sentido igual ou aproximado: alfabeto - abecedário; brado, grito - clamor;
extinguir, apagar - abolir.
Duas palavras são totalmente sinônimas quando são substituíveis, uma pela outra, em
qualquer contexto (cara e rosto, por exemplo); são parcialmente sinônimas quando,
ocasionalmente, podem ser substituídas, uma pela outra, em determinado enunciado
(aguardar e esperar).
Observação: A contribuição greco-latina é responsável pela existência de numerosos pares de
sinônimos: adversário e antagonista; translúcido e diáfano; semicírculo e hemiciclo;
contraveneno e antídoto; moral e ética; colóquio e diálogo; transformação e metamorfose;
oposição e antítese.
Antônimos
São palavras que se opõem através de seu significado: ordem - anarquia; soberba - humildade;
louvar - censurar; mal - bem.
Observação: A antonímia pode se originar de um prefixo de sentido oposto ou negativo:
bendizer e maldizer; simpático e antipático; progredir e regredir; concórdia e discórdia; ativo
e inativo; esperar e desesperar; comunista e anticomunista; simétrico e assimétrico.
Homônimos e Parônimos
- Homônimos = palavras que possuem a mesma grafia ou a mesma pronúncia, mas
significados diferentes. Podem ser
a) Homógrafas: são palavras iguais na escrita e diferentes na pronúncia:

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rego (subst.) e rego (verbo); colher (verbo) e colher (subst.); jogo (subst.) e jogo (verbo);
denúncia (subst.) e denuncia (verbo); providência (subst.) e providencia (verbo).
b) Homófonas: são palavras iguais na pronúncia e diferentes na escrita:
acender (atear) e ascender (subir); concertar (harmonizar) e consertar (reparar); cela
(compartimento) e sela (arreio); censo (recenseamento) e senso (juízo); paço (palácio) e passo
(andar).
c) Homógrafas e homófonas simultaneamente (ou perfeitas): São palavras iguais na escrita e
na pronúncia:
caminho (subst.) e caminho (verbo); cedo (verbo) e cedo (adv.); livre (adj.) e livre (verbo).
- Parônimos = palavras com sentidos diferentes, porém de formas relativamente próximas.
São palavras parecidas na escrita e na pronúncia: cesta (receptáculo de vime; cesta de
basquete/esporte) e sesta (descanso após o almoço), eminente (ilustre) e iminente (que está
para ocorrer), osso (substantivo) e ouço (verbo), sede (substantivo e/ ou verbo “ser” no
imperativo) e cede (verbo), comprimento (medida) e cumprimento (saudação), autuar
(processar) e atuar (agir), infligir (aplicar pena) e infringir (violar), deferir (atender a) e diferir
(divergir), suar (transpirar) e soar (emitir som), aprender (conhecer) e apreender (assimilar;
apropriar-se de), tráfico (comércio ilegal) e tráfego (relativo a movimento, trânsito), mandato
(procuração) e mandado (ordem), emergir (subir à superfície) e imergir (mergulhar, afundar).
Hiperonímia e Hiponímia
Hipônimos e hiperônimos são palavras que pertencem a um mesmo campo semântico (de
sentido), sendo o hipônimo uma palavra de sentido mais específico; o hiperônimo, mais
abrangente.
O hiperônimo impõe as suas propriedades ao hipônimo, criando, assim, uma relação de
dependência semântica. Por exemplo: Veículos está numa relação de hiperonímia com carros,
já que veículos é uma palavra de significado genérico, incluindo motos, ônibus, caminhões.
Veículos é um hiperônimo de carros.
Um hiperônimo pode substituir seus hipônimos em quaisquer contextos, mas o oposto não é
possível. A utilização correta dos hiperônimos, ao redigir um texto, evita a repetição
desnecessária de termos.
Denotação e Conotação
Exemplos de variação no significado das palavras:
Os domadores conseguiram enjaular a fera. (sentido literal)
Ele ficou uma fera quando soube da notícia. (sentido figurado)
Aquela aluna é fera na matemática. (sentido figurado)

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As variações nos significados das palavras ocasionam o sentido denotativo (denotação) e o


sentido conotativo (conotação) das palavras.
Denotação
Uma palavra é usada no sentido denotativo quando apresenta seu significado original,
independentemente do contexto em que aparece. Refere-se ao seu significado mais objetivo
e comum, aquele imediatamente reconhecido e muitas vezes associado ao primeiro
significado que aparece nos dicionários, sendo o significado mais literal da palavra.
A denotação tem como finalidade informar o receptor da mensagem de forma clara e objetiva,
assumindo um caráter prático. É utilizada em textos informativos, como jornais,
regulamentos, manuais de instrução, bulas de medicamentos, textos científicos, entre outros.
A palavra “pau”, por exemplo, em seu sentido denotativo é apenas um pedaço de madeira.
Outros exemplos:
O elefante é um mamífero.
As estrelas deixam o céu mais bonito!
Conotação
Uma palavra é usada no sentido conotativo quando apresenta diferentes significados, sujeitos
a diferentes interpretações, dependendo do contexto em que esteja inserida, referindo-se a
sentidos, associações e ideias que vão além do sentido original da palavra, ampliando sua
significação mediante a circunstância em que a mesma é utilizada, assumindo um sentido
figurado e simbólico. Como no exemplo da palavra “pau”: em seu sentido conotativo ela pode
significar castigo (dar-lhe um pau), reprovação (tomei pau no concurso).
A conotação tem como finalidade provocar sentimentos no receptor da mensagem, através
da expressividade e afetividade que transmite. É utilizada principalmente numa linguagem
poética e na literatura, mas também ocorre em conversas cotidianas, em letras de música, em
anúncios publicitários, entre outros. Exemplos:
Você é o meu sol!
Minha vida é um mar de tristezas.
Você tem um coração de pedra!
* Dica: Procure associar Denotação com Dicionário: trata-se de definição literal, quando o
termo é utilizado com o sentido que consta no dicionário.
Polissemia
Polissemia é a propriedade de uma palavra adquirir multiplicidade de sentidos, que só se
explicam dentro de um contexto. Trata-se, realmente, de uma única palavra, mas que abarca
um grande número de significados dentro de seu próprio campo semântico.

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Reportando-nos ao conceito de Polissemia, logo percebemos que o prefixo “poli” significa


multiplicidade de algo. Possibilidades de várias interpretações levando-se em consideração as
situações de aplicabilidade. Há uma infinidade de exemplos em que podemos verificar a
ocorrência da polissemia:
O rapaz é um tremendo gato.
O gato do vizinho é peralta.
Precisei fazer um gato para que a energia voltasse.
Pedro costuma fazer alguns “bicos” para garantir sua sobrevivência
O passarinho foi atingido no bico.
Nas expressões polissêmicas rede de deitar, rede de computadores e rede elétrica, por
exemplo, temos em comum a palavra “rede”, que dá às expressões o sentido de
“entrelaçamento”. Outro exemplo é a palavra “xadrez”, que pode ser utilizada representando
“tecido”, “prisão” ou “jogo” – o sentido comum entre todas as expressões é o formato
quadriculado que têm.
Polissemia e homonímia
A confusão entre polissemia e homonímia é bastante comum. Quando a mesma palavra
apresenta vários significados, estamos na presença da polissemia. Por outro lado, quando
duas ou mais palavras com origens e significados distintos têm a mesma grafia e fonologia,
temos uma homonímia.
A palavra “manga” é um caso de homonímia. Ela pode significar uma fruta ou uma parte de
uma camisa. Não é polissemia porque os diferentes significados para a palavra “manga” têm
origens diferentes. “Letra” é uma palavra polissêmica: pode significar o elemento básico do
alfabeto, o texto de uma canção ou a caligrafia de um determinado indivíduo. Neste caso, os
diferentes significados estão interligados porque remetem para o mesmo conceito, o da
escrita.
Polissemia e ambiguidade
Polissemia e ambiguidade têm um grande impacto na interpretação. Na língua portuguesa,
um enunciado pode ser ambíguo, ou seja, apresentar mais de uma interpretação. Esta
ambiguidade pode ocorrer devido à colocação específica de uma palavra (por exemplo, um
advérbio) em uma frase. Vejamos a seguinte frase:
Pessoas que têm uma alimentação equilibrada frequentemente são felizes.
Neste caso podem existir duas interpretações diferentes:
As pessoas têm alimentação equilibrada porque são felizes ou são felizes porque têm uma
alimentação equilibrada.

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De igual forma, quando uma palavra é polissêmica, ela pode induzir uma pessoa a fazer mais
do que uma interpretação. Para fazer a interpretação correta é muito importante saber qual
o contexto em que a frase é proferida.
Muitas vezes, a disposição das palavras na construção do enunciado pode gerar ambiguidade
ou, até mesmo, comicidade. Repare na figura abaixo:

Poderíamos corrigir o cartaz de inúmeras maneiras, mas duas seriam:


Corte e coloração capilar
ou
Faço corte e pintura capilar.
Figura de Linguagem, Pensamento e Construção
Figura de Palavra
A figura de palavra consiste na substituição de uma palavra por outra, isto é, no emprego
figurado, simbólico, seja por uma relação muito próxima (contiguidade), seja por uma
associação, uma comparação, uma similaridade.
Estes dois conceitos básicos - contiguidade e similaridade - permitem-nos reconhecer dois
tipos de figuras de palavras: a metáfora e a metonímia.
Metáfora
Consiste em utilizar uma palavra ou uma expressão em lugar de outra, sem que haja uma
relação real, mas em virtude da circunstância de que o nosso espírito as associa e percebe
entre elas certas semelhanças. É o emprego da palavra fora de seu sentido normal.
Observação: toda metáfora é uma espécie de comparação implícita, em que o elemento
comparativo não aparece.
Seus olhos são como luzes brilhantes.
O exemplo acima mostra uma comparação evidente, através do emprego da palavra como.
Observe agora: Seus olhos são luzes brilhantes.

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Neste exemplo não há mais uma comparação (note a ausência da partícula comparativa), e
sim símile, ou seja, qualidade do que é semelhante.
Por fim, no exemplo: As luzes brilhantes olhavam-me.
Há substituição da palavra olhos por luzes brilhantes. Esta é a verdadeira metáfora.
Observe outros exemplos:
1) “Meu pensamento é um rio subterrâneo.” (Fernando Pessoa)
Neste caso, a metáfora é possível na medida em que o poeta estabelece relações de
semelhança entre um rio subterrâneo e seu pensamento (pode estar relacionando a fluidez,
a profundidade, a inatingibilidade, etc.).
2) Minha alma é uma estrada de terra que leva a lugar algum.
Uma estrada de terra que leva a lugar algum é, na frase acima, uma metáfora. Por trás do uso
dessa expressão que indica uma alma rústica e abandonada (e angustiadamente inútil), há
uma comparação subentendida: Minha alma é tão rústica, abandonada (e inútil) quanto uma
estrada de terra que leva a lugar algum.
A Amazônia é o pulmão do mundo.
Em sua mente povoa só inveja.
Metonímia
É a substituição de um nome por outro, em virtude de existir entre eles algum relacionamento.
Tal substituição pode acontecer dos seguintes modos:
1 - Autor pela obra: Gosto de ler Machado de Assis. (= Gosto de ler a obra literária de Machado
de Assis).
2 - Inventor pelo invento: Édson ilumina o mundo. (= As lâmpadas iluminam o mundo).
3 - Símbolo pelo objeto simbolizado: Não te afastes da cruz. (= Não te afastes da religião).
4 - Lugar pelo produto do lugar: Fumei um saboroso Havana. (= Fumei um saboroso charuto).
5 - Efeito pela causa: Sócrates bebeu a morte. (= Só- crates tomou veneno).
6 - Causa pelo efeito: Moro no campo e como do meu trabalho. (= Moro no campo e como o
alimento que produzo).
7 - Continente pelo conteúdo: Bebeu o cálice todo. (= Bebeu todo o líquido que estava no
cálice).
8 - Instrumento pela pessoa que utiliza: Os microfones foram atrás dos jogadores. (= Os
repórteres foram atrás dos jogadores).

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9 - Parte pelo todo: Várias pernas passavam apressadamente. (= Várias pessoas passavam
apressadamente).
10 - Gênero pela espécie: Os mortais pensam e sofrem nesse mundo. (= Os homens pensam
e sofrem nesse mundo).
11 - Singular pelo plural: A mulher foi chamada para ir às ruas na luta por seus direitos. (= As
mulheres foram chamadas, não apenas uma mulher).
12 - Marca pelo produto: Minha filha adora danone. (= Minha filha adora o iogurte que é da
marca Danone).
13 - Espécie pelo indivíduo: O homem foi à Lua. (= Alguns astronautas foram à Lua).
14 - Símbolo pela coisa simbolizada: A balança penderá para teu lado. (= A justiça ficará do teu
lado).
Saiba que: Sinédoque se relaciona com o conceito de extensão (como nos exemplos 9, 10 e
11, acima), enquanto que a metonímia abrange apenas os casos de analogia ou de relação.
Não há necessidade, atualmente, de se fazer distinção entre ambas as figuras.
Catacrese
Trata-se de uma metáfora que, dado seu uso contínuo, cristalizou-se. A catacrese costuma
ocorrer quando, por falta de um termo específico para designar um conceito, toma-se outro
“emprestado”.
Assim, passamos a empregar algumas palavras fora de seu sentido original. Exemplos: “asa da
xícara”, “batata da perna”, “maçã do rosto”, “pé da mesa”, “braço da cadeira”, “coroa do
abacaxi”.
Perífrase ou Antonomásia
Trata-se de uma expressão que designa um ser através de alguma de suas características ou
atributos, ou de um fato que o celebrizou. É a substituição de um nome por outro ou por uma
expressão que facilmente o identifique:
A Cidade Maravilhosa (= Rio de Janeiro) continua atraindo visitantes do mundo todo.
A Cidade-Luz (=Paris)
O rei das selvas (=o leão)
Observação: quando a perífrase indica uma pessoa, recebe o nome de antonomásia.
Exemplos:
O Divino Mestre (= Jesus Cristo) passou a vida praticando o bem.
O Poeta dos Escravos (= Castro Alves) morreu muito jovem.

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O Poeta da Vila (= Noel Rosa) compôs lindas canções.


Sinestesia
Consiste em mesclar, numa mesma expressão, as sensações percebidas por diferentes órgãos
do sentido. É o cruzamento de sensações distintas.
Um grito áspero revelava tudo o que sentia. (grito = auditivo; áspero = tátil)
No silêncio escuro do seu quarto, aguardava os acontecimentos. (silêncio = auditivo; escuro =
visual)
Tosse gorda. (sensação auditiva X sensação tátil)
Antítese
Consiste no emprego de palavras que se opõem quanto ao sentido. O contraste que se
estabelece serve, essencialmente, para dar uma ênfase aos conceitos envolvidos que não se
conseguiria com a exposição isolada dos mesmos. Observe os exemplos:
“O mito é o nada que é tudo.” (Fernando Pessoa)
O corpo é grande e a alma é pequena.
“Quando um muro separa, uma ponte une.”
Não há gosto sem desgosto.
Paradoxo ou oximoro
É a associação de ideias, além de contrastantes, contraditórias. Seria a antítese ao extremo.
Era dor, sim, mas uma dor deliciosa.
Ouvimos as vozes do silêncio.
Eufemismo
É o emprego de uma expressão mais suave, mais nobre ou menos agressiva, para comunicar
alguma coisa áspera, desagradável ou chocante.
Depois de muito sofrimento, entregou a alma ao Senhor. (= morreu)
O prefeito ficou rico por meios ilícitos. (= roubou)
Fernando faltou com a verdade. (= mentiu)
Faltar à verdade. (= mentir)
Ironia
É sugerir, pela entoação e contexto, o contrário do que as palavras ou frases expressam,
geralmente apresentando intenção sarcástica. A ironia deve ser muito bem construída para

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que cumpra a sua finalidade; mal construída, pode passar uma ideia exatamente oposta à
desejada pelo emissor.
Como você foi bem na prova! Não tirou nem a nota mínima.
Parece um anjinho aquele menino, briga com todos que estão por perto.
O governador foi sutil como um elefante.
Hipérbole
É a expressão intencionalmente exagerada com o intuito de realçar uma ideia.
Faria isso milhões de vezes se fosse preciso.
“Rios te correrão dos olhos, se chorares.” (Olavo Bilac)
O concurseiro quase morre de tanto estudar!
Prosopopeia ou Personificação
É a atribuição de ações ou qualidades de seres animados a seres inanimados, ou características
humanas a seres não humanos. Observe os exemplos:
As pedras andam vagarosamente.
O livro é um mudo que fala, um surdo que ouve, um cego que guia.
A floresta gesticulava nervosamente diante da serra.
Chora, violão.
Apóstrofe
Consiste na “invocação” de alguém ou de alguma coisa personificada, de acordo com o
objetivo do discurso, que pode ser poético, sagrado ou profano. Caracteriza-se pelo
chamamento do receptor da mensagem, seja ele imaginá- rio ou não. A introdução da
apóstrofe interrompe a linha de pensamento do discurso, destacando-se assim a entidade a
que se dirige e a ideia que se pretende pôr em evidência com tal invocação. Realiza-se por
meio do vocativo.
Exemplos:
Moça, que fazes aí parada?
“Pai Nosso, que estais no céu”
Deus, ó Deus! Onde estás?
Gradação

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Apresentação de ideias por meio de palavras, sinônimas ou não, em ordem ascendente


(clímax) ou descendente (anticlímax). Observe este exemplo:
Havia o céu, havia a terra, muita gente e mais Joana com seus olhos claros e brincalhões...
O objetivo do narrador é mostrar a expressividade dosolhos de Joana. Para chegar a este
detalhe, ele se refere ao céu, à terra, às pessoas e, finalmente, a Joana e seus olhos.
Nota-se que o pensamento foi expresso em ordem decrescente de intensidade. Outros
exemplos:
“Vive só para mim, só para a minha vida, só para meu amor”. (Olavo Bilac)
“O trigo... nasceu, cresceu, espigou, amadureceu, colheu-se.” (Padre Antônio Vieira)
As figuras de construção (ou sintática, de sintaxe) ocorrem quando desejamos atribuir maior
expressividade ao significado. Assim, a lógica da frase é substituída pela maior expressividade
que se dá ao sentido.
Elipse
Consiste na omissão de um ou mais termos numa ora- ção e que podem ser facilmente
identificados, tanto por elementos gramaticais presentes na própria oração, quanto pelo
contexto.
A catedral da Sé. (a igreja catedral)
Domingo irei ao estádio. (no domingo eu irei ao estádio)
Zeugma
Zeugma é uma forma de elipse. Ocorre quando é feita a omissão de um termo já mencionado
anteriormente.
Ele gosta de geografia; eu, de português. (eu gosto de português)
Na casa dela só havia móveis antigos; na minha, só modernos. (só havia móveis)
Ela gosta de natação; eu, de vôlei. (gosto de)
Silepse
A silepse é a concordância que se faz com o termo que não está expresso no texto, mas, sim,
subentendido. É uma concordância anormal, psicológica, porque se faz com um termo oculto,
facilmente identificado. Há três tipos de silepse: de gênero, número e pessoa.
Silepse de Gênero - Os gêneros são masculino e feminino. Ocorre a silepse de gênero quando
a concordância se faz com a ideia que o termo comporta. Exemplos:
1) A bonita Porto Velho sofreu mais uma vez com o calor intenso.

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Neste caso, o adjetivo bonita não está concordando com o termo Porto Velho, que
gramaticalmente pertence ao gênero masculino, mas com a ideia contida no termo (a cidade
de Porto Velho).
2) Vossa Excelência está preocupado.
O adjetivo preocupado concorda com o sexo da pessoa, que nesse caso é masculino, e não
com o termo Vossa Excelência.
Silepse de Número - Os números são singular e plural. A silepse de número ocorre quando o
verbo da oração não concorda gramaticalmente com o sujeito da oração, mas com a ideia que
nele está contida. Exemplos:
A procissão saiu. Andaram por todas as ruas da cidade de Salvador.
O povo corria por todos os lados e gritavam muito alto.
Note que nos exemplos acima, os verbos andaram e gritavam não concordam
gramaticalmente com os sujeitos das orações (que se encontram no singular, procissão e
povo, respectivamente), mas com a ideia que neles está contida. Procissão e povo dão a ideia
de muita gente, por isso que os verbos estão no plural.
Silepse de Pessoa - Três são as pessoas gramaticais:
eu, tu e ele (as três pessoas do singular); nós, vós, eles (as três do plural). A silepse de pessoa
ocorre quando há um desvio de concordância. O verbo, mais uma vez, não concorda com o
sujeito da oração, mas sim com a pessoa que está inscrita no sujeito. Exemplos:
O que não compreendo é como os brasileiros persistamos em aceitar essa situação.
Os agricultores temos orgulho de nosso trabalho.
“Dizem que os cariocas somos poucos dados aos jardins públicos.” (Machado de Assis)
Observe que os verbos persistamos, temos e somos não concordam gramaticalmente com os
seus sujeitos (brasileiros, agricultores e cariocas, que estão na terceira pessoa), mas com a
ideia que neles está contida (nós, os brasileiros, os agricultores e os cariocas).

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Polissíndeto / Assíndeto
Para estudarmos as duas figuras de construção é necessário recordar um conceito estudado
em sintaxe sobre período composto. No período composto por coordenação, podemos ter
orações sindéticas ou assindéticas. A oração coordenada ligada por uma conjunção
(conectivo)
é sindética; a oração que não apresenta conectivo é assindética. Recordado esse conceito,
podemos definir as duas figuras de construção:
1) Polissíndeto - É uma figura caracterizada pela repetição enfática dos conectivos. Observe o
exemplo: O menino resmunga, e chora, e grita, e ninguém faz nada.
2) Assíndeto - É uma figura caracterizada pela ausência, pela omissão das conjunções
coordenativas, resultando no uso de orações coordenadas assindéticas. Exemplos:
Tens casa, tens roupa, tens amor, tens família.
“Vim, vi, venci.” (Júlio César)
Pleonasmo
Consiste na repetição de um termo ou ideia, com as mesmas palavras ou não. A finalidade do
pleonasmo é realçar a ideia, torná-la mais expressiva.
O problema da violência, é necessário resolvê-lo logo.
Nesta oração, os termos “o problema da violência” e “lo” exercem a mesma função sintática:
objeto direto. Assim, temos um pleonasmo do objeto direto, sendo o pronome “lo”
classificado como objeto direto pleonástico. Outro exemplo:
Aos funcionários, não lhes interessam tais medidas.
Aos funcionários, lhes = Objeto Indireto
Neste caso, há um pleonasmo do objeto indireto, e o pronome “lhes” exerce a função de
objeto indireto pleonástico.
Observação: o pleonasmo só tem razão de ser quando confere mais vigor à frase; caso
contrário, torna-se um pleonasmo vicioso:
Vi aquela cena com meus próprios olhos.
Vamos subir para cima.
Ele desceu pra baixo.
Anáfora
É a repetição de uma ou mais palavras no início de várias frases, criando, assim, um efeito de
reforço e de coerência. Pela repetição, a palavra ou expressão em causa é posta em destaque,

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permitindo ao escritor valorizar determinado elemento textual. Os termos anafóricos podem


muitas vezes ser substituídos por pronomes.
Encontrei um amigo ontem. Ele me disse que te conhecia.
“Tudo cura o tempo, tudo gasta, tudo digere, tudo acaba.” (Padre Vieira)
Anacoluto
Consiste na mudança da construção sintática no meio da frase, ficando alguns termos
desligados do resto do período. É a quebra da estrutura normal da frase para a introdução de
uma palavra ou expressão sem nenhuma ligação sintática com as demais.
Esses alunos da escola, não se pode duvidar deles.
Morrer, todo haveremos de morrer.
Aquele garoto, você não disse que ele chegaria logo?
A expressão “esses alunos da escola”, por exemplo, deveria exercer a função de sujeito. No
entanto, há uma interrupção da frase e esta expressão fica à parte, não exercendo nenhuma
função sintática. O anacoluto também é chamado de “frase quebrada”, pois corresponde a
uma interrupção na sequência lógica do pensamento.
Observação: o anacoluto deve ser usado com finalidade expressiva em casos muito especiais.
Em geral, evite-o.
Hipérbato / Inversão
É a inversão da estrutura frásica, isto é, a inversão da ordem direta dos termos da oração,
fazendo com que o sujeito venha depois do predicado:
Ao ódio venceu o amor. (Na ordem direta seria: O amor venceu ao ódio)
Dos meus problemas cuido eu! (Na ordem direta seria: Eu cuido dos meus problemas)
* Observação:
O nosso Hino Nacional é um exemplo de hipérbato, já que, na ordem direta, teríamos:
“As margens plácidas do Ipiranga ouviram o brado retumbante de um povo heroico”.
Figuras de Som
Aliteração - Consiste na repetição de consoantes como recurso para intensificação do ritmo
ou como efeito sonoro significativo.
Três pratos de trigo para três tigres tristes.
Vozes veladas, veludosas vozes... (Cruz e Sousa)
Quem com ferro fere com ferro será ferido.

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Assonância - Consiste na repetição ordenada de sons vocálicos idênticos:


“Sou um mulato nato no sentido lato mulato democrático do litoral.”
Onomatopéia - Ocorre quando se tentam reproduzir na forma de palavras os sons da
realidade:
Os sinos faziam blem, blem, blem, blem.

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Questões

1-) (DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – TÉCNICO SUPERIOR


ESPECIALIZADO EM BIBLIOTECONOMIA – FGV - adaptada) Ao dizer que os shoppings são
“cidades”, o autor do texto faz uso de um tipo de linguagem figurada denominada
(A) metonímia.
(B) eufemismo.
(C) hipérbole.
(D) metáfora.
(E) catacrese.

Comentários: A metáfora consiste em retirar uma palavra de seu contexto convencional


(denotativo) e transportá-la para um novo campo de significação (conotativa), por meio de
uma comparação implícita, de uma similaridade existente entre as duas.
RESPOSTA: “D”.

2-) (PREFEITURA DE ARCOVERDE/PE - ADMINISTRADOR DE RECURSOS HUMANOS –


CONPASS
Identifique a figura de linguagem presente na tira seguinte:

A) metonímia
B) prosopopeia
C) hipérbole
D) eufemismo

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E) onomatopeia

Comentários: “Eufemismo = é o emprego de uma expressão mais suave, mais nobre ou menos
agressiva, para comunicar alguma coisa áspera, desagradável ou chocante”. No caso da
tirinha, é utilizada a expressão “deram suas vidas por nós” no lugar de “que morreram por
nós”.
RESPOSTA: “D”.

3-) (CASAL/AL - ADMINISTRADOR DE REDE - COPEVE/ UFAL/) Está tão quente que dá para
fritar um ovo no asfalto. O dito popular é, na maioria das vezes, uma figura de linguagem.
Entre as 14h30min e às 15h desta terça-feira, horário do dia em que o calor é mais intenso, a
temperatura do asfalto, medida com um termômetro de contato, chegou a 65ºC. Para fritar
um ovo, seria preciso que o local alcançasse aproximadamente 90ºC.
Disponível em: http://zerohora.clicrbs.com.br. Acesso em: 22 jan. 2014.
O texto cita que o dito popular “está tão quente que dá para fritar um ovo no asfalto” expressa
uma figura de linguagem. O autor do texto refere-se a qual figura de linguagem?
A) Eufemismo.
B) Hipérbole.
C) Paradoxo.
D) Metonímia.
E) Hipérbato.

Comentários: A expressão é um exagero! Ela serve apenas para representar o calor excessivo
que está fazendo. A figura que é utilizada “mil vezes” (!) para atingir tal objetivo é a hipérbole.
RESPOSTA: “B”.
Tempos e modos verbais
Tempos e Modos Verbais

O verbo indica um processo localizado no tempo. Podemos distinguir: presente, pretérito e


futuro.

Tempo presente: exprime um fato que ocorre no momento da fala.


Ex.: Estou fazendo exercícios diariamente.

Tempo passado: exprime um fato que ocorreu antes do momento da fala.


Ex.: Ontem eu fiz uma série de exercícios.

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Tempo futuro: exprime um fato que irá ocorrer depois do ato da fala.
Ex.: Daqui a quinze minutos irei para a academia fazer exercícios.

O pretérito (ou passado) subdivide-se em:

• Pretérito perfeito: indica um fato passado totalmente concluído.


Ex.: Ninguém relatou o seu delírio.

• Pretérito imperfeito: indica um processo passado não totalmente concluído, revela o fato
em sua duração.
Ex.: Ele conversava muito durante a palestra.

• Pretérito mais-que-perfeito: indica um processo passado anterior a outro também passado.


Ex.: “... sempre nos faltara aquele aproveitamento da vida...” (Mário de Andrade)

O futuro subdivide-se em:

• Futuro do presente: indica um fato posterior ao momento em que se fala.


Ex.: Não tenho a intenção de esconder nada, assim que seus pais chegarem contarei o fato
ocorrido.
• Futuro do pretérito: indica um processo futuro tomado em relação a um fato passado.
Ex.: Ontem você ligou dizendo que viria ao hospital.

Empregos especiais:

• Presente:
- pode ocorrer com valor de perfeito, indicando um processo já ocorrido no passado (presente
histórico).

Ex.: Em 15 de agosto de 1769 nasce Napoleão Bonaparte. (nasce = nasceu)


- pode indicar futuro próximo.

Ex.: Amanhã eu compro o doce pra você. (compro = comprarei)

- pode indicar um processo habitual, ininterrupto.


Ex.: Os animais nascem, crescem, se reproduzem e morrem.

• Imperfeito:
- pode ocorrer com valor de futuro do pretérito.
Ex.: Se eu não tivesse motivo, calava. (calava = calaria)

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• Mais-que-perfeito:
- pode ser usado no lugar do futuro do pretérito ou do imperfeito do subjuntivo.
Ex.: Mais fizera se não fora pouco o dinheiro que dispunha. (fizera = faria, fora = fosse)

- pode ser usado em orações optativas.

Quem me dera ter um novo amor!

• Futuro do presente:
- pode exprimir ideia de dúvida, incerteza.
Ex.: O rapaz que processou o patrão por racismo, receberá uns trinta mil de indenização.

- pode ser usado com valor de imperativo.


Ex.: Não levantarás falso testemunho.

• Futuro do pretérito:
- pode ocorrer com valor de presente, exprimindo polidez ou cerimônia.
Ex.: Você me faria uma gentileza?

Modos verbais

• Modo indicativo: exprime certeza, precisão do falante perante o fato.


Ex.: Eu gosto de chocolate.

• Modo subjuntivo: exprime atitude de incerteza, dúvida, imprecisão do falante perante o fato.
Ex.: Espero que você esteja bem.

• Modo imperativo: exprime atitude de ordem, solicitação, convite ou conselho.


Exs.: Não cante agora!
Empreste-me 10 reais, por favor.
Venha ao hospital agora, seu amigo vai ser operado.
Não ponha tanto sal, isso pode lhe fazer mal.

Infinitivo pessoal ou impessoal

• Infinitivo impessoal: terminado em r para qualquer pessoa.


Ex.: comprar, comer, partir.

Emprega-se o infinitivo impessoal:

a) Quando ele não estiver se referindo a sujeito algum.

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Ex.: É preciso amar.

b) Na função de complemento nominal (regido de preposição).


Ex.: Esses exercícios não são fáceis de resolver.

c) Quando faz parte de uma locução verbal.


Ex.: Ele deve ir ao dentista.

d) Quando, dependente dos verbos deixar, fazer, ouvir, sentir, mandar, ver, tiver por sujeito
um pronome oblíquo.

Sujeito
Deixei-as passear.
= eles

e) Quando tiver valor de imperativo.


Ex.: Não fumar neste recinto.

• Infinitivo pessoal: além da desinência r vem marcado com desinência de pessoa e número.

Ex.: cantar – ø
cantar – es
cantar – ø
cantar – mos
cantar – des
cantar – em

Ex.: Com esse calor convém tomarmos um sorvete.

- Usa-se o infinitivo pessoal quando o seu sujeito é diferente do sujeito do verbo da oração
principal.

Ex.: A única solução era ficarmos em casa.

Uso dos pronomes

Pronome
Pronome é a palavra que se usa em lugar do nome, ou a ele se refere, ou ainda, que
acompanha o nome qualificando-o de alguma forma.
Exemplos:

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A moça era mesmo bonita. Ela morava nos meus sonhos!


[substituição do nome]
A moça que morava nos meus sonhos era mesmo bonita!
[referência ao nome]
Essa moça morava nos meus sonhos!
[qualificação do nome]
Grande parte dos pronomes não possuem significados fixos, isto é, essas palavras só adquirem
significação dentro de um contexto, o qual nos permite recuperar a referência exata daquilo
que está sendo colocado por meio dos pronomes no ato da comunicação.
Com exceção dos pronomes interrogativos e indefinidos, os demais pronomes têm por função
principal apontar para as pessoas do discurso ou a elas se relacionar, indicando-lhes sua
situação no tempo ou no espaço. Em virtude dessa característica, os pronomes apresentam
uma forma específica para cada pessoa do discurso.
Exemplos:
Minha carteira estava vazia quando eu fui assaltada.
[minha/eu: pronomes de 1ª pessoa = aquele que fala]
Tua carteira estava vazia quando tu foste assaltada?
[tua/tu: pronomes de 2ª pessoa = aquele a quem se fala]
A carteira dela estava vazia quando ela foi assaltada.
[dela/ela: pronomes de 3ª pessoa = aquele de quem se fala]
Em termos morfológicos, os pronomes são palavras variáveis em gênero (masculino ou
feminino) e em número (singular ou plural). Assim, espera-se que a referência através do
pronome seja coerente em termos de gênero e número (fenômeno da concordância) com o
seu objeto, mesmo quando este se apresenta ausente no enunciado.
Exemplos:
[Fala-se de Roberta]
Ele quer participar do desfile da nossa escola neste ano.
[nossa: pronome que qualifica "escola" = concordância adequada]
[neste: pronome que determina "ano" = concordância adequada]
[ele: pronome que faz referência à "Roberta" = concordância inadequada]

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Existem seis tipos de pronomes: pessoais, possessivos, demonstrativos, indefinidos, relativos


e interrogativos.
Pronomes Pessoais
São aqueles que substituem os substantivos, indicando diretamente as pessoas do discurso.
Quem fala ou escreve assume os pronomes eu ou nós, usa os pronomes tu, vós, você ou vocês
para designar a quem se dirige e ele, ela, eles ou elas para fazer referência à pessoa ou às
pessoas de quem fala.
Os pronomes pessoais variam de acordo com as funções que exercem nas orações, podendo
ser do caso reto ou do caso oblíquo.
Pronome Reto
Pronome pessoal do caso reto é aquele que, na sentença, exerce a função de sujeito ou
predicativo do sujeito. Por exemplo:
Nós lhe ofertamos flores.
Os pronomes retos apresentam flexão de número, gênero (apenas na 3ª pessoa) e pessoa,
sendo essa última a principal flexão, uma vez que marca a pessoa do discurso. Dessa forma, o
quadro dos pronomes retos é assim configurado:
- 1ª pessoa do singular: eu
- 2ª pessoa do singular: tu
- 3ª pessoa do singular: ele, ela
- 1ª pessoa do plural: nós
- 2ª pessoa do plural: vós
- 3ª pessoa do plural: eles, elas
Atenção: esses pronomes não costumam ser usados como complementos verbais na língua-
padrão. Frases como "Vi ele na rua" , "Encontrei ela na praça", "Trouxeram eu até aqui",
comuns na língua oral cotidiana, devem ser evitadas na língua formal escrita ou falada. Na
língua formal, devem ser usados os pronomes oblíquos correspondentes: "Vi-o na rua",
"Encontrei-a na praça", "Trouxeram-me até aqui".
Obs.: frequentemente observamos a omissão do pronome reto em Língua Portuguesa. Isso se
dá porque as próprias formas verbais marcam, através de suas desinências, as pessoas do
verbo indicadas pelo pronome reto. Por exemplo:
Fizemos boa viagem. (Nós)
Pronome Oblíquo

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Pronome pessoal do caso oblíquo é aquele que, na sentença, exerce a função de complemento
verbal (objeto direto ou indireto) ou complemento nominal. Por exemplo:
Ofertaram-nos flores. (objeto indireto)
Obs.: em verdade, o pronome oblíquo é uma forma variante do pronome pessoal do caso reto.
Essa variação indica a função diversa que eles desempenham na oração: pronome reto marca
o sujeito da oração; pronome oblíquo marca o complemento da oração.
Os pronomes oblíquos sofrem variação de acordo com a acentuação tônica que possuem,
podendo ser átonos ou tônicos.
Pronome Oblíquo Átono
São chamados átonos os pronomes oblíquos que não são precedidos de preposição.
Possuem acentuação tônica fraca. Por exemplo:
Ele me deu um presente.

O quadro dos pronomes oblíquos átonos é assim configurado:


- 1ª pessoa do singular (eu): me
- 2ª pessoa do singular (tu): te
- 3ª pessoa do singular (ele, ela): se, o, a, lhe
- 1ª pessoa do plural (nós): nos
- 2ª pessoa do plural (vós): vos
- 3ª pessoa do plural (eles, elas): se, os, as, lhes
Observações:
O lhe é o único pronome oblíquo átono que já se apresenta na forma contraída, ou seja, houve
a união entre o pronome o ou a e preposição a ou para. Por acompanhar diretamente uma
preposição, o pronome lhe exerce sempre a função de objeto indireto na oração.
Os pronomes me, te, se, nos e vos podem tanto ser objetos diretos como objetos indiretos.
Os pronomes o, a, os e as atuam exclusivamente como objetos diretos.

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Pronome Oblíquo Tônico


Os pronomes oblíquos tônicos são sempre precedidos por preposições, em geral as
preposições a, para, de e com. Por esse motivo, os pronomes tônicos exercem a função de
objeto indireto da oração. Possuem acentuação tônica forte.
O quadro dos pronomes oblíquos tônicos é assim configurado:
- 1ª pessoa do singular (eu): mim, comigo
- 2ª pessoa do singular (tu): ti, contigo
- 3ª pessoa do singular (ele, ela): ele, ela
- 1ª pessoa do plural (nós): nós, conosco
- 2ª pessoa do plural (vós): vós, convosco
- 3ª pessoa do plural (eles, elas): eles, elas
- Observe que as únicas formas próprias do pronome tônico são a primeira pessoa (mim) e
segunda pessoa (ti). As demais repetem a forma do pronome pessoal do caso reto.
- As preposições essenciais introduzem sempre pronomes pessoais do caso oblíquo e nunca
pronome do caso reto. Nos contextos interlocutivos que exigem o uso da língua formal, os
pronomes costumam ser usados desta forma:
Não há mais nada entre mim e ti.
Não se comprovou qualquer ligação entre ti e ela.

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Não há nenhuma acusação contra mim.


Não vá sem mim.

- A combinação da preposição "com" e alguns pronomes originou as formas especiais comigo,


contigo, consigo, conosco e convosco. Tais pronomes oblíquos tônicos frequentemente
exercem a função de adjunto adverbial de companhia. Por exemplo:
Ele carregava o documento consigo.
- As formas "conosco" e "convosco" são substituídas por "com nós" e "com vós" quando os
pronomes pessoais são reforçados por palavras como outros, mesmos, próprios, todos, ambos
ou algum numeral. Por exemplo:
Você terá de viajar com nós todos.
Estávamos com vós outros quando chegaram as más notícias.
Ele disse que iria com nós três.
Pronome Reflexivo
São pronomes pessoais oblíquos que, embora funcionem como objetos direto ou indireto,
referem-se ao sujeito da oração. Indicam que o sujeito pratica e recebe a ação expressa pelo
verbo.
O quadro dos pronomes reflexivos é assim configurado:
- 1ª pessoa do singular (eu): me, mim. Por exemplo:
Eu não me vanglorio disso.
Olhei para mim no espelho e não gostei do que vi.
- 2ª pessoa do singular (tu): te, ti.Por exemplo:
Assim tu teprejudicas.
Conhece a ti mesmo.

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- 3ª pessoa do singular (ele, ela): se, si, consigo.Por exemplo:


Guilherme já se preparou.
Ela deu a si um presente.
Antônio conversou consigo mesmo.
- 1ª pessoa do plural (nós): nos.Por exemplo:
Lavamo-nos no rio.
- 2ª pessoa do plural (vós): vos.Por exemplo:
Vós vos beneficiastes com a esta conquista.
Por exemplo:
- 3ª pessoa do plural (eles, elas): se, si, consigo. Por exemplo:
Eles se conheceram.
Elas deram a si um dia de folga
A Segunda Pessoa Indireta
A chamada segunda pessoa indireta se manifesta quando utilizamos pronomes que, apesar
de indicarem nosso interlocutor (portanto, a segunda pessoa), utilizam o verbo na terceira
pessoa.
É o caso dos chamados pronomes de tratamento, que podem ser observados no quadro
seguinte:

Também são pronomes de tratamento o senhor, a senhora e você, vocês. "O senhor" e "a
senhora" são empregados no tratamento cerimonioso; "você" e "vocês", no tratamento

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familiar. Você e vocês são largamente empregados no português do Brasil; em algumas


regiões, a forma tu é de uso frequente, em outras, é muito pouco empregada. Já a forma vós
tem uso restrito à linguagem litúrgica, ultraformal ou literária.
Observações:
a) Vossa Excelência X Sua Excelência: os pronomes de tratamento que possuem "Vossa (s)"
são empregados em relação à pessoa com quem falamos. Por exemplo:
Espero que V. Ex.ª, Senhor Ministro, compareça a este encontro.
Emprega-se "Sua (s)" quando se fala a respeito da pessoa. Por exemplo:
Todos os membros da C.P.I. afirmaram que Sua Excelência, o Senhor Presidente da República,
agiu com propriedade.
- Os pronomes de tratamento representam uma forma indireta de nos dirigirmos aos nossos
interlocutores. Ao tratarmos um deputado por Vossa Excelência, por exemplo, estamos nos
endereçando à excelência que esse deputado supostamente tem para poder ocupar o cargo
que ocupa.
b) 3ª pessoa: embora os pronomes de tratamento se dirijam à 2ª pessoa, toda a concordância
deve ser feita com a 3ª pessoa. Assim, os verbos, os pronomes possessivos e os pronomes
oblíquos empregados em relação a eles devem ficar na 3ª pessoa. Por exemplo:
Basta que V. Ex.ª cumpra a terça parte das suas promessas, para que seus eleitores lhe fiquem
reconhecidos.
c) Uniformidade de Tratamento: quando escrevemos ou nos dirigimos a alguém, não é
permitido mudar, ao longo do texto, a pessoa do tratamento escolhida inicialmente. Assim,
por exemplo, se começamos a chamar alguém de "você", não poderemos usar "te" ou "teu".
O uso correto exigirá, ainda, verbo na terceira pessoa. Por exemplo:
Quando você vier, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos teus cabelos. (errado)
Quando você vier, eu a abraçarei e enrolar-me-ei nos seus cabelos. (correto)
Quando tu vieres, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos teus cabelos. (correto)
Pronomes Possessivos
São palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical (possuidor), acrescentam a ela a ideia de
posse de algo (coisa possuída). Por exemplo:
Este caderno é meu. (meu = possuidor: 1ª pessoa do singular)
Observe o quadro:

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Note que:
A forma do possessivo depende da pessoa gramatical a que se refere; o gênero e o número
concordam com o objeto possuído.Por exemplo:
Ele trouxe seu apoio e sua contribuição naquele momento difícil.
Observações:
1 - A forma seu não é um possessivo quando resultar da alteração fonética da palavra senhor.
Por exemplo:
Muito obrigado, seu José.
2 - Os pronomes possessivos nem sempre indicam posse. Podem ter outros empregos, como:
a) indicar afetividade. Por exemplo:
Não faça isso, minha filha.
b) indicar cálculo aproximado.Por exemplo:
Ele já deve ter seus 40 anos.
c) atribuir valor indefinido ao substantivo. Por exemplo:
Marisa tem lá seus defeitos, mas eu gosto muito dela.
3- Em frases onde se usam pronomes de tratamento, o pronome possessivo fica na 3ª pessoa.
Por exemplo:
Vossa Excelência trouxe sua mensagem?
4- Referindo-se a mais de um substantivo, o possessivo concorda com o mais próximo. Por
exemplo:
Trouxe-me seus livros e anotações.
5- Em algumas construções, os pronomes pessoais oblíquos átonos assumem valor de
possessivo. Por exemplo:
Vou seguir-lhe os passos. (= Vou seguir seus passos.)

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Pronomes Demonstrativos
Os pronomes demonstrativos são utilizados para explicitar a posição de uma certa palavra em
relação a outras ou ao contexto. Essa relação pode ocorrer em termos de espaço, tempo ou
discurso.
No espaço:
Compro este carro (aqui).
O pronome este indica que o carro está perto da pessoa que fala.
Compro esse carro (aí).
O pronome esse indica que o carro está perto da pessoa com quem falo, ou afastado da pessoa
que fala.
Compro aquele carro (lá).
O pronome aquele diz que o carro está afastado da pessoa que fala e daquela com quem falo.
Atenção: em situações de fala direta (tanto ao vivo quanto por meio de correspondência, que
é uma modalidade escrita de fala), são particularmente importantes o este e o esse - o
primeiro localiza os seres em relação ao emissor; o segundo, em relação ao destinatário.
Trocá-los pode causar ambiguidade.
Exemplos:
Dirijo-me a essa universidade com o objetivo de solicitar informações sobre o concurso
vestibular. (trata-se da universidade destinatária).
Reafirmamos a disposição desta universidade em participar no próximo Encontro de Jovens.
(trata-se da universidade que envia a mensagem).
No tempo:
Este ano está sendo bom para nós. O pronome este refere-se ao ano presente.
Esse ano que passou foi razoável. O pronome esse refere-se a um passado próximo.
Aquele ano foi terrível para todos. O pronome aquele está se referindo a um passado distante.
Os pronomes demonstrativos podem ser variáveis ou invariáveis, observe:
Variáveis: este(s), esta(s), esse(s), essa(s), aquele(s), aquela(s).
Invariáveis: isto, isso, aquilo.
- Também aparecem como pronomes demonstrativos:
o (s), a (s): quando estiverem antecedendo o que e puderem ser substituídos por aquele(s),
aquela(s), aquilo. Por exemplo:

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Não ouvi o que disseste. (Não ouvi aquilo que disseste.)


Essa rua não é a que te indiquei. (Esta rua não é aquela que te indiquei.)
mesmo (s), mesma (s):
Por exemplo:
Estas são as mesmas pessoas que o procuraram ontem.
próprio (s), própria (s):
Por exemplo:
Os próprios alunos resolveram o problema.
semelhante (s):
Por exemplo:
Não compre semelhante livro.
tal, tais:
Por exemplo: Tal era a solução para o problema.
Note que:
a) Não raro os demonstrativos aparecem na frase, em construções redundantes, com
finalidade expressiva, para salientar algum termo anterior. Por exemplo:
Manuela, essa é que dera em cheio casando com o José Afonso.
Desfrutar das belezas brasileiras, isso é que é sorte!
b) O pronome demonstrativo neutro o pode representar um termo ou o conteúdo de uma
oração inteira, caso em que aparece, geralmente, como objeto direto, predicativo ou aposto.
Por exemplo:
O casamento seria um desastre. Todos o pressentiam.
c) Para evitar a repetição de um verbo anteriormente expresso, é comum empregar-se, em
tais casos, o verbo fazer, chamado, então, verbo vicário (= que substitui, que faz as vezes de).
Por exemplo:
Ninguém teve coragem de falar antes que ela o fizesse.
Diz-se corretamente:
Não sei que fazer. Ou: Não sei o que fazer.
Mas: Tenho muito que fazer. (E não: Tenho muito o que fazer.)

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d) Em frases como a seguinte, este refere-se à pessoa mencionada em último lugar, aquele à
mencionada em primeiro lugar. Por exemplo:
O referido deputado e o Dr. Alcides eram amigos íntimos: aquele casado, solteiro este. [ou
então: este solteiro, aquele casado.]
e) O pronome demonstrativo tal pode ter conotação irônica. Por exemplo:
A menina foi a tal que ameaçou o professor?
f) Pode ocorrer a contração das preposições a, de, em com pronome demonstrativo: àquele,
àquela, deste, desta, disso, nisso, no, etc. Por exemplo:
Não acreditei no que estava vendo. (no = naquilo)
Pronomes Indefinidos
São palavras que se referem à terceira pessoa do discurso, dando-lhe sentido vago (impreciso)
ou expressando quantidade indeterminada. Por exemplo:
Alguém entrou no jardim e destruiu as mudas recém-plantadas.
Não é difícil perceber que "alguém" indica uma pessoa de quem se fala (uma terceira pessoa,
portanto) de forma imprecisa, vaga. É uma palavra capaz de indicar um ser humano que
seguramente existe, mas cuja identidade é desconhecida ou não se quer revelar.
Classificam-se em:
Pronomes Indefinidos Substantivos
Assumem o lugar do ser ou da quantidade aproximada de seres na frase.
São eles: algo, alguém, fulano, sicrano, beltrano, nada, ninguém, outrem, quem, tudo. Por
exemplo:
Algo o incomoda?
Quem avisa amigo é.
Pronomes Indefinidos Adjetivos
Qualificam um ser expresso na frase, conferindo-lhe a noção de quantidade aproximada.
São eles: cada, certo(s), certa(s). Por exemplo:
Cada povo tem seus costumes.
Certas pessoas exercem várias profissões.
Note que:
Ora são pronomes indefinidos substantivos, ora pronomes indefinidos adjetivos:

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algum, alguns, alguma(s), bastante(s) (= muito, muitos), demais, mais, menos, muito(s),
muita(s), nenhum, nenhuns, nenhuma(s), outro(s), outra(s), pouco(s), pouca(s), qualquer,
quaisquer, qual, que, quanto(s), quanta(s), tal, tais, tanto(s), tanta(s), todo(s), toda(s), um, uns,
uma(s), vários, várias.
Por exemplo:
Poucos vieram para o passeio.
Poucos alunos vieram para o passeio.
Os pronomes indefinidos podem ser divididos em variáveis e invariáveis. Observe o quadro:

São locuções pronominais indefinidas:


cada qual, cada um, qualquer um, quantos quer (que), quem quer (que), seja quem for, seja
qual for, todo aquele (que), tal qual (= certo), tal e qual, tal ou qual, um ou outro, uma ou
outra, etc. Por exemplo:
Cada um escolheu o vinho desejado.

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Pronomes Relativos
São pronomes relativos aqueles que representam nomes já mencionados anteriormente e
com os quais se relacionam. Introduzem as orações subordinadas adjetivas. Por exemplo:
O racismo é um sistema que afirma a superioridade de um grupo racial sobre outros.
(que afirma a superioridade de um grupo racial sobre outros = oração subordinada adjetiva).
O pronome relativo "que" refere-se à palavra "sistema" e introduz uma oração subordinada.
Diz-se que a palavra "sistema" é antecedente do pronome relativo "que".
Os pronomes relativos "que" e "qual" podem ser antecedidos pelos pronomes demonstrativos
"o", "a", "os", "as" (quando esses equivalerem a "isto", "isso", "aquele(s)", "aquela(s)",
"aquilo".). Por exemplo:
Não sei o que você está querendo dizer.
Às vezes, o antecedente do pronome relativo não vem expresso. Por exemplo:
Quem casa, quer casa.
Observe o quadro abaixo:

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Note que:
a) O pronome "que" é o relativo de mais largo emprego, sendo por isso chamado relativo
universal. Pode ser substituído por "o qual", "a qual", "os quais", "as quais" quando seu
antecedente for um substantivo. Por exemplo:
O trabalho que eu fiz refere-se à corrupção. (= o qual)
A cantora que acabou de se apresentar é péssima. (= a qual)
Os trabalhos que eu fiz referem-se à corrupção. (= os quais)
As cantoras que se apresentaram eram péssimas. (= as quais)
b) O qual, os quais, a qual e as quais são exclusivamente pronomes relativos: por isso, são
utilizados didaticamente para verificar se palavras como "que", "quem", "onde" (que podem
ter várias classificações) são pronomes relativos. Todos eles são usados com referência à
pessoa ou coisa por motivo de clareza ou depois de determinadas preposições. Por exemplo:
Regressando de São Paulo, visitei o sítio de minha tia, o qual me deixou encantado. (O uso de
"que" neste caso geraria ambiguidade.)
Essas são as conclusões sobre as quais pairam muitas dúvidas? (Não se poderia usar "que"
depois de "sobre".)
c) O relativo "que" às vezes equivale a "o que", "coisa que" e se refere a uma oração. Por
exemplo:
Não chegou a ser padre, mas deixou de ser poeta, que era a sua vocação natural.
Obs.: os pronomes relativos podem vir precedidos de preposição de acordo com a regência
verbal dos verbos da oração. Por exemplo:
Havia condições com que não concordávamos. (concordar com)
Havia condições de que desconfiávamos. (desconfiar de)
d) O pronome "cujo" não concorda com o seu antecedente, mas com o consequente. Equivale
a "do qual", "da qual", "dos quais", "das quais". Por exemplo

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e) "Quanto" é pronome relativo quando tem por antecedente um pronome indefinido: tanto
(ou variações) e tudo: Por exemplo:

f) O pronome "quem" refere-se a pessoas e vem sempre precedido de preposição. Por


exemplo:

g) "Onde", como pronome relativo, sempre possui antecedente e só pode ser utilizado na
indicação de lugar. Por exemplo:

A casa onde morava foi assaltada.


h) Na indicação de tempo, deve-se empregar "quando" ou "em que". Por exemplo:
Sinto saudades da época em que (quando) morávamos no exterior.
i) Podem ser utilizadas como pronomes relativos as palavras:
- como (= pelo qual)
Por exemplo:
Não me parece correto o modo como você agiu semana passada.
- quando (= em que)
Por exemplo:
Bons eram os tempos quando podíamos jogar videogame.
j) Os pronomes relativos permitem reunir duas orações numa só frase. Por exemplo:
O futebol é um esporte.
O povo gosta muito deste esporte.
O futebol é um esporte de que o povo gosta muito.

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k) Numa série de orações adjetivas coordenadas, pode ocorrer a elipse do relativo "que". Por
exemplo:
A sala estava cheia de gente que conversava, (que) ria, (que) fumava.
Pronomes Interrogativos
São usados na formulação de perguntas, sejam elas diretas ou indiretas. Assim como os
pronomes indefinidos, referem-se à 3ª pessoa do discurso de modo impreciso.
São pronomes interrogativos: que, quem, qual (e variações), quanto (e variações).
Por exemplo:
Quem fez o almoço?/ Diga-me quem fez o almoço.
Qual das bonecas preferes? / Não sei qual das bonecas preferes.
Quantos passageiros desembarcaram? / Pergunte quantos passageiros desembarcaram.

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Pronomes Substantivos e Pronomes Adjetivos


Pronomes Substantivos são aqueles que substituem um substantivo ao qual se referem. Por
exemplo:
Nem tudo está perdido. (Nem todos os bens estão perdidos.)
Aquilo me deixou alegre.
Obs.: ao assumir para si as características do nome que substitui, o pronome seguirá todas as
demais concordâncias (gênero - número - pessoa do discurso - marca de sujeito inanimado -
marca de situação no espaço).
Pronomes Adjetivos são aqueles que acompanham o substantivo com o qual se relacionam,
juntando-lhe uma característica. Por exemplo:
Este moço é meu irmão.
Alguma coisa me deixou alegre.
Observação: a classificação dos pronomes em substantivos ou adjetivos não exclui sua
classificação específica. Por exemplo:
Muita gente não me entende. (muita = pronome adjetivo indefinido).
Trouxe o meu ingresso e o teu. (meu = pronome adjetivo possessivo / teu = pronome
substantivo possessivo).

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Aspectos morfológicos: reconhecimento, emprego e sentido das classes gramaticais em


textos; processos de formação de palavras; mecanismos de flexão dos nomes e dos verbos.

Em linguística, Morfologia é o estudo da estrutura, da formação e da classificação das


palavras. A peculiaridade da morfologia é estudar as palavras olhando para elas isoladamente
e não dentro da sua participação na frase ou período. A morfologia está agrupada em dez
classes, denominadas classes de palavras ou classes gramaticais. São elas: Substantivo, Artigo,
Adjetivo, Numeral, Pronome, Verbo, Advérbio, Preposição, Conjunção e Interjeição.
Estrutura e formação das palavras
Estudar a estrutura é conhecer os elementos formadores das palavras. Assim,
compreendemos melhor o significado de cada uma delas. Observe os exemplos abaixo:
A análise destes exemplos mostra-nos que as palavras podem ser divididas em unidades
menores, a que damos o nome de elementos mórficos ou morfemas. Vamos analisar a palavra
"cachorrinhas":
Nessa palavra observamos facilmente a existência de quatro elementos. São eles:
cachorr - este é o elemento base da palavra, ou seja, aquele que contém o significado.
inh - indica que a palavra é um diminutivo
a - indica que a palavra é feminina
s - indica que a palavra se encontra no plural

Morfemas são unidades mínimas de caráter significativo.

Obs.: existem palavras que não comportam divisão em unidades menores, tais como: mar,
sol, lua, etc.
São elementos mórficos:
1) Raiz, radical, tema: elementos básicos e significativos
2) Afixos (prefixos, sufixos), desinência, vogal temática: elementos modificadores da
significação dos primeiros
3) Vogal de ligação, consoante de ligação: elementos de ligação ou eufônicos.
Raiz

Raiz é o elemento originário e irredutível em que se concentra a significação das palavras,


consideradas do ângulo histórico. É a raiz que encerra o sentido geral, comum às palavras
da mesma família etimológica.

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Observe o exemplo:
Raiz: noc [Latim nocere = prejudicar] tem a significação geral de causar dano, e a ela se
prendem, pela origem comum, as palavras nocivo, nocividade, inocente, inocentar, inócuo,
etc.
Obs.: uma raiz pode sofrer alterações. Veja o exemplo:
at-o
at-or
at-ivo
aç-ão
ac-ionar
Radical
Observe o seguinte grupo de palavras:
livr- o
livr- inho
livr- eiro
livr- eco
Você reparou que há um elemento comum nesse grupo? Você reparou que o elemento livr
serve de base para o significado? Esse elemento é chamado de radical (ou semantema).

Radical é o elemento básico e significativo das palavras, consideradas sob o aspecto


gramatical e prático. É encontrado através do despojo dos elementos secundários (quando
houver) da palavra.

Por exemplo:
cert-o
cert-eza
in-cert-eza
Afixos

Afixos são elementos secundários (geralmente sem vida autônoma) que se agregam a um
radical ou tema para formar palavras derivadas.

Sabemos que o acréscimo do morfema "-mente", por exemplo, cria uma nova palavra a partir
de "certo": certamente, advérbio de modo.

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De maneira semelhante, o acréscimo dos morfemas "a-" e "-ar" à forma "cert-" cria o verbo
acertar. Observe que a- e -ar são morfemas capazes de operar mudança de classe gramatical
na palavra a que são anexados.
Quando são colocados antes do radical, como acontece com "a-", os afixos recebem o nome
de prefixos. Quando, como "-ar", surgem depois do radical, os afixos são chamados de sufixos.
Veja os exemplos:

Desinências

Desinências são os elementos terminais indicativos das flexões das palavras.

Existem dois tipos de desinências: nominais e verbais.


Desinências Nominais
Indicam as flexões de gênero (masculino e feminino) e de número (singular e plural) dos
nomes. Exemplos:
alun-o aluno-s
alun-a aluna-s
Observação: só podemos falar em desinências nominais de gêneros e de números em palavras
que admitem tais flexões, como nos exemplos acima. Em palavras como mesa, tribo,
telefonema, por exemplo, não temos desinência nominal de gênero. Já em pires, lápis, ônibus
não temos desinência nominal de número.
Desinências Verbais
Indicam as flexões de número e pessoa e de modo e tempo dos verbos. Exemplos:
compr-o
compra-s
compra-mos
compra-is
compra-m
compra-va

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compra-va-s
A desinência "-o", presente em "am-o", é uma desinência número-pessoal, pois indica que o
verbo está na primeira pessoa do singular; "-va", de "ama-va", é desinência modo-temporal:
caracteriza uma forma verbal do pretérito imperfeito do indicativo, na 1ª conjugação.
Vogal Temática
Vogal Temática é a vogal que se junta ao radical, preparando-o para receber as desinências.
Nos verbos, distinguem-se três vogais temáticas: A, E e I.
Vogal A
Caracteriza os verbos da 1ª conjugação. Exemplos: buscar, buscavas, etc.
Vogal E
Caracteriza os verbos da 2ª conjugação. Exemplos: romper, rompemos, etc.
Vogal I
Caracteriza os verbos da 3ª conjugação. Exemplos: proibir, proibirá, etc.
Tema
Tema é o grupo formado pelo radical mais vogal temática. Nos verbos citados acima, os temas
são:
busca-, rompe-, proibi-
Vogais e Consoantes de Ligação
As vogais e consoantes de ligação são morfemas que surgem por motivos eufônicos, ou seja,
para facilitar ou mesmo possibilitar a pronúncia de uma determinada palavra.
Exemplo: parisiense
paris = radical
ense = sufixo
vogal de ligação = i
Outros exemplos:
gas-ô-metro
alv-i-negro
tecn-o-cracia
pau-l-ada

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cafe-t-eira
cha-l-eira
inset-i-cida
pe-z-inho
pobre-t-ão
Formação das Palavras
Existem dois processos básicos pelos quais se formam as palavras: a derivação e a composição.
A diferença entre ambos consiste basicamente em que, no processo de derivação, partimos
sempre de um único radical, enquanto no processo de composição sempre haverá mais de
um radical.
Derivação
Derivação é o processo pelo qual se obtém uma palavra nova, chamada derivada, a partir de
outra já existente, chamada primitiva. Observe o quadro abaixo:

Observamos que "mar" e "terra" não se formam de nenhuma outra palavra, mas, ao
contrário, possibilitam a formação de outras, por meio do acréscimo de um sufixo ou
prefixo. Logo, mar e terra são palavras primitivas, e as demais, derivadas.
Tipos de Derivação
Derivação Prefixal ou Prefixação
Resulta do acréscimo de prefixo à palavra primitiva, que tem o seu significado alterado. Veja
os exemplos:
crer- descrer
ler- reler
capaz- incapaz
Derivação Sufixal ou Sufixação
Resulta de acréscimo de sufixo à palavra primitiva, que pode sofrer alteração de significado
ou mudança de classe gramatical. Por exemplo: alfabetização
No exemplo acima, o sufixo -ção transforma em substantivo o verbo alfabetizar. Este, por sua
vez, já é derivado do substantivo alfabeto pelo acréscimo do sufixo -izar.

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A derivação sufixal pode ser:


a) Nominal, formando substantivos e adjetivos. Por exemplo:
papel - papelaria
riso - risonho
b) Verbal, formando verbos. Por exemplo:
atual - atualizar
c) Adverbial, formando advérbios de modo.
Por exemplo:
feliz - felizmente
Derivação Prefixal e Sufixal
Ocorre quando a palavra derivada resulta do acréscimo não simultâneo de prefixo e sufixo à
palavra primitiva.
Exemplos:

Note que a presença de apenas um desses afixos é suficiente para formar uma nova palavra,
pois em nossa língua existem as palavras "desleal", "lealdade" e "infeliz", "felizmente".
Derivação Parassintética ou Parassíntese
Ocorre quando a palavra derivada resulta do acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo à
palavra primitiva.
Considere, por exemplo, o adjetivo "triste". Do radical "trist-" formamos o verbo entristecer
pela junção simultânea do prefixo "en-" e do sufixo "-ecer". Note que a presença de apenas
um desses afixos não é suficiente para formar uma nova palavra, pois em nossa língua não
existem as palavras "entriste", nem "tristecer". Exemplos:

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Dica: para estabelecer a diferença entre derivação prefixal e sufixal e parassintética, basta
retirar o prefixo ou sufixo da palavra na qual se tem dúvida. Feito isso, observe se a palavra
que sobrou existe; caso isso aconteça, será derivação prefixal e sufixal. Caso contrário, será
derivação parassintética.

Derivação Regressiva
Ocorre derivação regressiva quando uma palavra é formada não por acréscimo, mas por
redução. Exemplos:
comprar (verbo)
compra (substantivo)
beijar (verbo)
beijo (substantivo)

Por derivação regressiva, formam-se basicamente substantivos a partir de verbos. Por isso,
recebem o nome de substantivos deverbais. Note que na linguagem popular, são frequentes
os exemplos de palavras formadas por derivação regressiva. Veja:
o portuga (de português)
o boteco (de botequim)
o comuna (de comunista)
Ou ainda:
agito (de agitar)
amasso (de amassar)
chego (de chegar)

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Obs.: o processo normal é criar um verbo a partir de um substantivo. Na derivação regressiva,


a língua procede em sentido inverso: forma o substantivo a partir do verbo.
Derivação Imprópria
A derivação imprópria ocorre quando determinada palavra, sem sofrer qualquer acréscimo ou
supressão em sua forma, muda de classe gramatical. Neste processo:
1) Os adjetivos passam a substantivos. Por exemplo:
Os bons serão contemplados.
2) Os particípios passam a substantivos ou adjetivos. Por exemplo:
Aquele garoto alcançou um feito passando no concurso.
3) Os infinitivos passam a substantivos. Por exemplo:
O andar de Roberta era fascinante.
O badalar dos sinos soou na cidadezinha.
4) Os substantivos passam a adjetivos. Por exemplo:
O funcionário fantasma foi despedido.
O menino prodígio resolveu o problema.
5) Os adjetivos passam a advérbios. Por exemplo:
Falei baixo para que ninguém escutasse.
6) Palavras invariáveis passam a substantivos. Por exemplo:
Não entendo o porquê disso tudo.
7) Substantivos próprios tornam-se comuns. Por exemplo:
Aquele coordenador é um caxias! (chefe severo e exigente)
Observação: os processos de derivação vistos anteriormente fazem parte da Morfologia
porque implicam alterações na forma das palavras. No entanto, a derivação imprópria lida
basicamente com seu significado, o que acaba caracterizando um processo semântico. Por
essa razão, entendemos o motivo pelo qual é denominada "imprópria".
Composição é o processo que forma palavras compostas, a partir da junção de dois ou mais
radicais. Existem dois tipos, apresentados a seguir.
Composição por Justaposição
Ao juntarmos duas ou mais palavras ou radicais, não ocorre alteração fonética. Exemplos:
passatempo, quinta-feira, girassol, couve-flor.

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Obs.: em "girassol" houve uma alteração na grafia (acréscimo de um "s") justamente para
manter inalterada a sonoridade da palavra.
Composição por Aglutinação
Ao unirmos dois ou mais vocábulos ou radicais, ocorre supressão de um ou mais de seus
elementos fonéticos. Exemplos:
embora (em boa hora)
fidalgo (filho de algo - referindo-se à família nobre)
hidrelétrico (hidro + elétrico)
planalto (plano alto)
Obs.: ao aglutinarem-se, os componentes subordinam-se a um só acento tônico, o do último
componente.
Redução
Algumas palavras apresentam, ao lado de sua forma plena, uma forma reduzida. Observe:
auto - por automóvel
cine - por cinema
micro - por microcomputador
Zé - por José
Como exemplo de redução ou simplificação de palavras, podem ser citadas também as siglas,
muito frequentes na comunicação atual.
Hibridismo
Ocorre hibridismo na palavra em cuja formação entram elementos de línguas diferentes. Por
exemplo: auto (grego) + móvel (latim)
Onomatopeia
Numerosas palavras devem sua origem a uma tendência constante da fala humana para imitar
as vozes e os ruídos da natureza. As onomatopeias são vocábulos que reproduzem
aproximadamente os sons e as vozes dos seres. Exemplos: miau, zum-zum, piar, tinir, urrar,
chocalhar, cocoricar, etc.
Prefixos
Os prefixos são morfemas que se colocam antes dos radicais, basicamente a fim de modificar-
lhes o sentido; raramente esses morfemas produzem mudança de classe gramatical.

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Os prefixos ocorrentes em palavras portuguesas se originam do latim e do grego, línguas em


que funcionavam como preposições ou advérbios, logo, como vocábulos autônomos.
Alguns prefixos foram pouco ou nada produtivos em português. Outros, por sua vez, tiveram
grande utilidade na formação de novas palavras. Veja os exemplos:
a- , contra- , des- , em- (ou en-) , es- , entre- re- , sub- , super- , anti-
Prefixos de Origem Grega
a-, an-: Afastamento, privação, negação, insuficiência, carência.
Exemplos: anônimo, amoral, ateu, afônico
ana-: Inversão, mudança, repetição.
Exemplos: analogia, análise, anagrama, anacrônico
anfi-: Em redor, em torno, de um e outro lado, duplicidade. anfiteatro, anfíbio, anfibologia
anti-: Oposição, ação contrária. antídoto, antipatia, antagonista, antítese
apo-: Afastamento, separação. apoteose, apóstolo, apocalipse, apologia
arqui-, arce-: Superioridade hierárquica, primazia, excesso. Exemplos: arquiduque, arquétipo,
arcebispo, arquimilionário
cata-: Movimento de cima para baixo. cataplasma, catálogo, catarata
di-: Duplicidade. dissílabo, ditongo, dilema
dia- : Movimento através de, afastamento. diálogo, diagonal, diafragma, diagrama
dis-: Dificuldade, privação. dispneia, disenteria, dispepsia, disfasia
ec-, ex-, exo-, ecto-: Movimento para fora. Exemplos: eclipse, êxodo, ectoderma, exorcismo
en-, em-, e-: Posição interior, movimento para dentro. encéfalo, embrião, elipse, entusiasmo
endo-: Movimento para dentro. endovenoso, endocarpo, endosmose
epi-: Posição superior, movimento para. epiderme, epílogo, epidemia, epitáfio
eu-: Excelência, perfeição, bondade. eufemismo, euforia, eucaristia, eufonia
hemi-: Metade, meio. hemisfério, hemistíquio, hemiplégico
hiper-: Posição superior, excesso. hipertensão, hipérbole, hipertrofia
hipo-: Posição inferior, escassez. hipocrisia, hipótese, hipodérmico
meta-: Mudança, sucessão. metamorfose, metáfora, metacarpo

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para-: Proximidade, semelhança, intensidade. Exemplos: paralelo, parasita, paradoxo,


paradigma
peri- : Movimento ou posição em torno de. periferia, peripécia, período, periscópio
pro-: Posição em frente, anterioridade. prólogo, prognóstico, profeta, programa
pros-: Adjunção, em adição a. prosélito, prosódia
proto-: Início, começo, anterioridade. proto-história, protótipo, protomártir
poli-: Multiplicidade. polissílabo, polissíndeto, politeísmo
sin-, sim-: Simultaneidade, companhia. Exemplos: síntese, sinfonia, simpatia, sinopse
tele-: Distância, afastamento. televisão, telepatia, telégrafo

Prefixos de origem latina

a-, ab-, abs- : Afastamento, separação. Exemplos: aversão, abuso, abstinência, abstração
a-, ad-: Aproximação, movimento para junto. Exemplos: adjunto,advogado, advir, aposto
ante-: Anterioridade, procedência. Exemplos: antebraço, antessala, anteontem, antever
ambi-: Duplicidade. ambidestro, ambiente, ambiguidade, ambivalente
ben(e)-, bem- : Bem, excelência de fato ou ação. Exemplos: benefício, bendito
bis-, bi-: Repetição, duas vezes. Exemplos: bisneto, bimestral, bisavô, biscoito
circu(m)-: Movimento em torno. circunferência, circunscrito, circulação
cis-: Posição aquém. Exemplos: cisalpino, cisplatino, cisandino
co-, con-, com-: Companhia, concomitância. Exemplos: colégio, cooperativa, condutor
contra-: Oposição. Exemplos: contrapeso, contrapor, contradizer
de-: Movimento de cima para baixo, separação, negação. Exemplos: decapitar, decair, depor
de(s)-, di(s)-: Negação, ação contrária, separação. Exemplos: desventura, discórdia, discussão
e-, es-, ex-: Movimento para fora. Exemplos: excêntrico, evasão, exportação, expelir
en-, em-, in-: Movimento para dentro, passagem para um estado ou forma, revestimento.
imergir, enterrar, embeber, injetar, importar
extra-: Posição exterior, excesso. Exemplos: extradição, extraordinário, extraviar
i-, in-, im-: Sentido contrário, privação, negação. Exemplos: ilegal, impossível, improdutivo
inter-, entre-: Posição intermediária. Exemplos: internacional, interplanetário

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intra-: Posição interior. intramuscular, intravenoso, intraverbal


intro-: Movimento para dentro. introduzir, introvertido, introspectivo
justa-: Posição ao lado. justapor, justalinear
ob-, o-: Posição em frente, oposição. Exemplos: obstruir, ofuscar, ocupar, obstáculo
per-: Movimento através. percorrer, perplexo, perfurar, perverter
pos-: Posterioridade. pospor, posterior, pós-graduado
pre-: Anterioridade . prefácio, prever, prefixo, preliminar
pro-: Movimento para frente. progresso, promover, prosseguir, projeção
re-: Repetição, reciprocidade. rever, reduzir, rebater, reatar
retro-: Movimento para trás. retrospectiva, retrocesso, retroagir, retrógrado
so-, sob-, sub-, su-: Movimento de baixo para cima, inferioridade. soterrar, sobpor, subestimar
super-, supra-, sobre-: Posição superior, excesso. Exemplos: supercílio, supérfluo
soto-, sota- : Posição inferior. Exemplos: soto-mestre, sota-voga, soto-pôr
trans-, tras-, tres-, tra-: Movimento para além, movimento através. Exemplos: transatlântico,
tresnoitar, tradição
ultra-: Posição além do limite, excesso. Exemplos: ultrapassar, ultrarromantismo, ultrassom,
ultraleve, ultravioleta
vice-, vis-: Em lugar de. Exemplos: vice-presidente, visconde, vice-almirante

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Sufixos

Sufixos são elementos (isoladamente insignificativos) que, acrescentados a um radical,


formam nova palavra. Sua principal característica é a mudança de classe gramatical que
geralmente opera.

Dessa forma, podemos utilizar o significado de um verbo num contexto em que se deve usar
um substantivo, por exemplo.
Como o sufixo é colocado depois do radical, a ele são incorporadas as desinências que indicam
as flexões das palavras variáveis. Existem dois grupos de sufixos formadores de substantivos
extremamente importantes para o funcionamento da língua. São os que formam nomes de
ação e os que formam nomes de agente.

Sufixos que formam nomes de agente


-ário(a) - secretário
-eiro(a) - ferreiro
-ista - manobrista
-or - lutador
-nte - feirante
Além dos sufixos acima, tem-se:
-aria - churrascaria
-ário - herbanário
-eiro - açucareiro
-il - covil
-or - corredor
-tério - cemitério
-tório - dormitório

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Sufixos que formam nomes indicadores de abundância, aglomeração, coleção


-aço - ricaço
-ada - papelada
-agem - folhagem
-al - capinzal
-ame - gentame
-ario(a) - casario, infantaria
-edo - arvoredo
-eria - correria
-io - mulherio
-ume - negrume
Sufixos que formam nomes técnicos usados na ciência

Sufixo que forma nomes de religião, doutrinas filosóficas, sistemas políticos


-ismo
budismo
kantismo
comunismo

Radicais Gregos

O conhecimento dos radicais gregos é de indiscutível importância para a exata compreensão


e fácil memorização de inúmeras palavras.

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Apresentamos a seguir duas relações de radicais gregos. A primeira agrupa os elementos


formadores que normalmente são colocados no início dos compostos, a segunda agrupa
aqueles que costumam surgir na parte final.

Radicais que atuam como primeiro elemento

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Radicais que atuam como segundo elemento

Radicais Latinos
Apresentamos a seguir duas relações de radicais latinos.
A primeira agrupa os elementos formadores que normalmente são colocados no início dos
compostos, a segunda agrupa aqueles que costumam surgir na parte final.

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Substantivo
Tudo o que existe é ser e cada ser tem um nome. Substantivo é a classe gramatical de palavras
variáveis, as quais denominam os seres. Além de objetos, pessoas e fenômenos, os
substantivos também nomeiam:
- lugares: Alemanha, Porto Alegre...
- sentimentos: raiva, amor...
- estados: alegria, tristeza...
- qualidades: honestidade, sinceridade...
- ações: corrida, pescaria...
Morfossintaxe do substantivo

Nas orações de língua portuguesa, o substantivo em geral exerce funções diretamente


relacionadas com o verbo: atua como núcleo do sujeito, dos complementos verbais (objeto
direto ou indireto) e do agente da passiva. Pode ainda funcionar como núcleo do
complemento nominal ou do aposto, como núcleo do predicativo do sujeito ou do objeto ou
como núcleo do vocativo. Também encontramos substantivos como núcleos de adjuntos
adnominais e de adjuntos adverbiais - quando essas funções são desempenhadas por grupos
de palavras.

Classificação dos Substantivos


Substantivos Comuns e Próprios
Observe a definição:
s.f. 1: Povoação maior que vila, com muitas casas e edifícios, dispostos em ruas e avenidas (no
Brasil, toda a sede de município é cidade). 2. O centro de uma cidade (em oposição aos
bairros).
Qualquer "povoação maior que vila, com muitas casas e edifícios, dispostos em ruas e
avenidas" será chamada cidade. Isso significa que a palavra cidade é um substantivo comum.
Substantivo Comum é aquele que designa os seres de uma mesma espécie de forma genérica.
Por exemplo: cidade, menino, homem, mulher, país, cachorro.
Veja agora este outro exemplo:
Estamos voando para Barcelona.
O substantivo Barcelona designa apenas um ser da espécie cidade. Esse substantivo é próprio.
Substantivo Próprio é aquele que designa os seres de uma mesma espécie de forma
particular.

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Por exemplo: Londres, Paulinho, Pedro, Tietê, Brasil.


Substantivos Concretos e Abstratos
Exemplos: LÂMPADA, MALA.
Os substantivos lâmpada e mala designam seres com existência própria, que são
independentes de outros seres. São assim, substantivos concretos.
Substantivo Concreto é aquele que designa o ser que existe, independentemente de outros
seres.
Obs.: os substantivos concretos designam seres do mundo real e do mundo imaginário.
Seres do mundo real: homem, mulher, cadeira, cobra, Brasília, etc.
Seres do mundo imaginário: saci, mãe-d'água, fantasma, etc.
Observe agora:
Beleza exposta
Jovens atrizes veteranas destacam-se pelo visual.
O substantivo beleza designa uma qualidade.
Substantivo Abstrato é aquele que designa seres que dependem de outros para se manifestar
ou existir.
Pense bem: a beleza não existe por si só, não pode ser observada. Só podemos observar a
beleza numa pessoa ou coisa que seja bela. A beleza depende de outro ser para se manifestar.
Portanto, a palavra beleza é um substantivo abstrato.
Os substantivos abstratos designam estados, qualidades, ações e sentimentos dos seres, dos
quais podem ser abstraídos, e sem os quais não podem existir. Por exemplo: vida (estado),
rapidez (qualidade), viagem (ação), saudade (sentimento).
Substantivos Coletivos
Observe os exemplos:
Ele vinha pela estrada e foi picado por uma abelha, outra abelha, mais outra abelha.
Ele vinha pela estrada e foi picado por várias abelhas.
Ele vinha pela estrada e foi picado por um enxame.
Note que, no primeiro caso, para indicar plural, foi necessário repetir o substantivo: uma
abelha, outra abelha, mais outra abelha...
No segundo caso, utilizaram-se duas palavras no plural.

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No terceiro caso, empregou-se um substantivo no singular (enxame) para designar um


conjunto de seres da mesma espécie (abelhas).
O substantivo enxame é um substantivo coletivo.
Substantivo Coletivo é o substantivo comum que, mesmo estando no singular, designa um
conjunto de seres da mesma espécie.
Lista de substantivos coletivos
abelha - enxame, cortiço, colmeia;
abutre - bando;
acompanhante - comitiva, cortejo, séquito;
alho - (quando entrelaçados) réstia, enfiada, cambada;
aluno - classe;
amigo - (quando em assembleia) tertúlia;
bala - saraiva, saraivada;
bandoleiro - caterva, corja, horda, malta, súcia, turba;
bêbado - corja, súcia, farândola;
cabelo - (em geral) chumaço, guedelha, madeixa, (conforme a separação) marrafa, trança;
cabo - cordame, cordoalha, enxárcia;
cabra - fato, malhada, rebanho;
Formação dos Substantivos
Substantivos Simples e Compostos
Observe a definição:
Chuva: subst. Fem. 1 - água caindo em gotas sobre a terra.
O substantivo chuva é formado por um único elemento ou radical. É um substantivo simples.
Substantivo Simples é aquele formado por um único elemento.
Outros substantivos simples: tempo, sol, sofá, etc.
Veja agora:
O substantivo guarda-chuva é formado por dois elementos (guarda + chuva). Esse substantivo
é composto.
Substantivo Composto é aquele formado por dois ou mais elementos.

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Outros exemplos: beija-flor, passatempo.


Substantivos Primitivos e Derivados
Veja:
Meu limão meu limoeiro,
meu pé de jacarandá...
O substantivo limão é primitivo, pois não se originou de nenhum outro dentro de língua
portuguesa.
Substantivo Primitivo é aquele que não deriva de nenhuma outra palavra da própria língua
portuguesa.
O substantivo limoeiro é derivado, pois se originou a partir da palavra limão.
Substantivo Derivado é aquele que se origina de outra palavra.
Flexão dos Substantivos
O substantivo é uma classe variável. A palavra é variável quando sofre flexão (variação). A
palavra menino, por exemplo, pode sofrer variações para indicar:
Plural: meninos
Feminino: menina
Aumentativo: meninão
Diminutivo: menininho
Flexão de Gênero
Gênero é a propriedade que as palavras têm de indicar sexo real ou fictício dos seres. Na
língua portuguesa, há dois gêneros: masculino e feminino.
Pertencem ao gênero masculino os substantivos que podem vir precedidos dos artigos o, os,
um, uns. Veja estes títulos de filmes:
O velho e o mar
Um Natal inesquecível
Os reis da praia
Pertencem ao gênero feminino os substantivos que podem vir precedidos dos artigos a, as,
uma, umas:
A história sem fim
Uma cidade sem passado

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As tartarugas ninjas
Substantivos Biformes e Substantivos Uniformes

Substantivos Biformes (= duas formas): ao indicar nomes de seres vivos, geralmente o


gênero da palavra está relacionado ao sexo do ser, havendo, portanto, duas formas, uma
para o masculino e outra para o feminino.

Observe:
gato - gata
homem - mulher
poeta - poetisa
prefeito - prefeita

Substantivos Uniformes são aqueles que apresentam uma única forma, que serve tanto para
o masculino quanto para o feminino.

Classificam-se em:
Epicenos: têm um só gênero e nomeiam bichos. Por exemplo:
a cobra macho e a cobra fêmea, o jacaré macho e o jacaré fêmea.
Sobrecomuns: têm um só gênero e nomeiam pessoas. Por exemplo:
a criança, a testemunha, a vítima, o cônjuge, o gênio, o ídolo, o indivíduo.
Comuns de Dois Gêneros: indicam o sexo das pessoas por meio do artigo. Por exemplo: o
colega e a colega, o doente e a doente, o artista e a artista.
Saiba que:
- Substantivos de origem grega terminados em -ema ou - oma são masculinos.
Por exemplo: o axioma, o fonema, o poema, o sistema, o sintoma, o teorema.
- Existem certos substantivos que, variando de gênero, variam em seu significado.
Por exemplo:
o rádio (aparelho receptor) e a rádio (estação emissora)
o capital (dinheiro) e a capital (cidade)
Formação do Feminino dos Substantivos Biformes
a) Regra: troca-se a terminação -o por -a. Por exemplo:
aluno - aluna

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b) Substantivos terminados em -ês: acrescenta-se -a ao masculino. Por exemplo:


freguês - freguesa
c) Substantivos terminados em -ão: fazem o feminino de três formas:
- troca-se -ão por -oa. Por exemplo:
patrão - patroa
- troca-se -ão por -ã. Por exemplo:
campeão - campeã
-troca-se -ão por ona. Por exemplo:
solteirão - solteirona
Exceções:
barão - baronesa
ladrão- ladra
sultão – sultana
d) Substantivos terminados em -or:
- acrescenta-se -a ao masculino. Por exemplo:
doutor - doutora
- troca-se -or por -triz:
imperador - imperatriz
e) Substantivos com feminino em -esa, -essa, -isa:

f) Substantivos que formam o feminino trocando o -e final por -a:


elefante - elefanta
g) Substantivos que têm radicais diferentes no masculino e no feminino:
bode - cabra
boi - vaca

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h) Substantivos que formam o feminino de maneira especial, isto é, não seguem nenhuma
das regras anteriores:
czar - czarina
réu – ré
Formação do Feminino dos Substantivos Uniformes
Epicenos
Observe:
Novo jacaré escapa de policiais no rio Pinheiros.
Não é possível saber o sexo do jacaré em questão. Isso ocorre porque o substantivo jacaré
tem apenas uma forma para indicar o masculino e o feminino.
Alguns nomes de animais apresentam uma só forma para designar os dois sexos. Esses
substantivos são chamados de epicenos. No caso dos epicenos, quando houver a necessidade
de especificar o sexo, utilizam-se palavras macho e fêmea.
Por exemplo: a cobra
A cobra macho picou o marinheiro.
A cobra fêmea escondeu-se na bananeira.
Sobrecomuns
Entregue as crianças à natureza.
A palavra crianças refere-se tanto a seres do sexo masculino, quanto a seres do sexo feminino.
Nesse caso, nem o artigo nem um possível adjetivo permitem identificar o sexo dos seres a
que se refere a palavra. Veja:
A criança chorona chamava-se João.
A criança chorona chamava-se Maria.
Outros substantivos sobrecomuns:
a criatura
João é uma boa criatura.
Maria é uma boa criatura.
o cônjuge
O cônjuge de João faleceu.
O cônjuge de Marcela faleceu.

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Comuns de Dois Gêneros:


Observe a manchete:
Motorista tem acidente idêntico 23 anos depois.
Quem sofreu o acidente: um homem ou uma mulher?
É impossível saber apenas pelo título da notícia, uma vez que a palavra motorista é um
substantivo uniforme. O restante da notícia nos informa que se trata de um homem.
A distinção de gênero pode ser feita através da análise do artigo ou adjetivo, quando
acompanharem o substantivo. Exemplos:
o colega - a colega
o imigrante - a imigrante
um jovem - uma jovem
artista famoso - artista famosa
repórter francês - repórter francesa
Flexão de Número do Substantivo
Em português, há dois números gramaticais:
O singular, que indica um ser ou um grupo de seres;
O plural, que indica mais de um ser ou grupo de seres.
A característica do plural é o s final.
Plural dos Substantivos Simples
a) Os substantivos terminados em vogal, ditongo oral e n fazem o plural pelo acréscimo de s.
Por exemplo:
pai - pais
ímã - ímãs
hífen - hifens (sem acento, no plural).
Exceção: cânon - cânones.
b) Os substantivos terminados em m fazem o plural em ns. Por exemplo:
homem - homens.
c) Os substantivos terminados em r e z fazem o plural pelo acréscimo de es. Por exemplo:
revólver - revólveres

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raiz - raízes
Atenção: O plural de caráter é caracteres.
d) Os substantivos terminados em al, el, ol, ul flexionam-se no plural, trocando o l por is. Por
exemplo:
quintal - quintais
caracol - caracóis
hotel - hotéis
Exceções: mal e males, cônsul e cônsules.
e) Os substantivos terminados em il fazem o plural de duas maneiras:
- Quando oxítonos, em is. Por exemplo:
canil - canis
- Quando paroxítonos, em eis. Por exemplo:
míssil - mísseis.
Obs.: a palavra réptil pode formar seu plural de duas maneiras:
répteis ou reptis (pouco usada).
f) Os substantivos terminados em s fazem o plural de duas maneiras:
- Quando monossilábicos ou oxítonos, mediante o acréscimo de es. Por exemplo:
ás - ases
retrós - retroses
- Quando paroxítonos ou proparoxítonos, ficam invariáveis. Por exemplo:
o lápis - os lápis
o ônibus - os ônibus.
g) Os substantivos terminados em ão fazem o plural de três maneiras.
- substituindo o -ão por -ões:
Por exemplo:
ação - ações
- substituindo o -ão por -ães:
Por exemplo:

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cão - cães
- substituindo o -ão por -ãos:
Por exemplo:
grão - grãos
h) Os substantivos terminados em x ficam invariáveis.
Por exemplo:
o látex - os látex
Plural dos Substantivos Compostos
A formação do plural dos substantivos compostos depende da forma como são grafados, do
tipo de palavras que formam o composto e da relação que estabelecem entre si. Aqueles que
são grafados sem hífen comportam-se como os substantivos simples:
aguardente e aguardentes
girassol e girassóis
pontapé e pontapés
malmequer e malmequeres
Para pluralizar os substantivos compostos cujos elementos são ligados por hífen, observe as
orientações a seguir:
a) Quando as duas palavras forem substantivos, pode-se optar por colocar apenas o primeiro
elemento ou ambos no plural:
palavra-chave = palavras-chave ou palavras-chaves
couve-flor = couves-flor ou couves-flores
bomba-relógio = bombas-relógio ou bombas-relógios
peixe-espada = peixes-espada ou peixes-espadas
b) Flexionam-se os dois elementos, quando formados de:
substantivo + adjetivo = amor-perfeito e amores-perfeitos
adjetivo + substantivo = gentil-homem e gentis-homens
numeral + substantivo = quinta-feira e quintas-feiras
c) Flexiona-se somente o segundo elemento, quando formados de:
verbo + substantivo = guarda-roupa e guarda-roupas

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palavra invariável + palavra variável = alto-falante e alto-falantes


palavras repetidas ou imitativas = reco-reco e reco-recos
d) Flexiona-se somente o primeiro elemento, quando formados de:
substantivo + preposição clara + substantivo = água-de-colônia e águas-de-colônia
substantivo + preposição oculta + substantivo = cavalo-vapor e cavalos-vapor
e) Permanecem invariáveis, quando formados de:
verbo + advérbio = o bota-fora e os bota-fora
verbo + substantivo no plural = o saca-rolhas e os saca-rolhas
f) Casos Especiais
o louva-a-deus e os louva-a-deus
o bem-te-vi e os bem-te-vis
o bem-me-quer e os bem-me-queres
o joão-ninguém e os joões-ninguém
Flexão de Grau do Substantivo
Grau é a propriedade que as palavras têm de exprimir as variações de tamanho dos seres.
Classifica-se em:
Grau Normal
Indica um ser de tamanho considerado normal Por exemplo: casa.
Grau Aumentativo
Indica o aumento do tamanho do ser. Classifica-se em:
Analítico = o substantivo é acompanhado de um adjetivo que indica grandeza.
Por exemplo: casa grande.
Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indicador de aumento.
Por exemplo: casarão.
Grau Diminutivo
Indica a diminuição do tamanho do ser. Pode ser:
Analítico = substantivo acompanhado de um adjetivo que indica pequenez. Por exemplo: casa
pequena.

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Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indicador de diminuição. Por exemplo:


casinha.
Artigo

Artigo é a palavra que, vindo antes de um substantivo, indica se ele está sendo empregado de
maneira definida ou indefinida. Além disso, o artigo indica, ao mesmo tempo, o gênero e o
número dos substantivos.

Classificação dos Artigos


Artigos Definidos
Determinam os substantivos de maneira precisa: o, a, os, as. Por exemplo: Eu comprei o carro.
Artigos Indefinidos
Determinam os substantivos de maneira vaga: um, uma, uns, umas. Por exemplo:
Eu comprei um carro.
Combinação dos Artigos
É muito presente a combinação dos artigos definidos e indefinidos com preposições. Este
quadro apresenta a forma assumida por essas combinações:

- As formas à e às indicam a fusão da preposição a com o artigo definido a. Essa fusão de vogais
idênticas é conhecida por crase.
- As formas pelo(s)/pela(s) resultam da combinação dos artigos definidos com a forma per,
equivalente a por.
Adjetivo
Adjetivo é a palavra que expressa uma qualidade ou característica do ser e se "encaixa"
diretamente ao lado de um substantivo.
Ao analisarmos a palavra bondoso, por exemplo, percebemos que além de expressar uma
qualidade, ela pode ser "encaixada diretamente" ao lado de um substantivo: homem
bondoso, moça bondosa, pessoa bondosa.

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Já com a palavra bondade, embora expresse uma qualidade, não acontece o mesmo; não faz
sentido dizer: homem bondade, moça bondade, pessoa bondade. Bondade, portanto, não é
adjetivo, mas substantivo.
Morfossintaxe do Adjetivo:
O adjetivo exerce sempre funções sintáticas relativas aos substantivos, atuando como adjunto
adnominal ou como predicativo (do sujeito ou do objeto).
Classificação do Adjetivo
Explicativo: exprime qualidade própria do ser. Por exemplo: neve fria.
Restritivo: exprime qualidade que não é própria do ser. Por exemplo: fruta madura.
Formação do Adjetivo
Quanto à formação, o adjetivo pode ser:
Adjetivo simples: Formado por um só radical.
Por exemplo: brasileiro, escuro, magro, cômico.
Adjetivo composto: Formado por mais de um radical.
Por exemplo: luso-brasileiro, castanho-escuro, amarelo-canário.
Adjetivo primitivo: É aquele que dá origem a outros adjetivos.
Por exemplo: belo, bom, feliz, puro.
Adjetivo derivado: É aquele que deriva de substantivos, verbos ou até mesmo de outro
adjetivo.
Por exemplo: belíssimo, bondoso, magrelo.
Adjetivo Pátrio
Indica a nacionalidade ou o lugar de origem do ser.
Observe alguns deles.
Estados e cidades do Brasil

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Adjetivo Pátrio Composto


Na formação do adjetivo pátrio composto, o primeiro elemento aparece na forma reduzida e,
normalmente, erudita. Observe alguns exemplos:

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Locução Adjetiva
Locução = reunião de palavras.
Sempre que são necessárias duas ou mais palavras para contar a mesma coisa, tem-se locução.
Às vezes, uma preposição + substantivo tem o mesmo valor de um adjetivo: é a Locução
Adjetiva (expressão que equivale a um adjetivo.)
Por exemplo: aves da noite (aves noturnas), paixão sem freio (paixão desenfreada). Observe
outros exemplos:

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Obs.: nem toda locução adjetiva possui um adjetivo correspondente, com o mesmo
significado. Por exemplo:
Vi as alunas da 5ª série.
O muro de tijolos caiu.
Flexão dos adjetivos
O adjetivo varia em gênero, número e grau.
Gênero dos Adjetivos
Os adjetivos concordam com o substantivo a que se referem (masculino e feminino). De forma
semelhante aos substantivos, classificam-se em:
Biformes - têm duas formas, sendo uma para o masculino e outra para o feminino. Por
exemplo: ativo e ativa, mau e má, judeu e judia.
Se o adjetivo é composto e biforme, ele flexiona no feminino somente o último elemento. Por
exemplo: o moço norte-americano, a moça norte-americana.
Exceção: surdo-mudo e surda-muda.
Uniformes - têm uma só forma tanto para o masculino como para o feminino. Por exemplo:
homem feliz e mulher feliz.
Se o adjetivo é composto e uniforme, fica invariável no feminino. Por exemplo: conflito
político-social e desavença político-social.
Número dos Adjetivos
Plural dos adjetivos simples
Os adjetivos simples flexionam-se no plural de acordo com as regras estabelecidas para a
flexão numérica dos substantivos simples. Por exemplo:
mau e maus
feliz e felizes
ruim e ruins
boa e boas
Caso o adjetivo seja uma palavra que também exerça função de substantivo, ficará invariável,
ou seja, se a palavra que estiver qualificando um elemento for, originalmente, um substantivo,
ela manterá sua forma primitiva. Exemplo: a palavra cinza é originalmente um substantivo,
porém, se estiver qualificando um elemento, funcionará como adjetivo. Ficará, então
invariável.

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Por exemplo: camisas cinza, ternos cinza.


Veja outros exemplos:
Motos vinho (mas: motos verdes)
Paredes musgo (mas: paredes brancas).
Comícios monstro (mas: comícios grandiosos).
Adjetivo Composto
Adjetivo composto é aquele formado por dois ou mais elementos. Normalmente, esses
elementos são ligados por hífen. Apenas o último elemento concorda com o substantivo a que
se refere; os demais ficam na forma masculina, singular.
Caso um dos elementos que formam o adjetivo composto seja um substantivo adjetivado,
todo o adjetivo composto ficará invariável.
Por exemplo: a palavra rosa é originalmente um substantivo, porém, se estiver qualificando
um elemento, funcionará como adjetivo. Caso se ligue a outra palavra por hífen, formará um
adjetivo composto; como é um substantivo adjetivado, o adjetivo composto inteiro ficará
invariável. Por exemplo:
Camisas rosa-claro.
Ternos rosa-claro.
Olhos verde-claros.
Calças azul-escuras e camisas verde-mar.
Telhados marrom-café e paredes verde-claras.
Obs.:
- Azul-marinho, azul-celeste, ultravioleta e qualquer adjetivo composto iniciado por cor-de-...
são sempre invariáveis.
- Os adjetivos compostos surdo-mudo e pele-vermelha têm os dois elementos flexionados.
Grau do Adjetivo
Os adjetivos flexionam-se em grau para indicar a intensidade da qualidade do ser. São dois os
graus do adjetivo: o comparativo e o superlativo.
Comparativo
Nesse grau, comparam-se a mesma característica atribuída a dois ou mais seres ou duas ou
mais características atribuídas ao mesmo ser. O comparativo pode ser de igualdade, de
superioridade ou de inferioridade. Observe os exemplos abaixo:

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1) Sou tão alto como você. Comparativo De Igualdade


No comparativo de igualdade, o segundo termo da comparação é introduzido pelas palavras
como, quanto ou quão.
2) Sou mais alto (do) que você. Comparativo De Superioridade Analítico
No comparativo de superioridade analítico, entre os dois substantivos comparados, um tem
qualidade superior. A forma é analítica porque pedimos auxílio a "mais...do que" ou
"mais...que".
3) O Sol é maior (do) que a Terra. Comparativo De Superioridade Sintético
Alguns adjetivos possuem, para o comparativo de superioridade, formas sintéticas, herdadas
do latim. São eles:
bom-melhor pequeno-menor
mau-pior alto-superior
grande-maior baixo-inferior
Adjetivos comparativos
Observe que:
a) As formas menor e pior são comparativos de superioridade, pois equivalem a mais pequeno
e mais mau, respectivamente.
b) Bom, mau, grande e pequeno têm formas sintéticas (melhor, pior, maior e menor), porém,
em comparações feitas entre duas qualidades de um mesmo elemento, deve-se usar as
formas analíticas mais bom, mais mau, mais grande e mais pequeno. Por exemplo:
Pedro é maior do que Paulo - Comparação de dois elementos.
Pedro é mais grande que pequeno - comparação de duas qualidades de um mesmo elemento.
4) Sou menos alto (do) que você. Comparativo De Inferioridade
Sou menos passivo (do) que tolerante.
Superlativo
O superlativo expressa qualidades num grau muito elevado ou em grau máximo. O grau
superlativo pode ser absoluto ou relativo e apresenta as seguintes modalidades:
Superlativo Absoluto: ocorre quando a qualidade de um ser é intensificada, sem relação com
outros seres. Apresenta-se nas formas:
Analítica: a intensificação se faz com o auxílio de palavras que dão ideia de intensidade
(advérbios). Por exemplo: O secretário é muito inteligente.

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Sintética: a intensificação se faz por meio do acréscimo de sufixos. Por exemplo:


O secretário é inteligentíssimo.
Observe alguns superlativos sintéticos:
benéfico beneficentíssimo
bom boníssimo ou ótimo
célebre celebérrimo
comum comuníssimo
cruel crudelíssimo
difícil dificílimo
doce dulcíssimo
fácil facílimo
fiel fidelíssimo
frágil fragílimo
frio friíssimo ou frigidíssimo
humilde humílimo
jovem juveníssimo
livre libérrimo
magnífico magnificentíssimo
magro macérrimo ou magríssimo
manso mansuetíssimo
mau péssimo
nobre nobilíssimo
pequeno mínimo
pobre paupérrimo ou pobríssimo
preguiçoso pigérrimo
próspero prospérrimo
sábio sapientíssimo
sagrado sacratíssimo

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Superlativo Relativo: ocorre quando a qualidade de um ser é intensificada em relação a um


conjunto de seres. Essa relação pode ser:
De Superioridade: Clara é a mais bela da sala.
De Inferioridade: Clara é a menos bela da sala.
Note bem:
1) O superlativo absoluto analítico é expresso por meio dos advérbios muito, extremamente,
excepcionalmente, etc., antepostos ao adjetivo.
2) O superlativo absoluto sintético se apresenta sob duas formas : uma erudita, de origem
latina, outra popular, de origem vernácula. A forma erudita é constituída pelo radical do
adjetivo latino + um dos sufixos -íssimo, -imo ou érrimo. Por exemplo: fidelíssimo, facílimo,
paupérrimo.
A forma popular é constituída do radical do adjetivo português + o sufixo -íssimo: pobríssimo,
agilíssimo.
3) Em vez dos superlativos normais seriíssimo, precariíssimo, necessariíssimo, preferem-se, na
linguagem atual, as formas seríssimo, precaríssimo, necessaríssimo, sem o desagradável hiato
i-í.
Numeral
Numeral é a palavra que indica os seres em termos numéricos, isto é, que atribui quantidade
aos seres ou os situa em determinada sequência. Exemplos:
Os quatro últimos ingressos foram vendidos há pouco.
[quatro: numeral = atributo numérico de "ingresso"]
Eu quero café duplo, e você?
...[duplo: numeral = atributo numérico de "café"]
A primeira pessoa da fila pode entrar, por favor!
...[primeira: numeral = situa o ser "pessoa" na sequência de "fila"]
Note bem: os numerais traduzem, em palavras, o que os números indicam em relação aos
seres. Assim, quando a expressão é colocada em números (1, 1°, 1/3, etc.) não se trata de
numerais, mas sim de algarismos.
Além dos numerais mais conhecidos, já que refletem a ideia expressa pelos números, existem
mais algumas palavras consideradas numerais porque denotam quantidade, proporção ou
ordenação. São alguns exemplos: década, dúzia, par, ambos(as), novena.
Classificação dos Numerais

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Cardinais: indicam contagem, medida. É o número básico. Por exemplo: um, dois, cem mil,
etc.
Ordinais: indicam a ordem ou lugar do ser numa série dada. Por exemplo: primeiro, segundo,
centésimo, etc.
Fracionários: indicam parte de um inteiro, ou seja, a divisão dos seres. Por exemplo: meio,
terço, dois quintos, etc.
Multiplicativos: expressam ideia de multiplicação dos seres, indicando quantas vezes a
quantidade foi aumentada. Por exemplo: dobro, triplo, quíntuplo, etc.
Coletivos: se referem ao conjunto de algo, indicando o número exato de seres que compõem
esse conjunto. Por exemplo: dezena, dúzia, milheiro, etc.
Leitura dos Numerais
Separando os números em centenas, de trás para frente, obtêm-se conjuntos numéricos, em
forma de centenas e, no início, também de dezenas ou unidades. Entre esses conjuntos usa-
se vírgula; as unidades ligam-se pela conjunção e. Por exemplo:
1.203.726 = um milhão, duzentos e três mil, setecentos e vinte e seis.
45.520 = quarenta e cinco mil, quinhentos e vinte.
Flexão dos numerais
Os numerais cardinais que variam em gênero são um/uma, dois/duas e os que indicam
centenas de duzentos/duzentas em diante: trezentos/trezentas; quatrocentos/quatrocentas,
etc.
Cardinais como milhão, bilhão, trilhão, etc. variam em número: milhões, bilhões, trilhões, etc.
Os demais cardinais são invariáveis.
Os numerais ordinais variam em gênero e número:
primeiro segundo milésimo
primeira segunda milésima
primeiros segundos milésimos
primeiras segundas milésimas
Numerais multiplicativos
Os numerais multiplicativos são invariáveis quando atuam em funções substantivas. Por
exemplo:
Fizeram o dobro do esforço e conseguiram o triplo de produção.

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Quando atuam em funções adjetivas, esses numerais flexionam-se em gênero e número. Por
exemplo:
Teve de tomar doses triplas do medicamento.
Os numerais fracionários flexionam-se em gênero e número. Observe:
um terço/dois terços
uma terça parte
duas terças partes
Os numerais coletivos flexionam-se em número. Veja:
uma dúzia
um milheiro
duas dúzias
dois milheiros
É comum na linguagem coloquial a indicação de grau nos numerais, traduzindo afetividade ou
especialização de sentido. É o que ocorre em frases como:
Me empresta duzentinho...
É artigo de primeiríssima qualidade!
O time está arriscado por ter caído na segundona. (= segunda divisão de futebol)
Emprego dos Numerais
Para designar papas, reis, imperadores, séculos e partes em que se divide uma obra, utilizam-
se os ordinais até décimo e a partir daí os cardinais, desde que o numeral venha depois do
substantivo:
Ordinais Cardinais
João Paulo II (segundo)
D. Pedro II (segundo)
Ato II (segundo)
Século VIII (oitavo)
Canto IX (nono)
Tomo XV (quinze)
Luís XVI (dezesseis)

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Capítulo XX (vinte)
Século XX (vinte)
João XXIII (vinte e três)
Para designar leis, decretos e portarias, utiliza-se o ordinal até nono e o cardinal de dez em
diante:
Artigo 1.° (primeiro) Artigo 10 (dez)
Artigo 9.° (nono) Artigo 21 (vinte e um)
Ambos/ambas são considerados numerais. Significam "um e outro", "os dois" (ou "uma e
outra", "as duas") e são largamente empregados para retomar pares de seres aos quais já se
fez referência. Por exemplo:
Pedro e João parecem ter finalmente percebido a importância da solidariedade. Ambos agora
participam das atividades comunitárias de seu bairro.
Obs.: a forma "ambos os dois" é considerada enfática. Atualmente, seu uso indica afetação,
artificialismo.
Pronome
Pronome é a palavra que se usa em lugar do nome, ou a ele se refere, ou ainda, que
acompanha o nome qualificando-o de alguma forma.
Exemplos:
A moça era mesmo bonita. Ela morava nos meus sonhos!
[substituição do nome]
A moça que morava nos meus sonhos era mesmo bonita!
[referência ao nome]
Essa moça morava nos meus sonhos!
[qualificação do nome]
Grande parte dos pronomes não possuem significados fixos, isto é, essas palavras só adquirem
significação dentro de um contexto, o qual nos permite recuperar a referência exata daquilo
que está sendo colocado por meio dos pronomes no ato da comunicação.
Com exceção dos pronomes interrogativos e indefinidos, os demais pronomes têm por função
principal apontar para as pessoas do discurso ou a elas se relacionar, indicando-lhes sua
situação no tempo ou no espaço. Em virtude dessa característica, os pronomes apresentam
uma forma específica para cada pessoa do discurso.

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Exemplos:
Minha carteira estava vazia quando eu fui assaltada.
[minha/eu: pronomes de 1ª pessoa = aquele que fala]
Tua carteira estava vazia quando tu foste assaltada?
[tua/tu: pronomes de 2ª pessoa = aquele a quem se fala]
A carteira dela estava vazia quando ela foi assaltada.
[dela/ela: pronomes de 3ª pessoa = aquele de quem se fala]
Em termos morfológicos, os pronomes são palavras variáveis em gênero (masculino ou
feminino) e em número (singular ou plural). Assim, espera-se que a referência através do
pronome seja coerente em termos de gênero e número (fenômeno da concordância) com o
seu objeto, mesmo quando este se apresenta ausente no enunciado.
Exemplos:
[Fala-se de Roberta]
Ele quer participar do desfile da nossa escola neste ano.
[nossa: pronome que qualifica "escola" = concordância adequada]
[neste: pronome que determina "ano" = concordância adequada]
[ele: pronome que faz referência à "Roberta" = concordância inadequada]
Existem seis tipos de pronomes: pessoais, possessivos, demonstrativos, indefinidos, relativos
e interrogativos.
Pronomes Pessoais
São aqueles que substituem os substantivos, indicando diretamente as pessoas do discurso.
Quem fala ou escreve assume os pronomes eu ou nós, usa os pronomes tu, vós, você ou vocês
para designar a quem se dirige e ele, ela, eles ou elas para fazer referência à pessoa ou às
pessoas de quem fala.
Os pronomes pessoais variam de acordo com as funções que exercem nas orações, podendo
ser do caso reto ou do caso oblíquo.
Pronome Reto
Pronome pessoal do caso reto é aquele que, na sentença, exerce a função de sujeito ou
predicativo do sujeito. Por exemplo:
Nós lhe ofertamos flores.

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Os pronomes retos apresentam flexão de número, gênero (apenas na 3ª pessoa) e pessoa,


sendo essa última a principal flexão, uma vez que marca a pessoa do discurso. Dessa forma, o
quadro dos pronomes retos é assim configurado:
- 1ª pessoa do singular: eu
- 2ª pessoa do singular: tu
- 3ª pessoa do singular: ele, ela
- 1ª pessoa do plural: nós
- 2ª pessoa do plural: vós
- 3ª pessoa do plural: eles, elas
Atenção: esses pronomes não costumam ser usados como complementos verbais na língua-
padrão. Frases como "Vi ele na rua" , "Encontrei ela na praça", "Trouxeram eu até aqui",
comuns na língua oral cotidiana, devem ser evitadas na língua formal escrita ou falada. Na
língua formal, devem ser usados os pronomes oblíquos correspondentes: "Vi-o na rua",
"Encontrei-a na praça", "Trouxeram-me até aqui".
Obs.: frequentemente observamos a omissão do pronome reto em Língua Portuguesa. Isso se
dá porque as próprias formas verbais marcam, através de suas desinências, as pessoas do
verbo indicadas pelo pronome reto. Por exemplo:
Fizemos boa viagem. (Nós)
Pronome Oblíquo
Pronome pessoal do caso oblíquo é aquele que, na sentença, exerce a função de complemento
verbal (objeto direto ou indireto) ou complemento nominal. Por exemplo:
Ofertaram-nos flores. (objeto indireto)
Obs.: em verdade, o pronome oblíquo é uma forma variante do pronome pessoal do caso reto.
Essa variação indica a função diversa que eles desempenham na oração: pronome reto marca
o sujeito da oração; pronome oblíquo marca o complemento da oração.
Os pronomes oblíquos sofrem variação de acordo com a acentuação tônica que possuem,
podendo ser átonos ou tônicos.
Pronome Oblíquo Átono
São chamados átonos os pronomes oblíquos que não são precedidos de preposição.
Possuem acentuação tônica fraca. Por exemplo:
Ele me deu um presente.
O quadro dos pronomes oblíquos átonos é assim configurado:

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- 1ª pessoa do singular (eu): me


- 2ª pessoa do singular (tu): te
- 3ª pessoa do singular (ele, ela): se, o, a, lhe
- 1ª pessoa do plural (nós): nos
- 2ª pessoa do plural (vós): vos
- 3ª pessoa do plural (eles, elas): se, os, as, lhes
Observações:
O lhe é o único pronome oblíquo átono que já se apresenta na forma contraída, ou seja, houve
a união entre o pronome o ou a e preposição a ou para. Por acompanhar diretamente uma
preposição, o pronome lhe exerce sempre a função de objeto indireto na oração.
Os pronomes me, te, se, nos e vos podem tanto ser objetos diretos como objetos indiretos.
Os pronomes o, a, os e as atuam exclusivamente como objetos diretos.

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Pronome Oblíquo Tônico


Os pronomes oblíquos tônicos são sempre precedidos por preposições, em geral as
preposições a, para, de e com. Por esse motivo, os pronomes tônicos exercem a função de
objeto indireto da oração. Possuem acentuação tônica forte.
O quadro dos pronomes oblíquos tônicos é assim configurado:
- 1ª pessoa do singular (eu): mim, comigo
- 2ª pessoa do singular (tu): ti, contigo
- 3ª pessoa do singular (ele, ela): ele, ela
- 1ª pessoa do plural (nós): nós, conosco
- 2ª pessoa do plural (vós): vós, convosco
- 3ª pessoa do plural (eles, elas): eles, elas
- Observe que as únicas formas próprias do pronome tônico são a primeira pessoa (mim) e
segunda pessoa (ti). As demais repetem a forma do pronome pessoal do caso reto.
- As preposições essenciais introduzem sempre pronomes pessoais do caso oblíquo e nunca
pronome do caso reto. Nos contextos interlocutivos que exigem o uso da língua formal, os
pronomes costumam ser usados desta forma:
Não há mais nada entre mim e ti.
Não se comprovou qualquer ligação entre ti e ela.

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Não há nenhuma acusação contra mim.


Não vá sem mim.

- A combinação da preposição "com" e alguns pronomes originou as formas especiais comigo,


contigo, consigo, conosco e convosco. Tais pronomes oblíquos tônicos frequentemente
exercem a função de adjunto adverbial de companhia. Por exemplo:
Ele carregava o documento consigo.
- As formas "conosco" e "convosco" são substituídas por "com nós" e "com vós" quando os
pronomes pessoais são reforçados por palavras como outros, mesmos, próprios, todos, ambos
ou algum numeral. Por exemplo:
Você terá de viajar com nós todos.
Estávamos com vós outros quando chegaram as más notícias.
Ele disse que iria com nós três.
Pronome Reflexivo
São pronomes pessoais oblíquos que, embora funcionem como objetos direto ou indireto,
referem-se ao sujeito da oração. Indicam que o sujeito pratica e recebe a ação expressa pelo
verbo.
O quadro dos pronomes reflexivos é assim configurado:
- 1ª pessoa do singular (eu): me, mim. Por exemplo:
Eu não me vanglorio disso.
Olhei para mim no espelho e não gostei do que vi.
- 2ª pessoa do singular (tu): te, ti.Por exemplo:
Assim tu teprejudicas.
Conhece a ti mesmo.

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- 3ª pessoa do singular (ele, ela): se, si, consigo.Por exemplo:


Guilherme já se preparou.
Ela deu a si um presente.
Antônio conversou consigo mesmo.
- 1ª pessoa do plural (nós): nos.Por exemplo:
Lavamo-nos no rio.
- 2ª pessoa do plural (vós): vos.Por exemplo:
Vós vos beneficiastes com a esta conquista.
Por exemplo:
- 3ª pessoa do plural (eles, elas): se, si, consigo. Por exemplo:
Eles se conheceram.
Elas deram a si um dia de folga
A Segunda Pessoa Indireta
A chamada segunda pessoa indireta se manifesta quando utilizamos pronomes que, apesar
de indicarem nosso interlocutor (portanto, a segunda pessoa), utilizam o verbo na terceira
pessoa.
É o caso dos chamados pronomes de tratamento, que podem ser observados no quadro
seguinte:

Também são pronomes de tratamento o senhor, a senhora e você, vocês. "O senhor" e "a
senhora" são empregados no tratamento cerimonioso; "você" e "vocês", no tratamento

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familiar. Você e vocês são largamente empregados no português do Brasil; em algumas


regiões, a forma tu é de uso frequente, em outras, é muito pouco empregada. Já a forma vós
tem uso restrito à linguagem litúrgica, ultraformal ou literária.
Observações:
a) Vossa Excelência X Sua Excelência: os pronomes de tratamento que possuem "Vossa (s)"
são empregados em relação à pessoa com quem falamos. Por exemplo:
Espero que V. Ex.ª, Senhor Ministro, compareça a este encontro.
Emprega-se "Sua (s)" quando se fala a respeito da pessoa. Por exemplo:
Todos os membros da C.P.I. afirmaram que Sua Excelência, o Senhor Presidente da República,
agiu com propriedade.
- Os pronomes de tratamento representam uma forma indireta de nos dirigirmos aos nossos
interlocutores. Ao tratarmos um deputado por Vossa Excelência, por exemplo, estamos nos
endereçando à excelência que esse deputado supostamente tem para poder ocupar o cargo
que ocupa.
b) 3ª pessoa: embora os pronomes de tratamento se dirijam à 2ª pessoa, toda a concordância
deve ser feita com a 3ª pessoa. Assim, os verbos, os pronomes possessivos e os pronomes
oblíquos empregados em relação a eles devem ficar na 3ª pessoa. Por exemplo:
Basta que V. Ex.ª cumpra a terça parte das suas promessas, para que seus eleitores lhe fiquem
reconhecidos.
c) Uniformidade de Tratamento: quando escrevemos ou nos dirigimos a alguém, não é
permitido mudar, ao longo do texto, a pessoa do tratamento escolhida inicialmente. Assim,
por exemplo, se começamos a chamar alguém de "você", não poderemos usar "te" ou "teu".
O uso correto exigirá, ainda, verbo na terceira pessoa. Por exemplo:
Quando você vier, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos teus cabelos. (errado)
Quando você vier, eu a abraçarei e enrolar-me-ei nos seus cabelos. (correto)
Quando tu vieres, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos teus cabelos. (correto)
Pronomes Possessivos
São palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical (possuidor), acrescentam a ela a ideia de
posse de algo (coisa possuída). Por exemplo:
Este caderno é meu. (meu = possuidor: 1ª pessoa do singular)
Observe o quadro:

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Note que:
A forma do possessivo depende da pessoa gramatical a que se refere; o gênero e o número
concordam com o objeto possuído.Por exemplo:
Ele trouxe seu apoio e sua contribuição naquele momento difícil.
Observações:
1 - A forma seu não é um possessivo quando resultar da alteração fonética da palavra senhor.
Por exemplo:
Muito obrigado, seu José.
2 - Os pronomes possessivos nem sempre indicam posse. Podem ter outros empregos, como:
a) indicar afetividade. Por exemplo:
Não faça isso, minha filha.
b) indicar cálculo aproximado.Por exemplo:
Ele já deve ter seus 40 anos.
c) atribuir valor indefinido ao substantivo. Por exemplo:
Marisa tem lá seus defeitos, mas eu gosto muito dela.
3- Em frases onde se usam pronomes de tratamento, o pronome possessivo fica na 3ª pessoa.
Por exemplo:
Vossa Excelência trouxe sua mensagem?
4- Referindo-se a mais de um substantivo, o possessivo concorda com o mais próximo. Por
exemplo:
Trouxe-me seus livros e anotações.
5- Em algumas construções, os pronomes pessoais oblíquos átonos assumem valor de
possessivo. Por exemplo:
Vou seguir-lhe os passos. (= Vou seguir seus passos.)

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Pronomes Demonstrativos
Os pronomes demonstrativos são utilizados para explicitar a posição de uma certa palavra em
relação a outras ou ao contexto. Essa relação pode ocorrer em termos de espaço, tempo ou
discurso.
No espaço:
Compro este carro (aqui).
O pronome este indica que o carro está perto da pessoa que fala.
Compro esse carro (aí).
O pronome esse indica que o carro está perto da pessoa com quem falo, ou afastado da pessoa
que fala.
Compro aquele carro (lá).
O pronome aquele diz que o carro está afastado da pessoa que fala e daquela com quem falo.
Atenção: em situações de fala direta (tanto ao vivo quanto por meio de correspondência, que
é uma modalidade escrita de fala), são particularmente importantes o este e o esse - o
primeiro localiza os seres em relação ao emissor; o segundo, em relação ao destinatário.
Trocá-los pode causar ambiguidade.
Exemplos:
Dirijo-me a essa universidade com o objetivo de solicitar informações sobre o concurso
vestibular. (trata-se da universidade destinatária).
Reafirmamos a disposição desta universidade em participar no próximo Encontro de Jovens.
(trata-se da universidade que envia a mensagem).
No tempo:
Este ano está sendo bom para nós. O pronome este refere-se ao ano presente.
Esse ano que passou foi razoável. O pronome esse refere-se a um passado próximo.
Aquele ano foi terrível para todos. O pronome aquele está se referindo a um passado distante.
Os pronomes demonstrativos podem ser variáveis ou invariáveis, observe:
Variáveis: este(s), esta(s), esse(s), essa(s), aquele(s), aquela(s).
Invariáveis: isto, isso, aquilo.
- Também aparecem como pronomes demonstrativos:
o (s), a (s): quando estiverem antecedendo o que e puderem ser substituídos por aquele(s),
aquela(s), aquilo. Por exemplo:

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Não ouvi o que disseste. (Não ouvi aquilo que disseste.)


Essa rua não é a que te indiquei. (Esta rua não é aquela que te indiquei.)
mesmo (s), mesma (s):
Por exemplo:
Estas são as mesmas pessoas que o procuraram ontem.
próprio (s), própria (s):
Por exemplo:
Os próprios alunos resolveram o problema.
semelhante (s):
Por exemplo:
Não compre semelhante livro.
tal, tais:
Por exemplo: Tal era a solução para o problema.
Note que:
a) Não raro os demonstrativos aparecem na frase, em construções redundantes, com
finalidade expressiva, para salientar algum termo anterior. Por exemplo:
Manuela, essa é que dera em cheio casando com o José Afonso.
Desfrutar das belezas brasileiras, isso é que é sorte!
b) O pronome demonstrativo neutro o pode representar um termo ou o conteúdo de uma
oração inteira, caso em que aparece, geralmente, como objeto direto, predicativo ou aposto.
Por exemplo:
O casamento seria um desastre. Todos o pressentiam.
c) Para evitar a repetição de um verbo anteriormente expresso, é comum empregar-se, em
tais casos, o verbo fazer, chamado, então, verbo vicário (= que substitui, que faz as vezes de).
Por exemplo:
Ninguém teve coragem de falar antes que ela o fizesse.
Diz-se corretamente:
Não sei que fazer. Ou: Não sei o que fazer.
Mas: Tenho muito que fazer. (E não: Tenho muito o que fazer.)

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d) Em frases como a seguinte, este refere-se à pessoa mencionada em último lugar, aquele à
mencionada em primeiro lugar. Por exemplo:
O referido deputado e o Dr. Alcides eram amigos íntimos: aquele casado, solteiro este. [ou
então: este solteiro, aquele casado.]
e) O pronome demonstrativo tal pode ter conotação irônica. Por exemplo:
A menina foi a tal que ameaçou o professor?
f) Pode ocorrer a contração das preposições a, de, em com pronome demonstrativo: àquele,
àquela, deste, desta, disso, nisso, no, etc. Por exemplo:
Não acreditei no que estava vendo. (no = naquilo)
Pronomes Indefinidos
São palavras que se referem à terceira pessoa do discurso, dando-lhe sentido vago (impreciso)
ou expressando quantidade indeterminada. Por exemplo:
Alguém entrou no jardim e destruiu as mudas recém-plantadas.
Não é difícil perceber que "alguém" indica uma pessoa de quem se fala (uma terceira pessoa,
portanto) de forma imprecisa, vaga. É uma palavra capaz de indicar um ser humano que
seguramente existe, mas cuja identidade é desconhecida ou não se quer revelar.
Classificam-se em:
Pronomes Indefinidos Substantivos
Assumem o lugar do ser ou da quantidade aproximada de seres na frase.
São eles: algo, alguém, fulano, sicrano, beltrano, nada, ninguém, outrem, quem, tudo. Por
exemplo:
Algo o incomoda?
Quem avisa amigo é.
Pronomes Indefinidos Adjetivos
Qualificam um ser expresso na frase, conferindo-lhe a noção de quantidade aproximada.
São eles: cada, certo(s), certa(s). Por exemplo:
Cada povo tem seus costumes.
Certas pessoas exercem várias profissões.
Note que:
Ora são pronomes indefinidos substantivos, ora pronomes indefinidos adjetivos:

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algum, alguns, alguma(s), bastante(s) (= muito, muitos), demais, mais, menos, muito(s),
muita(s), nenhum, nenhuns, nenhuma(s), outro(s), outra(s), pouco(s), pouca(s), qualquer,
quaisquer, qual, que, quanto(s), quanta(s), tal, tais, tanto(s), tanta(s), todo(s), toda(s), um, uns,
uma(s), vários, várias.
Por exemplo:
Poucos vieram para o passeio.
Poucos alunos vieram para o passeio.
Os pronomes indefinidos podem ser divididos em variáveis e invariáveis. Observe o quadro:

São locuções pronominais indefinidas:


cada qual, cada um, qualquer um, quantos quer (que), quem quer (que), seja quem for, seja
qual for, todo aquele (que), tal qual (= certo), tal e qual, tal ou qual, um ou outro, uma ou
outra, etc. Por exemplo:
Cada um escolheu o vinho desejado.

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Pronomes Relativos
São pronomes relativos aqueles que representam nomes já mencionados anteriormente e
com os quais se relacionam. Introduzem as orações subordinadas adjetivas. Por exemplo:
O racismo é um sistema que afirma a superioridade de um grupo racial sobre outros.
(que afirma a superioridade de um grupo racial sobre outros = oração subordinada adjetiva).
O pronome relativo "que" refere-se à palavra "sistema" e introduz uma oração subordinada.
Diz-se que a palavra "sistema" é antecedente do pronome relativo "que".
Os pronomes relativos "que" e "qual" podem ser antecedidos pelos pronomes demonstrativos
"o", "a", "os", "as" (quando esses equivalerem a "isto", "isso", "aquele(s)", "aquela(s)",
"aquilo".). Por exemplo:
Não sei o que você está querendo dizer.
Às vezes, o antecedente do pronome relativo não vem expresso. Por exemplo:
Quem casa, quer casa.
Observe o quadro abaixo:

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Note que:
a) O pronome "que" é o relativo de mais largo emprego, sendo por isso chamado relativo
universal. Pode ser substituído por "o qual", "a qual", "os quais", "as quais" quando seu
antecedente for um substantivo. Por exemplo:
O trabalho que eu fiz refere-se à corrupção. (= o qual)
A cantora que acabou de se apresentar é péssima. (= a qual)
Os trabalhos que eu fiz referem-se à corrupção. (= os quais)
As cantoras que se apresentaram eram péssimas. (= as quais)
b) O qual, os quais, a qual e as quais são exclusivamente pronomes relativos: por isso, são
utilizados didaticamente para verificar se palavras como "que", "quem", "onde" (que podem
ter várias classificações) são pronomes relativos. Todos eles são usados com referência à
pessoa ou coisa por motivo de clareza ou depois de determinadas preposições. Por exemplo:
Regressando de São Paulo, visitei o sítio de minha tia, o qual me deixou encantado. (O uso de
"que" neste caso geraria ambiguidade.)
Essas são as conclusões sobre as quais pairam muitas dúvidas? (Não se poderia usar "que"
depois de "sobre".)
c) O relativo "que" às vezes equivale a "o que", "coisa que" e se refere a uma oração. Por
exemplo:
Não chegou a ser padre, mas deixou de ser poeta, que era a sua vocação natural.
Obs.: os pronomes relativos podem vir precedidos de preposição de acordo com a regência
verbal dos verbos da oração. Por exemplo:
Havia condições com que não concordávamos. (concordar com)
Havia condições de que desconfiávamos. (desconfiar de)
d) O pronome "cujo" não concorda com o seu antecedente, mas com o consequente. Equivale
a "do qual", "da qual", "dos quais", "das quais". Por exemplo

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e) "Quanto" é pronome relativo quando tem por antecedente um pronome indefinido: tanto
(ou variações) e tudo: Por exemplo:

f) O pronome "quem" refere-se a pessoas e vem sempre precedido de preposição. Por


exemplo:

g) "Onde", como pronome relativo, sempre possui antecedente e só pode ser utilizado na
indicação de lugar. Por exemplo:
A casa onde morava foi assaltada.
h) Na indicação de tempo, deve-se empregar "quando" ou "em que". Por exemplo:
Sinto saudades da época em que (quando) morávamos no exterior.
i) Podem ser utilizadas como pronomes relativos as palavras:
- como (= pelo qual)
Por exemplo:
Não me parece correto o modo como você agiu semana passada.
- quando (= em que)
Por exemplo:
Bons eram os tempos quando podíamos jogar videogame.
j) Os pronomes relativos permitem reunir duas orações numa só frase. Por exemplo:
O futebol é um esporte.
O povo gosta muito deste esporte.
O futebol é um esporte de que o povo gosta muito.

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k) Numa série de orações adjetivas coordenadas, pode ocorrer a elipse do relativo "que". Por
exemplo:
A sala estava cheia de gente que conversava, (que) ria, (que) fumava.
Pronomes Interrogativos
São usados na formulação de perguntas, sejam elas diretas ou indiretas. Assim como os
pronomes indefinidos, referem-se à 3ª pessoa do discurso de modo impreciso.
São pronomes interrogativos: que, quem, qual (e variações), quanto (e variações).
Por exemplo:
Quem fez o almoço?/ Diga-me quem fez o almoço.
Qual das bonecas preferes? / Não sei qual das bonecas preferes.
Quantos passageiros desembarcaram? / Pergunte quantos passageiros desembarcaram.
Pronomes Substantivos e Pronomes Adjetivos
Pronomes Substantivos são aqueles que substituem um substantivo ao qual se referem. Por
exemplo:
Nem tudo está perdido. (Nem todos os bens estão perdidos.)
Aquilo me deixou alegre.
Obs.: ao assumir para si as características do nome que substitui, o pronome seguirá todas
as demais concordâncias (gênero - número - pessoa do discurso - marca de sujeito
inanimado - marca de situação no espaço).
Pronomes Adjetivos são aqueles que acompanham o substantivo com o qual se relacionam,
juntando-lhe uma característica. Por exemplo:
Este moço é meu irmão.
Alguma coisa me deixou alegre.
Observação: a classificação dos pronomes em substantivos ou adjetivos não exclui sua
classificação específica. Por exemplo:
Muita gente não me entende. (muita = pronome adjetivo indefinido).
Trouxe o meu ingresso e o teu. (meu = pronome adjetivo possessivo / teu = pronome
substantivo possessivo)
Conjunção

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Além da preposição, há outra palavra também invariável que, na frase, é usada como
elemento de ligação: a conjunção. Ela serve para ligar duas orações ou duas palavra de mesma
função em uma oração:
O concurso será realizado nas cidades de Campinas e São Paulo.
A prova não será fácil, por isso estou estudando muito.
Morfossintaxe da Conjunção
As conjunções, a exemplo das preposições, não exercem propriamente uma função sintática:
são conectivos.

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Classificação da Conjunção
De acordo com o tipo de relação que estabelecem, as conjunções podem ser classificadas em
coordenativas e subordinativas.
No primeiro caso, os elementos ligados pela conjunção podem ser isolados um do outro. Esse
isolamento, no entanto, não acarreta perda da unidade de sentido que cada um dos
elementos possui.
Já no segundo caso, cada um dos elementos ligados pela conjunção depende da existência do
outro. Veja:
Estudei muito, mas ainda não compreendi o conteúdo.
Podemos separá-las por ponto: Estudei muito. Ainda não compreendi o conteúdo.
Temos acima um exemplo de conjunção (e, consequentemente, orações coordenadas)
coordenativa – “mas”.
Já em: Espero que eu seja aprovada no concurso!
Não conseguimos separar uma oração da outra, pois a segunda “completa” o sentido da
primeira (da oração principal):
Espero o quê? Ser aprovada. Nesse período temos uma oração subordinada substantiva
objetiva direta (ela exerce a função de objeto direto do verbo da oração principal).
Conjunções Coordenativas
São aquelas que ligam orações de sentido completo e independente ou termos da oração que
têm a mesma função gramatical. Subdividem-se em:
1) Aditivas: ligam orações ou palavras, expressando ideia de acréscimo ou adição. São elas: e,
nem (= e não), não só... mas também, não só... como também, bem como, não só... mas ainda.
A sua pesquisa é clara e objetiva.
Não só dança, mas também canta.
2) Adversativas: ligam duas orações ou palavras, expressando ideia de contraste ou
compensação. São elas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante.
Tentei chegar mais cedo, porém não consegui.
3) Alternativas: ligam orações ou palavras, expressando ideia de alternância ou escolha,
indicando fatos que se realizam separadamente. São elas: ou, ou... ou, ora... ora, já... já, quer...
quer, seja... seja, talvez... talvez.
Ou escolho agora, ou fico sem presente de aniversário.

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4) Conclusivas: ligam a oração anterior a uma oração que expressa ideia de conclusão ou
consequência. São elas: logo, pois (depois do verbo), portanto, por conseguinte, por isso,
assim.
Marta estava bem preparada para o teste, portanto não ficou nervosa.
Você nos ajudou muito; terá, pois, nossa gratidão.
5) Explicativas: ligam a oração anterior a uma oração que a explica, que justifica a ideia nela
contida. São elas: que, porque, pois (antes do verbo), porquanto.
Não demore, que o filme já vai começar.
Falei muito, pois não gosto do silêncio!
Conjunções Subordinativas
São aquelas que ligam duas orações, sendo uma delas dependente da outra. A oração
dependente, introduzida pelas conjunções subordinativas, recebe o nome de oração
subordinada. Veja o exemplo:
O baile já tinha começado quando ela chegou.
O baile já tinha começado: oração principal
quando: conjunção subordinativa (adverbial temporal)
ela chegou: oração subordinada
As conjunções subordinativas subdividem-se em integrantes e adverbiais:
1. Integrantes - Indicam que a oração subordinada por elas introduzida completa ou integra o
sentido da principal.
Introduzem orações que equivalem a substantivos, ou seja, as orações subordinadas
substantivas. São elas: que, se.
Quero que você volte. (Quero sua volta)
2. Adverbiais - Indicam que a oração subordinada exerce a função de adjunto adverbial da
principal. De acordo com a circunstância que expressam, classificam-se em:
a) Causais: introduzem uma oração que é causa da ocorrência da oração principal. São elas:
porque, que, como (= porque, no início da frase), pois que, visto que, uma vez que, porquanto,
já que, desde que, etc.
Ele não fez a pesquisa porque não dispunha de meios.
b) Concessivas: introduzem uma oração que expressa ideia contrária à da principal, sem, no
entanto, impedir sua realização. São elas: embora, ainda que, apesar de que, se bem que,
mesmo que, por mais que, posto que, conquanto, etc.

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Embora fosse tarde, fomos visitá-lo.


c) Condicionais: introduzem uma oração que indica a hipótese ou a condição para ocorrência
da principal. São elas: se, caso, contanto que, salvo se, a não ser que, desde que, a menos que,
sem que, etc.
Se precisar de minha ajuda, telefone-me.
** Dica: você deve ter percebido que a conjunção condicional “se” também é conjunção
integrante. A diferença é clara ao ler as orações que são introduzidas por ela. Acima, ela nos
dá a ideia da condição para que recebamos um telefonema (se for preciso ajuda). Já na oração:
Não sei se farei o concurso...
Não há ideia de condição alguma, há? Outra coisa: o verbo da oração principal (sei) pede
complemento (objeto direto, já que “quem não sabe, não sabe algo”). Portanto, a oração em
destaque exerce a função de objeto direto da oração principal, sendo classificada como oração
subordinada substantiva objetiva direta.
d) Conformativas: introduzem uma oração que exprime a conformidade de um fato com
outro. São elas: conforme, como (= conforme), segundo, consoante, etc.
O passeio ocorreu como havíamos planejado.
e) Finais: introduzem uma oração que expressa a finalidade ou o objetivo com que se realiza
a oração principal.
São elas: para que, a fim de que, que, porque (= para que), que, etc.
Toque o sinal para que todos entrem no salão.
f) Proporcionais: introduzem uma oração que expressa um fato relacionado
proporcionalmente à ocorrência do expresso na principal. São elas: à medida que, à proporção
que, ao passo que e as combinações quanto mais... (mais), quanto menos... (menos), quanto
menos... (mais), quanto menos... (menos), etc.
O preço fica mais caro à medida que os produtos escasseiam.
* Observação: são incorretas as locuções proporcionais à medida em que, na medida que e na
medida em que.
g) Temporais: introduzem uma oração que acrescenta uma circunstância de tempo ao fato
expresso na oração principal. São elas: quando, enquanto, antes que, depois que, logo que,
todas as vezes que, desde que, sempre que, assim que, agora que, mal (= assim que), etc.
A briga começou assim que saímos da festa.
h) Comparativas: introduzem uma oração que expressa ideia de comparação com referência
à oração principal.

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São elas: como, assim como, tal como, como se, (tão)... como, tanto como, tanto quanto, do
que, quanto, tal, qual, tal qual, que nem, que (combinado com menos ou mais), etc.
O jogo de hoje será mais difícil que o de ontem.
i) Consecutivas: introduzem uma oração que expressa a consequência da principal. São elas:
de sorte que, de modo que, sem que (= que não), de forma que, de jeito que, que (tendo como
antecedente na oração principal uma palavra como tal, tão, cada, tanto, tamanho), etc.
Estudou tanto durante a noite que dormiu na hora do exame.
Atenção: Muitas conjunções não têm classificação única, imutável, devendo, portanto, ser
classificadas de acordo com o sentido que apresentam no contexto.
O bom relacionamento entre as conjunções de um texto garante a perfeita estruturação de
suas frases e parágrafos, bem como a compreensão eficaz de seu conteúdo. Interagindo com
palavras de outras classes gramaticais essenciais ao inter-relacionamento das partes de frases
e textos - como os pronomes, preposições, alguns advérbios e numerais -, as conjunções
fazem parte daquilo a que se pode chamar de “a arquitetura textual”, isto é, o conjunto das
relações que garantem a coesão do enunciado. O sucesso desse conjunto de relações depende
do conhecimento do valor relacional das conjunções, uma vez que estas interferem
semanticamente no enunciado.
Dessa forma, deve-se dedicar atenção especial às conjunções tanto na leitura como na
produção de textos. Nos textos narrativos, elas estão muitas vezes ligadas à expressão de
circunstâncias fundamentais à condução da história, como as noções de tempo, finalidade,
causa e consequência. Nos textos dissertativos, evidenciam muitas vezes a linha expositiva ou
argumentativa adotada - é o caso das exposições e argumentações construídas por meio de
contrastes e oposições, que implicam o uso das adversativas e concessivas.
Verbo
Verbo é a classe de palavras que se flexiona em pessoa, número, tempo, modo e voz. Pode
indicar, entre outros processos:
ação (correr);
estado (ficar);
fenômeno (chover);
ocorrência (nascer);
desejo (querer).
O que caracteriza o verbo são as suas flexões, e não os seus possíveis significados. Observe
que palavras como corrida, chuva e nascimento têm conteúdo muito próximo ao de alguns

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verbos mencionados acima; não apresentam, porém, todas as possibilidades de flexão que
esses verbos possuem.
Estrutura das Formas Verbais
Do ponto de vista estrutural, uma forma verbal pode apresentar os seguintes elementos:
a) Radical: é a parte invariável, que expressa o significado essencial do verbo. Por exemplo:
fal-ei; fal-ava; fal-am. (radical fal-)
b) Tema: é o radical seguido da vogal temática que indica a conjugação a que pertence o verbo.
Por exemplo:
fala-r
São três as conjugações:
1ª - Vogal Temática - A - (falar)
2ª - Vogal Temática - E - (vender)
3ª - Vogal Temática - I - (partir)
c) Desinência modo-temporal: é o elemento que designa o tempo e o modo do verbo. Por
exemplo:
falávamos (indica o pretérito imperfeito do indicativo.)
falasse (indica o pretérito imperfeito do subjuntivo.)
d) Desinência número-pessoal: é o elemento que designa a pessoa do discurso (1ª, 2ª ou 3ª)
e o número (singular ou plural). Por exemplo:
falamos (indica a 1ª pessoa do plural.)
falavam(indica a 3ª pessoa do plural.)
Observação: o verbo pôr, assim como seus derivados (compor, repor, depor, etc.), pertencem
à 2ª conjugação, pois a forma arcaica do verbo pôr era poer. A vogal "e", apesar de haver
desaparecido do infinitivo, revela-se em algumas formas do verbo: põe, pões, põem, etc.
Formas Rizotônicas e Arrizotônicas
Ao combinarmos os conhecimentos sobre a estrutura dos verbos com o conceito de
acentuação tônica, percebemos com facilidade que nas formas rizotônicas, o acento tônico
cai no radical do verbo: opino, aprendam, nutro, por exemplo. Nas formas arrizotônicas, o
acento tônico não cai no radical, mas sim na terminação verbal: opinei, aprenderão,
nutriríamos.
Classificação dos Verbos

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Classificam-se em:
a) Regulares: são aqueles que possuem as desinências normais de sua conjugação e cuja flexão
não provoca alterações no radical. Por exemplo:
canto
cantei
cantarei
cantava
cantasse
b) Irregulares: são aqueles cuja flexão provoca alterações no radical ou nas desinências. Por
exemplo:
faço
fiz
farei
fizesse
c) Defectivos: são aqueles que não apresentam conjugação completa. Classificam-se em
impessoais, unipessoais e pessoais.
Impessoais: são os verbos que não têm sujeito. Normalmente, são usados na terceira pessoa
do singular. Os principais verbos impessoais são:
a) haver, quando sinônimo de existir, acontecer, realizar-se ou fazer (em orações temporais).
Por exemplo:
Havia poucos ingressos à venda. (Havia = Existiam)
Houve duas guerras mundiais. (Houve = Aconteceram)
Haverá reuniões aqui. (Haverá = Realizar-se-ão)
Deixei de fumar há muitos anos. (há = faz)
b) fazer, ser e estar (quando indicam tempo). Por exemplo:
Faz invernos rigorosos no Sul do Brasil.
Era primavera quando a conheci.
Estava frio naquele dia.
c) Todos os verbos que indicam fenômenos da natureza são impessoais: chover, ventar, nevar,
gear, trovejar, amanhecer, escurecer, etc. Quando, porém, se constrói, "Amanheci mal-

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humorado", usa-se o verbo "amanhecer" em sentido figurado. Qualquer verbo impessoal,


empregado em sentido figurado, deixa de ser impessoal para ser pessoal. Por exemplo:
Amanheci mal-humorado. (Sujeito desinencial: eu)
Choveram candidatos ao cargo. (Sujeito: candidatos)
Fiz quinze anos ontem. (Sujeito desinencial: eu)
d) São impessoais, ainda:
1. o verbo passar (seguido de preposição), indicando tempo. Ex.: Já passa das seis.
2. os verbos bastar e chegar, seguidos da preposição de, indicando suficiência. Ex.: Basta de
tolices. Chega de blasfêmias.
3. os verbos estar e ficar em orações tais como Está bem, Está muito bem assim, Não fica bem,
Fica mal, sem referência a sujeito expresso anteriormente. Podemos, ainda, nesse caso,
classificar o sujeito como hipotético, tornando-se, tais verbos, então, pessoais.
4. o verbo deu + para da língua popular, equivalente de "ser possível". Por exemplo:
Não deu para chegar mais cedo.
Dá para me arrumar uns trocados?
Unipessoais: são aqueles que, tendo sujeito, conjugam-se apenas nas terceiras pessoas do
singular e do plural. Entre os unipessoais estão os verbos que significam vozes de animais,
como:
bramar (tigre)
bramir (crocodilo)
cacarejar (galinha)
coaxar (sapo)
cricrilar (grilo)
Os principais verbos unipessoais são:
1. cumprir, importar, convir, doer, aprazer, parecer, ser (preciso, necessário, etc.).
Observe os exemplos:
Cumpre trabalharmos bastante. (Sujeito: trabalharmos bastante)
Parece que vai chover. (Sujeito: que vai chover)
É preciso que chova. (Sujeito: que chova)

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2. fazer e ir, em orações que dão ideia de tempo, seguidos da conjunção que. Observe os
exemplos:
Faz dez anos que deixei de fumar. (Sujeito: que deixei de fumar)
Vai para dez anos que não vejo Cláudia. (Sujeito: que não vejo Cláudia)
Obs.: todos os sujeitos apontados são oracionais.
Pessoais: não apresentam algumas flexões por motivos morfológicos ou eufônicos.
Por exemplo: verbo falir
Este verbo teria como formas do presente do indicativo falo, fales, fale, idênticas às do verbo
falar - o que provavelmente causaria problemas de interpretação em certos contextos.
Por exemplo: verbo computar
Este verbo teria como formas do presente do indicativo computo, computas, computa -
formas de sonoridade considerada ofensiva por alguns ouvidos gramaticais. Essas razões
muitas vezes não impedem o uso efetivo de formas verbais repudiadas por alguns gramáticos:
exemplo disso é o próprio verbo computar, que, com o desenvolvimento e a popularização da
informática, tem sido conjugado em todos os tempos, modos e pessoas.
d) Abundantes: são aqueles que possuem mais de uma forma com o mesmo valor.
Geralmente, esse fenômeno costuma ocorrer no particípio, em que, além das formas
regulares terminadas em -ado ou -ido, surgem as chamadas formas curtas (particípio
irregular). Observe:

e) Anômalos: são aqueles que incluem mais de um radical em sua conjugação. Por exemplo:

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- Auxiliares: São aqueles que entram na formação dos tempos compostos e das locuções
verbais. O verbo principal (aquele que exprime a ideia fundamental, mais importante), quando
acompanhado de verbo auxiliar, é expresso numa das formas nominais: infinitivo, gerúndio
ou particípio.

Obs.: os verbos auxiliares mais usados são: ser, estar, ter e haver.
Conjugação dos Verbos Auxiliares
SER - Modo Indicativo

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g) Pronominais
São aqueles verbos que se conjugam com os pronomes oblíquos átonos me, te, se, nos, vos,
se, na mesma pessoa do sujeito, expressando reflexibilidade (pronominais acidentais) ou
apenas reforçando a ideia já implícita no próprio sentido do verbo (reflexivos essenciais). Veja:
1. Essenciais: são aqueles que sempre se conjugam com os pronomes oblíquos me, te, se, nos,
vos, se. São poucos: abster-se, ater-se, apiedar-se, atrever-se, dignar-se, arrepender-se, etc.
Nos verbos pronominais essenciais a reflexibilidade já está implícita no radical do verbo.
Por exemplo: Arrependi-me de ter estado lá.
A ideia é de que a pessoa representada pelo sujeito (eu) tem um sentimento (arrependimento)
que recai sobre ela mesma, pois não recebe ação transitiva nenhuma vinda do verbo; o
pronome oblíquo átono é apenas uma partícula integrante do verbo, já que, pelo uso, sempre
é conjugada com o verbo. Diz-se que o pronome apenas serve de reforço da ideia reflexiva
expressa pelo radical do próprio verbo.
Veja uma conjugação pronominal essencial (verbo e respectivos pronomes):
Eu me arrependo
Tu te arrependes
Ele se arrepende
Nós nos arrependemos
Vós vos arrependeis
Eles se arrependem
2. Acidentais: são aqueles verbos transitivos diretos em que a ação exercida pelo sujeito recai
sobre o objeto representado por pronome oblíquo da mesma pessoa do sujeito; assim, o
sujeito faz uma ação que recai sobre ele mesmo. Em geral, os verbos transitivos diretos ou
transitivos diretos e indiretos podem ser conjugados com os pronomes mencionados,
formando o que se chama voz reflexiva.
Por exemplo: Maria se penteava.

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A reflexibilidade se diz acidental, pois a ação reflexiva pode ser exercida também sobre outra
pessoa. Por exemplo: Maria penteou-me.
Observações:
1- Por fazerem parte integrante do verbo, os pronomes oblíquos átonos dos verbos
pronominais não possuem função sintática.
2- Há verbos que também são acompanhados de pronomes oblíquos átonos, mas que não são
essencialmente pronominais, são os verbos reflexivos. Nos verbos reflexivos, os pronomes,
apesar de se encontrarem na pessoa idêntica à do sujeito, exercem funções sintáticas.
Por exemplo: Eu me feri. --- Eu (sujeito)-1ª pessoa do singular
me (objeto direto) - 1ª pessoa do singular
Modos Verbais
Dá-se o nome de modo às várias formas assumidas pelo verbo na expressão de um fato. Em
português, existem três modos:
Indicativo - indica uma certeza, uma realidade. Por exemplo: Eu sempre estudo.
Subjuntivo - indica uma dúvida, uma possibilidade. Por exemplo: Talvez eu estude amanhã.
Imperativo - indica uma ordem, um pedido. Por exemplo: Estuda agora, menino.
Formas Nominais
Além desses três modos, o verbo apresenta ainda formas que podem exercer funções de
nomes (substantivo, adjetivo, advérbio), sendo por isso denominadas formas nominais.
Observe:
a) Infinitivo Impessoal: exprime a significação do verbo de modo vago e indefinido, podendo
ter valor e função de substantivo. Por exemplo:
Viver é lutar. (= vida é luta)
É indispensável combater a corrupção. (= combate à)
O infinitivo impessoal pode apresentar-se no presente (forma simples) ou no passado (forma
composta). Por exemplo:
É preciso ler este livro.
Era preciso ter lido este livro.
b) Infinitivo Pessoal: é o infinitivo relacionado às três pessoas do discurso. Na 1ª e 3ª pessoas
do singular, não apresenta desinências, assumindo a mesma forma do impessoal; nas demais,
flexiona-se da seguinte maneira:

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2ª pessoa do singular: Radical + ES Ex.: teres (tu)


1ª pessoa do plural: Radical + MOS Ex.: termos (nós)
2ª pessoa do plural: Radical + DES Ex.: terdes (vós)
3ª pessoa do plural: Radical + EM Ex.: terem (eles)
Por exemplo:
Foste elogiado por teres alcançado uma boa colocação.
c) Gerúndio: o gerúndio pode funcionar como adjetivo ou advérbio. Por exemplo:
Saindo de casa, encontrei alguns amigos. (função de advérbio)
Nas ruas, havia crianças vendendo doces. (função adjetivo)
Na forma simples, o gerúndio expressa uma ação em curso; na forma composta, uma ação
concluída. Por exemplo:
Trabalhando, aprenderás o valor do dinheiro.
Tendo trabalhado, aprendeu o valor do dinheiro.
d) Particípio: quando não é empregado na formação dos tempos compostos, o particípio
indica geralmente o resultado de uma ação terminada, flexionando-se em gênero, número e
grau. Por exemplo:
Terminados os exames, os candidatos saíram.
Quando o particípio exprime somente estado, sem nenhuma relação temporal, assume
verdadeiramente a função de adjetivo (adjetivo verbal). Por exemplo:
Ela foi a aluna escolhida para representar a escola.
Tempos Verbais
Tomando-se como referência o momento em que se fala, a ação expressa pelo verbo pode
ocorrer em diversos tempos. Veja:
1. Tempos do Indicativo
Presente - Expressa um fato atual. Por exemplo:
Eu estudo neste colégio.
Pretérito Imperfeito - Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual, mas que
não foi completamente terminado. Por exemplo:
Ele estudava as lições quando foi interrompido.

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Pretérito Perfeito (simples) - Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual e
que foi totalmente terminado. Por exemplo:
Ele estudou as lições ontem à noite.
Pretérito Perfeito (composto) - Expressa um fato que teve início no passado e que pode se
prolongar até o momento atual. Por exemplo:
Tenho estudado muito para os exames.
Pretérito-Mais-Que-Perfeito - Expressa um fato ocorrido antes de outro fato já terminado.
Por exemplo:
Ele já tinha estudado as lições quando os amigos chegaram. (forma composta)
Ele já estudara as lições quando os amigos chegaram. (forma simples)
Futuro do Presente (simples) - Enuncia um fato que deve ocorrer num tempo vindouro com
relação ao momento atual. Por exemplo:
Ele estudará as lições amanhã.
Futuro do Presente (composto) - Enuncia um fato que deve ocorrer posteriormente a um
momento atual, mas já terminado antes de outro fato futuro. Por exemplo:
Antes de bater o sinal, os alunos já terão terminado o teste.
Futuro do Pretérito (simples) - Enuncia um fato que pode ocorrer posteriormente a um
determinado fato passado. Por exemplo:
Se eu tivesse dinheiro, viajaria nas férias.
Futuro do Pretérito (composto) - Enuncia um fato que poderia ter ocorrido posteriormente a
um determinado fato passado. Por exemplo:
Se eu tivesse ganhado esse dinheiro, teria viajado nas férias.
Tempos do Subjuntivo
Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer no momento atual. Por exemplo:
É conveniente que estudes para o exame.
Pretérito Imperfeito - Expressa um fato passado, mas posterior a outro já ocorrido. Por
exemplo:
Eu esperava que ele vencesse o jogo.
Obs.: o pretérito imperfeito é também usado nas construções em que se expressa a ideia de
condição ou desejo. Por exemplo:
Se ele viesse ao clube, participaria do campeonato.

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Pretérito Perfeito (composto) - Expressa um fato totalmente terminado num momento


passado. Por exemplo:
Embora tenha estudado bastante, não passou no teste.
Pretérito Mais-Que-Perfeito (composto) - Expressa um fato ocorrido antes de outro fato já
terminado. Por exemplo:
Embora o teste já tivesse começado, alguns alunos puderam entrar na sala de exames.
Futuro do Presente (simples) - Enuncia um fato que pode ocorrer num momento futuro em
relação ao atual. Por exemplo:
Quando ele vier à loja, levará as encomendas.
Obs.: o futuro do presente é também usado em frases que indicam possibilidade ou desejo.
Por exemplo:
Se ele vier à loja, levará as encomendas.
Futuro do Presente (composto) - Enuncia um fato posterior ao momento atual mas já
terminado antes de outro fato futuro. Por exemplo:
Quando ele tiver saído do hospital, nós o visitaremos.
Formação dos Tempos Simples
Quanto à formação dos tempos simples, estes dividem-se em primitivos e derivados.
Primitivos:
Presente do indicativo
Pretérito perfeito do indicativo
Infinitivo impessoal
Derivados do Presente do Indicativo:
Presente do subjuntivo
Imperativo afirmativo
Imperativo negativo
Derivados do Pretérito Perfeito do Indicativo:
Pretérito mais-que-perfeito do indicativo
Pretérito imperfeito do subjuntivo
Futuro do subjuntivo

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Derivados do Infinitivo Impessoal:


Futuro do presente do indicativo
Futuro do pretérito do indicativo
Imperfeito do indicativo
Gerúndio
Particípio
Tempos Primitivos

Pretérito Perfeito do Indicativo


O pretérito perfeito do indicativo é marcado basicamente pela desinência pessoal.

Infinitivo Impessoal

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Tempos Derivados do Presente do Indicativo


Presente do Subjuntivo
Para se formar o presente do subjuntivo, substitui-se a desinência -o da primeira pessoa do
singular do presente do indicativo pela desinência -E (nos verbos de 1ª conjugação) ou pela
desinência -A (nos verbos de 2ª e 3ª conjugação).

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Imperativo
Imperativo Afirmativo ou Positivo
Para se formar o imperativo afirmativo, toma-se do presente do indicativo a 2ª pessoa do
singular (tu) e a segunda pessoa do plural (vós) eliminando-se o "S" final. As demais pessoas
vêm, sem alteração, do presente do subjuntivo. Veja:

Imperativo Negativo
Para se formar o imperativo negativo, basta antecipar a negação às formas do presente do
subjuntivo.

Observações:
- No modo imperativo não faz sentido usar na 3ª pessoa (singular e plural) as formas ele/eles,
pois uma ordem, pedido ou conselho só se aplicam diretamente à pessoa com quem se fala.
Por essa razão, utiliza-se você/vocês.
- O verbo SER, no imperativo, faz excepcionalmente: sê (tu), sede (vós).
Tempos Derivados do Pretérito Perfeito do Indicativo

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Pretérito mais-que-perfeito
Para formar o pretérito mais-que-perfeito do indicativo elimina-se a desinência -STE da 2ª
pessoa do singular do pretérito perfeito. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -
RA mais a desinência de número e pessoa correspondente.
Existem gramáticos que afirmam que este tempo origina-se da terceira pessoa do plural do
pretérito perfeito (cantaram/venderam/partiram), mediante a supressão do m final e
acréscimo da desinência de número e pessoa.
Ou simplesmente:
tema + {-ra, -ras, -ra, -ramos, -reis, -ram (1ª, 2ª e 3ª conj.)
Observe o quadro:

Futuro do Subjuntivo
Para formar o futuro do subjuntivo elimina-se a desinência -STE da 2ª pessoa do singular do
pretérito perfeito, obtendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a
desinência temporal -R mais a desinência de número e pessoa correspondente.
Outros gramáticos afirmam que este tempo origina-se da terceira pessoa do pretérito perfeito
(cantaram/venderam/partiram) mediante a supressão do -am final e acréscimo da desinência
de número e pessoa.
Ou simplesmente:
tema + { -r, -res, -r, -rmos, -rdes, -rem (1ª, 2ª e 3ª conj.)
Observe o quadro:

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Atenção:
Sempre que tivermos dúvidas sobre a conjugação do futuro do subjuntivo, bastar-nos-á
verificar a 3ª p. p. do pretérito perfeito. Se formos confrontar o futuro do subjuntivo com o
infinitivo pessoal, notaremos haver igualdade de forma para muitos verbos, o que não ocorre
sempre. O verbo fazer, por exemplo, conjuga-se no infinitivo pessoal: fazer, fazeres, fazer,
fazermos, fazerdes, fazerem; mas no futuro do subjuntivo veremos as formas: quando eu fizer,
fizeres, fizer, fizermos, fizerdes, fizerem, pois este tempo se origina da 3ª pessoa do plural do
pretérito perfeito do indicativo.
Tempos Derivados do Infinitivo Impessoal
Futuro do Presente do Indicativo
Infinitivo Impessoal + { -ei, -ás, -á, -emos, -eis, -ão (1ª,2ª e 3ª conj.) }
Veja:

Futuro do Pretérito do Indicativo


Infinitivo Impessoal + { -ia, -ias, -ia, -íamos, -íeis, -iam (1ª, 2ª e 3ª conj.)
Veja:

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Infinitivo Pessoal
Infinitivo Impessoal + { -es (2ª pessoa do singular), -mos (1ª pessoa do plural), -des (2ª
pessoa do plural), -em ( 3ª pessoa do plural) (1ª, 2ª e 3ª conj.)

Questões sobre Verbo


1-) (TRE/MS - ESTÁGIO – JORNALISMO - TRE/MS – 2014) A assertiva correta quanto à
conjugação verbal é: A) Houveram eleições em outros países este ano.
B) Se eu vir você por aí, acabou.
C) Tinha chego atrasado vinte minutos.
D) Fazem três anos que não tiro férias.
E) Esse homem possue muitos bens.
Comentários:
A) Houveram eleições em outros países este ano = houve
C) Tinha chego atrasado vinte minutos = tinha chegado
D) Fazem três anos que não tiro férias = faz três anos
E) Esse homem possue muitos bens = possui
RESPOSTA: “B”.

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2-) (POLÍCIA CIVIL/SC – AGENTE DE POLÍCIA – ACAFE/2014) Complete as lacunas com os


verbos, tempos e modos indicados entre parênteses, fazendo a devida concordância.
• O juiz agrário ainda não _________ no conflito porque surgiram fatos novos de ontem para
hoje. (intervir - preté- rito perfeito do indicativo)
• Uns poucos convidados ___________-se com os vídeos postados no facebook. (entreter -
pretérito imperfeito do indicativo)
• Representantes do PCRT somente serão aceitos na composição da chapa quando se
_________ de criticar a atual diretoria do clube, (abster-se - futuro do subjuntivo)
A sequência correta, de cima para baixo, é:
A-) interveio - entretinham - abstiverem
B-) interviu - entretiveram - absterem
C-) intervém - entreteram - abstêm
D-) interviera - entretêm - abstiverem
E-) intervirá - entretenham – abstiveram
Comentários: O verbo “intervir” deve ser conjugado como o verbo “vir”. Este, no pretérito
perfeito do Indicativo fica “veio”, portanto, “interveio” (não existe “interviu”, já que ele não
deriva do verbo “ver”). Descartemos a alternativa B. Como não há outro item com a mesma
opção, chegamos à resposta rapidamente!
RESPOSTA: “A”.
3-) (POLÍCIA MILITAR/SP – OFICIAL ADMINISTRATIVO – VUNESP/2014) Considere o trecho a
seguir.
Já __________ alguns anos que estudos a respeito da utilização abusiva dos smartphones
estão sendo desenvolvidos. Os especialistas acreditam _________ motivos para associar
alguns comportamentos dos adolescentes ao uso prolongado desses aparelhos, e _________
alertado os pais
para que avaliem a necessidade de estabelecer limites aos seus filhos.
De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas do texto devem ser
preenchidas, correta e respectivamente, com:
(A) faz … haver … têm
(B) fazem … haver … tem
(C) faz … haverem … têm
(D) fazem … haverem … têm

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(E) faz … haverem … tem


Comentários: Já FAZ (sentido de tempo: não sofre flexão) alguns anos que estudos a respeito
da utilização abusiva dos smartphones estão sendo desenvolvidos. Os especialistas acreditam
HAVER (sentido de existir: não varia) motivos para associar alguns comportamentos dos
adolescentes ao uso prolongado desses aparelhos, e TÊM (concorda com o termo “os
especialistas”) alertado os pais para que avaliem a necessidade de estabelecer limites aos seus
filhos. Temos: faz, haver, têm.
RESPOSTA: “A”.
Locuções Verbais
Outro tipo de conjugação composta - também chamada conjugação perifrástica - são as
locuções verbais, constituídas de verbos auxiliares mais gerúndio ou infinitivo.
São conjuntos de verbos que, numa frase, desempenham papel equivalente ao de um verbo
único. Nessas locuções, o último verbo, chamado principal, surge sempre numa de suas
formas nominais; as flexões de tempo, modo, número e pessoa ocorrem nos verbos auxiliares.
Observe os exemplos:
Estou lendo o jornal.
Marta veio correndo: o noivo acabara de chegar.
Ninguém poderá sair antes do término da sessão.
A língua portuguesa apresenta uma grande variedade dessas locuções, conseguindo exprimir
por meio delas os mais variados matizes de significado. Ser (estar, em algumas construções) é
usado nas locuções verbais que exprimem a voz passiva analítica do verbo. Poder e dever são
auxiliares que exprimem a potencialidade ou a necessidade de que determinado processo se
realize ou não. Veja:
Pode ocorrer algo inesperado durante a festa.
Deve ocorrer algo inesperado durante a festa.
Outro auxiliar importante é querer, que exprime vontade, desejo. Por exemplo:
Quero ver você hoje.
Também são largamente usados como auxiliares: começar a, deixar de, voltar a, continuar a,
pôr-se a, ir, vir e estar, todos ligados à noção de aspecto verbal.
Vozes do Verbo
Dá-se o nome de voz à forma assumida pelo verbo para indicar se o sujeito gramatical é agente
ou paciente da ação.
São três as vozes verbais:

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a) Ativa: quando o sujeito é agente, isto é, pratica a ação expressa pelo verbo. Por exemplo:

b) Passiva: quando o sujeito é paciente, recebendo a ação expressa pelo verbo. Por exemplo:

c) Reflexiva: quando o sujeito é ao mesmo tempo agente e paciente, isto é, pratica e recebe a
ação. Por exemplo:
O menino feriu-se.
Obs.: não confundir o emprego reflexivo do verbo com a noção de reciprocidade. Por exemplo:
Os lutadores feriram-se. (um ao outro)
Formação da Voz Passiva
A voz passiva pode ser formada por dois processos: analítico e sintético.
1- Voz Passiva Analítica
Constrói-se da seguinte maneira: Verbo SER + particípio do verbo principal. Por exemplo:
A escola será pintada.
O trabalho é feito por ele.
Obs. : o agente da passiva geralmente é acompanhado da preposição por, mas pode ocorrer
a construção com a preposição de. Por exemplo:
A casa ficou cercada de soldados.
- Pode acontecer ainda que o agente da passiva não esteja explícito na frase. Por exemplo:
A exposição será aberta amanhã.
- A variação temporal é indicada pelo verbo auxiliar (SER), pois o particípio é invariável.
Observe a transformação das frases seguintes:
Ele fez o trabalho. (pretérito perfeito do indicativo)
O trabalho foi feito por ele. (pretérito perfeito do indicativo)
Ele faz o trabalho. (presente do indicativo)

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O trabalho é feito por ele. (presente do indicativo)


Ele fará o trabalho. (futuro do presente)
O trabalho será feito por ele. (futuro do presente)
- Nas frases com locuções verbais, o verbo SER assume o mesmo tempo e modo do verbo
principal da voz ativa. Observe a transformação da frase seguinte:
O vento ia levando as folhas. (gerúndio)
As folhas iam sendo levadas pelo vento. (gerúndio)
Obs.: é menos frequente a construção da voz passiva analítica com outros verbos que podem
eventualmente funcionar como auxiliares. Por exemplo:
A moça ficou marcada pela doença.
2- Voz Passiva Sintética
A voz passiva sintética ou pronominal constrói-se com o verbo na 3ª pessoa, seguido do
pronome apassivador SE. Por exemplo:
Abriram-se as inscrições para o concurso.
Destruiu-se o velho prédio da escola.
Obs.: o agente não costuma vir expresso na voz passiva sintética.
Conversão da Voz Ativa na Voz Passiva
Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar substancialmente o sentido da frase. Por
exemplo:

Observe que o objeto direto será o sujeito da passiva, o sujeito da ativa passará a agente da
passiva e o verbo ativo assumirá a forma passiva, conservando o mesmo tempo.
Observe mais exemplos:
Os mestres têm constantemente aconselhado os alunos.
Os alunos têm sido constantemente aconselhados pelos mestres.

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Eu o acompanharei.
Ele será acompanhado por mim.
Obs.: quando o sujeito da voz ativa for indeterminado, não haverá complemento agente na
passiva. Por exemplo:
Prejudicaram-me.
Fui prejudicado.
Saiba que:
1) Aos verbos que não são ativos nem passivos ou reflexivos, são chamados neutros. Por
exemplo:
O vinho é bom.
Aqui chove muito.
2) Há formas passivas com sentido ativo. Por exemplo:
É chegada a hora. (= Chegou a hora.)
Eu ainda não era nascido. (= Eu ainda não tinha nascido.)
És um homem lido e viajado. (= que leu e viajou)
3) Inversamente, usamos formas ativas com sentido passivo. Por exemplo:
Há coisas difíceis de entender. (= serem entendidas)
Mandou-o lançar na prisão. (= ser lançado)
4) Os verbos chamar-se, batizar-se, operar-se (no sentido cirúrgico) e vacinar-se são
considerados passivos, logo o sujeito é paciente. Por exemplo:
Chamo-me Luís.
Batizei-me na Igreja do Carmo.
Operou-se de hérnia.
Vacinaram-se contra a gripe.

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QUESTÕES

1-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA/GO – ANALISTA JUDICIÁRIO – FGV/- adaptada) A frase “que foi
trazida pelo instituto Endeavor” equivale, na voz ativa, a:
(A) que o instituto Endeavor traz;
(B) que o instituto Endeavor trouxe;
(C) trazida pelo instituto Endeavor;
(D) que é trazida pelo instituto Endeavor;
(E) que traz o instituto Endeavor.

Comentários: Se na voz passiva temos dois verbos, na ativa teremos um: “que o instituto
Endeavor trouxe” (manter o tempo verbal no pretérito – assim como na passiva).
RESPOSTA: “B”.

2-) (PRODAM/AM – ASSISTENTE – FUNCAB/- adaptada) Ao passarmos a frase “...e É


CONSIDERADO por muitos o maior maratonista de todos os tempos” para a voz ativa,
encontramos a seguinte forma verbal:
A) consideravam.
B) consideram.
C) considerem.
D) considerarão.
E) considerariam.

Comentários - É CONSIDERADO por muitos o maior maratonista de todos os tempos = dois


verbos na voz passiva, então na ativa teremos UM: muitos o consideram o maior maratonista
de todos os tempos.
RESPOSTA: “B”.

3-) (TRT-16ª REGIÃO/MA - ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA ADMINISTRATIVA – FCC)


Transpondo-se para a voz passiva a frase “vou glosar uma observação de Machado de Assis”,
a forma verbal resultante deverá ser

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(A) terei glosado


(B) seria glosada
(C) haverá de ser glosada
(D) será glosada
(E) terá sido glosada

Comentários: “vou glosar uma observação de Machado de Assis” – “vou glosar” expressa
“glosarei”, então teremos na passiva: uma observação de Machado de Assis será glosada por
mim.
RESPOSTA: “D”.

Sistema gráfico: ortografia; regras de acentuação; uso dos sinais de pontuação


.

ORTOGRAFIA
A ortografia é a parte da Fonologia que trata da correta grafia das palavras. É ela quem ordena
qual som devem ter as letras do alfabeto. Os vocábulos de uma língua são grafados segundo
acordos ortográficos.
A maneira mais simples, prática e objetiva de aprender ortografia é realizar muitos exercícios,
ver as palavras, familiarizando-se com elas. O conhecimento das regras é necessário, mas não
basta, pois há inúmeras exceções e, em alguns casos, há necessidade de conhecimento de
etimologia (origem da palavra).
Regras ortográficas
O fonema s
S e não C/Ç
palavras substantivadas derivadas de verbos com radicais em nd, rg, rt, pel, corr e sent:
pretender - pretensão / expandir - expansão / ascender - ascensão / inverter - inversão /
aspergir - aspersão / submergir - submersão / divertir - diversão / impelir - impulsivo / compelir
- compulsório / repelir - repulsa / recorrer - recurso / discorrer - discurso / sentir - sensível /
consentir – consensual
SS e não C e Ç
nomes derivados dos verbos cujos radicais terminem em gred, ced, prim ou com verbos
terminados por tir ou -meter: agredir - agressivo / imprimir - impressão / admitir - admissão /
ceder - cessão / exceder - excesso / percutir - percussão / regredir - regressão / oprimir -
opressão / comprometer - compromisso / submeter – submissão.

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*quando o prefixo termina com vogal que se junta com a palavra iniciada por “s”. Exemplos:
a + simétrico - assimé- trico / re + surgir – ressurgir.
*no pretérito imperfeito simples do subjuntivo. Exemplos: ficasse, falasse.
C ou Ç e não S e SS

• vocábulos de origem árabe: cetim, açucena, açúcar.


• vocábulos de origem tupi, africana ou exótica: cipó, Ju- çara, caçula, cachaça, cacique.
• sufixos aça, aço, ação, çar, ecer, iça, nça, uça, uçu, uço: barcaça, ricaço, aguçar,
empalidecer, carniça, caniço,esperança, carapuça, dentuço.
• nomes derivados do verbo ter: abster - abstenção / deter - detenção / ater - atenção /
reter – retenção.
• após ditongos: foice, coice, traição.
• palavras derivadas de outras terminadas em -te, to(r):
• marte - marciano / infrator - infração / absorto – absorção.
O fonema z
S e não Z

• sufixos: ês, esa, esia, e isa, quando o radical é substantivo, ou em gentílicos e títulos
nobiliárquicos: freguês, freguesa, freguesia, poetisa, baronesa, princesa.
• sufixos gregos: ase, ese, ise e ose: catequese, metamorfose.
• formas verbais pôr e querer: pôs, pus, quisera, quis, quiseste.
• nomes derivados de verbos com radicais terminados em “d”: aludir - alusão / decidir -
decisão / empreender - empresa / difundir – difusão.
• diminutivos cujos radicais terminam com “s”: Luís - Luisinho / Rosa - Rosinha / lápis –
lapisinho.
• após ditongos: coisa, pausa, pouso, causa.
• verbos derivados de nomes cujo radical termina com“s”: anális(e) + ar - analisar /
pesquis(a) + ar – pesquisar.
Z e não S

• sufixos “ez” e “eza” das palavras derivadas de adjetivo: macio - maciez / rico – riqueza
/ belo – beleza.
• sufixos “izar” (desde que o radical da palavra de origem não termine com s): final -
finalizar / concreto – concretizar.
• consoante de ligação se o radical não terminar com “s”:
pé + inho - pezinho / café + al - cafezal
Exceção: lápis + inho – lapisinho.
O fonema j

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G e não J

• palavras de origem grega ou árabe: tigela, girafa, gesso.


• estrangeirismo, cuja letra G é originária: sargento, gim.
• terminações: agem, igem, ugem, ege, oge (com poucas exceções): imagem, vertigem,
penugem, bege, foge.Exceção: pajem.
• terminações: ágio, égio, ígio, ógio, ugio: sortilégio, litígio, relógio, refúgio.
• verbos terminados em ger/gir: emergir, eleger, fugir, mugir.
• depois da letra “r” com poucas exceções: emergir, surgir.
• depois da letra “a”, desde que não seja radical terminado com j: ágil, agente.
J e não G

• palavras de origem latinas: jeito, majestade, hoje.


• palavras de origem árabe, africana ou exótica: jiboia,manjerona.
• palavras terminadas com aje: ultraje.
O fonema ch
X e não CH

• palavras de origem tupi, africana ou exótica: abacaxi, xucro.


• palavras de origem inglesa e espanhola: xampu, lagartixa.
• depois de ditongo: frouxo, feixe.
• depois de “en”: enxurrada, enxada, enxoval.
Exceção: quando a palavra de origem não derive de outra iniciada com ch - Cheio - (enchente)
CH e não X

• palavras de origem estrangeira: chave, chumbo, chassi,


• mochila, espadachim, chope, sanduíche, salsicha.
As letras “e” e “i”

• Ditongos nasais são escritos com “e”: mãe, põem. Com “i”, só o ditongo interno cãibra.
• Verbos que apresentam infinitivo em -oar, -uar são escritos com “e”: caçoe, perdoe,
tumultue. Escrevemos com “i”, os verbos com infinitivo em -air, -oer e -uir: trai, dói,
possui, contribui.
* Atenção para as palavras que mudam de sentido quando substituímos a grafia “e” pela grafia
“i”: área (superfície), ária (melodia) / delatar (denunciar), dilatar (expandir) / emergir (vir à
tona), imergir (mergulhar) / peão (de estância, que anda a pé), pião (brinquedo).
* Dica:
- Se o dicionário ainda deixar dúvida quanto à ortografia de uma palavra, há a possibilidade
de consultar o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP), elaborado pela

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Academia Brasileira de Letras. É uma obra de referência até mesmo para a criação de
dicionários, pois traz a grafia atualizada das palavras (sem o significado). Na Internet, o
endereço é www.academia.org.br.
Informações importantes
- Formas variantes são formas duplas ou múltiplas, equivalentes: aluguel/aluguer,
relampejar/relampear/relampar/relampadar.
- Os símbolos das unidades de medida são escritos sem ponto, com letra minúscula e sem “s”
para indicar plural, sem espaço entre o algarismo e o símbolo: 2kg, 20km, 120km/h.
Exceção para litro (L): 2 L, 150 L.
- Na indicação de horas, minutos e segundos, não deve haver espaço entre o algarismo e o
símbolo: 14h, 22h30min, 14h23’34’’(= quatorze horas, vinte e três minutos e trinta e quatro
segundos).
- O símbolo do real antecede o número sem espaço:
R$1.000,00. No cifrão deve ser utilizada apenas uma barra vertical ($)
Hífen
O hífen é um sinal diacrítico (que distingue) usado para ligar os elementos de palavras
compostas (como ex-presidente, por exemplo) e para unir pronomes átonos a verbos
(ofereceram-me; vê-lo-ei). Serve igualmente para fazer a translineação de palavras, isto é, no
fim de uma linha, separar uma palavra em duas partes (ca-/sa; compa-/nheiro).
Uso do hífen que continua depois da Reforma Ortográfica:
1. Em palavras compostas por justaposição que formam uma unidade semântica, ou seja, nos
termos que se unem para formarem um novo significado: tio-avô, porto-alegrense, luso-
brasileiro, tenente-coronel, segunda- -feira, conta-gotas, guarda-chuva, arco-íris, primeiro-
ministro, azul-escuro.
2. Em palavras compostas por espécies botânicas e zoológicas: couve-flor, bem-te-vi, bem-
me-quer, abóbora- menina, erva-doce, feijão-verde.
3. Nos compostos com elementos além, aquém, recém e sem: além-mar, recém-nascido, sem-
número, recém-casado.
4. No geral, as locuções não possuem hífen, mas algumas exceções continuam por já estarem
consagradas pelo uso: cor-de-rosa, arco-da-velha, mais-que-perfeito, pé-demeia, água-de-
colônia, queima-roupa, deus-dará.
5. Nos encadeamentos de vocábulos, como: ponte RioNiterói, percurso Lisboa-Coimbra-Porto
e nas combinações históricas ou ocasionais: Áustria-Hungria, Angola-Brasil, etc.

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6. Nas formações com os prefixos hiper-, inter- e super- quando associados com outro termo
que é iniciado por “r”: hiper-resistente, inter-racial, super-racional, etc.
7. Nas formações com os prefixos ex-, vice-: ex-diretor, ex-presidente, vice-governador, vice-
prefeito.
8. Nas formações com os prefixos pós-, pré- e pró-: pré-natal, pré-escolar, pró-europeu, pós-
graduação, etc.
9. Na ênclise e mesóclise: amá-lo, deixá-lo, dá-se, abra- ça-o, lança-o e amá-lo-ei, falar-lhe-ei,
etc.
10. Nas formações em que o prefixo tem como segundo termo uma palavra iniciada por “h”:
sub-hepático, geo--história, neo-helênico, extra-humano, semi-hospitalar, super-homem.
11. Nas formações em que o prefixo ou pseudoprefixo termina com a mesma vogal do
segundo elemento: micro -ondas, eletro-ótica, semi-interno, auto-observação, etc.
** O hífen é suprimido quando para formar outros termos: reaver, inábil, desumano,
lobisomem, reabilitar.
Lembre-se: ao separar palavras na translineação (mudança de linha), caso a última palavra a
ser escrita seja formada por hífen, repita-o na próxima linha. Exemplo: escreverei anti-
inflamatório e, ao final, coube apenas “anti-”. Na próxima linha escreverei: “-inflamatório”
(hífen em ambas as linhas).
Não se emprega o hífen:
1. Nas formações em que o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo termo inicia-
se em “r” ou “s”. Nesse caso, passa-se a duplicar estas consoantes: antirreligioso,
contrarregra, infrassom, microssistema, minissaia, microrradiografia, etc.
2. Nas constituições em que o prefixo ou pseudoprefixo termina em vogal e o segundo termo
inicia-se com vogal diferente: antiaéreo, extraescolar, coeducação, autoestrada,
autoaprendizagem, hidroelétrico, plurianual, autoescola, infraestrutura, etc.
3. Nas formações, em geral, que contêm os prefixos “dês” e “in” e o segundo elemento perdeu
o “h” inicial: desumano, inábil, desabilitar, etc.
4. Nas formações com o prefixo “co”, mesmo quando o segundo elemento começar com “o”:
cooperação, coobriga- ção, coordenar, coocupante, coautor, coedição, coexistir, etc.
5. Em certas palavras que, com o uso, adquiriram noção de composição: pontapé, girassol,
paraquedas, paraquedista, etc.
6. Em alguns compostos com o advérbio “bem”: benfeito, benquerer, benquerido, etc. - Os
prefixos pós, pré e pró, em suas formas correspondentes átonas, aglutinam-se com o

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elemento seguinte, não havendo hífen: pospor, predeterminar, predeterminado,


pressuposto, propor.
- Escreveremos com hífen: anti-horário, anti-infeccioso, auto-observação, contra-ataque,
semi-interno, sobre-humano, super-realista, alto-mar.
- Escreveremos sem hífen: pôr do sol, antirreforma, antisséptico, antissocial, contrarreforma,
minirrestaurante, ultrassom, antiaderente, anteprojeto, anticaspa, antivírus, autoajuda,
autoelogio, autoestima, radiotáxi.

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Questões

1-) (TRE/MS - ESTÁGIO – JORNALISMO - TRE/MS – 2014) De acordo com a nova ortografia,
assinale o item em que todas as palavras estão corretas:
A) autoajuda – anti-inflamatório – extrajudicial.
B) supracitado – semi-novo – telesserviço.
C) ultrassofisticado – hidro-elétrica – ultra-som.
D) contrarregra – autopista – semi-aberto.
E) contrarrazão – infra-estrutura – coprodutor.

1-) Correção:
A) autoajuda – anti-inflamatório – extrajudicial = correta
B) supracitado – semi-novo – telesserviço = seminovo
C) ultrassofisticado – hidro-elétrica – ultra-som = hidroelétrica, ultrassom
D) contrarregra – autopista – semi-aberto = semiaberto
E) contrarrazão – infra-estrutura – coprodutor = infraestrutura
RESPOSTA: “A”.

2-) (TRE/MS - ESTÁGIO – JORNALISMO - TRE/MS) De acordo com a nova ortografia, assinale
o item em que todas as palavras estão corretas:
A) autoajuda – anti-inflamatório – extrajudicial.
B) supracitado – semi-novo – telesserviço.
C) ultrassofisticado – hidro-elétrica – ultra-som.
D) contrarregra – autopista – semi-aberto.
E) contrarrazão – infra-estrutura – coprodutor.

2-) Correção:
A) autoajuda – anti-inflamatório – extrajudicial = correta

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B) supracitado – semi-novo – telesserviço = seminovo


C) ultrassofisticado – hidro-elétrica – ultra-som = hidroelétrica, ultrassom
D) contrarregra – autopista – semi-aberto = semiaberto
E) contrarrazão – infra-estrutura – coprodutor = infraestrutura
RESPOSTA: “A”.

3-) (CASAL/AL - ADMINISTRADOR DE REDE - COPEVE/ UFAL/2014)

Armandinho, personagem do cartunista Alexandre Beck, sabe perfeitamente empregar os


parônimos “cestas” “sestas” e “sextas”. Quanto ao emprego de parônimos, dadas as frases
abaixo,
I. O cidadão se dirigia para sua _____________ eleitoral.
II. A zona eleitoral ficava ___________ 200 metros de um posto policial.
III. O condutor do automóvel __________ a lei seca.
IV. Foi encontrada uma __________ soma de dinheiro no carro.
V. O policial anunciou o __________ delito.
Assinale a alternativa cujos vocábulos preenchem corretamente as lacunas das frases.
A) seção, acerca de, infligiu, vultosa, fragrante.
B) seção, acerca de, infligiu, vultuosa, flagrante.
C) sessão, a cerca de, infringiu, vultosa, fragrante.
D) seção, a cerca de, infringiu, vultosa, flagrante.
E) sessão, a cerca de, infligiu, vultuosa, flagrante.

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3-) Correção: Questão que envolve ortografia.


I. O cidadão se dirigia para sua SEÇÃO eleitoral. (setor)
II. A zona eleitoral ficava A CERCA DE 200 metros de um posto policial. (= aproximadamente)
III. O condutor do automóvel INFRINGIU a lei seca. (relacione com infrator)
IV. Foi encontrada uma VULTOSA soma de dinheiro no carro. (de grande vulto, volumoso)
V. O policial anunciou o FLAGRANTE delito. (relacione com “pego no flagra”)
Seção / a cerca de / infringiu / vultosa / flagrante
RESPOSTA: “D”.
ACENTUAÇÃO
Quanto à acentuação, observamos que algumas palavras têm acento gráfico e outras não; na
pronúncia, ora se dá maior intensidade sonora a uma sílaba, ora a outra. Por isso, vamos às
regras!
Regras básicas – Acentuação tônica
A acentuação tônica está relacionada à intensidade com que são pronunciadas as sílabas das
palavras. Aquela que se dá de forma mais acentuada, conceitua-se como sílaba tônica. As
demais, como são pronunciadas com menos intensidade, são denominadas de átonas.
De acordo com a tonicidade, as palavras são classificadas como:
Oxítonas – São aquelas cuja sílaba tônica recai sobre a última sílaba. Ex.: café – coração –
Belém – atum – caju – papel
Paroxítonas – São aquelas em que a sílaba tônica recai na penúltima sílaba. Ex.: útil – tórax –
táxi – leque – sapato – passível
Proparoxítonas - São aquelas cuja sílaba tônica está na antepenúltima sílaba. Ex.: lâmpada –
câmara – tímpano – médico – ônibus.
Há vocábulos que possuem mais de uma sílaba, mas em nossa língua existem aqueles com
uma sílaba somente: são os chamados monossílabos.

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Os acentos
acento agudo (´) – Colocado sobre as letras “a” e “i”, “u” e “e” do grupo “em” - indica que
estas letras representam as vogais tônicas de palavras como pá, caí, público. Sobre as letras
“e” e “o” indica, além da tonicidade, timbre aberto: herói – médico – céu (ditongos abertos).
acento circunflexo (^) – colocado sobre as letras “a”, “e” e “o” indica, além da tonicidade,
timbre fechado: tâmara – Atlântico – pêsames – supôs .
acento grave (`) – indica a fusão da preposição “a” com artigos e pronomes: à – às – àquelas
– àqueles
trema ( ¨ ) – De acordo com a nova regra, foi totalmente abolido das palavras. Há uma exceção:
é utilizado em palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros: mülleriano (de Müller)
til (~) – indica que as letras “a” e “o” representam vogais nasais: oração – melão – órgão – ímã
Regras fundamentais
Palavras oxítonas:
Acentuam-se todas as oxítonas terminadas em: “a”, “e”, “o”, “em”, seguidas ou não do
plural(s): Pará – café(s) – cipó(s) – Belém.
Esta regra também é aplicada aos seguintes casos:
- Monossílabos tônicos terminados em “a”, “e”, “o”, seguidos ou não de “s”: pá – pé – dó – há
- Formas verbais terminadas em “a”, “e”, “o” tônicos, seguidas de lo, la, los, las: respeitá-lo,
recebê-lo, compô-lo
Paroxítonas:
Acentuam-se as palavras paroxítonas terminadas em:
- i, is: táxi – lápis – júri
- us, um, uns: vírus – álbuns – fórum
- l, n, r, x, ps: automóvel – elétron - cadáver – tórax – fórceps
- ã, ãs, ão, ãos: ímã – ímãs – órfão – órgãos
- ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou não de “s”: água – pônei – mágoa –
memória
** Dica: Memorize a palavra LINURXÃO. Para quê? Repare que esta palavra apresenta as
terminações das paroxítonas que são acentuadas: L, I N, U (aqui inclua UM = fórum), R, X, Ã,
ÃO. Assim ficará mais fácil a memorização!

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Regras especiais:
Os ditongos de pronúncia aberta “ei”, “oi” (ditongos abertos), que antes eram acentuados,
perderam o acento de acordo com a nova regra, mas desde que estejam em palavras
paroxítonas.
Cuidado: Se os ditongos abertos estiverem em uma palavra oxítona (herói) ou monossílaba
(céu) ainda são acentuados: dói, escarcéu.

Acento Diferencial
Representam os acentos gráficos que, pelas regras de acentuação, não se justificariam, mas
são utilizados para diferenciar classes gramaticais entre determinadas palavras e/ou tempos
verbais. Por exemplo:
Pôr (verbo) X por (preposição) / pôde (pretérito perfeito de Indicativo do verbo “poder”) X
pode (presente do Indicativo do mesmo verbo).
Se analisarmos o “pôr” - pela regra das monossílabas: terminada em “o” seguida de “r” não
deve ser acentuada, mas nesse caso, devido ao acento diferencial, acentua-se, para que
saibamos se se trata de um verbo ou preposição.
Os demais casos de acento diferencial não são mais utilizados: para (verbo), para (preposição),
pelo (substantivo), pelo (preposição). Seus significados e classes gramaticais são definidos
pelo contexto.
Polícia para o trânsito para realizar blitz. = o primeiro “para” é verbo; o segundo, preposição
(com relação de finalidade).
** Quando, na frase, der para substituir o “por” por “colocar”, estaremos trabalhando com
um verbo, portanto:
“pôr”; nos outros casos, “por” preposição. Ex: Faço isso por você. / Posso pôr (colocar) meus
livros aqui?

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Regra do Hiato:
Quando a vogal do hiato for “i” ou “u” tônicos, for a segunda vogal do hiato, acompanhado
ou não de “s”, haverá acento. Ex.: saída – faísca – baú – país – Luís.
Não se acentuam o “i” e o “u” que formam hiato quando seguidos, na mesma sílaba, de l, m,
n, r ou z. Ra-ul, Lu-iz, sa-ir, ju-iz.
Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se estiverem seguidas do dígrafo nh. Ex: ra-i-
nha, ven-to-i-nha.
Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se vierem precedidas de vogal idêntica: xi-i-ta,
pa-ra-cu-u-ba.
Observação importante:
Não serão mais acentuados “i” e “u” tônicos, formando hiato quando vierem depois de
ditongo (nas paroxítonas):

** Dica: Memorize a palavra CREDELEVÊ. São os verbos que, no plural, dobram o “e”, mas que
não recebem mais acento como antes: CRER, DAR, LER e VER.
Repare:
1-) O menino crê em você. / Os meninos creem em você.
2-) Elza lê bem! / Todas leem bem!
3-) Espero que ele dê o recado à sala. / Esperamos que os garotos deem o recado!
4-) Rubens vê tudo! / Eles veem tudo!

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Cuidado! Há o verbo vir: Ele vem à tarde! / Eles vêm à tarde!


As formas verbais que possuíam o acento tônico na raiz, com “u” tônico precedido de “g” ou
“q” e seguido de “e” ou “i” não serão mais acentuadas:

Acentuam-se os verbos pertencentes a terceira pessoa do plural de: ele tem – eles têm / ele
vem – eles vêm (verbo vir)
A regra prevalece também para os verbos conter, obter, reter, deter, abster: ele contém – eles
contêm, ele obtém – eles obtêm, ele retém – eles retêm, ele convém – eles convêm

Questões

1-) (PREFEITURA DE SÃO PAULO/SP – AUDITOR FISCAL TRIBUTÁRIO MUNICIPAL – CETRO)


Assinale a alternativa que contém duas palavras acentuadas conforme a mesma regra.
(A) “Hambúrgueres” e “repórter”.
(B) “Inacreditáveis” e “repórter”.
(C) “Índice” e “dólares”.
(D) “Inacreditáveis” e “atribuídos”.
(E) “Atribuídos” e “índice”.

Comentários:
(A) “Hambúrgueres” = proparoxítona / “repórter” = paroxítona
(B) “Inacreditáveis” = paroxítona / “repórter” = paroxítona
(C) “Índice” = proparoxítona / “dólares” = proparoxítona
(D) “Inacreditáveis” = paroxítona / “atribuídos” = regra do hiato
(E) “Atribuídos” = regra do hiato / “índice” = proparoxítona
RESPOSTA: “B”.

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2-) (SEFAZ/RS – AUDITOR FISCAL DA RECEITA FEDERAL – FUNDATEC)


Analise as afirmações que são feitas sobre acentuação gráfica.
I. Caso o acento das palavras ‘trânsito’ e ‘específicos’ seja retirado, essas continuam sendo
palavras da língua portuguesa.
II. A regra que explica a acentuação das palavras ‘vários’ e ‘país’ não é a mesma.
III. Na palavra ‘daí’, há um ditongo decrescente.
IV. Acentua-se a palavra ‘vêm’ para diferenciá-la, em situação de uso, quanto à flexão de
número.
Quais estão corretas?
A) Apenas I e III.
B) Apenas II e IV.
C) Apenas I, II e IV.
D) Apenas II, III e IV.
E) I, II, III e IV.

Comentários:
I. Caso o acento das palavras ‘trânsito’ e ‘específicos’ seja retirado, essas continuam sendo
palavras da língua portuguesa = teremos “transito” e “especifico” – serão verbos (correta)
II. A regra que explica a acentuação das palavras ‘vá- rios’ e ‘país’ não é a mesma = vários é
paroxítona terminada em ditongo; país é a regra do hiato (correta)
III. Na palavra ‘daí’, há um ditongo decrescente = há um hiato, por isso a acentuação (da - í) =
incorreta.
IV. Acentua-se a palavra ‘vêm’ para diferenciá-la, em situação de uso, quanto à flexão de
número = “vêm” é utilizado para a terceira pessoa do plural (correta)
RESPOSTA: “C”.

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PONTUAÇÃO
Os sinais de pontuação são marcações gráficas que servem para compor a coesão e a
coerência textual, além de ressaltar especificidades semânticas e pragmáticas. Um texto
escrito adquire diferentes significados quando pontuado de formas diversificadas. O uso da
pontuação depende, em certos momentos, da intenção do autor do discurso. Assim, os sinais
de pontuação estão diretamente relacionados ao contexto e ao interlocutor.
Principais funções dos sinais de pontuação
Ponto (.)
1- Indica o término do discurso ou de parte dele, encerrando o período.
2- Usa-se nas abreviaturas: pág. (página), Cia. (Companhia). Se a palavra abreviada aparecer
em final de período, este não receberá outro ponto; neste caso, o ponto de abreviatura marca,
também, o fim de período. Exemplo:
Estudei português, matemática, constitucional, etc. (e não “etc..”)
3- Nos títulos e cabeçalhos é opcional o emprego do ponto, assim como após o nome do autor
de uma citação:
Haverá eleições em outubro
O culto do vernáculo faz parte do brio cívico. (Napoleão Mendes de Almeida) (ou: Almeida.)
4- Os números que identificam o ano não utilizam ponto nem devem ter espaço a separá-los,
bem como os números de CEP: 1975, 2014, 2006, 17600-250.
Ponto e Vírgula ( ; )
1- Separa várias partes do discurso, que têm a mesma importância: “Os pobres dão pelo pão
o trabalho; os ricos dão pelo pão a fazenda; os de espíritos generosos dão pelo pão a vida; os
de nenhum espírito dão pelo pão a alma...” (VIEIRA).
2- Separa partes de frases que já estão separadas por vírgulas: Alguns quiseram verão, praia e
calor; outros, montanhas, frio e cobertor.
3- Separa itens de uma enumeração, exposição de motivos, decreto de lei, etc.
Ir ao supermercado;
Pegar as crianças na escola;
Caminhada na praia;
Reunião com amigos.
Dois pontos (:)
1- Antes de uma citação

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Vejamos como Afrânio Coutinho trata este assunto:


2- Antes de um aposto
Três coisas não me agradam: chuva pela manhã, frio à tarde e calor à noite.
3- Antes de uma explicação ou esclarecimento
Lá estava a deplorável família: triste, cabisbaixa, vivendo a rotina de sempre.
4- Em frases de estilo direto
Maria perguntou: - Por que você não toma uma decisão?
Ponto de Exclamação (!)
1- Usa-se para indicar entonação de surpresa, cólera, susto, súplica, etc.
Sim! Claro que eu quero me casar com você!
2- Depois de interjeições ou vocativos
Ai! Que susto!
João! Há quanto tempo!
Ponto de Interrogação (?)
Usa-se nas interrogações diretas e indiretas livres.
“- Então? Que é isso? Desertaram ambos?” (Artur Azevedo)
Reticências (...)
1- Indica que palavras foram suprimidas: Comprei lápis, canetas, cadernos...
2- Indica interrupção violenta da frase.
“- Não... quero dizer... é verdad... Ah!”
3- Indica interrupções de hesitação ou dúvida:
Este mal... pega doutor?
4- Indica que o sentido vai além do que foi dito: Deixa, depois, o coração falar...

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Vírgula (,)
Não se usa vírgula:
* separando termos que, do ponto de vista sintático,
ligam-se diretamente entre si:

Usa-se a vírgula:
- Para marcar intercalação:
a) do adjunto adverbial: O café, em razão da sua abundância, vem caindo de preço.
b) da conjunção: Os cerrados são secos e áridos. Estão produzindo, todavia, altas quantidades
de alimentos.
c) das expressões explicativas ou corretivas: As indústrias não querem abrir mão de suas
vantagens, isto é, não querem abrir mão dos lucros altos.
- Para marcar inversão:
a) do adjunto adverbial (colocado no início da oração):
Depois das sete horas, todo o comércio está de portas fechadas.
b) dos objetos pleonásticos antepostos ao verbo:
Aos pesquisadores, não lhes destinaram verba alguma.
c) do nome de lugar anteposto às datas: Recife, 15 de maio de 1982.
- Para separar entre si elementos coordenados (dispostos em enumeração):
Era um garoto de 15 anos, alto, magro.
A ventania levou árvores, e telhados, e pontes, e animais.
- Para marcar elipse (omissão) do verbo:
Nós queremos comer pizza; e vocês, churrasco.
- Para isolar:

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- o aposto: São Paulo, considerada a metrópole brasileira, possui um trânsito caótico.


- o vocativo: Ora, Thiago, não diga bobagem.
Observações:
- Considerando-se que “etc.” é abreviatura da expressão latina et cetera, que significa “e
outras coisas”, seria dispensável o emprego da vírgula antes dele. Porém, o acordo ortográfico
em vigor no Brasil exige que empreguemos etc. Precedido de vírgula: Falamos de política,
futebol, lazer, etc.
- As perguntas que denotam surpresa podem ter combinados o ponto de interrogação e o de
exclamação: Você falou isso para ela?!
- Temos, ainda, sinais distintivos:
1-) a barra ( / ) = usada em datas (25/12/2014), separação de siglas (IOF/UPC);
2-) os colchetes ([ ]) = usados em transcrições feitas pelo narrador ([vide pág. 5]), usado como
primeira opção aos parênteses, principalmente na matemática;
3-) o asterisco ( * ) = usado para remeter o leitor a uma nota de rodapé ou no fim do livro,
para substituir um nome que não se quer mencionar.

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Questões

1-) (SAAE/SP - FISCAL LEITURISTA - VUNESP - 2014)

Segundo a norma-padrão da língua portuguesa, a pontuação está correta em:


A) Hagar disse, que não iria.
B) Naquela noite os Stevensens prometeram servir, bifes e lagostas, aos vizinhos.
C) Chegou, o convite dos Stevensens, bife e lagostas: para Hagar e Helga
D) “Eles são chatos e, nunca param de falar”, disse, Hagar à Helga.
E) Helga chegou com o recado: fomos convidados, pelos Stevensens, para jantar bifes e
lagostas.

Comentários:
A) Hagar disse que não iria. = não há vírgula entre verbo e seu complemento (objeto)
B) Naquela noite os Stevensens prometeram servir bifes e lagostas aos vizinhos. = não há
vírgula entre verbo e seu complemento (objeto)
C) Chegou o convite dos Stevensens: bife e lagostas para Hagar e Helga.
D) “Eles são chatos e nunca param de falar”, disse Hagar à Helga.
E) Helga chegou com o recado: fomos convidados, pelos Stevensens, para jantar bifes e
lagostas.

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RESPOSTA: “E”.

2-) (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL – MÉDICO DO TRABALHO – CESPE)


A correção gramatical do trecho “Entre as bebidas alcoólicas, cervejas e vinhos são as mais
comuns em todo o mundo” seria prejudicada, caso se inserisse uma vírgula logo após a palavra
“vinhos”.
( ) CERTO ( ) ERRADO

Comentários:
Não se deve colocar vírgula entre sujeito e predicado, a não ser que se trate de um aposto (1),
predicativo do sujeito (2), ou algum termo que requeira estar separado entre pontuações.
Exemplos:
O Rio de Janeiro, cidade maravilhosa (1), está em festa!
Os meninos, ansiosos (2), chegaram!
RESPOSTA: “CERTO”.

3-) (PRODAM/AM – ASSISTENTE – FUNCAB) Em apenas uma das opções a vírgula foi
corretamente empregada. Assinale-a.
A) No dia seguinte, estavam todos cansados.
B) Romperam a fita da vitória, os dois atletas.
C) Os seus hábitos estranhos, deixavam as pessoas perplexas.
D) A luta em defesa dos mais fracos, é necessária e fundamental.
E) As florestas nativas do Brasil, sobrevivem em pequena parte do território.

Comentários:
A) No dia seguinte, estavam todos cansados. = correta
B) Romperam a fita da vitória, os dois atletas = não se
separa sujeito do predicado (o sujeito está no final).
C) Os seus hábitos estranhos, deixavam as pessoas perplexas = não se separa sujeito do
predicado.
D) A luta em defesa dos mais fracos, é necessária e fundamental = não se separa sujeito do
predicado.

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E) As florestas nativas do Brasil, sobrevivem em pequena parte do território. = não se separa


sujeito do predicado
RESPOSTA: “A”

Processos de constituição dos enunciados: coordenação, subordinação; concordância verbal


e nominal; regência verbal e nominal; colocação e ordem de palavras na frase.

Frase é todo enunciado suficiente por si mesmo para estabelecer comunicação. Normalmente
é composta por dois termos – o sujeito e o predicado – mas não obrigatoriamente, pois há
orações ou frases sem sujeito:
Trovejou muito ontem à noite.
Quanto aos tipos de frases, além da classificação em verbais (possuem verbos, ou seja, são
orações) e nominais (sem a presença de verbos), feita a partir de seus elementos constituintes,
elas podem ser classificadas a partir de seu sentido global:
A) frases interrogativas = o emissor da mensagem formula uma pergunta: Que dia é hoje?
B) frases imperativas = o emissor dá uma ordem ou faz um pedido: Dê-me uma luz!
C) frases exclamativas = o emissor exterioriza um estado afetivo: Que dia abençoado!
D) frases declarativas = o emissor constata um fato: A prova será amanhã.
Quanto à estrutura da frase, as que possuem verbo (oração) são estruturadas por dois
elementos essenciais: sujeito e predicado.
O sujeito é o termo da frase que concorda com o verbo em número e pessoa. É o “ser de quem
se declara algo”, “o tema do que se vai comunicar”; o predicado é a parte da frase que contém
“a informação nova para o ouvinte”, é o que “se fala do sujeito”. Ele se refere ao tema,
constituindo a declaração do que se atribui ao sujeito.
Quando o núcleo da declaração está no verbo (que indique ação ou fenômeno da natureza,
seja um verbo significativo), temos o predicado verbal. Mas, se o núcleo estiver em um nome
(geralmente um adjetivo), teremos um predicado nominal (os verbos deste tipo de predicado
são os que indicam estado, conhecidos como verbos de ligação):
O menino limpou a sala. = “limpou” é verbo de ação (predicado verbal)
A prova foi fácil. – “foi” é verbo de ligação (ser); o núcleo é “fácil” (predicado nominal)
Quanto ao período, ele denomina a frase constituída por uma ou mais orações, formando um
todo, com sentido completo. O período pode ser simples ou composto.

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Período simples é aquele constituído por apenas umaoração, que recebe o nome de oração
absoluta.
Chove.
A existência é frágil.
Amanhã, à tarde, faremos a prova do concurso.
Período composto é aquele constituído por duas ou mais orações:
Cantei, dancei e depois dormi.
Quero que você estude mais.
1. Termos da Oração
1.1. Termos essenciais
O sujeito e o predicado são considerados termos essenciais da oração, ou seja, são termos
indispensáveis para a formação das orações. No entanto, existem orações formadas
exclusivamente pelo predicado. O que define aoração é a presença do verbo. O sujeito é o
termo que estabelece concordância com o verbo.
O candidato está preparado.
Os candidatos estão preparados.
Na primeira frase, o sujeito é “o candidato”. “Candidato” é a principal palavra do sujeito,
sendo, por isso, denominada núcleo do sujeito. Este se relaciona com o verbo, estabelecendo
a concordância (núcleo no singular, verbo no singular: candidato = está)
A função do sujeito é basicamente desempenhada por substantivos, o que a torna uma função
substantiva da oração. Pronomes, substantivos, numerais e quaisquer outras palavras
substantivadas (derivação imprópria) também podem exercer a função de sujeito.
Os dois sumiram. (dois é numeral; no exemplo, substantivo)
Um sim é suave e sugestivo. (sim é advérbio; no exemplo: substantivo)
Os sujeitos são classificados a partir de dois elementos: o de determinação ou indeterminação
e o de núcleo do sujeito.
Um sujeito é determinado quando é facilmente identificado pela concordância verbal. O
sujeito determinado pode ser simples ou composto.
A indeterminação do sujeito ocorre quando não é possível identificar claramente a que se
refere a concordância verbal. Isso ocorre quando não se pode ou não interessa indicar
precisamente o sujeito de uma oração.
Estão gritando seu nome lá fora.

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Trabalha-se demais neste lugar.


O sujeito simples é o sujeito determinado que apresenta um único núcleo, que pode estar no
singular ou no plural; pode também ser um pronome indefinido. Abaixo, sublinhei os núcleos
dos sujeitos:
Nós estudarems o juntos.
A humanidade é frágil.
Ninguém se move.
O amar faz bem. (“amar” é verbo, mas aqui houve uma derivação imprópria, transformando-
o em substantivo)
As crianças precisam de alimentos saudáveis.
O sujeito composto é o sujeito determinado que apresenta mais de um núcleo.
Alimentos e roupas custam caro.
Ela e eu sabemos o conteúdo.
O amar e o odiar são duas faces da mesma moeda.
Além desses dois sujeitos determinados, é comum a referência ao sujeito implícito na
desinência verbal (o “antigo” sujeito oculto [ou elíptico]), isto é, ao núcleo do sujeito que
está implícito e que pode ser reconhecido pela desinência verbal ou pelo contexto.
Abolimos todas as regras. = (nós)
Falaste o recado à sala? = (tu)
Os verbos deste tipo de sujeito estão sempre na primeira pessoa do singular (eu) ou plural
(nós) ou na segunda do singular (tu) ou do plural (vós), desde que os pronomes não estejam
explícitos.
Iremos à feira juntos? (= nós iremos) – sujeito implícito na desinência verbal “-mos”
Cantais bem! (= vós cantais) - sujeito implícito na desinência verbal “-ais”
Mas:
Nós iremos à festa juntos? = sujeito simples: nós
Vós cantais bem! = sujeito simples: vós
O sujeito indeterminado surge quando não se quer - ou não se pode - identificar a que o
predicado da oração refere-se. Existe uma referência imprecisa ao sujeito, caso contrário,
teríamos uma oração sem sujeito.
Na língua portuguesa, o sujeito pode ser indeterminado de duas maneiras:

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A) com verbo na terceira pessoa do plural, desde que o sujeito não tenha sido identificado
anteriormente:
Bateram à porta;
Andam espalhando boatos a respeito da queda do ministro.
Se o sujeito estiver identificado, poderá ser simples ou composto:
Os meninos bateram à porta. (simples)
Os meninos e as meninas bateram à porta. (composto)
B) com o verbo na terceira pessoa do singular, acrescido do pronome “se”. Esta é uma
construção típica dos verbos que não apresentam complemento direto:
Precisa-se de mentes criativas.
Vivia-se bem naqueles tempos.
Trata-se de casos delicados.
Sempre se está sujeito a erros.
O pronome “se”, nestes casos, funciona como índice de indeterminação do sujeito.
As orações sem sujeito, formadas apenas pelo predicado, articulam-se a partir de um verbo
impessoal. A mensagem está centrada no processo verbal. Os principais casos de orações sem
sujeito com:
• os verbos que indicam fenômenos da natureza:
Amanheceu.
Está trovejando.
• os verbos estar, fazer, haver e ser, quando indicam fenômenos meteorológicos ou se
relacionam ao tempo em geral:
Está tarde.
Já são dez horas.
Faz frio nesta época do ano.
Há muitos concursos com inscrições abertas.
Predicado é o conjunto de enunciados que contém a informação sobre o sujeito – ou nova
para o ouvinte. Nas orações sem sujeito, o predicado simplesmente enuncia um fato qualquer.
Nas orações com sujeito, o predicado é aquilo que se declara a respeito deste sujeito. Com
exceção do vocativo - que é um termo à parte - tudo o que difere do sujeito numa oração é o
seu predicado.

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Chove muito nesta época do ano.


Houve problemas na reunião.
Em ambas as orações não há sujeito, apenas predicado. Na segunda oração, “problemas”
funciona como objeto direto.
As questões estavam fáceis!
Sujeito simples = as questões
Predicado = estavam fáceis
Passou-me uma ideia estranha pelo pensamento.
Sujeito = uma ideia estranha
Predicado = passou-me pelo pensamento
Para o estudo do predicado, é necessário verificar se seu núcleo é um nome (então teremos
um predicado nominal) ou um verbo (predicado verbal). Deve-se considerar também se as
palavras que formam o predicado referem-se apenas o verbo ou também ao sujeito da oração.
Os homens sensíveis pedem amor sincero às mulheres de opinião. (Predicado)
O predicado acima apresenta apenas uma palavra que se refere ao sujeito: pedem. As demais
palavras se ligam direta ou indiretamente ao verbo.
A cidade está deserta.
O nome “deserta”, por intermédio do verbo, refere-se ao sujeito da oração (cidade). O verbo
atua como elemento de
ligação (por isso verbo de ligação) entre o sujeito e a palavra a ele relacionada (no caso:
deserta = predicativo do sujeito).
O predicado verbal é aquele que tem como núcleo significativo um verbo:
Chove muito nesta época do ano.
Estudei muito hoje!
Compraste a apostila?
Os verbos acima são significativos, isto é, não servem apenas para indicar o estado do sujeito,
mas indicam processos.
O predicado nominal é aquele que tem como núcleo significativo um nome; este atribui uma
qualidade ou estado ao sujeito, por isso é chamado de predicativo do sujeito.
O predicativo é um nome que se liga a outro nome da oração por meio de um verbo (o verbo
de ligação).

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Nos predicados nominais, o verbo não é significativo, isto é, não indica um processo, mas une
o sujeito ao predicativo, indicando circunstâncias referentes ao estado do sujeito: Os dados
parecem corretos.
O verbo parecer poderia ser substituído por estar, andar, ficar, ser, permanecer ou continuar,
atuando como elemento de ligação entre o sujeito e as palavras a ele relacionadas.
A função de predicativo é exercida, normalmente, por um adjetivo ou substantivo.
O predicado verbo-nominal é aquele que apresenta dois núcleos significativos: um verbo e
um nome. No predicado verbo-nominal, o predicativo pode se referir ao sujeito ou ao
complemento verbal (objeto).
O verbo do predicado verbo-nominal é sempre significativo, indicando processos. É também
sempre por intermédio do verbo que o predicativo se relaciona com o termo a que se refere.
O dia amanheceu ensolarado;
As mulheres julgam os homens inconstantes.
No primeiro exemplo, o verbo amanheceu apresenta duas funções: a de verbo significativo e
a de verbo de ligação.
Este predicado poderia ser desdobrado em dois: um verbal e outro nominal.
O dia amanheceu. / O dia estava ensolarado.
No segundo exemplo, é o verbo julgar que relaciona o complemento homens com o
predicativo “inconstantes”.
Termos integrantes da oração
Os complementos verbais (objeto direto e indireto) e o complemento nominal são chamados
termos integrantes da oração.
Os complementos verbais integram o sentido dos verbos transitivos, com eles formando
unidades significativas. Estes verbos podem se relacionar com seus complementos
diretamente, sem a presença de preposição, ou indiretamente, por intermédio de preposição.
O objeto direto é o complemento que se liga diretamente ao verbo.
Houve muita confusão na partida final.
Queremos sua ajuda.
O objeto direto preposicionado ocorre principalmente:
A) com nomes próprios de pessoas ou nomes comuns referentes a pessoas:
Amar a Deus; Adorar a Xangô; Estimar aos pais.

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(o objeto é direto, mas como há preposição, denomina-se: objeto direto preposicionado)


B) com pronomes indefinidos de pessoa e pronomes de tratamento: Não excluo a ninguém;
Não quero cansar a Vossa Senhoria.
C) para evitar ambiguidade: Ao povo prejudica a crise. (sem preposição, o sentido seria outro:
O povo prejudica a crise)
O objeto indireto é o complemento que se liga indiretamente ao verbo, ou seja, através de
uma preposição.
Gosto de música popular brasileira.
Necessito de ajuda.
Objeto Pleonástico
É a repetição de objetos, tanto diretos como indiretos. Normalmente, as frases em que
ocorrem objetos pleonásticos obedecem à estrutura: primeiro aparece o objeto, antecipado
para o início da oração; em seguida, ele é repetido através de um pronome oblíquo. É à
repetição que se dá o nome de objeto pleonástico.
“Aos fracos, não os posso proteger, jamais.” (Gonçalves Dias)
objeto pleonástico
Ao traidor, nada lhe devemos.
O termo que integra o sentido de um nome chama-se complemento nominal, que se liga ao
nome que completa por intermédio de preposição:
A arte é necessária à vida. = relaciona-se com a palavra “necessária”
Temos medo de barata. = ligada à palavra “medo”.
Termos acessórios da oração e vocativo
Os termos acessórios recebem este nome por serem explicativos, circunstanciais. São termos
acessórios o adjunto adverbial, o adjunto adnominal, o aposto e o vocativo – este, sem
relação sintática com outros temos da oração.
O adjunto adverbial é o termo da oração que indica uma circunstância do processo verbal ou
intensifica o sentido de um adjetivo, verbo ou advérbio. É uma função adverbial, pois cabe ao
advérbio e às locuções adverbiais exercerem o papel de adjunto adverbial: Amanhã voltarei a
pé àquela velha praça.
O adjunto adnominal é o termo acessório que determina, especifica ou explica um
substantivo. É uma função adjetiva, pois são os adjetivos e as locuções adjetivas que exercem
o papel de adjunto adnominal na oração. Também atuam como adjuntos adnominais os
artigos, os numerais e os pronomes adjetivos.

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O poeta inovador enviou dois longos trabalhos ao seu amigo de infância.


O adjunto adnominal se liga diretamente ao substantivo a que se refere, sem participação do
verbo. Já o predicativo do objeto se liga ao objeto por meio de um verbo.
O poeta português deixou uma obra originalíssima.
O poeta deixou-a.
(originalíssima não precisou ser repetida, portanto: adjunto adnominal)
O poeta português deixou uma obra inacabada.
O poeta deixou-a inacabada.
(inacabada precisou ser repetida, então: predicativo do objeto)
Enquanto o complemento nominal se relaciona a um substantivo, adjetivo ou advérbio, o
adjunto nominal se relaciona apenas ao substantivo.
O aposto é um termo acessório que permite ampliar, explicar, desenvolver ou resumir a ideia
contida em um termo que exerça qualquer função sintática: Ontem, segunda-feira, passei o
dia mal-humorado.
Segunda-feira é aposto do adjunto adverbial de tempo “ontem”. O aposto é sintaticamente
equivalente ao termo que se relaciona porque poderia substituí-lo: Segunda-feira passei o dia
mal-humorado.
O aposto pode ser classificado, de acordo com seu valor na oração, em:
A) explicativo: A linguística, ciência das línguas humanas, permite-nos interpretar melhor
nossa relação com o mundo.
B) enumerativo: A vida humana compõe-se de muitas coisas: amor, arte, ação.
C) resumidor ou recapitulativo: Fantasias, suor e sonho, tudo forma o carnaval.
D) comparativo: Seus olhos, indagadores holofotes, fixaram-se por muito tempo na baía
anoitecida.
O vocativo é um termo que serve para chamar, invocar ou interpelar um ouvinte real ou
hipotético, não mantendo relação sintática com outro termo da oração. A função de vocativo
é substantiva, cabendo a substantivos, pronomes substantivos, numerais e palavras
substantivadas esse papel na linguagem.
João, venha comigo!
Traga-me doces, minha menina!
Períodos Compostos

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Período Composto por Coordenação


O período composto se caracteriza por possuir mais de uma oração em sua composição. Sendo
assim:
Eu irei à praia. (Período Simples = um verbo, uma oração)
Estou comprando um protetor solar, depois irei à praia. (Período Composto =locução verbal +
verbo, duas orações)
Já me decidi: só irei à praia, se antes eu comprar um protetor solar. (Período Composto = três
verbos, três orações).
Há dois tipos de relações que podem se estabelecer entre as orações de um período
composto: uma relação de coordenação ou uma relação de subordinação.
Duas orações são coordenadas quando estão juntas em um mesmo período, (ou seja, em um
mesmo bloco de informações, marcado pela pontuação final), mas têm, ambas, estruturas
individuais, como é o exemplo de:
Estou comprando um protetor solar, depois irei à praia. (Período Composto)
Podemos dizer:
1. Estou comprando um protetor solar.
2. Irei à praia.
Separando as duas, vemos que elas são independentes. Tal período é classificado como
Período Composto por Coordenação.
Quanto à classificação das orações coordenadas, temos dois tipos: Coordenadas Assindéticas
e Coordenadas Sindéticas.
A) Coordenadas Assindéticas
São orações coordenadas entre si e que não são ligadas através de nenhum conectivo. Estão
apenas justapostas.
Entrei na sala, deitei-me no sofá, adormeci.
B) Coordenadas Sindéticas
Ao contrário da anterior, são orações coordenadas entre si, mas que são ligadas através de
uma conjunção coordenativa, que dará à oração uma classificação. As orações coordenadas
sindéticas são classificadas em cinco tipos: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e
explicativas.
Dica: Memorize SINdética = SIM, tem conjunção!

202
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• Orações Coordenadas Sindéticas Aditivas: suas principais conjunções são: e, nem, não só...
mas também, não só... como, assim... como.
Nem comprei o protetor solar nem fui à praia.
Comprei o protetor solar e fui à praia.
• Orações Coordenadas Sindéticas Adversativas: suas principais conjunções são: mas,
contudo, todavia, entretanto, porém, no entanto, ainda, assim, senão.
Fiquei muito cansada, contudo me diverti bastante.
Li tudo, porém não entendi!
• Orações Coordenadas Sindéticas Alternativas: suas principais conjunções são: ou... ou;
ora...ora; quer...quer; seja...seja.
Ou uso o protetor solar, ou uso o óleo bronzeador.
• Orações Coordenadas Sindéticas Conclusivas: suas principais conjunções são: logo,
portanto, por fim, por conseguinte, consequentemente, pois (posposto ao verbo).
Passei no concurso, portanto comemorarei!
A situação é delicada; devemos, pois, agir.
. Orações Coordenadas Sindéticas Explicativas: suas principais conjunções são:
isto é, ou seja, a saber, na verdade, pois (anteposto ao verbo).
Não fui à praia, pois queria descansar durante o Domingo.
Maria chorou porque seus olhos estão vermelhos.
Período Composto Por Subordinação
Quero que você seja aprovado!
Oração principal oração subordinada
Observe que na oração subordinada temos o verbo “seja”, que está conjugado na terceira
pessoa do singular do presente do subjuntivo, além de ser introduzida por conjunção. As
orações subordinadas que apresentam verbo em qualquer dos tempos finitos (tempos do
modo do indicativo, subjuntivo e imperativo) e são iniciadas por conjunção, chamam-se
orações desenvolvidas ou explícitas.
Podemos modificar o período acima. Veja:
Quero ser aprovado.
Oração Principal Oração Subordinada

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A análise das orações continua sendo a mesma: “Quero” é a oração principal, cujo objeto
direto é a oração subordinada “ser aprovado”. Observe que a oração subordinada apresenta
agora verbo no infinitivo (ser). Além disso, a conjunção “que”, conectivo que unia as duas
orações, desapareceu. As orações subordinadas cujo verbo surge numa das formas nominais
(infinitivo, gerúndio ou particípio) são chamadas de orações reduzidas ou implícitas (como no
exemplo acima).
Observação:
As orações reduzidas não são introduzidas por conjunções nem pronomes relativos. Podem
ser, eventualmente, introduzidas por preposição.
A) Orações Subordinadas Substantivas
A oração subordinada substantiva tem valor de substantivo e vem introduzida, geralmente,
por conjunção integrante (que, se).
Não sei se sairemos hoje.
Oração Subordinada Substantiva
Temos medo de que não sejamos aprovados.
Oração Subordinada Substantiva
Os pronomes interrogativos (que, quem, qual) também introduzem as orações subordinadas
substantivas, bem como os advérbios interrogativos (por que, quando, onde, como).
O garoto perguntou qual seu nome.
Oração Subordinada Substantiva
Não sabemos quando ele virá.
Oração Subordinada Substantiva
Classificação das Orações Subordinadas Substantivas
Conforme a função que exerce no período, a oração subordinada substantiva pode ser:
1. Subjetiva - exerce a função sintática de sujeito do verbo da oração principal:
É fundamental o seu comparecimento à reunião.
Sujeito
É fundamental que você compareça à reunião.
Oração Principal Oração Subordinada Substantiva Subjetiva
FIQUE ATENTO!

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Observe que a oração subordinada substantiva pode ser substituída pelo pronome “isso”.
Assim, temos um período simples:
É fundamental isso ou Isso é fundamental.
Desta forma, a oração correspondente a “isso” exercerá a função de sujeito.
Veja algumas estruturas típicas que ocorrem na oração principal:
• Verbos de ligação + predicativo, em construções do tipo: É bom - É útil - É conveniente - É
certo - Parece certo – É claro - Está evidente - Está comprovado
É bom que você compareça à minha festa.
• Expressões na voz passiva, como: Sabe-se, Soube-se, Conta-se, Diz-se, Comenta-se, É sabido,
Foi anunciado, Ficou provado.
Sabe-se que Aline não gosta de Pedro.
• Verbos como: convir - cumprir - constar - admirar - importar - ocorrer - acontecer
Convém que não se atrase na entrevista.
Observação:
Quando a oração subordinada substantiva é subjetiva, o verbo da oração principal está
sempre na 3.ª pessoa do singular.
2. Objetiva Direta = exerce função de objeto direto do verbo da oração principal:
Todos querem sua aprovação no concurso.
Objeto Direto
Todos querem que você seja aprovado. (Todos querem isso)
Oração Principal Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta.
As orações subordinadas substantivas objetivas diretas (desenvolvidas) são iniciadas por:
• Conjunções integrantes “que” (às vezes elíptica) e “se”: A professora verificou se os alunos
estavam presentes.
• Pronomes indefinidos que, quem, qual, quanto (às vezes regidos de preposição), nas
interrogações indiretas: O pessoal queria saber quem era o dono do carro importado.
• Advérbios como, quando, onde, por que, quão (às vezes regidos de preposição), nas
interrogações indiretas: Eu não sei por que ela fez isso.
3. Objetiva Indireta = atua como objeto indireto do verbo da oração principal. Vem precedida
de preposição.

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Meu pai insiste em meu estudo.


Objeto Indireto
Meu pai insiste em que eu estude. (= Meu pai insiste nisso)
Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta
Observação:
Em alguns casos, a preposição pode estar elíptica na oração.
Marta não gosta (de) que a chamem de senhora.
Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta
4. Completiva Nominal = completa um nome que pertence à oração principal e também vem
marcada por preposição.
Sentimos orgulho de seu comportamento.
Complemento Nominal
Sentimos orgulho de que você se comportou. (= Sentimos orgulho disso.)
Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal
As orações subordinadas substantivas objetivas indiretas integram o sentido de um verbo,
enquanto que oraçõessubordinadas substantivas completivas nominais integram o sentido de
um nome. Para distinguir uma da outra, é necessário levar em conta o termo complementado.
Esta é a diferença entre o objeto indireto e o complemento nominal:
o primeiro complementa um verbo; o segundo, um nome.
5. Predicativa = exerce papel de predicativo do sujeito do verbo da oração principal e vem
sempre depois do verbo ser.
Nosso desejo era sua desistência.
Predicativo do Sujeito
Nosso desejo era que ele desistisse. (= Nosso desejo era isso)
Oração Subordinada Substantiva Predicativa
6. Apositiva = exerce função de aposto de algum termo da oração principal.
Fernanda tinha um grande sonho: a felicidade!
Aposto
Fernanda tinha um grande sonho: ser feliz!

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Oração subord. subst. apositiva reduzida de infinitivo


(Fernanda tinha um grande sonho: isso)
Dica: geralmente há a presença dos dois pontos! ( : )
B) Orações Subordinadas Adjetivas
Uma oração subordinada adjetiva é aquela que possui valor e função de adjetivo, ou seja, que
a ele equivale. As orações vêm introduzidas por pronome relativo e exercem a função de
adjunto adnominal do antecedente.
Esta foi uma redação bem-sucedida.
Substantivo Adjetivo (Adjunto Adnominal)
O substantivo “redação” foi caracterizado pelo adjetivo “bem-sucedida”. Neste caso, é
possível formarmos outra construção, a qual exerce exatamente o mesmo papel:
Esta foi uma redação que fez sucesso.
Oração Principal Oração Subordinada Adjetiva
Perceba que a conexão entre a oração subordinada adjetiva e o termo da oração principal que
ela modifica é feita pelo pronome relativo “que”. Além de conectar (ou relacionar) duas
orações, o pronome relativo desempenha uma função sintática na oração subordinada: ocupa
o papel que seria exercido pelo termo que o antecede (no caso, “redação” é sujeito, então o
“que” também funciona como sujeito).
FIQUE ATENTO!
Vale lembrar um recurso didático para reconhecer o pronome relativo “que”: ele sempre pode
ser substituído por: o qual - a qual - os quais - as quais
Refiro-me ao aluno que é estudioso. = Esta oração é equivalente a: Refiro-me ao aluno o qual
estuda.
Forma das Orações Subordinadas Adjetivas
Quando são introduzidas por um pronome relativo e apresentam verbo no modo indicativo
ou subjuntivo, as orações subordinadas adjetivas são chamadas desenvolvidas. Além delas,
existem as orações subordinadas adjetivas reduzidas, que não são introduzidas por pronome
relativo (podem ser introduzidas por preposição) e apresentam o verbo numa das formas
nominais (infinitivo, gerúndio ou particípio).
Ele foi o primeiro aluno que se apresentou.
Ele foi o primeiro aluno a se apresentar.

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No primeiro período, há uma oração subordinada adjetiva desenvolvida, já que é introduzida


pelo pronome relativo “que” e apresenta verbo conjugado no pretérito perfeito do indicativo.
No segundo, há uma oração subordinada adjetiva reduzida de infinitivo: não há pronome
relativo e seu verbo está no infinitivo.
Classificação das Orações Subordinadas Adjetivas
Na relação que estabelecem com o termo que caracterizam, as orações subordinadas
adjetivas podem atuar de duas maneiras diferentes. Há aquelas que restringem ou
especificam o sentido do termo a que se referem, individualizando-o. Nestas orações não há
marcação de pausa, sendo chamadas subordinadas adjetivas restritivas. Existem também
orações que realçam um detalhe ou amplificam dados sobre o antecedente, que já se
encontra suficientemente definido. Estas orações denominam-se subordinadas adjetivas
explicativas.
Exemplo 1:
Jamais teria chegado aqui, não fosse um homem que passava naquele momento.
Oração Subordinada Adjetiva Restritiva
No período acima, observe que a oração em destaque restringe e particulariza o sentido da
palavra “homem”: trata-se de um homem específico, único. A oração limita o universo de
homens, isto é, não se refere a todos os homens, mas sim àquele que estava passando naquele
momento.

208
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Exemplo 2:
O homem, que se considera racional, muitas vezes age animalescamente.
Oração Subordinada Adjetiva Explicativa
Agora, a oração em destaque não tem sentido restritivo em relação à palavra “homem”; na
verdade, apenas explicita uma ideia que já sabemos estar contida no conceito de “homem”.
Saiba que:
A oração subordinada adjetiva explicativa é separada da oração principal por uma pausa que,
na escrita, é representada pela vírgula. É comum, por isso, que a pontuação seja indicada
como forma de diferenciar as orações explicativas das restritivas; de fato, as explicativas vêm
sempre isoladas por vírgulas; as restritivas, não.
C) Orações Subordinadas Adverbiais
Uma oração subordinada adverbial é aquela que exerce a função de adjunto adverbial do
verbo da oração principal. Assim, pode exprimir circunstância de tempo, modo, fim, causa,
condição, hipótese, etc. Quando desenvolvida, vem introduzida por uma das conjunções
subordinativas (com exclusão das integrantes, que introduzem orações subordinadas
substantivas). Classifica-se de acordo com a conjunção ou locução conjuntiva que a introduz
(assim como acontece com as coordenadas sindéticas).
Durante a madrugada, eu olhei você dormindo.
(Or. Subordinada Adverbial)
A oração em destaque agrega uma circunstância de tempo. É, portanto, chamada de oração
subordinada adverbial temporal. Os adjuntos adverbiais são termos acessórios que indicam
uma circunstância referente, via de regra, a um verbo. A classificação do adjunto adverbial
depende da exata compreensão da circunstância que exprime.
Naquele momento, senti uma das maiores emoções de minha vida.
Quando vi o mar, senti uma das maiores emoções de minha vida.
No primeiro período, “naquele momento” é um adjunto adverbial de tempo, que modifica a
forma verbal “senti”. No segundo período, este papel é exercido pela oração “Quando vi o
mar”, que é, portanto, uma oração subordinada adverbial temporal. Esta oração é
desenvolvida, pois é introduzida por uma conjunção subordinativa (quando) e apresenta uma
forma verbal do modo indicativo (“vi”, do pretérito perfeito do indicativo). Seria possível
reduzi-la, obtendo-se:
Ao ver o mar, senti uma das maiores emoções de minha vida.

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A oração em destaque é reduzida, apresentando uma das formas nominais do verbo (“ver” no
infinitivo) e não é introduzida por conjunção subordinativa, mas sim por uma preposição (“a”,
combinada com o artigo “o”).
Observação:
A classificação das orações subordinadas adverbiais é feita do mesmo modo que a
classificação dos adjuntos adverbiais. Baseia-se na circunstância expressa pela oração.
Classificação das Orações Subordinadas Adverbiais
A) Causal = A ideia de causa está diretamente ligada àquilo que provoca um determinado fato,
ao motivo do que se declara na oração principal. Principal conjunção subordinativa causal:
porque. Outras conjunções e locuções causais: como (sempre introduzido na oração
anteposta à oração principal), pois, pois que, já que, uma vez que, visto que.
Exemplos:
As ruas ficaram alagadas porque a chuva foi muito forte.
Já que você não vai, eu também não vou.
A diferença entre a subordinada adverbial causal e a sindética explicativa é que esta “explica”
o fato que aconteceu na oração com a qual ela se relaciona; aquela apresenta a “causa” do
acontecimento expresso na oração à qual ela se subordina. Repare:
1. Faltei à aula porque estava doente.
2. Melissa chorou, porque seus olhos estão vermelhos.
Em 1, a oração destacada aconteceu primeiro (causa) que o fato expresso na oração anterior,
ou seja, o fato de estar doente impediu-me de ir à aula. No exemplo 2, a oração sublinhada
relata um fato que aconteceu depois, já que primeiro ela chorou, depois seus olhos ficaram
vermelhos.
B) Consecutiva = exprime um fato que é consequência, é efeito do que se declara na oração
principal.
São introduzidas pelas conjunções e locuções: que, de forma que, de sorte que, tanto que, etc.,
e pelas estruturas tão...que, tanto...que, tamanho...que.
Principal conjunção subordinativa consecutiva: que (precedido de tal, tanto, tão, tamanho)
Nunca abandonou seus ideais, de sorte que acabou concretizando-os.
Não consigo ver televisão sem bocejar. (Oração Reduzida de Infinitivo)
C) Condicional = Condição é aquilo que se impõe como necessário para a realização ou não de
um fato. As orações subordinadas adverbiais condicionais exprimem o que deve ou não
ocorrer para que se realize - ou deixe de se realizar - o fato expresso na oração principal.

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Principal conjunção subordinativa condicional: se.


Outras conjunções condicionais: caso, contanto que, desde que, salvo se, exceto se, a não ser
que, a menos que, sem que, uma vez que (seguida de verbo no subjuntivo).
Se o regulamento do campeonato for bem elaborado, certamente o melhor time será
campeão.
Caso você saia, convide-me.
D) Concessiva = indica concessão às ações do verbo da oração principal, isto é, admitem uma
contradição ou um fato inesperado. A ideia de concessão está diretamente ligada ao
contraste, à quebrade expectativa. Principal conjunção subordinativa concessiva: embora.
Utiliza-se também a conjunção: conquanto e as locuções ainda que, ainda quando, mesmo
que, se bem que, posto que, apesar de que.
Só irei se ele for.
A oração acima expressa uma condição: o fato de “eu” ir só se realizará caso essa condição
seja satisfeita.
Compare agora com:
Irei mesmo que ele não vá.
A distinção fica nítida; temos agora uma concessão: irei de qualquer maneira,
independentemente de sua ida. A oração destacada é, portanto, subordinada adverbial
concessiva.
Observe outros exemplos:
Embora fizesse calor, levei agasalho.
Foi aprovado sem estudar (= sem que estudasse /
embora não estudasse). (reduzida de infinitivo)
E) Comparativa= As orações subordinadas adverbiais comparativas estabelecem uma
comparação com a ação indicada pelo verbo da oração principal. Principal conjunção
subordinativa comparativa: como.
Ele dorme como um urso. (como um urso dorme)
Você age como criança. (age como uma criança age)
• geralmente há omissão do verbo.
F) Conformativa = indica ideia de conformidade, ou seja, apresenta uma regra, um modelo
adotado para a execução do que se declara na oração principal. Principal conjunção

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subordinativa conformativa: conforme. Outras conjunções conformativas: como, consoante e


segundo (todas com o mesmo valor de conforme).
Fiz o bolo conforme ensina a receita.
Consoante reza a Constituição, todos os cidadãos têm direitos iguais.
G) Final = indica a intenção, a finalidade daquilo que se declara na oração principal. Principal
conjunção subordinativa final: a fim de. Outras conjunções finais: que, porque (= para que) e
a locução conjuntiva para que.
Aproximei-me dela a fim de que ficássemos amigas.
Estudarei muito para que eu me saia bem na prova.
H) Proporcional = exprime ideia de proporção, ou seja, um fato simultâneo ao expresso na
oração principal. Principal locução conjuntiva subordinativa proporcional: à proporção que.
Outras locuções conjuntivas proporcionais: à medida que, ao passo que. Há ainda as
estruturas: quanto maior... (maior), quanto maior...(menor), quanto menor... (maior), quanto
menor...(menor), quanto mais... (mais), quanto mais...(menos), quanto menos... (mais),
quanto menos...(menos).
À proporção que estudávamos mais questões acertávamos.
À medida que lia mais culto ficava.
I) Temporal = acrescenta uma ideia de tempo ao fato expresso na oração principal, podendo
exprimir noções de simultaneidade, anterioridade ou posterioridade. Principal conjunção
subordinativa temporal: quando. Outras conjunções subordinativas temporais: enquanto, mal
e locuções conjuntivas: assim que, logo que, todas as vezes que, antes que, depois que, sempre
que, desde que, etc.
Assim que Paulo chegou, a reunião acabou.
Terminada a festa, todos se retiraram. (= Quando terminou a festa) (Oração Reduzida de
Particípio).
Orações Reduzidas
As orações subordinadas podem vir expressas como reduzidas, ou seja, com o verbo em uma
de suas formas nominais (infinitivo, gerúndio ou particípio) e sem conectivo subordinativo que
as introduza.
É preciso estudar! = reduzida de infinitivo
É preciso que se estude = oração desenvolvida (presença do conectivo)
Para classificá-las, precisamos imaginar como seriam “desenvolvidas” – como no exemplo
acima.

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É preciso estudar = oração subordinada substantiva


subjetiva reduzida de infinitivo
É preciso que se estude = oração subordinada substantiva subjetiva
Orações Intercaladas
São orações independentes encaixadas na sequência do período, utilizadas para um
esclarecimento, um aparte, uma citação. Elas vêm separadas por vírgulas ou travessões.
Nós – continuava o relator – já abordamos este assunto.
Discurso direto e indireto
Discurso direto e discurso indireto são dois tipos de discurso que existem, ou seja, dois tipos
de introdução das falas de uma personagem numa narrativa.
O que é o discurso direto?
O discurso direto é caracterizado por ser uma transcrição exata da fala das personagens, sem
participação do narrador.
O que é o discurso indireto?
O discurso indireto é caracterizado por ser uma intervenção do narrador no discurso ao utilizar
as suas próprias palavras para reproduzir as falas das personagens.
Exemplo de discurso direto:
A aluna afirmou:
— Preciso estudar muito para o teste.
Exemplo de discurso indireto:
A aluna afirmara que precisava estudar muito para o teste.
Características do discurso direto e do discurso indireto
O discurso direto:
é introduzido por um verbo de elocução, seguido de dois-pontos e mudança de linha para um
novo parágrafo;
é iniciado por um travessão, que indica a mudança da voz do narrador para a voz da
personagem;
é feito na 1.ª pessoa do discurso (eu ou nós).
O discurso indireto:

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é introduzido por um verbo de elocução, seguido de uma preposição que marca a mudança
da voz do narrador para a reprodução da voz da personagem feita também pelo narrador.
é construído na mesma frase, não havendo mudança de linha ou de parágrafo;
é feito na 3.ª pessoa do discurso (ele, ela, eles, elas).
Passagem de discurso direto para discurso indireto
Quando é feita a passagem do discurso direto para o discurso indireto, ocorrem diversas
transformações para que a voz da personagem possa ser reproduzida pela voz do narrador.
Exemplos de passagem do discurso direto para o discurso indireto
Discurso direto: — Eu comecei minha dieta ontem.
Discurso indireto: Ela disse que começara sua dieta no dia anterior.
Discurso direto: — Vou ali agora e volto rápido.
Discurso indireto: Ele disse que ia lá naquele momento e que voltava rápido.
Discurso direto: — Nós viajaremos amanhã.
Discurso indireto: Eles disseram que viajariam no dia seguinte.
Mudança das pessoas do discurso

Discurso direto Mudança Discurso indireto

1.ª pessoa passa para 3.ª pessoa

passam
pronomes eu, nós pronomes ele, ela, eles, elas
para

pronomes ele, ela, eles, elas,


pronomes me, mim, comigo, passam
lhe, lhes, se, si, consigo, o, os, a,
nos, conosco para
as

pronomes meu, meus, minha,


passam
minhas, nosso, nossos, nossa, pronomes seu, seus, sua e suas
para
nossas

udança de tempos verbais

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Discurso direto Mudança Discurso indireto

passa
presente do indicativo pretérito imperfeito do indicativo
para

pretérito perfeito do passa pretérito mais-que-perfeito do


indicativo para indicativo

futuro do presente do passa


futuro do pretérito do indicativo
indicativo para

passa
presente do subjuntivo pretérito imperfeito do subjuntivo
para

passa
futuro do subjuntivo pretérito imperfeito do subjuntivo
para

passa
imperativo pretérito imperfeito do subjuntivo
para

Mudança na pontuação das frases

Discurso direto Mudança Discurso indireto

frases interrogativas (?) passam para frases declarativas (.)

frases exclamativas (!) passam para frases declarativas (.)

frases imperativas (! ou .) passam para frases declarativas (.)

Mudança dos advérbios e adjuntos adverbiais

Discurso direto Mudança Discurso indireto

ontem passa para no dia anterior

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Discurso direto Mudança Discurso indireto

hoje passa para naquele dia

agora passa para naquele momento

amanhã passa para no dia seguinte

aqui, aí, cá passam para ali, lá

este, esta, isto passam para aquele, aquela, aquilo

Outro tipo de discurso: discurso indireto livre


Além do discurso direto e do discurso indireto, existe ainda outro tipo de discurso - o discurso
indireto livre, caracterizado por ser um discurso dinâmico em que as falas das personagens
(na 1.ª pessoa) se encontram inseridas dentro do discurso do narrador (na 3.ª pessoa).
O discurso indireto livre não apresenta uma estrutura, não havendo qualquer indício da
introdução das falas das personagens na narrativa. Assim, confunde-se facilmente a voz da
personagem com a voz do narrador.
Exemplo de discurso indireto livre:
Emília ficou boquiaberta com a proposta do novo vizinho. Quem é que ele pensa que é para
chegar e começar logo tentando mudar diversas coisas no prédio? O síndico disse ao vizinho
que a proposta teria de ser votada em reunião. Ele que nem pense que eu vou concordar com
ele.

QUESTÕES

1. (Concurso Prefeitura de São José dos Ausentes RS 2022 – Agente Administrativo – Banca
Fundatec).
Assinale a alternativa que indica o número correto de orações que compõem o período a
seguir, retirado do texto: “Sentimos prazer quando outro humano “revela sua personalidade”
– já que isso nos dá ferramentas para conviver com esse outro humano”.
A) 2.
B) 3.

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C) 4.
D) 5.
E) 6.
Resposta: LETRA C

1. (BANESTES – TÉCNICO BANCÁRIO – FGV)


“Talvez um dia seja bom relembrar este dia”. (Virgílio) A forma de oração desenvolvida
adequada correspondente à oração sublinhada acima é:
a) relembrarmos este dia;
b) a relembrança deste dia;
c) que relembremos este dia;
d) que relembrássemos este dia;
e) uma nova lembrança deste dia.

Resposta: Letra C. Em “c”: que relembremos este dia;


Em “d”: que relembrássemos este dia; Em uma oração desenvolvida há a presença de
conjunção. Ambos os itens têm, mas temos que fazer a correlação verbal com o período da
oração reduzida (o verbo nos dá uma hipótese – talvez seja bom relembrar). Portanto, a forma
correta é: Talvez um dia seja bom que relembremos este dia.

2. (CÂMARA DE SALVADOR-BA – ASSISTENTE LEGISLATIVO MUNICIPAL – FGV) “Ou seja, foi


usada para criar uma desigualdade social...”; se modificarmos a oração reduzida de infinitivo
por uma oração desenvolvida, a forma adequada seria:
a) para a criação de uma desigualdade social;
b) para que se criasse uma desigualdade social;
c) para que se crie uma desigualdade social;
d) para a criatividade de uma desigualdade social;
e) para criarem uma desigualdade social.

Resposta: Letra B. Em “b”: para que se criasse uma desigualdade social;


Em “c”: para que se crie uma desigualdade social;

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Desenvolvida = tem conjunção. Ambas têm. A diferença é o tempo verbal. A ação aconteceu
(foi usada para criar): Ou seja, foi usada para que se criasse uma desigualdade social.

3. (IBGE – AGENTE CENSITÁRIO – ADMINISTRATIVO – FGV)


Uma manchete do Estado de São Paulo, 10/04/2017, dizia o seguinte: “Atentados contra
cristãos matam 44 no Egito e país decreta emergência”. As duas orações desse período
mantêm entre si a seguinte relação lógica:
a) causa e consequência;
b) informação e comprovação;
c) fato e exemplificação;
d) afirmação e explicação;
e) tese e argumentação.

Resposta: Letra A. Atentados contra cristãos matam 44 no Egito e país decreta emergência =
devido aos atentados (causa), o país decretou emergência (consequência).

4. (IBGE – AGENTE CENSITÁRIO – ADMINISTRATIVO – FGV)


“Com as novas medidas para evitar a abstenção, o governo espera uma economia vultosa no
Enem”.
A oração reduzida “para evitar a abstenção” pode ser adequadamente substituída pela
seguinte oração desenvolvida:
a) para que se evitasse a abstenção;
b) a fim de que a abstenção fosse evitada;
c) para que se evite a abstenção;
d) a fim de evitar-se a abstenção;
e) evitando-se a abstenção.

Resposta: Letra C. Em “a”: para que se evitasse a abstenção;


Em “b”: a fim de que a abstenção fosse evitada;
Em “c”: para que se evite a abstenção;

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Desenvolvida tem conjunção. O período traz “para evitar a abstenção” = hipótese. A forma
correta é: “com as novas medidas para que se evite a abstenção”.

5. (MPE-AL – ANALISTA DO MINISTÉRIO PÚBLICO – ÁREA JURÍDICA – FGV) Assinale a opção


em que o termo sublinhado funciona como sujeito.
a) “Em um regime de liberdades, há sempre o risco de excessos”.
b) “Sempre há, também, o oportunismo político-ideológico para se aproveitar da crise”.
c) “Não faltam, também, os arautos do quanto pior, melhor, ...”.
d) “A greve atravessou vários sinais ao estrangular as vias de suprimento que mantêm o
sistema produtivo funcionando”.
e) “Numa democracia, é livre a expressão”.

Resposta: Letra C. Em “a”: há sempre o risco de excessos = objeto direto


Em “b”: “Sempre há, também, o oportunismo político-ideológico = objeto direto
Em “c”: “Não faltam, também, os arautos do quanto pior, melhor = sujeito
Em “d”: que mantêm o sistema produtivo funcionando = objeto direto
Em “e”: é livre a expressão = predicativo do sujeito

6. (TJ-PE – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FUNÇÃO JUDICIÁRIA – IBFC - ADAPTADA) “A resposta que


lhe daria seria: ‘Essa estória não aconteceu nunca para que aconteça sempre... ’” O pronome
destacado cumpre papel coesivo, mas também sintático na oração. Assim, sintaticamente, ele
deve ser classificado como:
a) adjunto adnominal.
b) objeto direto.
c) complemento nominal.
d) objeto indireto.
e) predicativo
Resposta: Letra D. O verbo “dar” é bitransitivo (transitivo direto e indireto): Quem dá, dá algo
(direto) a alguém (indireto). No caso: resposta (objeto direto) / lhe (objeto indireto = a ele[a]).
7. (TRE-AC – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA – AOCP-2015)

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Em “Ele diz que vota desde os 18, quando ainda era jovem e morava em Minas Gerais, sua
terra natal...”, a expressão em destaque
a) exerce função de vocativo e não pode ser excluída da oração por tratar-se de um termo
essencial.
b) exerce função de aposto e pode ser excluída da oração por tratar-se de um termo acessório.
c) exerce função de aposto e não pode ser excluída da oração por tratar-se de um termo
essencial.
d) exerce função de adjunto adnominal, portanto é um termo acessório.
e) exerce função de adjunto adverbial, portanto é um termo acessório.
Resposta: Letra B. A expressão destacada exerce a função de aposto – uma informação a mais
sobre o termo citado anteriormente (no caso, Minas Gerais). É um termo acessório, podendo
ser retirado do período sem prejudicar a coerência.

8. (TRF-1.ª REGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO – INFORMÁTICA – FCC-2014)


Em 1980, um gigabyte de dados armazenados ocupava uma sala...
O verbo que exige complemento tal como o sublinhado acima está em:
a) A capacidade de computação duplicou a cada 18 meses nos últimos 20 anos ...
b) ... que deriva da informação.
c) ... que reduz as barreiras ao acesso.
d) ... do que era nos anos 70.
e) ... atualmente, 200 gigabytes cabem no bolso de uma camisa.

Resposta: Letra C. “Ocupava uma sala” = transitivo direto


Em “a”: A capacidade de computação duplicou = verbo intransitivo
Em “b”: que deriva da informação = transitivo indireto
Em “c”: que reduz as barreiras = transitivo direto
Em “d”: do que era nos anos 70 = verbo de ligação
Em “e”: atualmente, 200 gigabytes cabem = verbo intransitivo
9. (TJ-AL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FGV)

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“Tenho comentado aqui na Folha em diversas crônicas, os usos da internet, que se ressente
ainda da falta de uma legislação específica que coíba não somente os usos mas os abusos
deste importante e eficaz veículo de comunicação”. Sobre as ocorrências do vocábulo que,
nesse segmento do texto, é correto afirmar que:
a) são pronomes relativos com o mesmo antecedente;
b) exemplificam classes gramaticais diferentes;
c) mostram diferentes funções sintáticas;
d) são da mesma classe gramatical e da mesma função sintática;
e) iniciam o mesmo tipo de oração subordinada.

Resposta: Letra D. “Tenho comentado aqui na Folha em diversas crônicas, os usos da internet,
que (= a qual) se ressente ainda da falta de uma legislação específica que (= a qual) coíba não
somente os usos mas os abusos deste importante e eficaz veículo de comunicação” = ambos
podem ser substituídos por “a qual”, portanto são pronomes relativos (pertencem à mesma
classe gramatical); o 1.º inicia uma oração subordinada adjetiva explicativa; o 2.º, adjetiva
restritiva.

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10. (TRE-RJ – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA – CONSULPLAN)


Analise as afirmações apresentadas a seguir.
I. Em “Existe alguma hora que não seja de relógio?”, a oração sublinhada é uma oração
subordinada adjetiva explicativa.
II. Em “[...] tem surgido, cada vez mais frequente, o diminutivo do gerúndio.”, a expressão
destacada atua como sujeito da locução verbal “ter surgido”.
III. “Não pense que para por aí [...]”, a oração sublinhada é uma oração subordinada
substantiva objetiva direta.
IV. Em “[...] se te chamarem de ‘queridinho’, querem é que você exploda.”, a oração
destacada é uma oração subordinada adverbial causal.
Estão corretas apenas as afirmativas
a) I e II.
b) II e III.
c) III e IV.
d) I, II e IV

Resposta: Letra B. Em “I” - “Existe alguma hora que não seja de relógio?”, a oração sublinhada
é uma oração subordinada adjetiva explicativa = substituindo “que” por “a qual”, continua
com sentido, então é pronome relativo – presente nas adjetivas, mas no período em questão
temos uma restritiva = incorreta.
Em “II” - tem surgido, cada vez mais frequente, o diminutivo do gerúndio.”, a expressão
destacada atua como sujeito da locução verbal “ter surgido” = correta
Em “III” - “Não pense que para por aí [...]”, a oração sublinhada é uma oração subordinada
substantiva objetiva direta = correta
Em “IV” - se te chamarem de ‘queridinho’, a oração destacada é uma oração subordinada
adverbial causal = adverbial condicional (“se”) = incorreta.

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Concordância verbal e nominal. Regência nominal e verbal

Concordância verbal consiste na harmonia estabelecida entre o sujeito (considerando


número e pessoa) e o verbo empregado. Exemplos:

Eu amo quando as folhas caem no outono.

Elas amam quando as folhas caem no outono.

Lúcia e Rodrigo entraram na livraria.

Concordância nominal: acontece quando existe a harmonia em gênero (feminino ou


masculino) e número (singular ou plural) entre o substantivo e o adjetivo atribuído a ele.
Exemplos:

O menino estudioso passou na prova.

Os meninos estudiosos passaram na prova.

A menina estudiosa passou na prova.

As meninas estudiosas passaram na prova.

A regra de ouro com relação à concordância nominal é a de que, um adjetivo, quando


caracteriza apenas um substantivo, concorda em gênero e número com esse substantivo.
Ainda que a regra acima seja predominante, também é possível que ocorra a concordância
nominal entre um pronome ou numeral substantivo assim como outros termos da oração que
possuem relação com ele, tais como particípios, artigos, numerais adjetivos e pronomes
adjetivos.

Dúvidas específicas sobre concordância verbal


Ainda que o conteúdo de concordância verbal e nominal pareça um assunto simples, são
várias as ocasiões em que surgem dúvidas e é sobre elas que vamos falar a seguir.

Sujeito formado por pessoas gramaticais diferentes.

O verbo vai para o plural e deve concordar com a pessoa, conforme ordem de prioridade.
Exemplo:

Maurício e eu conseguimos comprar um carro.

Neste caso, a primeira pessoa do singular tem prioridade. Passando para o plural, ela equivale
a nós (nós conseguimos comprar um carro).

Sujeitos ligados por ou.

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Os verbos que são ligados por “ou” devem ir para o plural nos casos em que a ação fizer
referência a todos os elementos do sujeito. Exemplos:

Balas ou chocolates desagradam a menina. Quando o “ou” é usado com a finalidade de


retificação, o verbo deve concordar com o último elemento.

Maria ou Ana ganhará mais tempo. Já quando o verbo é aplicado a somente um dos
elementos, ele deve ficar no singular.

Indicações de datas.

Há duas variações, sendo que em uma delas o verbo deve concordar com a palavra “dia”.
Exemplos:

Hoje são 2 de novembro.

Hoje é dia 2 de novembro.

Sujeitos formados por sinônimos

Nessa situação, o verbo pode ir para o plural ou também ficar no singular, concordando com
o núcleo que estiver mais próximo. Exemplos:

Eficácia e agilidade destacaram aquela empresa.

Eficácia e agilidade destacou aquela empresa.

Verbos impessoais: O verbo sempre deve ser conjugado na terceira pessoa do singular.
Exemplos:

Havia muitos pratos naquela mesa.

Houve dois anos sem mudanças.

Sujeitos ligados por com: O verbo vai para o plural quando é semelhante à ligação “e”.
Exemplo:

A atriz com seus convidados chegaram às 7 horas.

Entretanto, quando o com representa a ideia de “em companhia de”, o verbo deve concordar
com o antecedente e o segmento “com” é grafado entre vírgulas: Exemplo:

A pintora, com todas as ajudantes, decidiu mudar a data do evento.

Sujeito formado por palavras em enumeração e graduação: o verbo pode flexionar para o
plural e também concordar com o núcleo que estiver mais próximo. Exemplos:

Um mês, um ano, uma vida de poder não supriu a saúde.

Um mês, um ano, uma vida de poder não supriram a saúde.

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Pronome relativo quem: o verbo pode ser conjugado na terceira pessoa do singular como
também pode concordar com o antecedente do pronome quem. Exemplos:

Fui eu quem falou.

Fui eu quem falei.

Sujeito seguido por tudo, nada, ninguém, nenhum, cada um

Em todos esses casos o verbo fica no singular.

Exemplo:

João, Bruna, Henrique, ninguém o convenceu de mudar a atitude.

Pronome relativo que

O verbo deve concordar com o antecedente do pronome que.

Exemplos:

Fui eu que levou.

Foi ele que levou.

Sujeitos ligados por nem.

O verbo deve ir para o plural.

Exemplo:

Nem frio nem chuva são bem recebidos na cidade.

Locuções é muito, é pouco, é mais de, é menos de.

No caso dessas locuções que se referem a peso, preço e quantidade, o verbo deve ficar sempre
no singular.

Exemplo:

Cinco vezes é muito.

Partícula “se.”

Quando a palavra se indica indeterminação do sujeito, o verbo é conjugado na terceira pessoa


do singular.

Exemplo:

Respeita-se a todos.

Já quando a palavra se é utilizada na voz passiva, o verbo é conjugado com o sujeito da oração.

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Exemplos:

Construiu-se uma empresa.

Construíram-se novas empresas.

Expressões mais de, menos de, cerca de.

De forma geral, o verbo concorda com o numeral.

Exemplos:

Mais de uma senhora quis trocar os produtos.

Mais de três pessoas chegaram.

Quando a expressão mais de é repetida indicando reciprocidade, o verbo deve ir para o plural.

Exemplo:

Mais de uma aluna se abraçaram.

Sujeitos ligados por “não só, mas também”, “tanto, quanto”, “não só, como.”

O verbo pode ir para o plural ou concorda com o núcleo mais próximo.

Exemplos:

Tanto Pedro como Rebeca participaram da exposição.

Tanto Pedro como Rebeca participou da exposição.

Sujeito coletivo.

Geralmente o verbo fica no singular.

Exemplo:

A multidão ultrapassou o cercado.

Nos casos em que o coletivo estiver especificado, é possível que o verbo seja conjugado no
singular ou no plural.

Exemplos:

A multidão de pessoas ultrapassou o cercado.

A multidão de pessoas ultrapassaram o cercado.

Verbos dar, soar, bater + hora(s)

O verbo sempre concorda com o sujeito.

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Exemplos:

Soaram três horas.

Deu uma hora que espero.

Expressão “um dos que.”

O verbo pode ser conjugado no singular e também no plural.

Exemplos:

Ele foi um dos que mais contribuiu.

Ele foi um dos que mais contribuíram.

Sujeitos ligados por como, assim como, bem como

O verbo é conjugado no plural.

Exemplo:

O talento, assim como a confiança, fizeram dela uma mulher valente.

Coletivos partitivos (“grande número de”, “a maioria de”, “a maior parte de”.)

O verbo pode ser conjugado no singular ou no plural

Exemplos:

Grande número dos participantes se retirou.

Grande número dos participantes se retiraram.

Dúvidas específicas sobre concordância nominal:


Substantivos e um adjetivo

Quando há mais de um substantivo e somente um adjetivo, há duas maneiras de fazer a


concordância:

A – Nas situações em que o adjetivo vem antes dos substantivos, o adjetivo precisa concordar
com o substantivo que está mais próximo.

Exemplo:

Linda menina e bebê.

B – Quando o adjetivo vem após os substantivos, o adjetivo precisa concordar com o


substantivo que está mais próximo ou com todos os substantivos, neste caso, prevalece o
masculino.

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Exemplos:

Vocabulário e pronúncia perfeita.

Pronúncia e vocabulário perfeito.

Vocabulário e pronúncia perfeitos.

Pronúncia e vocabulário perfeitos.

Adjetivos e um substantivo

Nos casos em que existe mais do que um adjetivo para um substantivo, os adjetivos precisam
concordar com gênero e número com o substantivo.

Exemplo:

Amava comida gordurosa e temperada.

QUESTÕES
1. (CESCEM–SP) Já ___ anos, ___ neste local árvores e flores. Hoje, só ___ ervas daninhas.
a) fazem, havia, existe
b) fazem, havia, existe
c) fazem, haviam, existem
d) faz, havia, existem
e) faz, havia, existe
Gabarito: alternativa d.
Comentários:
O verbo fazer impessoal (que indica tempo) sempre é conjugado na 3.ª pessoa do singular:
Faz anos.
O mesmo acontece com o verbo haver impessoal (que indica tempo ou que tem o sentido
de "existir"): Havia (existia) neste local árvores e flores.
O verbo existir, por sua vez, não é impessoal. Por esse motivo, ele deve concordar com o
sujeito: Só existem ervas daninhas.
2. (Cesgranrio) Tendo em vista as regras de concordância, assinale a opção em que a forma
verbal está errada:
a) Existem na atualidade diferentes tipos de inseticidas prejudiciais à saúde do homem.
b) Podem provocar sérias lesões hepáticas, os defensivos agrícolas à base de DDT.

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c) Faltam aos países subdesenvolvidos uma legislação mais rigorosa sobre os agrotóxicos.
d) Persistem por muito tempo no meio ambiente os efeitos nocivos dos inseticidas clorados.
e) Possuem elevado grau de toxidade os defensivos do tipo fosforado.
GABARITO Alternativa c:
Correção: Falta aos países subdesenvolvidos uma legislação mais rigorosa sobre os
agrotóxicos.
O verbo deve concordar com o sujeito. É mais fácil se mudarmos a ordem da oração: Falta
uma legislação mais rigorosa sobre os agrotóxicos aos países subdesenvolvidos.
Mude a ordem das orações restantes:
a) Existem diferentes tipos de inseticidas prejudiciais à saúde do homem na atualidade .
b) Os defensivos agrícolas à base de DDT podem provocar sérias lesões hepáticas.
d) Os efeitos nocivos dos inseticidas clorados persistem por muito tempo no meio ambiente.
e) Os defensivos do tipo fosforado possuem elevado grau de toxidade .
3. (Fatec) Assinale a alternativa que completa corretamente as frases.
___ , entre analistas políticos, que, se o governo ___ essa política salarial e se o empresariado
não ___ as perdas salariais ___ sérios problemas estruturais a serem resolvidos, e, quando os
sindicatos ___ , estará instalado o caos total.
a) Comentam-se; manter; repor; haverão; intervierem.
b) Comenta-se; mantiver; repuser; haverão; intervirem.
c) Comenta-se; mantesse; repuser; haverão; intervierem.
d) Comenta-se; mantiver; repuser; haverá; intervierem.
e) Comentam-se; manter; repor; haverá; intervirem.
Gabarito: Alternativa d:
A partícula "se" é índice de indeterminação do sujeito. Neste caso, o verbo deve ficar na 3.º
pessoa do singular: Comenta-se.
O verbo manter está na 3.ª pessoa do singular do futuro do subjuntivo, cuja forma é
mantiver: Se o governo mantiver.
O mesmo acontece com o verbo repor, que na 3.ª pessoa do singular do futuro do subjuntivo
fica repuser. Se o empresariado não repuser.

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O verbo verbo haver impessoal (neste caso, com o sentido de "existir") sempre é conjugado
na 3.ª pessoa do singular: Haverá sérios problemas.
O verbo intervir está na 3.ª pessoa do plural do futuro do subjuntivo, cuja forma é
intervierem: Quando os sindicatos intervierem.
4. (FCC) A ocorrência de interferências ___ -nos a concluir que ___ uma relação profunda entre
homem e sociedade que os ___ mutuamente dependentes.
a) leva, existe, torna
b) levam, existe, tornam
c) levam, existem, tornam
d) levam, existem, torna
e) leva, existem, tornam
GABARITO: Alternativa a:
O verbo está concordando com o sujeito: A ocorrência leva.
O verbo existir também deve concordar com o sujeito: Uma relação profunda existe.
O mesmo acontece com o verbo "tornar", concorda com o sujeito: Uma relação que torna
homens e mulheres ...
5. (FGV) Nas questões abaixo, ocorrem espaços vazios. Para preenchê-los, escolha um dos
seguintes verbos: fazer, transpor, deter, ir. Utilize a forma verbal mais adequada.
a) Se ___ dias frios no inverno, talvez as coisas fossem diferentes.
b) Quando o cavalo ___ todos os obstáculos, a corrida terminará.
c) Se o cavalo ___ mais facilmente os obstáculos, alcançaria com mais folga a linha de chegada.
d) Se a equipe econômica não se ___ nos aspectos regionais e considerar os aspectos globais,
a possibilidade de solução será maior.
e) Caso ela ___ ao jogo amanhã, deverá pagar antecipadamente o ingresso.
6. (CESGRANRIO) Há concordância nominal inadequada em:
a) clima e terras desconhecidas;
b) clima e terra desconhecidos;
c) terras e clima desconhecidas;
d) terras e clima desconhecido;
e) terras e clima desconhecidos.

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GABARITO: Letra C: Na frase 'terras e clima desconhecidas', o adjetivo 'desconhecidas' está


concordando com o sujeito feminino plural 'terras' apenas. De acordo com a regra, quando o
sujeito é composto, o adjetivo deve concordar com o substantivo masculino, se houver.

Sistema gráfico: ortografia; regras de acentuação; uso dos sinais de


pontuação; aspas e outros recursos.

ORTOGRAFIA
Regras ortográficas
O fonema s
S e não C/Ç
palavras substantivadas derivadas de verbos com radicais em nd, rg, rt, pel, corr e sent:
pretender - pretensão / expandir - expansão / ascender - ascensão / inverter - inversão /
aspergir - aspersão / submergir - submersão / divertir - diversão / impelir - impulsivo / compelir
- compulsório / repelir - repulsa / recorrer - recurso / discorrer - discurso / sentir - sensível /
consentir – consensual
SS e não C e Ç
nomes derivados dos verbos cujos radicais terminem em gred, ced, prim ou com verbos
terminados por tir ou -meter: agredir - agressivo / imprimir - impressão / admitir - admissão /
ceder - cessão / exceder - excesso / percutir - percussão / regredir - regressão / oprimir -
opressão / comprometer - compromisso / submeter – submissão.
*quando o prefixo termina com vogal que se junta com a palavra iniciada por “s”. Exemplos:
a + simétrico - assimé- trico / re + surgir – ressurgir.
*no pretérito imperfeito simples do subjuntivo. Exemplos: ficasse, falasse.
C ou Ç e não S e SS

• vocábulos de origem árabe: cetim, açucena, açúcar.


• vocábulos de origem tupi, africana ou exótica: cipó, Ju- çara, caçula, cachaça, cacique.
• sufixos aça, aço, ação, çar, ecer, iça, nça, uça, uçu, uço: barcaça, ricaço, aguçar,
empalidecer, carniça, caniço,esperança, carapuça, dentuço.
• nomes derivados do verbo ter: abster - abstenção / deter - detenção / ater - atenção /
reter – retenção.
• após ditongos: foice, coice, traição.
• palavras derivadas de outras terminadas em -te, to(r):
• marte - marciano / infrator - infração / absorto – absorção.
O fonema z

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S e não Z

• sufixos: ês, esa, esia, e isa, quando o radical é substantivo, ou em gentílicos e títulos
nobiliárquicos: freguês, freguesa, freguesia, poetisa, baronesa, princesa.
• sufixos gregos: ase, ese, ise e ose: catequese, metamorfose.
• formas verbais pôr e querer: pôs, pus, quisera, quis, quiseste.
• nomes derivados de verbos com radicais terminados em “d”: aludir - alusão / decidir -
decisão / empreender - empresa / difundir – difusão.
• diminutivos cujos radicais terminam com “s”: Luís - Luisinho / Rosa - Rosinha / lápis –
lapisinho.
• após ditongos: coisa, pausa, pouso, causa.
• verbos derivados de nomes cujo radical termina com“s”: anális(e) + ar - analisar /
pesquis(a) + ar – pesquisar.
Z e não S

• sufixos “ez” e “eza” das palavras derivadas de adjetivo: macio - maciez / rico – riqueza
/ belo – beleza.
• sufixos “izar” (desde que o radical da palavra de origem não termine com s): final -
finalizar / concreto – concretizar.
• consoante de ligação se o radical não terminar com “s”:
pé + inho - pezinho / café + al - cafezal
Exceção: lápis + inho – lapisinho.
O fonema j
G e não J

• palavras de origem grega ou árabe: tigela, girafa, gesso.


• estrangeirismo, cuja letra G é originária: sargento, gim.
• terminações: agem, igem, ugem, ege, oge (com poucas exceções): imagem, vertigem,
penugem, bege, foge.Exceção: pajem.
• terminações: ágio, égio, ígio, ógio, ugio: sortilégio, litígio, relógio, refúgio.
• verbos terminados em ger/gir: emergir, eleger, fugir, mugir.
• depois da letra “r” com poucas exceções: emergir, surgir.
• depois da letra “a”, desde que não seja radical terminado com j: ágil, agente.
J e não G

• palavras de origem latinas: jeito, majestade, hoje.


• palavras de origem árabe, africana ou exótica: jiboia,manjerona.
• palavras terminadas com aje: ultraje.
O fonema ch

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X e não CH

• palavras de origem tupi, africana ou exótica: abacaxi, xucro.


• palavras de origem inglesa e espanhola: xampu, lagartixa.
• depois de ditongo: frouxo, feixe.
• depois de “en”: enxurrada, enxada, enxoval.
Exceção: quando a palavra de origem não derive de outra iniciada com ch - Cheio - (enchente)
CH e não X

• palavras de origem estrangeira: chave, chumbo, chassi,


• mochila, espadachim, chope, sanduíche, salsicha.
As letras “e” e “i”

• Ditongos nasais são escritos com “e”: mãe, põem. Com “i”, só o ditongo interno cãibra.
• Verbos que apresentam infinitivo em -oar, -uar são escritos com “e”: caçoe, perdoe,
tumultue. Escrevemos com “i”, os verbos com infinitivo em -air, -oer e -uir: trai, dói,
possui, contribui.
* Atenção para as palavras que mudam de sentido quando substituímos a grafia “e” pela grafia
“i”: área (superfície), ária (melodia) / delatar (denunciar), dilatar (expandir) / emergir (vir à
tona), imergir (mergulhar) / peão (de estância, que anda a pé), pião (brinquedo).
* Dica:
- Se o dicionário ainda deixar dúvida quanto à ortografia de uma palavra, há a possibilidade
de consultar o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP), elaborado pela
Academia Brasileira de Letras. É uma obra de referência até mesmo para a criação de
dicionários, pois traz a grafia atualizada das palavras (sem o significado). Na Internet, o
endereço é www.academia.org.br.
Informações importantes
- Formas variantes são formas duplas ou múltiplas, equivalentes: aluguel/aluguer,
relampejar/relampear/relampar/relampadar.
- Os símbolos das unidades de medida são escritos sem ponto, com letra minúscula e sem “s”
para indicar plural, sem espaço entre o algarismo e o símbolo: 2kg, 20km, 120km/h.
Exceção para litro (L): 2 L, 150 L.
- Na indicação de horas, minutos e segundos, não deve haver espaço entre o algarismo e o
símbolo: 14h, 22h30min, 14h23’34’’(= quatorze horas, vinte e três minutos e trinta e quatro
segundos).
- O símbolo do real antecede o número sem espaço:

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R$1.000,00. No cifrão deve ser utilizada apenas uma barra vertical ($)
Hífen
O hífen é um sinal diacrítico (que distingue) usado para ligar os elementos de palavras
compostas (como ex-presidente, por exemplo) e para unir pronomes átonos a verbos
(ofereceram-me; vê-lo-ei). Serve igualmente para fazer a translineação de palavras, isto é, no
fim de uma linha, separar uma palavra em duas partes (ca-/sa; compa-/nheiro).
Uso do hífen que continua depois da Reforma Ortográfica:
1. Em palavras compostas por justaposição que formam uma unidade semântica, ou seja, nos
termos que se unem para formarem um novo significado: tio-avô, porto-alegrense, luso-
brasileiro, tenente-coronel, segunda- -feira, conta-gotas, guarda-chuva, arco-íris, primeiro-
ministro, azul-escuro.
2. Em palavras compostas por espécies botânicas e zoológicas: couve-flor, bem-te-vi, bem-
me-quer, abóbora- menina, erva-doce, feijão-verde.
3. Nos compostos com elementos além, aquém, recém e sem: além-mar, recém-nascido, sem-
número, recém-casado.
4. No geral, as locuções não possuem hífen, mas algumas exceções continuam por já estarem
consagradas pelo uso: cor-de-rosa, arco-da-velha, mais-que-perfeito, pé-demeia, água-de-
colônia, queima-roupa, deus-dará.
5. Nos encadeamentos de vocábulos, como: ponte RioNiterói, percurso Lisboa-Coimbra-Porto
e nas combinações históricas ou ocasionais: Áustria-Hungria, Angola-Brasil, etc.
6. Nas formações com os prefixos hiper-, inter- e super- quando associados com outro termo
que é iniciado por “r”: hiper-resistente, inter-racial, super-racional, etc.
7. Nas formações com os prefixos ex-, vice-: ex-diretor, ex-presidente, vice-governador, vice-
prefeito.
8. Nas formações com os prefixos pós-, pré- e pró-: pré-natal, pré-escolar, pró-europeu, pós-
graduação, etc.
9. Na ênclise e mesóclise: amá-lo, deixá-lo, dá-se, abra- ça-o, lança-o e amá-lo-ei, falar-lhe-ei,
etc.
10. Nas formações em que o prefixo tem como segundo termo uma palavra iniciada por “h”:
sub-hepático, geo--história, neo-helênico, extra-humano, semi-hospitalar, super-homem.
11. Nas formações em que o prefixo ou pseudoprefixo termina com a mesma vogal do
segundo elemento: micro -ondas, eletro-ótica, semi-interno, auto-observação, etc.
** O hífen é suprimido quando para formar outros termos: reaver, inábil, desumano,
lobisomem, reabilitar.

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Lembre-se: ao separar palavras na translineação (mudança de linha), caso a última palavra a


ser escrita seja formada por hífen, repita-o na próxima linha. Exemplo: escreverei anti-
inflamatório e, ao final, coube apenas “anti-”. Na próxima linha escreverei: “-inflamatório”
(hífen em ambas as linhas).
Não se emprega o hífen:
1. Nas formações em que o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo termo inicia-
se em “r” ou “s”. Nesse caso, passa-se a duplicar estas consoantes: antirreligioso,
contrarregra, infrassom, microssistema, minissaia, microrradiografia, etc.
2. Nas constituições em que o prefixo ou pseudoprefixo termina em vogal e o segundo termo
inicia-se com vogal diferente: antiaéreo, extraescolar, coeducação, autoestrada,
autoaprendizagem, hidroelétrico, plurianual, autoescola, infraestrutura, etc.
3. Nas formações, em geral, que contêm os prefixos “dês” e “in” e o segundo elemento perdeu
o “h” inicial: desumano, inábil, desabilitar, etc.
4. Nas formações com o prefixo “co”, mesmo quando o segundo elemento começar com “o”:
cooperação, coobriga- ção, coordenar, coocupante, coautor, coedição, coexistir, etc.
5. Em certas palavras que, com o uso, adquiriram noção de composição: pontapé, girassol,
paraquedas, paraquedista, etc.
6. Em alguns compostos com o advérbio “bem”: benfeito, benquerer, benquerido, etc. - Os
prefixos pós, pré e pró, em suas formas correspondentes átonas, aglutinam-se com o
elemento seguinte, não havendo hífen: pospor, predeterminar, predeterminado,
pressuposto, propor.
- Escreveremos com hífen: anti-horário, anti-infeccioso, auto-observação, contra-ataque,
semi-interno, sobre-humano, super-realista, alto-mar.
- Escreveremos sem hífen: pôr do sol, antirreforma, antisséptico, antissocial, contrarreforma,
minirrestaurante, ultrassom, antiaderente, anteprojeto, anticaspa, antivírus, autoajuda,
autoelogio, autoestima, radiotáxi.

Questões

1-) (TRE/MS - ESTÁGIO – JORNALISMO - TRE/MS – 2014) De acordo com a nova ortografia,
assinale o item em que todas as palavras estão corretas:
A) autoajuda – anti-inflamatório – extrajudicial.
B) supracitado – semi-novo – telesserviço.
C) ultrassofisticado – hidro-elétrica – ultra-som.

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D) contrarregra – autopista – semi-aberto.


E) contrarrazão – infra-estrutura – coprodutor.

1-) Correção:
A) autoajuda – anti-inflamatório – extrajudicial = correta
B) supracitado – semi-novo – telesserviço = seminovo
C) ultrassofisticado – hidro-elétrica – ultra-som = hidroelétrica, ultrassom
D) contrarregra – autopista – semi-aberto = semiaberto
E) contrarrazão – infra-estrutura – coprodutor = infraestrutura
RESPOSTA: “A”.

2-) (TRE/MS - ESTÁGIO – JORNALISMO - TRE/MS) De acordo com a nova ortografia, assinale
o item em que todas as palavras estão corretas:
A) autoajuda – anti-inflamatório – extrajudicial.
B) supracitado – semi-novo – telesserviço.
C) ultrassofisticado – hidro-elétrica – ultra-som.
D) contrarregra – autopista – semi-aberto.
E) contrarrazão – infra-estrutura – coprodutor.

2-) Correção:
A) autoajuda – anti-inflamatório – extrajudicial = correta
B) supracitado – semi-novo – telesserviço = seminovo
C) ultrassofisticado – hidro-elétrica – ultra-som = hidroelétrica, ultrassom
D) contrarregra – autopista – semi-aberto = semiaberto
E) contrarrazão – infra-estrutura – coprodutor = infraestrutura
RESPOSTA: “A”.

3-) (CASAL/AL - ADMINISTRADOR DE REDE - COPEVE/ UFAL/2014)

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Armandinho, personagem do cartunista Alexandre Beck, sabe perfeitamente empregar os


parônimos “cestas” “sestas” e “sextas”. Quanto ao emprego de parônimos, dadas as frases
abaixo,
I. O cidadão se dirigia para sua _____________ eleitoral.
II. A zona eleitoral ficava ___________ 200 metros de um posto policial.
III. O condutor do automóvel __________ a lei seca.
IV. Foi encontrada uma __________ soma de dinheiro no carro.
V. O policial anunciou o __________ delito.
Assinale a alternativa cujos vocábulos preenchem corretamente as lacunas das frases.
A) seção, acerca de, infligiu, vultosa, fragrante.
B) seção, acerca de, infligiu, vultuosa, flagrante.
C) sessão, a cerca de, infringiu, vultosa, fragrante.
D) seção, a cerca de, infringiu, vultosa, flagrante.
E) sessão, a cerca de, infligiu, vultuosa, flagrante.

3-) Correção: Questão que envolve ortografia.


I. O cidadão se dirigia para sua SEÇÃO eleitoral. (setor)
II. A zona eleitoral ficava A CERCA DE 200 metros de um posto policial. (= aproximadamente)
III. O condutor do automóvel INFRINGIU a lei seca. (relacione com infrator)
IV. Foi encontrada uma VULTOSA soma de dinheiro no carro. (de grande vulto, volumoso)
V. O policial anunciou o FLAGRANTE delito. (relacione com “pego no flagra”)

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Seção / a cerca de / infringiu / vultosa / flagrante


RESPOSTA: “D”.

RACIOCÍNIO LÓGICO
Teoria dos conjuntos

Os conceitos de conjunto, elemento e pertinência são primitivos, ou seja, não são definidos.
Esses objetos podem ser de qualquer natureza. Podemos falar em conjunto de casas, de
alunos, de logotipos, de figuras geométricas, de números etc.
Conjuntos, como usualmente são concebidos, têm elementos. Um conjunto geralmente é
indicado por uma letra maiúscula do alfabeto.
Os objetos que compõem um conjunto são chamados elementos. Convém frisar que um
conjunto pode ele mesmo ser elemento de algum outro conjunto.
Em geral indicaremos os conjuntos pelas letras maiúsculas A, B, C, ..., X, e os elementos pelas
letras minúsculas a, b, c, ..., x, y, ..., embora não exista essa obrigatoriedade.
Outro conceito fundamental é o de relação de pertinência que nos dá um relacionamento
entre um elemento e um conjunto.
Se x é um elemento de um conjunto A, escreveremos x∈A
Lê-se: x é elemento de A ou x pertence a A.
Se x não é um elemento de um conjunto A, escreveremos x∉A
Lê-se x não é elemento de A ou x não pertence a A.
Como representar um conjunto
Pela designação de seus elementos: Escrevemos os elementos entre chaves, separando os por
vírgula.
Exemplos
{3, 6, 7, 8} indica o conjunto formado pelos elementos 3, 6, 7 e 8.
{a; b; m} indica o conjunto constituído pelos elementos a, b, m.

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Pela propriedade de seus elementos: Conhecida uma propriedade P que caracteriza os


elementos de um conjunto A, este fica bem determinado.
P termo “propriedade P que caracteriza os elementos de um conjunto A” significa que, dado
um elemento x qualquer temos:

Assim sendo, o conjunto dos elementos x que possuem a propriedade P é indicado por:
{x, tal que x tem a propriedade P}
Uma vez que “tal que” pode ser denotado por t.q. ou | ou ainda :, podemos indicar o mesmo
conjunto por:
{x, t . q . x tem a propriedade P} ou, ainda,
{x : x tem a propriedade P}
Exemplos
- { x, t.q. x é vogal } é o mesmo que {a, e, i, o, u}
- {x | x é um número natural menor que 4 } é o mesmo que {0, 1, 2, 3}
- {x : x em um número inteiro e x² = x } é o mesmo que {0, 1}
Pelo diagrama de Venn-Euler: O diagrama de Venn-Euler consiste em representar o conjunto
através de um “círculo” de tal forma que seus elementos e somente eles estejam no “círculo”.

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Conjunto Vazio
Conjunto vazio é aquele que não possui elementos.Representa-se pela letra do alfabeto
norueguês Ø ou, simplesmente { }.
Exemplos
- Ø= {x : x é um número inteiro e 3x = 1}
- Ø= {x | x é um número natural e 3 – x = 4}
- Ø= {x | x ≠ x}
Subconjunto
Sejam A e B dois conjuntos. Se todo elemento de A étambém elemento de B, dizemos que A
é um subconjunto de B ou A é a parte de B ou, ainda, A está contido em B e indicamos por A
⊂ B.
Portanto, A ⊄B significa que A não é um subconjunto de B ou A não é parte de B ou, ainda, A
não está contido em B.
Por outro lado, A ⊄ B se, e somente se, existe, pelo menos, um elemento de A que não é
elemento de B.
Exemplos

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- {2, 4} ⊂{2, 3, 4}, pois 2 ∈ {2, 3, 4} e 4 ∈ {2, 3, 4}

- {2, 3, 4} {2, 4}, pois 3 ∉{2, 4}


- {5, 6} ⊂ {5, 6}, pois 5 ∈{5, 6} e 6 ∈{5, 6}
Inclusão e pertinência
A definição de subconjunto estabelece um relacionamento entre dois conjuntos e recebe o
nome de relação de inclusão (⊂).
A relação de pertinência (∈) estabelece um relacionamento entre um elemento e um conjunto
e, portanto, é diferente da relação de inclusão.
Exemplo
{1, 3} ⊂{1, 3, 4}
2 ∈ {2, 3, 4}
Igualdade
Sejam A e B dois conjuntos. Dizemos que A é igual a B e indicamos por A = B se, e somente se,
A é subconjunto de B e B é também subconjunto de A.
Demonstrar que dois conjuntos A e B são iguais equivale, segundo a definição, a demonstrar
que A ⊂ B e B ⊂ A.
Segue da definição que dois conjuntos são iguais se, e somente se, possuem os mesmos
elementos. Portanto A ≠ B significa que A é diferente de B.
Portanto A ≠ B se, e somente se, A não é subconjunto de B ou B não é subconjunto de A.
Exemplos
- {2, 4} = {4, 2}, pois {2, 4} ⊂ {4, 2} e {4, 2}⊂ {2, 4}. Isto nos mostra que a ordem dos elementos
de um conjunto não deve ser levada em consideração. Em outras palavras, um conjunto fica
determinado pelos elementos que o mesmo possui e não pela ordem em que esses elementos
são descritos.
- {2, 2, 2, 4} = {2, 4}, pois {2, 2, 2, 4} ⊂ {2, 4} e {2, 4} ⊂ {2, 2, 2, 4}. Isto nos mostra que a repetição
de elementos é desnecessária.
- {a, a} = {a}
- {a, b} = {a} ↔ a= b
- {1, 2} = {x, y} ↔ (x = 1 e y = 2) ou (x = 2 e y = 1)
Número de Elementos da União e da Intersecção de Conjuntos
Dados dois conjuntos A e B, como vemos na figura abaixo, podemos estabelecer uma relação
entre os respectivos números de elementos.

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Note que ao subtrairmos os elementos comuns (𝑛(𝐴 ∩ 𝐵)) evitamos que eles sejam contados
duas vezes.
Observações:
a) Se os conjuntos A e B forem disjuntos ou se mesmo um deles estiver contido no outro, ainda
assim a relação dada será verdadeira.
b) Podemos ampliar a relação do número de elementos para três ou mais conjuntos com a
mesma eficiência. Observe o diagrama e comprove.

Conjunto das partes


Dado um conjunto A podemos construir um novo conjunto formado por todos os
subconjuntos (partes) de A. Esse novo conjunto chama-se conjunto dos subconjuntos (ou das
partes) de A e é indicado por P(A).
Exemplos
a) = {2, 4, 6}

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P(A) = {Ø, {2}, {4}, {6}, {2,4}, {2,6}, {4,6}, A}


b) = {3,5}
P(B) = {Ø, {3}, {5}, B}
c) = {8}
P(C) = {Ø, C}
d) = Ø
P(D) = {Ø}

Propriedades
Seja A um conjunto qualquer e Ø o conjunto vazio. Valem as seguintes propriedades:

Se A tem n elementos então A possui 2n subconjuntos e, portanto, P(A) possui 2n elementos.


União de conjuntos
A união (ou reunião) dos conjuntos A e B é o conjunto formado por todos os elementos que
pertencem a A ou a B. Representa-se por A∪B. Simbolicamente: A∪B = {X | X∈A ou X∈B}.

Exemplos
- {2, 3}∪{4, 5, 6}={2, 3, 4, 5, 6}
- {2, 3, 4}∪{3, 4, 5}={2, 3, 4, 5}
- {2, 3}∪{1, 2, 3, 4}={1, 2, 3, 4}
- {a, b}∪{a, b}

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Intersecção de conjuntos
A intersecção dos conjuntos A e B é o conjunto formado por todos os elementos que
pertencem, simultaneamente, a A e a B. Representa-se por A∩B.
Simbolicamente: A∩B = {X | X∈A e X∈B}.

Exemplos
- {2, 3, 4}∩{3, 5}={3}
- {1, 2, 3}∩{2, 3, 4}={2, 3}
- {2, 3}∩{1, 2, 3, 5}={2, 3}
- {2, 4}∩{3, 5, 7}=Ø
Observação: Se A∩B=Ø, dizemos que A e B são conjuntos disjuntos.

Subtração
A diferença entre os conjuntos A e B é o conjunto formado por todos os elementos que
pertencem a A e não pertencem a B. Representa-se por A – B. Simbolicamente: A – B = {X | X
∈A e X∉B}.

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O conjunto A – B é também chamado de conjunto complementar de B em relação a A,


representado por CAB

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Número de elementos de um conjunto


Sendo X um conjunto com um número finito de elementos, representa-se por n(X) o número
de elementos de X. Sendo, ainda, A e B dois conjuntos quaisquer, com número finito de
elementos temos:

Questões

01. (MGS- Nível Fundamental Incompleto-IBFC) A união entre os conjuntos A ={ 0,1,2,3,4,5}


e B = {1,2,3,5,6,7,8} é:
(A){0,1,2,3,5,6,7,8}
(B){0,1,2,3,4,5,6,7,8}
(C){1,2,3,4,5,6,7,8}
(D){0,1,2,3,4,5,6,8}

02. (Pref. de Maria Helena/PR - Professor – Ensino Fundamental - FAFIPA) Considere os


conjuntos A= {3,6,11,13,21} e B= {2,3,4,6,9,11,13,19,21,23,26}. Sobre os conjuntos A e B
podemos afirmar que:
(A)A ⊂ B
(B)9 ∉ B
(C)17 ∈ A
(D)A ⊃ B
03. (Metrô/SP – Oficial Logística –Almoxarifado I – FCC) O diagrama indica a distribuição de
atletas da delegação de um país nos jogos universitários por medalha conquistada. Sabe-se
que esse país conquistou medalhas apenas em
modalidades individuais. Sabe-se ainda que cada atleta da delegação desse país que ganhou
uma ou mais medalhas não ganhou mais de uma medalha do mesmo tipo (ouro, prata,
bronze). De acordo com o diagrama, por exemplo, 2 atletas da
delegação desse país ganharam, cada um, apenas uma medalha de ouro.

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A análise adequada do diagrama permite concluir corretamente que o número de medalhas


conquistadas por esse país nessa edição dos jogos universitários foi de:
(A) 15.
(B) 29.
(C) 52.
(D) 46.
(E) 40.
04. (Pref. de Camaçari/BA – Téc. Vigilância em Saúde NM – AOCP) Qual é o número de
elementos que formam o conjunto dos múltiplos estritamente positivos do número 3,
menores que 31?
(A) 9
(B) 10
(C) 11
(D) 12
(E) 13

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05. (Pref. de Camaçari/BA – Téc. Vigilância em Saúde NM – AOCP) Considere dois conjuntos
A e B, sabendo que 𝐴 ∩ 𝐵 = {3}, 𝐴 ∪ 𝐵 = {0; 1; 2; 3; 5} 𝑒 𝐴 − 𝐵 = {1; 2}, assinale a alternativa
que apresenta o conjunto B.
(A) {1;2;3}
(B) {0;3}
(C) {0;1;2;3;5}
(D) {3;5}
(E) {0;3;5}
06. (Metrô/SP – Engenheiro Segurança Do Trabalho –FCC) Uma pesquisa, com 200 pessoas,
investigou como eram utilizadas as três linhas: A, B e C do Metrô de uma cidade. Verificou-se
que 92 pessoas utilizam a linha A; 94 pessoas utilizam a linha B e 110 pessoas utilizam a linha
C. Utilizam as linhas A e B um total de 38 pessoas, as linhas A e C um total de 42 pessoas e as
linhas B e C um total de 60 pessoas; 26 pessoas que não se utilizam dessas linhas. Desta
maneira, conclui-se
corretamente que o número de entrevistados que utilizam as linhas A e B e C é igual a:
(A) 50.
(B) 26.
(C) 56.
(D) 10.
(E) 18.
Comentários
01. Resposta: B.
A ={0,1,2,3,4,5} e B = {1,2,3,5,6,7,8} A união entre conjunto é juntar A e B: {0,1,2,3,4,5,6,7,8}
02. Resposta: A.
A "está contido em" B ou seja todos os números do conjunto A estão no conjunto B. ⊂ = A
está contido em ∉ = não pertence ∈ = Pertence
03. Resposta: D.
Pelo diagrama verifica-se o número de atletas que ganharam medalhas.
No caso das intersecções, devemos multiplicar por 2 (por ser 2 medalhas )e na intersecção das
três medalhas (multiplica-se por 3). Intersecções:
6 ∙ 2 = 12
1∙2=2

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4∙2=8
3∙3=9
Somando as outras:
2+5+8+12+2+8+9=46
04. Resposta: B.
A={3,6,9,12,15,18,21,24,27,30}
10 elementos

05. Resposta: E.
Como a intersecção dos dois conjuntos, mostra que 3 é elemento de B.

A-B são os elementos que tem em A e não em B. Então de AB, tiramos que B={0;3;5}.
06. Resposta: E.

Raciocínio lógico numérico: problemas envolvendo operações com números reais e


raciocínio sequencial.

Os conjuntos numéricos reúnem diversos conjuntos cujos elementos são números. Eles são
formados pelos números naturais, inteiros, racionais, irracionais e reais.

Confira abaixo as características de cada um deles tais como conceito, símbolo e subconjuntos.

Conjunto dos Números Naturais (N)


O conjunto dos números naturais é representado por N. Ele reúne os números que usamos
para contar (incluindo o zero) e é infinito.

Subconjuntos dos Números Naturais


N* = {1, 2, 3, 4, 5..., n, ...} ou N* = N – {0}: conjuntos dos números naturais não-nulos, ou seja,
sem o zero.
Np = {0, 2, 4, 6, 8..., 2n, ...}, em que n ∈ N: conjunto dos números naturais pares.
Ni = {1, 3, 5, 7, 9..., 2n+1, ...}, em que n ∈ N: conjunto dos números naturais ímpares.
P = {2, 3, 5, 7, 11, 13, ...}: conjunto dos números naturais primos.

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Conjunto dos Números Inteiros (Z)


O conjunto dos números inteiros é representado por Z. Reúne todos os elementos dos
números naturais (N) e seus opostos. Assim, conclui-se que N é um subconjunto de Z (N ⊂ Z):
Subconjuntos dos Números Inteiros
Z* = {..., –4, –3, –2, –1, 1, 2, 3, 4, ...} ou Z* = Z – {0}: conjuntos dos números inteiros não-nulos,
ou seja, sem o zero.
Z+ = {0, 1, 2, 3, 4, 5, ...}: conjunto dos números inteiros e não-negativos. Note que Z+ = N.
Z*+ = {1, 2, 3, 4, 5, ...}: conjunto dos números inteiros positivos e sem o zero.
Z – = {..., –5, –4, –3, –2, –1, 0}: conjunto dos números inteiros não-positivos.
Z*– = {..., –5, –4, –3, –2, –1}: conjunto dos números inteiros negativos e sem o zero.
Conjunto dos Números Racionais (Q)
O conjunto dos números racionais é representado por Q. Reúne todos os números que podem
ser escritos na forma p/q, sendo p e q números inteiros e q≠0.
Q = {0, ±1, ±1/2, ±1/3, ..., ±2, ±2/3 , ±2/5 , ..., ±3, ±3/2, ±3/4, ...}
Note que todo número inteiro é também número racional. Assim, Z é um subconjunto de Q.
Subconjuntos dos Números Racionais
Q* = subconjunto dos números racionais não-nulos, formado pelos números racionais sem o
zero.
Q+ = subconjunto dos números racionais não-negativos, formado pelos números racionais
positivos e o zero.
Q*+ = subconjunto dos números racionais positivos, formado pelos números racionais
positivos, sem o zero.
Q– = subconjunto dos números racionais não-positivos, formado pelos números racionais
negativos e o zero.
Q*– = subconjunto dos números racionais negativos, formado números racionais negativos,
sem o zero.
Conjunto dos Números Irracionais (I)
O conjunto dos números irracionais é representado por I. Reúne os números decimais não
exatos com uma representação infinita e não periódica, por exemplo: 3,141592... ou
1,203040...

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Importante ressaltar que as dízimas periódicas são números racionais e não irracionais. Elas
são números decimais que se repetem após a vírgula, por exemplo: 1,3333333...
Conjunto dos Números Reais (R)
O conjunto dos números reais é representado por R. Esse conjunto é formado pelos números
racionais (Q) e irracionais (I). Assim, temos que R = Q ∪ I. Além disso, N, Z, Q e I são
subconjuntos de R.
Mas, observe que se um número real é racional, ele não pode ser também irracional. Da
mesma maneira, se ele é irracional, não é racional.
Subconjuntos dos Números Reais
R*= {x ∈ R│x ≠ 0}: conjunto dos números reais não-nulos.
R+ = {x ∈ R│x ≥ 0}: conjunto dos números reais não-negativos.
R*+ = {x ∈ R│x > 0}: conjunto dos números reais positivos.
R– = {x ∈ R│x ≤ 0}: conjunto dos números reais não-positivos.
R*– = {x ∈ R│x < 0}: conjunto dos números reais negativos.
Intervalos Numéricos
Há ainda um subconjunto relacionado com os números reais que são chamados de intervalos.
Sejam a e b números reais e a < b, temos os seguintes intervalos reais:
Intervalo aberto de extremos: ]a,b[ = {x ∈ R│a < x < b}

Intervalo fechado de extremos: [a,b] = {x ∈ R│a ≤ x ≤ b}

Intervalo aberto à direta (ou fechado à esquerda) de extremos: [a,b[ = {x ∈ R│a ≤ x < b}

Intervalo aberto à esquerda (ou fechado à direita) de extremos: ]a,b] = {x ∈ R│a < x ≤ b}

Propriedades dos Conjuntos Numéricos

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Diagrama dos conjuntos numéricos


Para facilitar os estudos sobre os conjuntos numéricos, segue abaixo algumas de suas
propriedades:

O conjunto dos números naturais (N) é um subconjunto dos números inteiros: Z (N ⊂ Z).
O conjunto dos números inteiros (Z) é um subconjunto dos números racionais: (Z ⊂ Q).
O conjunto dos números racionais (Q) é um subconjunto dos números reais (R).
Os conjuntos dos números naturais (N), inteiros (Z), racionais (Q) e irracionais (I) são
subconjuntos dos números reais (R).

Exercícios com Gabarito


1. (UFOP-MG) A respeito dos números a = 0,499999... e b = 0,5, é correto afirmar:
a) b = a + 0,011111
b) a = b
c) a é irracional e b é racional
d) a < b
Resposta: Alternativa b: a = b
2. (UEL-PR) Observe os seguintes números:
I. 2,212121...
II. 3,212223...
III. π/5
IV. 3,1416
V. √– 4
Assinale a alternativa que identifica os números irracionais:
a) I e II.
b) I e IV.
c) II e III.

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d) II e V.
e) III e V.
Resposta: Alternativa c: II e III.

3. (Cefet-CE) É unitário o conjunto:


a) {x ∈ Z│x < 1}
b) {x ∈ Z│x2 > 0}
c) {x ∈ R│x2 = 1}
d) {x ∈ Q│x2 < 2}
e) {x ∈ N│1 < 2x < 4}
Resposta: Alternativa e

Realizar as operações de soma, subtração, multiplicação e divisão com números decimais


requer o conhecimento de algumas regras que caracterizam esse conjunto.

Quando começamos a trabalhar com os números racionais, deparamo-nos com os números


decimais, aqueles que possuem vírgula. Esses números possuem algumas características que
merecem nossa atenção. Eles são formados por uma parte inteira e outra parte decimal,
sendo que os números que estão do lado esquerdo da vírgula compõem a parte inteira, e os
que estão à direita representam a parte decimal. Vejamos um exemplo:

Quando desejamos realizar operações de adição ou de subtração, podemos utilizar o


algoritmo de cada operação. Mas devemos nos lembrar de que a parte inteira deve somar
apenas com outra parte inteira, do mesmo modo a parcela decimal deve ser operada com a
outra que também é decimal. Para evitar enganos, é recomendável que façamos o algoritmo
colocando sempre a vírgula embaixo de outra vírgula. Vejamos alguns exemplos:

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Na imagem, temos alguns “zeros” em vermelho. Isso aconteceu porque nem sempre todos os
números terão a mesma casa de números decimais e, a fim de melhorar nossos cálculos,
devemos preencher com zeros os espaços vazios à direita.

Em se tratando de multiplicação, não há a necessidade de colocarmos vírgula embaixo de


vírgula. Devemos realizar a multiplicação da forma tradicional, mas devemos lembrar que é
necessário unir a quantidade de casas decimais. Por exemplo, o caso da multiplicação de 0,075
por 0,001. Ao fazermos a multiplicação normalmente, desconsiderando a vírgula, obtemos o
resultado 75, mas o primeiro número tem três algarismos após a vírgula, e o segundo, três
algarismos. Portanto, a resposta é 0,000075. Vejamos alguns exemplos:

A divisão de números inteiros requer a nossa atenção para alguns detalhes. Vejamos os
possíveis casos de divisões:

1º – Divisão de números inteiros

a) Quando o dividendo é maior que o divisor:

Nesse caso, poderíamos ter finalizado a divisão tendo como quociente o número 8 e deixando
3 como resto. Como demos continuidade, foi necessário acrescentar o zero ao fim dos
números que seriam divididos para concluir a divisão. Quando é necessário fazer o acréscimo
do zero, colocamos uma vírgula no quociente.

b) Quando o dividendo é menor que o divisor:

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Nesse exemplo, queremos dividir 4 por 8. Mas para conseguir fazer esse cálculo, é necessário
aumentar o dividendo. Então antes de iniciar a divisão, precisamos acrescentar um zero após
o 4, transformando-o em 40. Ao fazer isso, colocamos um zero e uma vírgula no início do
quociente para em seguida iniciar de fato a divisão. Caso fosse necessário, poderíamos colocar
outro zero no dividendo, então haveria 400, e, no quociente, acrescentar outro zero após a
vírgula, ficando com 0,0. É possível realizar esse processo quantas vezes forem necessárias.

2º – Divisão entre inteiros e decimais

a) Dividendo inteiro e divisor decimal

Quando precisamos dividir um número inteiro por outro que é decimal, é necessário tornar o
dividendo também um número decimal. Para isso, basta acrescentar uma vírgula e um zero e
verificar se o dividendo e o divisor possuem a mesma quantidade de números após a vírgula.
Se for necessário, podemos acrescentar zeros até ficarem iguais. Feito isso, desconsideramos
a vírgula e realizamos a divisão normalmente.

a) Dividendo decimal e divisor inteiro

Semelhantemente ao caso anterior, precisamos que o divisor seja também um número


decimal. Para tanto, acrescentamos nele a vírgula e um zero e verificamos se a quantidade de
zeros após a vírgula é mesma para o divisor e para o dividendo. Feito isso, podemos realizar a
divisão como de costume.

3º – Divisão entre decimais

Para realizar a divisão entre números decimais, é necessário que ambos tenham a mesma
quantidade de números após a vírgula. Como já foi dito, acrescentamos zeros ao fim do

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número até que consigamos igualar a quantidade de casas decimais. Feito isso,
desconsideramos as vírgulas e realizamos a divisão.

Noções de Conjuntos.
Os conceitos de conjunto, elemento e pertinência são primitivos, ou seja, não são definidos.
Esses objetos podem ser de qualquer natureza. Podemos falar em conjunto de casas, de
alunos, de logotipos, de figuras geométricas, de números etc.
Conjuntos, como usualmente são concebidos, têm elementos. Um conjunto geralmente é
indicado por uma letra maiúscula do alfabeto.
Os objetos que compõem um conjunto são chamados elementos. Convém frisar que um
conjunto pode ele mesmo ser elemento de algum outro conjunto.
Em geral indicaremos os conjuntos pelas letras maiúsculas A, B, C, ..., X, e os elementos pelas
letras minúsculas a, b, c, ..., x, y, ..., embora não exista essa obrigatoriedade.
Outro conceito fundamental é o de relação de pertinênciaque nos dá um relacionamento
entre um elemento e um conjunto.
Se x é um elemento de um conjunto A, escreveremos x∈A
Lê-se: x é elemento de A ou x pertence a A.
Se x não é um elemento de um conjunto A, escreveremos x∉A
Lê-se x não é elemento de A ou x não pertence a A.
Como representar um conjunto
Pela designação de seus elementos: Escrevemos os elementos entre chaves, separando os por
vírgula.
Exemplos
{3, 6, 7, 8} indica o conjunto formado pelos elementos 3, 6, 7 e 8.
{a; b; m} indica o conjunto constituído pelos elementos a, b, m.

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Pela propriedade de seus elementos: Conhecida uma propriedade P que caracteriza os


elementos de um conjunto A, este fica bem determinado.
P termo “propriedade P que caracteriza os elementos de um conjunto A” significa que, dado
um elemento x qualquer temos:

Assim sendo, o conjunto dos elementos x que possuem a propriedade P é indicado por:
{x, tal que x tem a propriedade P}
Uma vez que “tal que” pode ser denotado por t.q. ou | ou ainda :, podemos indicar o mesmo
conjunto por:
{x, t . q . x tem a propriedade P} ou, ainda,
{x : x tem a propriedade P}
Exemplos
- { x, t.q. x é vogal } é o mesmo que {a, e, i, o, u}
- {x | x é um número natural menor que 4 } é o mesmo que {0, 1, 2, 3}
- {x : x em um número inteiro e x² = x } é o mesmo que {0, 1}

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Pelo diagrama de Venn-Euler: O diagrama de Venn-Euler consiste em representar o conjunto


através de um “círculo” de tal forma que seus elementos e somente eles estejam no “círculo”.

Conjunto Vazio
Conjunto vazio é aquele que não possui elementos.Representa-se pela letra do alfabeto
norueguês Ø ou, simplesmente { }.
Exemplos
- Ø= {x : x é um número inteiro e 3x = 1}
- Ø= {x | x é um número natural e 3 – x = 4}
- Ø= {x | x ≠ x}
Subconjunto
Sejam A e B dois conjuntos. Se todo elemento de A étambém elemento de B, dizemos que A
é um subconjunto de B ou A é a parte de B ou, ainda, A está contido em B e indicamos por A
⊂ B.
Portanto, A ⊄B significa que A não é um subconjunto de B ou A não é parte de B ou, ainda, A
não está contido em B.

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Por outro lado, A ⊄ B se, e somente se, existe, pelo menos, um elemento de A que não é
elemento de B.
Exemplos
- {2, 4} ⊂{2, 3, 4}, pois 2 ∈ {2, 3, 4} e 4 ∈ {2, 3, 4}

- {2, 3, 4} {2, 4}, pois 3 ∉{2, 4}


- {5, 6} ⊂ {5, 6}, pois 5 ∈{5, 6} e 6 ∈{5, 6}
Inclusão e pertinência
A definição de subconjunto estabelece um relacionamento entre dois conjuntos e recebe o
nome de relação de inclusão (⊂).
A relação de pertinência (∈) estabelece um relacionamento entre um elemento e um conjunto
e, portanto, é diferente da relação de inclusão.
Exemplo
{1, 3} ⊂{1, 3, 4}
2 ∈ {2, 3, 4}
Igualdade
Sejam A e B dois conjuntos. Dizemos que A é igual a B e indicamos por A = B se, e somente se,
A é subconjunto de B e B é também subconjunto de A.
Demonstrar que dois conjuntos A e B são iguais equivale, segundo a definição, a demonstrar
que A ⊂ B e B ⊂ A.
Segue da definição que dois conjuntos são iguais se, e somente se, possuem os mesmos
elementos. Portanto A ≠ B significa que A é diferente de B.
Portanto A ≠ B se, e somente se, A não é subconjunto de B ou B não é subconjunto de A.
Exemplos
- {2, 4} = {4, 2}, pois {2, 4} ⊂ {4, 2} e {4, 2}⊂ {2, 4}. Isto nos mostra que a ordem dos elementos
de um conjunto não deve ser levada em consideração. Em outras palavras, um conjunto fica
determinado pelos elementos que o mesmo possui e não pela ordem em que esses elementos
são descritos.
- {2, 2, 2, 4} = {2, 4}, pois {2, 2, 2, 4} ⊂ {2, 4} e {2, 4} ⊂ {2, 2, 2, 4}. Isto nos mostra que a repetição
de elementos é desnecessária.
- {a, a} = {a}
- {a, b} = {a} ↔ a= b
- {1, 2} = {x, y} ↔ (x = 1 e y = 2) ou (x = 2 e y = 1)

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Número de Elementos da União e da Intersecção de Conjuntos


Dados dois conjuntos A e B, como vemos na figura abaixo, podemos estabelecer uma relação
entre os respectivos números de elementos.

Note que ao subtrairmos os elementos comuns (𝑛(𝐴 ∩ 𝐵)) evitamos que eles sejam contados
duas vezes.
Observações:
a) Se os conjuntos A e B forem disjuntos ou se mesmo um deles estiver contido no outro, ainda
assim a relação dada será verdadeira.
b) Podemos ampliar a relação do número de elementos para três ou mais conjuntos com a
mesma eficiência. Observe o diagrama e comprove.

Conjunto das partes

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Dado um conjunto A podemos construir um novo conjunto formado por todos os


subconjuntos (partes) de A. Esse novo conjunto chama-se conjunto dos subconjuntos (ou das
partes) de A e é indicado por P(A).
Exemplos
a) = {2, 4, 6}
P(A) = {Ø, {2}, {4}, {6}, {2,4}, {2,6}, {4,6}, A}
b) = {3,5}
P(B) = {Ø, {3}, {5}, B}
c) = {8}
P(C) = {Ø, C}
d) = Ø
P(D) = {Ø}

Propriedades
Seja A um conjunto qualquer e Ø o conjunto vazio. Valem as seguintes propriedades:

Se A tem n elementos então A possui 2n subconjuntos e, portanto, P(A) possui 2n elementos.


União de conjuntos
A união (ou reunião) dos conjuntos A e B é o conjunto formado por todos os elementos que
pertencem a A ou a B. Representa-se por A∪B. Simbolicamente: A∪B = {X | X∈A ou X∈B}.

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Exemplos
- {2, 3}∪{4, 5, 6}={2, 3, 4, 5, 6}
- {2, 3, 4}∪{3, 4, 5}={2, 3, 4, 5}
- {2, 3}∪{1, 2, 3, 4}={1, 2, 3, 4}
- {a, b}∪{a, b}
Intersecção de conjuntos
A intersecção dos conjuntos A e B é o conjunto formado por todos os elementos que
pertencem, simultaneamente, a A e a B. Representa-se por A∩B.
Simbolicamente: A∩B = {X | X∈A e X∈B}.

Exemplos
- {2, 3, 4}∩{3, 5}={3}
- {1, 2, 3}∩{2, 3, 4}={2, 3}
- {2, 3}∩{1, 2, 3, 5}={2, 3}
- {2, 4}∩{3, 5, 7}=Ø
Observação: Se A∩B=Ø, dizemos que A e B são conjuntos disjuntos.

Subtração
A diferença entre os conjuntos A e B é o conjunto formado por todos os elementos que
pertencem a A e não pertencem a B. Representa-se por A – B. Simbolicamente: A – B = {X | X
∈A e X∉B}.

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O conjunto A – B é também chamado de conjunto complementar de B em relação a A,


representado por CAB

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Número de elementos de um conjunto


Sendo X um conjunto com um número finito de elementos, representa-se por n(X) o número
de elementos de X. Sendo, ainda, A e B dois conjuntos quaisquer, com número finito de
elementos temos:

Questões

01. (MGS- Nível Fundamental Incompleto-IBFC) A união entre os conjuntos A ={ 0,1,2,3,4,5}


e B = {1,2,3,5,6,7,8} é:
(A){0,1,2,3,5,6,7,8}
(B){0,1,2,3,4,5,6,7,8}
(C){1,2,3,4,5,6,7,8}
(D){0,1,2,3,4,5,6,8}

02. (Pref. de Maria Helena/PR - Professor – Ensino Fundamental - FAFIPA) Considere os


conjuntos A= {3,6,11,13,21} e B= {2,3,4,6,9,11,13,19,21,23,26}. Sobre os conjuntos A e B
podemos afirmar que:
(A)A ⊂ B
(B)9 ∉ B
(C)17 ∈ A
(D)A ⊃ B
03. (Metrô/SP – Oficial Logística –Almoxarifado I – FCC) O diagrama indica a distribuição de
atletas da delegação de um país nos jogos universitários por medalha conquistada. Sabe-se
que esse país conquistou medalhas apenas em
modalidades individuais. Sabe-se ainda que cada atleta da delegação desse país que ganhou
uma ou mais medalhas não ganhou mais de uma medalha do mesmo tipo (ouro, prata,
bronze). De acordo com o diagrama, por exemplo, 2 atletas da
delegação desse país ganharam, cada um, apenas uma medalha de ouro.

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A análise adequada do diagrama permite concluir corretamente que o número de medalhas


conquistadas por esse país nessa edição dos jogos universitários foi de:
(A) 15.
(B) 29.
(C) 52.
(D) 46.
(E) 40.
04. (Pref. de Camaçari/BA – Téc. Vigilância em Saúde NM – AOCP) Qual é o número de
elementos que formam o conjunto dos múltiplos estritamente positivos do número 3,
menores que 31?
(A) 9
(B) 10
(C) 11
(D) 12
(E) 13

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05. (Pref. de Camaçari/BA – Téc. Vigilância em Saúde NM – AOCP) Considere dois conjuntos
A e B, sabendo que 𝐴 ∩ 𝐵 = {3}, 𝐴 ∪ 𝐵 = {0; 1; 2; 3; 5} 𝑒 𝐴 − 𝐵 = {1; 2}, assinale a alternativa
que apresenta o conjunto B.
(A) {1;2;3}
(B) {0;3}
(C) {0;1;2;3;5}
(D) {3;5}
(E) {0;3;5}
06. (Metrô/SP – Engenheiro Segurança Do Trabalho –FCC) Uma pesquisa, com 200 pessoas,
investigou como eram utilizadas as três linhas: A, B e C do Metrô de uma cidade. Verificou-se
que 92 pessoas utilizam a linha A; 94 pessoas utilizam a linha B e 110 pessoas utilizam a linha
C. Utilizam as linhas A e B um total de 38 pessoas, as linhas A e C um total de 42 pessoas e as
linhas B e C um total de 60 pessoas; 26 pessoas que não se utilizam dessas linhas. Desta
maneira, conclui-se
corretamente que o número de entrevistados que utilizam as linhas A e B e C é igual a:
(A) 50.
(B) 26.
(C) 56.
(D) 10.
(E) 18.
Comentários
01. Resposta: B.
A ={0,1,2,3,4,5} e B = {1,2,3,5,6,7,8} A união entre conjunto é juntar A e B: {0,1,2,3,4,5,6,7,8}
02. Resposta: A.
A "está contido em" B ou seja todos os números do conjunto A estão no conjunto B. ⊂ = A
está contido em ∉ = não pertence ∈ = Pertence
03. Resposta: D.
Pelo diagrama verifica-se o número de atletas que ganharam medalhas.
No caso das intersecções, devemos multiplicar por 2 (por ser 2 medalhas )e na intersecção das
três medalhas (multiplica-se por 3). Intersecções:
6 ∙ 2 = 12
1∙2=2

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4∙2=8
3∙3=9
Somando as outras:
2+5+8+12+2+8+9=46
04. Resposta: B.
A={3,6,9,12,15,18,21,24,27,30}
10 elementos

05. Resposta: E.
Como a intersecção dos dois conjuntos, mostra que 3 é
elemento de B.

A-B são os elementos que tem em A e não em B. Então de AB, tiramos que B={0;3;5}.
06. Resposta: E.
Porcentagem
A definição de porcentagem passa pelo seu próprio nome, pois é uma fração de denominador
centesimal, ou seja, é uma fração de denominador 100. Representamos porcentagem pelo%
e lê-se: “por cento”.
Deste modo, a fração ou qualquer uma equivalente a ela é uma porcentagem que
podemos representar por 50%.

A porcentagem nada mais é do que uma razão, que representa uma “parte” e um “todo” a
qual referimos como 100%. Assim, de uma maneira geral, temos que:

Onde A, é a parte, p é o valor da porcentagem e V é o todo (100%). Assim, os problemas


básicos de porcentagem se resumem a três tipos:
Cálculo da parte (Conheço p e V e quero achar A):
Para calcularmos uma porcentagem de um valor V, basta multiplicarmos a fração

correspondente, ou seja, por V. Assim:

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Ex. Em uma pesquisa de mercado, constatou-se que 67% de uma amostra assistem a certo
programa de TV. Se a população é de 56.000 habitantes, quantas pessoas
assistem ao tal programa?
Aqui, queremos saber a “parte” da população que assiste ao programa de TV, como temos a
porcentagem e o total, basta realizarmos a multiplicação:

Cálculo da porcentagem (conheço A e V e quero achar p): Utilizaremos a mesma relação para
achar o valor de p e apenas precisamos rearranjar a mesma:

Ex. Um time de basquete venceu 10 de seus 16 jogos.


Qual foi sua porcentagem de vitórias?
Neste caso, o exercício quer a saber qual a porcentagem de vitórias que esse time obteve,
assim:

Resp: O time venceu 62,5% de seus jogos. Ex. Em uma prova de concurso, o candidato acertou
48 de 80 questões. Se para ser aprovado é necessário acertar 55% das questões, o candidato
foi ou não foi aprovado?
Para sabermos se o candidato passou, é necessário calcular sua porcentagem de acertos:

Logo, o candidato foi aprovado.

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Calculo do todo (conheço p e A e quero achar V):


No terceiro caso, temos interesse em achar o total (Nosso 100%) e para isso basta rearranjar
a equação novamente:

Ex. Um atirador tem taxa de acerto de 75% de seus tiros ao alvo. Se em um treinamento ele
acertou 15 tiros, quantos tiros ele deu no total?
Neste caso, o problema gostaria de saber quanto vale o “todo”, assim:

Forma Decimal: Outra forma de representação de porcentagens é através de números


decimais, pois todos eles pertencem à mesma classe de números, que são os números
racionais. Assim, para cada porcentagem, há um numero decimal equivalente. Por exemplo,
35% na forma decimal seriam representados por 0,35. A conversão é muito simples: basta
fazer a divisão por 100 que está representada na forma de fração:

Aumento e desconto percentual


Outra classe de problemas bem comuns sobre porcentagem está relacionada aoaumento e a
redução percentual de um determinado valor. Usaremos as defini- ções apresentadas
anteriormente para mostrar a teoria envolvida
Aumento Percentual: Consideremos um valor inicialV que deve sofrer um aumento de p% de
seu valor. Chamemos de VA o valor após o aumento. Assim:

Em que será definido como fator de aumento, que pode estar

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representado tanto na forma de fração ou decimal.


Desconto Percentual:
Consideremos um valor inicial V que deve sofrer um desconto de p% de seu valor. Chamemos
de V D o valor após o desconto.

Em que será definido como fator de desconto, que pode estar


representado tanto na forma de fração ou decimal.
Ex. Uma empresa admite um funcionário no mês de janeiro sabendo que, já em março, ele
terá 40% de aumento. Se a empresa deseja que o salário desse funcionário, a partir de março,
seja R$ 3 500,00, com que salário deve admiti-lo?
Neste caso, o problema deu o valor de e gostaria de saber o valor de V, assim:

Ex. Uma loja entra em liquidação e pretende abaixar em 20% o valor de seus produtos. Se o
preço de um deles é de R$ 250,00, qual será seu preço na liquidação? Aqui, basta calcular o
valor de VD :

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FIQUE ATENTO!
Em alguns problemas de porcentagem são necessários cálculos sucessivos de aumentos ou
descontos percentuais. Nesses casos é necessário ter atenção ao problema, pois erros
costumeiros ocorrem quando se calcula a porcentagens do valor inicial para obter todos os
valores finais com descontos ou aumentos. Na verdade, esse cálculo só pode ser feito quando
o problema diz que TODOS os descontos ou aumentos são dados a uma porcentagem do valor
inicial. Mas em geral, os cálculos são feitos como mostrado no texto a seguir.

Aumentos e Descontos Sucessivos:


Consideremos um valor inicial V, e vamos considerar que ele irá sofrer
dois aumentos sucessivos de p1% e p2%. Sendo V1 o valor após o primeiro aumento, temos:

Sendo V2 o valor após o segundo aumento, ou seja, após já ter aumentado uma vez, temos
que:

Como temos também uma expressão para V1, basta substituir:

Assim, para cada aumento, temos um fator correspondente e basta ir multiplicando os fatores
para chegar ao resultado final.

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No caso de desconto, temos o mesmo caso, sendo V um valor inicial, vamos considerar que
ele irá sofrer dois descontos sucessivos de p1% e p2%.
Sendo V1 o valor após o primeiro desconto, temos:

Sendo V2 o valor após o segundo desconto, ou seja, após já ter descontado uma vez, temos
que:

Além disso, essa formulação também funciona para aumentos e descontos em sequência,
bastando apenas a identificação dos seus fatores multiplicativos. Sendo V um valor inicial,
vamos considerar que ele irá sofrer um aumento de p1% e, sucessivamente, um desconto de
p2%. Sendo V1 o valor após o aumento, temos:

Ex. Um produto sofreu um aumento de 20% e depois sofreu uma redução de 20%. Isso significa
que ele voltará ao seu valor original.
( ) Certo ( ) Errado

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Este problema clássico tem como finalidade conceituar esta parte de aumento e redução
percentual e evitar o erro do leitor ao achar que aumentando p% e diminuindo p%, volta-se
ao valor original. Se usarmos o que aprendemos, temos que:

Ou seja, o valor final corresponde a 96% de V e não 100%, assim, eles não são iguais, portanto
deve-se assinalar a opção ERRADO.

EXERCÍCIOS COMENTADOS
1. (UNESP) Suponhamos que, para uma dada eleição, uma cidade tivesse 18.500 eleitores
inscritos. Suponhamos ainda que, para essa eleição, no caso de se verificar um índice de
abstenções de 6% entre os homens e de 9% entre as mulheres, o número de votantes do sexo
masculino será exatamente igual ao número de votantes do sexo feminino. Determine o
número de eleitores de cada sexo.
Resposta: Denotamos o número de eleitores do sexo femininos de F e de votantes masculinos
de M. Pelo enunciado do exercícios, F+M = 18500. Além disso, o índice de abstenções entre
os homens foi de 6% e de 9% entre as mulheres, ou seja, 94% dos homens e 91% das
mulheres compareceram a votação, onde 94%M = 91%F ou 0,94M = 0,91F. Assim, para
determinar o número de eleitores de cada sexo temos os seguinte sistema para resolver:

Da segunda equação, temos que .

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Agora,substituindo M na primeira equação do sistema encontra-se F = 9400 e por fim


determina-se M = 9100.
2. (UFMG 2017) Uma pessoa comprou, fora do Brasil, um produto por U$S 80,00 Sobre esse
valor foi cobrada uma taxa de 45% (frete) para o envio da mercadoria. Chegando ao Brasil,
esse produto foi tarifado com 15% de imposto sobre importação que incidiu sobre o valor do
produto e do frete. Desta forma, o aumento percentual do produto em relação ao preço de
compra foi de, aproximadamente,
a) 12
b) 37
c) 60
d) 67
Resposta: Letra D. Considerando o valor de U$S 80,00 para o produto, temos:
Valor com a taxa de 45%: 80+80∙0,45=80∙1,45 Valor com a tarifa de 15%
80∙1,45+80∙1,45∙0,15=80∙1,67 Portanto, o aumento percentual será dado por: 80∙1,67-80 ou
seja 67% de 80.
LÓGICA SEQUENCIAL
O Raciocínio é uma operação lógica, discursiva e mental. Neste, o intelecto humano utiliza
uma ou mais proposições, para concluir através de mecanismos de comparações e abstrações,
quais são os dados que levam às respostas verdadeiras, falsas ou prováveis. Foi pelo processo
do raciocínio que ocorreu o desenvolvimento do método matemático, este considerado
instrumento puramente teórico e dedutivo, que prescinde de dados empíricos. Logo,
resumidamente o raciocínio pode ser considerado também um dos integrantes dos
mecanismos dos
processos cognitivos superiores da formação de conceitos e da solução de problemas, sendo
parte do pensamento.
Sequências Lógicas
As sequências podem ser formadas por números, letras, pessoas, figuras, etc. Existem várias
formas de se estabelecer uma sequência, o importante é que existem pelo menos três
elementos que caracterize a lógica de sua formação, entretanto algumas séries necessitam de
mais elementos para definir sua lógica. Algumas sequências são bastante conhecidas e todo
aluno que estuda lógica deve conhecê-las, tais como as progressões aritméticas e
geométricas, a série de Fibonacci, os números primos e os quadrados perfeitos.
Sequência de Números
Progressão Aritmética: Soma-se constantemente um mesmo número.

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Série de Fibonacci: Cada termo é igual a soma dos dois anteriores.


1 1 2 3 5 8 13
Números Primos: Naturais que possuem apenas dois divisores naturais.
2 3 5 7 11 13 17
Quadrados Perfeitos: Números naturais cujas raízes são naturais.
1 4 9 16 25 36 49
Sequência de Letras
As sequências de letras podem estar associadas a uma série de números ou não. Em geral,
devemos escrever todo o alfabeto (observando se deve, ou não, contar com k, y e w) e circular
as letras dadas para entender a lógica proposta.
ACFJOU
Observe que foram saltadas 1, 2, 3, 4 e 5 letras e esses números estão em progressão.
ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTU
B1 2F H4 8L N16 32R T64
Nesse caso, associou-se letras e números (potências de 2), alternando a ordem. As letras
saltam 1, 3, 1, 3, 1, 3 e 1 posições.
ABCDEFGHIJKLMNOPQRST
Sequência de Pessoas

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Na série a seguir, temos sempre um homem seguido de duas mulheres, ou seja, aqueles que
estão em uma posição múltipla de três (3º, 6º, 9º, 12º,...) serão mulheres e a posição dos
braços sempre alterna, ficando para cima em uma posição múltipla de dois (2º, 4º, 6º, 8º,...).
Sendo assim, a sequência se repete a cada seis termos, tornando possível determinar quem
estará emqualquer posição.

Sequência de Figuras
Esse tipo de sequência pode seguir o mesmo padrão visto na sequência de pessoas ou
simplesmente sofrer rotações, como nos exemplos a seguir.

Sequência de Fibonacci
O matemático Leonardo Pisa, conhecido como Fibonacci, propôs no século XIII, a sequência
numérica: (1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, 89, …). Essa sequência tem uma lei de formação
simples: cada elemento, a partir do terceiro, é obtido somandose os dois anteriores. Veja: 1 +
1 = 2, 2 + 1 = 3, 3 + 2 = 5 e assim por diante.
Desde o século XIII, muitos matemáticos, além do próprio Fibonacci, dedicaram-se ao estudo
da sequência que foi proposta, e foram encontradas inúmeras aplicações para ela no
desenvolvimento de modelos explicativos de fenômenos naturais.
Veja alguns exemplos das aplicações da sequência de Fibonacci e entenda porque ela é
conhecida como uma das maravilhas da Matemática. A partir de dois quadrados de lado 1,
podemos obter um retângulo de lados 2 e 1. Se adicionarmos a esse retângulo um quadrado
de lado 2, obtemos um novo retângulo 3 x 2. Se adicionarmos agora um quadrado de lado 3,
obtemos um retângulo 5 x 3. Observe a figura a seguir e veja que os lados dos quadrados que
adicionamos para determinar os retângulos formam a sequência de Fibonacci.

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Se utilizarmos um compasso e traçarmos o quarto de circunferência inscrito em cada


quadrado, encontraremos uma espiral formada pela concordância de arcos cujos raios são os
elementos da sequência de Fibonacci.

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O Partenon que foi construído em Atenas pelo célebre arquiteto grego Fidias. A fachada
principal do edifício, hoje em ruínas, era um retângulo que continha um quadrado de lado
igual à altura. Essa forma sempre foi considerada satisfatória do ponto de vista estético por
suas proporções sendo chamada retângulo áureo ou retângulo de ouro.

As figuras a seguir possuem números que representam uma sequência lógica. Veja os
exemplos:

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Exemplo 1

A sequência numérica proposta envolve multiplicações por 4.


6 x 4 = 24
24 x 4 = 96
96 x 4 = 384
384 x 4 = 1536
Exemplo 2

A diferença entre os números vai aumentando 1 unidade.


13 – 10 = 3
17 – 13 = 4
22 – 17 = 5

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28 – 22 = 6
35 – 28 = 7
Exemplo 3

Multiplicar os números sempre por 3.


1x3=3
3x3=9
9 x 3 = 27
27 x 3 = 81
81 x 3 = 243
243 x 3 = 729
729 x 3 = 2187

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A diferença entre os números vai aumentando 2 unidades.


24 – 22 = 2
28 – 24 = 4
34 – 28 = 6
42 – 34 = 8
52 – 42 = 10
64 – 52 = 12
78 – 64 = 14

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QUESTÕES

01. Observe atentamente a disposição das cartas em cada linha do esquema seguinte:

02. Considere que a sequência de figuras foi construída segundo um certo critério.

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Se tal critério for mantido, para obter as figuras subsequentes, o total de pontos da figura de
número 15 deverá ser:
(A) 69
(B) 67
(C) 65
(D) 63
(E) 61

03. O próximo número dessa sequência lógica é: 1000, 990, 970, 940, 900, 850, ...
(A) 800
(B) 790
(C) 780
(D) 770

04. Na sequência lógica de números representados nos hexágonos, da figura abaixo,


observa-se a ausência de um deles que pode ser:

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(A) 76
(B) 10
(C) 20
(D) 78

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Continuando essa sequência, obtém-se exatamente 16 círculos completos na:


(A) 36ª figura
(B) 48ª figura
(C) 72ª figura
(D) 80ª figura
(E) 96ª figura

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09. Observe a sequência: 2, 10, 12, 16, 17, 18, 19, ... Qual é o próximo número?
(A) 20
(B) 21
(C) 100
(D) 200

10. Observe a sequência: 3,13, 30, ... Qual é o próximo número?


(A) 4
(B) 20
(C) 31
(D) 21

Respostas

01. Resposta: A.

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A diferença entre os números estampados nas cartas 1 e 2, em cada linha, tem como resultado
o valor da 3ª carta e, além disso, o naipe não se repete. Assim, a 3ª carta, dentro das opções
dadas só pode ser a da opção (A).

03. Resposta: B.
Nessa sequência, observamos que a diferença: entre 1000 e 990 é 10, entre 990 e 970 é 20,
entre o 970 e 940 é 30, entre 940 e 900 é 40, entre 900 e 850 é 50, portanto entre 850 e o
próximo número é 60, dessa forma concluímos que o próximo número é 790, pois: 850 – 790
= 60.
04. Resposta: D.
Nessa sequência lógica, observamos que a diferença: entre 24 e 22 é 2, entre 28 e 24 é 4, entre
34 e 28 é 6, entre 42 e 34 é 8, entre 52 e 42 é 10, entre 64 e 52 é 12, portanto entre o próximo
número e 64 é 14, dessa forma concluímos que o próximo número é 78, pois: 76 – 64 = 14.
05. Resposta: D.
Observe a tabela:

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Temos de forma direta, pela contagem, a quantidade de palitos das três primeiras figuras.
Feito isto, basta perceber que cada figura a partir da segunda tem a quantidade de palitos da
figura anterior acrescida de 3 palitos. Desta forma, fica fácil preencher o restante da tabela e
determinar a quantidade de palitos da 7ª figura.
06. Resposta: A.
Na figura apresentada na letra “B”, não é possível obter a planificação de um lado, pois o 4
estaria do lado oposto ao 6, somando 10 unidades. Na figura apresentada na letra “C”, da
mesma forma, o 5 estaria em face oposta ao 3, somando 8, não formando um lado. Na figura
da letra “D”, o 2 estaria em face oposta ao 4, não determinando um lado. Já na figura
apresentada na letra “E”, o 1 não estaria em face oposta ao número 6, impossibilitando,
portanto, a obtenção de um lado.
Logo, podemos concluir que a planificação apresentada na letra “A” é a única para representar
um lado.
07. Resposta: B.
Como na 3ª figura completou-se um círculo, para completar 16 círculos é suficiente multiplicar
3 por 16: 3. 16 = 48. Portanto, na 48ª figura existirão 16 círculos.
08. Resposta: B.
A sequência das figuras completa-se na 5ª figura. Assim, continua-se a sequência de 5 em 5
elementos. A figura de número 277 ocupa, então, a mesma posição das figuras que
representam número 5n + 2, com n N. Ou seja, a 277ª figura corresponde à 2ª figura, que é
representada pela letra “B”.
09. Resposta: D.
A regularidade que obedece a sequência acima não se dá por padrões numéricos e sim pela
letra que inicia cada número. “Dois, Dez, Doze, Dezesseis, Dezessete, Dezoito, Dezenove, ...
Enfim, o próximo só pode iniciar também com “D”: Duzentos.
10. Resposta: C.
Esta sequência é regida pela inicial de cada número. Três, Treze, Trinta,... O próximo só pode
ser o número Trinta e um, pois ele inicia com a letra “T”.

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Conceito de proposição: valores lógicos das proposições; conectivos,


negação e tabela-verdade. Tautologias. Condição necessária e
suficiente. Argumentação lógica, estruturas lógicas e diagramas lógicos.
Equivalências e implicações lógicas. Quantificadores universal e
existencial.

ESTRUTURAS LÓGICAS
1.1 Proposição
Denomina-se proposição a toda sentença, expressa em palavras ou símbolos, que exprima um
juízo ao qual se possa atribuir, dentro de certo contexto, somente um de dois valores lógicos
possíveis: verdadeiro ou falso.
Somente às sentenças declarativas pode-se atribuir valores de verdadeiro ou falso, o que
ocorre quando a sentença é, respectivamente, confirmada ou negada. De fato, não se pode
atribuir um valor de verdadeiro ou falso às demais formas de sentenças como as
interrogativas, as exclamativas e outras, embora elas também expressem juízos.
São exemplos de proposições as seguintes sentenças declarativas:
O número 6 é par.
O número 15 não é primo.
Todos os homens são mortais.
Nenhum porco espinho sabe ler.
Alguns canários não sabem cantar.
Se você estudar bastante, então aprenderá tudo.
Eu falo inglês e espanhol.
Míriam quer um sapatinho novo ou uma boneca.

Não são proposições:


Qual é o seu nome?
Preste atenção ao sinal.
Caramba!
1.2 Proposição Simples
Uma proposição é dita proposição simples ou proposição atômica quando não contém
qualquer outra proposição como sua componente. Isso significa que não é possível encontrar
como parte de uma proposição simples alguma outra proposição diferente dela. Não se pode
subdividi-la em partes menores tais que alguma delas seja uma nova proposição.

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Exemplo:
A sentença “Cíntia é irmã de Maurício” é uma proposição simples, pois não é possível
identificar como parte dela qualquer outra proposição diferente. Se tentarmos separá-la em
duas ou mais partes menores nenhuma delas será uma proposição nova.

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1.3 Proposição Composta


Uma proposição que contenha qualquer outra como sua parte componente é dita proposição
composta ou proposição molecular. Isso quer dizer que uma proposição é composta quando
se pode extrair como parte dela, uma nova proposição.
1.4 Conectivos Lógicos
Existem alguns termos e expressões que estão freqüentemente presentes nas proposições
compostas, tais como não, e, ou, se ... então e se e somente se aos quais denominamos
conectivos lógicos. Os conectivos lógicos agem sobre as proposições a que estão ligados de
modo a criar novas proposições.
Exemplo:
A sentença “Se x não é maior que y, então x é igual a y ou x é menor que y” é uma proposição
composta na qual se pode observar alguns conectivos lógicos (“não”, “se ... então” e “ou”)
que estão agindo sobre as proposições simples “x é maior que y”, “x é igual a y” e “x é menor
que y”.
Uma propriedade fundamental das proposições compostas que usam conectivos lógicos é que
o seu valor lógico (verdadeiro ou falso) fica completamente determinado pelo valor lógico de
cada proposição componente e pela forma como estas sejam ligadas pelos conectivos lógicos
utilizados, conforme estudaremos mais adiante.
As proposições compostas podem receber denominações especiais, conforme o conectivo
lógico usado para ligar as proposições componentes.
Conjunção: A e B
Denominamos conjunção a proposição composta formada por duas proposições quaisquer
que estejam ligadas pelo conectivo “e”.
A conjunção A e B pode ser representada simbolicamente como:
A∧B
Exemplo:
Dadas as proposições simples:
A: Alberto fala espanhol.
B: Alberto é universitário.
Se as proposições A e B forem representadas como conjuntos através de um diagrama, a
conjunção ”A ∧ B” corresponderá à interseção do conjunto A com o conjunto B. A ∩ B.

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Uma conjunção é verdadeira somente quando as duas proposições que a compõem forem
verdadeiras, Ou seja, a conjunção ”A ∧ B” é verdadeira somente quando A é verdadeira e B é
verdadeira também. Por isso dizemos que a conjunção exige a simultaneidade de condições.
Na tabela-verdade, apresentada a seguir, podemos observar os resultados da conjunção “A e
B” para cada um dos valores que A e B podem assumir.

Disjunção: A ou B
Denominamos disjunção a proposição composta formada por duas proposições quaisquer que
estejam ligadas pelo conectivo “ou”.
A disjunção A ou B pode ser representada simbolicamente como: A ∨ B Exemplo:
Dadas as proposições simples:
A: Alberto fala espanhol.
B: Alberto é universitário.
A disjunção “A ou B” pode ser escrita como:
A ∨ B: Alberto fala espanhol ou é universitário.
Se as proposições A e B forem representadas como conjuntos através de um diagrama, a
disjunção “A ∨ B” corresponderá à união do conjunto A com o conjunto B.

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Uma disjunção é falsa somente quando as duas proposições que a compõem forem falsas. Ou
seja, a disjunção “A ou B” é falsa somente quando A é falsa e B é falsa também. Mas se A for
verdadeira ou se B for verdadeira ou mesmo se ambas, A e B, forem verdadeiras, então a
disjunção será verdadeira. Por isso dizemos que, ao contrário da conjunção, a disjunção não
necessita da simultaneidade de condições para ser verdadeira, bastando que pelo menos uma
de suas proposiçoes componentes seja verdadeira.
Na tabela-verdade, apresentada a seguir, podemos observar os resultados da disjunção “A ou
B” para cada um dos valores que A e B podem assumir.

Condicional: Se A então B
Denominamos condicional a proposição composta formada por duas proposições quaisquer
que estejam ligadas pelo conectivo “Se ... então” ou por uma de suas formas equivalentes.
A proposição condicional “Se A, então B” pode ser representada simbolicamente como:
Exemplo:
Dadas as proposições simples:
A: José é alagoano.
B: José é brasileiro.
A condicional “Se A, então B” pode ser escrita como:
: Se José é alagoano, então José é brasileiro.
Na proposição condicional “Se A, então B” a proposição A, que é anunciada pelo uso da
conjunção “se”, é denominada condição ou antecedente enquanto a proposição B, apontada
pelo advérbio “então” é denominada conclusão ou conseqüente.
As seguintes expressões podem ser empregadas como equivalentes de “Se A, então B”:

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Se A, B.
B, se A.
Todo A é B.
A implica B.
A somente se B.
A é suficiente para B.
B é necessário para A.
Se as proposições A e B forem representadas como conjuntos através de um diagrama, a
disjunção “A ∨ B” corresponderá à união do conjunto A com o conjunto B.

Uma condicional “Se A então B” é falsa somente quando a condição A é verdadeira e a


conclusão B é falsa, sendo verdadeira em todos os outros casos. Isto significa que numa
proposição condicional, a única situação que não pode ocorrer é uma condição verdadeira
implicar uma conclusão falsa.
Na tabela-verdade apresentada a seguir podemos observar os resultados da proposição
condicional “Se A então B” para cada um dos valores que A e B podem assumir.

Bicondicional: A se e somente se B
Denominamos bicondicional a proposição composta formada por duas proposições quaisquer
que estejam ligadas pelo conectivo “se e somente se”.
A proposição bicondicional “A se e somente se B” pode ser representada simbolicamente
como:

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Exemplo:
Dadas as proposições simples:
A: Adalberto é meu tio.
B Adalberto é irmão de um de meus pais.
A⊂B
B: Adalberto é irmão de um de meus pais.
A proposição bicondicional “A se e somente se B” pode ser escrita como:
Adalberto é meu tio se e somente se Adalberto é irmão de um de meus pais.
Como o próprio nome e símbolo sugerem, uma proposição bicondicional “A se e somente se
B” equivale à proposição composta “se A então B”.
Podem-se empregar também como equivalentes de “A se e somente se B” as seguintes
expressões:
A se e só se B.
Todo A é B e todo B é A.
Todo A é B e reciprocamente.
Se A então B e reciprocamente.
A somente se B e B somente se A.
A é necessário e suficiente para B.
A é suficiente para B e B é suficiente para A.
B é necessário para A e A é necessário para B.
Se as proposições A e B forem representadas como conjuntos através de um diagrama, a
proposição bicondicional “A se e somente se B” corresponderá à igualdade dos conjuntos A e
B.

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A proposição bicondicional “A se e somente se B” é verdadeira somente quando A e B têm o


mesmo valor lógico (ambas são verdadeiras ou ambas são falsas), sendo falsa quando A e B
têm valores lógicos contrários.
Na tabela-verdade, apresentada a seguir, podemos observar os resultados da proposição
bicondicional “A se e somente se B” para cada um dos valores que A e B podem assumir.

Negação: Não A
Dada uma proposição qualquer A denominamos negação de A à proposição composta que se
obtém a partir da proposição A acrescida do conectivo lógico “não” ou de outro equivalente.
A negação “não A” pode ser representada simbolicamente como:

Podem-se empregar, também, como equivalentes de “não A” as seguintes expressões:


Não é verdade que A. É falso que A.
Se a proposição A for representada como conjunto através de um diagrama, a negação “não
A” corresponderá ao conjunto complementar de A.

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Uma proposição A e sua negação “não A” terão sempre valores lógicos opostos.
Na tabela-verdade, apresentada a seguir, podemos observar os resultados da negação “não
A” para cada um dos valores que A pode assumir.

Tautologia
Uma proposição composta formada pelas proposições A, B, C, ... é uma tautologia se ela for
sempre verdadeira, independentemente dos valores lógicos das proposições A, B, C, ... que a
compõem.
Exemplo:
A proposição “Se (A e B) então (A ou B)” é uma tautologia, pois é sempre verdadeira,
independentemente dos valores lógicos de A e de B, como se pode observar na tabela-
verdade abaixo:

Contradição
Uma proposição composta formada pelas proposições A, B, C, ... é uma contradição se ela for
sempre falsa, independentemente dos valores lógicos das proposições A, B, nC, ... que a
compõem.
Exemplo:
A proposição “A se e somente se não A” é uma contradição, pois é sempre falsa,

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independentemente dos valores lógicos de A e de não A, como se pode observar na tabela-


verdade abaixo:

O exemplo acima mostra que uma proposição qualquer e sua negação nunca poderão ser
simultaneamente verdadeiros ou simultaneamente falsos.
Como uma tautologia é sempre verdadeira e uma contradição sempre falsa, tem-se que: a
negação de uma tautologia é sempre uma contradição enquanto a negação de uma
contradição é sempre uma tautologia.
1.5 Proposições Logicamente Equivalentes
Dizemos que duas proposições são logicamente equivalentes ou simplesmente equivalentes
quando são compostas pelas mesmas proposições simples e suas tabelas-verdade são
idênticas. Uma conseqüência prática da equivalência lógica é que ao trocar uma dada
proposição por qualquer outra que lhe seja equivalente, estamos apenas mudando a maneira
de dizê-la.
A equivalência lógica entre duas proposições, A e B, pode ser representada simbolicamente
como:

Da definição de equivalência lógica pode-se demonstrar as seguintes equivalências:


Leis associativas:
1. (A ∧ B) ∧ C ⇔ A ∧ (B ∧ C)
2. (A ∨ B) ∨ C ⇔ A ∨ (B ∨ C)
Leis distributivas:
3. A ∧ (B ∨ C) ⇔ (A ∧ B) ∨ (A ∧ C)
4. A ∨ (B ∧ C) ⇔ (A ∨ B) ∧ (A ∨ C)
Lei da dupla negação:
5. ~(~A) ⇔ A
Equivalências da Condicional

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1.6 Negação de Proposições Compostas


Um problema de grande importância para a lógica é o da identificação de proposições
equivalentes à negação de uma proposição dada. Negar uma proposição simples é uma tarefa
que não oferece grandes obstáculos. Entretanto, podem surgir algumas dificuldades quando
procuramos identificar a negação de uma proposição composta.
Como vimos anteriormente, a negação de uma proposição deve Ter sempre valor lógico
oposto ao da proposição dada. Deste modo, sempre que uma proposição A for verdadeira, a
sua negação não A deve ser falsa e sempre que A for falsa, não A deve ser verdadeira.
Em outras palavras, a negação de uma proposição deve ser contraditória com a proposição
dada.
A tabela abaixo mostra as equivalências mais comuns para as negações de algumas
proposições compostas:

Argumento
Denomina-se argumento a relação que associa um conjunto de proposições P1, P2, ... Pn,
chamadas premissas do argumento, a uma proposição C a qual chamamos de conclusão do
argumento.
No lugar dos termos premissa e conclusão podem ser usados os correspondentes hipótese e
tese, respectivamente.
Os argumentos que têm somente duas premissas são denominados silogismos.
Assim, são exemplos de silogismos os seguintes argumentos:
I. P1: Todos os artistas são apaixonados.
P2: Todos os apaixonados gosta de flores.
C: Todos os artistas gostam de flores.

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II. P1: Todos os apaixonados gosta de flores.


P2: Míriam gosta de flores.
C: Míriam é uma apaixonada.
Argumento Válido
Dizemos que um argumento é válido ou ainda que ele é legítimo ou bem construído quando
a sua conclusão é uma conseqüência obrigatória do seu conjunto de premissas. Posto de outra
forma: quando um argumento é válido, a verdade das premissas deve garantir a verdade da
conclusão do argumento. Isto significa que jamais poderemos chegar a uma conclusão falsa
quando as premissas forem verdadeiras e o argumento for válido.
É importante observar que ao discutir a validade de um argumento é irrelevante o valor de
verdade de cada uma das premissas. Em Lógica, o estudo dos argumentos não leva em conta
a verdade ou falsidade das proposições que compõem os argumentos, mas tão-somente a
validade destes.
Exemplo:
O silogismo:
“Todos os pardais adoram jogar xadrez.
Nenhum enxadrista gosta de óperas.
Portanto, nenhum pardal gosta de óperas.”
está perfeitamente bem construído (veja o diagrama abaixo), sendo, portanto, um argumento
válido, muito embora a verdade das premissas seja questionável.

Op = Conjunto dos que gostam de óperas


X = Conjunto dos que adoram jogar xadrez
P = Conjunto dos pardais
Pelo diagrama pode-se perceber que nenhum elemento do conjunto P (pardais) pode
pertencer ao conjunto Op (os que gostam de óperas).
Argumento Inválido

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Dizemos que um argumento é inválido, também denominado ilegítimo, mal construído ou


falacioso, quando a verdade das premisssas não é suficiente para garantir a verdade da
conclusão.
Exemplo:
O silogismo:
“Todos ps alunos do curso passaram.
Maria não é aluna do curso.
Portanto, Maria não passou.”
é um argumento inválido, falacioso, mal construído, pois as premissas não garantem (não
obrigam) a verdade da conclusão (veja o diagrama abaixo). Maria pode Ter passado mesmo
sem ser aluna do curso, pois a primeira premissa não afirmou que somente os alunos do curso
haviam passado.

P = Conjunto das pessoas que passaram.


C = Conjunto dos alunos do curso.
Na tabela abaixo, podemos ver um resumo das situações possíveis para um argumento:

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LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO
1. Introdução

Desde suas origens na Grécia Antiga, especialmente de Aristóteles (384-322 a.C.) em diante,
a lógica tornou-se um dos campos mais férteis do pensamento humano, particularmente da
filosofia. Em sua longa história e nas múltiplas modalidades em que se desenvolveu, sempre
foi bem claro seu objetivo: fornecer subsídios para a produção de um bom raciocínio.
Por raciocínio, entende-se tanto uma atividade mental quanto o produto dessa atividade.
Esse, por sua vez, pode ser analisado sob muitos ângulos: o psicólogo poderá estudar o papel
das emoções sobre um determinado raciocínio; o sociólogo considerará as influências do
meio; o criminólogo levará em conta as circunstâncias que o favoreceram na prática de um
ato criminoso etc. Apesar de todas estas possibilidades, o raciocínio é estudado de modo
muito especial no âmbito da lógica. Para ela, pouco importam os contextos psicológico,
econômico, político, religioso, ideológico, jurídico ou de qualquer outra esfera que constituam
o “ambiente do raciocínio”.
Ao lógico, não interessa se o raciocínio teve esta ou aquela motivação, se respeita ou não a
moral social, se teve influências das emoções ou não, se está de acordo com uma doutrina
religiosa ou não, se foi produzido por uma pessoa embriagada ou sóbria. Ele considera a sua
forma. Ao considerar a forma, ele investiga a coerência do raciocínio, as relações entre as
premissas e a conclusão, em suma, sua obediência a algumas regras apropriadas ao modo
como foi formulado etc.
Apenas a título de ilustração, seguem-se algumas definições e outras referências à lógica:
“A arte que dirige o próprio ato da razão, ou seja, nos permite chegar com ordem, facilmente
e sem erro, ao próprio ato da razão – o raciocínio” (Jacques Maritain).
“A lógica é o estudo dos métodos e princípios usados para distinguir o raciocínio correto do
incorreto” (Irving Copi).
“A lógica investiga o pensamento não como ele é, mas como deve ser” (Edmundo D.
Nascimento).
“A princípio, a lógica não tem compromissos. No entanto, sua história demonstra o poder que
a mesma possui quando bem dominada e dirigida a um propósito determinado, como o
fizeram os sofistas, a escolástica, o pensamento científico ocidental e, mais recentemente, a
informática” (Bastos; Keller).
Lógica formal e Lógica material
Desde Aristóteles, seu primeiro grande organizador, os estudos da lógica orientaram-se em
duas direções principais: a da lógica formal, também chamada de “lógica menor” e a da lógica
material, também conhecida como “lógica maior”.

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A lógica formal preocupa-se com a correção formal do pensamento. Para esse campo de
estudos da lógica, o conteúdo ou a matéria do raciocínio tem uma importância relativa. A
preocupação sempre será com a sua forma. A forma é respeitada quando se preenchem as
exigências de coerência
interna, mesmo que as conclusões possam ser absurdas do ponto de vista material
(conteúdo). Nem sempre um raciocínio formalmente correto corresponde àquilo que
chamamos de realidade dos fatos.No entanto, o erro não está no seu aspecto formal e, sim,
na sua matéria. Por exemplo, partindo das premissas que
(1) todos os brasileiros são europeus
e que
(2) Pedro é brasileiro,
formalmente, chegar-se-á à conclusão lógica que
(3) Pedro é europeu.
Materialmente, este é um raciocínio falso porque a experiência nos diz que a premissa é falsa.
No entanto, formalmente, é um raciocínio válido, porque a conclusão é adequada às
premissas. É nesse sentido que se costuma dizer que o computador é falho, já que, na maioria
dos casos, processa formalmente informações nele previamente inseridas, mas não tem a
capacidade de verificar o valor empírico de tais informações.
Já, a lógica material preocupa-se com a aplicação das operações do pensamento à realidade,
de acordo com a natureza ou matéria do objeto em questão. Nesse caso, interessa que o
raciocínio não só seja formalmente correto, mas que também respeite a matéria, ou seja, que
o seu conteúdo corresponda à natureza do objeto a que se refere. Neste caso, trata-se da
correspondência entre pensamento e realidade.
Assim sendo, do ponto de vista lógico, costuma-se falar de dois tipos de verdade: a verdade
formal e a verdade material. A verdade formal diz respeito, somente e tão-somente, à forma
do discurso; já a verdade material tem a ver com a forma do discurso e as suas relações com
a matéria ou o conteúdo do próprio discurso. Se houver coerência, no primeiro caso, e
coerência e correspondência, no segundo, tem-se a verdade.
Em seu conjunto, a lógica investiga as regras adequadas à produção de um raciocínio
válido,por meio do qual visa-se à consecução da verdade, seja ela formal ou material.
Relacionando a lógica com a prática, pode-se dizer que é importante que se obtenha não
somente uma verdade formal, mas, também, uma verdade que corresponda à experiência.
Que seja, portanto, materialmente válida. A conexão entre os princípios formais da lógica e o
conteúdo de seus raciocínios pode ser denominada de “lógica informal”. Trata-se de uma
lógica aplicada ao plano existencial, à vida quotidiana.

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1.2. Raciocínio e Argumentação


Três são as principais operações do intelecto humano: a simples apreensão, os juízos e o
raciocínio.
A simples apreensão consiste na captação direta (através dos sentidos, da intuição racional,
da imaginação etc) de uma realidade sobre a qual forma-se uma idéia ou conceito (p. ex., de
um objeto material, ideal, sobrenatural etc) que, por sua vez, recebe uma denominação (as
palavras ou termos, p. ex.: “mesa”, “três” e “arcanjo”).
O juízo é ato pelo qual os conceitos ou idéias são ligadas ou separadas dando origem à emissão
de um “julgamento” (falso ou verdadeiro) sobre a realidade, mediante proposições orais ou
escritas. Por exemplo: “Há três arcanjos sobre a mesa da sala”
O raciocínio, por fim, consiste no “arranjo” intelectual dos juízos ou proposições, ordenando
adequadamente os conteúdos da consciência. No raciocínio, parte-se de premissas para se
chegar a conclusões que devem ser adequadas. Procedendo dessa forma, adquirem-se
conhecimentos novos e defende-se ou aprofunda-se o que já se conhece. Para tanto, a cada
passo, é preciso preencher os requisitos da coerência e do rigor. Por exemplo: “Se os três
arcanjos estão sobre a mesa da sala, não estão sobre a mesa da varanda” .
Quando os raciocínios são organizados com técnica e arte e expostos de forma tal a
convencera platéia, o leitor ou qualquer interlocutor tem-se a argumentação. Assim, a
atividade argumentativa envolve o interesse da persuasão. Argumentar é o núcleo principal
da retórica, considerada a arte de convencer mediante o discurso.
Partindo do pressuposto de que as pessoas pensam aquilo que querem, de acordo com as
circunstâncias da vida e as decisões pessoais (subjetividade), um argumento conseguirá atingir
mais facilmente a meta da persuasão caso as idéias propostas se assentem em boas razões,
capazes de mexer com as convicções daquele a quem se tenta convencer. Muitas vezes, julga-
se que estão sendo usadas como bom argumento opiniões que, na verdade, não passam de
preconceitos pessoais, de modismos, de egoísmo ou de outras formas de desconhecimento.
Mesmo assim, a habilidade no argumentar, associada à desatenção ou à ignorância de quem
ouve, acaba, muitas vezes, por lograr a persuasão.
Pode-se, então, falar de dois tipos de argumentação: boa ou má, consistente/sólida ou
inconsistente/frágil, lógica ou ilógica, coerente ou incoerente, válida ou não-válida, fraca ou
forte etc.
De qualquer modo, argumentar não implica, necessariamente, manter-se num plano distante
da existência humana, desprezando sentimentos e motivações pessoais. Pode-se argumentar
bem sem, necessariamente, descartar as emoções, como no caso de convencer o aluno a se
esforçar nos estudos diante da perspectiva de férias mais tranquilas. Enfim, argumentar
corretamente (sem armar
ciladas para o interlocutor) é apresentar boas razões para o debate, sustentar adequadamente

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um diálogo, promovendo a dinamização do pensamento. Tudo isso pressupõe um clima


democrático.
1.3. Inferência Lógica
Cabe à lógica a tarefa de indicar os caminhos para um raciocínio válido, visando à verdade.
Contudo, só faz sentido falar de verdade ou falsidade quando entram em jogo asserções nas
quais se declara algo, emitindo-se um juízo de realidade. Existem, então, dois tipos de frases:
as assertivas e as não assertivas, que também podem ser chamadas de proposições ou juízos.
Nas frases assertivas afirma-se algo, como nos exemplos: “a raiz quadrada de 9 é 3” ou “o sol
brilha à noite”. Já, nas frases não assertivas, não entram em jogo o falso e o verdadeiro, e, por
isso, elas não têm “valor de verdade”. É o caso das interrogações ou das frases que expressam
estados emocionais difusos, valores vivenciados subjetivamente ou ordens. A frase “toque a
bola”, por exemplo, não é falsa nem verdadeira, por não se tratar de uma asserção (juízo).
As frases declaratórias ou assertivas podem ser combinadas de modo a levarem a conclusões
conseqüuentes, constituindo raciocínios válidos. Veja-se o exemplo:
(1) Não há crime sem uma lei que o defina;
(2) não há uma lei que defina matar ET’s como crime;
(3) logo, não é crime matar ET’s.
Ao serem ligadas estas assertivas, na mente do interlocutor, vão sendo criadas as condições
lógicas adequadas à conclusão do raciocínio. Esse processo, que muitas vezes permite que a
conclusão seja antecipada sem que ainda sejam emitidas todas as proposições do raciocínio,
chamase inferência. O ponto de partida de um raciocínio (as premissas) deve levar a
conclusões óbvias.
1.4. Termo e Conceito
Para que a validade de um raciocínio seja preservada, é fundamental que se respeite uma
exigência básica: as palavras empregadas na sua construção não podem sofrer modificações
de significado. Observe-se o exemplo:
Os jaguares são quadrúpedes;
Meu carro é um Jaguar
logo, meu carro é um quadrúpede.
O termo “jaguar” sofreu uma alteração de significado ao longo do raciocínio, por isso, não tem
validade.
Quando pensamos e comunicamos os nossos pensamentos aos outros, empregamos palavras
tais como “animal”, “lei”, “mulher rica”, “crime”, “cadeira”, “furto” etc. Do ponto de vista da
lógica, tais palavras são classificadas como termos, que são palavras acompanhadas de

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conceitos. Assim sendo, o termo é o signo lingüístico, falado ou escrito, referido a um conceito,
que é o ato mental correspondente ao signo.
Desse modo, quando se emprega, por exemplo, o termo “mulher rica”, tende-se a pensar no
conjunto das mulheres às quais se aplica esse conceito, procurando apreender uma nota
característica comum a todos os elementos do conjunto, de acordo com a ‘intencionalidade’
presente no ato mental.
Como resultado, a expressão “mulher rica” pode ser tratada como dois termos: pode ser uma
pessoa do sexo feminino cujos bens materiais ou financeiros estão acima da média ou aquela
cuja trajetória existencial destaca-se pela bondade, virtude, afetividade e equilíbrio.
Para que não se obstrua a coerência do raciocínio, é preciso que fique bem claro, em função
do contexto ou de uma manifestação de quem emite o juízo, o significado dos termos
empregados no discurso.
1.5. Princípios lógicos
Existem alguns princípios tidos como conditio sine qua non para que a coerência do raciocínio,
em absoluto, possa ocorrer. Podem ser entendidos como princípios que se referem tanto à
realidade das coisas (plano ontológico), quanto ao pensamento (plano lógico), ou seja, se as
coisas em geral devem respeitar tais princípios, assim também o pensamento deve respeitá-
los. São eles:
a) Princípio da identidade, pelo qual se delimita a realidade de um ser. Trata-se de conceituar
logicamente qual é a identidade de algo a que se está fazendo referência. Uma vez
conceituada uma certa coisa, seu conceito deve manter-se ao longo do raciocínio. Por
exemplo, se estou falando de um homem chamado Pedro, não posso estar me referindo a
Antônio.
b) Princípio da não-contradição. Se algo é aquilo que é, não pode ser outra coisa, sob o mesmo
aspecto e ao mesmo tempo. Por exemplo, se o brasileiro João está doente agora, não está
são, ainda que, daqui a pouco possa vir a curar-se, embora, enquanto João, ele seja brasileiro,
doente ou são;
c) Princípio da exclusão do terceiro termo. Entre o falso e o verdadeiro não há meio termo, ou
é falso ou é verdadeiro. Ou está chovendo ou não está, não é possível um terceiro termo: está
meio chovendo ou coisa parecida.
A lógica clássica e a lógica matemática aceitam os três princípios como suas pedras angulares,
no entanto, mais recentemente, Lukasiewicz e outros pensadores desenvolveram sistemas
lógicos sem o princípio do terceiro excluído, admitindo valor lógico não somente ao falso e ao
verdadeiro, como também ao indeterminado.
2. Argumentação e Tipos de Raciocínio

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Conforme vimos, a argumentação é o modo como é exposto um raciocínio, na tentativa de


convencer alguém de alguma coisa. Quem argumenta, por sua vez, pode fazer uso de diversos
tipos de raciocínio. Às vezes, são empregados raciocínios aceitáveis do ponto de vista lógico,
já, em outras
ocasiões, pode-se apelar para raciocínios fracos ou inválidos sob o mesmo ponto de vista. É
bastante comum que raciocínios desse tipo sejam usados para convencer e logrem o efeito
desejado, explorando a incapacidade momentânea ou persistente de quem está sendo
persuadido de avaliar o valor lógico do raciocínio empregado na argumentação.
Um bom raciocínio, capaz de resistir a críticas, precisa ser dotado de duas características
fundamentais: ter premissas aceitáveis e ser desenvolvido conforme as normas apropriadas.
Dos raciocínios mais empregados na argumentação, merecem ser citados a analogia, a
indução e a dedução. Dos três, o primeiro é o menos preciso, ainda que um meio bastante
poderoso de convencimento, sendo bastante usado pela filosofia, pelo senso comum e,
particularmente, nos discursos jurídico e religioso; o segundo é amplamente empregado pela
ciência e, também, pelo senso
comum e, por fim, a dedução é tida por alguns como o único raciocínio autenticamente lógico,
por isso, o verdadeiro objeto da lógica formal.
A maior ou menor valorização de um ou de outro tipo de raciocínio dependerá do objeto a
que se aplica, do modo como é desenvolvido ou, ainda, da perspectiva adotada na abordagem
da natureza e do alcance do conhecimento.
Às vezes, um determinado tipo de raciocínio não é adequadamente empregado. Vejam-se os
seguintes exemplos: o médico alemão Ludwig Büchner (1824-1899) apresentou como
argumento contra a existência da alma o fato de esta nunca ter sido encontrada nas diversas
dissecações do corpo humano; o astronauta russo Gagarin (1934-1968) afirmou que Deus não
existe pois “esteve lá em cima” e não o encontrou. Nesses exemplos fica bem claro que o
raciocínio indutivo, baseado na observação empírica, não é o mais adequado para os objetos
em questão, já que a alma e Deus são de ordem metafísica, não física.
2.1. Raciocínio analítico
Se raciocinar é passar do desconhecido ao conhecido, é partir do que se sabe em direção
àquilo que não se sabe, a analogia (aná = segundo, de acordo + lógon = razão) é um dos
caminhos mais comuns para que isso aconteça. No raciocínio analógico, compara-se uma
situação já conhecida com uma situação desconhecida ou parcialmente conhecida, aplicando
a elas as informações previamente obtidas quando da vivência direta ou indireta da situação-
referência.
Normalmente, aquilo que é familiar é usado como ponto de apoio na formação do
conhecimento, por isso, a analogia é um dos meios mais comuns de inferência. Se, por um
lado, é fonte de conhecimentos do dia-a-dia, por outro, também tem servido de inspiração
para muitos gênios das ciências e das artes, como nos casos de Arquimedes na banheira (lei

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do empuxo), de Galileu na catedral de Pisa (lei do pêndulo) ou de Newton sob a macieira (lei
da gravitação universal). No entanto, também é uma forma de raciocínio em que se cometem
muitos erros. Tal acontece porque é difícil estabelecer-lhe regras rígidas. A distância entre a
genialidade e a falha grosseira é muito pequena. No caso dos raciocínios analógicos, não se
trata propriamente de considerá-los válidos ou não-válidos, mas de verificar se são fracos ou
fortes. Segundo Copi, deles somente se exige “que tenham alguma probabilidade” (Introdução
à lógica, p. 314).
A força de uma analogia depende, basicamente, de três aspectos:
a) os elementos comparados devem ser verdadeiros e importantes;
b) o número de elementos semelhantes entre uma situação e outra deve ser significativo;
c) não devem existir divergências marcantes na comparação.

No raciocínio analógico, comparam-se duas situações, casos, objetos etc. semelhantes e


tiramse as conclusões adequadas. Na ilustração, tal como a carroça, o carro a motor é um
meio de transporte que necessita de um condutor. Este, tanto num caso quanto no outro,
precisa ser dotado de bom senso e de boa técnica para desempenhar adequadamente seu
papel.
Aplicação das regras acima a exemplos:
a) Os elementos comparados devem ser verdadeiros e relevantes, não imaginários ou
insignificantes.tc "a) Os elementos comparados devem ser verdadeiros e relevantes, não
imaginários ou insignificantes."
Analogia forte - Ana Maria sempre teve bom gosto ao comprar suas roupas, logo, terá bom
gosto ao comprar as roupas de sua filha.
Analogia fraca - João usa terno, sapato de cromo e perfume francês e é um bom advogado;
Antônio usa terno, sapato de cromo e perfume francês; logo, deve ser um bom advogado.
b) O número de aspectos semelhantes entre uma situação e outra deve ser significativo.tc "b)
O número de aspectos semelhantes entre uma situação e outra deve ser significativo."

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Analogia forte - A Terra é um planeta com atmosfera, com clima ameno e tem água; em Marte,
tal como na Terra, houve atmosfera, clima ameno e água; na Terra existe vida, logo, tal como
na Terra, em Marte deve ter havido algum tipo de vida.
Analogia fraca - T. Edison dormia entre 3 e 4 horas por noite e foi um gênio inventor; eu
dormirei durante 3 1/2 horas por noite e, por isso, também serei um gênio inventor.
c) Não devem existir divergências marcantes na comparação.tc "c) Não devem existir
divergências marcantes na comparação.."
Analogia forte - A pescaria em rios não é proveitosa por ocasião de tormentas e tempestades;
a pescaria marinha não está tendo sucesso porque troveja muito.
Analogia fraca - Os operários suíços que recebem o salário mínimo vivem bem; a maioria dos
operários brasileiros, tal como os operários suíços, também recebe um salário mínimo; logo,
a maioria dos operários brasileiros também vive bem, como os suíços.
Pode-se notar que, no caso da analogia, não basta considerar a forma de raciocínio, é muito
importante que se avalie o seu conteúdo. Por isso, esse tipo de raciocínio não é admitido pela
lógica formal. Se as premissas forem verdadeiras, a conclusão não o será necessariamente,
mas possivelmente, isto caso cumpram-se as exigências acima.
Tal ocorre porque, apesar de existir uma estrutura geral do raciocínio analógico, não existem
regras claras e precisas que, uma vez observadas, levariam a uma conclusão necessariamente
válida. O esquema básico do raciocínio analógico é:
A é N, L, Y, X;
B, tal como A, é N, L, Y, X;
A é, também, Z
logo, B, tal como A, é também Z.
Se, do ponto de vista da lógica formal, o raciocínio analógico é precário, ele é muito
importante na formulação de hipóteses científicas e de teses jurídicas ou filosóficas.
Contudo, as hipóteses científicas oriundas de um raciocínio analógico necessitam de uma
avaliação posterior, mediante procedimentos indutivos ou dedutivos.
Observe-se o seguinte exemplo:
John Holland, físico e professor de ciência da computação da Universidade de Michigan,
lançou a hipótese (1995) de se verificar, no campo da computação, uma situação semelhante
à que ocorre no da genética.
Assim como na natureza espécies diferentes podem ser cruzadas para obter o chamado
melhoramento genético - um indivíduo mais adaptado ao ambiente -, na informática, também

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o cruzamento de programas pode contribuir para montar um programa mais adequado para
resolver um determinado problema.
“Se quisermos obter uma rosa mais bonita e perfumada, teremos que cruzar duas espécies:
uma com forte perfume e outra que seja bela” diz Holland. “Para resolver um problema,
fazemos o mesmo. Pegamos um programa que dê conta de uma parte do problema e cruzamos
com outro programa que solucione outra parte. Entre as várias soluções possíveis, selecionam-
se aquelas que parecem mais adequadas. Esse processo se repete por várias gerações - sempre
selecionando o melhor programa - até obter o descendente que mais se adapta à questão. É,
portanto, semelhante ao processo de seleção natural, em que só sobrevivem os mais aptos”.
(Entrevista ao JB, 19/10/95, 1º cad., p. 12).
Nesse exemplo, fica bem clara a necessidade da averiguação indutiva das conclusões extraídas
desse tipo de raciocínio para, só depois, serem confirmadas ou não.
2.2. Raciocínio Indutivo - do particular ao geral
Ainda que alguns autores considerem a analogia como uma variação do raciocínio indutivo,
esse último tem uma base mais ampla de sustentação. A indução consiste em partir de uma
série de casos particulares e chegar a uma conclusão de cunho geral. Nele, está pressuposta a
possibilidade dacoleta de dados ou da observação de muitos fatos e, na maioria dos casos,
também da verificação experimental. Como dificilmente são investigados todos os casos
possíveis, acaba se aplicando o princípio das probabilidades.
Assim sendo, as verdades do raciocínio indutivo dependem das probabilidades sugeridas pelo
número de casos observados e pelas evidências fornecidas por estes. A enumeração de casos
deve ser realizada com rigor e a conexão entre estes deve ser feita com critérios rigorosos
para que sejam indicadores da validade das generalizações contidas nas conclusões.
O esquema principal do raciocínio indutivo é o seguinte:
B é A e é X;
C é A e também é X;
D é A e também é X;
E é A e também é X;
logo, todos os A são X
No raciocínio indutivo, da observação de muitos casos particulares, chega-se a uma conclusão
de cunho geral.
Aplicando o modelo:
A jararaca é uma cobra e não voa;
A caninana é uma cobra e também não voa;
A urutu é uma cobra e também não voa;

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A cascavel é uma cobra e também não voa;


logo, as cobras não voam.
Contudo,
Ao sair de casa, João viu um gato preto e, logo a seguir, caiu e quebrou o braço. Maria viu o
mesmo gato e, alguns minutos depois, foi assaltada. Antonio também viu o mesmo gato e, ao
sair do estacionamento, bateu com o carro. Logo, ver um gato preto traz azar.
Os exemplos acima sugerem, sob o ponto de vista do valor lógico, dois tipos de indução: a
indução fraca e a indução forte. É forte quando não há boas probabilidades de que um caso
particular discorde da generalização obtida das premissas: a conclusão “nenhuma cobra voa”
tem grande probalidade de ser válida. Já, no caso do “gato preto”, não parece haver
sustentabilidade da conclusão, por se tratar de mera coincidência, tratando-se de uma
indução fraca. Além disso, há casos em que uma simples análise das premissas é suficiente
para detectar a sua fraqueza.
Vejam-se os exemplos das conclusões que pretendem ser aplicadas ao comportamento da
totalidade dos membros de um grupo ou de uma classe tendo como modelo o
comportamento de alguns de seus componentes:
1. Adriana é mulher e dirige mal;
Ana Maria é mulher e dirige mal;
Mônica é mulher e dirige mal;
Carla é mulher e dirige mal;
logo, todas as mulheres dirigem mal.
2. Antônio Carlos é político e é corrupto;
Fernando é político e é corrupto;
Paulo é político e é corrupto;
Estevão é político e é corrupto;
logo, todos os políticos são corruptos.
A avaliação da suficiência ou não dos elementos não é tarefa simples, havendo muitos
exemplos na história do conhecimento indicadores dos riscos das conclusões por indução.
Basta que um caso contrarie os exemplos até então colhidos para que caia por terra uma
“verdade” por ela sustentada. Um exemplo famoso é o da cor dos cisnes. Antes da descoberta
da Austrália, onde foram
encontrados cisnes pretos, acreditava-se que todos os cisnes fossem brancos porque todos os
até então observados eram brancos. Ao ser visto o primeiro cisne preto, uma certeza de
séculos caiu por terra.

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2.2.1. Procedimentos indutivos


Apesar das muitas críticas de que é passível o raciocínio indutivo, este é um dos recursos mais
empregados pelas ciências para tirar as suas conclusões. Há dois procedimentos principais de
desenvolvimento e aplicação desse tipo de raciocínio: o da indução por enumeração
incompleta suficiente e o da indução por enumeração completa.
a. Indução por enumeração incompleta suficiente
Nesse procedimento, os elementos enumerados são tidos como suficientes para serem
tiradas determinadas conclusões. É o caso do exemplo das cobras, no qual, apesar de não
poderem ser conferidos todos os elementos (cobras) em particular, os que foram enumerados
são representativos do todo e suficientes para a generalização (“todas as cobras...”)
b. Indução por enumeração completa
Costuma-se também classificar como indutivo o raciocínio baseado na enumeração completa.
Ainda que alguns a classifiquem como tautologia, ela ocorre quando:
b.a. todos os casos são verificados e contabilizados;
b.b. todas as partes de um conjunto são enumeradas.
Exemplos correspondentes às duas formas de indução por enumeração completa:
b.a. todas as ocorrências de dengue foram investigadas e em cada uma delas foi constatada
uma característica própria desse estado de morbidez: fortes dores de cabeça; obteve-se, por
conseguinte, a conclusão segura de que a dor de cabeça é um dos sintomas da dengue.
b.b. contam-se ou conferem-se todos as peças do jogo de xadrez: ao final da contagem,
constata-se que são 32 peças.
Nesses raciocínios, tem-se uma conclusão segura, podendo-se classificá-los como formas de
indução forte, mesmo que se revelem pouco criativos em termos de pesquisa científica.
O raciocínio indutivo nem sempre aparece estruturado nos moldes acima citados. Às vezes,
percebe-se o seu uso pela maneira como o conteúdo (a matéria) fica exposta ou ordenada.
Observemse os exemplos:
- Não parece haver grandes esperanças em se erradicar a corrupção do cenário político
brasileiro.
Depois da série de protestos realizados pela população, depois das provas apresentadas nas
CPI’s, depois do vexame sofrido por alguns políticos denunciados pela imprensa, depois do
escárnio popular em festividades como o carnaval e depois de tanta insistência de muitos
sobre necessidade de moralizar o nosso país, a corrupção parece recrudescer, apresenta
novos tentáculos, se disfarça de modos sempre novos, encontrando-se maneiras inusitadas
de ludibriar a nação.

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- Sentia-me totalmente tranquilo quanto ao meu amigo, pois, até então, os seus atos sempre
foram
pautados pelo respeito às leis e à dignidade de seus pares. Assim, enquanto alguns insinuavam
a sua culpa, eu continuava seguro de sua inocência.
Tanto no primeiro quanto no segundo exemplos está sendo empregando o método indutivo
porque o argumento principal está sustentado pela observação de muitos casos ou fatos
particulares que, por sua vez, fundamentam a conclusão. No primeiro caso, a constatação de
que diversas tentativas de erradicar a corrupção mostraram-se infrutíferas conduzem à
conclusão da impossibilidade de sua superação, enquanto que, no segundo exemplo, da
observação do comportamento do amigo infere-se sua inocência.
2.2.1 Analogia, indução e probabilidade
Nos raciocínios analógico e indutivo, apesar de boas chances do contrário, há sempre a
possibilidade do erro. Isso ocorre porque se está lidando com probabilidades e estas não são
sinônimas de certezas.
Há três tipos principais de probabilidades: a matemática, a moral e a natural.
a) A probabilidade matemática é aquela na qual, partindo-se dos casos numerados, é possível
calcular, sob forma de fração, a possibilidade de algo ocorrer – na fração, o denominador
representa os casos possíveis e o numerador o número de casos favoráveis. Por exemplo, no
caso de um sorteio usando uma moeda, a probabilidade de dar cara é de 50% e a de dar coroa
também é de 50%.
b) A probabilidade moral é a relativa a fatos humanos destituídos de caráter matemático. É o
caso da possibilidade de um comportamento criminoso ou virtuoso, de uma reação alegre ou
triste etc.
Exemplos: considerando seu comportamento pregresso, é provável que Pedro não tenha
cometido o crime, contudo... Conhecendo-se a meiguice de Maria, é provável que ela o receba
bem, mas...
c) A probabilidade natural é a relativa a fenômenos naturais dos quais nem todas as
possibilidades são conhecidas. A previsão meteorológica é um exemplo particular de
probalidade natural. A teoria do caos assenta-se na tese da imprevisibilidade relativa e da
descrição apenas parcial de alguns eventos naturais.
Por lidarem com probabilidades, a indução e a analogia são passíveis de conclusões inexatas.
Assim sendo, deve-se ter um relativo cuidado com as suas conclusões. Elas expressam muito
bem a necessidade humana de explicar e prever os acontecimentos e as coisas, contudo,
também revelam as limitações humanas no que diz respeito à construção do conhecimento.
2.3. Raciocínio dedutivo - do geral ao particular

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O raciocínio dedutivo, conforme a convicção de muitos estudiosos da lógica, é aquele no qual


são superadas as deficiências da analogia e da indução.
No raciocínio dedutivo, inversamente ao indutivo, parte-se do geral e vai-se ao particular. As
inferências ocorrem a partir do progressivo avanço de uma premissa de cunho geral, para se
chegar a uma conclusão tão ou menos ampla que a premissa. O silogismo é o melhor exemplo
desse tipo de raciocínio:
Premissa maior: Todos os homens são mamíferos. universal
Premissa menor: Pedro é homem.
Conclusão: Logo, Pedro é mamífero. Particular
No raciocínio dedutivo, de uma premissa de cunho geral podem-se tirar conclusões de cunho
particular.
Aristóteles refere-se à dedução como “a inferência na qual, colocadas certas coisas, outra
diferente se lhe segue necessariamente, somente pelo fato de terem sido postas”. Uma vez
posto que todos os homens são mamíferos e que Pedro é homem, há de se inferir,
necessariamente, que Pedro é um mamífero. De certo modo, a conclusão já está presente nas
premissas, basta observar algumas
regras e inferir a conclusão.
2.3.1. Construção do Silogismo
A estrutura básica do silogismo consiste na determinação de umavpremissa maior (ponto de
partida), de uma premissa menor (termo médio) e de uma conclusão, inferidava partir da
premissa menor. Em outras palavras, o silogismo sai de uma premissa maior, progride através
da premissa menor e infere, necessariamente, uma conclusão adequada.
Eis um exemplo de silogismo:
Todos os atos que ferem a lei são puníveis Premissa Maior
A concussão é um ato que fere a lei Premissa Menor
Logo, a concussão é punível Conclusão
O silogismo estrutura-se por premissas. No âmbito da lógica, as premissas são chamadas de
proposições que, por sua vez, são a expressão oral ou gráfica de frases assertivas ou juízos. O
termo é uma palavra ou um conjunto de palavras que exprime um conceito. Os termos de um
silogismo são necessariamente três: maior, médio e menor. O termo maior é aquele cuja
extensão é maior (normalmente, é o predicado da conclusão); o termo médio é o que serve
de intermediário ou de conexão entre os outros dois termos (não figura na conclusão) e o
termo menor é o de menor extensão (normalmente, é o sujeito da conclusão). No exemplo
acima, punível é o termo maior, ato que fere a lei é o termo médio e concussão é o menor.

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2.3.1.1. As Regras do Silogismo


Oito são as regras que fazem do silogismo um raciocínio perfeitamente lógico. As quatro
primeiras dizem respeito às relações entre os termos e as demais dizem respeito às relações
entre as premissas. São elas:
2.3.1.1.1. Regras dos Termos
1) Qualquer silogismo possui somente três termos: maior, médio e menor.
Exemplo de formulação correta:
Termo Maior: Todos os gatos são mamíferos.
Termo Médio: Mimi é um gato.
Termo Menor: Mimi é um mamífero.
Exemplo de formulação incorreta:
Termo Maior: Toda gata(1) é quadrúpede.
Termo Médio: Maria é uma gata(2).
Termo Menor: Maria é quadrúpede.
O termo “gata” tem dois significados, portanto, há quatro termos ao invés de três.
2) Os termos da conclusão nunca podem ser mais extensos que os termos das premissas.
Exemplo de formulação correta:
Termo Maior: Todas as onças são ferozes.
Termo Médio: Nikita é uma onça.
Termo Menor: Nikita é feroz.
Exemplo de formulação incorreta:
Termo Maior: Antônio e José são poetas.
Termo Médio: Antônio e José são surfistas.
Termo Menor: Todos os surfistas são poetas.
“Antonio e José” é um termo menos extenso que “todos os surfistas”.
3) O predicado do termo médio não pode entrar na conclusão.
Exemplo de formulação correta:
Termo Maior: Todos os homens podem infringir a lei.

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Termo Médio: Pedro é homem.


Termo Menor: Pedro pode infringir a lei.
Exemplo de formulação incorreta:
Termo Maior: Todos os homens podem infringir a lei.
Termo Médio: Pedro é homem.
Termo Menor: Pedro ou é homem (?) ou pode infringir a lei.
A ocorrência do termo médio “homem” na conclusão é inoportuna.
4) O termo médio deve ser tomado ao menos uma vez em sua extensão universal.
Exemplo de formulação correta:
Termo Maior: Todos os homens são dotados de habilidades.
Termo Médio: Pedro é homem.
Termo Menor: Pedro é dotado de habilidades.
Exemplo de formulação incorreta:
Termo Maior: Alguns homens são sábios.
Termo Médio: Ora os ignorantes são homens
Termo Menor: Logo, os ignorantes são sábios
O predicado “homens” do termo médio não é universal, mas particular.
2.3.1.1.2. Regras das Premissas
5) De duas premissas negativas, nada se conclui.
Exemplo de formulação incorreta:
Premissa Maior: Nenhum gato é mamífero
Premissa Menor: Lulu não é um gato.
Conclusão: (?).
6) De duas premissas afirmativas, não se tira uma conclusão negativa.
Exemplo de formulação incorreta:
Premissa Maior: Todos os bens morais devem ser desejados.
Premissa Menor: Ajudar ao próximo é um bem moral.
Conclusão: Ajudar ao próximo não (?) deve ser desejado.

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7) A conclusão segue sempre a premissa mais fraca. A premissa mais fraca é sempre a de
caráter negativo.
Exemplo de formulação incorreta:
Premissa Maior: As aves são animais que voam.
Premissa Menor: Alguns animais não são aves.
Conclusão: Alguns animais não voam.
Exemplo de formulação incorreta:
Premissa Maior: As aves são animais que voam.
Premissa Menor: Alguns animais não são aves.
Conclusão: Alguns animais voam.
8) De duas premissas particulares nada se conclui.
Exemplo de formulação incorreta:
Premissa Maior: Mimi é um gato.
Premissa Menor: Um gato foi covarde.
Conclusão: (?)

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2.4 Diagramas Lógicos


Os diagramas lógicos são usados na resolução de vários problemas. Uma situação que esses
diagramas poderão ser usados, é na determinação da quantidade de elementos que
apresentam uma determinada característica.

Assim, se num grupo de pessoas há 43 que dirigem carro, 18 que dirigem moto e 10 que
dirigem carro e moto. Baseando-se nesses dados, e nos diagramas lógicos poderemos saber:
Quantas pessoas têm no grupo ou quantas dirigem somente carro ou ainda quantas dirigem
somente motos. Vamos inicialmente montar os diagramas dos conjuntos que representam os
motoristas de motos e motoristas de carros. Começaremos marcando quantos elementos tem
a intersecção e depois completaremos os outros espaços.

Marcando o valor da intersecção, então iremos subtraindo esse valor da quantidade de


elementos dos conjuntos A e B. A partir dos valores reais, é que poderemos responder as
perguntas feitas.

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a) Temos no grupo: 8 + 10 + 33 = 51 motoristas.


b) Dirigem somente carros 33 motoristas.
c) Dirigem somente motos 8 motoristas.
No caso de uma pesquisa de opinião sobre a preferência quanto à leitura de três jornais. A, B
e C, foi apresentada a seguinte tabela:

Para termos os valores reais da pesquisa, vamos inicialmente montar os diagramas que
representam cada conjunto. A colocação dos valores começará pela intersecção dos três
conjuntos e depois para as intersecções duas a duas e por último às regiões que representam
cada conjunto individualmente. Representaremos essesconjuntos dentro de um retângulo
que indicará o conjunto universo da pesquisa.

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Fora dos diagramas teremos 150 elementos que não são leitores de nenhum dos três jornais.
Na região I, teremos: 70 - 40 = 30 elementos.
Na região II, teremos: 65 - 40 = 25 elementos.
Na região III, teremos: 105 - 40 = 65 elementos.
Na região IV, teremos: 300 - 40 - 30 - 25 = 205 elementos.
Na região V, teremos: 250 - 40 -30 - 65 = 115 elementos.
Na região VI, teremos: 200 - 40 - 25 - 65 = 70 elementos.
Dessa forma, o diagrama figura preenchido com os seguintes elementos:

Com essa distribuição, poderemos notar que 205 pessoas leem apenas o jornal A. Verificamos
que 500 pessoas não leem o jornal C, pois é a soma 205 + 30 + 115 + 150. Notamos ainda que
700 pessoas foram entrevistadas, que é a soma 205 + 30 + 25 + 40 + 115 + 65 + 70 + 150.
2.4.1. Diagrama de Euler

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Um diagrama de Euler é similar a um diagrama de Venn, mas não precisa conter todas as zonas
(onde uma zona é definida como a área de intersecção entre dois ou mais contornos). Assim,
um diagrama de Euler pode definir um universo de discurso, isto é, ele pode definir um sistema
no qual certas intersecções não são possíveis ou consideradas. Assim, um diagrama de Venn
contendo os atributos para Animal, Mineral e quatro patas teria que conter intersecções onde
alguns estão em ambos animal, mineral e de quatro patas. Um diagrama de Venn,
consequentemente, mostra todas as possíveis combinações ou conjunções.

2.4.2 Diagramas de Venn


Designa-se por diagramas de Venn os diagramas usados em matemática para simbolizar
graficamente propriedades, axiomasve problemas relativos aos conjuntos e sua teoria. Os
respectivos diagramas consistem de curvas fechadas simples desenhadas sobre um plano, de
forma a simbolizar os conjuntos e permitir a representação das relações de pertença entre
conjuntos e seus elementos (por exemplo, 4 ∉ {3,4,5}, mas 4 ∉ {1,2,3,12}) e relações de
continência (inclusão) entre os conjuntos (por exemplo, {1, 3} ⊂ {1, 2, 3, 4}). Assim, duas curvas
que não se tocam e estão uma no espaço interno da outra simbolizam conjuntos que possuem
continência; ao passo que o ponto interno a uma curva representa um elemento pertencente
ao conjunto.
Dois Conjuntos: considere-se o seguinte exemplo: suponhase que o conjunto A representa os
animais bípedes e o conjunto B representa os animais capazes de voar. A área onde os dois
círculos se sobrepõem, designada por intersecção A e B ou intersecção A-B, conteria todas as
criaturas que ao mesmo tempo podem voare têm apenas duas pernas motoras.

Considere-se agora que cada espécie viva está representada por um ponto situado em alguma
parte do diagrama. Os humanos e os pinguins seriam marcados dentro do círculo A, na parte
dele que não se sobrepõe com o círculo B, já que ambos são bípedes mas não podem voar. Os
mosquitos, que voam mas têm seis pernas, seriam representados dentro do círculo B e fora
da sobreposição.

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Os canários, por sua vez, seriam representados na intersecção A-B, já que são bípedes e
podem voar. Qualquer animal que não fosse bípede nem pudesse voar, como baleias ou
serpentes, seria marcado por pontos fora dos dois círculos.
Assim, o diagrama de dois conjuntos representa quatro áreas distintas (a que fica fora de
ambos os círculos, a parte de cada círculo que pertence a ambos os círculos (onde há
sobreposição), e as duas áreas que não se sobrepõem, mas estão em um círculo ou no outro):
- Animais que possuem duas pernas e não voam (A sem sobreposição).
- Animais que voam e não possuem duas pernas (B sem sobreposição).
- Animais que possuem duas pernas e voam (sobreposição).
- Animais que não possuem duas pernas e não voam (branco
- fora).
Essas configurações são representadas, respectivamente, pelas operações de conjuntos:
diferença de A para B, diferença de B para A, intersecção entre A e B, e conjunto
complementar de A e B. Cada uma delas pode ser representada como as seguintes áreas (mais
escuras) no diagrama:

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Além disso, essas quatro áreas podem ser combinadas de 16 formas diferentes. Por exemplo,
pode-se perguntar sobre os animais que voam ou tem duas patas (pelo menos uma das
características); tal conjunto seria representado pela união de A e B. Já os animais que voam
e não possuem duas patas mais os que não voam e possuem duas patas, seriam representados
pela diferença simétrica entre A e B. Estes exemplos são mostrados nas imagens a seguir, que
incluem também outros dois casos.

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Três Conjuntos: Na sua apresentação inicial, Venn focou-se sobretudo nos diagramas de três
conjuntos. Alargando o exemplo anterior, poderia-se introduzir o conjunto C dos animais que
possuem bico. Neste caso, o diagrama define sete áreas distintas, que podem combinar-se de
256 (28) maneiras diferentes, algumas delas ilustradas nas imagens seguintes.

Diagrama de Venn mostrando todas as intersecções possíveis entre A, B e C.

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2.4.3. Proposições Categóricas


- Todo A é B
- Nenhum A é B
- Algum A é B e
- Algum A não é B
Proposições do tipo Todo A é B afirmam que o conjunto A é um subconjunto do conjunto B.
Ou seja: A está contido em B. Atenção: dizer que Todo A é B não significa o mesmo que Todo
B é A. Enunciados da forma Nenhum A é B afirmam que os conjuntos A e B são disjuntos, isto
é, não tem elementos em comum. Atenção: dizer que Nenhum A é B é logicamente
equivalente a dizer que Nenhum B é A.
Por convenção universal em Lógica, proposições da forma Algum A é B estabelecem que o
conjunto A tem pelo menos um elemento em comum com o conjunto B. Contudo, quando
dizemos que Algum A é B, pressupomos que nem todo A é B. Entretanto, no sentido lógico de
algum, está perfeitamente correto afirmar que “alguns de meus colegas estão me elogiando”,

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mesmo que todos eles estejam. Dizer que Algum A é B é logicamente equivalente a dizer que
Algum B é A. Também, as seguintes expressões são equivalentes: Algum A é B = Pelo menos
um A é B = Existe um A que é B.
Proposições da forma Algum A não é B estabelecem que o conjunto A tem pelo menos um
elemento que não pertence ao conjunto B. Temos as seguintes equivalências: Algum A não é
B = Algum A é não B = Algum não B é A. Mas não é equivalente a Algum B não é A. Nas
proposições categóricas, usam-se também as variações gramaticais dos verbos ser e estar, tais
como é, são, está, foi, eram, ..., como elo de ligação entre A e B.
- Todo A é B = Todo A não é não B.
- Algum A é B = Algum A não é não B.
- Nenhum A é B = Nenhum A não é não B.
- Todo A é não B = Todo A não é B.
- Algum A é não B = Algum A não é B.
- Nenhum A é não B = Nenhum A não é B.
- Nenhum A é B = Todo A é não B.
- Todo A é B = Nenhum A é não B.
- A negação de Todo A é B é Algum A não é B (e vice-versa).
- A negação de Algum A é B é Nenhum A não é B (e viceversa).
Verdade ou Falsidade das Proposições Categóricas
Dada a verdade ou a falsidade de qualquer uma das proposições categóricas, isto é, de Todo
A é B, Nenhum A é B, Algum A é B e Algum A não é B, pode-se inferir de imediato a verdade
ou a falsidade de algumas ou de todas as outras.
1. Se a proposição Todo A é B é verdadeira, então temos as duas representações possíveis:

Nenhum A é B. É falsa.
Algum A é B. É verdadeira.
Algum A não é B. É falsa.
2. Se a proposição Nenhum A é B é verdadeira, então temos somente a representação:

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Todo A é B. É falsa.
Algum A é B. É falsa.
Algum A não é B. É verdadeira.
3. Se a proposição Algum A é B é verdadeira, temos as quatrorepresentações possíveis:

Nenhum A é B. É falsa.
Todo A é B. Pode ser verdadeira (em 3 e 4) ou falsa (em 1 e 2).
Algum A não é B. Pode ser verdadeira (em 1 e 2) ou falsa (em 3 e 4) – é indeterminada.
4. Se a proposição Algum A não é B é verdadeira, temos as três representações possíveis:

Todo A é B. É falsa.
Nenhum A é B. Pode ser verdadeira (em 3) ou falsa (em 1 e 2 – é indeterminada).
Algum A é B. Ou falsa (em 3) ou pode ser verdadeira (em 1 e 2 – é indeterminada).

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QUANTIFICADORES
Na Matemática, utilizamos símbolos que são capazes de quantificar elementos. Esses símbolos,
chamados de quantificadores, são empregados tanto no estudo da álgebra quanto no estudo da lógica
matemática.

Os quantificadores possuem a função de nos informar a respeito de determinada quantidade de


elementos em uma situação. Esses quantificadores podem ser classificados em dois tipos
“Quantificador Universal” ou “Quantificador Existencial”.

O quantificador universal é utilizado quando queremos nos referir a todos os elementos de um


conjunto. Por exemplo, se afirmamos que “todo número natural par é múltiplo de 2”, podemos
reescrever essa afirmação de outra forma, veja: seja a um número natural par, esse número natural
pode ser escrito na forma 2n, sendo que n é natural, isto é, para todo a pertencente aos naturais, a =
2n. Para simplificar a notação, podemos substituir o termo para todo por ?, o qual possui o mesmo
significado, podendo ainda ser lido como “qualquer que seja” ou “para cada”. Vejamos outro exemplo:
seja n um número natural qualquer, podemos afirmar que:

Portanto, independentemente do número natural que escolhermos, o seu produto com zero resultará
em zero.

O quantificador existencial diferencia-se do universal porque não se refere a todos os elementos de


um conjunto. Ele faz referência a pelo menos um elemento pertencente ao conjunto. Por exemplo,
posso afirmar que um ônibus escolar só faz determinado trajeto se houver pelo menos um aluno que
se dirigirá à escola “Educar o Educando”. Não importa se há mais alunos que irão para essa escola ou
mesmo se todos os alunos estudam nessa escola. O fato de haver pelo menos um aluno da escola
“Educar o Educando” já é razão suficiente para o motorista fazer o trajeto que o leva à escola. Para
expressarmos o quantificador existencial, utilizamos o símbolo ?, que pode ser lido como “existe
um”, “existe pelo menos um”, “algum” ou “existe”.

Vejamos um novo exemplo: existe pelo menos um número natural n que, subtraído de seu quadrado,
resulta em 0, isto é:

Essa afirmação é válida para qualquer valor de n? Se escolhermos o valor de 2 para n, teremos 2² – 2
= 4 – 2 = 2. A igualdade não resultará em zero. Os únicos valores básicos para que a igualdade seja
verdadeira são n = 1 e n = 0.

Há ainda um quantificador de existência e unicidade. Esse quantificador refere-se à existência de um


único elemento. Para representar o quantificador de existência, utilizamos o símbolo ?! e lemos “existe
um e um só” ou “existe um único”. Por exemplo, podemos afirmar que existe um único número
natural n que, somado com 5, resulte em 6. Podemos escrever:

Existe um único valor para n que possibilita que essa igualdade seja verdadeira. Esse valor é n = 1 e
não há qualquer outro número natural que valide essa equação.

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Questões de Concursos

01. (FCC /TRE-SP)


Considere que uma expressão lógica envolva candidato (C), cargo político (P), votos (V) e
ganhador (G). Para avaliar se uma dada expressão é verdadeira ou não, um Técnico deve usar
uma Tabela da Verdade, que contém uma lista exaustiva de situações possíveis envolvendo as
4 variáveis. A Tabela da Verdade deve ter 4 colunas e
(A) 8 linhas.
(B) 16 linhas.
(C) 4 linhas.
(D) 32 linhas.
(E) 64 linhas

02. (FCC /Auditor Fiscal de Tributos – São Luís)


Considere as seguintes informações disponíveis sobre os quatro candidatos a uma vaga de
professor na faculdade de Economia de uma universidade federal.
De acordo com o edital do concurso, para concorrer à vaga, todo candidato que não seja
economista precisa, necessariamente, ter o título de doutor. Para certificar-se de que os
quatro candidatos satisfazem essa condição, é necessário verificar apenas

(A) as titulações acadêmicas dos candidatos 1 e 2.


(B) a titulação acadêmica do candidato 1 e a formação do candidato 3.
(C) a titulação acadêmica do candidato 2 e a formação do candidato 3.
(D) a titulação acadêmica do candidato 2 e a formação do candidato 4.
(E) as formações dos candidatos 3 e 4

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03. (FCC /AL-MS)


Considere as afirmações e seus respectivos valores lógicos.
I. André não é analista ou Bruno é biblioteconomista. Afirmação VERDADEIRA.
II. Se Carlos não é cerimonialista, então Dorival é contador. Afirmação FALSA.
III. André não é analista e Dorival não é contador. Afirmação FALSA.
IV. Se Bruno é biblioteconomista, então Ernani é economista. Afirmação VERDADEIRA.
A partir dessas afirmações, é correto concluir que
(A) Se Ernani é economista, então André não é analista.
(B) Carlos não é cerimonialista e Bruno não é biblioteconomista.
(C) Carlos é cerimonialista e Ernani é economista.
(D) André não é analista ou Dorival é contador.
(E) Bruno não é biblioteconomista ou Dorival não é contador.

04. (FCC 2018/TRT 6ª Região)


Considere a afirmação I como sendo FALSA e as outras três afirmações como sendo
VERDADEIRAS.
I. Lucas é médico ou Marina não é enfermeira.
II. Se Arnaldo é advogado, então Lucas não é médico.
III. Ou Otávio é engenheiro, ou Marina é enfermeira, mas não ambos.
IV. Lucas é médico ou Paulo é arquiteto.
A partir dessas informações, é correto afirmar que
(A) Paulo não é arquiteto ou Marina não é enfermeira.
(B) Marina é enfermeira e Arnaldo não é advogado.
(C) Se Lucas não é médico, então Otávio é engenheiro.
(D) Otávio é engenheiro e Paulo não é arquiteto.
(E) Arnaldo é advogado ou Paulo é arquiteto.

05. (FCC /CL-DF)


Considere a proposição: “Se um candidato estudar adequadamente, então ele passará em um
concurso”. Portanto, com base nesta proposição, é correto afirmar:
a) A maior parte dos candidatos que passam em um concurso estudam adequadamente.b)
Todos os candidatos que não estudam adequadamente não passam em um concurso.
c) Todos os candidatos que estudam adequadamente passam em um concurso.
d) Havendo candidatos que passam em um concurso, certamente estudam adequadamente.

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e) É possível que existam candidatos que estudam adequadamente e não passam em um


concurso.

06. (FCC /TCE-SP)


Considere a afirmação condicional: Se Alberto é médico ou Alberto é dentista, então Rosa é
engenheira.
Seja R a afirmação: ‘Alberto é médico’;
Seja S a afirmação: ‘Alberto é dentista’ e
Seja T a afirmação: ‘Rosa é engenheira’.
A afirmação condicional será considerada necessariamente falsa quando
(A) R for falsa, S for verdadeira e T for verdadeira.
(B) R for falsa, S for falsa e T for falsa.
(C) R for falsa, S for falsa e T for verdadeira.
(D) R for verdadeira, S for falsa e T for falsa.
(E) R for verdadeira, S for falsa e T for verdadeira.

07. (FCC /TRF 4ª Região)


“Se vou ao shopping, então faço compras”. Supondo verdadeira a afirmação anterior, e a
partir dela, pode-se concluir que
(A) sempre que vou ao shopping compro alguma coisa.
(B) para fazer compras, preciso ir ao shopping.
(C) posso ir ao shopping e não fazer compras.
(D) somente vou ao shopping.
(E) só posso fazer compras em um lugar específico.

08. (FCC /DPE-SP)


Considere as proposições abaixo.
p: Afrânio estuda. ; q: Bernadete vai ao cinema. ; r: Carol não estuda.
Admitindo que essas três proposições são verdadeiras, qual das seguintes afirmações é
FALSA?
(A) Afrânio não estuda ou Carol não estuda.
(B) Se Afrânio não estuda, então Bernadete vai ao cinema.
(C) Bernadete vai ao cinema e Carol não estuda.

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(D) Se Bernadete vai ao cinema, então Afrânio estuda ou Carol estuda.


(E) Se Carol não estuda, então Afrânio estuda e Bernadete não vai ao cinema.

09. (FCC /TCE-SP)


Uma das regras elaboradas pela associação dos bancos de um país define que: Se o
vencimento de uma conta não cair em um dia útil, então ele deverá automaticamente ser
transferido para o próximo dia útil. Para que esta regra não tenha sido cumprida, basta que
(A) uma conta cujo vencimento caía num dia útil tenha tido seu vencimento antecipado para
o dia útil imediatamente anterior.
(B) uma conta cujo vencimento caía num dia útil tenha tido seu vencimento transferido para
o próximo dia útil.
(C) uma conta cujo vencimento caía num dia útil não tenha tido seu vencimento transferido
para o próximo dia útil.
(D) uma conta cujo vencimento não caía num dia útil tenha tido seu vencimento transferido
para o próximo dia útil.
(E) uma conta cujo vencimento não caía num dia útil não tenha tido seu vencimento
transferido para o próximo dia útil.

10. Concurso: MPE-SP - Analista Técnico Científico


Suponha serem verdadeiras as afirmações:
Nenhum arrogante é simpático.
Alguns mentirosos são simpáticos.
A partir dessas afirmações, é necessariamente verdadeiro que
a) algum mentiroso é arrogante.
b) nenhum mentiroso é arrogante.
c) se um mentiroso é simpático, então ele é arrogante.
d) se um mentiroso não é simpático, então ele é arrogante.
e) algum mentiroso não é arrogante.

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11. Concurso: MPE-SP - Analista Técnico Científico


Considere verdadeiras as proposições:
Se José prefere assistir a séries de televisão, então Roberto assiste a filmes no cinema.
Carlos não assiste ao futebol.
Se Lucas assiste a novelas, então Carlos assiste ao futebol.
Roberto assiste a filmes no cinema ou Lucas assiste a novelas.
A partir dessas proposições, pode-se afirmar corretamente que
a) Roberto não assiste a filmes no cinema ou José não prefere assistir a séries de televisão.
b) Lucas não assiste a novelas e Carlos assiste ao futebol.
c) José prefere assistir a séries de televisão e Carlos não assiste a futebol.
d) Lucas não assiste a novelas ou José prefere assistir a séries de televisão.
e) Lucas assiste a novelas e Roberto assiste a filmes no cinema.

12. Concurso: PRODESP


Ver texto associado a questão
A negação da sentença "minha mãe e minha avó tocavam piano" é, do ponto de vista lógico,
equivalente a
a) Nem minha mãe, nem minha avó tocam piano.
b) Minha mãe ou minha avó tocavam piano.
c) Minha mãe tocava piano e minha avó tocava piano.
d) Minha mãe tocava piano ou minha avó não tocava piano.
e) Minha mãe não tocava piano ou minha avó não tocava piano.

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GABARITO
1. B
2. C
3. E
4. E
5. C
6. D
7. A
8. E
9. fE
10 E
11 D
12 E

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Problemas de Contagem: Princípio Aditivo e Princípio Multiplicativo. Arranjos, combinações


e permutações. Noções de Probabilidade.

"O princípio aditivo da contagem realiza a união dos elementos de dois ou mais conjuntos.
Isso porque a adição (+) e a união (U) relacionam-se, pois em ambos os operadores há a
reunião de elementos. O princípio aditivo tem a sua origem na teoria dos conjuntos, que
estudam as propriedades que estabelecem as relações entre os próprios conjuntos e entre os
elementos dos conjuntos. Veremos a seguir a definição para o princípio aditivo da contagem.

Definição: Considerando A e B como conjuntos finitos disjuntos, ou seja, com a sua intersecção
vazia, a união do número de elementos é dada por:
n (A U B) = n (A) + n (B)

n (A U B) → União do número de elementos que pertencem ao conjunto A ou ao conjunto B;

n (A) → Número de elementos do conjunto A;

n (B) → Número de elementos do conjunto B.

Para que você compreenda melhor essa definição, vamos aplicá-la a um exemplo:

Exemplo: Em uma entrevista sobre qual cor se prefere entre o vermelho e o azul, 30
entrevistados responderam que preferem a cor vermelha e 50 responderam que preferem a
cor azul. Calcule o número total de entrevistados.

Nessa questão, temos dois conjuntos finitos, que são os seguintes:

Conjunto A → Entrevistados que preferem a cor vermelha.


n (A) = 30

Conjunto B → Entrevistados que preferem a cor azul.


n (B) = 50

Para calcularmos a união desses dois conjuntos, devemos fazer o seguinte:

n (A U B) =n (A) + n (B) = 30 + 50 = 80

80 pessoas foram entrevistadas nessa pesquisa.

Representando esse exemplo por meio de diagramas, temos:

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Se os conjuntos não fossem disjuntos, teríamos uma intersecção, que é dada pelos elementos
que estão presentes em mais de um conjunto ao mesmo tempo. Quando esse tipo de situação
ocorrer, a definição para o princípio aditivo da contagem será a seguinte:

Definição: Considere A e B como conjuntos finitos. O número de elementos dado pela união
entre esses conjuntos é representado da seguinte forma:

n (A U B) =n (A) + n (B) - n (A B)

n (A U B) → União do número de elementos que pertencem ao conjunto A ou ao conjunto B;

n (A) → Número de elementos do conjunto A;

n (B) → Número de elementos do conjunto B;

n (A B) = Número de elementos que pertencem ao conjunto A e ao conjunto B.

Veja um exemplo:

Exemplo: Em uma entrevista sobre qual cor se prefere entre vermelho, azul ou ambas, obteve-
se com resposta que: 20 dos entrevistados preferem a cor vermelha; 40 preferem a cor azul;
e 10 gostam de ambas as cores. Calcule o número total de entrevistados.

Nesse exemplo, temos os seguintes conjuntos finitos:

Conjunto A → Entrevistados que preferem somente a cor vermelha.


n (A) = 20

Conjunto B → Entrevistados que preferem a cor azul.


n (B) = 40

O número de elementos que pertencem ao conjunto A e ao conjunto B ao mesmo tempo é


dado pela intersecção:

n (A B) = 10

Para calcular o total de entrevistados, faça:

n (A U B) = n (A) + n (B) - n (A B ) = 20 + 40 – 10 = 60 – 10 = 50

Princípio fundamental da contagem

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O princípio fundamental da contagem, também chamado de princípio multiplicativo, é


utilizado para encontrar o número de possibilidades para um evento constituído de n etapas.
Para isso, as etapas devem ser sucessivas e independentes.
Se a primeira etapa do evento possui x possibilidades e a segunda etapa é constituída de y
possibilidades, então existem x . y possibilidades.
Portanto, o princípio fundamental da contagem é a multiplicação das opções dadas para
determinar o total de possibilidades.
Esse conceito é importante para a análise combinatória, área da Matemática que reúne os
métodos para resolução de problemas que envolvem a contagem e, por isso, é muito útil na
investigação de possibilidades para determinar a probabilidade de fenômenos.
Exemplo 1
João está em um hotel e pretende ir visitar o centro histórico da cidade. Partindo do hotel
existem 3 linhas de metrô que levam ao shopping e 4 ônibus que se deslocam do shopping
para o centro histórico.

De quantas maneiras João pode sair do hotel e chegar até o centro histórico passando pelo
shopping?
Solução: O diagrama de árvore ou árvore de possibilidades é útil para analisar a estrutura de
um problema e visualizar o número de combinações.
Observe como a constatação das combinações foi feita utilizando o diagrama de árvore.

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Se existem 3 possibilidades de sair do hotel e chegar até o shopping, e do shopping para o


centro histórico temos 4 possibilidades, então o total de possibilidades é 12.
Outra maneira de resolver o exemplo seria pelo princípio fundamental da contagem,
efetuando a multiplicação das possibilidades, ou seja, 3 x 4 = 12.
Exemplo 2
Um restaurante possui em seu cardápio 2 tipos de entradas, 3 tipos de pratos principais e 2
tipos de sobremesas. Quantos menus poderiam ser montados para uma refeição com uma
entrada, um prato principal e uma sobremesa?
Solução: Utilizaremos a árvore de possibilidades para entender a montagem dos menus com
entrada (E), prato principal (P) e sobremesa (S).

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Pelo princípio fundamental da contagem, temos: 2 x 3 x 2 = 12. Portanto, poderiam ser


formados 12 menus com uma entrada, um prato principal e uma sobremesa.
Noções de Probabilidade, arranjos e combinações.
Análise combinatória
Introdução

A análise combinatória é a área da Matemática responsável pela análise das possibilidades e


das combinações. É um conjunto de procedimentos que possibilita a construção de grupos,
formados por um número finito de elementos de um conjunto sob certas circunstâncias. Os
três principais tipos de agrupamentos são arranjos, permutações e combinações. Cada um
deles pode ser simples ou com elementos repetidos. Neste tópico, estudaremos os
agrupamentos simples.

Porém, antes de estudá-los, aprenderemos a seguir o conceito de fatorial.

Fatorial de um número

O fatorial de um número natural n, representado por n!, é o produto de todos os inteiros


positivos menores ou iguais a n.

n! = n.(n-1).(n-2)...3.2.1

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Definições especiais

0!=1
1!=1

Exemplos

Arranjo simples

Arranjo simples de n elementos tomados p a p, onde n>=1 e p é um número natural, é


qualquer ordenação de p elementos dentre os n elementos, em que cada maneira de tomar
os elementos se diferenciam pela ordem e natureza dos elementos. A fórmula para cálculo
de arranjo simples é dada por:

Continuação dos exemplos

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Permutação simples

É um caso particular de arranjo simples. É o tipo de agrupamento ordenado onde entram


todos os elementos.

Continuação dos exemplos

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Combinação simples

É o tipo de agrupamento em que um grupo difere do outro apenas pela natureza dos
elementos componentes.

Continuação dos exemplos

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Probabilidade
Introdução

A história da teoria das probabilidades teve início com os jogos de cartas, dados e de roleta.
Esse é o motivo da grande existência de exemplos de jogos de azar no estudo da
probabilidade. A teoria da probabilidade permite que se calcule a chance de ocorrência de um
número em um experimento aleatório.

Experimento aleatório

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É aquele experimento que, quando repetido em iguais condições, pode fornecer resultados
diferentes, ou seja, são resultados explicados ao acaso. Quando se fala de tempo e
possibilidades de ganho na loteria, a abordagem envolve cálculo de experimento aleatório.

Espaço amostral

É o conjunto de todos os resultados possíveis de um experimento aleatório. A letra que


representa o espaço amostral é S.

Exemplo:

Lançando uma moeda e um dado, simultaneamente, sendo S o espaço amostral, constituído


pelos 12 elementos:

S = {K1, K2, K3, K4, K5, K6, R1, R2, R3, R4, R5, R6}

1. Escreva explicitamente os seguintes eventos:


A={caras e um número par aparece}
B={um número primo aparece}
C={coroas e um número ímpar aparecem}

2. Idem, o evento em que:


a) A ou B ocorrem;
b) B e C ocorrem;
c) Somente B ocorre.

1. Quais dos eventos A, B e C são mutuamente exclusivos?

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Resolução:

1. Para obter A, escolhemos os elementos de S constituídos de um K e um número


par: A={K2, K4, K6};
Para obter B, escolhemos os pontos de S constituídos de números primos:
B={K2,K3,K5,R2,R3,R5};
Para obter C, escolhemos os pontos de S constituídos de um R e um número ímpar:
C={R1,R3,R5}.

1. (a) A ou B = AUB = {K2,K4,K6,K3,K5,R2,R3,R5}


(b) B e C = B C = {R3,R5}
(c) Escolhemos os elementos de B que não estão em A ou C:
B Ac Cc = {K3,K5,R2}

1. A e C são mutuamente exclusivos, porque A C=

Conceito de probabilidade

Se em um fenômeno aleatório as possibilidades são igualmente prováveis, então a


probabilidade de ocorrer um evento A é:

Por exemplo, no lançamento de um dado, um número par pode ocorrer de 3 maneiras


diferentes dentre 6 igualmente prováveis, portanto, P = 3/6= 1/2 = 50%.

Dizemos que um espaço amostral S (finito) é equiprovável quando seus eventos elementares
têm probabilidades iguais de ocorrência. Num espaço amostral equiprovável S (finito), a
probabilidade de ocorrência de um evento A é sempre:

Propriedades importantes:

1. Se A e A’ são eventos complementares, então:

P(A) + P(A') = 1

2. A probabilidade de um evento é sempre um número entre 0 (probabilidade de evento


impossível) e 1 (probabilidade do evento certo).

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Probabilidade condicional

Antes da realização de um experimento, é necessário que já se tenha alguma informação


sobre o evento que se deseja observar. Nesse caso, o espaço amostral se modifica e o evento
tem a sua probabilidade de ocorrência alterada.

Fórmula de Probabilidade Condicional

P(E1 e E2 e E3 e ...e En-1 e En) é igual a P(E1).P(E2/E1).P(E3/E1 e E2)...P(En/E1 e E2 e ...En-1).

Onde :

- P(E2/E1) é a probabilidade de ocorrer E2, condicionada pelo fato de já ter ocorrido E1;

- P(E3/E1 e E2) é a probabilidade ocorrer E3, condicionada pelo fato de já terem ocorrido E1 e
E 2;

- P(Pn/E1 e E2 e ...En-1) é a probabilidade de ocorrer En, condicionada ao fato de já ter ocorrido


E1 e E2...En-1.

Exemplo:

Uma urna tem 30 bolas, sendo 10 vermelhas e 20 azuis. Se ocorrer um sorteio de 2 bolas, uma
de cada vez e sem reposição, qual será a probabilidade de a primeira ser vermelha e a segunda
ser azul?

Resolução:

Seja o espaço amostral S=30 bolas, vamos considerar os seguintes eventos:

A: vermelha na primeira retirada e P(A) = 10/30

B: azul na segunda retirada e P(B) = 20/29

Assim:

P(A e B) = P(A).(B/A) = 10/30.20/29 = 20/87

Eventos independentes

Dizemos que E1 e E2 e ...En-1, En são eventos independentes quando a probabilidade de ocorrer


um deles não depende do fato de os outros terem ou não terem ocorrido.

Fórmula da probabilidade dos eventos independentes:

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P(E1 e E2 e E3 e ...e En-1 e En) = P(E1).P(E2).p(E3)...P(En)

Exemplo:

Uma urna tem 30 bolas, sendo 10 vermelhas e 20 azuis. Se sortearmos 2 bolas, 1 de cada vez
e repondo a sorteada na urna, qual será a probabilidade de a primeira ser vermelha e a
segunda ser azul?

Resolução:

Como os eventos são independentes, a probabilidade de sair vermelha na primeira retirada e


azul na segunda retirada é igual ao produto das probabilidades de cada condição, ou seja:

P(A e B) = P(A).P(B).

Ora, a probabilidade de sair vermelha na primeira retirada é 10/30 e a de sair azul na segunda
retirada 20/30. Daí, usando a regra do produto, temos: 10/30.20/30=2/9.

Observe que na segunda retirada forma consideradas todas as bolas, pois houve reposição.
Assim, P(B/A) =P(B), porque o fato de sair bola vermelha na primeira retirada não influenciou
a segunda retirada, já que ela foi reposta na urna.

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INFORMÁTICA

MS Office 2016 (Word, Excel, Powerpoint, Access) - conceitos, características, ícones,


atalhos de teclado, uso do software e emprego dos recursos.

Introdução ao Word 2016


O Word 2016 é a última versão de edição de textos lançada pela Microsoft. Essa versão vem
com novas ferramentas e novos recursos para que o usuário crie, edite e compartilhe
documentos de maneira fácil e prática.
O Word 2016 está com um visual moderno, mas ao mesmo tempo simples e prático, possui
muitas melhorias, modelos de documentos e estilos de formatações predefinidos para agilizar
e dar um toque de requinte aos trabalhos desenvolvidos.
Novidades da Versão 2016
O Word 2016 seguiu as tendências atuais da computação, permite o compartilhamento de
documentos e possui integração direta com vários outros serviços da web, como Facebook,
Flickr, Youtube, Onedrive, Twitter, entre outros.
• Diga-me o que Você Deseja Fazer: Facilita a localização e a realização das tarefas de
forma intuitiva, essa nova versão possui a caixa Diga-me o que deseja fazer, onde é possível
digitar um termo ou palavra correspondente a ferramenta ou configurações que procurar.
• Trabalhando em Grupo, em Tempo Real: Permite que vários usuários trabalhem no
mesmo documento de forma simultânea.

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• Pesquisa Inteligente: Integra o Bing, serviço de buscas da Microsoft, ao Word 2016.


Ao clicar com o botão do mouse sobre qualquer palavra do texto e no menu exibido, clique
sobre a função Pesquisa Inteligente, um painel é exibido ao lado esquerdo da tela do programa
e lista todas as entradas na internet relacionadas
com a palavra digitada.
• Equações à Tinta: Se utilizar um dispositivo com tela sensível ao toque é possível
desenhar equações matemáticas, utilizando o dedo ou uma caneta de toque, e o programa
será capaz de reconhecer e incluir a fórmula ou equação ao documento.
Iniciando o Word 2016
Para abrir o Word 2016 faça da seguinte forma:

1. Clique no botão Iniciar


2. Na lista exibida, clique em Microsoft Office 2016, em seguida, em Word 2016, a tela de
inicialização é exibida e o Word é iniciado.
O programa logo é iniciado e é exibida uma tela que permite ao usuário escolher como e qual
tipo de trabalho deseja iniciar.

Área de trabalho é todo o espaço disponibilizado pelo word logo que um trabalho é iniciado.
Todas as ferramentas necessárias para a realização dos trabalhos no aplicativo, estão
dispostas as categorias e distribuídas em painéis, barras e guias.
Barra de Ferramentas de Acesso Rápido

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Permite adicionar atalhos, de funções comumente utilizadas no trabalho com documentos


que podem ser personalizados de acordo com a necessidade do usuário.

Para personalizar a Barra de Ferramentas de Acesso Rápido, adicionando ou removendo


recursos, faça o seguinte procedimento:
1. Clique no botão Personalizar Barra de Ferramentas de Acesso Rápido;

2. Aparecerá uma lista contendo todos os comandos que podem ser adicionados a barra.
Clique no comando desejado para adicioná-lo ou removê-lo;
3. Caso o comando desejado não esteja nessa lista, clique em Mais Comandos;
4. A caixa de opções do Word será exibida;

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5. Para adicionar um novo comando a barra de acesso rápido, na coluna á esquerda clique
sobre o comando desejado, em seguida, clique no botão Adicionar;
6. Para remover um comando da Barra de Acesso Rápido na coluna á direita, clique sobre o
comando desejado e em seguida, clique no botão Remover;
7. Clique no boatão OK para aplicar as configurações;
Faixa de Opções
Faixa de Opções é o local onde estão os principais comandos do word, todas organizadas em
grupos e distribuídas por meio de guias, que permitem fácil localização e acesso. As faixas de
Opções são separados por nove guias: Arquivos; Página Inicial, Inserir, Design, Layout,
Referências, Correspondências, Revisão e Exibir.

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• Arquivos: Possui diversas funcionalidades e será vista com maiores detalhes mais á
frente;
• Página Inicial: Possui ferrametas básicas para formatação de texto, como tamanho e
cor da fonte, estilos de marcador, alinhamento de texto, entre outras;
• Inserir: A guia inserir permite a inclusão de elemnetos ao texto, como: imagens,
gráficos, formas, configurações de quebra de página, equações, entre outras;
• Design: Esta guia agrupa todos os estilos e formatações disponíveis para aplicar ao
layout do documento;
• Layout: A guia layout define configurações características ao formato da página, como
tamanho, orientação, recuo, entre outras;
• Referências: É utilizada para configurações de itens como sumário, notas de rodapé,
legendas entre outros itens relacionados a identificação de conteúdo;
• Correspondências: Possui configuração para edição de cartas, mala direta, envelopes
e etiquetas;
• Revisão: Agrupa ferramnetas úteis para realização de revisão de conteúdo do texto,
como ortografia e gramática, dicionário de sinônimos, entre outras;
• Exibir: Altera as configurações de exibição do documento.
Inicializador da Caixa de Diálogo
No canto inferior de cada grupo de ferramentas, há o botão Inicializador da Caixa de Diálogo.
Ao clicar no botão, uma caixa de idálogo é exibida, contendo todos os recursos disponíveis.

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Barra de Títulos
Exibe o nome do documento que está sendo editado, também agrupa a barra de ferramentas
de acesso rápido, o nome do usuário conectado, o botão opções de exibição da faixa de
opções e os botões Minimizar, Maximizar/Restaurar Tamanho e Fechar.
Diga-me o que você Deseja Fazer
É uma das novidades do Word 2016. Assim que o usuário digita um termo relacionado a uma
ação que deseja fazer, como por exemplo, “configurar página”, o word irá sugerir que
possuem relação direta com o termo pretendido.
Para utilizar a ferramenta, faça o seguinte procedimento:
1. Na caixa Diga-me o que você deseja fazer, digite o termo desejado;
2. A lista de sugestões exibida, escolha a que corresponde á pesquisa realizada;

Compartilhar
Utilizando o novo botão Compartilhar do Word 2016, é possível convidar seus contatos do
catálogo de endereço do Windons para editar um mesmo documento, de forma simultânea.
Para compartilhar um documento e permitir que outras pessoas possam realizar a visualização
ou edição dele, faça o seguinte procedimento:
1. Inicie o documento que você deseja compartilhar;
2. Clique no botão compartilhar, localizado na posição diereita acima da faixa de opçõe;
3. O Word solicitará que o documento seja salvo na pasta de OneDrive, para que possa ser
compartilhado, clique no botão Salvar na Nuvem;

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4. Salve o documento;

5. O painel Compartilhar será exibido a esquerda da janela do Word;


6. Clique no botão Procurar contatos no Catálogo de Endereços;
7. Selecione na caixa de diálogo Catálogo de Endereços: Lista de Endereços Global, os contatos
que deseja convidar para compartilhar o documento;
7.1 No painel à esquerda selecione o contato que deseja convidar e clique no botão Para;
7.2 Após escolher todos os contatos, clique no botão OK;
7.3 Volte ao painel Compartilhar, clique no botão Compartilhar;

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7.4 Um convite será enviado ao e-mail dos contatos selecionados;


7.5 Observe que após realizar os convites, a lista com o nome dos contatos participantes do
compartilhamento será exibida no painel Compartilhar;

7.6. Ao clicar com o botão diretito do mouse sobre qualquer usuário, é possível removê-lo do
compartilhamento ou alterar sua permissão de acesso apenas para exibição ou edição do
documento;
8. Caso o usuário não esteja np catálogo de endereços é possível criar um link de
compartilhamento, para que qualquer usuário possa editar ou apenas visualizar o documento
para isso:
8.1. Clique na opção Obter um link de compartilhamento, localizada no conto inferior do
painel Compartilhar;
8.2. Na tela exibida, clique em Criar um link de edição para criar um endereço que poderá ser
enviado para qualquer usuário, que terá permissão para edição do documento ou, então
clique em Criar um link somente para exibição para criar um link com permissão apenas de
viasualização do documento;
8.3. Após escolher uma das opções, basta enviar o endereço criado para os usuários
desejados;

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9. O documento compartilhado, será acessado pelo usuário, por meio do Word Online, veja
na imagem abaixo, o mesmo documento sendo editado por dois usuários simultâneos;

Barra de Status
A barra de status é uma barra de ferramentas que está localizado na parte inferior da sua tela
documento do Word, ela fornece informações sobre o documento atual que você está
trabalhando - Status verificação ortográfica, número da página, número da seção, a contagem
de linha e salvar /status de impressão e zoom.
Barra de Zoom
A barra de zoom permite ajustar o nível de visualização da página do documento, ela está
localizada na barra de status do lado direito.
Barra de Rolagem
A barra de rolagem é um elemento que possui a função de permitir a navegação no
documento, quando o mesmo possui mais de uma página ou quando ele está com maior nível
de zoom, nesse caso a Barra de Rolagem Vertical, com ela é possível mover o texto para seu
início, fim ou próximas páginas e caso seja necessário, tem a Barra de Rolagem Horizontal, que
permite a navegação lateral no documento.
Guia Arquivo

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A guia arquivo faz parte da faixa de opções e deve ser explorada de maneira isolada, pois
oferece uma série de recursos e funcionalidades muito importantes desde a criação de um
novo documento, edição, impressão,compartilhamento entre outras ferramentas.

Quando a guia Arquivo é exibida ela oculta o documento atual, pois ocupa todo o espaço de
trabalho do word, para retornar ao documento, basta clicar no botão retornar (seta no canto
superoir esquerdo da tela).
Personalização
O Word 2016 permite o usuário personalizá-lo de acordo com sua preferência por meio de
temas, cores, além de integração com diversos serviços online.
Conectar-se por meio de uma Conta de Usuário
Procurando cada vez mais oferecer uma melhor experiência ao usuário agora é possível se
conectar a conta usuário Microsoft e se integra a demais contas dos serviços online, como
Onedrive, Office 365 Sharepoint, Facebook, Flickr, Youtube, LinkedIn e Twitter.
Para se conectar a qualquer um desses serviços ou realizar qualquer tipo de personalização, é
necessário conectar o Word 2016 a sua conta Microsoft. Para isso proceda da seguinte forma:
1. Acesse a guia Arquivo e, em seguida, clique em Conta;
2. Clique no botão Entrar;
3. Na caixa de diálogo, insira seu e-mail ou número de telefone vinculado a uma conta
Microsoft e, em seguida, clique no botão Avançar;
4. Será feita uma verificação online, que irá avaliar se o e-mail está ligado a uma conta
Microsoft;
5. Se for endereço válido, será exibida uma caixa de diálogo solicitando o usuário e senha;

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6. Clique no botão Entrar;

Fechando o Word 2016


Existe três formar de fechar o word 2016, veja as seguintes formas:
• No canto superior direito da Barra de Títulos, clique no botão Fechar ( X no canto
superior do lado
direito)
• Na Faixa de Opções, clique na guia Arquivo e, em seguida, clique em Fechar;
• Pressione as teclas Alt+F4 simultaneamente.
Iniciando um Novo Documento
Logo que o word 2016 é iniciado, além da possibilidade da criação de um novo documento em
branco, é possível escolher entre uma série de modelos de documentos, veja na imagem.

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Para iniciar um documento em basta clicar sobre o Documento em Branco, após clicar uma
janela em branco do word é exibida pronta para criação de um novo documento.

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Para iniciar um novo documento a partir de um modelo, basta clicar sobre um dos modelos
disponíveis ou localizar na internet por meio do caompo de busca, ou por meio da opção
pesquisas sugeridas, localizado abaixo no campo de busca. Aoescolher um modelo, uma
miniatura do mesmo é exibida, badta clicar no botão Criar para que o modelo seja carregado
e disponiblizado para edição.

Configurando a Página
A configuração de página, define quais serão os padrões e caracterísitcas da página do
documento, como orientação, margens entre outras configurações que influenciarão
diretamnete na visualização e impressão do documento. Todas as configurações que serão
vistas nos tópicos a seguir, são encontradas na guia Layout, no grupo Configurar Páginas.

Definindo Tamanho de Página


De forma automática, a página está definida com o tamanho Carta ou A4. No entanto, existem
outros tamanhos e medidas de página que funcionam conforme o tipo de impressora ou o
formato do seu documento.
Para alterar o tamanho de uma página, faça o seguinte procedimento:

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1. Na guia Layout, clique na opção Tamanho. Observa que um menu com diferentes tamanhos
de página é mostrado.
2. Clique no tamanho da página que se adapta tanto a sua impressora, como ao tipo de
documento que você está trabalhando.

Agora sua página já mudou. Observe que cada tamanho de página vem com suas próprias
medidas para quevocê saiba exatamente o tamanho do papel necessário para imprimir o
documento.
Na lista exibida, escolha um modelo de tamanho desejado.
Personalizando o tamanho de uma página
Se por algum motivo você não conseguir encontrar o tamanho ideal para seu documento, não
se preocupe porque é possível personalizá-lo.
Se desejar criar um tamanho personalizado, faça o seguinte procedimento:
1. A partir da opção Tamanho do menu, clique em Mais Tamanhos de Papel;
2. É aberta uma janela chamada Configuração de página e como você está personalizando o
tamanho do papel, vai ver imediatamente um painel de configuração de tamanho de página;

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3. Embaixo da função Tamanho de papel, selecione a orientação do seu documento e defina


a largura e a altura de sua página em centímetros;

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4. Na opção Aplicar a: escolha entre as opções estabelecidas para quais páginas você deseja
aplicar as alterações;
Se desejar, pode clicar no botão Definir como Padrão para determinar este tamanho como
automático toda vez que fizer um novo documento no Word.
5. Clique no botão OK e suas alterações serão realizadas.
Definindo as margens do Documento
Uma margem é o intervalo entre o bordo da página e o texto. Normalmente, as margens de
um documento estão definidas no modo Normal, isto é, medindo 2,5 cm nas bordas
superiores e inferiores e 3 cm nos cantos direitos e esquerdos.
Dependendo de suas necessidades, o Word lhe permite alterar o tamanho das margens.
Para definir as configurações de margens do documento, faça o seguinte procedimento:
1. Na guia Layout, clique na função Margens;

2. Logo após clique no tipo de margem que você deseja; Agora, as margens do seu documento
já foram modificadas.
Ajustando a Orientação da Página
De acordo com o trabalho que está sendo desenvolvido, pode ser necessário alterar a posição
de orientação da página, horizontalmente (Paisagem) ou verticalmente (Retrato).
Para alterar a orientação da página, faça o seguinte procedimento:

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1. Clique na guia Layout;


2. No grupo Configurar Página, clique no botão Orientação;
3. Clique em um dos formatos para alterar a orientação da página;

Adicionando uma página em Branco


Inserir uma página em branco a um documento do word é um procedimento bem, simples e
rápido, para isso faça o seguinte procedimento:
1. Na guia Inserir, clique no botão Página em Branco;

2. Uma nova página será inserida ao documento.


Abrindo um Documento Existente
Para abrir um documento existente, que esteja salvo no computador ou em um outro serviço
de armazenamento em nuvem, proceda da seguinte forma:
1. Na guia Arquivo, clique em Abrir;
2. Para abrir um documento, clique em um dos botões:

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2.1 Recente: Clique no botão Recente e na lista exibida ao lado direito da tela, escolha um dos
documentos recentemente abertos;
2.2 OneDrive: Permite acessar documentos salvos na nuvem;
2.3 Este PC: clique duas vezes no botão Este PC, para localizar um documento que esteja salvo
no computador:
2.3.1 A caixa de diálogo Abrir será exibida;
2.3.2 Após localizar o arquivo que deseja abrir, selecione-o e clique no botão Abrir;
2.4 Adicionar um Local: Possibilita anexar a guia Abrir locais, qualquer conta do OneDrive ou
Office 365 SharePoint;
2.5 Procurar: Clique no botão Procurar, para localizar um documento que deseja abrir:
2.5.1 A caixa de diálogo Abrir será exibida;
2.5.2 Após localizar o arquivo que deseja abrir, selecione-o e clique no botão Abrir.

Imprimindo Documento
A impressão do documento é uma tarefa relativamente simples. O word 2016 possui uma
janela em que é possível ajustar as características de impressão e, simultaneamente, visualizar
a aprência que o documento possuirá após ser transferido para o papel.
Configurando Impressão

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A janela Imprimir disponibiliza recursos que permitem ajustar desde a quantidade de cópias
que serão impressas até as características como a impressora que será utilizada, o intervalo
das páginas que serão impressas, a orientação da página, entre outras. Para exibir as opções
de impressão, acesse a guia Arquivo e clique em imprimir

É possível também exibir a janela Imprimir, pressionando simultaneamente as teclas Ctrl+P.

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Visualizando Impressão
A visualização dos trabalhos antes da impressão possibilita verificar se o documento será
impresso corretamente no papel. Desse modo é possível antever se ocorrerão erros de
posicionamento ou corte de elementos, evitando assim reimpressões e desperdícios de
material.
Para visualizar o documento antes da impressão, acesse a guia Arquivo e clique em Imprimir.
Salvando um Arquivo
É muito importante salvar os arquivos que estão sendo editados para que nenhuma alteração
seja feita ou perdida.
Para salvar um arquivo no word 2016, faça o seguinte procedimento:
1. Na Barra de Títulos, clique no botão Salvar (Ctrl+B);
2. A tela Salvar Como será exibida;

Escolha um dos locais para salvar os arquivos. A caixa de diálogo Salvar Como será exibida e
no campo Nome do arquivo, defina um nome para o arquivo e clique em Salvar.

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Fechando um Arquivo
Ao fechar o arquivo, o word 2016 exibe uma caixa de diálogo que permite salvar ou não salvar
as modificações efetuadas no documento. Veja como fechar o arquivo:
1. Execute um dos seguintes procedimentos:
1.1 Acesse a guia Arquivo e clique em Fechar;
1.2 Clique no botão Fechar ( X no canto superior, localizado a direita da barra de títulos);
1.3 Pressione as teclas Alt+F4;
2. Será exibida uma caixa de diálogo, perguntando se deseja salvar as altrações feitas;
2.1 Clique no botão Salvar para que o arquivo ou as modificações efetuadas sejam
armazenados no computador;
2.2 Clique no botão Não Salvar para destacar o arquivo ou fechá-lo, ignorando as modificações
efetuadas
desde que foi aberto;
2.3 Para cancelar a operação e manter o arquivo aberto, clique no botão Cancelar.
Formatando Texto
A formatação do texto baseia-se na aplicação de recursos que melhoram a apresentação do
documento,destacando pontos importantes ou padronizando a publicação.

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Opções de Fontes
A guia Página inicial, no grupo de comandos Fonte, é um conjunto de recursos que possibilita
formatar rapidamente o texto.

Atalhos para Formatação de Texto:

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Opções de Alinhamento
Através das opções de alinhamento, é possível ajustar o texto ou a tabela em relação á
margem do documento. O Word 2016 possui quatro opções de alinhamento:

Criando Tabulações
As tabulações são marcas exibidas na régua horizontal, as quais definem o posicionamento de
textos e elementos gráficos em pontos específicos do parágrafo. Utilizando as tabulações é
possível digitar textos em colunas, inserindo as informações linha após linha.
Localizado na extremidade esquerda da régua horizontal, o seletor de tabulação possui as
seguintes opções para a criação das marcas de tabulação.

Espaçamento entre Parágrafos

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O Word 2016 permite aplicar um distanciamento superior ou inferior em um parágrafo


selecionado no texto em relação aos demais.
Para ajustar o espaçamento entre os textos, faça o seguinte procedimento:
1. Posicione o cursor do texto dentro do parágrafo que terá o espaçamento ajustado ou
selecone um grupo de parágrafos;
2. Clique na guia Layout;
3. Clique no grupo de comandos Parágrafos, e depois, para inserir o espaçamento depois do
parágrafo;
Para retornar os parágrafos ao seu distanciamento padrão, basta digitalizar zeros aos campos
Antes e Depois.

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Também é possível ajustar o espaçamento entre parágrafos da seguinte forma:


1. Posicione o cursor do texto dentro do parágrafo que terá o espaçamento ajustado ou
selecione um grupo de parágrafos;
2. Clique na guia Página Inicial;
3. Depois no grupo de comandos Parágrafo, clique no botão Espaçamento de Linha e
Parágrafo;

4. Em seguida, clique na opção Adicionar Espaço Antes de Parágrafo ou Remover Espaço


Depois de Parágrafo.
Há ainda a possibilidade de configurar o espaçamento entre os parágrafos de todo o
documento através de predefinições existentes ou adicionando valores manualmente. Veja
como proceder:
1. Clique guia Design;

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2. Logo após no grupo de comandos Formatação do Documento, clique no botão Espaçamento


entre Parágrafos;
3. Em seguida, clique em uma das opções disponíveis;
4. Caso seja escolhida a opção Personalizar Espaçamento entre Parágrafos, será exibida a caixa
de diálogo Gerenciar Estilos;
5. Na seção Espaçamento entre Parágrafos, insira os valores no campo Antes, para inserir
espaçamento antes do parágrafo e, em Depois, para inserir espaçamento depois do parágrafo;
6. Clique no botão OK.

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Espaçamento Entrelinhas
Por padrão, o word 2016 utliliza espaçamento simples entre linhas do parágrafo. Para
configurar o ajuste de espaçamento entre linhas do documneto, faça o seguinte
procedimento:
1. Posicione o cursor do texto dentro do parágrafo que terá o espaçamento entrelinhas
ajustado ou selecione um grupo de parágrafos;
2. Clique em Página Inicial;
3. Logo após no grupo de comandos Parágrafo, clique no botão Espaçamento de Linha e
Parágrafo;
4. Em seguida, clique em uma das seis opções diponíveis;
5. Para aplicar um espaçamento personalizado, clique em Opções de Espaçamento entre linha;
6. A caixa de diálogo Parágrafo será exibida;

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7. Na seção Espaçamento, clique na seta à direita da caixa de selção Espaçamento entre linhas
desejado;
8. Em seguida, dtermine o valor do espaçamento no campo Em;
9. Clique em OK.
Dividindo o Texto em colunas
Os documentos do word 2016 podem ser dividos em duas ou mais colunas, como em jornais
ou revistas.
Esse recurso permite destacar trechos do texto e proporciona um visual organizado ao
documento.
Para dividir um texto em colunas, proceda da seguinte forma:
1. Selecione no documento o texto que será divido em colunas;
2. Na guia Layout, clique na opção Colunas;
3. No menu exibido, clique o número de colunas desejado

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Ao converter o texto em colunas, deve-se levar em consideração o tamanho da página para


que o texto seja distribuído em modo proporcional.
Veja abaixo na imagem um exemplo de texto divido em duas colunas:

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Formatando Colunas
Através da caixa de diálogo Colunas, é possível ajustar diversas características, como número
de colunas, posicionamento das colunas na página, largura, espaçamento, entre outras
opções. As opções da caixa de diaó-
logo para converter o texto em colunas.
Veja a seguir como proceder:
1. Selecione o texto que será convertido para colunas ou a coluna que será ajustada
2. Na guia Layout da Página, clique na opção Colunas;
3. No menu exibido, clique na opção Mais colunas
4. A caixa de diálogo Colunas será exibida;

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5. Na seção Predefinidas, clique em uma das opções de alinhamento disponíveis;


6. Para adicionar uma linha vertical separando as colunas, marque a caixa de seleção da opção
Linha entre colunas;
7. Em Número de colunas, ajuste o número de colunas que dividirá o documento;
8. Na seção Largura e Espaçamento, ajuste as medidas de largura e espaçamento das colunas;
9. Faça os demais ajustes necessários e clique no botão OK.
Localizando e Sustituindo Conteúdo
Através do comando Localizar (Ctrl+L) é possível fazer uma busca no documento para localizar
frases, palavras específicas, elementos gráficos, tabelas, etc. Esse recurso é de grande
utilidade quando há necessidade de encontrar rapidamente informações em documentos
extensos. O comando Substituir (Ctrl+U) permite localizar uma palavra específica no
documento e efetuar a substituição.

Localizando Texto
A localização de conteúdos no documento pode ser feita através do painel Navegação ou da
caixa de diálogo Localizar e Substituir. Para localizar uma palavra ou frase específica no
documento proceda da seguinte forma:

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1. Na guia Página Inicial, clique na opção Localizar (Ctrl+L);


2. O painel de Navegação será exibido no lado esquerdo da janela do word 2016;

3. Digite na caixa Pesquisar documento o termo que será localizado;


4. Se desejar, clique na seta existente no canto direito da caixa para viasualizar outras opções
de busca;
5. Depois, pressione a tecla Enter ou clique na lupa para que a busca seja iniciada;
6. Para visualizar o resultado das buscas por texto, clique na guia Resultados.
Também é possível localizar textos utilizando a caixa de dialogo Localizar e Substituir. Faça o
seguinte procedimento:
1. Na guia Inicial, clique na seta à direita da opção Localizar (Ctrl+L);
2. Depois, clique em Localização Avançada;

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3. A caixa de diálogo Localizar e substituir será exibida;

4. Digite no campo Localizar termo que será pesquisado;


5. Para exibir as opções de filtro da busca, clique no botão Mais;
6. Para que o resultado da pesquisa seja realçado no documento, clique na seta à direita do
botão Realce de Leitura e clique em Realçar Tudo. Para remover o realce, escolha a opção
Limpar Realce;
7. Clique na seta à direita do botão Localizar em e escolha a opção Documento Principal para
que a busca seja feita no documento todo;
8. Clique no botão Localizar Próxima para viasualizar um a um o resultado da busca.
Sustituindo Texto

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Este recurso é de grande utilidade quando existe a necessidade da substituição de um termo


que se repete diversas vezes no documento, pois automatiza uma tarefa repetitiva e evita que
algum elemento eventualmente deixe de ser subtituído.
Para substituir texto, faça o seguinte procedimento:
1. Na guia Página Inicial, clique na opção Substituir (Ctrl+U);
2. Na caixa de diálogo que será exibida, execute os seguintes procedimentos:

2.1 No campo Localizar, digite o texto que será localizado;


2.2 No campo Substituir por, digite o texto que substituirá a palavra digitada no campo
Localizar;
2.3 Clique no botão Sustituir para que a primeira ocorrência do termo pesquisando seja
substuída;
2.4 Para substuir todas as ocorrências da palavra localizada, clique no botão Substituir Tudo;
2.5 Clique no botão Localizar Próxima quando desejar visualizar as ocorrências da palavra
antes de efetuar a substituição.

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Inserindo Cabeçalho e Rodapé no documento


Tanto o cabeçalho quanto o rodapé podem receber textos e elementos gráficos. O Word 2016
possui, ainda, modelos predefinidos, com esquemas de cores e informações relevantes ao
documento, como numeração de páginas para rápida aplicação ao documento. Contudo,
também é possível inserir uma imagem existente no computador ou, ainda, digitar um texto
personalizado.
Para inserir cabeçalho ou rodapé ao documento, faça o seguinte procedimento:
1. No grupo Cabeçalho e Rodapé da guia Inserir, clique na opção Cabeçalho ou na opção
Rodapé;

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2. No menu exibido, escolha um dos modelos exibidos;


3. O documento ficará com o aspecto desbotado, e o cursor do texto será posicionado
automaticamente no início da página para a inserção do cabeçalho, ou no final da página, para
o rodapé;
4. Insira as informações desejadas e, para finalizar o procedimento, clique na opção Fechar
Cabeçalho e Rodapé, na guia Design em Ferramentas de Cabeçalho e Rodapé.
O Word 2016 também permite que o conteúdo do cabeçalho ou do rodapé seja customizado,
dependendo das necessidades do documento. Acompanhe a seguir como editar as
características do cabeçalho ou do rodapé do documento:
1. Na guia Inserir, clique na opção Cabeçalho ou na opção Rodapé;
2. Clique em Editar Cabeçalho ou Editar Rodapé;

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O documento ficará com o aspecto desbotado e o cursor do texto será posicionado


automaticamente no início da página para a edição do cabeçalho, ou no final da página, para
o rodapé.
Além das opções de ferramentas disponíveis, é possível ainda formatar conteúdo do
cabeçalho e do rodapé, como se faz com o texto, recorrendo-se às demais guias do programa.
Quebras
Com as quebras, é possível delimitar o espaço de uma página e, ainda, aplicar formatação em
partes específicas do documento. As quebras são meios utilizados para demarcar o limite
entre o final e o início de uma nova página possibilitando também a criação de estilos
diferentes de formatação dentro do mesmo documento.
Para visualizá-las, siga os seguintes passos:
1. Clique na guia Página Inicial, após clique no grupo Parágrafo;
2. Em seguida, clique no botão Mostrar Tudo (Ctrl+*);
Inserindo Quebras de Página
Durante a digitação do texto, o Word 2016 adiciona quebras ao final de cada página,
respeitando o limite da margem inferior do documento. Há também a possibilidade de inserir
quebras de página em qualquer ponto da página, forçando o deslocamento do cursor do texto
para uma nova página. Caso o cursor esteja posicionado no meio de um texto, o conteúdo
abaixo do cursor também será deslocado.
Para inserir quebra de páginas ao texto, faça o seguinte procedimento:
1. Posicione o cursor do texto onde será feita a quebra de página;
2. Na guia Inserir, no grupo Páginas, clique na opção Quebra de Página.
Outra maneira de inserir uma quebra de página é através da guia Layout. Observe:
1. Posicione o cursor do texto onde será feita a quebra de página;
2. Na guia Layout, no grupo Configurar Página, clique na opção Quebras;
3. Em seguida, clique na opção Página.
Inserindo Quebras de Seção
As quebras de seção permitem divisões dentro do documento. Com esse recurso é possível
organizar diferentes estilos de formatação. O Word 2016 entenderá cada seção como um
documento diferente, sendo possível reiniciar numeração de páginas ou de capítulos, inserir
cabeçalhos e rodapés diferentes no mesmo documento, etc.
Para inserir uma quebra de seção no documento, faça o seguinte procedimento:

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1. Posicione o cursor do texto onde será feita a quebra;


2. Na guia Layout, clique na opção Quebras;
3. Logo em seguida, clique em uma das opções disponíveis na seção Quebras de Seção;

3.1 Próxima Página: Inicia uma nova seção no documento, deslocando o conteúdo abaixo do
cursor do texto para a próxima página;
3.2 Contínuo: Inicia uma nova seção no documento, deslocando o conteúdo abaixo do cursor
do texto para o próximo parágrafo;
3.3 Página Par. Inicia uma nova seção no documento, deslocando o conteúdo abaixo do cursor
do texto para a próxima página par. Caso o cursor do texto esteja posicionado em uma página
par, a próxima página também o será;
3.4 Página Ímpar. Inicia uma nova seção no documento, deslocando o conteúdo abaixo do
cursor do texto para a próxima página ímpar.
Excluindo Quebras
Para excluir as quebras inseridas no documento, faça o seguinte procedimento:
1. Clique na guia Página Inicial, clique no botão Mostrar Tudo (Ctrl+*);
2. Após clique duas vezes sobre a quebra para selecioná-la;
3. Pressione a tecla Delete

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Bordas
As bordas são linhas ou elementos gráficos exibidos ao redor das margens do documento.
Através da caixa de diálogo Bordas e sombreamento, é possível criar bordas a partir de
diversos estilos de linhas, espessurase cores, ou ainda, selecionar uma borda artística
predefinida.
Para adicionar bordas ao documento, faça o seguinte procedimento:
1. Na guia Design, clique na opção Bordas da página;
2. Na caixa de diálogo Bordas e sombreamento, faça o seguinte procedimento:

a. Em Definição, clique em uma das opções de bordas disponíveis;


b. Em Estilo, escolha um tipo de tracejado para a borda;
c. Escolha em Cor, a opção de preenchimento para as linhas da borda;
d. Defina em Largura, a espessura do tracejado;
e. Em Arte, escolha uma das opções de bordas artísticas disponíveis;
f. Utilize os botões da seção Visualização para aplicar bordas em cantos específicos da página;
g. Em Aplicar a, determine se a borda será aplicada em todas as páginas do documento ou em
apenas uma seção específica;
h. Clique no botão OK.

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Marca D’água
Recebe o nome de Marca D’água o texto ou a imagem inserida atrás do texto. Sua função
principal é determinar o status do documento ou exibir uma marca ou logotipo específico.
O Word 2016 possui predefinições para rápida aplicação ao documento, permitindo que o
texto seja personalizado ou que uma imagem do computador seja aplicada.
Para adicionar uma Marca D’água ao documento, faça o seguinte procedimento:
1. Na guia Design, clique na opção Marca D’Água;
2. No menu exibido, clique em umas das predefinições disponíveis;

3. Para inserir uma marca d’água personalizada, clique em Personalizar Marca D’Água;
4. Será exibida a caixa de diálogo Marca d’água impressa;

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5. Para inserir um texto personalizado como marca d’água, faça o seguinte procedimento:
a. Marque a caixa de seleção da opção Marca d’água de texto;
b. No campo Texto, digite o conteúdo que deverá ser exibido;
c. Em Fonte, escolha um tipo de fonte para o texto da marca d’água;
d. Ajuste o tamanho da letra escolhendo uma das opções do campo Tamanho;
e. Em Cor, escolha uma cor para o texto da marca d’água;
f. Marque a opção Semitransparente para que o texto da marca d’água seja exibido
desbotado;
g. Em Layout, defina o posicionamento da marca d’água no documento marcando o botão de
opção Diagonal ou Horizontal;
h. Clique no botão Aplicar para visualizar a marca d’água no documento.
i. Para finalizar, clique no botão OK.

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Para inserir uma imagem do computador no documento como marca d’água, faça o seguinte
procedimento:
1. Na guia Design, clique na opção Marca d’água;
2. Em seguida, clique em Personalizar Marca D’água;
3. Na caixa de diálogo Marca d’água impressa, marque a caixa de opção
Marca d’água de imagem;
4. Clique no botão Selecionar Imagem;
5. A caixa de diálogo Inserir Imagem será exibida;

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QUESTÕES DE CONCURSOS

01. (CESPE/TJ.PR/TÉCNICO) No programa de edição de textos MS Word, é possível realizar


alterações em um documento, mantendo-se o controle e a visualização de cada mudança
realizada — seja inserção, seja retirada de palavras, nova formatação de texto e leiaute de
página. Essas atividades podem ser realizadas por meio da guia
a) Página Inicial, opção Alterar Estilos.
b) Exibição, opção Layout de Impressão.
c) Layout da Página, opção Orientação.
d) Arquivo, opção Salvar Como, Outros Formatos.
e) Revisão, opção Controlar Alterações.

02. (FGV/PREF.SALVADOR.BA/GUARDA.MUNICIPAL) Analise o ícone a seguir extraído da


Guia Página Inicial no MS Word 2016 BR:

Assinale a opção que indica a função desse ícone.


a) Cor da Fonte.
b) Estilos.
c) Limpar Formatação.
d) Pincel de Formatação.
e) Realce

03. (FUNDEP/SAAE/TÉCNICO) O ícone no Microsoft Word 2016 significa:

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a) Localizar.
b) Visualizar impressão e imprimir.
c) Salvar como.
d) Substituir.

04. (FUNDEP/CÂMARA.PONTE.NOVA.MG/TÉCNICO) Para auxiliar na funcionalidade do


Microsoft Word 2016, tem-se algumas teclas de atalho, por exemplo, a “CTRL + S”.
Essa tecla tem a funcionalidade de
a) salvar um documento.
b) sair do documento atual.
c) sublinhar um texto selecionado.
d) riscar o texto traçando uma linha no meio dele.

05. (IADES/CRN.3/ADVOGADO) No MS Word, versão em português, a aba Design->


Formatação do Documento possui um conjunto de opções de formatação que podem ser
aplicadas ao texto. Na aba Página Inicial, as opções de aplicar esse conjunto em títulos,
subtítulos e parágrafos estão disponíveis em
a) pincel de formatação.
b) fonte.
c) estilo.
d) parágrafo.
e) suplementos.

06. (CAU.AC/AUXILIAR) No Word 2016, versão em português, para Windows, qual o tipo de
alinhamento de parágrafo que distribui o texto uniformemente entre as margens?
a) Distribuição espaçada
b) Alinhado à esquerda
c) Centralizado
d) Justificado

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e) Alinhado à direita

07. (IADES/CRF.TO/AUXILIAR) Para selecionar um parágrafo inteiro, composto por cinco


frases, de um texto redigido no Word 2016, versão em português, para Windows, deve-se
clicar
a) duas vezes em qualquer lugar do parágrafo.
b) três vezes em qualquer lugar do parágrafo.
c) quatro vezes em qualquer lugar do parágrafo.
d) em qualquer lugar da frase com a tecla CTRL pressionada.
e) em qualquer lugar do parágrafo e utilizar o atalho CTRL + T.

08. Texto redigido em Word 2016, versão em português, para sistema operacional Windows,
para responder à questão a seguir.
Responsável por guiar todo o tráfego externo em direção ao centro da capital, a moderna
rodovia do Eixo Norte-Sul foi desenvolvida pensando em dispor áreas residenciais e comerciais
em toda a sua extensão.
Ao criar o projeto, Lúcio Costa teve a intenção de proporcionar um ambiente agradável a cada
um de seus moradores.
Já o Eixo Leste-Oeste foi concebido para abrigar importantes áreas da política, como o
Supremo Tribunal e o Congresso Nacional, torneando a Praça dos Três Poderes em uma
espécie de área triangular.
Disponível em: <https://www.vivadecora.com.br/pro/arquitetura/arquitetura-em-brasilia/>.
Acesso em: 7 dez. 2018, com adaptações.
Assinale a alternativa que apresenta corretamente a possibilidade de dividir o texto em três
colunas.
a) Selecionar o texto e, em Layout (de Página), clicar em Colunas e na quantidade três.
b) Selecionar o texto, clicar em Quebra de Seção Contínuo, e selecionar a quantidade de
linhas de cada seção até que se obtenham três colunas.
c) Clicar nas opções, em Layout (de Página), na seguinte ordem: Quebras, Quebra de Página
e Coluna.
d) Selecionar o texto e, na aba Inserir, clicar em Inserir Colunas.

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e) Selecionar o texto e clicar em Hifenização, seguido da quantidade três.

09. (IADES/CAU.AC/ASSISTENTE) Texto redigido em Word 2016, versão em português, para


sistema operacional Windows, para responder à questão a seguir.
Responsável por guiar todo o tráfego externo em direção ao centro da capital, a moderna
rodovia do Eixo Norte-Sul foi desenvolvida pensando em dispor áreas residenciais e comerciais
em toda a sua extensão.
Ao criar o projeto, Lúcio Costa teve a intenção de proporcionar um ambiente agradável a cada
um de seus moradores.
Já o Eixo Leste-Oeste foi concebido para abrigar importantes áreas da política, como o
Supremo Tribunal e o Congresso Nacional, torneando a Praça dos Três Poderes em uma
espécie de área triangular.
Disponível em: <https://www.vivadecora.com.br/pro/arquitetura/arquitetura-em-brasilia/>.
Acesso em: 7 dez. 2018, com adaptações.
a) Após limpar toda a formatação do segundo parágrafo, o alinhamento justificado será
mantido.
b) O primeiro parágrafo não será alterado se lhe for aplicada a formatação do terceiro
parágrafo.
c) O Pincel de Formatação pode ser utilizado para replicar a formatação do trecho taxado em
todo o primeiro parágrafo.
d) Aplicar a cor branca de realce do texto ao segundo parágrafo torna-lo-á branco, exceto a
linha do sublinhado.
e) As palavras em negrito perdem essa formatação se lhes forem aplicadas as formatações
subscrito e cor de fonte cinza claro.

10. (VUNESP/TJ - SP/MÉDICO) Assinale a alternativa com o resultado, ao selecionar a palavra


“torturantes” e clicar no ícone negrito duas vezes.

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a) E o sertão é um vale fértil. É um pomar vastíssimo, sem dono. Depois tudo isto se acaba.
Voltam os dias TORTURANTES; a atmosfera asfixiadora; o empedramento do solo; a nudez da
flora.
b) E o sertão é um vale fértil. É um pomar vastíssimo, sem dono. Depois tudo isto se acaba.
Voltam os dias torturantes; a atmosfera asfixiadora; o empedramento do solo; a nudez da
flora.
c) E o sertão é um vale fértil. É um pomar vastíssimo, sem dono. Depois tudo isto se acaba.
Voltam os dias torturantes; a atmosfera asfixiadora; o empedramento do solo; a nudez da
flora.
d) E o sertão é um vale fértil. É um pomar vastíssimo, sem dono. Depois tudo isto se acaba.
Voltam os dias torturantes; a atmosfera asfixiadora; o empedramento do solo; a nudez da
flora.
e) E o sertão é um vale fértil. É um pomar vastíssimo, sem dono. Depois tudo isto se acaba.
Voltam os dias torturantes; a atmosfera asfixiadora; o empedramento do solo; a nudez da
flora.

GABARITO:
1. e
2. c
3. b
4. c
5. c
6. d
7. b
8. a

400
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9. c
10. e

MICROSOFT EXCEL 2016


Acessando o Excel
Após ter dado início ao Sistema Operacional Windows, basta clicar na caixa
PESQUISAR, digitar ao encontrar
e dá um clique simples.

Conhecendo a Área de trabalho do Excel 2016


Iremos agora identificar os comandos e guias disponíveis na área de trabalho e navegar pelas
janelas, objetivando memorizar a estrutura dos recursos oferecidos pelo Software.
Veja os detalhes da figura seguinte:

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Barra de Título – Exibe o título do programa e o nome da pasta de trabalho que está aberta.
Opção de Ajuda – Este recurso acessa a ajuda do Office On-line ou o Local (salva no
computador) e através dele é possível obter suporte das dúvidas mais comuns. Um atalho
rápido é a tecla de função F1.
Controles da janela – Os botões de controle das janelas podem facilmente serem acionados
através dos seguintes atalhos:

Tecla com o logo do Windows e seta para baixo duas vezes – Minimizar.

Faixa de Opções – Local onde estão os principais comandos do Excel, separados por guias:
Arquivo, Página Inicial, Inserir, Layout da Página, Fórmulas, Dados, Revisão e Exibir, tecle ALT

402
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e navegue com a seta para direita entre as guias e para encontrar as opções dentro de cada
guia.
Caixa de Nomes – Este recurso exibe o nome da célula ativa,
formado

pela letra da coluna e o número da linha.

Célula – É a área de dados limitada por linhas e colunas


(cruzamento de
uma linha com uma coluna).
Intervalo de Célula – É composto por duas ou mais células

selecionadas.
Barra de Fórmulas – É o local onde os valores digitados (números, fórmulas e textos) serão
exibidos e possivelmente editados.

403
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Trabalhando com a Guia Arquivo


Utilizaremos esta guia para realizarmos opções padrões, tais como: Abrir, Salvar, Imprimir,
Exportar entre outras. Abaixo descrevo as principais opções desta guia.
Novo – Opção que possibilita escolher um modelo (Layout) para o novo documento. O modelo
padrão é “Pasta de trabalho em branco”.

Salvar – Recurso utilizado para gravar uma pasta de trabalho, armazenando toda e qualquer
informação que houver. Para isto faça o seguinte:

Salvar como – Havendo necessidade de salvar o arquivo com outro nome ou em outro local,
utilizaremos a opção “Salvar como”. Ao clicarmos na opção citada ou pressionando CTRL + B
a janela abaixo será exibida.

Imprimir – Opção utilizada para imprimir uma planilha, lembrando que é necessário ter uma
impressora conectada, instalada ao computador ou a uma rede local.
Resumindo as demais guias
Página Inicial – Área de transferência, Fonte, Alinhamento, Número, Estilo, Células e Edição.

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Inserir – Tabelas, Ilustrações, Suplementos, Gráficos, Tours, Minigráficos, Filtros, Links e


Símbolos.
Layout da Página – Temas, Configurar Página, Dimensionar para Ajustar, Opções de Planilha
e Organizar.
Fórmulas – Biblioteca de Funções, Nomes Definidos, Auditoria de Fórmulas e Cálculo.
Dados – Obter e Transformar Conexões, Classificar e Filtrar, Ferramentas de Dados, Previsão
e Estrutura de Tópicos.
Revisão – Revisão de Texto, Ideias, Idioma, Comentários e Alterações.
Exibir – Modo de Exibição de Pasta de Trabalho, Mostrar/Ocultar, Zoom, Janela e
Macros.

Navegando na Planilha
Ao iniciarmos a elaboração de uma planilha no Excel 2016, podemos utilizar alguns recursos
que poderão facilitar a navegação entre as células, na tabela abaixo descrevo algumas teclas:

Selecionando dados em uma Planilha


No Excel, você pode selecionar conteúdo de uma ou mais células, linhas e colunas.

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Opção A: Clique em uma célula para selecioná-la.


Opção B: Clique na célula inicial e arrasta para as demais.
Opção C: Clique na célula inicial, segure a Tecla CTRL e selecione as adjacentes.
Inserindo Linhas e Colunas
Ao concluirmos uma digitação dos dados em uma determinada planilha do Excel, e
observarmos que “esquecemos” uma informação, não necessariamente precisamos apagar
tudo e digitar novamente, pois é possível inserir uma célula e digitar apenas o dado que faltou.

Para inserir linhas ou colunas será necessário apenas, clicar com direito no local desejado
(linha ou coluna), clicar na opção que deseja inserir e confirmar no botão OK.

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Inserindo Planilhas
Se a planilha que é criada automaticamente pelo Excel 2016 não for suficiente para os
registros dos dados, teremos a possibilidade de inserirmos quantas forem necessárias. Para
isto faça o seguinte:
Clica com Direito na Planilha existente, escolhendo a opção INSERIR e em seguida clica em
Planilha, confirmando no botão OK.

Podemos também simplesmente clicar no botão nova planilha localizado ao lado


opção existente.
Excluindo Linhas, Colunas e Planilhas
Para excluir uma célula, linha ou coluna é simples. Utilize os procedimentos a seguir:
1. Posicione a seta do mouse no local que está com conteúdo que será excluído.
2. Acione o botão direito do mouse.
3. Clique na opção Excluir.
Alterando Altura, Largura de linhas e Colunas
Com o ponteiro do mouse posicionado entre linhas ou colunas, clicando e mantendo
pressionado o botão, deslocando-o para cima ou para baixo no caso de linha, e para a
esquerda ou direita no caso de coluna, você aumenta ou diminui a área de linha ou coluna
(altura ou largura) na planilha.

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Copiando Planilhas
Para copiar uma planilha utilizaremos o mesmo procedimento de clicar com o botão direito
do mouse no nome da planilha. Escolha a opção Mover ou Copiar. Abrirá uma Caixa de Diálogo
com todas as planilhas da pasta. Escolha onde será criada a planilha e marque a opção Criar
uma cópia e clique Ok. Será criada uma nova planilha com todo o conteúdo e formatação da
planilha escolhida.

Entrada de Textos, Números e Caracteres Especiais


Agora iremos introduzir a inserção de dados em uma planilha do Excel 2016, utilizaremos
alguns exemplos para facilitar a aprendizagem e manipulação das informações. Digite a
planilha abaixo a partir da célula A1 em seguida salve-a com nome PLANILHA BASE.

Formatando e Organizando Células


As planilhas do Excel são dispostas no formato de Tabelas, consequentemente precisamos
organizá-las para uma melhor apresentação, o software oferece diversos recursos para
formatar fontes, números e datas, alinhar textos, mesclar e aplicar bordas e sombreamentos
em células além de outras ações.

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Alterando o Alinhamento de uma célula

Ao inserirmos um número numa célula do Excel, de forma automática ele é alinhado à direita
e ao inserirmos um texto ele é alinhado à esquerda da célula. Para alteramos os alinhamentos
devemos primeiramente selecionar a célula ou região. Abaixo descrevemos a finalidade de
cada alinhamento:

Alinhar em Cima – O conteúdo fica alinhado na parte superior da célula.


Alinhar no Meio – O conteúdo fica alinhado entre a parte superior e a inferior da célula.
Alinhar embaixo – O conteúdo fica alinhado na parte inferior da célula.
Alinhar texto à esquerda (padrão) – O conteúdo em formato de texto fica alinhado ao lado
esquerdo da célula.
Centralizar – O conteúdo fica centralizado na célula.
Alinhar texto à direita – O conteúdo fica alinhado do lado direito da célula.
Mesclando Células

Este comando unifica mais de uma célula. Quando desejamos transformar várias células em
uma única, utilizamos o recurso de Mesclagem. Ao aplicarmos o comando, o excel retira as
linhas verticais que as dividem.
Veja o exemplo na figura abaixo:

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Alterando Fonte, Cores, Tamanhos


Na Faixa de opções do Excel 2016 iremos utilizar o grupo Fontes para trabalhar com caracteres
e números. Após selecionar a célula, basta clicar na opção que deseja definir para seu texto.

Alterando Formatação dos Valores Numéricos


O Excel apresenta opções características para formatação de valores numéricos em planilhas.
Utilizando a opção NÚMERO da faixa de opções poderemos obter formatações para
composição textual das informações, veja a figura abaixo:

Através da opção encontrada na faixa de opções da guia página


inicial poderemos obter outros recursos que estarão detalhados abaixo:

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Geral – Apresenta um menu com estilos de formatação para valores numéricos, excluindo os
formatos existentes. Ex.: 11% = 0,11.
Número – Faz a inserção de duas casas decimais ao número. Ex.: 6 = 6,00
Moeda – Faz a inserção do símbolo monetário selecionado e adiciona casas decimais
correspondentes ao número.
Contábil – Opção semelhante ao estilo moeda (R$), porém faz alinhamento dos símbolos
monetários.
Data abreviada – Converte um número em data no formato dd/mm/aaaa. Ex.: 15879 =
22/06/1943.
Data completa – Converte um número ou uma data abreviada no formato por extenso: dia da
semana, dia do mês e ano.
Hora – Formata a hora de acordo com o estilo selecionado. Ex.: 22:11 = 10:11 PM
Porcentagem (%) – Multiplica o valor por 100 e exibe o resultado com o símbolo de
porcentagem.
Fração (1/2) – Converte um número decimal em fracionário.
Científico – Converte um número em sua correspondente notação científica.
Texto – Converte um número em texto da forma como ele foi digitado.
Inserindo Bordas
Utilizaremos as bordas para destacarmos as Células, Linhas ou Colunas. Na aplicabilidade
deste recurso utilizaremos principalmente a opção Todas as Bordas, esta opção trás o
contorno das células (linhas e colunas) tanto internamente quanto externamente.

Para aplicar o recurso utilize o botão Bordas.

Copiando, Movendo células


O Excel nos permite COPIAR e MOVER qualquer área selecionada de uma planilha, utilizando
os recursos normais de CTRL + C para copiar, CTRL + V para Colar e CTRL + X para mover
determinadas células.

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Aplicando Estilos Rápidos


O Excel 2016 nos oferece um conjunto de formatos idealizados para aplicar, ao mesmo tempo,
estilos predefinidos em uma determinada célula ou região selecionada.
O estilo Normal é o padrão praticado a qualquer planilha nova, todavia podemos criar um
novo estilo, efetuando ajustes de fontes (cor, tamanho, efeitos, etc.), alinhamentos, bordas,
motivos, etc.

Utilize o botão ao lado para definir um estilo ou personalizar, utilizando seus próprios critérios
de formatação.
Quebra de Texto automática
Em uma determinada planilha do Excel, caso seja necessário que o texto seja exibido em várias
linhas da mesma célula, como no exemplo abaixo:

Se prestarmos atenção, os subtítulos da planilha localizados a partir da célula A3, estão


descritos em 2 linhas. Para realizar essa operação você precisará apenas iniciar a digitação na
linha inicial e em seguida pressionar as teclas de atalhos ALT + ENTER.
Localizando Dados em um Planilha do Excel
Às vezes estamos diante de uma planilha muito grande e temos a necessidade de localizar um
determinado Cliente, Aluno, Item, Produto etc.
No Excel há um recurso que nos auxilia na realização desta operação, é o comando para
Localizar e Substituir. Para isso, utilize as teclas de atalhos CTRL + L e faça a busca pela palavra
desejada.
Definindo Fórmulas e Funções
Conhecemos como Fórmulas equações que realizam cálculos sobre valores em uma
determinada planilha do Excel.

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Para complementar as fórmulas, o Excel 2016 oferece alguns elementos.


• Funções – Fórmulas pré-desenvolvidas que representam um valor ou vários valores, atuam
na execução de uma operação e retornam um valor ou vários valores. Use as funções para
simplificar e reduzir fórmulas, especialmente as que executam cálculos longos e complexos.
• Operadores – Sinais ou símbolos que especificam o tipo de cálculo a ser executado dentro
de uma expressão. Existem operadores matemáticos, de comparação, de concatenação e de
referência. Exemplo: sinais de mais, menos, maior, menor, dois pontos, ponto e vírgula,
asterisco, etc.
• Referências de célula – Conjunto de coordenadas que a célula abrange em uma planilha.
Por exemplo, a referência da célula que aparece na interseção da coluna C e linha 3 é C3.

Quando selecionamos mais de uma célula chamamos de Intervalo, porém, algumas funções
referenciam em seus argumentos como Intervalo..., outras como Faixa..., outras como
Matriz..., etc. Então, intervalo, faixa ou matriz entenda como sendo a mesma coisa. No
exemplo abaixo, selecionamos o intervalo entre as células B3 e F7, portanto, a referência do
intervalo é B3:F7.
O símbolo “dois pontos” substitui o até. B3 é a primeira célula selecionada e F7 a última.

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Para selecionar uma linha completa clique no número da linha e para selecionar uma coluna
completa clique na letra da coluna. Podemos selecionar várias linhas e/ou várias colunas.

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Iniciando a Construção de uma Fórmula


Operadores Matemáticos
Para efetuar operações matemáticas básicas, como adição, subtração ou multiplicação,
combinar números e produzir resultados numéricos, devemos utilizar os seguintes operadores
aritméticos:

Operadores de Comparação
Você pode comparar dois valores usando os operadores de comparação. Quando dois valores
são comparados, o resultado é um valor lógico, VERDADEIRO ou FALSO.

Operadores de Referências
Os operadores de referência combinam intervalos de células para cálculos.

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Copiando Fórmulas
Imagine que inseriu uma determinada fórmula em uma célula, porém haverá a necessidade
de repetir a mesma fórmula em outras células. Terá que digitar tudo novamente? Não, pois
poderá copiar e colar a fórmula que automaticamente são atualizadas nas linhas e colunas.
Siga a imagem abaixo:

Posicione o cursor conforme a imagem acima, ao transformar-se em uma pequena cruz, basta
arrastar até a célula que deseja fazer a cópia.
Utilizando Funções no Excel 2016
Função SOMA
=SOMA(CÉLULA INICIAL:CÉLULA FINAL)
A função Soma tem por finalidade somar valores dentro de um critério especifico (região pré-
determinada).

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Planilha modelo:

Para resolver o Total de vendas e o Subtotal da planilha modelo, faça o seguinte:


- Posicione o cursor na célula em que deverá sair o resultado.

- Em seguida dê um clique no botão SOMA localizado na guia Página Inicial.

Outra opção é digitar manualmente a sintaxe da fórmula:

Função MÉDIA
Sintaxe: =MÉDIA(INTERVALO DE VALORES)
A função Média é utilizada para obter a média aritmética de uma região de células
selecionadas. Para utilizar esta função faça o seguinte:
Para resolver a Média dos Preços da planilha modelo, faça o seguinte:
- Posicione o cursor na célula em que deverá sair o resultado.
- Digite =MÉDIA(
- Seleciona a região da planilha a qual deseja o resultado.
- A fórmula ficará assim: =MÉDIA(G4:G7).

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Função MULT
Sintaxe: =MULT(núm1, [núm2], ...)) A função MULT é utilizada para multiplicar todos os
números especificados como argumentos e retornar o produto final. Exemplo, se as células
A10 e A20 contiverem números, você poderá usar a fórmula =MULT(A10, A20) para multiplicar
esses dois números juntos. A mesma operação também pode ser realizada usando o operador
matemático de multiplicação (*); por exemplo, =A1 * A2. A função MULT é útil quando você
precisa multiplicar várias células ao mesmo tempo. Exemplo, a fórmula =MULT(A1:A3, C1:C3)
equivale a =A1 * A2 * A3 * C1 * C2 * C3.
Função SOMARPRODUTO
Sintaxe: =SOMARPRODUTO(matriz1;matriz2;matriz3; …) Esta função multiplica os
componentes de uma matriz de dados e depois retorna a soma destes dados. É bastante
utilizada para consolidar diversos dados já previamente calculados.
Função MÁXIMO
Sintaxe: =MÁXIMO(número1, [número2], ...) A função MÁXIMO no Excel tem como principal
objetivo retornar o maior valor dentro de um intervalo de dados. Importante salientar que se
os argumentos não contiver números, a função retornará a zero. Veja o exemplo a seguir:

Diante dos valores descriminados ao lado, ao digitarmos a fórmula =máximo(seleção do


intervalo) o excel retornará o resultado desejado.

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Função MÍNIMO
Sintaxe: = MÍNIMO(número1, [número2], ...)
A função MÍNIMO no Excel tem como principal objetivo retornar o menor valor dentro de um
intervalo de dados. Importante salientar que se os argumentos não contiver números, a
função retornará a zero. Vejamos:
Funções MAIOR e MENOR
Sintaxe: = MAIOR(matriz,k)
Sintaxe: = MENOR(matriz,k)

Já sentiu necessidade de encontrar o quarto maior número de uma lista? Ou que tal o sexto
menor número e um intervalo no Excel? É justamente isso que iremos mostrar como é possível
usar as funções MAIOR e MENOR.

No exemplo ao acima, mostramos uma planilha de Notas, onde o usuário deverá fazer uma
fórmula para indicar a 2ª maior nota da turma.

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Ao digitar a fórmula =maior(selecionar o intervalor e indicar a posição 2, o Excel retornará 8,9.


Se o usuário desejar retornar a 3ª menor nota por exemplo, repete a fórmula, alterando
apenas a função para MENOR.
Funções HORA, MINUTO E SEGUNDO
Sintaxe: =HORA(núm_série)
Sintaxe: =MINUTO(núm_série)
Sintaxe: =SEGUNDO(núm_série)
Observação: O horário que contém a hora que você deseja encontrar. Os horários podem ser
inseridos como cadeias de texto entre aspas (por exemplo, "6:45 PM"), como números
decimais (por exemplo, 0,78125, que representa 6:45 PM) ou como resultados de outras
fórmulas ou funções (por exemplo, VALOR.TEMPO("6:45 PM")).
Vejamos:

Funções DIA, MÊS e ANO


Sintaxe: =DIA(núm_série)
Sintaxe: =DIA(núm_série)
Sintaxe: =DIA(núm_série)
Retornam o dia, mês e ano de uma data representada por um número de série. O dia é dado
como um inteiro que varia de 1 a 31.
O mês é dado como um inteiro que varia de 1 a 12.
O ano Retorna o ano correspondente a uma data. Ele é retornado como um inteiro no
intervalo de 1900-9999.

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Vejamos:

Função SE
Sintaxe: = SE(teste_lógico, valor_se_verdadeiro, [valor_se_falso])
A função SE é muito procurada pelas pessoas que desejam aprofundar seus conhecimentos
na ferramenta. Nela, por meio de testes lógicos, podemos pedir para que o Excel nos exiba
uma mensagem, por exemplo sob uma condição, e outra sob outra condição.

Na planilha Boletim Escolar disposta em seguida, veremos um exemplo de fórmula que surgia
diante da seguinte situação:
SE A MÉDIA FOR MAIOR OU IGUAL A 7 ENTÃO APROVADO, SE NÃO REPROVADO

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Lembrando que a função SE é uma das funções mais populares do Excel e permite que você
faça comparações lógicas entre um valor e aquilo que você espera. Os principais
operadores/sinais utilizados nesta função estão descritos abaixo:

Função E e OU
Sintaxe: E(lógico1; [lógico2]; ...)
Sintaxe: OU(lógico1; [lógico2]; ...)

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As funções E e OU são utilizadas basicamente para dar maior flexibilidade a outras funções
que realizam testes lógicos, por exemplo, em conjunto com a função SE.
Retorna VERDADEIRO se todos os seus argumentos forem verdadeiros.
Argumentos:
lógico1 e lógico2: Condições que serão avaliadas trazendo Verdadeiro ou Falso
como resultado.
Sintaxe: OU(lógico1; [lógico2]; ...)
Retorna VERDADEIRO se pelo menos um dos seus argumentos for verdadeiro.
Vejamos o exemplo abaixo:

Função CONT.VALORES
Sintaxe: = CONT.VALORES(valor1, [valor2], ...)
A função CONT.VALORES realiza a contagem das células que contém qualquer tipo de
informações, incluindo valores de erros e texto vazio (""). Exemplo, se o intervalo contiver
uma fórmula que retorna uma cadeia vazia, a função CONT.VALORES contará esse valor. A
função CONT.VALORES não conta células vazias. Na planilha abaixo utilizamos a função
descrita para fazer a contagem da quantidade de funcionários de uma determinada empresa.

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Função CONTAR.VAZIO
Sintaxe: = CONTAR.VAZIO(valor1, [valor2], ...)
Use a função Contar.vazio para contar o número de células vazias em um intervalo de células.
Utilizando a mesma planilha acima, iremos contar as células vazias na coluna com os nomes
dos funcionários.

Função CONT.NÚM
Sintaxe: = CONT.NÚM(valor1, [valor2], ...)
A função Cont.Num é mais uma função de contagem do Excel, ela permite realizar a contagem
da quantidade de valores numéricos presentes em uma planilha, incluindo também fórmulas.
No exemplo a seguir o usuário utilizou a função Cont.núm para contar quantos funcionários
existem na empresa.

Função CONT.SE

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Sintaxe: =CONT.SE(intervalo; critério)


Utilizaremos a função CONT.SE, que é uma das funções estatísticas, para fazer a contagem de
um número de células que atendem a (1) um critério; naplanilha abaixo por exemplo, iremos
contar o número de vezes que uma FRUTA específica aparece em uma listagem.
De forma mais simples, a função CONT.SE informa:
=CONT.SE(Onde você quer procurar?; O que você quer procurar?)

Função CONT.SES
Sintaxe: =CONT.SE(intervalo; critério)
Seguimos a lógica da função anterior para fazermos a contagem de um número de células que
atendem a (2) dois ou mais critérios, vejamos:

Verificação da Ortografia e Gramática

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Ao concluirmos uma Planilha do Excel 2016, é de fundamental importância realizarmos uma


boa revisão para analisarmos atentamente tudo o que foi feito. Para isso, podemos utilizar a
guia Revisão, composta pelos seguintes grupos:
• Revisão de Texto – Permite verificar erros ortográficos e gramaticais, pesquisar em
dicionários, traduzir o texto para outros idiomas e ainda contar as palavras do documento.
• Ideias – Possibilita pesquisar o conteúdo do celular na Internet.
• Idioma – Permite a tradução da planilha para outro idioma de acordo com o tradutor
Microsoft Translator.
• Comentários – Permite inserir informações na planilha, que podem ou não ser impressas,
com o objetivo de esclarecer possíveis dúvidas quanto ao conteúdo.
• Alterações – Permite trabalhar com opções de proteção compartilhamento, tanto de
planilha quanto da pasta de trabalho.
Neste curso, detalharemos o grupo Revisão de Texto. Utilize a faixa de opções abaixo,
localizada na guia Revisão.

Inserindo Gráficos
Podemos afirmar que a principal funcionalidade dos gráficos é representar os dados das
planilhas por meio de imagens, ou seja, é uma maneira de externar visualmente dados ou
valores.
O usuário poderá selecionar o tipo de gráfico que vai tornar seus dados mais claros, enfáticos
e informativos. O Excel oferece uma ampla variedade de tipos de gráficos e métodos simples
para selecioná-los e visualizá-los. Com um gráfico, teremos a possibilidade de apresentar os
dados de uma planilha, evidenciando comparações, padrões e tendências. Utilizamos neste
curso dois modelos: Barras e Pizza.

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O Tipo de gráfico BARRAS ou COLUNAS ilustra comparações entre itens individuais. Considere
a utilização de gráficos de barras, quando os rótulos dos eixos forem longos e para comparar
múltiplos valores.
O Tipo de gráfico PIZZA exibe o quanto cada valor representa sobre o valor total. São utilizados
quando há apenas uma série de dados a serem comparados e todos os valores são positivos.

Para inserirmos um gráfico utilizamos a guia inserir e a opção gráficos como mostra a figura
abaixo:

Formatação Condicional
A formatação condicional é um recurso bastante utilizado para formatar células de acordo
com condições. Por exemplo, no caso de um boletim escolar, queremos que as notas abaixo
de 7 sejam formatas em vermelho com fundo cinza e as notas de 7 acima, sejam formatadas
em verde e fundo branco. Seleciona-se todas as notas e clica-se no botão Formatação

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Condicional da guia Página Inicial. Nele existem várias opções, para o nosso caso,
escolheremos a opção Realçar Regras das Células e em seguida a opção Mais Regras.
Na caixa de diálogo exibida, selecione um tipo de regra e edite a sua descrição conforme
exemplo abaixo (valor da célula – é menor do que – 7), clique em formatar e na outra caixa de
diálogo mude as cores da fonte e do preenchimento. Ok .
Até o momento colocamos uma formatação condicional para os valores menores que 7, da
mesma forma iremos colocar mais uma regra só que desta vez para os valores maior ou igual
a 7. Veja o resultado abaixo.

Podemos ainda editar, exclui e incluir regras, basta selecionar o intervalo das células que
contém formatação condicional, e escolher a opção Gerenciar

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Regras do botão Formatação Condicional. Aparece a caixa de diálogo com as formatações


condicionais aplicadas e os botões Nova Regra para criar mais uma regra, Editar Regra e Excluir
Regra para, respectivamente, alterar ou excluir um.

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Protegendo Planilhas
Para proteger uma planilha para que outras pessoas não possam editá-la, clique no botão
Proteger Planilha da guia Revisão. Abrirá uma caixa de diálogo para você marcar o que será
protegido. Atribua uma senha e clique em Ok, depois confirme a senha e clique Ok novamente.

Pronto, sua planilha agora está protegida e só será habilitada para edição quando houver o
desbloqueio. Para isso clique no botão Desproteger Planilha da guia Revisão e digite a senha
para desbloqueio. Esse botão só é visível se a planilha estiver protegida.

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Questões

1. (VUNESP / IPSM) A imagem a seguir mostra uma planilha sendo editada por meio do MS-
Excel, em sua configuração padrão.

Assinale a alternativa que apresenta o valor que será exibido na célula C5, após esta ser
preenchida com a fórmula =B4+SE(B1*B2>10;A3;C1):
a) 10
b) 6
c) 4
d) 3
e) 2.

02.(FGV / Pref. Salvador) No MS Excel 2016, na configuração original, o menu que contém a
opção para inserir um comentário é o.
a) dados.
b) exibição.
c) inserir.
d) layout da página.
e) revisão.

03. A função SOMASE, do Excel, executa a soma do conteúdo de células especificadas em um


intervalo segundo um critério ou uma condição.

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04. O elaborador de uma planilha no MS-Excel 2016, em sua configuração padrão, deseja que
as fórmulas das suas células não possam ser visualizadas por outros usuários. Para tanto, após
selecionar as células com o botão direito do mouse, na aba Proteção da caixa de diálogo
Formatar Células que surge na tela, deve-se marcar a opção.
a) Ocultas.
b) Escondidas.
c) Invisíveis.
d) Bloqueadas.
e) Travadas.

05. (CESPE / FUB) No MS Excel, as referências relativas são fixas e identificadas pelo símbolo
$.

06. (CESPE / FUB -) No Excel 2013, o ponto e vírgula (;) presente na fórmula =SOMA(F10;F20)
indica que todos os valores compreendidos entre as células F10 e F20 devem ser somados.

07. (FCC / TRE/SP -) Considere, por hipótese, a planilha abaixo, digitada no Microsoft Excel em
português.

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Na célula B9, para somar o intervalo de células de B2 até B8, foi utilizada a fórmula
a) =SOMATEMPO(B2:B8)
b) =SOMAT(B2;B8)
c) =SOMATEMP(B2:B8)
d) =SOMA(B2:B8)
e) =SOMA(TEMPO(B2:B8))

08. (CESPE / SEDF) Em uma planilha do Excel, ao se tentar inserir a fórmula =$a$3*(b3-c3),
ocorrerá erro de digitação, pois as fórmulas devem ser digitadas com letras maiúsculas.

09. (VUNESP / Prefeitura Itanhaém) No MS-Excel 2016, em sua configuração padrão, o


número de células contidas no intervalo H2:J3 é
a) 2.
b) 3.
c) 4.
d) 5.
e) 6.

10. (FCC / DPE/RS) Na planilha Excel, são registrados os valores 100, 5, 6 e 7, respectivamente,
nas células A1, A2, A3 e A4. Na célula A5 é registrada a seguinte fórmula =(A1/A2)+(A3*A4)/2.
O resultado de A5 equivale a:
a) 38
b) 60
c) 41
d) 36
e) 30

GABARITO:
1.B

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2.E
3.CORRETO
4.B
5.ERRADO
6.ERRADO
7.D
8.ERRADO
9.E
10.C

POWER POINT
PowerPoint 2010, 2013 e detalhes gerais
Na tela inicial do PowerPoint, são listadas as últimas apresentações editadas (à esquerda),
opção para criar nova apresentação em branco e ainda, são sugeridos modelos para criação
de novas apresentações (ao centro).
Ao selecionar a opção de Apresentação em Branco você será direcionado para a tela principal,
composta pelos elementos básicos apontados na figura abaixo, e descritos nos tópicos a
seguir.

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Barra de Títulos: A linha superior da tela é a barra de títulos, que mostra o nome da
apresentação na janela. Ao iniciar o programa aparece Apresentação 1 porque você ainda não
atribuiu um nome ao seu arquivo.
Faixa de Opções: Desde a versão 2007 do Office, os menus e barras de ferramentas foram
substituídos pela Faixa de Opções. Os comandos são organizados em uma única caixa,
reunidos em guias. Cada guia está relacionada a um tipo de atividade e, para melhorar a
organização, algumas são exibidas somente quando necessário.

Barra de Ferramentas de Acesso Rápido: A Barra de Ferramentas de Acesso Rápido fica


posicionada no topo da tela e pode ser configurada com os botões de sua preferência,
tornando o trabalho mais ágil.
Adicionando e Removendo Componentes: Para ocultar ou exibir um botão de comando na
barra de ferramentas de acesso rápido podemos clicar com o botão direito no componente
que desejamos adicionar, em qualquer guia. Será exibida uma janela com a opção de Adicionar
à Barra de Ferramentas de Acesso Rápido.

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Temos ainda outra opção de adicionar ou remover componentes nesta barra, clicando na seta
lateral. É aberto o menu Personalizar Barra de Ferramentas de Acesso Rápido, que apresenta
várias opções para personalizar a barra, além da opção Mais Comandos..., onde temos acesso
a todos os comandos do PowerPoint.
Para remoção do componente, no mesmo menu selecione-o. Se preferir, clique com o botão
direito do mouse sobre o ícone que deseja remover e escolha Remover da Barra de
Ferramentas de Acesso Rápido.
Barra de Status: Localizada na parte inferior da tela, a barra de status permite incluir
anotações e comentários na sua apresentação, mensagens, fornece estatísticas e o status de
algumas teclas. Nela encontramos o recurso de Zoom e os botões de ‘Modos de Exibição’.

Clicando com o botão direito sobre a barra de status, será exibida a caixa Personalizar barra
de status. Nela podemos ativar ou desativar vários componentes de visualização.
Durante uma apresentação, os slides do PowerPoint vão sendo projetados no monitor do
computador, lembrando os antigos slides fotográficos.
O apresentador pode inserir anotações, observações importantes, que deverão ser abordadas
durante a apresentação.
Estas anotações serão visualizadas somente pelo apresentador quando, durante a
apresentação, for selecionado o Modo de Exibição do Apresentador (basta clicar com o botão
direito do mouse e selecionar esta opção durante a apresentação).
Modelos e Temas Online: Algumas vezes parece impossível iniciar uma apresentação. Você
nem mesmo sabe como começar. Nestas situações pode-se usar os modelos prontos, que

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fornecem sugestões para que você possa iniciar a criação de sua apresentação. A versão
PowerPoint 2013 traz vários modelos disponíveis online divididos por temas (é necessário
estar conectado à internet).

Para utilizar um modelo pronto, selecione um tema. Em nosso exemplo, vamos selecionar
‘Negócios’. Aparecerão vários modelos prontos que podem ser utilizados para a criação de
sua apresentação, conforme mostra a figura abaixo.

Procure conhecer os modelos, clicando sobre eles. Utilize as barras de rolagem para rolar a
tela, visualizar as possibilidades, e possivelmente escolher um modelo, dentre as inúmeras
possibilidades fornecidas, para criar apresentações profissionais com muita agilidade.
Ao escolher um modelo, clique no botão ‘Criar’ e aguarde o download do arquivo. Será criado
um novo arquivo em seu computador, que você poderá salvar onde quiser. A partir daí, basta
customizar os dados e utilizá-lo como SUA APRESENTAÇÃO.

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Tanto o layout como o padrão de formatação de fontes, poderão ser alterados em qualquer
momento, para atender às suas necessidades.
Apresentação de Slides:
Antes de começarmos a trabalhar em um novo slide, ou nova apresentação, vamos entender
um pouco melhor como funciona uma apresentação. Escolha um modelo pronto qualquer,
faça o download, e inicie a apresentação, assim:
Na barra ‘Modos de exibição de slides’, localizada na barra de status, clique no botão ‘Modo
de Apresentação de Slides’.
Dê cliques com o mouse para seguir ao próximo slide. Ao clicar na apresentação, são exibidos
botões de navegação, que permitem que você siga para o próximo slide ou volte ao anterior,
conforme mostrado abaixo. Além dos botões de navegação você também conta com outras
ferramentas durante sua apresentação.
Exibição de Slides: Vamos agora começar a personalizar nossa apresentação, tendo como
base o modelo criado. Se ainda estiver com uma apresentação aberta, termine a
apresentação, retornando à estrutura. Clique, na faixa de opções, no menu ‘EXIBIÇÃO’.
Alternando entre os Modos de Exibição
Modo Normal: No modo de exibição ‘Normal’, você trabalha em um slide de cada vez e pode
organizar a estrutura de todos os slides da apresentação.

Dica: Para mover de um slide para outro clique sobre o slide (do lado esquerdo) que deseja
visualizar na tela, ou utilize as teclas ‘PageUp’ e ‘PageDown’.

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Modo de Exibição de Estrutura de Tópicos: Este modo de visualização é interessante


principalmente durante a construção do texto da apresentação. Você pode ir digitando o texto
do lado esquerdo e o PowerPoint monta os slides pra você.
Classificação de Slides: Este modo permite ver seus slides em miniatura, para auxiliar na
organização e estruturação de sua apresentação. No modo de classificação de slides, você
pode reordenar slides, adicionar transições e efeitos de animação e definir intervalos de
tempo para apresentações eletrônicas de slides.

Para alterar a sequência de exibição de slides, clique no slide e arraste até a posição desejada.
Você também pode ocultar um slide dando um clique com o botão direito do mouse sobre ele
e selecionando ‘Ocultar Slide’.
Alterando o Design:
O design de um slide é a apresentação visual do mesmo, ou seja, as cores nele utilizadas, tipos
de fontes, etc. O PowerPoint disponibiliza vários temas prontos para aplicar ao design de sua
apresentação.
Para inserir um Tema de design pronto nos slides acesse a guia ‘Design’ na Faixa de Opções.
Clique na seta lateral para visualizar todos os temas existentes.
Clique no tema desejado, para aplicar ao slide selecionado. O tema será aplicado em todos os
slides.
Variantes -> Cores e Variantes -> Fontes: ainda na guia ‘Design’ podemos aplicar variações
dos temas, alterando cores e fontes, criando novos temas de cores. Clique na seta da caixa
‘Variantes’ para abrir as opções. Passe o mouse sobre cada tema para visualizar o efeito na
apresentação. Após encontrar a variação desejada, dê um clique com o mouse para aplicá-la
à apresentação.

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Variantes -> Efeitos: os efeitos de tema especificam como os efeitos são aplicados a gráficos
SmartArt, formas e imagens. Clique na seta do botão ‘Efeitos’ para acessar a galeria de Efeitos.
Aplicando o efeito alteramos rapidamente a aparência dos objetos.
Layout de Texto:
O primeiro slide criado em nossa apresentação é um ‘Slide de título’. Nele não deve ser
inserido o conteúdo da palestra ou reunião, mas apenas o título e um subtítulo pois trata-se
do slide inicial.
Clique no quadro onde está indicado ‘Clique aqui para adicionar um título’, e escreva o título
de sua apresentação. A apresentação que criaremos será sobre ‘Grupo Nova”.
No quadro onde está indicado ‘Clique aqui para adicionar um subtítulo’ coloque seu nome ou
o nome da empresa em que trabalha, ou mesmo um subtítulo ligado ao tema da
apresentação.
Formate o texto da forma como desejar, selecionando o tipo da fonte, tamanho, alinhamento,
etc., clicando sobre a ‘Caixa de Texto’ para fazer as formatações.
Clique no botão novo slide da guia ‘PÁGINA INICIAL’. Será criado um novo slide com layout
diferente do anterior. Isso acontece porque o programa entende que o próximo slide não é
mais de título, e sim de conteúdo, e assim sucessivamente para a criação da sua apresentação.

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Layouts de Conteúdo:
Utilizando os layouts de conteúdo é possível inserir figura ou cliparts, tabelas, gráficos,
diagramas ou clipe de mídia (que podem ser animações, imagens, sons, etc.).
A utilização destes recursos é muito simples, bastando clicar, no próprio slide, sobre o recurso
que deseja utilizar.
Salve a apresentação atual como ‘Ensino a Distância’ e, sem fechá-la, abra uma nova
apresentação. Vamos ver a utilização dos recursos de Conteúdo.
Na guia ‘Início’ da Faixa de Opções, clique na seta lateral da caixa Layout. Será exibida uma
janela com várias opções.
Selecione o layout ‘Título e conteúdo’.
Aparecerá a caixa de conteúdo no slide como mostrado na figura a seguir. A caixa de
conteúdos ao centro do slide possui diversas opções de tipo de conteúdo que se pode utilizar.
As demais ferramentas da ‘Caixa de Conteúdo’ são:
• Escolher Elemento Gráfico SmartArt
• Inserir Imagem
• Inserir Imagens Online
• Inserir Vídeo
Explore as opções, utilize os recursos oferecidos para enriquecer seus conhecimentos e, em
consequência, criar apresentações muito mais interessantes. O funcionamento de cada item
é semelhante aos já abordados.
Agora é com você!
Exercite: crie diversos slides de conteúdo, procurando utilizar todas as opções oferecidas para
cada tipo de conteúdo.
Desta forma, você estará aprendendo ainda mais utilizar os recursos do PowerPoint e do
Office.
Animação dos Slides: A animação dos slides é um dos últimos passos da criação de uma
apresentação. Essa é uma etapa importante, pois, apesar dos inúmeros recursos oferecidos
pelo programa, não é aconselhável exagerar na utilização dos mesmos, pois além de tornar a
apresentação cansativa, tira a atenção das pessoas que estão assistindo, ao invés de dar foco
ao conteúdo da apresentação, passam a dar foco para as animações.
Transições: A transição dos slides nada mais é que a mudança entre um slide e outro. Você
pode escolher entre diversastransições prontas, através da faixa de opções ‘TRANSIÇÕES’.
Selecione o primeiro slide da nossa apresentação e clique nesta opção.

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Escolha uma das transições prontas e veja o que acontece. Explore os diversos tipos de
transições, apenas clicando sobre elas e assistindo os efeitos que elas produzem. Isso pode
ser bastante divertido, mas dependendo do intuito da apresentação, o exagero pode tornar
sua apresentação pouco profissional.
Ainda em ‘TRANSIÇÕES’ escolha como será feito o avanço do slide, se após um tempo pré-
definido ou ‘Ao Clicar com o Mouse’, dentro da faixa ‘INTERVALO’. Você também pode aplicar
som durante a transição.
Animações: As animações podem ser definidas para cada caixa de texto dos slides. Ou seja,
durante sua apresentação você pode optar em ir abrindo o texto conforme trabalha os
assuntos.
Neste exemplo, selecionaremos o Slide 3 de nossa apresentação para enriquecer as
explicações. Clique um uma das caixas de texto do slide, e na opção ‘ANIMAÇÕES’ abra o
‘PAINEL DE ANIMAÇÃO’.

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Escolheremos a opção ‘Flutuar para Dentro’, mas você pode explorar as diversas opções e
escolher a que mais te agradar. Clique na opção escolhida. No Painel de Animação, abra todas
as animações clicando na seta para baixo.

Cada parágrafo de texto pode ser configurado, bastando que você clique no parágrafo
desejado e faça a opção de animação desejada. O parágrafo pode aparecer somente quando
você clicar com o mouse, ou juntamente com o anterior.
Pode mantê-lo aberto na tela enquanto outros estão fechados, etc. Em nosso exemplo, vamos
animar da seguinte forma: os textos da caixa de texto do lado esquerdo vão aparecer juntos
após clicar. Os textos da caixa do lado direito permanecem fechados. Ao clicar novamente, os
dois parágrafos aparecerão ao mesmo tempo na tela.
Passo a passo:
Com a caixa de texto do lado esquerdo selecionada, clique em ‘Iniciar ao clicar’ no 1º
parágrafo, mostrado no Painel de Animações; selecione o 2º parágrafo e selecione ‘Iniciar com
anterior’; selecione a caixa de texto do lado direito e aplique uma animação; no Painel de
Animações clique em ‘Iniciar ao clicar’ no 1º parágrafo da caixa de texto selecione o 2º
parágrafo da caixa de texto e selecione ‘Iniciar com anterior’.

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Internet e Web. Conceitos, características, sites de pesquisa, browsers Edge, Firefox Mozilla
e Google Chrome nas versões atuais de 32 e 64 bits, em português.

Internet
“Imagine que fosse descoberto um continente tão vasto que suas dimensões não tivessem
fim. Imagine um mundo novo, com tantos recursos que a ganância do futuro não seria capaz
de esgotar; com tantas oportunidades que os empreendedores seriam poucos para aproveitá-
las; e com um tipo peculiar de imóvel que se expandiria com o desenvolvimento.”
John P. Barlow
Os Estados Unidos temiam que em um ataque nuclear ficassem sem comunicação entre a Casa
Branca e o Pentágono.
Este meio de comunicação “infalível”, até o fim da década de 60, ficou em poder exclusivo do
governo conectando bases militares, em quatro localidades.
Nos anos 70, seu uso foi liberado para instituições norte-americanas de pesquisa que
desejassem aprimorar a tecnologia, logo vinte e três computadores foram conectados, porém
o padrão de conversação entre as máquinas se tornou impróprio pela quantidade de
equipamentos.
Era necessário criar um modelo padrão e universal para que as máquinas continuassem
trocando dados, surgiu então o Protocolo Padrão TCP/IP, que permitiria portanto que mais
outras máquinas fossem inseridas àquela rede.
Com esses avanços, em 1972 é criado o correio eletrônico, o E-mail, permitindo a troca de
mensagens entre as máquinas que compunham aquela rede de pesquisa, assim no ano
seguinte a rede se torna internacional.
Na década de 80, a Fundação Nacional de Ciência do Brasil conectou sua grande rede à
ARPANET, gerando aquilo que conhecemos hoje como internet, auxiliando portanto o
processo de pesquisa em tecnologia e outras áreas a nível mundial, além de alimentar as
forças armadas brasileiras de informação de todos os tipos, até que em 1990 caísse no
domínio público.
Com esta popularidade e o surgimento de softwares de navegação de interface amigável, no
fim da década de 90, pessoas que não tinham conhecimentos profundos de informática
começaram a utilizar a rede internacional.
Acesso à Internet
O ISP, Internet Service Provider, ou Provedor de Serviço de Internet, oferece principalmente
serviço de acesso à Internet, adicionando serviços como e-mail, hospedagem de sites ou blogs,

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ou seja, são instituições que se conectam à Internet com o objetivo de fornecer serviços à ela
relacionados, e em função do serviço classificam-se em:
• Provedores de Backbone: São instituições que constroem e administram backbones de longo
alcance, ou seja, estrutura física de conexão, com o objetivo de fornecer acesso à Internet
para redes locais;
• Provedores de Acesso: São instituições que se conectam à Internet via um ou mais acessos
dedicados e disponibilizam acesso à terceiros a partir de suas instalações;
• Provedores de Informação: São instituições que disponibilizam informação através da
Internet.
Endereço Eletrônico ou URL
Para se localizar um recurso na rede mundial, deve-se conhecer o seu endereço.
Este endereço, que é único, também é considerado sua URL (Uniform Resource Locator), ou
Localizador de Recursos Universal.
Boa parte dos endereços apresenta-se assim: www.xxxx.com.br
Onde:
www = protocolo da World Wide Web
xxx = domínio
com = comercial
br = brasil
WWW = World Wide Web ou Grande Teia Mundial
É um serviço disponível na Internet que possui um conjunto de documentos espalhados por
toda rede e disponibilizados a qualquer um.
Estes documentos são escritos em hipertexto, que utiliza uma linguagem especial, chamada
HTML.
Domínio
Designa o dono do endereço eletrônico em questão, e onde os hipertextos deste
empreendimento estão localizados. Quanto ao tipo do domínio, existem:
.com = Instituição comercial ou provedor de serviço
.edu = Instituição acadêmica
.gov = Instituição governamental
.mil = Instituição militar norte-americana

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.net = Provedor de serviços em redes


.org = Organização sem fins lucrativos
HTTP, Hyper Texto Transfer Protocol ou Protocolo de Trasferência em Hipertexto
É um protocolo ou língua específica da internet, responsável pela comunicação entre
computadores.
Um hipertexto é um texto em formato digital, e pode levar a outros, fazendo o uso de
elementos especiais (palavras, frases, ícones, gráficos) ou ainda um Mapa
Sensitivo o qual leva a outros conjuntos de informação na forma de blocos de textos, imagens
ou sons.
Assim, um link ou hiperlink, quando acionado com o mouse, remete o usuário à outra parte
do documento ou outro documento.
Home Page
Sendo assim, home page designa a página inicial, principal do site ou web page.
É muito comum os usuários confundirem um Blog ou Perfil no Facebook com uma Home Page,
porém são coisas distintas, aonde um Blog é um diário e um Perfil no Facebook é um Profile,
ou seja um hipertexto que possui informações de um usuário dentro de uma comunidade
virtual.
HTML, Hyper Text Markut language ou Linguagem de Marcação de Hipertexto
É a linguagem com a qual se cria as páginas para a web.
Suas principais características são:
• Portabilidade (Os documentos escritos em HTML devem ter aparência semelhante nas
diversas plataformas de trabalho);
• Flexibilidade (O usuário deve ter a liberdade de “customizar” diversos elementos do
documento, como o tamanho padrão da letra, as cores, etc);
• Tamanho Reduzido (Os documentos devem ter um tamanho reduzido, a fim de economizar
tempo na transmissão através da Internet, evitando longos períodos de espera e
congestionamento na rede).
Browser ou Navegador
É o programa específico para visualizar as páginas da web. O Browser lê e interpreta os
documentos escritos em HTML, apresentando as páginas formatadas para os usuários.
ARQUITETURAS DE REDES

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As modernas redes de computadores são projetadas de forma altamente estruturada. Nas


seções seguintes examinaremos com algum detalhe a técnica de estruturação.
HIERARQUIAS DE PROTOCOLOS
Para reduzir a complexidade de projeto, a maioria das redes é organizada em camadas ou
níveis, cada uma construída sobre sua predecessora. O número de camadas, o nome, o
conteúdo e a função de cada camada diferem de uma rede para outra. No entanto, em todas
as redes, o propósito de cada camada é oferecer certos serviços às camadas superiores,
protegendo essas camadas dos detalhes de como os serviços oferecidos são de fato
implementados.
A camada n em uma máquina estabelece uma conversão com a camada n em outra máquina.
As regras e convenções utilizadas nesta conversação são chamadas
coletivamente de protocolo da camada n, conforme ilustrado na Figura abaixo para uma rede
com sete camadas. As entidades que compõem as camadas correspondentes em máquinas
diferentes são chamadas de processos parceiros. Em outras palavras, são os processos
parceiros que se comunicam utilizando o protocolo.
Na verdade, nenhum dado é transferido diretamente da camada n em uma máquina para a
camada n em outra máquina. Em vez disso, cada camada passa dados e informações de
controle para a camada imediatamente abaixo, até que o nível mais baixo seja alcançado.
Abaixo do nível 1 está o meio físico de comunicação, através do qual a comunicação ocorre.
Na Figura abaixo, a comunicação virtual é mostrada através de linhas pontilhadas e a
comunicação física através de linhas sólidas.

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Entre cada par de camadas adjacentes há uma interface. A interface define quais operações
primitivas e serviços a camada inferior oferece à camada superior. Quando os projetistas
decidem quantas camadas incluir em uma rede e o que cada camada deve fazer, uma das
considerações mais importantes é definir interfaces limpas entreas camadas. Isso requer, por
sua vez, que cada camada desempenhe um conjunto específico de funções bem
compreendidas. Além de minimizar a quantidade de informações que deve ser passada de
camada em camada, interfaces bem definidas também tornam fácil a troca da implementação
de uma camada por outra implementação completamente diferente (por exemplo, trocar
todas as linhas telefônicas por canais de satélite), pois tudo o que é exigido da nova
implementação é que ela ofereça à camada superior exatamente os mesmos serviços que a
implementação antiga oferecia.
O conjunto de camadas e protocolos é chamado de arquitetura de rede. A especificação de
arquitetura deve conter informações suficientes para que um implementador possa escrever
o programa ou construir o hardware de cada camada de tal forma que obedeça corretamente
ao protocolo apropriado. Nem os detalhes de implementação nem a especificação das
interfaces são parte da arquitetura, pois esses detalhes estão escondidos dentro da máquina
e não são visíveis externamente. Não é nem mesmo necessário que as interfaces em todas as
máquinas em uma rede sejam as mesmas, desde que cada máquina possa usar corretamente
todos os protocolos.
O endereço IP
Quando você quer enviar uma carta a alguém, você... Ok, você não envia mais cartas; prefere
e-mail ou deixar um recado no Facebook. Vamos então melhorar este exemplo:quando você
quer enviar um presente a alguém, você obtém o endereço da pessoa e contrata os Correios
ou uma transportadora para entregar. É graças ao endereço que é possívelencontrar
exatamente a pessoa a ser presenteada. Também é graças ao seu endereço - único para cada
residência ou estabelecimento - que você recebe suas contas de água, aquele produto que
você comprou em uma loja on-line, enfim.
Na internet, o princípio é o mesmo. Para que o seu computador seja encontrado e possa fazer
parte da rede mundial de computadores, necessita ter um endereço único. O mesmo vale para
websites: este fica em um servidor, que por sua vez precisa ter um endereço para ser
localizado na internet. Isto é feito pelo endereço IP (IP Address), recurso que também é
utilizado para redes locais, como a existente na empresa que você trabalha, por exemplo.
O endereço IP é uma sequência de números composta de 32 bits. Esse valor consiste em um
conjunto de quatro sequências de 8 bits. Cada uma destas é separada por um ponto e recebe
o nome de octeto ou simplesmente byte, já que um byte é formado por 8 bits. O número
172.31.110.10 é um exemplo. Repare que cada octeto é formado por números que podem ir
de 0 a 255, não mais do que isso.

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A divisão de um IP em quatro partes facilita a organização da rede, da mesma forma que a


divisão do seu endereço em cidade, bairro, CEP, número, etc, torna possível a organização das
casas da região onde você mora. Neste sentido, os dois primeiros octetos de um endereço IP
podem ser utilizados para identificar a rede, por exemplo. Em uma escola que tem, por
exemplo, uma rede para alunos e outra para professores, pode-se ter 172.31.x.x para uma
rede e 172.32.x.x para a outra, sendo que os dois últimos octetos são usados na identificação
de computadores.
Classes de endereços IP
Neste ponto, você já sabe que os endereços IP podem ser utilizados tanto para identificar o
seu computador dentro de uma rede, quanto para identificá-lo na internet. Se na rede da
empresa onde você trabalha o seu computador tem, como exemplo, IP 172.31.100.10, uma
má- quina em outra rede pode ter este mesmo número, afinal, ambas as redes são distintas e
não se comunicam, sequer sabem da existência da outra. Mas, como a internet é uma rede
global, cada dispositivo conectado nela precisa ter um endereço único. O mesmo vale para
uma rede local: nesta, cada dispositivo conectado deve receber um endereço único. Se duas
ou mais máquinas tiverem o mesmo IP, tem-se então um problema chamado “conflito de IP”,
que dificulta a comunicação destes dispositivos e pode inclusive atrapalhar toda a rede.
Para que seja possível termos tanto IPs para uso emredes locais quanto para utilização na
internet, contamos com um esquema de distribuição estabelecido pelas entidades IANA
(Internet Assigned Numbers Authority) e ICANN (Internet Corporation for Assigned Names and
Numbers) que, basicamente, divide os endereços em três classes principais e mais duas
complementares. São elas:
Classe A: 0.0.0.0 até 127.255.255.255 - permite até
128 redes, cada uma com até 16.777.214 dispositivos conectados;
Classe B: 128.0.0.0 até 191.255.255.255 - permite até 16.384 redes, cada uma com até 65.536
dispositivos;
Classe C: 192.0.0.0 até 223.255.255.255 - permite até 2.097.152 redes, cada uma com até 254
dispositivos;
Classe D: 224.0.0.0 até 239.255.255.255 - multicast;
Classe E: 240.0.0.0 até 255.255.255.255 - multicast reservado.
As três primeiras classes são assim divididas para atender às seguintes necessidades:

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- Os endereços IP da classe A são usados em locais onde são necessárias poucas redes, mas
uma grande quantidade de máquinas nelas. Para isso, o primeiro byte é utilizado como
identificador da rede e os demais servem como identificador dos dispositivos conectados (PCs,
impressoras, etc);
- Os endereços IP da classe B são usados nos casos onde a quantidade de redes é equivalente
ou semelhante à quantidade de dispositivos. Para isso, usam-se os dois primeiros bytes do
endereço IP para identificar a rede e os restantes para identificar os dispositivos;
- Os endereços IP da classe C são usados em locais que requerem grande quantidade de redes,
mas com poucos dispositivos em cada uma. Assim, os três primeiros bytes são usados para
identificar a rede e o último é utilizado para identificar as máquinas.
Quanto às classes D e E, elas existem por motivos especiais: a primeira é usada para a
propagação de pacotes especiais para a comunicação entre os computadores, enquanto que
a segunda está reservada para aplicações futuras ou experimentais.
Vale frisar que há vários blocos de endereços reservados para fins especiais. Por exemplo,
quando o endereço começa com 127, geralmente indica uma rede “falsa”, isto é, inexistente,
utilizada para testes. No caso do endereço 127.0.0.1, este sempre se refere à própria máquina,
ouseja, ao próprio host, razão esta que o leva a ser chamado de localhost. Já o endereço
255.255.255.255 é utilizado para propagar mensagens para todos os hosts de uma rede de
maneira simultânea.
Endereços IP privados
Há conjuntos de endereços das classes A, B e C que são privados. Isto significa que eles não
podem ser utilizados na internet, sendo reservados para aplicações locais. São,
essencialmente, estes:
-Classe A: 10.0.0.0 à 10.255.255.255;
-Classe B: 172.16.0.0 à 172.31.255.255;
-Classe C: 192.168.0.0 à 192.168.255.255.
Suponha então que você tenha que gerenciar uma rede com cerca de 50 computadores. Você
pode alocar para estas máquinas endereços de 192.168.0.1 até 192.168.0.50, por exemplo.
Todas elas precisam de acesso à internet. O que fazer? Adicionar mais um IP para cada uma
delas? Não.
Na verdade, basta conectá-las a um servidor ou equipamento de rede - como um roteador -
que receba a conexão à internet e a compartilhe com todos os dispositivos conectados a ele.
Com isso, somente este equipamento precisará de um endereço IP para acesso à rede mundial
de computadores.
Máscara de sub-rede

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As classes IP ajudam na organização deste tipo de endereçamento, mas podem também


representar desperdício. Uma solução bastante interessante para isso atende pelo nome de
máscara de sub-rede, recurso onde parte dos números que um octeto destinado a identificar
dispositivos conectados (hosts) é “trocado” para aumentar a capacidade da rede. Para
compreender melhor, vamos enxergar as classes A, B e C da seguinte forma:
- A: N.H.H.H;
- B: N.N.H.H;
- C: N.N.N.H.
N significa Network (rede) e H indica Host. Com o uso de máscaras, podemos fazer uma rede
do N.N.H.H se “transformar” em N.N.N.H. Em outras palavras, as máscaras de sub-rede
permitem determinar quantos octetos e bits são destinados para a identificação da rede e
quantos são utilizados para identificar os dispositivos.
Para isso, utiliza-se, basicamente, o seguinte esquema: se um octeto é usado para
identificação da rede, este receberá a máscara de sub-rede 255. Mas, se um octeto é aplicado
para os dispositivos, seu valor na máscara de sub-rede será 0 (zero). A tabela a seguir mostra
um exemplo desta relação:

Você percebe então que podemos ter redes com máscara 255.0.0.0, 255.255.0.0 e
255.255.255.0, cada uma indicando uma classe. Mas, como já informado, ainda pode haver
situações onde há desperdício. Por exemplo, suponha que uma faculdade tenha que criar uma
rede para cada um de seus cinco cursos. Cada curso possui 20 computadores. A solução seria
então criar cinco redes classe C? Pode ser melhor do que utilizar classes B, mas ainda haverá
desperdício. Uma forma de contornar este problema é criar uma rede classe C dividida em
cinco sub-redes. Para isso, as máscaras novamente entram em ação.
Nós utilizamos números de 0 a 255 nos octetos, mas estes, na verdade, representam bytes
(linguagem binária). 255 em binário é 11111111. O número zero, por sua vez, é 00000000.
Assim, a máscara de um endereço classe C, 255.255.255.0, é:
11111111.11111111.11111111.00000000.

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Perceba então que, aqui, temos uma máscara formada por 24 bits 1: 11111111 + 11111111 +
11111111. Para criarmos as nossas sub-redes, temos que ter um esquema com 25, 26 ou mais
bits, conforme a necessidade e as possibilidades. Em outras palavras, precisamos trocar alguns
zeros do último octeto por 1.
Suponha que trocamos os três primeiros bits do último octeto (sempre trocamos da esquerda
para a direita), resultando em:
11111111.11111111.11111111.11100000
Se fizermos o número 2 elevado pela quantidade de bits “trocados”, teremos a quantidade
possível de sub-redes. Em nosso caso, temos 2^3 = 8. Temos então a possibilidade de criar até
oito sub-redes. Sobrou cinco bits para o endereçamento dos host. Fazemos a mesmaconta:
2^5 = 32. Assim, temos 32 dispositivos em cada sub-rede (estamos fazendo estes cálculos sem
considerar limitações que possam impedir o uso de todos os hosts e sub-redes).
11100000 corresponde a 224, logo, a máscara resultante é 255.255.255.224
Perceba que esse esquema de “trocar” bits pode ser empregado também em endereços
classes A e B, conforme a necessidade. Vale ressaltar também que não é possível utilizar
0.0.0.0 ou 255.255.255.255 como máscara.
IP estático e IP dinâmico
IP estático (ou fixo) é um endereço IP dado permanentemente a um dispositivo, ou seja, seu
número não muda, exceto se tal ação for executada manualmente.
Como exemplo, há casos de assinaturas de acesso à internet via ADSL onde o provedor atribui
um IP estático aos seus assinantes. Assim, sempre que um cliente se conectar, usará o mesmo
IP.
O IP dinâmico, por sua vez, é um endereço que é dado a um computador quando este se
conecta à rede, mas que muda toda vez que há conexão. Por exemplo, suponha que você
conectou seu computador à internet hoje. Quando você conectá-lo amanhã, lhe será dado
outro IP. Para entender melhor, imagine a seguinte situação: uma empresa tem 80
computadores ligados em rede. Usando IPs dinâmicos, a empresa disponibiliza 90 endereços
IP para tais máquinas. Como nenhum IP é fixo, um computador receberá, quando se conectar,
um endereço IP destes 90 que não estiver sendo utilizado. É mais ou menos assim que os
provedores de internet trabalham.
O método mais utilizado na distribuição de IPs dinâmicos é o protocolo DHCP (Dynamic Host
Configuration Protocol).
IP nos sites

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Você já sabe que os sites na Web também necessitam de um IP. Mas, se você digitar em seu
navegador www.infowester.com, por exemplo, como é que o seu computador sabe qual o IP
deste site ao ponto de conseguir encontra-lo?
Quando você digitar um endereço qualquer de um site, um servidor de DNS (Domain Name
System) é consultado.
Ele é quem informa qual IP está associado a cada site. O sistema DNS possui uma hierarquia
interessante, semelhante a uma árvore (termo conhecido por programadores). Se, por
exemplo, o site www.infowester.com é requisitado, o sistema envia a solicitação a um servidor
responsável por terminações “.com”. Esse servidor localizará qual o IP do endereço e
responderá à solicitação. Se o site solicitado termina com “.br”, um servidor responsável por
esta terminação é consultado e assim por diante.
IPv6
O mundo está cada vez mais conectado. Se, em um passado não muito distante, você
conectava apenas o PC da sua casa à internet, hoje o faz com o celular, com o seu notebook
em um serviço de acesso Wi-Fi no aeroporto e assim por diante. Somando este aspecto ao
fato de cada vez mais pessoas acessarem a internet no mundo inteiro, nos deparamos com
um grande problema: o número de IPs disponíveis deixa de ser suficiente para toda as
(futuras) aplicações.
A solução para este grande problema (grande mesmo, afinal, a internet não pode parar de
crescer!) atende pelo nome de IPv6, uma nova especificação capaz de suportar até - respire
fundo - 340.282.366.920.938.463.463.374.607.431.7 68.211.456 de endereços, um número
absurdamente alto!

O IPv6 não consiste, necessariamente, apenas no aumento da quantidade de octetos. Um


endereço do tipo pode ser, por exemplo:
FEDC:2D9D:DC28:7654:3210:FC57:D4C8:1FFF
Finalizando
Com o surgimento do IPv6, tem-se a impressão de que

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a especificação tratada neste texto, o IPv4, vai sumir do


mapa. Isso até deve acontecer, mas vai demorar bastante.
Durante essa fase, que podemos considerar de transição,
o que veremos é a “convivência” entre ambos os padrões.
Não por menos, praticamente todos os sistemas operacionais atuais e a maioria dos
dispositivos de rede estão aptos a lidar tanto com um quanto com o outro. Por isso, se você é
ou pretende ser um profissional que trabalha com redes ou simplesmente quer conhecer mais
o assunto, procure se aprofundar nas duas especificações.
A esta altura, você também deve estar querendo descobrir qual o seu IP. Cada sistema
operacional tem uma forma de mostrar isso. Se você é usuário de Windows, por exemplo,
pode fazê-lo digitando cmd em um campo do Menu Iniciar e, na janela que surgir, informar
ipconfig /all e apertar Enter. Em ambientes Linux, o comando é ifconfig.

Perceba, no entanto, que se você estiver conectado a partir de uma rede local - tal como uma
rede wireless - visualizará o IP que esta disponibiliza à sua conexão. Para saber o endereço IP
do acesso à internet em uso pela rede, você pode visitar sites como whatsmyip.org.
Provedor
O provedor é uma empresa prestadora de serviços que oferece acesso à Internet. Para acessar
a Internet, é necessário conectar-se com um computador que já esteja na Internet (no caso,
o provedor) e esse computador deve permitir que seus usuários também tenham acesso a
Internet.
No Brasil, a maioria dos provedores está conectada à Embratel, que por sua vez, está
conectada com outros computadores fora do Brasil. Esta conexão chama-se link,que é a
conexão física que interliga o provedor de acesso com a Embratel. Neste caso, a Embratel é
conhecida como

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backbone, ou seja, é a “espinha dorsal” da Internet no Brasil. Pode-se imaginar o backbone


como se fosse uma avenida de três pistas e os links como se fossem as ruas que estão
interligadas nesta avenida.
Tanto o link como o backbone possui uma velocidade de transmissão, ou seja, com qual
velocidade ele transmite os dados. Esta velocidade é dada em bps (bits por segundo). Deve
ser feito um contrato com o provedor de acesso,que fornecerá um nome de usuário, uma
senha de acesso e um endereço eletrônico na Internet.
URL - Uniform Resource Locator
Tudo na Internet tem um endereço, ou seja, uma identificação de onde está localizado o
computador e quais recursos este computador oferece. Por exemplo, a URL:
https://www.acertconconcursos.com.br
Será mais bem explicado adiante.
Como descobrir um endereço na Internet? Para que possamos entender melhor, vamos
exemplificar.
Você estuda em uma universidade e precisa fazer algumas pesquisas para um trabalho. Onde
procurar as informações que preciso?
Para isso, existem na Internet os “famosos” sites de procura, que são sites que possuem um
enorme banco de dados (que contém o cadastro de milhares de Home Pages), que permitem
a procura por um determinado assunto. Caso a palavra ou o assunto que foi procurado exista
em alguma dessas páginas, será listado toda esta relação de páginas encontradas.
A pesquisa pode ser realizada com uma palavra, referente ao assunto desejado. Por exemplo,
você quer pesquisar sobre amortecedores, caso não encontre nada como amortecedores,
procure como autopeças, e assim sucessivamente.
Barra de endereços

A Barra de Endereços possibilita que se possa navegar em páginas da internet, bastando para
isto digitar o endereço da página.
Alguns sites interessantes:
• www.diariopopular.com.br (Jornal Diário Popular)
• www.ufpel.tche.br (Ufpel)
• www.cefetrs.tche.br (Cefet)
• www.servidor.gov.br (Informações sobre servidor público)
• www.siapenet.gog.br (contracheque)

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• www.pelotas.com.br (Site Oficial de Pelotas)


• www.mec.gov.br (Ministério da Educação)
Identificação de endereços de um site
Exemplo: http://www.pelotas.com.br
http:// -> (Hiper Text Tranfer Protocol) protocolo de comunicação
WWW -> (World Wide Web) Grande rede mundial
pelotas -> empresa ou organização que mantém o site
.com -> tipo de organização
......br -> identifica o país
Tipos de Organizações:
.edu -> instituições educacionais. Exemplo: michigam.edu
.com -> instituções comerciais. Exemplo: microsoft.com
.gov -> governamental. Exemplo: fazenda.gov
.mil -> instalação militar. Exemplo: af.mil
.net -> computadores com funções de administrar redes. Exemplo: embratel.net
.org -> organizações não governamentais. Exemplo: care.org
Home Page
Pela definição técnica temos que uma Home Page é um arquivo ASCII (no formato HTML)
acessado de computadores rodando um Navegador (Browser), que permite o acesso às
informações em um ambiente gráfico e multimídia. Todo em hipertexto, facilitando a busca
de informações dentro das Home Pages.
O endereço de Home Pages tem o seguinte formato:
http://www.endereço.com/página.html
Por exemplo, a página principal da Pronag:
http://www.pronag.com.br/index.html
PLUG-INS
Os plug-ins são programas que expandem a capacidade do Browser em recursos específicos -
permitindo, por exemplo, que você toque arquivos de som ou veja filmes em vídeo dentro de
uma Home Page. As empresas de software vêm desenvolvendo plug-ins a uma velocidade
impressionante. Maiores informações e endereços sobre plug-ins são encontradas na página:

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http://www.yahoo.com/Computers_and_Internet/Software/Internet/World_Wide_Web/Br
owsers/Plug_Ins/Indices/
Atualmente existem vários tipos de plug-ins. Abaixo temos uma relação de alguns deles:
- 3D e Animação (Arquivos VRML, MPEG, QuickTime, etc.).
- Áudio/Vídeo (Arquivos WAV, MID, AVI, etc.).
- Visualizadores de Imagens (Arquivos JPG, GIF, BMP, PCX, etc.).
- Negócios e Utilitários
- Apresentações
FTP - Transferência de Arquivos
Permite copiar arquivos de um computador da Internet para o seu computador.
Os programas disponíveis na Internet podem ser:
• Freeware: Programa livre que pode ser distribuí- do e utilizado livremente, não requer
nenhuma taxa para sua utilização, e não é considerado “pirataria” a cópia deste programa.
• Shareware: Programa demonstração que pode ser utilizado por um determinado
prazo ou que contém alguns limites, para ser utilizado apenas como um teste do programa.
Se o usuário gostar ele compra, caso contrário, não usa mais o programa. Na maioria das
vezes, esses programas exibem, de tempos em tempos, uma mensagem avisando que ele deve
ser registrado. Outros tipos de shareware têm tempo de uso limitado. Depois de expirado este
tempo de teste, é necessário que seja feito a compra deste programa.
Navegar nas páginas
Consiste percorrer as páginas na internet a partir de um documento normal e de links das
próprias páginas.
Como salvar documentos, arquivos e sites
Clique no menu Arquivo e na opção Salvar como.
Como copiar e colar para um editor de textos
Selecionar o conteúdo ou figura da página. Clicar com o botão direito do mouse e escolha a
opção Copiar.

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Abra o editor de texto clique em colar.


Busca e pesquisa na web
Os sites de busca servem para procurar por um determinado assunto ou informação na
internet.
Alguns sites interessantes:
• www.google.com.br
• http://br.altavista.com
• http://cade.search.yahoo.com
• http://br.bing.com/
Como fazer a pesquisa
Digite na barra de endereço o endereço do site de pesquisa. Por exemplo:
www.google.com.br

Em pesquisar pode-se escolher onde será feita a pesquisa.

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Os sites de pesquisa em geral não fazem distinção na pesquisa com letras maiúsculas e
minúsculas e nem palavras com ou sem acento.
Opções de pesquisa

Todas: pesquisa em todos os sites


Imagens: pesquisa por imagens anexadas nas páginas.
Grupos: pesquisa nos grupos de discussão da Usenet.
Exemplo:
Diretórios: pesquisa o conteúdo da internet organizados por assunto em categorias. Exemplo:
Como escolher palavra-chave
• Busca com uma palavra: retorna páginas que incluam a palavra digitada.
• “Busca entre aspas”: a pesquisa só retorna páginas que incluam todos os seus termos
de busca, ou seja, toda a sequência de termos que foram digitadas.
• Busca com sinal de mais (+): a pesquisa retorna páginas que incluam todas
• as palavras aleatoriamente na página.
• Busca com sinal de menos (-): as palavras que ficam antes do sinal de
• menos são excluídas da pesquisa.
• Resultado de um cálculo: pode ser efetuado um cálculo em um site de pesquisa.
INTRANET
A Intranet ou Internet Corporativa é a implantação de uma Internet restrita apenas a utilização
interna de uma empresa. As intranets ou Webs corporativas, são redes de comunicação
internas baseadas na tecnologia usada na Internet. Como um jornal editado internamente, e
que pode ser acessado apenas pelos funcionários da empresa.
A intranet cumpre o papel de conectar entre si filiais e departamentos, mesclando (com
segurança) as suas informações particulares dentro da estrutura de comunicações da
empresa.
O grande sucesso da Internet, é particularmente daWorld Wide Web (WWW) que influenciou
muita coisa na evolução da informática nos últimos anos.

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Em primeiro lugar, o uso do hipertexto (documentos interligados através de vínculos, ou links)


e a enorme facilidade de se criar, interligar e disponibilizar documentos multimídia (texto,
gráficos, animações, etc.), democratizaram o acesso à informação através de redes de
computadores. Em segundo lugar, criou-se uma gigantesca base de usuários, já familiarizados
com conhecimentos básicos deinformática e de navegação na Internet. Finalmente, surgiram
muitas ferramentas de software de custo zero ou pequeno, que permitem a qualquer
organização ou empresa, sem muito esforço, “entrar na rede” e começar a acessar e colocar
informação. O resultado inevitável foi a impressionante explosão na informação disponível na
Internet, que segundo consta, está dobrando de tamanho a cada mês.
Assim, não demorou muito a surgir um novo conceito, que tem interessado um número cada
vez maior de empresas, hospitais, faculdades e outras organizações interessadas em integrar
informações e usuários: a intranet. Seu advento e disseminação promete operar uma
revolução tão profunda para a vida organizacional quanto o aparecimento das primeiras redes
locais de computadores, no final da década de 80.
O que é Intranet?
O termo “intranet” começou a ser usado em meados de 1995 por fornecedores de produtos
de rede para se referirem ao uso dentro das empresas privadas de tecnologias projetadas para
a comunicação por computador entre empresas. Em outras palavras, uma intranet consiste
em uma rede privativa de computadores que se baseia nos padrões de comunicação de dados
da Internet pública, baseadas na tecnologia usada na Internet (páginas HTML, e-mail, FTP,
etc.) que vêm, atualmente fazendo muito sucesso. Entre as razões para este sucesso, estão o
custo de implantação relativamente baixo e a facilidade de uso propiciada pelos programas
de navegação na Web, os browsers.
Objetivo de construir uma Intranet
Organizações constroem uma intranet porque ela é uma ferramenta ágil e competitiva.
Poderosa o suficiente para economizar tempo, diminuir as desvantagens da distância e
alavancar sobre o seu maior patrimônio de capitalfuncionários com conhecimentos das
operações e produtos da empresa.
Aplicações da Intranet
Já é ponto pacífico que apoiarmos a estrutura de comunicações corporativas em uma intranet
dá para simplificar o trabalho, pois estamos virtualmente todos na mesma sala. De qualquer
modo, é cedo para se afirmar onde a intranetvai ser mais efetiva para unir (no sentido
operacional) os diversos profissionais de uma empresa. Mas em algumas áreas já se
vislumbram benefícios, por exemplo:
• Marketing e Vendas - Informações sobre produtos, listas de preços, promoções,
planejamento de eventos;

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• Desenvolvimento de Produtos - OT (Orientação de Trabalho), planejamentos, listas de


responsabilidades de membros das equipes, situações de projetos;
• Apoio ao Funcionário - Perguntas e respostas, sistemas de melhoria contínua (Sistema
de Sugestões), manuais de qualidade;
• Recursos Humanos - Treinamentos, cursos, apostilas, políticas da companhia,
organograma, oportunidades de trabalho, programas de desenvolvimento pessoal,
benefícios.
Para acessar as informações disponíveis na Web corporativa, o funcionário praticamente não
precisa ser treinado. Afinal, o esforço de operação desses programas se resume quase
somente em clicar nos links que remetem às novas páginas. No entanto, a simplicidade de
uma intranet termina aí. Projetar e implantar uma rede desse tipo é uma tarefa complexa e
exige a presença de profissionais especializados. Essa dificuldade aumenta com o tamanho da
intranet, sua diversidade de funções e a quantidade de informações nela armazenadas.
A intranet é baseada em quatro conceitos:
• Conectividade - A base de conexão dos computadores ligados através de uma rede, e
que podem transferir qualquer tipo de informação digital entre si;
• Heterogeneidade - Diferentes tipos de computadores e sistemas operacionais podem
ser conectados de forma transparente;
• Navegação - É possível passar de um documento a outro através de referências ou
vínculos de hipertexto, que facilitam o acesso não linear aos documentos;
• Execução Distribuída - Determinadas tarefas de acesso ou manipulação na intranet só
podem ocorrer graças à execução de programas aplicativos, que podem estar no servidor, ou
nos microcomputadores que acessam a rede (também chamados de clientes, daí surgiu à
expressão que caracteriza a arquitetura da intranet: cliente-servidor). A vantagem da intranet
é que esses programas são ativados através da WWW, permitindo grande flexibilidade.
Determinadas linguagens, como Java, assumiram grande importância no desenvolvimento de
softwares aplicativos que obedeçam aos três conceitos anteriores.
Como montar uma Intranet
Basicamente a montagem de uma intranet consiste em usar as estruturas de redes locais
existentes na maioria das empresas, e em instalar um servidor Web.
Servidor Web - É a máquina que faz o papel de repositório das informações contidas na
intranet. É lá que os clientes vão buscar as páginas HTML, mensagens de e-mail ou qualquer
outro tipo de arquivo.
Protocolos - São os diferentes idiomas de comunicação utilizados. O servidor deve abrigar
quatro protocolos. O primeiro é o HTTP, responsável pela comunicação do browser com o

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servidor, em seguida vem o SMTP ligado ao envio de mensagens pelo e-mail, e o FTP usado
na transferência de arquivos. Independentemente das aplicações utilizadas na intranet, todas
as máquinas nela ligadas devem falar um idioma comum: o TCP/IP, protocolo da Internet.
Identificação do Servidor e das Estações - Depois de definidos os protocolos, o sistema já sabe
onde achar as informações e como requisitá-las. Falta apenas saber o nome de quem pede e
de quem solicita. Para isso existem dois programas: o DNS que identifica o servidor e o DHCP
(Dinamic Host Configuration Protocol) que atribui nome às estações clientes.
Estações da Rede - Nas estações da rede, os funcionários acessam as informações colocadas
à sua disposição no servidor. Para isso usam o Web browser, software que permite folhear os
documentos.
Comparando Intranet com Internet
Na verdade as diferenças entre uma intranet e a Internet, é uma questão de semântica e de
escala. Ambas utilizam as mesmas técnicas e ferramentas, os mesmos protocolos de rede e os
mesmos produtos servidores. O conteúdo na Internet, por definição, fica disponível em escala
mundial e inclui tudo, desde uma home-page de alguém com seis anos de idade até as
previsões do tempo.
A maior parte dos dados de uma empresa não se destina ao consumo externo, na verdade,
alguns dados, tais como as cifras das vendas, clientes e correspondências legais, devem ser
protegidos com cuidado. E, do ponto de vista da escala, a Internet é global, uma intranet está
contida dentro de um pequeno grupo, departamento ou organização corporativa. No
extremo, há uma intranet global, mas ela ainda conserva a natureza privada de uma Internet
menor.
A Internet e a Web ficaram famosas, com justa razão, por serem uma mistura caótica de
informações úteis e irrelevantes, o meteórico aumento da popularidade de sites da Web
dedicados a índices e mecanismos de busca é uma medida da necessidade de uma abordagem
organizada. Uma intranet aproveita a utilidade da Internet e da Web num ambiente
controlado e seguro.
Vantagens e Desvantagens da Intranet
Alguns dos benefícios são:
• Redução de custos de impressão, papel, distribuição de software, e-mail e processamento
de pedidos;
• Redução de despesas com telefonemas e pessoal no suporte telefônico;
• Maior facilidade e rapidez no acesso as informações técnicas e de marketing;
• Maior rapidez e facilidade no acesso a localizações remotas;
• Incrementando o acesso a informações da concorrência;

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• Uma base de pesquisa mais compreensiva;


• Facilidade de acesso a consumidores (clientes) e parceiros (revendas);
• Aumento da precisão e redução de tempo no acesso à informação;
• Uma única interface amigável e consistente para aprender e usar;
• Informação e treinamento imediato (Just in Time);
• As informações disponíveis são visualizadas com clareza;
• Redução de tempo na pesquisa a informações;
• Compartilhamento e reutilização de ferramentas e informação;
• Redução no tempo de configuração e atualização dos sistemas;
• Simplificação e/ou redução das licenças de software e outros;
• Redução de custos de documentação;
• Redução de custos de suporte;
• Redução de redundância na criação e manutenção de páginas;
• Redução de custos de arquivamento;
• Compartilhamento de recursos e habilidade.

Alguns dos empecilhos são:


• Aplicativos de Colaboração - Os aplicativos de colaboração, não são tão poderosos quanto
os oferecidos pelos programas para grupos de trabalho tradicionais. É necessário configurar e
manter aplicativos separados, como e-mail e servidores Web, em vez de usar um sistema
unificado, como faria com um pacote de software para grupo de trabalho;
• Número Limitado de Ferramentas - Há um número limitado de ferramentas para conectar
um servidor Web a bancos de dados ou outros aplicativos back-end. As intranets exigem uma
rede TCP/IP, ao contrário de outras soluções de software para grupo de trabalho que
funcionam com os protocolos de transmissão de redes local existentes;
• Ausência de Replicação Embutida – As intranets não apresentam nenhuma replicação
embutida para usuários remotos. A HMTL não é poderosa o suficiente para desenvolver
aplicativos cliente/servidor.
Como a Intranet é ligada à Internet

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Segurança da Intranet
Três tecnologias fornecem segurança ao armazenamento e à troca de dados em uma rede:
autenticação, controle de acesso e criptografia.
Autenticação - É o processo que consiste em verificarse um usuário é realmente quem alega
ser. Os documentos e dados podem ser protegidos através da solicitação de uma combinação
de nome do usuário/senha, ou da verificação do endereço IP do solicitante, ou de ambas. Os
usuários autenticados têm o acesso autorizado ou negado a recursos específicos de uma
intranet, com base em uma ACL (Access Control List) mantida no servidor Web;
Criptografia - É a conversão dos dados para um formato que pode ser lido por alguém que
tenha uma chave secreta de descriptografia. Um método de criptografia amplamente utilizado
para a segurança de transações
Web é a tecnologia de chave pública, que constitui a base do HTTPS - um protocolo Web
seguro;
Firewall - Você pode proporcionar uma comunicação segura entre uma intranet e a Internet
através de servidores proxy, que são programas que residem no firewall e permitem (ou não)
a transmissão de pacotes com base no serviço que está sendo solicitado. Um proxy HTTP, por
exemplo, pode permitir que navegadores Webs internos da empresa acessem servidores Web
externos, mas não o contrário.
Dispositivos para realização de Cópias de Segurança
Os dispositivos para a realização de cópias de segurança do(s) servidor(es) constituem uma
das peças de especial importância. Por exemplo, unidades de disco amovíveis com grande
capacidade de armazenamento, tapes...
Queremos ainda referir que para o funcionamento

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de uma rede existem outros conceitos como topologias/ configurações (rede linear, rede em
estrela, rede em anel, rede em árvore, rede em malha …), métodos de acesso, tipos de cabos,
protocolos de comunicação, velocidade de transmissão …
EXTRANET
A Extranet de uma empresa é a porção de sua rede de computadores que faz uso da Internet
para partilhar com segurança parte do seu sistema de informação.
A Extranet de uma empresa é a porção de sua rede de computadores que faz uso da Internet
para partilhar com segurança parte do seu sistema de informação.
Tomado o termo em seu sentido mais amplo, o conceito confunde-se com Intranet. Uma
Extranet também pode ser vista como uma parte da empresa que é estendida a usuários
externos (“rede extra-empresa”), tais como representantes e clientes. Outro uso comum do
termo
Extranet ocorre na designação da “parte privada” de um site, onde somente “usuários
registrados” podem navegar, previamente autenticados por sua senha (login).
Empresa estendida
O acesso à intranet de uma empresa através de um Portal (internet) estabelecido na web de
forma que pessoas e funcionários de uma empresa consigam ter acesso à intranet através de
redes externas ao ambiente da empresa.
Uma extranet é uma intranet que pode ser acessada via Web por clientes ou outros usuários
autorizados. Uma intranet é uma rede restrita à empresa que utiliza as mesmas tecnologias
presentes na Internet, como e-mail, webpages, servidor FTP etc.
A ideia de uma extranet é melhorar a comunicação entre os funcionários e parceiros além de
acumular uma base de conhecimento que possa ajudar os funcionários a criar novas soluções.
Exemplificando uma rede de conexões privadas, baseada na Internet, utilizada entre
departamentos de uma empresa ou parceiros externos, na cadeia de abastecimento,trocando
informações sobre compras, vendas, fabricação, distribuição, contabilidade entre outros.
Um navegador de internet é um software que ajuda você usuário a acessar os conteúdos da
internet. Por meio dele você acessa sites de notícias, vê blogs de conteúdos como o Matérias
para Concursos ou escuta música, ou seja, através dele você navega na internet.

Um navegador da internet, ou do inglês browser, é um programa que habilita seus usuários a


interagirem com documentos HTML hospedados em um servidor da rede.

Os endereços utilizados nos navegadores funcionam da mesma maneira que os números de


telefone ou endereços de casas. Ao digitarmos o endereço do website (um espaço com
conteúdo na internet), o conteúdo do site é exibido.

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Através do navegador, é possível imprimir documentos, salvar os documentos carregados no


computador local, salvar imagens e links contidos no documento, exibir o documento fonte e
suas informações.

FIREFOX
Firefox é um navegador web de código aberto e multiplataforma com versões para Windows,
OS X (Mac), Linux e Android, em variantes de 32 e 64 bits, dependendo da plataforma. O
Firefox possui suporte para extensões, navegação por abas, alerta contra sites maliciosos,
suporte para sincronização de informações, gerenciador de senhas, bloqueador de janelas
pop-up, pesquisa integrada, corretor ortográfico, gerenciador de download, leitor de feeds
RSS e outros recursos.
Além de ser multiplataforma, o Firefox também suporta diferentes linguagens, incluindo o
português do Brasil (Pt Br).
Surgido de um projeto criado por Dave Hyatt e Blake Ross em 2002, somente dois anos depois
a plataforma de navegação pela internet se desmembrou de outras ferramentas e se tornou
um browser independente. No começo, o Firefox se popularizou apenas entre o nicho de
adeptos do “software livre”, e mesmo assim já alcançou dezenas de milhões de downloads.
Não demorou muito para que o navegador começasse a receber melhorias relevantes e o seu
potencial fosse observado por outros perfis de internautas. E foi basicamente assim que o
produto da Fundação Mozilla ganhou seu espaço e quase desbancou a hegemonia do Internet
Explorer.
Seu sistema de abas permite que o usuário navegue em diversos sites sem a necessidade de
abrir várias instâncias do programa. A função de navegação privativa é muito útil, pois com
ela, o Mozilla Firefox não memoriza histórico, dados fornecidos a páginas e ao campo de
pesquisa, lista de downloads, cookies e arquivos temporários. Serão preservados apenas
arquivos salvos por downloads e novos favoritos. Além dessas opções, o navegador continua
com as funções básicas de qualquer outro aplicativo semelhante: gerenciador de favoritos,
suporte a complementos e sincronização de dados na nuvem.
Principais características
· Navegação em abas;
· A mesma janela pode conter diversas páginas. Abrindo os links em segundo plano eles já
estarão carregados quando você for ler;
· Bloqueador de popups:
· O Firefox já vem com um bloqueador embutido de popups;
· Pesquisa inteligente;

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· O campo de pesquisa pelo Google fica na direita na barra de ferramentas e abre direto a
página com os resultados, poupando o tempo de acesso à página de pesquisa antes de ter que
digitar as palavras chaves. O novo localizador de palavras na página busca pelo texto na
medida em que você as digita, agilizando a busca;
· Favoritos RSS;
· A integração do RSS nos favoritos permite que você fique sabendo das atualizações e últimas
notícias dos seus sites preferidos cadastrados. Essa função é disponibilizada a partir do Firefox
2;
· Downloads sem perturbação;
· Os arquivos recebidos são salvos automaticamente na área de trabalho, onde são fáceis de
achar. Menos interrupções significam downloads mais rápidos. Claro, essa função pode ser
personalizada sem problemas;
· Você decide como deve ser seu navegador;
· O Firefox é o navegador mais personalizável que existe. Coloque novos botões nas barras de
ferramentas, instale extensões que adiciona novas funções, adicione temas que modificam o
visual do Firefox e coloque mais mecanismos nos campos de pesquisa.
O Firefox pode se tornar o navegador mais adequado para a sua necessidade:
· Fácil utilização;
· Simples e intuitivo, mas repleto de recursos. O Firefox tem todas as funções que você está
acostumado - favoritos, histórico, tela inteira, zoom de texto para tornar as páginas mais fáceis
de ler, e diversas outras funcionalidades intuitivas;
· Compacto;
· A maioria das distribuições está em torno dos 5MB.
Você leva apenas alguns minutos para copiar o Firefox para o seu computador em uma
conexão discada e segunda em uma conexão banda larga. A configuração é simples e intuitiva.
Logo você estará navegando com essa ferramenta.
Principais novidades
Tudo começa pelo novo e intuitivo menu
- As opções que você mais acessa, todas no mesmo lugar
- Pensado para facilitar o acesso
- Converse por vídeo com qualquer pessoa diretamente do Firefox

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Conheça o Firefox Hello


- Converse por vídeo com qualquer pessoa, em qualquer lugar
- É grátis! Não é preciso ter conta ou baixar complementos.
- Escolha como você quer pesquisar

Uma nova maneira de pesquisar, ainda mais inteligente


- Sugestões de pesquisa aparecerão conforme você digita
- Escolha o site certo para cada pesquisa
- Use a estrela para adicionar Favoritos

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Seus sites favoritos estão mais perto do que nunca


- Adicione e visualize seus Favoritos rapidamente
- Salve qualquer site com apenas um clique.

Como funcionam as sugestões de sites? O Firefox exibe links de sites como miniaturas ou
logotipos na página Nova Aba. Quando usar o Firefox pela primeira vez, verá links para sites
da Mozilla. Esses sites
serão eventualmente substituídos por sites visitados com mais frequência.

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Ocultar ou exibir Sugestões na Nova Aba


Você pode determinar sua página Nova Aba para exibir seus sites mais visitados ou até mesmo
nada. Para acessar estes controles clique no ícone da engrenagem no canto superior direito
da nova aba.
Exibir seus sites principais
Clique no ícone de engrenagem na página Nova Aba e marque Exibir os sites mais visitados.
Mostrar uma Nova Aba em branco
Para remover todos os sites da página Nova Aba, selecione Exibir página em branco.

Desativar os controles da Nova Aba

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Para ocultar tudo na sua página Nova Aba, incluindo os controles da Nova Aba (ou para
escolher a página que abre em uma nova aba) você pode instalar o complemento New Tab
Override (browser.newtab.url replacement).
Personalizar a página Nova aba
O comportamento padrão do Firefox é exibir os sites em destaque em uma nova aba. Aprenda
como personalizar, fixar, remover e reorganizar esses sites.

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Fixar

Clique no ícone no canto superior esquerdo da sugestão para fixá-la naquela posição na
página.
Dica: Configure o Firefox Sync para sincronizar suas Sugestões fixadas entre os seus outros
computadores.
Remover

Clique no “X” no canto superior direito do site para excluí-lo da página.


Nota: Se acidentalmente remover um site, pode recuperá-lo clicando em Desfazer no topo da
página. Se muitos sites foram removidos clique em Restaurar tudo.

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Reorganizar

Clique e arraste uma Sugestão para dentro da posição que desejar. Ela será “fixada” nesse
novo local.
Adicionar um dos seus favoritos
Você também pode abrir a biblioteca de favoritos e arrastá-los para a página Nova Aba.
Antes de iniciar, configure o Firefox para lembrar o histórico.

Clique no botão favoritos e depois em Exibir todos os favoritos para abrir a janela da
Biblioteca.
Arraste um favorito para dentro da posição que você quiser.

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Como faço para configurar o Sync no meu computador?


O Sync permite compartilhar seus dados e preferências (como favoritos, histórico, senhas,
abas abertas, Lista de Leitura e complementos instalados) com todos os seus dispositivos.
Aprenda como configurar o Firefox Sync.
Importante: O Sync requer a versão mais recente do Firefox. Certifique-se de que você
atualizou o Firefox em quaisquer computadores ou dispositivos Android.
Configurar o Sync requer duas partes: A criação de uma conta no seu dispositivo principal e
entrar nesta conta usando outros dispositivos. Aqui estão os passos em detalhes:
- Crie uma conta do Sync

Clique no botão de menu e depois em Entrar no Sync. A página de acesso será aberta
em uma nova aba.

Nota: Se não visualizar uma seção do Sync no menu, você ainda está usando uma versão antiga
do Sync.

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Clique no botão Começar.


Preencha o formulário para criar uma conta e clique em Sign Up. Anote o endereço de e-mail
e a senha usada, você precisará disso mais tarde para entrar.
Verifique nas suas mensagens se recebeu o link de verificação e clique nele para confirmar seu
endereço de e-mail. Você já está pronto para começar a usar!
Conecte dispositivos adicionais ao Sync
Tudo que precisa fazer é entrar e deixar o Sync fazer o resto. Para entrar você precisa do
endereço de e-mail e a senha que usou no começo da configuração do sync.

Clique no botão de menu , e, em seguida, clique em Entrar no Sync.


Clique no botão Começar para abrir a página Crie uma conta Firefox.
Clique no link Already have an account? Sign in na parte inferior da página.

Insira o e-mail e a senha que você usou para criar sua nova conta do Sync.
Depois que você tiver entrado, o Firefox Sync começará a sincronização de suas informações
através dos seus dispositivos conectados.
Remover um dispositivo do Sync

Clique no botão para expandir o Menu .


Clique no nome da sua conta no Sync (geralmente seu endereço de e-mail) para abrir as
preferências do Sync.
Clique em Desconectar. Seu dispositivo não será mais sincronizado.
Crie favoritos para salvar suas páginas favoritas
Os favoritos são atalhos para as páginas da web que você mais gosta.

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Como eu crio um favorito?


Fácil — é só clicar na estrela!
Para criar um favorito, clique no ícone da estrela na Barra de ferramentas. A estrela ficará azul
e seu favorito será adicionado na pasta “Não organizados”. Pronto!

Dica: Quer adicionar todas as abas de uma só vez? Clique com o botão direito do mouse em
qualquer aba e selecione Adicionar todas as abas.... Dê um nome a pasta e escolha onde quer
guardá-la. Clique adicionar favoritos para finalizar.
Como eu mudo o nome ou onde fica guardado um favorito?
Para editar os detalhes do seu favorito, clique novamente na estrela e a caixa Propriedades
do favorito aparecerá.

Na janela Propriedades do favorito você pode modificar qualquer um dos seguintes detalhes:
Nome: O nome que o Firefox exibe para os favoritos em menus.
Pasta: Escolha em que pasta guardar seu favorito selecionando uma do menu deslizante (por
exemplo, o Menu

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Favoritos ou a Barra dos favoritos). Nesse menu, você também pode clicar em Selecionar...
para exibir uma lista de todas as pastas de favoritos.
Tags: Você pode usar tags para ajudá-lo a pesquisar e organizar seus favoritos. Quando você
terminar suas modificações, clique em Concluir para fechar a caixa.
Onde posso encontrar meus favoritos?
A forma mais fácil de encontrar um site para o qual você criou um favorito é digitar seu nome
na Barra de Endereços. Enquanto você digita, uma lista de sites que já você visitou, adicionou
aos favoritos ou colocou tags aparecerá. Sites com favoritos terão uma estrela amarela ao seu
lado. Apenas clique em um deles e você será levado até lá instantaneamente.

Como eu organizo os meus favoritos?


Na Biblioteca, você pode ver e organizar todos os seus favoritos.

Clique no botão favoritos e depois em Exibir todos os favoritos para abrir a janela da
Biblioteca.

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Por padrão, os favoritos que você cria estarão localizados na pasta “Não organizados”.
Selecione-a na barra lateral da janela “Biblioteca” para exibir os favoritos que você adicionou.
Dê um clique duplo em um favorito para abri-lo.
Enquanto a janela da Biblioteca está aberta, você também pode arrastar favoritos para outras
pastas como a “Menu Favoritos”, que exibe seus favoritos no menu aberto pelo botão
Favoritos. Se você adicionar favoritos à pasta “Barra de favoritos”, eles aparecerão nela
(embaixo da Barra de navegação).

Como eu ativo a Barra de favoritos?


Se você gostaria de usar a Barra de Favoritos, faça o seginte:

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Clique no botão e escolhe Personalizar.


Clique na lista Exibir/ocultar barras e no final selecione
Barra dos favoritos.
Clique no botão verde Sair da personalização.
Removendo apenas uma página dos Favoritos
Acesse a página que deseja remover nos Favoritos.
Clique no ícone da estrela à direita da sua barra de pesquisa.
Na janela Editar este favorito, clique Remover Favorito.

Removendo mais de uma página ou pasta dos Favoritos

Clique no botão favoritos e depois em Exibir todos os favoritos para abrir a janela da
Biblioteca.
No painel esquerdo da janela do gerenciador, clique na pasta que deseja visualizar. Seu
conteúdo será mostrado no painel direito.
No painel direito, selecione os itens que deseja remover.
Com os itens a serem removidos selecionado, clique no botão Organizar e selecione Excluir.

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Criando novas pastas

Clique no botão favoritos e depois em Exibir todos os favoritos para abrir a janela da
Biblioteca.
Clique com o botão direito do mouse na pasta que irá conter a nova pasta, então selecione
Nova pasta....

Na janela de nova pasta, digite o nome e (opcionalmente) uma descrição para a pasta que
você deseja criar.
Adicionando favoritos em pastas

Clique no botão favoritos e depois em Exibir todos os favoritos para abrir a janela da
Biblioteca.
Clique na pasta que contém atualmente o favorito que você deseja mover.
Arraste o favorito sobre a pasta e solte o botão para mover o favorito para a pasta.

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Ordenando por nome

Clique no botão favoritos e depois em Exibir todos os favoritos para abrir a janela da
Biblioteca.
Clique com o botão direito do mouse na pasta que deseja ordenar e selecione Ordenar pelo
nome. Os Favoritos serão colocados em ordem alfabética.

As alterações efetuadas na janela Biblioteca será refletido na barra lateral, no menu e no


botão de favoritos.
Reorganizando manualmente

Clique no botão favoritos e depois em Exibir todos os favoritos para abrir a janela da
Biblioteca.
Clique na pasta que contém o favorito que você deseja mover para expandi-la.
Clique no favorito que você quer mover e arraste-o para a posição desejada.

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Para mover um favorito para uma pasta diferente, arraste-o para cima da pasta.
As alterações efetuadas na janela Biblioteca serão refletidas na barra lateral, no menu e no
botão de favoritos.
Ordenar visualizações na janela Biblioteca
Para ver os seus favoritos em várias ordens de classificação, use a janela Biblioteca:

Clique no botão favoritos e depois em Exibir todos os favoritos para abrir a janela da
Biblioteca.
No painel esquerdo, clique na pasta que deseja visualizar. O conteúdo será exibido no painel
da direita.

Clique no botão Exibir , selecione Ordenar e depois escolha uma ordem de classificação.
A ordem de classificação na janela Biblioteca é apenas para visualização, e não vai ser refletido
na barra lateral, no menu ou no botão de favoritos.

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Definindo a Página Inicial


Veja como abrir automaticamente qualquer página web na inicialização do Firefox ou clicando

no botão Página inicial .


Abra a página web que deseja definir como sua página inicial.

Clique e arraste a aba para cima do botão Página Inicial .

Clique em Sim para definir esta página como sua página inicial.
Dica: Mais opções de configuração da página inicial estão disponíveis na janela Opções .

Clique no botão menu e depois em Opções, na janela que foi aberta vá para o painel
Geral.
A partir do menu drop-down, selecione Abrir página em branco na inicialização ou Restaurar
janelas e abas anteriores.
Clicando em Usar as páginas abertas, as páginas que estiverem abertas serão configuradas
como páginas iniciais, abrindo cada página em uma aba separada.
Para restaurar as configurações da página inicial, siga os seguintes passos:

Clique no botão , depois em Opções


Selecione o painel Geral.
Clique no botão Restaurar o padrão localizado logo abaixo do campo Página Inicial.

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Feche a janela about: preferences. Quaisquer alterações feitas serão salvas automaticamente.
Sugestões de pesquisa no Firefox
Muitos mecanismos de pesquisa (incluindo Yahoo, Google, Bing e outros) fornecem sugestões
de pesquisa, as quais são baseadas em pesquisas populares que outras pessoas fazem e que
estão relacionadas com uma palavra ou palavras que você inserir. Quando as Sugestões de
Pesquisa estão ativadas, o texto que você digita em um campo de pesquisa é enviado para o
mecanismo de busca, o qual analisa as palavras e exibe uma lista de pesquisas relacionadas.

Como as sugestões de pesquisa funcionam


Se você ver uma sugestão de pesquisa que corresponde ao que você está procurando, clique
nela para ver resultados para aquele termo de pesquisa. Isso pode poupar tempo e ajudar
você a encontrar o que está procurando com menos digitação.

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Ativar as sugestões de pesquisa enviará as palavraschave que você digita num campo de busca
para o mecanismo de pesquisa padrão - a menos que pareça que você está digitando uma URL
ou hostname. Os campos de pesquisa incluem:
- a barra de pesquisa
- páginas iniciais (como mostrado na imagem acima)
- a barra de endereço (onde as Sugestões de Pesquisa podem ser desativadas separadamente)
O mecanismo de pesquisa padrão pode coletar essas informações de acordo com os termos
da política de privacidade deles, e os usuários preocupados sobre essas informações sendo
coletadas podem desejar não ativar as sugestões de pesquisa. As sugestões de pesquisa estão
desativadas por padrão no modo de Navegação Privada. Você deve ativá-las explicitamente
em uma janela de navegação privativa para ativá-las nesse modo.
Ativando ou desativando as sugestões de pesquisa
As sugestões de pesquisa podem ser ativadas ou desativadas a qualquer momento marcando
ou desmarcando a caixa Fornecer sugestões de pesquisa na seção Pesquisar das opções do
Firefox:

Para ver sugestões de pesquisa na barra de endereços, marque a opção Mostrar sugestões de
pesquisa na barra de localização.
Usando a Barra de Pesquisa
Basta digitar na barra de Pesquisa na sua barra de ferramentas ou na página de Nova Aba.

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Enquanto você digita na busca da barra de ferramentas, o seu mecanismo de pesquisa padrão
mostra sugestões para ajudá-lo a procurar mais rápido. Essas sugestões são baseadas em
pesquisas populares ou em suas pesquisas anteriores (se estiver ativado).

Pressione Enter para pesquisar usando o seu mecanismo de pesquisa padrão, ou selecione
outro mecanismo de pesquisa clicando no logotipo.
Mecanismos de pesquisa disponíveis

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O Firefox vem com os seguintes mecanismos de pesquisa por padrão:


- Google para pesquisar na web através do Google
Nota: O padrão de busca do Google é criptografado para evitar espionagem.
- Yahoo para pesquisar na web através do Yahoo
- Bing para pesquisar na web através do Microsoft Bing
- BuscaPé para procurar comparações de preços, produtos e serviços no site BuscaPé.
- DuckDuckGo como mecanismo de pesquisa para usuários que não querem ser rastreados.
- Mercado Livre para procurar por itens à venda ou em leilão no Mercado Livre
- Twitter para procurar pessoas no Twitter
- Wikipédia (pt) para pesquisar na enciclopédia online gratuita Wikipédia Portuguesa.
Gerenciador de Downloads
A Biblioteca e o painel de downloads controlam os arquivos baixado pelo Firefox. Aprenda a
gerenciar seus arquivos e configurar as definições de download.
Como faço para acessar meus downloads?
Você pode acessar seus downloads facilmente clicando no ícone download (a seta para baixo

na barra de ferramentas). A seta vai aparecer azul para que você saiba que existem
arquivos baixados.
Durante um download, o ícone de download muda para um timer que mostra o progresso do
seu download. O timer volta a ser uma seta quando o download for concluído.

Clique no ícone download para abrir o painel de downloads. O painel Downloads exibe os
últimos três arquivos baixados, juntamente com o tempo, tamanho e fonte do download:

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Para ver todos os seus downloads, acesse a Biblioteca clicando em Exibir todos os downloads
na parte inferior do painel de Downloads.

A Biblioteca mostra essas informações para todos os seus arquivos baixados, a menos que
você tenha removido eles do seu histórico.

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Como posso gerenciar meus arquivos baixados?


No painel Downloads e na sua Biblioteca, existe um botão ícone a direita de cada arquivo que
muda de acordo com o progresso atual do download.

Pausar: Você pode pausar qualquer download em progresso clicando com o botão direito no
arquivo e selecionando Pausar. Isto pode ser útil, por exemplo, se você precisa abrir um
pequeno download que começou depois de um download grande. A Pausa de downloads lhe
dá a opção de decidir qual dos seus downloads são mais importantes.
Quando você quiser continuar o download desses arquivos, clique com o botão direito no
arquivo e selecione Continue.

Cancelar: Se depois de iniciar o download você decidir que não precisa mais do arquivo,
cancelar o download é simples: apenas clique no botão X ao lado do arquivo.
Este botão se transformará em um símbolo de atualização, clique novamente para reiniciar o
download.
Abrir o arquivo: Quando o download acabar, você pode dar um clique no arquivo para abri-
lo.

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Abrir pasta: ma vez que o arquivo tenha concluído o download, o ícone à direita da
entrada do arquivo torna-se uma pasta. Clique no ícone da pasta para abrir a pasta que
contém esse arquivo.
Remover arquivo da lista: Se você não quiser manter o registro de um determinado
download, simplesmente clique com o botão direito no arquivo, então selecione Excluir da
lista. Isto irá remover a arquivo da lista, mas não vai apagar o arquivo em si.

Repetir um download: Se por qualquer razão um download não completar, clique no


botão a direita do arquivo - um símbolo de atualizar - para reiniciar.
Limpar downloads: Clique no botão Limpar Downloads no topo da janela da Biblioteca para
limpar todo o histórico de itens baixados.
Como deixar o Firefox em tela inteira
Tela inteira é um recurso do Firefox que permite que ele ocupe a tela toda, ótimo para aquelas
telinhas apertadas de netbooks, aproveitando o máximo da sua HDTV ou só porque quer!
Ative o modo Tela inteira
Maior é melhor! Preencha sua tela com o Firefox.

Clique no botão menu no lado direito da barra de ferramentas e selecione Tela inteira.

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Desative o modo Tela inteira


Traga o meu computador de volta! Encolha o Firefox para seu tamanho normal.
Mova o mouse para o topo da tela para fazer a barra de ferramentas reaparecer

Clique no botão menu no lado direito da barra de ferramentas e selecione Tela inteira.
Atalhos de teclado
Para aqueles de boa memória. Use a tela inteira através do teclado.
Atalho para alternar o modo Tela inteira: Pressione a tecla F11.
Nota: Em computadores com teclado compacto (como netbooks e laptops), pode ser
necessário usar a combinação de teclas fn + F11.

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Navegação Privativa
Quando navega na web, o Firefox lembra de várias informações para você - como os sites
visitados. No entanto, pode haver momentos em que não deseja que outros usuários tenham
acesso a tais informações, como quando estiver comprando um presente de aniversário. A
navegação privativa permite que navegue na internet sem salvar informações sobre os sites e
páginas visitadas.
A navegação privativa também inclui Proteção contra rastreamento na navegação privada, a
qual impede que seja rastreado enquanto navega.
Mostraremos a você como funciona.
Importante: A navegação privativa não o torna anônimo na Internet. Seu provedor de acesso
a internet ou os próprios sites ainda podem rastrear as páginas visitadas.
Além disso, a navegação privativa não o protege de keyloggers ou spywares que podem estar
alojados em seu computador
Como abrir uma nova janela privativa?
Existem duas maneiras de se abrir uma nova Janela Privativa.
Abrir uma nova Janela Privativa vazia

Clique no botão de menu e depois em Nova janela privativa.

Abrir um link em nova janela privativa


Clique com o botão direito do mouse e escolha Abrir link em uma nova janela privativa no
menu contextual.

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Dica: Janelas de navegação privativas tem uma máscara roxa no topo.

O que a navegação privativa não salva?


Páginas visitadas: Nenhuma página será adicionada à lista de sites no histórico, lista de história
da janela da Biblioteca, ou na lista de endereços da Awesome Bar.
Entradas em formulário e na barra de pesquisa: Nada digitado em caixas de texto em páginas
web ou na barra de busca será salvo para o autocomplete.
Senhas: Nenhuma senha será salva.
Lista de arquivos baixados: os arquivos que você baixar não serão listados na Janela de
Downloads depois de desativar a Navegação Privativa.
Cookies: Cookies armazenam informações sobre os sites que você visita como preferências,
status de login, e os dados utilizados por plugins, como o Adobe Flash. Cookies também podem
ser utilizados por terceiros para rastreá-lo através dos sites.
Conteúdo web em Cache e Conteúdo Web off-line e de dados do usuário ‘: Nenhum arquivo
temporário da Internet (cache) ou arquivos armazenados para o uso off-line serão salvo.
Nota: Favoritos criados ao usar a Navegação Privativa serão salvos.
Todos os arquivos que você baixar para o seu computador durante o uso de navegação privada
serão salvos.
O Firefox Hello não está disponível na navegação privativa.
Posso definir o Firefox para sempre usar a navegação privativa?

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O Firefox está definido para lembrar o histórico por padrão, mas você pode alterar essa
configuração de privacidade no Firefox Opções (clique no menu Firefox , escolha Opções
e selecione o painel Privacidade). Quando alterar a configuração do histórico para nunca
lembrar o histórico, isto equivale a estar sempre no modo de navegação privativa.
Importante: Quando o firefox está definido para nunca lembrar o histórico você não verá uma
máscara roxa na parte superior de cada janela, mesmo que esteja efetivamente no modo de
navegação privativa. Para restaurar a navegação normal, vá para o painel privacidade Opções
e defina o Firefox para lembrar o histórico.
Outras formas de controlar as informações que o Firefox salva
Você sempre pode remover a navegação recente, as pesquisas e histórico de download depois
de visitar um site.
Como saber se a minha conexão com um site é segura?
O botão de Identidade do Site (um cadeado) aparece na sua barra de endereço quando você
visita um site seguro. Você pode descobrir rapidamente se a conexão para o site que estar
visualizando é criptografado. Isso deve lhe ajudar a evitar sites maliciosos que estão tentando
obter sua informação pessoal.

O botão de Identidade do Site estar na barra de endereço à esquerda do endereço web. Mais
comumente, quando visualizando um site seguro, o botão de Identidade do Site será um
cadeado verde.

No entanto, em algumas circunstâncias raras, ele também pode ser um cadeado verde com
um triângulo de alerta cinza, um cadeado cinza com um triângulo de alerta amarelo, ou um
cadeado cinza com uma linha vermelha.

Nota: Clicando no botão à esquerda da barra de endereço nos traz o Centro de Controle,
o qual lhe permite visualizar mais informações detalhadas sobre o estado de segurança da
conexão e alterar algumas configurações de segurança e privacidade. Aviso: Você nunca deve

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enviar qualquer tipo de informação sensível (informação bancária, dados de cartão de crédito,
Números de Seguridade Social, etc.) para um site sem o ícone de cadeado na barra de
endereço - neste caso não é verificado que você está se comunicando com o site pretendido
nem que seus dados estão seguros contra espionagem!
Cadeado verde
Um cadeado verde (com ou sem um nome de organização) indica que:
Você está realmente conectado ao website cujo endereço é exibido na barra de endereço; a
conexão não foi interceptada.
A conexão entre o Firefox e o website é criptografada para evitar espionagem.

Um cadeado verde mais o nome da empresa ou organização, também em verde, significa que
o website está usando um Certificado de Validação Avançada. Um certificado de Validação
Avançada é um tipo especial de certificado do site que requer um processo de verificação de
identidade significativamente mais rigoroso do que outros tipos de certificados.

Para sites usando certificados VE, o botão de identidade do site exibe tanto um cadeado
verde e o nome legal da companhia ou organização do website, então você sabe quem está
operando ele. Por exemplo, isto mostra que o mozilla.org é de propriedade da Fundação
Mozilla.
Cadeado verde com um triângulo cinza de alerta

Um cadeado verde com um triângulo cinza de alerta indica que o site é seguro; no
entanto, o firefox bloqueou o conteúdo inseguro e, assim, o site pode não necessariamente
exibir ou funcionar inteiramente correto.
Cadeado cinza com um triângulo amarelo de alerta
Um cadeado cinza com um triângulo amarelo de alerta indica que a conexão entre o Firefox e
o website é apenas parcialmente criptografada e não impede espionagem.

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Nota: Não envie qualquer tipo de informação sensível (informação bancária, dados de cartão
de crédito, Números de Seguridade Social, etc.) para sites onde o botão de identidade do site
tem o ícone de triângulo de alerta amarelo.
Cadeado cinza com um traço vermelho
Um cadeado cinza com um traço vermelho indica que a conexão entre o Firefox e o website é
apenas parcialmente criptografada e não previne contra espionagem ouataque man-in-the-
middle.

Esse ícone não aparecerá a menos que você manualmente desativou o bloqueio de conteúdo
misto.
Nota: Não envie qualquer tipo de informação sensível (informação bancária, dados de cartão
de crédito, números de seguridade social, etc.) para sites onde o botão de identidade do site
tem o ícone de um cadeado cinza com uma listra vermelha.
Configurações de segurança e senhas
Este artigo explica as configurações disponíveis no painel Segurança da janela Opções do
Firefox.
O painel Segurança contém Opções relacionadas à sua segurança ao navegar na internet.

Configurações de Segurança
Alertar se sites tentarem instalar extensões ou temas

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O Firefox sempre pedirá a sua confirmação para a instalação de complementos. Para evitar
que tentativas de instalação não requisitadas resultem em instalações acidentais, o Firefox
exibe um aviso quando um site tentar instalar um complemento e bloqueia a tentativa de
instalação. Para permitir que sites específicos instalem complementos, você deve clicar em
Exceções…, digitar o endereço do site e clicar em Permitir. Desmarque essa opção para
desativar esse aviso para todos os sites.
Bloquear sites avaliados como focos de ataques: Marque isso se você quer que o Firefox
verifique se o site que você está visitando pode ser uma tentativa de interferir nas funções
normais do computador ou mandar dados pessoais sobre você sem autorização através da
Internet.
A ausência deste aviso não garante que o site seja confiável.
Bloquear sites avaliados como falsos: Marque isso se você quer que o Firefox verifique
ativamente se o site que você está visitando pode ser uma tentativa de enganar você fazendo
com que passe suas informações pessoais (isto é frequentemente chamado de “phishing”).
Logins
Memorizar logins de sites: I Firefox pode salvar com segurança senhas que você digita em
formulários web para facilitar seu acesso aos websites. Desmarque essa opção para impedir
o Firefox de memorizar suas senhas. No entanto, mesmo com isso marcado, você ainda será
questionado se deseja salvar ou não as senhas para um site quando você visitá-lo pela primeira
vez. Se você selecionar nunca para este site, aquele site será adicionado à uma lista de
exceções. Para acessar essa lista ou para remover sites dela, clique no botão Exceções….
Usar uma senha mestra: O Firefox pode proteger informações sensíveis, como senhas salvas
e certificados, criptografando-os usando uma senha mestra. Se você criar uma senha mestra,
cada vez que você iniciar o Firefox, será solicitado que você digite a senha na primeira vez que
for necessário acessar um certificado ou uma senha salva. Você pode definir, alterar, ou
remover a senha mestra marcando ou desmarcando essa opção ou clicando no botão
Modificar
senha mestra…. Se uma senha mestra já estiver definida, você precisará digitá-la para alterar
ou remover a senha mestra.
Você pode gerenciar senhas salvas e excluir senhas individuais clicando no botão Logins
salvos….
Use atalhos do mouse para executar tarefas comuns no Firefox
Esta é uma lista dos atalhos do mouse mais comuns no Mozilla Firefox

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* Os atalhos para abrir Abas em primeiro e segundo plano serão trocadas se a opção Ao abrir
um link em uma nova Aba, carregá-la em primeiro plano estiver ativa no Painel de
configurações geral..

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GOOGLE CHROME
O Chrome é o mais novo dos grandes navegadores e já conquistou legiões de adeptos no
mundo todo. O programa apresenta excelente qualidade em seu desenvolvimento, como
quase tudo o que leva a marca Google. O browser não deve nada para os gigantes Firefox e
Internet Explorer e mostra que não está de brincadeira no mundo dos softwares.
Confira nas linhas abaixo um pouco mais sobre o ótimo Google Chrome.
Funções visíveis
Antes de detalhar melhor os aspectos mais complicados do navegador, vamos conferir todas
as funções disponíveis logo em sua janela inicial. Observe a numeração na imagem abaixo e
acompanhe sua explicação logo em seguida:

1. As setas são ferramentas bem conhecidas por todos que já utilizaram um navegador. Elas
permitem avançar ou voltar nas páginas em exibição, sem maiores detalhes. Ao manter o
botão pressionado sobre elas, você fará com que o histórico inteiro apareça na janela.
2. Reenviar dados, atualizar ou recarregar a página. Todos são sinônimos desta função, ideal
para conferir novamente o link em que você se encontra, o que serve para situações bem
específicas – links de download perdidos, imagens que não abriram, erros na diagramação da
página.

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3. O ícone remete à palavra home (casa) e leva o navegador à página inicial do programa. Mais
tarde ensinaremos você a modificar esta página para qualquer endereço de sua preferência.
4. A estrela adiciona a página em exibição aos favoritos, que nada mais são do que sites que
você quer ter a disposição de um modo mais rápido e fácil de encontrar.
5. Abre uma nova aba de navegação, o que permite visitar outros sites sem precisar de duas
janelas diferentes.
6. A barra de endereços é o local em que se encontra o link da página visitada. A função
adicional dessa parte no Chrome é que ao digitar palavras-chave na lacuna, o mecanismo de
busca do Google é automaticamente ativado e exibe os resultados em questão de poucos
segundos.
7. Simplesmente ativa o link que você digitar na lacuna à esquerda.
8. Abre as opções especiais para a página aberta no navegador. Falaremos um pouco mais
sobre elas em seguida.
9. Abre as funções gerais do navegador, que serão melhor detalhadas nos próximos
parágrafos.
Para Iniciantes
Se você nunca utilizou um navegador ou ainda tem dúvidas básicas sobre essa categoria de
programas, continue lendo este parágrafo. Do contrário, pule para o próximo e poupe seu
tempo. Aqui falaremos um pouco mais sobre os conceitos e ações mais básicas do programa.
Com o Google Chrome, você acessa os sites da mesma forma que seus semelhantes – IE,
Firefox, Opera. Ao executar o programa, tudo o que você precisa fazer é digitar o endereço do
local que quer visitar. Para acessar o portal Baixaki, por exemplo, basta escrever
baixaki.com.br (hoje é possível dispensar o famoso “www”, inserido automaticamente pelo
programa.)
No entanto nem sempre sabemos exatamente o link que queremos acessar. Para isso, digite
o nome ou as palavras-chave do que você procura na mesma lacuna. Desta forma o Chrome
acessa o site de buscas do Google e exibe os resultados rapidamente. No exemplo utilizamos
apenas a palavra “Baixaki”.

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Abas
A segunda tarefa importante para quem quer usar o Chrome é lidar com suas abas. Elas são
ferramentas muito úteis e facilitam a navegação. Como citado anteriormente, basta clicar no
botão com um “+” para abrir uma nova guia.
Outra forma de abri-las é clicar em qualquer link ao pressionar a rodinha do mouse, o que
torna tudo ainda mais rápido. Também é possível utilizar o botão direito sobre o novo
endereço e escolher a opção “Abrir link em uma nova guia”.
Liberdade
É muito fácil manipular as abas no Google Chrome. É possível arrastá-las e mudar sua ordem,
além de arrancar a aba da janela e desta forma abrir outra independente.
Basta segurar a aba com o botão esquerdo do mouse para testar suas funções. Clicar nelas
com a rodinha do mouse faz com que fechem automaticamente.

O botão direito abre o menu de contexto da aba, em que é possível abrir uma nova, recarregar
a atual, fechar a guia ou cancelar todas as outras. No teclado você pode abrir uma nova aba
com o comando Ctrl + T ou simplesmente apertando o F1.

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Fechei sem querer!


Quem nunca fechou uma aba importante acidentalmente em um momento de distração?
Pensando nisso, o Chrome conta com a função “Reabrir guia fechada” no menu de contexto
(botão direito do mouse). Basta selecioná-la para que a última página retorne ao navegador.

Configuração
Antes de continuar com as outras funções do Google Chrome é legal deixar o programa com
a sua cara. Para isso, vamos às configurações. Vá até o canto direito da tela e procure o ícone
com uma chave de boca. Clique nele e selecione “Opções”.

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Básicas
Inicialização: aqui é possível definir a página inicial do navegador. Basta selecionar a melhor
opção para você e configurar as páginas que deseja abrir.
Página inicial: caso esta tenha sido a sua escolha na aba anterior, defina qual será a página
inicial do Chrome. Também é possível escolher se o atalho para a home (aquele em formato
de casinha) aparecerá na janela do navegador.
Pesquisa padrão: como o próprio nome já deixa claro, aqui você escolhe o site de pesquisas
utilizado ao digitar na lacuna do programa. O botão “Gerenciar” mostra a lista de mecanismos.
Navegador padrão: aqui você pode definir o aplicativo como seu navegador padrão. Se você
optar por isso, sempre que algum software ou link for executado, o Chrome será
automaticamente utilizado pelo sistema.
Coisas pessoais

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Senhas: define basicamente se o programa salvará ou não as senhas que você digitar durante
a navegação. A opção “Mostrar senhas salvas” exibe uma tabela com tudo o que já foi inserido
por você.
Preenchimento automático de formulário: define se os formulários da internet (cadastros e
aberturas de contas) serão sugeridos automaticamente após a primeira digitação.
Dados de navegação: durante o uso do computador, o Chrome salva os dados da sua
navegação para encontrar sites, links e conteúdos com mais facilidade. O botão “Limpar dados
de navegação” apaga esse conteúdo, enquanto a função “Importar dados” coleta informações
de outros navegadores.
Temas: é possível modificar as cores e todo o visual do navegador. Para isso, clique em “Obter
temas” e aplique um de sua preferência. Para retornar ao normal, selecione “Redefinir para o
tema padrão”.

Configurações avançadas
Rede: configura um Proxy para a sua rede. (Indicado para usuários avançados)
Privacidade: aqui há diversas funções de privacidade, que podem ser marcadas ou
desmarcadas de acordo com suas preferências.
Downloads: esta é a opção mais importante da aba. Em “Local de download” é possível
escolher a pasta em que os arquivos baixados serão salvos. Você também pode definir que o
navegador pergunte o local para cada novo download.
Downloads
Todos os navegadores mais famosos da atualidade contam com pequenos gerenciadores de
download, o que facilita a vida de quem baixa várias coisas ao mesmo tempo. Com o Google
Chrome não é diferente. Ao clicar em um link de download, muitas vezes o programa
perguntará se você deseja mesmo baixar o arquivo, como ilustrado abaixo:

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Logo em seguida uma pequena aba aparecerá embaixo da janela, mostrando o progresso do
download. Você pode clicar no canto dela e conferir algumas funções especiais para a
situação. Além disso, ao selecionar a função
“Mostrar todos os downloads” (Ctrl + J), uma nova aba é exibida com ainda mais detalhes
sobre os arquivos que você está baixando.

Pesquise dentro dos sites


Outra ferramenta muito prática do navegador é a possibilidade de realizar pesquisas
diretamente dentro de alguns sites, como o próprio portal Baixaki. Depois de usar a busca
normalmente no nosso site pela primeira vez, tudo o que você precisa fazer é digitar baixaki
e teclar o TAB para que a busca desejada seja feita diretamente na lacuna do Chrome.

Navegação anônima

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Se você quer entrar em alguns sites sem deixar rastros ou históricos de navegação no
computador, utilize a navegação anônima. Basta clicar no menu com o desenho da chave de
boca e escolher a função “Nova janela anônima”, que também pode ser aberta com o
comando Ctrl + Shift + N.

Gerenciador de tarefas
Uma das funções mais úteis do Chrome é o pequeno gerenciador de tarefas incluso no
programa. Clique com o botão direito no topo da página (como indicado na figura) e selecione
a função “Gerenciador de tarefas”.

Desta forma, uma nova janela aparecerá em sua tela. Ela controla todas as abas e funções
executadas pelo navegador. Caso uma das guias apresente problemas você pode fechá-la
individualmente, sem comprometer todo o programa. A função é muito útil e evita diversas
dores de cabeça.

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QUESTÕES

1. (FCC / TRT - 2ª REGIÃO (SP) – 2018) Um Analista estava utilizando o navegador Mozila
Firefox em português (versão 60.0.1, 64 bits), em condições ideais, e digitou a sequência de
teclas Ctrl+Shift+P para:
a) fechar a página na qual estava navegando.
b) abrir uma nova janela privativa e navegar de modo privativo.
c) abrir o histórico de navegação.
d) localizar algo de seu interesse na página na qual estava navegando.
e) acessar o gerenciador de extensões.

2. (FCC / TRT - 2ª REGIÃO (SP) – 2018) O navegador Google Chrome, um Analista pressionou
simultaneamente a combinação de teclas Ctrl + Shift + N para:
a) abrir uma nova janela para navegação anônima.
b) fechar a aba (guia) atual.
c) ir direto ao final da página, evitando o uso da barra de rolagem.
d) imprimir o conteúdo da página.
e) adicionar a página aberta na guia atual à lista de sites favoritos.

3. (FGV / MPE-AL – 2018) Assinale a opção que indica o local em que são salvos os arquivos
baixados pelo usuário, usando o Google Chrome.
a) É configurado quando o aplicativo é instalado.
b) É sempre na pasta corrente.
c) É sempre na pasta Downloads.
d) Pode ser configurado pelo usuário.
e) Somente pode ser configurado pelo administrador do sistema.
4. (CESGRANRIO / BANCO DA AMAZÔNIA / Técnico Científico - Medicina do Trabalho – 2018)

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Durante a navegação na internet utilizando o Google Chrome, o usuário percebeu que


oponteiro do mouse assumiu o formato de uma pequena mão com o indicador
apontando,como mostrado na Figura a seguir:
Esse formato de ponteiro indica que o(a):
a) usuário deve esperar até que toda a página seja carregada pelo navegador.
b) conteúdo do site foi identificado pelo navegador como sendo alguma espécie de vírus ou
malware.
c) local onde o ponteiro está é um link.
d) navegador classificou o item como interessante, de acordo com as preferências do usuário.
e) atenção do usuário é requerida pelo navegador ou pelo site.

5. (FCC / TRT - 6ª REGIÃO (PE) – 2018) Um funcionário do Tribunal Regional do Trabalho deseja
configurar o Mozilla Firefox, versão 57, para que, ao abrir o navegador, seja sempre acessado
o portal do TRT6R. (http://www.trt6.jus.br/portal/). Para realizar a configuração, o
funcionário deve acessar a Barra de menus e selecionar:
a) Opções, localizar o item Página inicial e inserir o URL.
b) Configurações, localizar o item Inicialização, selecionar Abrir uma página específica e inserir
o URL.
c) Opções, localizar o item Inicialização e inserir o URL.
d) Configurações, localizar o item Página inicial, selecionar Adicionar página e inserir o URL.
e) Configurações, localizar o item Nova página e inserir o URL.

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6. (FCC / ALESE / Técnico Legislativo - Técnico-Administrativo – 2018) O ícone de uma estrela


que aparece do lado direito, no interior da linha de endereço do navegador Google Chrome
(onde se digita o endereço dos sites que se quer visitar), serve para:
a) alterar as configurações do navegador.
b) adicionar extensões, ou plug-ins, ao navegador.
c) adicionar a página corrente à lista de sites favoritos.
d) indicar que o site é patrocinado por alguma organização.
e) exibir a lista de sites favoritos.

7. (FCC / METRÔ-SP – 2018) O recurso de Tela inteira no Firefox 58.0.2 (64-bits), em


português, é útil quando se deseja visualizar a totalidade de uma página web para ter maior
conforto de visualização e leitura. Para ativar ou desativar esse recurso, utiliza-se a tecla:
a) F3.
b) F8.
c) F11.
d) F1.
e) F5.

8. (FCC / DETRAN-MA – 2018) Os principais navegadores da internet como o Google Chrome,


o Firefox e o Internet Explorer possibilitam, respectivamente, a navegação anônima, privativa
e InPrivate. Uma das funções da navegação anônima do Google Chrome é:
a) ocultar a navegação do administrador da rede.
b) não armazenar a lista de favoritos.
c) o não armazenamento de cookies.
d) se tornar anônimo para o website visitado.
e) ocultar a navegação do provedor de acesso.
9. (CESPE / STM – 2018) O Google Chrome e o Internet Explorer — programas para navegação
na Web — possuem opção para se apagar o histórico de navegações, a qual faz que os sítios
visitados sejam bloqueados e não mais sejam visitados pelo usuário.

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10. (CESPE / STM – 2018) No Google Chrome, o Menu de Configurações oferece a opção de
importar os arquivos de favoritos e configurações, no caso de se aproveitar a lista de sítios
favoritos e a lista de senhas de acesso salvas, para uso em outros browsers ou outros
dispositivos e computadores.

11. (FGV / CÂMARA DE SALVADOR-BA – 2018) Considere os seguintes aplicativos:


I. Chrome;
II. Firefox;
III. Internet Explorer;
IV. Windows Explorer.
Da lista acima, são destinados à navegação na Internet somente os aplicativos:
a) I e II;
b) I, II e III;
c) I, II e IV;
d) III e IV;
e) IV.

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12. (CESPE / PC-MA – 2018) Ao se clicar com o botão direito do mouse sobre uma guia do
programa de navegação Google Chrome, em sua versão mais recente, contendo determinada
página da Internet, e selecionar a opção Fixar guia, na lista exibida, será possível.
a) criar um ícone no canto superior esquerdo do navegador, o qual permitirá o acesso direto
à página exibida.
b) criar na área de trabalho do computador um ícone de atalho, o qual, ao ser selecionado,
abrirá a página exibida.
c) transformar a guia do navegador em uma nova janela.
d) adicionar a página exibida pela guia à lista de páginas favoritas.
e) duplicar a guia aberta, criando-se, assim, uma cópia da página exibida.

13. (CESPE / Analista Técnico-Administrativo / DPU - 2018) O Internet Explorer é um


navegador oferecido gratuitamente pela Microsoft junto ao sistema operacional Windows e
que, por ser de código aberto, pode ser instalado em qualquer computador.

14. (CESPE / Perito Criminal Federal - Conhecimentos Básicos - Todas as Áreas / Polícia
Federal - 2018) Por meio do Google Chrome mais recente, André necessita acessar, a partir
do seu dispositivo móvel, os dados armazenados na sua estação de trabalho, referentes à
navegação que ele realizou também usando o Google Chrome mais recente. Nessa situação,
André terá sucesso se efetuar login no Google Chrome com o mesmo usuário na estação de
trabalho e no dispositivo móvel, o que lhe permite ter acesso às senhas, ao histórico e aos
favoritos em todos os dispositivos configurados.

15.(CESPE / Papiloscopista Policial Federal / Polícia Federal - 2018) Os browsers para


navegação na Internet suportam nativamente arquivos em Java e em Flash, sem necessidade
de aplicações adicionais.

GABARITO:
1. LETRA B
2. LETRA A
3. LETRA D
4. LETRA C

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5. LETRA A
6. LETRA C
7. LETRA C
8. LETRA C
9. ERRADO
10. CORRETO
11. LETRA B
12. LETRA A
13. ERRADO
14. CORRETO
15. ERRADO

Correio Eletrônico. Webmail. Mozilla Thunderbird BR

Correio Eletrônico
São serviços de redes de computadores desenvolvidos para a composição, envio, recebimento
e gerenciamento de mensagens eletrônicas (e-mails), essas mensagens são trafegadas pela
rede através de protocolos, como POP, IMAP e SMTP. O protocolo POP (Post Office Protocol)
é utilizado para efetuar acesso remoto a uma caixa de correio eletrônico e a transferência para
o computador (software de cliente de e-mail) então a manipulação das mensagens (alteração,
exclusão, armazenamento) é feita no computador que recebeu as mensagens, o protocolo
IMAP (Internet Message Access Protocol) permite que leitura e manipulação de mensagens
do servidor sem que haja atransferência dessas mensagens para o computador, SMTP (Simple
Mail Transfer Protocol) é utilizado apenas para o envio de mensagem a outros servidores de
e-mail.
Clientes de e-mail
São softwares (programas de computador) que possibilitam que os usuários de computador
redijam, personalizem, armazenem e gerenciem mensagens, proporciona acesso a servidores
de envio e recebimento de e-mail. Dentre os vários clientes de e-mail disponíveis no mercado
os principais são:
Outlook Express – desenvolvido pela empresa Microsoft, este software é leve e eficaz utilizado
para gerenciamento de contatos, composição, envio e recebimento de e-mail e acompanha

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alguns programas da empresa como Internet Explorer (a partir da versão 4) e sistemas


operacionais Windows nas versões 98, ME, 2000 e XP.
O Windows Mail e Outlook Express foram descontinuados no Windows 7 e a nova aplicação
de email é o Windows Live Mail. Então, antes de instalar o Windows 7 é recomendado
exportar suas mensagens, contatos e configurações de conta para facilitar a importação no
Windows Live Mail após instalar o Windows 7.
Windows Live Mail – também produzido pela Microsoft, é um software baseado no Outlook
Express com aprimoramentos como a capacidade de litura de RSS e ATOM (formatos de leitura
e escrita de informações na Web) e requer para seu funcionamento a instalação do Internet
Explorer 7 ou superior também utilizado para gerenciamento de contatos, composição, envio
e recebimento de e-mail.
Microsoft Outlook – é um software integrado ao Microsoft Office, diferente do Outlook
Express ou Live Mail voltados apenas à gerenciamento de contatos, composição, envio e
recebimento de mensagens, o MS Outlook disponibiliza um completo calendário com agenda
de compromissos, seu gerenciador de contatos é mais completo que as versões Live e Express
e possui campos de tarefas com simulador de post-it (pequenos papeis coloridos
autoadesivos).
Mozilla Thunderbird – É um software muito parecido com o MS Outlook, porém é
desenvolvido pela empresa Mozilla Foundation, criadora do Mozilla Firefox.

Funcionamento dos Clientes de E-mail


O cliente de e-mail envia uma solicitação ao servidor de e-mail de seu provedor (ISP), para
esta requisição é utilizado o protocolo SMTP, o Servidor envia a mensagem através da internet
para outro servidor que contém a caixa postal do destinatário, então é feito o download das
mensagens para a cliente de e-mail realizando o processo inverso, mas agora utilizando o
protocolo POP.

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Web Mail
Têm a mesma função dos clientes de e-mail que ficam instalados no computador, mas ficam
armazenados diretamente em servidores de e-mail e seu acesso é via browser (navegador de
internet), dentre os principais Web Mails gratuitos temos Gmail, Hotmail, Yahoo, Bol e Ig,
todos seguros, eficazes e rápidos, possuem grandes espaços para armazenamentos de
mensagens, mas daremos uma atenção especial a dois deles:
Gmail – Fornecido pela empresa Google, além das funções básicas de envio e recebimento de
e-mail, existem agenda de compromissos e tarefas, mensageiro, drive virtual, também existe
integração a todas as ferramentas providas pela Google.
Hotmail ou Live – Semelhante ao Gmail, mas não disponibiliza a integração com as
ferramentas do Google.
Outlook.com
O Outlook.com é um serviço de e-mail pessoal gratuito baseado na Web que é fácil de usar.
Ele tem muitos dos mesmos excelentes recursos do Outlook Express, juntamente com alguns
novos. Você pode manter o seu endereço de e-mail atual, enviar fotos e arquivos por e-mail e
manter a sua caixa de entrada em ordem. Você também pode ver seus e-mails em qualquer
computador, tablet ou telefone conectado. Siga as etapas abaixo e o complemento Mail
Migration transferirá seus e-mails e contatos do Outlook Express.
Inscrever-se no Outlook.com e transferir seus e-mails e contatos do Outlook Express

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Ao se inscrever no Outlook.com, seu endereço de e-mail e sua senha são sua conta da
Microsoft. Se você tiver um endereço de e-mail que termina em msn.com, hotmail.com,
live.com ou outlook.com, significa que você já tem uma conta da Microsoft.
1. Verifique se você está no computador que tem os seus e-mails e contatos do Outlook
Express. Nesse computador, clique no botão abaixo que diz Introdução. Isso iniciará o
complemento de Migração de E-mail, que transferirá seus e-mails e contatos.
2. Você será enviado para a página de entrada do Outlook. com. Execute um destes
procedimentos:
Se você não tiver uma conta da Microsoft, clique em Inscrever-se agora na parte inferior da
página (onde há a pergunta se você tem uma conta da Microsoft). Em seguida, digite seu
endereço de e-mail e sua senha para criar sua conta do Outlook.com.
– ou –
Se você já tiver uma conta da Microsoft, digite seu endereço de e-mail e sua senha.
3. Depois que você estiver conectado, o complemento Mail Migration transferirá
automaticamente seus e-mails e contatos da sua conta do Outlook.com.

Redes Sociais: Facebook, LinkedIn, Instagram e Twitter.

Redes sociais são locais onde pessoas ou empresas compartilham informações. A principal
característica das redes sociais é a promoção da conectividade entre várias pessoas
simultaneamente, por meio de listas de amigos, seguidores e até mesmo desconhecidos.

As redes sociais integram membros com interesses e ideologias ligados pela relevância de um
determinado assunto e/ou negócio proporcionando integração e interatividade por meio de
comunicação e compartilhamento de conteúdo.

Estas redes podem ser de relacionamento, como o Facebook ou profissionais como o Linkedin.

As principais são: Facebook, Whatsapp, Youtube, Instagram, Twitter, Linkedin, Pinterest,


Flickr, Myspace, Snapchat e agora mais recentemente o tik tok.

Facebook: Seu foco principal é o compartilhamento de assuntos pessoais de seus membros.


Foi criada em 2004 por Mark Zuckerberg e outros. Também pode ser usada para divulgação
de negócios pelas empresas e vender seus produtos. Nela você pode impulsionar publicação
para ter mais visibilidade dentro de um público específico.

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WhatsApp: É uma rede para mensagens instantânea. Faz também ligações telefônicas através
da internet gratuitamente. Ela tem uma criptografia de ponta a ponta que assegura que
somente você e a pessoa com que você está se comunicando possam ler o que é enviado e
ninguém mais, nem mesmo essa rede social. Essa rede social descreve que “as suas
mensagens estão seguras com cadeados e somente você e a pessoa que as recebe possuem
as chaves especiais necessária para destrancá-los e ler as mensagens”. Segundo o WhatsApp a
criptografia de ponta a ponta assegura que suas mensagens, fotos, vídeos, mensagens de voz,
atualizações de status, documentos e ligações estão seguras e não cairão em mãos erradas.

Youtube: Rede que pertence ao Google e é especializada em vídeos. Possui também uma
opção de comunidade, onde você pode postar textos, imagens e fazer pesquisa. As pessoas
que trabalham no Youtube é chamado de Youtuber. O YouTube é muito utilizada por artistas
para se promover fazendo com que dependam muito menos dos meios de comunicação (rádio
e TV) e gravadoras.

Instagram: Foi criada em 2010 e comprada pelo Facebook em 2012. É uma rede focada no
compartilhamento de fotos, mas pode ser colocado vídeos também. Nela é possível postar
várias fotos de produtos e divulgar seu negócio por meio online. Em 2018 foi lançado o
IGTV, para publicar vídeos maiores, pois os vídeos no Instagram tem um limite de um minuto.

Twitter: Rede social que funciona como um microblog onde você pode seguir ou ser seguido,
ou seja, você pode ver em tempo real as atualizações que seus contatos fazem e eles as suas.
Tamanho dos textos é de até 280 caracteres, conhecidos como “tweets”. O serviço pela
internet é gratuito, mas caso você queira utilizar SMS pode haver cobrança da operadora.

Linkedin: É a maior rede profissional do mundo e tem como objetivo conectar profissionais
de todo o mundo, focando no crescimento de suas carreiras, permitindo assim, a empresa a
buscar pelos perfis profissionais nessa rede social. Voltada para negócios. A pessoa que
participa desta rede quer manter contatos para ter ganhos profissionais no futuro, como um
emprego por exemplo.

Pinterest: Rede social focada em compartilhamento de fotos, mas também compartilha


vídeos.

Flickr: Rede social para compartilhar imagens

Myspace: Rede social americana de relacionamento criada em 2003. Além do perfil pessoal.
Ela tem também um sistema interno de e-mail, fóruns e grupos.

Snapchat: Rede para mensagens baseado em imagens. Com ele você edita imagens e vídeos
e escolhe o tempo que a imagem ficará no visor do amigo de sua lista.

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Tik Tok: É uma rede social lançada em 2014 e ficou mais popular a partir de 2019. É uma rede
social onde você pode criar vídeos curtos e engraçados. A ideia é explorar a criatividade do
usuário e viralizar na internet. É uma rede social divertida e direcionada aos jovens.

Tiktokers: Influenciadores desta rede social.

Questões sobre redes sociais

QUESTÃO 1

Ano: 2020 Banca: IBFC Órgão: TRE-PA

No século XXI houve a criação de diversas redes sociais para diferentes públicos e finalidades.
Sobre redes sociais para profissionais, assinale a alternativa correta.

A Facebook

B LinkedIn

C Orkut

D Twitter

QUESTÃO 2

Ano: 2020 Banca: IBADE Órgão: Prefeitura de Linhares – ES

Facebook, Instagram e Twitter são softwares conhecidos como:

A Redes Sociais.

B WebMail.

C Correio Eletrônico.

D Sistema operacional.

E Comércio Eletrônico.

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QUESTÃO 3

Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: CGE – CE

A promoção da conectividade entre várias pessoas simultaneamente, por meio de listas de


amigos, seguidores e até mesmo desconhecidos, é a principal característica

A da tecnologia social.

B do marketing social.

C da comunicação de massa.

D de redes sociais.

E de mídias sociais.

QUESTÃO 4

Ano: 2019 Banca: FAFIPA Órgão: CREA-PR

Com o avanço tecnológico surgiu várias Redes Sociais buscado espaço na rede de internet.
Observe o contexto: “maior rede profissional do mundo, com aproximadamente 550 milhões
de usuários, com objetivo de conectar profissionais de todo o mundo, focando no crescimento
de suas carreiras, permitindo assim, a empresa a buscar pelos perfis profissionais nessa rede
social”.

O texto apresentado descreve sobre a Rede Social:

A Hotmail.

B Linkedin.

C Facebook.

D Twitter.

E Instagram.

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QUESTÃO 5

Ano: 2019 Banca: FUNCERN Órgão: Prefeitura de Apodi – RN

A criptografia de ponta a ponta de uma rede social assegura que somente você e a pessoa
com que você está se comunicando possam ler o que é enviado e ninguém mais, nem mesmo
essa rede social. Essa rede social descreve que “as suas mensagens estão seguras com
cadeados e somente você e a pessoa que as recebe possuem as chaves especiais necessária
para destrancá-los e ler as mensagens”. Segundo essa rede social, a criptografia de ponta a
ponta assegura que suas mensagens, fotos, vídeos, mensagens de voz, atualizações de status,
documentos e ligações estão seguras e não cairão em mãos erradas. Além disso, cada grupo
criado nela pode ter no máximo 256 membros. Essa rede social é conhecida pelo nome de

A Whatsapp.

B Telegram.

C Instagram.

D Flickr.

QUESTÃO 6

Ano: 2019 Banca: IBAM Órgão: Câmara de Santo André – SP

Atualmente é muito comum o uso dos recursos das redes sociais, definidas como estruturas
formadas na internet, por pessoas e organizações que se conectam a partir de interesses ou
valores comuns, sites e aplicativos que operam em níveis diversos, como profissional e de
relacionamento, mas sempre permitindo o compartilhamento de informações entre pessoas
elou empresas. Entre as redes sociais, uma é direcionada particularmente para reunir
profissionais, com interesses empresariais e de trabalho, permitindo a interatividade entre os
profissionais, ao passo que outra visa prioritariamente o compartilhamento de fotos e vídeos
entre usuários. São exemplos desses dois tipos de redes sociais, respectivamente:

A Linkedin e Instagram.

B Instagram e Dropbox.

C Dropbox e Spotify.

D Spotify e Linkedin.

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QUESTÃO 7

Ano: 2018 Banca: FUNCERN Órgão: Consórcio do Trairí – RN

Sandra tem uma loja de roupas e deseja aumentar o lucro de suas vendas montando uma
conta em uma rede social, na qual possa postar várias fotos dos seus produtos e divulgar
bastante sua loja por esse meio online. A melhor alternativa para Sandra abrir sua conta é:

A No Youtube.

B No Instagram.

C No WhatsApp.

D No Skype.

QUESTÃO 8

Ano: 2018 Banca: IBFC Órgão: Câmara Municipal de Araraquara – SP

Assinale, das alternativas abaixo, a única que identifica corretamente o aplicativo de redes
sociais muito utilizado atualmente em smartphones:

A YouTube

B Gmail

C Skype

D WhatsApp

E Angry Birds

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QUESTÃO 9

Ano: 2020 Banca: IBADE Órgão: Prefeitura de Linhares – ES

Facebook, Instagram e Twitter são softwares conhecidos como:

A Redes Sociais.

B WebMail.

C Correio Eletrônico.

D Sistema operacional.

E Comércio Eletrônico.

RESPOSTAS DAS QUESTÕES:

RESPOSTA DA QUESTÃO 1 LETRA B

RESPOSTA DA QUESTÃO 2 LETRA A

RESPOSTA DA QUESTÃO 3 LETRA D

RESPOSTA DA QUESTÃO 4 LETRA B

RESPOSTA DA QUESTÃO 5 LETRA A

RESPOSTA DA QUESTÃO 6 LETRA A

RESPOSTA DA QUESTÃO 7 LETRA B

RESPOSTA DA QUESTÃO 8 LETRA D

RESPOSTA DA QUESTÃO 9 LETRA A

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Segurança: Conceitos, características, proteção de equipamentos, de sistemas, em redes e


na internet. Vírus. Backup. Firewall

SEGURANÇA
A Segurança da Informação se refere à proteção existente nas informações de uma
determinada empresa ou pessoa. Aplica-se tanto a informações corporativas quanto às
pessoas. Entendese por informação todo e qualquer conteúdo ou dado que tenha valor para
alguma organização ou pessoa.
Ela pode estar disponível para uso restrito ou ao público para consulta ou aquisição.
O conceito de segurança informática ou segurança de computadores se aplica a todos os
aspectos de proteção de informações e de dados e está intimamente relacionado com o de
segurança da informação, incluindo não apenas a segurança dos dados/informação, mas
também a dos sistemas em si.
- Fatores que afetam a segurança da informação.
A segurança de uma determinada informação pode ser afetada por fatores comportamentais
e de uso de quem se utiliza dela, pelo ambiente ou infraestrutura que a cerca ou por pessoa
mal intencionadas que tem o objetivo e furtar, destruir ou modificar tal informação, conforme
segue:
Confidencialidade (somente pessoas devidamente autorizadas pela empresa devem ter
acesso à informação), Integridade (somente alterações, supressões e adições autorizadas pela
empresa devem ser realizadas nas informações), Disponibilidade (a informação deve estar
disponível para as pessoas autorizadas sempre que necessário ou demandado). Estes fatores
representam os principais atributos e/ou princípios da segurança da informação, que
atualmente, orientam a análise, o planejamento e aimplementação da segurança para um
determinado grupo de informações que se deseja proteger. Outros atributosimportantes são
a irretratabilidade (não repúdio) e a autenticidade.
- Ameaças à segurança
As ameaças à segurança da informação são relacionadas diretamente à perda de uma de suas
03 (três) características, quais sejam:
- Perda de Confiabilidade - Perda de Integridade - Perda de Disponibilidade.
Invasões na Internet
Todo sistema de computação requer um suporte para proteção de arquivos. Este suporte é
um conjunto de regras que garantem que a informação não seja lida, ou modificada por quem
não tem permissão, como por exemplo por.
- Crackers - agentes maliciosos

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- Hackers - não são agentes maliciosos - motivo ilegalidade: notoriedade, auto estima,
vingança, dinheiro.
A segurança é necessária mais especificamente para os assuntos gerais, enquanto que os
mecanismos de proteção são utilizados para salvar as informações a serem protegidas.
A segurança é analisada de várias formas. Os principais problemas causados com a falta de
segurança são a perda de dados e as invasões de intrusos. A perda de dados na maioria das
vezes é causada por:
- Fatores naturais (ex.: incêndio, enchente);
- Erros de hardware ou de software (ex.: falhas noprocessamento);
- Erros humanos (ex.: entrada incorreta de dados);
Para evitar a perda destes dados é necessário manter um backup confiável, guardado longe
destes dados originais.
Para que vírus sejam identificados, os anti-virus devem estar cada vez mais atualizados, pois
novos vírus surgem rapidamente, e com a mesma velocidade dos anti-virus.
Níveis de segurança
- Segurança Fisica – trata de ameaças a exemplo de relâmpago, alagamento, etc.
- Segurança Lógica – trata de ameaças a exemplo das ocasionadas por virus, violação de senha.
Políticas de Segurança
Uma política de segurança consiste num conjunto de regras que devem ser seguidas por quem
se utiliza dos recursos de uma organização (RFC 2196 (The Site Security Handbook)).
Filosofias de qualquer política de segurança:
- Filosofia Proibitiva (tudo que não é expressamente permitido é proibido);
- Filosofia Permissiva (tudo que não é proibido é permitido).
Para diminuir os problemas com senhas, a regra básica é a conscientização dos colaboradores
quanto ao uso e manutenção das mesmas.
O bem mais importante que as empresas possuem, são as informações gerenciais, sendo
muito importantes para a tomada de decisões. Com o crescimento da Internet e o uso de
dispositivos móveis nas empresas é inevitável a ocorrência de problemas de segurança, e para
isso é preciso muito planejamento e trabalho da equipe técnica de informática. É importante
criar normas rígidas e treinar toda a equipe interna e externa.
Tipos de Vírus

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Vírus de computador são pequenos programas capazes de causar grandes transtornos a


indivíduos, empresas e outras instituições: podem apagar dados, capturar informações,
alterar ou impedir o funcionamento do sistema operacional eassim por diante. É comum
pessoas chamarem de vírus todo e qualquer programa com fins maliciosos. Mas, há vários
tipos de “pragas digitais”, sendo os vírus apenas uma categoria delas. Existem ainda outros
softwares parecidos, como cavalos de troia, worms, hijackers, spywares e ransomwares. O
que é um malware?
Malicious e software tem o significado de “programa malicioso”. Portanto, malware nada mais
é do que um nome criado para quando necessitamos fazer alusão a um software malicioso,
seja ele um vírus, um worm, um spyware, etc.
É importante frisar que a palavra “computador” é utilizada neste texto considerando os vários
tipos de dispositivos computacionais que existem: desktops, servidores, smartphones, tablets
e assim por diante.
É válido destacar também que os malwares não se limitam a uma única plataforma. Há quem
pense, por exemplo, que só há pragas digitais para Windows, mas isso não é verdade. O que
acontece é que a família de sistemas operacionais da Microsoft é mais popular e, portanto,
mais visada. Como não existe software 100% seguro, malwares também podem ser
desenvolvidos para atacar qualquer outra plataforma, afinal, sempre há alguém disposto a
descobrir e explorar suas deficiências. O que é vírus de computador?
Como você já sabe, um vírus é um programa com fins maliciosos, capaz de causar transtornos
com os mais diversos tipos de ações: há vírus que apagam ou alteram arquivos dos usuários,
que prejudicam o funcionamento do sistema operacional danificando ou alterando suas
funcionalidades, que causam excesso de tráfego em redes, entre outros.
Os vírus, tal como qualquer outro tipo de malware, podem ser criados de várias formas. Os
primeiros foram desenvolvidos em linguagens de programação como C e Assembly. Hoje, é
possível encontrar inclusive ferramentas que auxiliam na sua criação.
- Como os vírus agem?
Os vírus recebem esse nome porque possuem características de propagação que lembram os
vírus reais, isto é, biológicos: quando um vírus contamina um computador, além de executar
a ação para o qual foi programado, tenta também se espalhar para outras máquinas, tal como
fazem os vírus biológicos nos organismos que invadem.
Antigamente, os vírus tinham um raio de ação muito limitado: se propagavam, por exemplo,
toda vez que um disquete contaminado era lido no computador. Com o surgimento da
internet, no entanto, essa situação mudou drasticamente, para pior.
Isso acontece porque, com a internet, os vírus podem se espalhar de maneira muito mais
rápida e contaminar um número muito mais expressivo de computadores. Para isso, podem
explorar vários meios, entre eles:

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- Falhas de segurança (bugs): sistemas operacionais e outros programas não são softwares
perfeitos e podem conter falhas. Estas, quando descobertas por pessoas com fins maliciosos,
podem ser exploradas por vírus, permitindo a contaminação do sistema, muitas vezes sem o
usuário perceber;
- E-mails: essa é uma das práticas mais exploradas. O usuário recebe mensagens que tentam
convencê-lo a executar um arquivo anexado ou presente em um link. Se o usuário o fizer sem
perceber que está sendo enganado, certamente terá
seu computador contaminado;
- Downloads: o usuário pode baixar um arquivo de um determinado site sem perceber que
este pode estar infectado.
Os vírus também podem se propagar através de uma combinação de meios. Por exemplo, uma
pessoa em um escritório pode executar o anexo de um e-mail e, com isso, contaminar o seu
computador. Em seguida, este mesmo víruspode tentar explorar falhas de segurança de
outros computadores da rede para infectá-los.
- Outros tipos de malwares
Como você já sabe, os vírus não são os únicos malwares que existem. A definição do que a
praga é ou não é depende, essencialmente, de suas ações e formas de propagação. Eis os tipos
mais comuns:
- Cavalo de troia (trojan)
São um tipo de malware que permitem alguma maneira de acesso remoto ao computador
após a infecção. Esse tipo de praga pode ter outras funcionalidades, como capturar dados do
usuário para transmiti-los a outra máquina.
Para conseguir ingressar no computador, o cavalo de troia geralmente se passa por outro
programa ou arquivo. O usuário pode, por exemplo, fazer um download pensando se tratar
de uma ferramenta para um determinado fim quando, na verdade, se trata de um trojan.
Esse tipo de malware não é desenvolvido para se replicar. Quando isso acontece, geralmente
trata-se de uma ação conjunta com um vírus.
- Worm (verme)
Os worms (ou vermes, nome pouco usado) podem ser interpretados como um tipo de vírus
mais inteligente que os demais. A principal diferença está na forma de propagação: os worms
podem se espalhar rapidamente para outroscomputadores - seja pela internet, seja por meio
de uma rede local - de maneira automática.
Explicação: para agir, o vírus precisa contar com o “apoio” do usuário. Isso ocorre, por
exemplo, quando uma pessoa baixa um anexo contaminado de um e-mail e o executa. Os
worms, por sua vez, podem infectar o computador de maneira totalmente discreta,

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explorando falhas em aplicativos ou no próprio sistema operacional. É claro que um worm


também pode contar com a ação de um usuário para se propagar, pois geralmente esse tipo
de malware é criado para contaminar o máximo de computadores possível, fazendo com que
qualquer meio que permita isso seja aceitável.
- Spyware
São programas que “espionam” as atividades dos usuários ou capturam informações sobre
eles. Para contaminar um computador, os spywares geralmente são “embutidos” em
softwares de procedência duvidosa, quase sempre oferecidos como freeware ou shareware.
Os dados capturados são posteriormente transmitidos pela internet. Estas informações
podem ser desde hábitos de navegação do usuário até senhas.
- Keylogger
São pequenos aplicativos que podem vir embutidos em vírus, spywares ou softwares de
procedência duvidosa. Sua função é a de capturar tudo o que é digitado pelo usuário. É uma
das formas utilizadas para a captura de senhas.
- Hijacker
São programas ou scripts que “sequestram” navegadores de internet. As principais vítimas
eram as versões mais antigas do Internet Explorer. Um hijacker pode, por exemplo, alterar a
página inicial do browser e impedir o usuário de mudá-la, exibir propagandas em janelas
novas, instalar barras deferramentas e impedir o acesso a determinados sites (páginas de
empresas de antivírus, por exemplo). Felizmente, osnavegadores atuais contam com mais
recursos de segurança,limitando consideravelmente a ação desse tipo de pragadigital.
Rootkit
Esse é um dos tipos de malwares mais perigosos. Podem ser utilizados para várias finalidades,
como capturar dados dousuário. Até aí, nenhuma novidade. O que torna os rootkits
tãoameaçadores é a capacidade que possuem para dificultar a sua detecção por antivírus ou
outros softwares de segurança. Em outras palavras, os rootkits conseguem se “camuflar” no
sistema. Para isso, desenvolvedores de rootkits podem fazer uso de várias técnicas avançadas,
como infiltrar o malware em processos ativos na memória, por exemplo.
Além de difícil detecção, os rootkits também são de difícil remoção. Felizmente, sua
complexidade de desenvolvimento faz com que não sejam muito numerosos.
- Ransomware
É um tipo de malware com uma “proposta” mais ousada: uma vez ativo, a praga pode bloquear
ou limitar (ou permitir que seu criador o faça remotamente) o acesso a arquivos, pastas,
aplicativos, unidades de armazenamento inteiras ou até mesmo impedir o uso do sistema

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operacional. Para liberar estes recursos, o ransomware costuma mostrar mensagens exigindo
pagamentos. É como se o computador tivesse sido sequestrado.
Para convencer o usuário a desembolsar o valor exigido, a mensagem pode conter ameaças
ou chantagens, dizendo, por exemplo, que dados importantes serão apagados ou que imagens
particulares da pessoa serão publicadas na internet caso o pagamento não seja efetuado.
O usuário que tiver seu computador infectado por um ransomware não deve ceder à pressão
e pagar, mesmo porque, não raramente, nada acontece quando isso é feito. O ideal é quea
pessoa utilize um software de segurança (antivírus) para tentar remover a praga ou, se não
tiver sucesso, procure alguém de confiança para fazê-lo.
- Falsos antivírus
Não é novidade para ninguém que o meio mais utilizado como proteção contra vírus e outros
malwares são os antivírus. Cientes disso, “delinquentes virtuais” passaram a explorar essa
característica a seu favor: criaram falsos antivírus.
A propagação desse tipo de software é feita de várias maneiras. Nas mais comuns, sites de
conteúdo duvidoso exibem propagandas que se passam por alertas de segurança. Se o usuário
clicar na mensagem, será convidado a baixar um programa ou acessar uma página que
supostamente faz varreduras em seu computador.
A suposta ferramenta, que inclusive costuma ter interface que lembra os antivírus mais
conhecidos do mercado, simula uma varredura que aponta a existência de um ou mais
malwares no computador e se oferece para limpar o sistema mediante pagamento. Mas tudo
não passa de simulação.
A dica mais recomendada, neste caso, é a de utilizar sempre antivírus de empresas de
segurança reconhecidas.
Antivírus
Os antivírus são programas que procuram detectar e, então, anular ou remover os vírus de
computador. Atualmente, novas funcionalidades têm sido adicionadas aos programas
antivírus, de modo que alguns procuram detectar e remover cavalos de tróia e outros tipos de
códigos maliciosos, barrar programas hostis e verificar e-mails.
Como faço bom uso do meu antivírus?
As dicas para o bom uso do antivírus são simples:
- mantenha o antivírus e suas assinaturas sempre atualizados;
- configure-o para verificar automaticamente arquivos anexados aos e-mails e arquivos
obtidos pela Internet;

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- configure-o para verificar automaticamente mídias removíveis (CDs, DVDs, pendrives,


disquetes, discos para Zip, etc);
- configure-o para verificar todo e qualquer formato de arquivo (qualquer tipo de extensão de
arquivo);
- se for possível, crie o disquete de verificação e utilize-o esporadicamente, ou quando seu
computador estiver apresentando um comportamento anormal (mais lento, gravando ou
lendo o disco rígido fora de hora, etc);
Algumas versões de antivírus são gratuitas para uso pessoal e podem ser obtidas pela Internet.
Mas antes de obter um antivírus pela Internet, verifique sua procedência e certifique-se que
o fabricante é confiável.
O mercado conta com antivírus pagos e gratuitos (estes,geralmente com menos recursos).
Alguns programas, na verdade, consistem em pacotes de segurança, já que incluem firewall e
outras ferramentas que complementam a proteção oferecida pelo antivírus. Eis uma lista com
as soluções mais conhecidas:
- AVG: mais conhecida por suas versões gratuitas, mas também possui edições paga com mais
recursos - www.avg.com; - Avast: conta com versões pagas e gratuitas - www.avast. com;
- Microsoft Security Essentials: gratuito para usuários domésticos de licenças legítimas do
Windows - www.microsoft. com/security_essentials;
- Norton: popular antivírus da Symantec. Possui versões de testes, mas não gratuitas -
www.norton.com;
- Panda: possui versões de testes, mas não gratuitas - www. pandasecurity.com;
- Kaspersky: possui versões de testes, mas não gratuitas - www.kaspersky.com;
- Avira AntiVir: mais conhecida por suas versões gratuitas, mas também possui edições pagas
com mais recursos - www. avira.com;
- NOD32: possui versões de testes, mas não gratuitas - www. eset.com;
- McAfee: uma das soluções mais tradicionais do mercado.
Possui versões de testes, mas não gratuitas -www.mcafee.com;
- F-Secure: pouco conhecida no Brasil, mas bastante utilizada em outros países. Possui versões
de testes, mas não gratuitas - www.f-secure.com;
- BitDefender: conta com versões pagas e gratuitas - www. bitdefender.com.
Firewall
O firewall é um sistema que visa proteger o computador de ameaças vindas da internet.

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Existem 2 tipos de ameaças: Os vírus e os malwares. Vírus atacam e danificam arquivos do seu
sistema. São combatidos pelo antivírus.
Malwares são programas que visam roubar suas informações e o Firewall é a primeira linha
de defesa.
O Windows conta com um firewall. É importante manterlo ativado.
Para verificar se está ativado:
Vá em Painel de Controle -> Sistema e Segurança -> Verificar o status do Firewall.
Se estiver tudo certo, deve estar igual a figura abaixo:

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Atualizações
O Windows apresenta muitas falhas em seu sistema. Falhas imperceptíveis que os usuários
comuns não se dão conta, porem, não passam despercebidas pelos Hackers que exploram
estas falhas para danificar o sistema de outras pessoas.
Em virtude disso, a Microsoft esta continuamente lançando atualizações que servem para
corrigir estas falhas.
É muito importante manter o sistema atualizado e uma vantagem do Windows é que ele se
atualiza automaticamente, basta uma conexão com a internet.
Segurança na Internet
Computadores domésticos são utilizados para realizar inúmeras tarefas, tais como:
- transações financeiras, sejam elas bancárias ou mesmo compra de produtos e serviços;
- comunicação através de e-mails, por exemplo;
- armazenamento de dados, sejam eles pessoais ou comerciais, etc.
É importante que você se preocupe com a segurança de seu computador, pois você,
provavelmente, não gostaria que:
- suas senhas e números de cartões de crédito fossem furtados e utilizados por terceiros;
- sua conta de acesso a Internet fosse utilizada por alguém não autorizado;
- seus dados pessoais, ou até mesmo comerciais, fossem alterados, destruídos ou visualizados
por terceiros;
- seu computador deixasse de funcionar, por ter sido comprometido e arquivos essenciais do
sistema terem sido apagados, etc.
Por que alguém iria querer invadir meu computador?
A resposta para esta pergunta não é simples. Os motivos pelos quais alguém tentaria invadir
seu computador são inúmeros. Alguns destes motivos podem ser:
- utilizar seu computador em alguma atividade ilícita, para esconder a real identidade e
localização do invasor;
- utilizar seu computador para lançar ataques contra outros computadores;
- utilizar seu disco rígido como repositório de dados;
- destruir informações (vandalismo);
- disseminar mensagens alarmantes e falsas;
- ler e enviar e-mails em seu nome;

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- propagar vírus de computador;


- furtar números de cartões de crédito e senhas bancárias;
- furtar a senha da conta de seu provedor, para acessar a Internet se fazendo passar por você;
- furtar dados do seu computador, como por exemplo, informações do seu Imposto de Renda.
Certificado digital
O certificado digital é um documento eletrônico assinado digitalmente por uma autoridade
certificadora, e que contém diversos dados sobre o emissor e o seu titular. A função precípua
do certificado digital é a de vincular uma pessoa ou uma entidade a uma chave pública.
Para adquirir um certificado digital, o interessado deve dirigir-se a uma Autoridade de
Registro, onde será identificado mediante a apresentação de documentos pessoais (dentre
outros: cédula de identidade ou passaporte, se estrangeiro; CPF; título de eleitor;
comprovante de residência e PIS/PASEP, se for o caso). É importante salientar que é
indispensável a presença física do futuro titular do certificado, uma vez que este documento
eletrônico será a sua “carteira de identidade” no mundo virtual.
A emissão de certificado para pessoa jurídica requer a apresentação dos seguintes
documentos: registro comercial, no caso de empresa individual; ato constitutivo, estatuto ou
contrato social; CNPJ e documentos pessoais da pessoa física responsável.
As principais informações que constam em um certificado digital são:
- chave pública do titular;
- nome e endereço de e-mail;
- período de validade do certificado;
- nome da AC que emitiu o certificado; - número de série do certificado digital; - assinatura
digital da AC.
Assinatura digital
A assinatura digital é uma modalidade de assinatura eletrônica, resultado de uma operação
matemática que utiliza algoritmos de criptografia assimétrica e permite aferir, com segurança,
a origem e a integridade do documento.
A assinatura digital fica de tal modo vinculada ao documento eletrônico “subscrito” que, ante
a menor alteração neste, a assinatura se torna inválida. A técnica permite não só verificar a
autoria do documento, como estabelece também uma “imutabilidade lógica” de seu
conteúdo, pois qualquer alteração do documento, como por exemplo a inserção de mais um
espaço entre duas palavras, invalida a assinatura.

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Necessário distinguir assinatura digital da assinatura digitalizada. A assinatura digitalizada é a


reprodução da assinatura autógrafa como imagem por um equipamento tipo scanner. Ela não
garante a autoria e integridade do documento eletrônico, porquanto não existe uma
associação inequívoca entre o subscritor e o texto digitalizado, uma vez que ela pode ser
facilmente copiada e inserida em outro documento. Os atributos da assinatura digital são:
a) ser única para cada documento, mesmo que seja o mesmo signatário;
b) comprovar a autoria do documento eletrônico;
c) possibilitar a verificação da integridade do documento, ou seja, sempre que houver
qualquer alteração, o destinatário terá como percebê-la;
d) assegurar ao destinatário o “não repúdio” do documento eletrônico, uma vez que, a
princípio, o emitente é a única pessoa que tem acesso à chave privada que gerou a assinatura.
A assinatura digital garante ao destinatário que o documento não foi alterado ao ser enviado
(integridade) e ainda comprova a autoria do emitente (autenticidade), enfim, confere maior
grau de segurança, pois os documentos eletrônicos não assinados digitalmente têm as
características de alterabilidade e fácil falsificação.
Criptografia
A criptografi a utiliza um outro conceito que é o de modificar a mensagem de forma que
somente o destinatário possa entendê-la.
Para que isso aconteça, a mensagem é embaralhada de certa maneira, usando alguma técnica
combinada entre o emissor e o receptor, de forma que o segundo, e apenas ele, saiba arrumar,
retornar ao texto original e à mensagem que o primeiro embaralhou.
Assim, a interceptação da mensagem em trânsito não permite, em princípio, que seu
conteúdo seja revelado.
Dicas de proteção
Muita gente pensa que basta ter um antivírus no computador e estará livre de malwares. De
fato, esse tipo de software tem um papel importante, mas nem mesmo a melhor solução
consegue ser 100% eficiente. A arma mais poderosa, portanto, é a prevenção. Eis algumas
dicas simples, mas essenciais para isso:
- Aplique as atualizações do sistema operacional e sempre use versões mais recentes dos
programas instalados nele;
- Tome cuidado com anexos e link em e-mails, mesmo quando a mensagem vier de pessoas
conhecidas;
- O mesmo cuidado deve ser dado a redes sociais (Facebook, orkut, Twitter, etc) e a serviços
como o Windows Live Messenger;

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- Antes de baixar programas desconhecidos, busque mais informações sobre ele em


mecanismos de buscas ou em sites especializados em downloads;
- Tome cuidado com os sites que visita. É muito comum, por exemplo, a propagação de
malwares em páginas de conteúdo adulto;
- Ao instalar um antivírus, certifique-se de que este é atualizado regularmente, do contrário,
o programa não será capaz de identificar novos vírus ou variações de pragas já existentes;
- Faça uma varredura com o antivírus periodicamente no
computador todo. Também utilize o programa para verificar arquivos baixados pela internet;
- Vírus também podem ser espalhar por cartões SD, pendrives e aparelhos semelhantes,
portanto, sempre verifique o conteúdo dos dispositivos removíveis e, se possível, não utilize-
os em computadores públicos (faculdade, escola, lan house, etc).
Vírus e afins não podem danificar o hardware do computador. Malwares são softwares,
portanto, não podem queimar ou fazer com que um componente exploda, por exemplo.
O que pode acontecer é de uma praga conseguir danificar o firmware de algum dispositivo,
isto é, o software que o faz funcionar. Mas esse é um procedimento bastante complexo e,
consequentemente, muito difícil de ocorrer.
É importante esclarecer também que o simples ato de baixar um vírus não contamina
imediatamente o computador. É necessário que alguma ação - um clique do usuário, por
exemplo - o faça entrar em ação.

Questões

01. (TER/AP - Técnico Judiciário - FCC). Um usuário de computador observou que, ao conectar
um pendrive no computador, os arquivos do pendrive foram transformados em atalhos, não
conseguindo acessar os arquivos originalmente armazenados. Esse sintoma é característico
de um malware do tipo:
(A) Spyware.
(B) Keylogger.
(C) Worm.
(D) Vírus.
(E) Adware.

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02. (TRE/SE - Técnico Judiciário - FCC). Existe uma série de recomendações para fazer uso
seguro do webmail, como a criação de uma senha de acesso adequada, a não abertura de links
suspeitos e a utilização de conexões de acesso ao webmail seguras. Uma conexão é
considerada segura se o endereço da página do provedor de webmail, utilizada no acesso ao
e-mail, for iniciada por
(A) HTTPS.
(B) TCPS.
(C) FTPS.
(D) SNMP.
(E) HTTP.

03. (Banco do Brasil - Escriturário - CESGRANRIO). Os escriturários de uma agência foram


chamados para uma reunião com um profissional da área de segurança da informação de um
banco. O objetivo dessa reunião era informá-los de que houve uma falha nos procedimentos
de segurança da rede de computadores da agência, o que permitiu a propagação de um
programa malicioso bastante perigoso.
Durante a reunião, o profissional de segurança disse que o programa em questão permite
monitorar a movimentação do mouse por sobre a tela de uma aplicação bancária, com o
objetivo de descobrir a senha digitada por um usuário que esteja usando um teclado virtual.
Ele completou sua explanação dizendo que esse tipo de código malicioso é chamado de
(A) vírus
(B) trojan clicker
(C) spyware
(D) botnet
(E) trojan backdoor

04. (COBRA Tecnologia S/A (BB) - Técnico de Operações - QUADRIX). Em um sistema


operacional para desktop com acesso à internet, instalado em um microcomputador, ocorrem
diversas vulnerabilidades e falhas de segurança conhecidas. Seus fornecedores, distribuidores
ou a comunidade de técnica indicam, por diversos motivos, quais procedimentos devem ser
executados para elevar a segurança ou a correção de problemas. Qual, das alternativas a
seguir, auxilia um usuário padrão a se proteger de vírus e programas maliciosos?

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(A) Codec de vídeo.


(B) Backup.
(C) PROXY
(D) Wi-Fi.
(E) Antivírus.

05. (TER/MA - Técnico Judiciário - IESES). Alcebíades queria instalar um software em seu
computador rapidamente para modificar umas fotos. Procurou na internet e achou um
software freeware. Baixou e instalou, sem perceber que alguns softwares adicionais foram
instalados também. Como a prioridade era a rapidez e não a segurança, ele pagou o preço.
Sua página inicial do browser foi alterada, sua página de procura principal e
redirecionamentos de páginas. Qual destas pragas virtuais Alcebiades instalou?
(A) Browser Hijacker.
(B) Trojans.
(C) Spyware.
(D) Worms.

Gabarito
01. D\02. A\03. C\04. E\05. A

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Microinformática – conceitos de hardware e software. Componentes e Funções.


Dispositivos de entrada e saída de dados. Dispositivos de armazenamento. Mídias e
conectores. Operação de microcomputadores e notebooks

Muitos usuários fazem um pouco de confusão quando o assunto é Hardware ou Software. Isso
é bem comum, afinal os nomes são parecidos e estrangeiros. No entanto, cada um tem uma
funcionalidade bem diferente mas um completa o outro, a seu modo. Para entender melhor,
descubra afinal para o que servem os Hardwares e Softwares, além de ver como eles estão
presentes no dia a dia das pessoas.

Para começar, quase toda máquina contém um conjunto de Hardware e Software. O hardware
é a parte física integrada por placas de vídeo, memórias, processadores, chips e tudo mais que
o usuário pode tocar. Podemos chamar de corpo da máquina, e é aplicada tanto para
computadores, notebooks, celulares, câmeras, robôs e mais.

Placa-mãe Intel LGA é exemplo de peça de hardware (Foto: Divulgação/Intel) — Foto:


TechTudo

Já o software pode ser entendido como a “mente” que comanda a máquina, composta por
elementos que não são palpáveis. Ele é formulado por meio de códigos e combinações para
funcionar da maneira ideal. Então, os sistemas operacionais, como Windows, Mac OS,
Android, iOS são softwares, cada um formulado à sua maneira.

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O Windows e seus drivers são exemplos de Softwares (Foto: Reprodução/Microsoft) — Foto: TechTudo

Para simplificar, vamos usar como exemplo um computador de mesa com sistema da
Microsoft. A parte física composta pelo CPU, placa de vídeo, memória RAM, placa-mãe, drive
de armazenamento e todos os demais aparatos palpáveis integram o hardware deste PC. O
software é ativado no momento em que você liga a máquina, sendo instalado no drive de
armazenamento interno. Logo, o software é o Windows, composto por códigos.

Os sistemas operacionais são softwares de base que funcionam em conjunto com outros
softwares chamados de drivers, que são responsáveis pelo funcionamento de cada parte do
computador. Logo, existe um software específico para enviar comandos capazes de fazer com
que a placa de vídeo funcione de forma correta, por exemplo. Assim, o software é a “mente”
que dá o comando para a máquina funcionar, por isso, um precisa do outro para oferecer um
serviço completo para o usuário. Se trata, por fim, de um conjunto de instruções, códigos e
dados que são processado pelos circuitos eletrônicos do hardware.

Dentro dos Hardwares existem equipamentos com diferentes tipos de uso. Há quem prefira
uma placa-mãe com melhor desempenho, memórias maiores, placa de vídeo mais potentes
para quem gosta de videogames e mais. O mesmo ocorre com os Softwares, com as mais
diferentes configurações para os gostos dos usuários. Os teclados e mouses também são
considerados Hardwares e equipamentos periféricos de entrada.

A maior parte dos equipamentos eletrônicos digitais precisa de hardwares e softwares


básicos para funcionar, e eles normalmente já vêm de fábrica. Então, eles estão presentes em
diferentes dispositivos do dia a dia, como celulares, computadores, relógios inteligentes,
câmeras digitais, e até Smart TVs. Depois, os usuários podem incrementar e alterar os
softwares, dependendo do dispositivo, baixando novos programas pelo computador e mais.
O mesmo pode ser feito com o hardware, caso tenha o conhecimento mais específico, para
aumentar a capacidade da memória RAM, armazenamento interno, dentre outras funções. O
conjunto de hardware e software geram diferentes produtos, cada um com funcionamento
particular, como MACs, PCs, Workstations e mais.

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Mac, PC, Workstation e mais usam em conjunto hardwares e softwares (Foto: Reprodução/TechTudo) — Foto:
TechTudo

Muitos dos problemas em computadores podem ser indicados pelo mal funcionamento de
um software, em caso de travamentos por exemplo, ou de uma das peças do hardware. É
possível retirar um software de funcionamento por meio da desinstalação, na qual os dados
dele são apagados. No caso do sistema operacional, é possível também fazer uma recuperação
de dados. Para isso, precisa apenas de alguns comandos, cliques e ponto. Tudo está feito. Já
para trocar ou retirar um hardware do computador, por exemplo, o usuário precisa colocar a
mão na massa, desplugar os cabos, retirar a peça física e fazer a substituição.

O COMPUTADOR
Existem diversos tipos de computadores: Desktop (ou computadores de mesa) - é o tipo mais
popular para uso individual em casa ou na empresa, bem como para acesso à Internet.
Conhecido por PC (Personal Computer, computador pessoal, em inglês);

Notebooks - são os computadores portáteis, muitas vezes tão poderosos quanto os de mesa.
O custo destes computadores também é mais elevado. Indicados para profissionais que viajam

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ou que precisam transportar os equipamentos de um lugar para outro, para apresentações,


palestras, aulas etc.;

Assistentes digitais pessoais PDAs (Personal Digital Assistants) - também são denominados
computadores handheld (os conhecidos palmtops, computadores de mão). A maioria inclui
um software embutido para compromissos, agendamento e correio eletrônico. Os
computadores com interface de caneta aceitam a entrada manuscrita.

Supercomputadores são computadores ultrarrápidos, desenvolvidos para processar


quantidades enormes de dados científicos. Por exemplo: um supercomputador IBM,
desenvolvido para o Departamento de Energia dos EUA, pode executar 3 trilhões de instruções
de programa por segundo e equipado com 2,5 terabytes de memória. Seu preço é de US$ 95
milhões.

Mainframes são os chamados computadores de grande porte. Embora ainda em uso


atualmente, perderam grande parte de seu mercado para os PCs.

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O computador possui duas partes distintas, chamadas de hardware e software, o que o torna
bem diferente de outras máquinas. Hardware representa a parte física do computador e
software a parte lógica, ou seja, os programas do computador.

Hardware

Hardware é a parte física de um computador, é formado pelos componentes eletrônicos,


como por exemplo, circuitos de fios e luz, placas, utensílios, correntes, e qualquer outro
material em estado físico, que seja necessário para fazer com o que computador funcione.
Um computador é composto por diversos dispositivos, então podemos dividi-los em
periféricos, processamento, armazenamento e memória.
UNIDADE CENTRAL DE PROCESSAMENTO (CPU)

unidade central de processamento (CPU) ou processador central é a parte do computador


que recupera e executa instruções para os processos. Pense na CPU como o centro de controle
de um computador que processa instruções complicadas quando os usuários navegam na
Internet, enviam e-mails ou assistem a vídeos. A CPU garante que o sistema do computador
funcione corretamente. Há vários tipos de CPU, por exemplo, CPU com um núcleo, CPU com
dois núcleos, CPU com quatro núcleos e processador com oito núcleos. Todos os tipos
funcionam da seguinte forma: a CPU executa cálculos, faz comparações e diz ao computador
o que fazer.

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Unidade de Aritmética e Lógica – ULA


A unidade lógica e aritmética (ULA), em inglês Arithmetic Logic Unit (ALU), é um circuito
digital que realiza operações de adição e booleana AND. A ULA é uma peça fundamental
da unidade central de processamento (UCP), e até dos mais simples microprocessadores. É na
verdade, uma "grande calculadora eletrônica" do tipo desenvolvido durante a II Guerra
Mundial, e sua tecnologia já estava disponível quando os primeiros computadores modernos
foram construídos.
O matemático John von Neumann propôs o conceito de ULA em 1945, quando escreveu um
relatório sobre os fundamentos para um novo computador chamado EDVAC. Pesquisas sobre
ULAs ainda são uma parte importante da ciência da computação
A tecnologia utilizada foi inicialmente relés, herança da telefonia, e posteriormente válvulas,
herança da radiofonia. Com o aparecimento dos transistores, e depois dos circuitos
integrados, os circuitos da unidade aritmética e lógica passaram a ser implementados com a
tecnologia de semicondutores.
A ULA executa as principais operações lógicas e aritméticas do computador. Ela soma, subtrai,
divide, determina se um número é positivo ou negativo ou se é zero. Além de executar funções
aritméticas, uma ULA deve ser capaz de determinar se uma quantidade é menor ou maior que
outra e quando quantidades são iguais. A ULA pode executar funções lógicas com letras e com
números.
Registradores

O registrador ou registo de uma CPU (unidade central de processamento) é a memória


dentro da própria CPU que armazena n bits. Os registradores estão no topo da hierarquia de
memória, sendo assim, é um tipo de memória mais rápida e financeiramente mais custosa.
Apesar do alto custo por bit armazenado, sua velocidade de acesso é essencial para o

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funcionamento dos computadores modernos e, portanto, são incluídos, ainda que em menor
capacidade, mesmo em processadores de baixo custo.
Lembrando que os registradores são circuitos digitais capazes de armazenar e deslocar
informações binárias, e são tipicamente usados como um dispositivo de armazenamento
temporário.
São utilizados na execução de programas de computadores, disponibilizando um local para
armazenar dados. Na maioria dos computadores modernos, quando da execução das
instruções de um programa, os dados são deslocados da memória principal para todos os
registradores. Então, as instruções que utilizam estes dados são executadas pelo processador
e, finalmente, os dados são movidos de volta para a memória principal.
Unidade de Controle

Unidade de controle, do inglês control unit , é um componente da CPU que direciona a


operação do processador. Uma UC tipicamente usa um decodificador binário para converter
instruções codificadas para sinais de controle temporizados que orquestram a operação de
outras unidades (memória, unidade lógico-aritmética, periféricos, etc). Sem a UC, o
computador seria uma máquina de função única, não sendo possível o processador funcionar
com propósito geral.
A maior parte dos recursos de um computador são administrados pela UC. Ela direciona o
fluxo de dados entre a CPU e os outros componentes do computador. John von
Neumann incluiu a UC como parte da arquitetura de von Neumann. Em designs modernos de
computador, a unidade de controle é tipicamente uma parte interna da CPU, com a sua função
e operações intocadas desde a sua introdução.

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Periféricos
Um dispositivo periférico ou, simplesmente, periférico é "um dispositivo auxiliar usado para
enviar ou receber informações do computador". Na computação, o termo "periférico" aplica-
se a qualquer equipamento ou acessório que seja ligado à CPU (unidade central de
processamento), ou, em um sentido mais amplo, ao computador.
Existem três categorias de dispositivos periféricos, com base no seu relacionamento com o
computador:
um dispositivo de entrada envia dados ou instruções para o computador, como mouse,
teclado, mesa digitalizadora, scanner de imagem, leitor de código de barras, controlador de
jogo, caneta leve, pistola leve, microfone, câmera digital, webcam, dance pad e memória de
somente leitura;
um dispositivo de saída fornece dados de saída do computador, como um monitor, projetor,
impressora, fones de ouvido e alto-falante do computador;
um dispositivo de entrada/saída executa funções de entrada e saída, como um dispositivo de
armazenamento de dados do computador (incluindo uma unidade de disco, unidade flash
USB, cartão de memória e unidade de fita).
Muitos dispositivos eletrônicos modernos, como relógios digitais que suportam Internet,
smartphones e tablets, possuem interfaces que os permitem ser usados como periféricos de
computadores.
Periféricos de Entrada:

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Periféricos de Saída:

Periféricos de entrada e saída:

A CPU (Unidade Central de Processamento) é o componente que realmente processa os


dados e também é o elemento fundamental para determinar o desempenho e a velocidade
do computador.

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Atualmente, nos computadores de uso pessoal, a CPU compreende um único circuito


eletrônico, extremamente complexo, que está no chip de silício.
Todo computador é composto por dois tipos de memórias: a Memória RAM e a Memória
ROM. Na Memória RAM (Random Access Memory/Memória de Acesso Aleatório) são
gravados dados e programas durante o processamento. A RAM possui o inconveniente de ser
volátil, isto é, se faltar energia elétrica, todos os dados armazenados são perdidos.
A Memória ROM (Read Only Memory/Memória Somente de Leitura) é uma memória pré-
gravada de fábrica, não permitindo gravação de dados adicionais. Esta memória contém as
rotinas básicas para o início do funcionamento do computador, uma vez que, ao ligar o
computador, a memória RAM está vazia.
Armazenamento é o nome dado aos dispositivos que têm a capacidade de guardar os dados
para que possam ser visualizados mais tarde. Podemos classificá-los em
✓ dispositivos de armazenamento local como HD (Hard Disk/Disco Rígido);
✓ dispositivos de armazenamento removível como CD, DVD, chips (presentes em máquina
digital, pen drive, MP3).
Atualmente, é possível armazenar dados em nuvem ou cloud storage, que são modelos de
concentração de dados físicos e armazenados on-line em pools virtualizados e especializados
em armazenamento (estoque) de dados físicos.

Barramentos: ISA, AGP, PCI, PCI-X, AMR e outros.

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Barramentos (em inglês, bus) são padrões de comunicação utilizados em computadores para
interconexão de dispositivos de variados tipos. Neste texto, você conhecerá características
dos barramentos "clássicos" dos PCs, como ISA, AGP, PCI, PCI Express e AMR. Note que a
maioria desses padrões já não é utilizada em computadores novos, mesmo assim, conhecê-
los é válido.
Antes de começarmos, é importante você saber que, no decorrer do texto, o Infowester
utilizará com frequência a palavra slot. Esse termo faz referência aos encaixes físicos de cada
barramento para a conexão de dispositivos (placas de vídeo ou placas de rede, por exemplo).
De modo geral, cada barramento possui um tipo diferente de slot.
- Barramento ISA (Industry Standard Architecture)
- Barramento PCI (Peripheral Component Interconnect)
- Barramento PCI-X (Peripheral Component Interconnect Extended)
- Barramento AGP (Accelerated Graphics Port)
- Tecnologia PCI Express
- Barramentos AMR, CNR e ACR
- VESA (VESA Loca Bus)
- MCA (Micro Channel Architecture)
- EISA (Extended Industry Standard Architecture)
Barramento ISA (Industry Standard Architecture)
O barramento ISA é um padrão não mais utilizado, sendo encontrado apenas em
computadores antigos. Seu aparecimento se deu na época do IBM PC. A sua primeira versão
trabalhava com transferência de 8 bits por vez e clock de 8,33 MHz (na verdade, antes do
surgimento do IBM PC-XT, essa valor era de 4,77 MHz).
Na época do surgimento do processador 286 (ou Intel 80286), o barramento ISA ganhou uma
versão capaz de trabalhar com 16 bits. Dispositivos anteriores que trabalhavam com 8 bits
funcionavam normalmente em slots com padrão de 16 bits, mas o contrário não era possível:
dispositivos ISA de 16 bits não trabalhavam com slots de 8 bits, mesmo porque os encaixes
ISA de 16 bits tinham uma extensão que os tornavam maiores que os de 8 bits, observe:

Slots ISA

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Repare na imagem que o slot contém uma divisão. As placas de 8 bits utilizavam somente a
parte maior. Como você já deve ter imaginado, as placas de 16 bits usavam ambas as partes.
Por conta disso, as placas-mãe da época passaram a contar apenas com slots ISA de 16 bits.
Curiosamente, alguns modelos foram lançados tendo tanto slots de 8 bits quanto de 16 bits.
Se você está acostumado com slots recentes, certamente percebeu o quão grandes são os
encaixes ISA. O de 16 bits, por exemplo, conta com 98 terminais. Por aí já dá para notar que
as placas de expansão da época (isto é, placas de vídeo, placas de som, modems, etc.) eram
igualmente grandes. Apesar disso, não era difícil encontrar placas que não utilizavam todos os
contatos dos slots ISA, deixando um espaço sobrando no encaixe.
Com o avanço da tecnologia, o padrão ISA foi aos poucos perdendo espaço. A versão de 16
bits era capaz de proporcionar transferência de dados na casa dos 8 MB/s (megabytes por
segundo), mas dificilmente esse valor era alcançado, ficando em torno dos 5 MB/s.
Como essa taxa de transferência era suficiente para determinados dispositivos (placas de
modem, por exemplo), por algum tempo, foi possível encontrar placas-mãe que contavam
tanto com slots ISA quanto com slots PCI (o padrão sucessor).
Barramento PCI (Peripheral Component Interconnect)
O barramento PCI surgiu no início de 1990 pelas mãos da Intel. Suas principais características
eram a capacidade de transferir dados a 32 bits e clock de 33 MHz, especificações que
tornaram o padrão capaz de transmitir dados a uma taxa de até 132 MB/s. Os slots PCI eram
menores que os slots ISA, assim como os seus dispositivos, obviamente.
Mas, houve outra característica que tornou o padrão PCI atraente: o recurso Bus Mastering.
Em poucas palavras, tratava-se de um sistema que permitia a dispositivos que faziam uso do
barramento ler e gravar dados direto na memória RAM, sem que o processador tivesse que
"parar" e interferir para tornar isso possível. Note que esse recurso não era exclusivo do
barramento PCI.

Slots PCI

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Outra característica marcante do PCI foi a sua compatibilidade com o recurso Plug and
Play (PnP), algo como "plugar e usar". Com essa funcionalidade, o computador é capaz de
reconhecer automaticamente os dispositivos que são conectados ao slot PCI.
Atualmente, essa capacidade é trivial nos computadores, isto é, basta conectar o dispositivo,
ligar o computador e esperar o sistema operacional avisar sobre o reconhecimento de um
novo item para que você possa instalar os drivers adequados — isso se o sistema operacional
não instalá-lo sozinho.
Antigamente, os computadores não trabalhavam dessa maneira, razão pela qual o surgimento
do Plug and Play foi considerada uma grande evolução. Além de ser utilizada em barramentos
atuais, essa funcionalidade chegou a ser implementada em padrões mais antigos, inclusive no
ISA.
O barramento PCI também passou por evoluções: uma versão que trabalhava com 64 bits e
66 MHz foi lançada, tendo também uma extensão em seu slot. Sua taxa máxima de
transferência de dados era estimada em 512 MB/s.
Apesar disso, o padrão PCI de 64 bits nunca chegou a ser popular. Um dos motivos para isso
era o fato de essa especificação gerar mais custos para os fabricantes. Além disso, a maioria
dos dispositivos da época de auge do PCI não necessitava de taxas elevadas de transferência
de dados.
Barramento PCI-X (Peripheral Component Interconnect Extended)
Muita gente confundia (ou, talvez, ainda confunda) o barramento PCI-X com o padrão PCI
Express (mostrado mais abaixo), mas ambos são diferentes. O PCI-X nada mais foi do que uma
evolução do PCI de 64 bits, sendo compatível com as especificações anteriores, portanto.
Apresentada em 1998, a versão PCI-X 1.0 era capaz de operar nas frequências de 66 MHz, 100
MHz e 133 MHz. Neste última, o padrão podia atingir taxa de transferência de dados de até
1.064 MB/s.
O PCI-X 2.0, por sua vez, podia trabalhar também com as frequências de 266 MHz e 533 MHz.
Com elas, as taxas de transferência podiam chegar a 2.132 MB/s e 4.266 MB/s,
respectivamente.
Apesar de ter proporcionado taxas consideráveis, o PCI-X não durou muito: o padrão foi
substituído pelo PCI Express.

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Slot PCI-X
Barramento AGP (Accelerated Graphics Port)
Se antes os computadores se limitavam a exibir caracteres em telas escuras, hoje, eles são
capazes de exibir e criar imagens em altíssima qualidade. Mas, isso tem um preço: quanto
mais evoluída é uma aplicação gráfica, em geral, mais dados ela consome.
Para lidar com o volume crescente de dados gerados pelos chips gráficos (GPU), a Intel
anunciou em meados de 1996 o padrão AGP, cujo slot funcionava exclusivamente com placas
de vídeo.
A primeira versão do AGP, chamada de AGP 1.0, trabalhava a 32 bits e tinha clock de 66 MHz,
o que equivale a uma taxa de transferência de dados de até 266 MB/s, mas, na verdade,
conseguia chegar a 532 MB/s. Explica-se: o AGP 1.0 podia funcionar no modo x1 ou x2. Com
x1, um dado por pulso de clock era transferido; com x2, eram dois dados por pulso de clock.
Em meados de 1998, a Intel lançou o AGP 2.0, cujo diferencial estava na possibilidade de o
padrão trabalhar com o novo modo de operação x4, resultando em uma taxa de de
transferência de até 1.064 MB/s. Além disso, a alimentação elétrica era de 1,5 V — o AGP 1.0
funcionava com 3,3 V.
Algum tempo depois surgiu o AGP 3.0, que contava com a capacidade de trabalhar com
alimentação elétrica de 0,8 V e modo de operação x8, correspondendo a uma taxa de
transferência de até 2.133 MB/s.
Além da alta taxa de transferência de dados, o padrão AGP oferecia outras vantagens. Uma
delas era a capacidade de operar em sua máxima capacidade, pois não havia outro dispositivo
no barramento que podia, de algum modo, interferir na comunicação entre a placa de vídeo
e o processador (lembre-se: o AGP era compatível apenas com placas de vídeo).
O AGP também permitia que a placa de vídeo fizesse uso de parte da memória RAM do
computador como um incremento de sua própria memória, um recurso chamado Direct
Memory Execute.

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Slot AGP 8x (3.0)


Quanto ao slot, o AGP era ligeiramente menor que um encaixe PCI. No entanto, como havia
várias versões do AGP, os slots também podiam variar em tamanho (o que resultava em certa
confusão).
Essas diferenças ocorriam principalmente por causa dos requisitos de alimentação elétrica
existentes entre os dispositivos que utilizavam cada versão. Houve, por exemplo, um slot que
funcionava com o AGP 1.0, outro que funcionava com o AGP 2.0, um terceiro que trabalhava
com todas as versões (slot universal) e assim por diante.
A ilustração abaixo mostra todos os tipos de conectores:

As variações do AGP. Ilustração por Wikipedia.


Como você deve ter reparado na imagem acima, o mercado também conheceu versões
especiais do AGP chamadas AGP Pro, direcionadas a placas de vídeo que consumiam grande
quantidade de energia.

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A despeito de suas vantagens, o padrão AGP acabou perdendo espaço e foi substituído pelo
PCI Express. Vamos a ele, então.
Tecnologia PCI Express
O padrão PCI Express (ou PCIe ou, ainda, PCI-EX) foi concebido pela Intel em 2002 / 2003 e se
destaca por substituir, ao mesmo tempo, os barramentos PCI e AGP. Ao contrário das demais,
o PCIe é usado até hoje.
Isso é possível porque o PCI Express está disponível em vários segmentos: x1, x4, x8 e x16.
Cada 'x' indica uma via de transmissão, portanto, quanto maior esse número, maior é a taxa
de transferência de dados. Como mostra a imagem abaixo, esse divisão também reflete no
tamanho dos slots PCI Express:

Slots PCIe x1 (menor) e x16 (maior)


Para você ter ideia, o PCIe x1 trabalha com até 250 MB/s, enquanto o PCI Express x16 pode
atingir 4.000 MB/s. Mas isso na versão 1.0 da tecnologia. O PCI Express recebe atualizações
periodicamente e, em cada nova versão, dobra a largura de banda em relação à geração
anterior.
Conheça todas as versões do PCI Express aqui. Você também pode conhecer as diferenças
entre o PCIe 4.0 e o PCIe 5.0, as versões mais recentes.
Barramentos AMR, CNR e ACR
Os padrões AMR (Audio Modem Riser), CNR (Communications and Network Riser) e ACR
(Advanced Communications Riser) eram diferentes entre si, mas compartilhavam da ideia de
permitir a conexão à placa-mãe de dispositivos Host Signal Processing (HSP), isto é,
componentes cujo controle era feito pelo processador do computador.
Para isso, o chipset da placa-mãe precisava ser compatível. Em geral, esses slots eram usados
por dispositivos que exigiam pouco processamento, como placas de som, placas de rede ou
modems.
O slot AMR foi desenvolvido para ser usado especialmente para funções de modem e áudio.
Seu projeto foi liderado pela Intel. Para ser usado, o chipset da placa-mãe precisava contar

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com os circuitos AC'97 e MC'97 (áudio e modem, respectivamente). Se comparado aos


padrões vistos até agora, o slot AMR era muito pequeno:

Slot AMR
O padrão CNR, por sua vez, surgiu praticamente como um substituto do AMR e também teve
a Intel como principal nome no seu desenvolvimento. Ambos eram, na verdade, muito
parecidos, inclusive nos slots. O principal diferencial do CNR era o suporte a recursos de rede,
além dos de áudio e modem.
Em relação ao ACR, este era um padrão cujo desenvolvimento teve como principal nome
a AMD. Seu foco principal eram as comunicações de rede e USB. Esse tipo foi, por algum
tempo, muito encontrado em placas-mãe da Asus e seu slot era extremamente parecido com
um encaixe PCI, com a diferença de ser posicionado de forma contrária na placa-mãe — era
uma espécie de "PCI invertido".
Barramentos VESA, MCA e EISA
As tecnologias mencionadas neste texto foram (e são, no caso do PCI Express) bastante usadas
pela indústria, mas houve vários padrões que, por razões diversas, tiveram aceitação mais
limitada no mercado. São os casos dos barramentos VESA, MCA e EISA:
VESA (VESA Loca Bus)
Também chamado de VLB (VESA Local Bus), esse padrão foi estabelecido pela Video
Electronics Standards Association (daí a sigla VESA) e funcionava, fisicamente, como uma
extensão do padrão ISA (havia um encaixe adicional após o slot ISA nas placas-mãe
compatíveis com o padrão).
O VESA / VLB podia trabalhar a 32 bits e com a frequência do barramento externo do
processador (na época, o padrão era de 33 MHz), o que fazia a sua taxa de transferência de
dados alcançar até 132 MB por segundo. Apesar disso, a tecnologia não durou muito tempo,
uma consequência da chegada do barramento PCI.
MCA (Micro Channel Architecture)

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Sigla para Micro Channel Architecture, o MCA foi idealizado pela IBM para ser o substituto do
padrão ISA. Essa tecnologia trabalhava com 32 bits e frequência de 10 MHz, e era compatível
com recursos como Plug and Play e Bus Mastering.
Um dos empecilhos que contribuiu para a não popularização do MCA foi o fato de este ter
sido um barramento proprietário, isto é, pertencente à IBM. Por conta disso, empresas
interessadas na tecnologia tinham que pagar royalties para inserí-la em seus produtos, ideia
essa que, sem nenhuma surpresa, não foi bem recebida.
EISA (Extended Industry Standard Architecture)
A sigla significa Extended Industry Standard Architecture. O EISA era, conforme o nome indica,
um barramento compatível com a tecnologia ISA. Por conta disso, podia operar a 32 bits, mas
mantinha a sua frequência em 8,33 MHz (a mesma do ISA).
Seu slot era praticamente idêntico ao do padrão ISA, no entanto, era mais alto, já que utilizava
duas linhas de contatos: a primeira era destinada aos dispositivos ISA, enquanto que a
segunda servia a dispositivos de 32 bits.

Software

O software é um conjunto de programas, procedimentos e documentação relacionados a um


sistema de computador. Veja como os softwares podem ser classificados.
Software Básico ou Sistema Operacional é o software utilizado como intermediário entre o
hardware do computador e os outros tipos de software. Um computador não funciona sem
um Sistema Operacional, que normalmente é armazenado no disco rígido do computador.
Quando você liga um computador, os programas essenciais do Sistema Operacional são
copiados para a memória principal, onde permanecem enquanto ele estiver ligado. O Sistema
Operacional trabalha estritamente sobre o hardware e com os demais softwares, devendo
todos funcionar de maneira harmoniosa.
CURIOSIDADE
LEI N° 9.609, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998 Art.1° Programa de computador é a expressão de
um conjunto organizado de instruções em linguagem natural ou codificada, contida em
suporte físico de qualquer natureza, de emprego necessário em máquinas automáticas de
tratamento da informação, dispositivos, instrumentos ou equipamentos periféricos, baseados
em técnica digital ou analógica, para fazê-los funcionar de modo e para fins determinados.
Exemplos de Sistema Operacional: Microsoft Windows, Mac OS X e Linux.
Software aplicativo é o termo que se refere, geralmente, a todos os programas destinados ao
uso direto na solução dos problemas relacionados com o usuário. Pode-se classificar o
software aplicativo em aplicativos de uso geral (aplicativos horizontais) e aplicativos
específicos (aplicativos verticais). Exemplos de software aplicativo: Microsoft Word, Microsoft

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Excel, Open Office, Jogos, Photoshop, CorelDraw, Antivírus, Windows Media Player, Flash,
Mozilla Firefox, Internet Explorer.
Softwares livres X softwares proprietários
Software livres possuem programas-fontes abertos, como, por exemplo, o Linux. As empresas
que os desenvolveram ganham com a venda de serviços, manuais, assistência, contratos para
extensão e a adaptação das capacidades destes produtos.
Já os softwares proprietários têm seus programas-fontes reservados e as empresas que os
criaram investem pesadamente para atualizá-los. Sua comercialização está baseada em
licenças de uso (BORGES, 2001).
Aplicativos do tipo software livre são chamados de FREEWARE, pois têm cessão livre dos
direitos autorais. A condição é que você não os revenderá para obter lucro. Aplicativos de
software proprietários são chamados de SHAREWARE, pois têm direitos autorais protegidos,
mas que podem ser utilizados por um período específico para avaliação. Você os experimenta
antes da decisão de compra efetiva. Para continuar a utilizar o programa após o período de
teste é necessário pagar a taxa de registro, caso contrário estará transgredindo a lei de direitos
autorais.
Administração Digital
A Administração Digital valoriza a informalidade e as informações on-line, disponibilizando-as
a quem precisa, melhorando a interatividade nas comunicações. Busca a desburocratização e
exige certa infraestrutura de hardware, software e rede para atingir uma boa integração. Ela
vai além da automação de escritórios.
A automação propriamente dita preocupa-se em trazer dados e informações atualizadas, para
que se trabalhe de forma digital e on-line (em grupos de trabalho). Já a Administração Digital
trata as informações como um todo, incluindo seus aspectos estratégicos, de interação com o
mercado e de inteligência empresarial.
Mundo de bits e bytes

Na realidade, os circuitos eletrônicos do computador entendem somente a indicação de que


existe ou não corrente elétrica no circuito. Estas duas situações são representadas por dois
valores: zero (0) e um (1). Esse sistema de dois símbolos chamado de sistema binário, de onde

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vem o termo BIT, forma abreviada de dígito binário (Binary Digit). Um bit é a menor unidade
de informação com a qual um computador pode trabalhar.
Byte é a unidade de medida da memória do computador. O acrônimo de Binary Term (termo
binário). Um byte é composto de 8 bits. A quantidade necessária de bits para representar um
caractere (letra ou número) no sistema binário. Um byte, portanto, representa apenas uma
pequeníssima quantidade de informação: a memória de um computador comporta muito
mais e para expressar essa capacidade são utilizados múltiplos do byte, da mesma forma que,
para expressar peso, por exemplo, utilizamos múltiplos da grama (quilo, tonelada etc.).

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Rede de computadores

Uma rede de computadores é um conjunto de, no mínimo, dois computadores conectados


entre si com o objetivo de compartilhar informações e também os recursos de hardware (por
exemplo, uma impressora). Os tipos de redes são LAN, MAN e WAN.

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Os principais componentes de uma rede são os meios de ligação ou mídia, dispositivos de


acesso, computadores e um sistema operacional. Estes dois últimos itens já foram abordados
anteriormente.
Redes de computadores são meios de ligação ou mídia compreendem o meio físico que
interliga os computadores e por onde trafegam os dados. São os cabos que conectam os
computadores. Os mais comuns são os cabos coaxial, cabo de par trançado e a fibra óptica.
Também existem redes que não utilizam cabeamento físico, chamadas redes sem fio, que
iremos ver em seguida.
Dispositivos de acesso são as placas de rede, em que se conectam os cabos nos computadores.
Em redes sem fio, esses dispositivos podem ser uma antena.

Tecnologia sem fio


A tecnologia sem fio (wireless) a cada dia que passa torna-se cada vez mais presente no
cotidiano das pessoas. O que, até então, eram equipamentos de elite, hoje se transformam
em ferramentas de trabalho importantes para uma população numerosa. O telefone celular,
com seus inúmeros planos de utilização (incluindo pré-pagos via cartão e pós-pagos com conta

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telefônica), é um grande exemplo de tecnologia sem fio que transformou as comunicações


com imensa aceitação e repercussão.

No futuro, acredita-se que os aparelhos sem fio serão variados, unindo diferentes dispositivos,
dependendo do perfil do seu usuário. Câmera, tocador de música, navegador de Internet,
palmtop, poderão ser encontrados em diferentes combinações, por meio de uma equação
ainda não resolvida.
Algo parecido com o computador transformar-se em um celular devido ao seu tamanho cada
vez mais compacto e à sua possibilidade de enviar voz, além de dados ou, no caminho inverso,
o celular transformar-se em um pequeno computador, pois estão cada vez mais inteligentes,
absorvendo funções variadas.

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QUESTÕES

1) (MOVENS – IMEP) A respeito do hardware de um computador pessoal, assim como seus


componentes, interfaces e funcionamento, assinale a opção INCORRETA.
a) A diferença entre a memória RAM e a ROM é que a memória RAM só permite a leitura dos
dados, enquanto a ROM permite a leitura e a escrita.
b) USB é um padrão para interconexão de periféricos externos. Ele permite a conexão de
periférico sem a necessidade de reiniciar o computador.
c) disco rígido é um dispositivo que armazena informações de forma não volátil.
d) CDROM é um tipo de mídia de armazenamento óptico, não volátil e de apenas leitura.

2) (CESGRANRIO – EPE) O computador é uma máquina capaz de realizar rapidamente o


processamento de grandes quantidades de dados. Esse processamento consiste em
operações lógicas e aritméticas sobre dados. Além dessa função, existe a função de entrada
de dados e saída de dados, cujos principais dispositivos são, respectivamente,
a) monitor e impressora.
b) mouse e teclado.
c) mouse e caixa de som.
d) teclado e monitor.
e) teclado e microfone.

3) (CESPE) O disco rígido é um dispositivo para armazenamento de dados e programas que


realiza a gravação por meio de processos ópticos.

4) (FCC – TRE/AM) Os microcomputadores e notebooks atuais normalmente utilizam


processadores de dois grandes fabricantes, da Intel e da AMD. Dentre os processadores da
Intel se encontram as famílias de produtos
a) Pentium, Celeron e Atom.
b) Pentium, Core e Athlon.

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c) Core, Athlon e Celeron.


d) Core, Sempron e Turion.
e) Athlon, Celeron e Turion

5) (FCC – SEFAZ SP) A boa refrigeração de um processador geralmente é obtida mediante


a) a execução do boot proveniente de uma unidade periférica.
b) a instalação de uma placa-mãe compacta.
c) a adequada distribuição da memória.
d) uso de um cooler.
e) aumento do clock.

6) (CESPE PC RR ) Considere a seguinte situação hipotética: Um usuário observou que


determinado computador com 64 MB de memória RAM leva mais tempo que outros
computadores para executar alguns aplicativos. Verificou também que o computador acessa
o disco rígido com mais frequência que os outros. Nessa situação, é possível que a instalação
de uma quantidade maior de memória RAM melhore o desempenho desse computador.

7) (FGV – SEFAZ/RJ) Nos dias atuais, cresce a importância dos microcomputadores como
recurso indispensável ao aumento da produtividade. Os discos rígidos mais modernos
empregam uma tecnologia com melhor desempenho e as impressoras são conectadas aos
microcomputadores por meio de um barramento que possibilita maiores taxas de
transferência. Essa tecnologia e esse barramento são conhecidos, respectivamente, pelas
siglas:
a) DDR e USB.
b) DDR e AGP.
c) SATA e AUI.
d) SATA e AGP.
e) SATA e USB.

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8) (CONSULPLAN – PREF. CAMPO VERDE MT) Com base na arquitetura de um


microcomputador, o barramento válido e exclusivo para instalação de interfaces gráficas
(placas de vídeo), é:
A) PCI
B) ISA
C) AGP
D) IDE
E) Serial

9) (CESPE SETEPS/PA) A mídia DVD permite o armazenamento de uma quantidade de


informação superior àquela que é possível armazenar em Winchester de última geração.

10)(CESPE – SEDAP/PB) respeito de informática, assinale a opção correta.


a) monitor de vídeo é responsável pelo processamento e pela exibição dos dados.
b) A capacidade máxima de armazenamento de dados de imagem de um pen drive é 2 GB.
c) As impressoras a laser são mais rápidas que as impressoras a jato de tinta, sendo indicadas
para organizações cujo volume de impressão seja elevado.
d) As memórias ROM e RAM são responsáveis, respectivamente, pela velocidade e pela
capacidade de armazenamento de dados do computador.

Gabarito:
1) A 2) D 3) E 4) A 5) D 6) C 7) E 8) C 9) E 10) C

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Sistema operacional Windows 10/11 BR - conceitos, ícones, atalhos de teclado, uso dos
recursos.

O Microsoft Windows é um sistema operacional, isto é, um conjunto de programas (software)


que permite administrar os recursos de um computador.
É importante ter em conta que os sistemas operacionais funcionam tanto nos computadores
como em outros dispositivos eletrônicos que usam microprocessadores (Smartphones,
leitores de DVD, etc.). No caso do Windows, a sua versão padrão funciona com computadores
embora também existam versões para smartphones (Windows Mobile).
A Microsoft domina comodamente o mercado dos sistemas operacionais, tendo em conta que
o Windows está instalado em mais de 90% dos computadores ligados à Internet em todo o
mundo.
Entre as suas principais aplicações (as quais podem ser desinstaladas pelos usuários ou
substituídas por outras semelhantes sem que o sistema operacional deixe de funcionar),
destacaremos o navegador Internet Explorer (a partir do Windows 10, o novíssimo Edge), o
leitor multimídia Windows Media Player, o editor de imagens Paint e o processador de texto
WordPad.
A principal novidade que o Windows trouxe desde as suas origens foi o seu atrativo visual e a
sua facilidade de utilização. Aliás, o seu nome (traduzido da língua inglesa como “janelas”)
deve-se precisamente à forma sob a qual o sistema apresenta ao usuário os recursos do seu
computador, o que facilita as tarefas diárias.
Uma janela é uma área visual contendo algum tipo de interface do usuário, exibindo a saída
do sistema ou permitindo a entrada de dados. Uma interface gráfica do usuário que use
janelas como uma de suas principais metáforas é chamada sistema de janelas, como um
gerenciador de janela.
As janelas são geralmente apresentadas como objetos bidimensionais e retangulares,
organizados em uma área de trabalho. Normalmente um programa de computador assume a
forma de uma janela para facilitar a assimilação pelo usuário. Entretanto, o programa pode
ser apresentado em mais de uma janela, ou até mesmo sem uma respectiva janela

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Sobre as diferentes versões


O Windows apresenta diversas versões através dos anos e diferentes opções para o lar,
empresa, dispositivos móveis e de acordo com a variação no processador.
Windows 10 Home
Edição do sistema operacional voltada para os consumidores domésticos que utilizam PCs
(desktop e notebook), tablets e os dispositivos “2 em 1”. O Windows 10 Home vai contar com
a maioria das funcionalidades já apresentadas: Cortana como assistente pessoal, navegador
Microsoft Edge, o recurso Continuum para os aparelhos compatíveis, Windows Hello
(reconhecimento facial, de íris e de digitais para autenticação), stream de jogos do Xbox One
e os apps universais, como Photos, Maps, Mail, Calendar, Music e Video.
Windows 10 Pro:
Assim como a Home, essa versão também é destinada para os PCs, notebooks, tablets e
dispositivos 2 em 1. A versão Pro difere-se do Home em relação à certas funcionalidades que
não estão presentes na versão mais básica. Essa é a versão recomendada para pequenas
empresas, graças aos seus recursos para segurança digital, suporte remoto, produtividade e
uso de sistemas baseados na nuvem. Disponível gratuitamente para atualização (durante o
primeiro ano de lançamento) para clientes licenciados do Windows 7 e do Windows 8.1. A
versão para varejo ainda não teve seu preço revelado.
Windows 10 Enterprise
Construído sobre o Windows 10 Pro, o Windows 10 Enterprise é voltado para o mercado
corporativo. Os alvos dessa edição são as empresas de médio e grande porte, e o SO apresenta
capacidades que focam especialmente em tecnologias desenvolvidas no campo da segurança
digital e produtividade. A proteção dos dispositivos, aplicações e informações sensíveis às
empresas é o foco dessa variante.
A edição vai estar disponível através do programa de Licenciamento por Volume, facilitando
a vida dos consumidores que têm acesso a essa ferramenta. O Windows Update for Business
também estará presente aqui, juntamente com o Long Term Servicing Branch, como uma
opção de distribuição de updates de segurança para situações e ambientes críticos.
Windows 10 Education:
Construído sobre o Windows 10 Enterprise, a versão Education é destinada a atender as
necessidades do meio educacional. Os funcionários, administradores, professores e
estudantes poderão aproveitar os recursos desse sistema operacional que terá seu método
de distribuição baseado através da versão acadêmica de licenciamento de volume.
Windows 10 Mobile

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O Windows 10 Mobile é voltado para os dispositivos de tela pequena cujo uso é centrado no
touchscreen, como smartphones e tablets. Essa edição vai contar com os mesmos apps
incluídos na versão Home, além de uma versão do Office otimizada para o toque. O Continuum
também vai marcar presença nos dispositivos que forem compatíveis com a funcionalidade.
Windows 10 Mobile Enterprise:
Projetado para smartphones e tablets do setor corporativo. Essa edição também estará
disponível através do Licenciamento por Volume, oferecendo as mesmas vantagens do
Windows 10 Mobile com funcionalidades direcionadas para o mercado corporativo.
Windows 10 IoT Core
Além dos “sabores” já mencionados, a Microsoft promete que haverá edições para
dispositivos como caixas eletrônicos, terminais de autoatendimento, máquinas de
atendimento para o varejo e robôs industriais – todas baseadas no Windows 10 Enterprise e
Windows 10 Mobile Enterprise. O Windows 10 IoT Core – que contém em seu nome a sigla
em inglês para Internet das Coisas – vai ser destinado para dispositivos pequenos e de baixo
custo.

WINDOWS 10

Windows 10 é a mais recente versão do sistema operacional da Microsoft. Multiplataforma,


o download do software pode ser instalado em PCs (via ISO ou Windows Update) e dispositivos
móveis (Windows 10 mobile) como smartphones e tablets. A versão liberada para
computadores (Windows 10 e Windows 10 Pro) une a interface clássica do Windows 7 com o
design renovado do Windows 8 e 8.1, criando um ambiente versátil capaz de se adaptar a telas
de todos os tamanhos e perfeito para uso com teclado e mouse, como o tradicional desktop.
Podemos citar, dentre outras, as seguintes novidades:
Menu Iniciar
O Windows 8 introduziu uma tela inicial que ocupava toda a área do monitor. Muitos usuários
não conseguiram se adaptar muito bem e isto fez com que a Microsoft trouxesse o menu
Iniciar de volta no Windows 10.
Nesta nova versão do menu Iniciar, os usuários podem fixar tanto os aplicativos tradicionais
como os aplicativos disponibilizados através da Windows Store.
O menu também pode ser expandido automaticamente no modo Tablet para se comportar
como a tela inicial do Windows 8 e 8.1.

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Cortana
A assistente pessoal Cortana foi introduzida pela Microsoft no Windows Phone 8.1. Com o
Windows 10, ela também estará presente nos PCs.
A Cortana permitirá que os usuários façam chamadas no Skype, verifiquem o calendário,
agendem e verifiquem compromissos agendados, definam lembretes, configurem o alarme,
tomem notas e muito mais.
Infelizmente, sua disponibilidade no lançamento do Windows 10 em 29 de julho de 2015 deve
variar dependendo da região.

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Microsoft Edge
A terceira das 10 novidades no Windows 10 listadas neste artigo é o navegador Microsoft
Edge. O navegador substituirá o Internet Explorer como o navegador padrão do Windows.
O novo navegador foi desenvolvido como um app Universal e receberá novas atualizações
através da Windows Store. Ele utiliza um novo mecanismo de renderização de páginas
conhecido também pelo nome Edge, inclui suporte para HTML5, Dolby Audio e sua interface
se ajusta melhor a diferentes tamanhos de tela.
Com ele os usuários também poderão fazer anotações em sites da Web (imagem abaixo) e até
mesmo usar a Cortana. Basicamente a ideia é permitir que a Cortana navegue na Web com
você e assim encontre informações úteis que podem te ajudar.

Por exemplo, se você visita o site de um restaurante, a Cortana encontrará informações como
horários de funcionamento, telefone, endereço e até mesmo reviews.
Você também poderá fazer perguntas para a Cortana durante a navegação.
Áreas de trabalho virtuais
O suporte para áreas de trabalho virtuais é uma das 10 novidades no Windows 10 listadas
neste artigo. Com este recurso, os usuários podem manter múltiplas áreas de trabalho com
programas específicos abertos em cada uma delas. Por exemplo, você pode deixar uma janela
do Internet Explorer visível em uma área de trabalho enquanto trabalha no Word em outra.
Vale lembrar que este recurso já foi oferecido no Windows XP através de um Power Toy
chamado Virtual Desktop Manager. Um detalhe é que este PowerToy suporta no máximo de
quatro áreas de trabalho virtuais, enquanto que no Windows 10 é possível criar muitas (20+).

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Quando o usuário usa um híbrido como o HP Pavillion x360 ou o Lenovo YOGA, por exemplo,
o Windows 10 pode ser configurado para que entre no modo Tablet automaticamente. Com
isso não é necessário perder tempo mexendo nas configurações quando for necessário usar o
híbrido como tablet ou como notebook.
O modo Continuum também estará presente no Windows 10 Mobile, a versão do novo
sistema operacional da Microsoft para smartphones e tablets pequenos.
Durante uma demonstração em abril, a Microsoft conectou um smartphone Lumia a um
monitor e a um teclado Bluetooth para usar o aparelho em um modo que oferece mais
produtividade. Com isso o smartphone basicamente se transformou em um PC com área de
trabalho e tudo.
Nova Windows Store
Além de oferecer aplicativos Universais e jogos, a nova Windows Store inclui a nova seção
Filmes & TV. A Microsoft também já confirmou que ela também oferecerá aplicativos Win32
tradicionais.
Outra novidade é a nova “Windows Store for Business”, que oferecerá aplicativos para
usuários finais e aplicativos privados voltados para ambientes corporativos e organizações.
Por exemplo, uma escola poderá definir um conjunto específico de aplicativos que serão
instalados nos computadores disponíveis para os alunos.
Central de Ações
A Central de Ações é a nova central de notificações do Windows 10. Ele funciona de forma
similar à Central de Ações do Windows Phone 8.1 e também oferece acesso rápido a recursos
como modo Tablet, Bloqueio de Rotação e VPN.

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Novos aplicativos Email e Calendário


Os novos aplicativos Email e Calendário trazem uma interface melhorada e oferecem mais
recursos do que as atuais versões para Windows 8.1.
No caso do aplicativo Email, ele conta com um editor de texto mais rico baseado no app
Universal do Word para Windows 10 e também permite que o usuário utilize um plano de
fundo personalizado para o app.

Já o app Calendário ganhou uma interface bem mais intuitiva que a da versão para Windows
8.1, permitindo que o usuário crie compromissos e alterne entre modos dia/ semana/mês
mais facilmente.

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Novo Painel de Controle moderno


A última das 10 novidades no Windows 10 listadas neste artigo é o novo Painel de Controle
moderno do sistema operacional. Ele oferece bem mais opções que a versão moderna
presente no Windows 8.1, o que é uma boa notícia para os usuários.

O Explorador de Arquivos é um recurso do Windows


que permite gerenciar arquivos e pastas. Nesse tutorial, você vai descobrir como usar esse
recurso dentro do Windows 10, a versão mais recente do sistema operacional, vendo o que

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mudou e o que permaneceu o mesmo no mais novo sistema operacional da Microsoft. File
Explorer - Explorando Arquivos no Windows 10

Comece abrindo o Explorador de Arquivos através do atalho na barra de tarefas. Ele é


sinalizado por um ícone de pastinha, próximo à ferramenta de Pesquisa do Windows 10. A
janela que vai se abrir é dividida em duas áreas. A área da esquerda permite navegar entre
várias pastas, como downloads, fotos ou músicas do seu sistema operacional. A pasta
Documentos é onde a maioria dos seus arquivos estará gravado.

Para chegar lá, clique em “Este PC” - que é o novo nome do Meu Computador. Então, uma
lista de subpastas vai se abrir. Selecione Documentos. Para selecionar qualquer pasta na área
de navegação, basta clicar uma vez. Para abrir pastas e arquivos na área principal, clique duas
vezes.

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No topo da janela do Explorador de Arquivos há vários menus e controles úteis. Os controles


avançar e voltar, representados por uma seta para a frente ou para trás, podem levá-lo de
volta para a tela anterior ou seguinte.
Próximo a eles, logo antes da barra de endereço do Explorador de Arquivos, há uma seta para
cima. Essa opção vai levá-lo um nível acima. Vamos supor que você esteja na pasta de
Trabalho, dentro da pasta Documentos. Clicar nesse botão vai levá-lo à pasta Documentos,
mesmo que não estivesse nela antes.
Nessa mesma área há um campo de busca. Digite nele para procurar arquivos em qualquer
lugar do seu computador ou dentro das pastas que você estiver explorando.

Você irá notar que alguns comandos mudam, dependendo do conteúdo da pasta. Por
exemplo, quando você abre a pasta Música, o menu se adapta para trazer as opções de

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reproduzir um arquivo ou reproduzir todos. Na barra de endereços também há atalhos para


mudar de uma pasta para outras. Na frente de cada “passo” do endereço você poderá ver
uma setinha. Clique nela para abrir um menu suspenso com outras pastas que você pode abrir
diretamente.

Você pode controlar a maneira como os ícones são exibidos na área principal do Explorador
de Arquivos. Essa opção fica no menu Exibir. As formas de visualização incluem ícones
extragrandes, grandes, médios, pequenos, lista, conteúdos e detalhes. Basta colocar o mouse
sobre cada uma para ver um preview.

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A visualização em detalhes permite enxergar facilmente diversas informações sobre os


arquivos e partas – por exemplo, data de modificação, tipo de arquivo, tamanho e outros.
Quando estiver usando a visualização em detalhes, você pode personalizar as informações
que são exibidas.
Clique com o botão direito sobre uma coluna para exibir um menu suspenso com diversas
opções de dados; para acrescentar ou retirar um, clique sobre ele. A opção “More”,no final da
lista, traz centenas de outros metadados. É claro que alguns podem não estar disponíveis,
dependendo do tipo de conteúdo.
Quando uma pasta tiver muitos arquivos, você pode organizar os dados para tornar mais fácil
localizar algum item específico. Uma maneira de fazer isso é escolhendo qual vai ser o critério
de organização; por exemplo, data de criação. Então, clique sobre o título da coluna de dados
correspondente, e todos os itens serão organizados. Ao lado do título da coluna surgirá uma
seta: se ela apontar para cima, a organização será crescente, e se apontar para baixo, será
decrescente.
Ainda no menu Exibir. você tem duas opções de pré-visualização. Elas permitem abrir uma
área na lateral direita do Explorador de Arquivos para ver prévias de arquivos antes de abri-
los. Essa opção funciona principalmente para imagens ou arquivos em PDF.
A opção Painel de Visualização permite ver apenas uma miniatura do arquivo. Enquanto isso,
a opção Painel de Detalhes inclui também muitas informações sobre os arquivos. Clique em
cima de alguns desses detalhes, como autor ou artista, para editar as informações
diretamente.

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Onde ficam os documentos?


Qualquer coisa que exista no seu computador está armazenada em algum lugar e de maneira
hierárquica. Em cima de tudo, estão os dispositivos que são, basicamente, qualquer peça física
passível de armazenar alguma coisa.
Os principais dispositivos são o disco rígido; CD; DVD; cartões de memória e pendrives. Tais
dispositivos têm uma quantidade de espaço disponível limitada, que pode ser dividida em
pedaços chamados partições. Assim, cada uma destas divisões é exibida como um a unidade
diferente no sistema. Para que a ideia fique clara, o HD é um armário e as partições são as
gavetas: não aumentam o tamanho do armário, mas permitem guardar coisas de forma
independente e/ou organizada.
Em cada unidade estão as pastas que, por sua vez, contém arquivos ou outras pastas que, por
sua vez, podem ter mais arquivos... e assim, sucessivamente. A organização de tudo isso é
assim:

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1. Dispositivos

São todos os meios físicos possíveis de gravar ou salvar dados. Existem dezenas deles e os
principais são: HD ou Disco Rígido: é o cérebro da máquina. Nele está tudo: o sistema
operacional, seus documentos, programas e etc.

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DVD: Um DVD permite que você leia o conteúdo que está gravado nele. Há programas
gravadores de DVD que permitem criar DVDs de dados ou conteúdo multimídia.
CD: Como um DVD, mas sem a possibilidade de gravar vídeos e com um espaço disponível
menor. Pendrive: São portáteis e conectados ao PC por meio de entradas USB. Têm como
vantagem principal o tamanho reduzido e, em alguns casos, a enorme capacidade de
armazenamento.
Cartões de Memória: como o próprio nome diz, são pequenos cartões em que você grava
dados e são praticamente iguais aos Pendrives. São muito usados em notebooks, câmeras
digitais, celulares, MP3 players e ebooks.
Para acessar o seu conteúdo é preciso ter um leitor instalado na máquina. Os principais são
os cartões SD, Memory Stick, CF ou XD.
HD Externo ou Portátil: são discos rígidos portáteis, que se conectam ao PC por meio de
entrada USB (geralmente) e têm uma grande capacidade de armazenamento.
Disquete: se você ainda tem um deles, parabéns! O disquete faz parte da “pré-história” no
que diz respeito a armazenamento de dados. Eram São pouco potentes e de curta
durabilidade.
2. Unidades e Partições
Para acessar tudo o que armazenado nos dispositivos acima, o Windows usa unidades que, no
computador, são identificadas por letras. Assim, o HD corresponde ao C:; o leitor de CD ou
DVD é D: e assim por diante. Tais letras podem variar de um computador para outro.
Você acessa cada uma destas unidades em “Este Computador”, como na figura abaixo:

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A conta não fecha? Aparecem mais unidades do que você realmente tem? Então,
provavelmente, o seu HD está particionado: o armário e as gavetas, lembra? Uma partição são
unidades criadas a partir de pedaços de espaço de um disco. Para que você tenha uma ideia,
o gráfico abaixo mostra a divisão de espaço entre três partições diferentes:

3. Pastas
As pastas - que, há “séculos” eram conhecidas por diretórios - não contém informação
propriamente dita e sim arquivos ou mais pastas. A função de uma pasta é organizar tudo o
que está dentro de cada unidade.

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4. Arquivos
Os arquivos são o computador. Sem mais, nem menos. Qualquer dado é salvo em seu arquivo
correspondente. Existem arquivos que são fotos, vídeos, imagens, programas, músicas e etc.
Também há arquivos que não nos dizem muito como, por exemplo, as bibliotecas DLL ou
outros arquivos, mas que são muito importantes porque fazem com que o Windows funcione.
Neste caso, são como as peças do motor de um carro: elas estão lá para que o carango
funcione bem

O conceito é fácil de entender: uma maneira rápida de abrir um arquivo, pasta ou programa.
Mas, como assim?
Um atalho não tem conteúdo algum e sua única função é “chamar o arquivo” que realmente
queremos e que está armazenado em outro lugar.
Podemos distinguir um atalho porque, além de estar na área de trabalho, seu ícone tem uma
flecha que indicativa se tratar de um “caminho mais curto”. Para que você tenha uma ideia, o
menu “Iniciar” nada mais é do que um aglomerado de atalhos.
Se você apagar um atalho, não se preocupe: o arquivo original fica intacto.
6. Bibliotecas do Windows 7
O Windows 7 trouxe um novo elemento para a lista básica de arquivos e pastas: as bibliotecas.
Elas servem apenas para colocar no mesmo lugar arquivos de várias pastas.
Por exemplo, se você tiver arquivos de músicas em “C:\ Minha Música” e “D:\MP3”, poderá
exibir todos eles na biblioteca de música

Acessórios do Windows são aplicativos

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Como pôde ver, computadores necessitam de Sistema Operacional para funcionar. Porém,
sem softwares aplicativos de nada serviriam. Se você adquirisse um computador com
Windows, mas não adquirisse nenhum software aplicativo (processador de textos, planilha
eletrônica, ....), seu computador seria totalmente inútil.
Assim, para que um consumidor não fique decepcionado ao abrir seu novo computador, a
Microsoft incluiu alguns softwares aplicativos no pacote Windows. Eles não são “o Windows”,
mas acompanham o Sistema Operacional Windows e, a esse conjunto de aplicativos, foi dado
o nome de Acessórios do Windows.
Como acessar os Acessórios do Windows
Através do botão Iniciar do Windows, clicando a sequência: Botão Iniciar > Todos os
Programas > Acessórios (versões anteriores ao Windows 10)
No Windows 10, após clicar no Botão Iniciar você localizará na ordem alfabética (veja
imagem).
O navegador Internet Explorer é um exemplo. Além dele, a Microsoft vem mantendo e
atualizando uma lista de aplicativos.

Principais Acessórios do Windows 10


Existem outros, outros poderão ser lançados e incrementados, mas os relacionados a seguir
são os mais populares:
- Assistência Rápida
- Bloco de Notas
- Calculadora

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- Ferramenta de Captura
- Internet Explorer
- Mapa de Caracteres
- Paint
- Windows Explorer
- WordPad
Vantagens dos Acessórios do Windows
Algumas pessoas desprezam esses programas por acharem que são muito simples. Na
verdade, trata-se de preconceito por falta de capacitação adequada.

• São fáceis de aprender


• Rápidos para carregar
• De boa qualidade
Tão úteis quanto a calculadora, bloco de papel, postits e outros itens que você encontra numa
mesa de escritório.
São encontrados em quaisquer computadores com Windows.
Bloco de Notas

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O Bloco de Notas é um editor de textos simples, sem formatação (significa que você não
poderá sublinhar, inserir imagens e outros recursos).
Pela simplicidade, é rápido para carregar e usar, tornando-se ideal para tomar notas ou salvar
conversas em chats, usando Ctrl+C e Ctrl+V (a maioria dos chats não disponibiliza um recurso
para salvar).
Também funciona para editar programas de computador, como códigos em HTML, ASP, PHP,
etc.

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WordPad

Diferente do Bloco de Notas, o WordPad (substituto do Write) é um editor de textos mais


sofisticado. Podemos dizer, uma “miniatura do Word”, inclusive, com muitas
compatibilidades.
É uma alternativa gratuita para criar e/ou editar documentos, como contratos, por exemplo,
mesmo que tenha sido criado originalmente no Word.
Muitos concursos e exames de progressão exigem o conhecimento do WordPad.

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Ferramenta de Captura

Para você ter uma idéia, a Ferramenta de Captura (Snipping Tool), é de uma simplicidade
incrível, mas extremamente útil.
Com a Ferramenta de Captura você copia e salva qualquer parte da sua tela, transformando
num arquivo png ou jpg, por exemplo.
Área de transferência
Área de transferência (conhecida popularmente como copiar e colar) é um recurso utilizado
por um sistema operacional para o armazenamento de pequenas quantidades de dados para
transferência entre documentos ou aplicativos, através das operações de cortar, copiar e colar
bastando apenas clicar com o botão direito do mouse e selecionar uma das opções. O uso
mais comum é como parte de uma interface gráfica, e
geralmente é implementado como blocos temporários de memória que podem ser acessados
pela maioria ou todos os programas do ambiente. Implementações antigas armazenavam
dados como texto plano, sem meta informações como tipo de fonte, estilo ou cor. As mais
recentes implementações suportam múltiplos formatos de dados, que variam entre RTF e
HTML, passando por uma variedade de formatos de imagens como bitmap e vetor até chegar
a tipos mais complexos como planilhas e registros de banco de dados.
Ctrl+C para copiar informação para a Área de Transferência
Ctrl+X para cortar informação para a Área de Transferência
Ctrl+V para colar informação da Área de Transferência

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Integração do office 2016 com Windows 10


O Office 2016 é a primeira versão do programa desde o lançamento do Windows 10, com
alguns truques incorporados a ele como o Windows Hello que é um acumulado de
identificadores biométricos que podem ou não estar presentes na máquina, como leitores
digitais e íris. O outro é o assistente digital da Microsoft (Cortana), porem ainda não está
disponível no Brasil.

O Office 2016 (que também é compatível com as versões 7 e 8 do Windows), está


completamente otimizado para extrair o máximo do Windows 10, criando uma solução ideal
de produtividade. Uma das possibilidades está com o novo recurso Windows Hello, que facilita
o processo de login no computador por meio de reconhecimento facial, da íris ou da impressão
digital. Ele pode ser usado também para acessar o Office de forma segura e simples (mas exige
uma câmera especial para isso).

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QUESTÕES DE CONCURSOS

01- Concurso: PC-PE - 2016 - Escrivão, Agente e Delegado | Prova: CESPE - 2016 - PC-PE -
Conhecimentos Gerais
Um usuário deseja criar no Windows 10 as cinco pastas e subpastas, conforme apresentado
a seguir.
C:\MeusDocumentos\Furto
C:\MeusDocumentos\BOs
C:\MeusDocumentos\BOs\Homicidios
C:\MeusDocumentos\BOs\Roubo
C:\MeusDocumentos\BOs\Furto
Considerando-se que todas as pastas sejam configuradas para guardar documentos e
possuam permissão de escrita e leitura para todos os usuários da estação de trabalho,
assinale a opção correta.

a) A quinta estrutura apresentada não poderá ser criada, se as pastas forem criadas na
ordem apresentada
b) A primeira estrutura apresentada será imune a pragas virtuais, devido ao fato de ser uma
pasta-raiz.
c) É possível criar todas as pastas e subpastas apresentadas, mas não será possível inserir
nas pastas e nas subpastas arquivos do tipo imagem.
d) É possível criar a estrutura apresentada, mas, caso não haja proteção adequada, os
arquivos inseridos em todas pastas e subpastas estarão suscetíveis a infecção por pragas
virtuais.
e) Não é possível sincronizar essas pastas por meio de cloud storage, visto que
armazenamentos na nuvem não suportam estrutura com subpastas.

02 - Concurso: INSS - 2015 | Prova: CESPE - 2016 - INSS - Analista do Seguro Social - Serviço
Social
Acerca de aplicativos para edição de textos e planilhas e do Windows 10, julgue o próximo
item.

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No explorador de arquivos do Windows 10, é possível fixar as pastas favoritas na


funcionalidade acesso rápido, que lista, além das pastas fixadas, as usadas com frequência
e também os arquivos usados recentemente.
Certo
Errado

03 - CESPE / EBSERH / 2018) Cortana é um aplicativo disponível no sistema operacional


Windows desde a versão XP e que possibilita criar o efeito de dupla exposição, unindo
vídeos ou fotos, ou esses dois elementos juntos.

04 - (CESPE / CGM – João Pessoa / 2018) O Windows 10 pode ser configurado para que, ao
se clicar o menu Iniciar, seja disponibilizada uma lista de aplicativos instalados no
computador, classificados em ordem alfabética.
05 - (CESPE / PF / 2018) Marta utiliza uma estação de trabalho que executa o sistema
operacional Windows 10 e está conectada à rede local da empresa em que ela trabalha. Ela
acessa usualmente os sítios da intranet da empresa e também sítios da Internet pública.
Após navegar por vários sítios, Marta verificou o histórico de navegação e identificou que
um dos sítios acessados com sucesso por meio do protocolo HTTP tinha o endereço
172.20.1.1.
Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o item a seguir.
O sistema operacional utilizado na estação de trabalho de Marta inclui nativamente a
plataforma Windows Defender, composta por ferramentas antivírus e de firewall pessoal,
entre outras.

06 - (CESPE / PM-AL / 2018) Julgue a afirmativa em certo ou errado:


Para liberar espaço em disco, o Windows 10 permite que arquivos temporários sejam
excluídos pelo usuário.

07 - (CESPE / TRE-PE / 2016) No sistema operacional Windows em suas versões 8 e 10, o


comando shutdown tem a função de:
a) exibir as configurações da diretiva de grupo e do conjunto de diretivas resultante.
b) instalar um conjunto limitado de componentes opcionais.

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c) conectar ou desconectar uma conexão virtual de rede privada.


d) permitir desligar ou reiniciar computadores locais ou remotos um de cada vez.
e) exibir uma lista de arquivos e subpastas de uma pasta.

08 - (CESPE / INSS / 2016) A ferramenta OneDrive do Windows 10 é destinada à navegação


em páginas web por meio de um browser interativo.

09 - (VUNESP / TJ-SP/ 2018) Um usuário de um computador com o sistema operacional


Windows 10 clicou no seguinte botão presente na Barra de Tarefas:

Esse botão permite que:


a) múltiplas áreas de trabalho possam ser criadas ou gerenciadas.
b) a lupa do Windows seja ativada para ampliar as informações exibidas na tela.
c) a tela do computador seja reproduzida em um projetor.
d) todas as janelas abertas sejam fechadas.
e) a tela seja estendida em um segundo monitor de vídeo conectado no computador.

10 - (FCC / DPE-AM/ 2018) O administrador de um computador com sistema operacional


Windows 10 deve configurar o sistema utilizando os recursos da janela Configurações do
Windows. Uma forma ágil de interagir com o Windows é por meio do atalho de teclado,
sendo que para abrir a janela Configurações do Windows deve-se pressionar
simultaneamente as teclas.
a) Windows + I.
b) Windows + G.
c) Windows + C.
d) Windows + R.
e) Windows + F.

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11 - CESGRANRIO / TRANSPETRO / 2018) A Figura abaixo reproduz, de forma ampliada, um


dos controles que compõem a Barra de Tarefas do Windows. Esse controle representa

a) Tela auxiliar
b) Nível de energia
c) Conexão de rede
d) Brilho do monitor
e) Configurações de tela

GABARITO DAS QUESTÕES:


1D
2 CERTO
3 ERRADO
4 CERTO
5 CERTO
6 CERTO
7D
8 ERRADO
9A
10 A
11 C

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CONHECIMENTOS
ESPECÍFICOS

Leitura e interpretação de Projetos Arquitetônicos e complementares: Arquitetura,


Instalações Prediais, Instalação de Segurança, Estruturas e Terraplenagem Etapas de
desenvolvimento dos projetos. Representação Gráfica de Projetos de Arquitetura: tamanho
de pranchas, formato de papéis, escalas, convenção de materiais, entre outros. Materiais e
técnicas construtivas. Conforto ambiental das edificações: condições acústicas, térmicas e
luminosas. 6. Desempenho de edificações: NBR 15575/2013 – Partes 1 a 6. 7. Acessibilidade
universal em edificações: NBR 9050/2015.

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Norma de Desempenho – NBR 15575:2013


O que é a Norma de Desempenho
A Norma de Desempenho é um documento de natureza técnica concebido e elaborado por
comissão interdisciplinar da ABNT, trazendo um conjunto de diretrizes informativas,
orientativas e normativas para a construção de qualquer edificação habitacional (ou seja,
residencial) e todos os seus sistemas (estrutura, pisos, vedações etc.).
Coube à Comissão de Estudo de Desempenho de Edificação, no âmbito do Comitê Brasileiro
da Construção Civil da Associação Brasileira de Normas Técnicas, formada por engenheiros,
universidades, advogados, enfim, por uma relevante parcela da sociedade técnica que lida
com a construção civil. Por isso é uma norma técnica.
Ela também é de desempenho, pois seu papel é tutelar os principais sistemas construtivos de
uma edificação, com base no resultado que se deseja atingir, e não na forma como obtê-lo
(norma prescritiva).
Além disso, a Norma estabelece padrões mínimos de qualidade que devem ser observados
pelos incorporadores/construtores na hora da construção para que, depois de pronta, se sirva
ao fim (resultado) pretendido ao longo de sua utilização.
No entanto, se engana quem pensa que a NBR15575:2013 traz obrigações apenas para os
agentes construtivos (projetistas, construtores e incorporadores).
Embora seja uma importante ferramenta utilizada por profissionais sérios, a Norma de
desempenho também prevê responsabilidades e deveres aos usuários da edificação, isto é,
os moradores e proprietários, especialmente no que concerne à necessidade de
manutenção/conservação dos sistemas construtivos ao longo da sua utilização.
Também são objetos da Norma, ainda que de maneira sugestiva, a estipulação de prazos de
garantia, métodos de avaliação e os níveis de desempenho (qualidade da construção).
Esses e outros assuntos serão tratados em tópicos próprios, mais adiante.
Estruturação da NBR 155575:2013
A Norma de Desempenho é dividida em 6 (seis) partes, cada uma a tratar um dos sistemas
construtivos compreendidos em seu intuito regulatório. São eles:
Parte 1: Requisitos gerais (NBR 155575-1:2013);
Parte 2: Requisitos para os sistemas estruturais (NBR 155575:2013-2);
Parte 3: Requisitos para os sistemas de pisos (NBR 155575:2013-3);
Parte 4: Requisitos para os sistemas de vedações verticais internas e externas (NBR
155575:2013-4);

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Parte 5: Requisitos para os sistemas de coberturas (NBR 155575:2013-5); e


Parte 6: Requisitos para os sistemas hidrossanitários (NBR 155575:2013-6).
Veja que, com exceção da Parte 1, todos os outros fragmentos da Norma tratam de um
sistema construtivo específico, que faz parte do todo integrado de uma edificação.
Por opção da comissão que elaborou a Norma, ela não trata diretamente dos sistemas
elétricos, sobretudo porque tais sistemas, em particular, fazem parte de um conjunto
normativo mais amplo, que necessita de pontos de vista que vão além do ato de construir,
sendo tratados no âmbito da NBR 5410:2004.
Na “Parte 1 – Requisitos Gerais”, a Norma estabelece os requisitos e critérios de desempenho
que devem ser observados quando da construção das edificações habitacionais (como um
todo), bem como aqueles requisitos e critérios que devem ser tratados de maneira isolada
para um ou mais sistemas.
Isso é o que diz o item 1.1 da Parte 1 da Norma de Desempenho:
1.1 Esta parte da ABNT NBR 15575 estabelece os requisitos e critérios de desempenho
aplicáveis às edificações habitacionais, como um todo integrado, bem como a serem avaliados
de forma isolada para um ou mais sistemas específicos.
Explicando melhor, confira o item 1.6 da Parte 1:
1.6 Esta parte da NBR 15575:2013 estabelece critérios relativos ao desempenho térmico,
acústico, lumínico e de segurança ao fogo, que devem ser atendidos individual e isoladamente
pela própria natureza conflitante dos critérios de medições, por exemplo, desempenho
acústico (janela fechada) versus desempenho de ventilação (janela aberta).
Sendo assim, por decorrência lógica de interpretação, a “Parte 1 – Requisitos gerais” deve ser
utilizada de forma associada às demais partes (que são específicas).
Abordagem, Requisitos, Critérios e Métodos de Avaliação da Norma de Desempenho
Segundo o autor Carlos Pinto Del Mar (em seu livro Direito na Construção Civil, publicado pela
Editora Pini em 2015), que fez parte da Comissão de Estudo de Desempenho de Edificação, a
NBR 15575:2013 aborda o “desempenho” em sua ótica clássica, isto é, com base
na necessidade dos usuários da construção (moradores/proprietários).
Em outras palavras, o patamar de desempenho estabelecido pela NBR 15575:2013 leva em
consideração as expectativas e exigências humanas no que concerne ao comportamento do
edifício após a sua entrega, e ao longo do tempo de utilização.
Portanto, a NBR 15575:2013 mensura as necessidades dos usuários através de requisitos e
critérios, que podem ser avaliados objetivamente pelos “métodos de avaliação”. Os requisitos
traduzem o desempenho na sua forma qualitativa, enquanto o critério remete as
necessidades dos usuários em termos quantitativos.

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Em outras palavras, os requisitos são as características qualitativas que cada um dos sistemas
deve alcançar, de acordo com a necessidade dos usuários da edificação, enquanto
os critérios, na acepção da norma, designam os parâmetros de cada um desses requisitos.
Carlos Pinto Del Mar, no mesmo livro, exemplifica os conceitos da seguinte forma:
A iluminação natural é um requisito, isso é, a expressão de um atributo que a edificação deve
ter, para atender os requisitos dos usuários – e assim consta no item 13.2 da Parte 1, da Norma
de Desempenho; o critério para aferição desse requisito vem explicitado no subitem 13.2.1,
que indica os níveis mínimos de iluminação natural que a edificação deve atender. (p. 437).
Em relação aos usuários, a Norma de Desempenho, em seu item 4, trouxe três requisitos que
devem ser atendidos pela edificação, quais sejam: (i) segurança; (ii) habitabilidade; e (iii)
sustentabilidade.
Cada um deles se subdivide em vários outros, com a seguinte ramificação:

Requisito Tipo Itens da Norma

Segurança Segurança estrutural 9.3

Segurança contra fogo 8.2, 8.3, 8.4, 8.5, 8.6 e 8.7

Segurança no uso e na operação 9.2

Habitabilidade Estanqueidade 10.2 e 10.3

Desempenho térmico 11.3 e 11.4

Desempenho acústico 12.2, 12.3 e 12.4

Desempenho lumínico 13.2 e 13.3

Saúde, higiene e qualidade do ar 15.2, 15.3 e 15.4

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Funcionalidade e acessibilidade 16.1, 16.2, 16.3 e 16.4

Conforto tátil e antropodinâmico 17.2 e 17.3

Sustentabilidade Durabilidade 14.2

Manutenibilidade 14.3

Impacto ambiental 18.4.1

Como se percebe de forma mais clara da tabela acima, os requisitos são, em última
análise, características qualitativas do imóvel, voltadas ao atendimento das necessidades do
usuário, que os materiais, componentes e sistemas devem atender.
Já os critérios são grandezas quantitativas que mensuram os níveis e padrões que devem ser
atingidos em cada um dos requisitos.
Logo, por exemplo, no requisito “altura mínima do pé-direito”, o critério é de 2,50m (dois
metros e cinquenta centímetros) e, para vestíbulos, halls, corredores, instalações sanitárias e
despensas, cai para 2,30m.
Requisito e critério, pois, são duas faces da mesma moeda e estarão sempre associados na
Norma de Desempenho.
Por fim, os métodos de avaliação são os meios de aferição do cumprimento, ou não, dos
critérios estabelecidos para cada requisito, compreendendo as análises, verificações e
simulações aplicados de acordo com o objetivo e o momento de sua realização.
Responsabilidade dos projetistas, construtores e incorporadores
Para além dos parâmetros de desempenho (requisitos e critérios), a Norma de Desempenho,
em seu item 5, estabelece, dentre outras, algumas responsabilidades para os intervenientes
da construção (todos que, de uma forma ou de outra, com ela se relacionam), inclusive para
os fornecedores de materiais e insumos.
A inovação da Norma veio ao tratar da obrigação do projetista em fixar a vida útil do projeto
(VUP) de cada sistema construtivo da edificação (estruturas, pisos, vedações etc.), sem
prejuízo de especificar os materiais e processos que atendam ao desempenho mínimo.
É óbvio que o projetista não tem como garantir a VUP indicada, e, por isso, ele e os demais
agentes construtivos são responsáveis apenas pelos valores teóricos, até porque, para se

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alcançar a vida útil fixada, vários fatores externos que fogem do poder de ingerência dessas
figuras precisam convergir.
Exemplos desses fatores que afetam a vida útil da edificação são a forma de uso, a realização,
ou não, de manutenções conforme orientações e, até mesmo, as alterações das condições
climáticas da região da construção.
Por outro lado, é certo que, ao fixar uma VUP, o projetista deverá ficar atento às diretrizes
técnicas do projeto, para que o potencial da vida útil do sistema seja atingido, sob pena de
responsabilização.
Ademais, de acordo com a normatização, aquele que estipular a VUP também deve indicar as
ações a serem observadas para a garantia do prazo.
Porém, aqui, não se trata daquelas ações de manutenção para conservar o uso da edificação,
mas sim daquelas decorrentes do próprio projeto.
O exemplo usado pela NBR 15575:2013 é o de um projeto da fachada em argamassa pintada,
em que o VUP foi fixado em 20 (vinte) anos, desde que seja refeita a pintura a cada 5 (cinco)
anos (ação de manutenção).
Para os construtores e incorporadores, a amplitude de responsabilidades é maior, dentre as
quais podemos citar aquelas previstas no item 5.4, que dispõe sobre o dever de identificar os
riscos previsíveis à época do projeto, informando-os aos projetistas para a correta elaboração
dos estudos técnicos (por exemplo, a existência de aterro sanitário, contaminação do lençol
freático, entre outros).
Também compete aos construtores e incorporadores a confecção do manual de uso e
manutenção da edificação, conforme NBR 14037:2011, que deve ser entregue aos
proprietários das unidades autônomas e, em outra versão, também ao primeiro síndico, no
que se refere aos sistemas das áreas comuns.
É importante deixar claro que este manual pode ter vários nomes, desde que atenda à sua
finalidade, como “Manual de Proprietários”, Manual de Manutenções”; enfim, são vastas as
nomenclaturas utilizadas no mercado, mas que possuem o mesmo objetivo: fornecer
informações de como e quando devem ser realizadas as manutenções e o uso adequado da
edificação.
Veja a importância destes estudos prévios e do manual para a proteção em demandas sobre
eventuais vícios construtivos aqui.
Por fim, a Norma também prevê o cuidado com o entorno da edificação (deslizamentos,
enchentes, vibrações etc.), como forma de salvaguardar a potencialidade do VUP e das
edificações vizinhas, conforme item 6.2, o que, inevitavelmente traz responsabilidades e
obrigações aos agentes construtivos.
Responsabilidade dos usuários quanto às manutenções da edificação

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Se de um lado temos bem definidos os deveres dos agentes construtivos, do outro, para os
usuários, a Norma de Desempenho não deixou de prever responsabilidades, que remetem,
particularmente, ao dever de cuidado com a edificação enquanto em uso.
Assim como um veículo precisa passar por sucessivas revisões para garantia da sua vida útil e
de seu bom funcionamento, os sistemas de um imóvel também demandam manutenções
preventivas que, se não realizadas a tempo e modo previstos pelos usuários, poderão ter sua
vida útil severamente reduzida.
Infelizmente, talvez por razões culturais, as pessoas tendem a acreditar que um imóvel, por
ser um bem com longa vida útil, não precisa passar por manutenção.
É bastante comum, na prática da advocacia imobiliária em favor das incorporadoras,
enfrentarmos ações de reparação movidas por proprietários e condomínio no último ano do
prazo legal de garantia do imóvel (que é de 5 anos, segundo o artigo 618 do Código Civil), sem
que não haja um único registro de realização de manutenção preventiva desde a entrega do
edifício, ainda que o Manual, entregue a todos os usuários, indique várias diligências que
devem ser realizados com 1, 2, 3 anos de existência da edificação.
O desafio das incorporadoras, nesse contexto, passa pela educação dos seus clientes e,
principalmente, do Poder Judiciário, no sentido de que a falta de manutenção conduza
à perda da garantia.
Afinal, realizado o empreendimento nos moldes dos requisitos e critérios definidos pela
Norma de Desempenho, e sendo entregue a cada um dos proprietários o manual de
manutenções e conservação, bem como ao condomínio, no que concerne as áreas comuns,
é obrigação dos usuários seguir as orientações e manter a manutenção em dia, através de
pessoal especializado (item 5.5).
Para que se alcance a vida útil projetada dos sistemas construtivos, ou até mesmo para
potencializá-la, é preciso que, de tempos em tempos, os sistemas da edificação passem por
revisões, substituições e reparações. É claro que, nesse aspecto, ainda repousa a
responsabilidade dos empreendedores em repassar os manuais com informações fidedignas
e que se prestem.
Prazos de vida útil e de garantia dos sistemas construtivos
Outro relevante ponto da Norma de Desempenho foi a estipulação de prazos de vida útil e de
garantia.
Tais prazos, no entanto, são meramente informativos, sem caráter normativo (obrigatório),
mas sem dúvidas possuem um certo peso, ainda mais diante de um cenário legislativo omisso
neste quesito.
Os prazos de vida útil de projeto foram disponibilizados no Anexo C, tabela 5. São eles:

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Relativamente às garantias, a Norma de Desempenho previu, no Anexo D:

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Reforça-se que por mais que os prazos acima evidenciados não sejam obrigatórios, a sua
fixação pela Norma de Desempenho é de extrema relevância no mercado e no meio jurídico,
especialmente porque os prazos são pormenorizados, com detalhes e especificações que
apenas, e tão somente, o meio técnico pode apurar.
Novamente segundo Carlos Pinto Del Mar, o detalhamento dessa matéria não poderia ser
mais bem avaliado senão por uma comissão puramente técnica, tal como ocorreu, comissão
esta que, inclusive, possuirá ao longo dos anos tempo suficiente para evoluir os conceitos e as
técnicas construtivas.
Inaplicabilidade da Norma de Desempenho
Como em toda regra e normatização há exceções, não poderia ser diferente com a NBR
15575:2013, que previu em seu item 1.2, as situações e circunstâncias não abarcadas por sua
regulação:

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Obras já concluídas;
Obras em andamento na data de entrada em vigor da Norma;
Projetos protocolados nos órgãos competentes até a data da entrada em vigor da Norma;
Obras de reforma;
Retrofit de edifícios; e
Edificações provisórias.
As obras concluídas e as em andamento não podem ser alteradas pela normatização da NBR
15575:2013, sobretudo porque as edificações foram construídas sob a regência de outras
regulações, então em vigor.
Aqui, trata-se do famoso ato jurídico perfeito, realizado no passado e que não pode ser
mudado.
Ademais, quando da publicação da Norma de Desempenho, já havia, evidentemente, várias
obras em andamento, cujas características técnicas, custos e projetos também foram
calculados e aprovados segundo o regime anterior.
Por isso, até em respeito à segurança jurídica, os projetos elaborados e protocolados para
aprovação municipal até a data de entrada em vigor da Norma (19/07/2013) puderam seguir
sem atender às regrais mais rígidas da Norma de Desempenho.
A partir da sua publicação, no entanto, qualquer novo projeto arquitetônico, ainda que já
finalizado, mas não protocolado, precisou se adequar às novas normas.
E no caso da reaprovação de projetos, aplica-se a Norma de Desempenho ou não?
Não há como traçar uma regra geral para essa situação, pelo que acreditamos que a resolução
se dará da análise individualizada de cada caso concreto.
Todavia, não seria razoável aplicar a nova regulação a projetos que não modifiquem
substancialmente o projeto anterior, o que feriria um direito adquirido.
Com relação às obras de reforma e retrofit, é preciso, primeiro, esclarecer a diferença entre
essas duas palavras.
A reforma está ligada às edificações antigas, logo, aquelas construídas antes da entrada em
vigor da Norma de Desempenho. Aqui, trata-se mais de uma restauração, o resgate da
qualidade de algo.
O problema é que algumas legislações locais preveem, por exemplo, que a construção de um
novo bloco num terreno já edificado é uma reforma, trazendo uma confusão conceitual que
acaba gerando certa insegurança.

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Diante dessas circunstâncias, certo é que a NBR 15575:2013 terá que desatar alguns “nós”
para uma aplicação linear e sem dúvidas.
O retrofit, por sua vez, é um aperfeiçoamento da edificação, que atinge proporções mais
substanciais que a reforma.
Trata-se de uma mudança do próprio conceito de utilização da edificação, quase sempre com
o agregamento de novas tecnologias que não estavam disponíveis no momento da construção
original do edifício.
Por exemplo, o retrofit pode compreender a modificação dos sistemas elétricos e hidráulicos
dos equipamentos instalados nas áreas comuns dos edifícios (elevadores, iluminação etc.).
Finalmente, as edificações provisórias dizem respeito a refeitórios, galpões, alojamentos e
congêneres, assim como os edifícios comerciais e industriais.
Esta última exceção é bem lógica, haja vista que a Norma de Desempenho é aplicável apenas
a edificações habitacionais, ou seja, residenciais.
Fiscalização do cumprimento da Norma de Desempenho
Não há, a rigor, nenhum órgão competente específico para fiscalizar a observância, nas
edificações, da Norma de Desempenho.
Por mais que os projetos arquitetônicos precisem ser aprovados pelo Município, raramente
este disporá de pessoal técnico qualificado para esse tipo de avaliação, sobretudo por se tratar
de cálculos, materiais e técnicas complexas.
Quando muito, faz-se um cotejo entre a Norma de Desempenho e os parâmetros previstos
no projeto arquitetônico, teóricos e pré-obra, portanto.
O primeiro momento, em tese, de avaliação de atendimento efetivo dos critérios da Norma
de Desempenho seria o da vistoria para fins de emissão do “habite-se” do empreendimento,
mas, novamente, essa diligência esbarra não só na deficiência estrutural dos municípios, mas
também na complexidade dos métodos de avaliação, que muitas vezes demandam análise
laboratorial.
Em regra, a municipalidade se limita a avaliar parâmetros construtivos superficiais, tais como
a taxa de ocupação, o coeficiente de aproveitamento, as áreas construídas, dimensões de pé-
direito, afastamentos, dentre outros.
Para saber mais sobre tais parâmetros, veja o nosso artigo sobre Plano Diretor e, caso esteja
em Belo Horizonte, o nosso artigo específico sobre o novo Plano Diretor de BH.
A ausência de fiscalização, todavia, não significa que o construtor deva ou possa ignorar as
normas técnicas. Pelo contrário, a observância rigorosa delas é, mais do que
necessária, conveniente ao empreendedor, porque, em caso de discussão futura a respeito
de eventuais manifestações patológicas, se ele conseguir provar que seguiu à risca a Norma

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de Desempenho, terá maior facilidade de imputar ao usuário a responsabilidade pelo


problema, seja por falta de manutenção, seja por mau uso.

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O que é um Projeto Arquitetônico ?
• Conjunto de passos normativos, voltados para o planejamento formal de um
edifício qualquer, regulamentado por um conjunto de normas técnicas e por um código
de obras.
• fases:
– Estudo Preliminar
• Estudo da viabilidade de um programa e do partido arquitetônico a ser
adotado para sua apreciação e aprovação pelo cliente. Pode servir à consulta prévia
para aprovação em órgãos governamentais.
– Anteprojeto
• Definição do partido arquitetônico e dos elementos construtivos,
considerando os projetos complementares (estrutura, instalações, etc...). Nesta etapa, o
projeto deve receber aprovação final do cliente e dos órgãos oficiais envolvidos e
possibilitar a contratação da obra.
– Projeto Executivo
• Apresenta, de forma clara e organizada, TODAS as informações necessárias
à execução da obra e todos os serviços inerentes.

1. INSTRUMENTOS E MATERIAIS

A representação gráfica do desenho em si corresponde a um conjunto de


normas internacionais (sob a supervisão da ISO). Porém, geralmente, cada país costuma
possuir suas próprias versões das normas, adaptadas por diversos motivos.

No Brasil, as normas são editadas pela Associação Brasileira de Normas


Técnicas (ABNT), sendo as seguintes as principais:

• NBR-6492 - Representação de projetos de arquitetura


• NBR-10067 – Princípios gerais de representação em desenho
técnico

Cabe notar, no entanto, que se por um lado recomenda-se a adequação a tais


normas quando da apresentação de desenhos para fins de execução de obras ou em
situações oficiais (como quando os profissionais enviam seus projetos à aprovação em
prefeituras), por outro lado admite-se algum nível de liberdade em relação a elas em
outros contextos. Durante o processo de elaboração e evolução do projeto, por exemplo,
normalmente os arquitetos utilizam-se de métodos de desenho próprios apropriados às
suas necessidades momentâneas, os quais eventualmente se afastam das
determinações das normas. Esta liberdade se dá pela necessidade de elaborar desenhos,
que exijam uma facilidade de leitura maior por parte de leigos ou para se adequarem a
diferentes publicações, por exemplo.

 Elementos do desenho

Para que a (futura) realidade do projeto seja bem representada, faz-se uso dos
diversos instrumentos disponíveis no desenho tradicional ou geométrico, o desenho
arquitetônico manifesta-se principalmente através de linhas e superfícies preenchidas
(tramas).

3
Costuma-se diferenciar no desenho duas entidades: uma é o próprio desenho
(o objeto representado, um edifício, por exemplo) e o outro é o conjunto de símbolos,
signos, cotas e textos que o complementam.

As principais categorias do desenho de arquitetura são: as plantas, os cortes e


seções e as elevações.

 Traços

Os traços de um desenho normatizado devem ser regulares, legíveis (visíveis)


e devem possuir constraste umas com as outras.

 Espessura dos traços

(pena 0,1)

(pena 0,2)

(pena 0,4)

(pena 0,6)

(traço-ponto)

(traço-ponto)

(traço-traço)

 Pesos e categorias de linhas

Normalmente ocorre uma hierarquização das linhas, obtida através do


diâmetro da pena (ou do grafite) utilizados para executá-la. Tradicionalmente usam-se
quatro espessuras de pena:

• Linhas complementares - Pena 0,1. Usada basicamente para


registrar elementos complementares do desenho, como linhas de cota, setas,
linhas indicativas, linhas de projeção, etc.
• Linha fina - Pena 0,2 (ou 0,3). Usada para representar os elementos
em vista.
• Linha média - Pena 0.4 (ou 0,5). Usada para representar os
elementos que se encontram imediatamente a frente da linha de corte.
• Linha grossa - Pena 0.6 (ou 0,7). Usada para representar elementos
especiais, como as linhas indicativas de corte (eventualmente é usada para
representar também elementos em corte, como a pena anterior).

 Tipos de traços

Quanto ao tipo de traços, é possível classificá-los em:

• Traço contínuo. São as linhas comuns.

4
• Traço interrompido. Representa um elemento de desenho
"invisível" (ou seja, que esteja além do plano de corte).
• Traço-ponto. Usado para indicar eixos de simetria ou linhas
indicativas de planos de corte.

 Tramas

Os elementos que em um desenho projetivo estão sendo cortados aparecem


delimitados com um traço de espessura maior no desenho. Além do traço mais grosso,
esses elementos podem estar preenchidos por um tracejado ou trama. Cada material é
representado com uma trama diferente.

 Materiais de desenho

Com a ampla difusão do desenho auxiliado pelo computador, a lista de


materiais que tradicionalmente se usava para executar desenhos de arquitetura tem se
tornado cada dia mais obsoleta. Alguns desses materiais, no entanto, ainda são
eventualmente usados para verificar algum problema com os desenhos impressos, ou no
processo de treinamento de futuros desenhistas técnicos. Após a impressão de pranchas
produzidas em CAD, ainda está em uso o escalímetro, que é uma multi-régua com 6
escalas, que serve para conferir medidas, se o desenho foi impresso na escala 1/50
utiliza-se a mesma escala em uma de suas bordas visíveis.

 CAD

Desenho gerado em um programa do tipo CAD

A execução de desenhos de arquitetura no computador em geral exige a


operação programas gráficos do tipo CAD que normalmente demandam um hardware
robusto e de alta capacidade de processamento, e memória. Atualmente, o principal
5
programa para lidar com estes tipos de desenho é o AutoCad, um software produzido
pela empresa americana Autodesk. O formato em que nativamente grava seus arquivos,
o .dwg, é considerado o padrão "de facto" no mercado da construção civil para troca de
informações de projeto.

Existem, no entanto, diversos outros softwares de CAD para arquitetura. A


maioria deles nem sempre é capaz de ler e escrever arquivos no formato .dwg, embora
muitos utilizem-se do alternativo formato .dxf. Além de programas CAD destinados ao
desenho técnico de uma forma geral, como o AutoCAD e o Microstation, também existem
softwares designados especificamente para o trabalho de projeto arquitetônico, como o
ArchiCAD, o ArchiStation, o Autodesk Architectural Desktop, o Revit, entre outros, com
os quais é possível visualizar o modelo arquitetônico em suas várias etapas de projeto,
mais do que meramente representá-lo na forma de desenho técnico.

 Desenho à mão

A seguinte lista apresenta os materiais que tradicionalmente foram utilizados


no desenho dito instrumentado (ou seja, o desenho feito à mão com auxílio de
instrumentos de desenho). Ressalta-se, porém, que muitos destes materiais estão se
tornando raros nos escritórios de arquitetura, dada a sua informatização.

 LEGENDA

- Usada para informação, indicação e identificação do desenho, a saber:


designação da firma, projetista, local, data, assinatura, conteúdo do desenho, escala,
número do desenho, símbolo de projeção, logotipo da firma, unidade empregada, escala,
etc.
- A legenda deve ter 178 mm de comprimento nos formatos A2, A3 e A4, e 175
mm nos formatos A0 e A1.

2. DIMENSIONAMENTO E ESCALAS
 ESCALAS
Norma ABNT NBR 8196, Dezembro 1999.

6
A designação de uma escala deve consistir na palavra ESCALA ou ESC,
seguida da indicação da relação:
ESCALA 1:1 para escala natural
ESCALA X:1 para escala de ampliação (X > 1)
ESCALA 1:X para escala de redução (X > 1)
A escala deve ser indicada na legenda. O valor de X deve ser igual a 2, 5 ou
10, ou múltiplos destes. Por exemplo, 1:2, 50:1, 1:100.

• Escalas utilizadas para desenhos arquitetônicos:


• 1:200 ou 1:100 = rascunhos / estudos (papel manteiga)
• 1:100 = anteprojeto – plantas, fachadas, cortes, perspectivas
• 1:100 = desenhos de apresentação – plantas, fachadas, cortes, perspectivas,
projeto para Prefeitura
• 1:50 = execução (desenhos bem cotados)
• 1:10, 1:20 e 1:25 = detalhes
• 1:50 = projetos especiais – fundações, estrutura, instalações, etc.

 LINHA DE COTA: Cotagem em Desenho Técnico (NBR 10126)

Representação gráfica das dimensões no desenho técnico de um elemento,


através de linhas, símbolos, notas e valor numérico numa unidade de medida. Elementos
gráficos para representação de cotas

Podemos dividir os desenhos arquitetônicos em dois grupos: Desenhos


Preliminares de apresentação e Desenhos para execução. Nos desenhos preliminares
são feitos vários estudos por meio de esboços que começam a dar forma ao edifício
proposto. Estes têm por objetivo dar uma representação real do projeto de um edifício.
São constituídas de plantas, elevações; incluindo, para serem mais completos, também
desenhos perspectivos com representação de figuras humanas, árvores, edifícios
adjacentes para servir como escala de referência. Não devem conter dados estruturais.
Nos desenhos para execução incluímos as plantas, elevações e fachadas,
cortes e acabamentos segundo as normas com as quais a obra será executada.
Na área de construção civil, as plantas se constituem como a representação
gráfica de um projeto;
• Existem alguns tipos de representações gráficas em um projeto:
– Planta baixa;
– Planta de situação;
– Planta de localização;
– Corte transversal e longitudinal;
– Planta de fachada.
• Na área de construção civil, as plantas se constituem como a representação
gráfica de um projeto;

 PLANTA DE SITUAÇÃO

7
 PLANTA DE LOCAÇÃO
Planta de Locação ou Localização: demonstra a localização da obra dentro do
terreno, com seus respectivos recuos frontais e laterais.

8
 Vocabulário e normas básicas de construção e desenho de
arquitetura:
PEITORIL - altura do chão ao início da janela.
PÉ-DIREITO - altura do chão até a laje.
CUMEEIRA - ponto mais alto da cobertura.
PLANTA - vista obtida após a retirada do plano de secção olhando de cima
para baixo;
CORTE - vista obtida após a retirada da parte anterior ao plano de secção
olhando de frente;
BREESES E MARQUISES: elementos construtivos que impedem a entrada de
radiação solar direta no interior da construção;
VIGAS E PILARES: elementos estruturais responsáveis pela sustentação da
construção através da distribuição das forças e transmissão até o alicerce da construção:

 Normas básicas de construção (dependem do Plano Diretor de


cada Município)
• Recuo Frontal: maior ou igual a 4,00 m.
• Recuos laterais: maior ou igual a 1,50 m caso exista janela na parede.
• Pé-direito: mínimo de 2.50m para banheiros e corredores, sendo 2,80m o
exigido para as demais dependências.
• Portas: externas= 0,90 m, internas= 0,80 m, banheiros=0,70 m em geral
sendo que todas possuem altura de 2,10 m.
• Largura dos corredores = mínimo 0,90 m.
• Abertura mínima para ventilação iluminação = 1 / 6 da área do piso.
• Inclinação dos telhados: telha de barro= 30%, de fibrocimento= 12%
• Laje = espessura média 0,12 m.
• Paredes = de meio tijolo com reboco 0,15 m, de um tijolo 0,25 m.

3. CONVENÇÕES E SIMBOLOS
a. PAREDES
Normalmente as paredes internas são representadas com espessura de 15 cm,
mesmo que na realidade a parede tenha 14 cm ou até menos. Nas paredes externas o
uso de paredes de 20 cm de espessura é o recomendado, mas não obrigatório. É no
entanto obrigatório o uso de paredes de 20cm de espessura quando esta se situa entre
dois vizinhos (de apartamento, salas comerciais...).
Convenciona-se para paredes altas (que vão do piso ao teto) traço grosso
contínuo, e para paredes a meia altura, com traço médio contínuo, indicando a altura
correspondente.

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Na representação de uma reforma é indispensável diferenciar muito bem o que
existe e o que será demolido ou acrescentado. Estas indicações podem ser feitas usando
as seguintes convenções:

b. PORTAS
 Porta interna - Geralmente a comunicação entre dois ambientes não
há diferença de nível, ou seja, estão no mesmo plano, ou ainda,
possuem a mesma cota.

 Porta externa - A comunicação entre os dois ambientes (externo e


interno) possuem cotas diferentes, ou seja, o piso externo é mais baixo.
Nos banheiros a água alcança a parte inferior da porta ou passa para o
ambiente vizinho; os dois inconvenientes são evitados quando há uma diferença de cota
nos pisos de 1 a 2 cm pelo menos. Por esta razão as portas de sanitários desenham se
como as externas.

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c. JANELAS
O plano horizontal da planta corta as janelas com altura do peitoril até 1.50m,
sendo estas representadas conforme a figura abaixo, sempre tendo como a primeira
dimensão a largura da janela pela sua altura e peitoril correspondente. Para janelas em
que o plano horizontal não o corta, a representação é feita com linhas invisíveis.

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 NÍVEIS
– São cotas altimétricas dos pisos, sempre em relação a uma determinada
Referência de Nível pré-fixada pelo projetista e igual a zero
– Regras:
• Colocar dos dois lados de uma diferença de nível;
• Indicar sempre em metros, na horizontal;
• Evitar repetição de níveis próximos em planta e não marcar sucessão de
desníveis iguais (escada);

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NORTE

Em planta baixa, os pisos são apenas distintos em comuns ou impermeáveis •


Os impermeáveis são representados apenas nas “áreas molhadas”, ou seja, áreas
dotadas de equipamentos hidráulicos, sacadas, varandas, etc...
• O tamanho do reticulado constitui uma simbologia, não tendo a ver
necessariamente com o tamanho real das lajotas ou pisos cerâmicos.

 Equipamentos Hidráulicos

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4. PROJETO ARQUITETÔNICO

 MONTAGEM GRÁFICA DE UM PROJETO


O projeto relativo a qualquer obra de construção, reconstrução, acréscimo e
modificação de edificação, constará, conforme a própria natureza da obra que se vai
executar, de uma série de desenhos:
a. Plantas cotadas de cada pavimento, do telhado e das dependências a
construir, modificar ou sofrer acréscimo. Nessas plantas devem ser indicados os destinos
e áreas de cada compartimento e suas dimensões.
b. Desenho da elevação ou fachada ou fachadas voltadas para vias públicas.
Num lote de meio de quadra é obrigatória a representação de apenas uma fachada. No
caso de lote de esquina é obrigatória a representação de pelo menos duas fachadas.
c. A planta de situação em que seja indicado:
d. Posição do edifício em relação às linhas limites do lote
e. Orientação em relação ao norte magnético
f. Indicação da largura do logradouro e do passeio, localizando as árvores
existentes no lote e no trecho do logradouro, poste e outros dispositivos de serviços de
instalações de utilidade publica.
g. Cortes longitudinal e transversal do edifício projetado. No mínimo
representam-se 2 cortes, passando principalmente onde proporcione maiores detalhes
ao executor da obra ou dos projetos complementares.

 PLANTAS E VISTAS

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 Escalas mais utilizadas:
a. Planta baixa.............. 1:50
b. Cortes........................ 1:50
c. Fachadas.................... 1:50
d. Situação..................... 1:200 / 1: 500
e. Localização................ 1:1000 / 1:2000
f. Cobertura................... 1:100

Obs: A escala não dispensará a indicação de cotas.

 PLANTA BAIXA
É um corte transversal à edificação, a uma altura de 1,50m. Através da planta
baixa, podemos visualizar os ambientes que compõe o projeto.

Itens que compõe a planta baixa:


• Paredes
• Janelas
• Portas
• Cotas
• Cotas de nível
• Projeções
• Indicação dos cortes
• Indicação do norte
• Escada
• Rampas

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• Pergolados
• Espelho d’água

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 CORTES E FACHADAS:

Na maioria dos casos, as plantas e fachadas não são suficientes para mostrar
as divisões internas de um projeto, bem como os elementos construtivos como as vigas,
fundamentais no projeto adequado da futura rede de dutos para condicionamento de ar:
Desta forma temos os cortes transversais e longitudinais, obtidos através de um plano de
secção atravessando a construção verticalmente. Já a Fachada nada mais é do que a
elevação frontal da construção.

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 FACHADA / ELEVAÇÃO

 PLANTA DE COBERTURA
 ÁGUAS
As coberturas são constituídas por uma ou mais superfícies que podem ser
planas, curvas ou mistas, entretanto as planas são as mais utilizadas.
Essas superfícies (planos) são denominados “água”, e conforme o seu número,
temos o telhado de uma água (vulgarmente conhecido como alpendres ou meia-água),
os de duas, de três, de quatro, etc.

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 Beirais
São parte da cobertura que avançam além dos alinhamentos das paredes
externas. Faz o papel das abas de um chapéu: protege as paredes contra as águas da
chuva. Geralmente tem largura em torno de 60cm à 1.00m.

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 ESTRUTURA

 CALHAS

 INCLINAÇÃO DAS COBERTURAS

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 PROJETO DE UMA COBERTURA

Consiste na projeção do telhado sobre um plano horizontal, de modo a


conhecer a sua forma através das linhas de cummeira, espigões e rincões.
A cumeeira é um divisor de águas horizontal. Os espigões são também
divisores de água, porém inclinados e os rincões ou águas furtadas são receptores de
águas inclinadas.
Ao projetarmos uma cobertura devemos nos lembrar de algumas práticas:
1. As cumeeiras são linhas paralelas a uma direção das paredes e
perpendicular a outra direção.
2. Os espigões formam ângulos de 45º com as projeções das paredes e
partem dos cantos externos.
3. Os rincões ou águas furtadas formam ângulos de 45º com as projeções das
paredes e partem dos cantos internos.

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 OUTRAS INFORMAÇÕES NO PROJETO ARQUITETÕNICO
 Legenda de Esquadrias: P (PORTAS); J (JANELAS); B (BALANCIN)
 Quadro de áreas: legenda que apresenta área do terreno, área
construída e áreas de permeabilidade (jardim).
 Especificações de materiais de acabamento: piso, parede, forro

5. PROJETOS COMPLEMENTARES
 ESTRUTURA
o LAJE

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o PILARES

 PROJETO HIDRO SANITÁRIO: dimensiona tubulações necessárias


para cada área molhada 9banheiro, cozinha, área de serviço e outros.

 PROJETO ELÉTRICO: define o caminho das tubulações elétricas


desde a caixa de entrada de energia que vem da rua até a sua chegada
aos equipamentos.

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6. ESCADAS E RAMPAS
As escadas são constituídas por:
 Degraus – pisos + espelhos
 Pisos – pequenos planos horizontais que constituem a escada.
 Espelhos – planos verticais que unem os pisos.
 Patamares – pisos de maior largura que sucedem os pisos normais da
escada, geralmente ao meio do desnível do pé direito, com o objetivo
de facilitar a subida e o repouso temporário do usuário da escada.
 Lances – sucessão de degraus entre planos a vencer, entre um plano
e um patamar, entre um patamar e um plano e entre dois patamares.
 Guarda-corpo e corrimão – proteção em alvenaria, balaústre, grades,
cabos de aço etc na extremidade lateral dos degraus para a proteção
das pessoas que utilizam a escada.

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 DETALHE CORRIMÃO

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 Dimensionamento de escadas segundo a NBR 9077 (Saídas de
Emergência em Edificações) e a NBR 9050/2004 (Norma de
Acessibilidade):
As dimensões dos pisos e espelhos devem ser constantes em toda a escada,
atendendo às condições definidas a seguir, excetuando-se as escadas fixas com lances
curvos ou mistos (retos + curvos). Dessa forma, devem ser seguidos os seguintes
parâmetros:
a. pisos (p) : 0,28m<p<0,32m
b. espelhos (e): 0,16m<e<0,18m
c. 0,63m<p+2e<0,65m (Blondell)
d. A largura mínima admissível para as escadas fixas é de 1,20m.
e. O primeiro e o último degraus de um lance de escada devem distar pelo
menos 0,30m da área da circulação adjacente.
f. As escadas fixas devem ter, no mínimo, um patamar a cada 1,20m de
desnível e também sempre que houver mudança de direção.
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g. Em relação aos corrimãos e guarda-corpos – é obrigatória a instalação de
corrimãos e guarda-corpos nos dois lados das rampas e escadas fixas. Eles devem ser
construídos em materiais rígidos, firmemente fixados à parede ou às barras de suporte,
oferecendo condições seguras de utilização. Além disso, os corrimãos devem permitir
boa empunhadura e deslizamento da mão, sendo preferencialmente de seção circular
entre 3,5cm e 4,5cm de diâmetro. Deve ser, ainda, deixado espaço livre de 4cm, no
mínimo, entre a parede e o corrimão. Para dar segurança às crianças e pessoas com
problemas de visão e mobilidade, o corrimão deve prolongar-se pelo menos 0,30m antes
do início e após o término da rampa e da escada, sem interferir com as áreas de
circulação.
A altura de corrimãos recomendada pela NBR 9050/2004 é de 0,92m em
relação ao piso para adultos, sendo orientada uma segunda altura de 0,70m em relação
ao piso para atender também às crianças. Tanto em escadas como em rampas, é
importante que os corrimãos sejam contínuos, sem interrupção nos patamares. Dessa
forma, é importante que eles sigam o projeto da circulação vertical.

 RAMPAS
As rampas, diferentemente das escadas, podem se constituir meios de
circulação verticais acessíveis a todos, sem exceção. Por elas podem circular pedestres,
idosos, cardíacos, pessoas portadoras de deficiências motoras, usuários de cadeiras de
rodas, mães com carrinhos de bebês, ciclistas, skatistas etc. Entretanto, para que elas
possam ser, de fato, utilizadas pela maior gama possível de pessoas, é preciso seguir a
norma de acessibilidade (NBR 9050/2004), de forma a dimensionar esse meio
corretamente, atendendo com segurança todos os usuários.
Segundo a NBR 9050/2004:
A largura mínima admissível para uma rampa é de 1,20m, sendo recomendada
a largura de 1,50m. O fluxo de usuários é fator determinante para o dimensionamento
dessa largura. Dessa forma, não se pode utilizara mesma largura para uma rampa de
uma edificação residencial e para uma estação de transportes de massa ou um shopping
center.
Na construção de uma rampa, quanto maior for a altura do desnível a ser
vencido, maior terá que ser o seu comprimento. É um engano comum pensar que o uso
da área da escada para fazer um plano inclinado sobre ela seria a solução para o acesso.
O espaço utilizado por uma escada nunca será suficiente para fazer uma rampa em seu
lugar. Ficaria muito íngreme, deslizante, e não permitiria sua utilização de forma segura.

Tabela para o dimensionamento de rampas da Associação Brasileira de


Normas Técnicas – ABNT NBR 9050/2004
A inclinação das rampas deve ser calculada segundo a seguinte equação:
c = h x 100 e i = h x 100 i c
i é a inclinação, em porcentagem;
h é a altura do desnível;
c é o comprimento da projeção horizontal.

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Em reformas, quando esgotadas as possibilidades de soluções que atendam
integralmente à tabela, podem ser utilizadas inclinações superiores a 8,33% (1:12), mas
até no máximo 12,5% (1:8).
A largura das rampas (L) deve ser estabelecida de acordo com o fluxo de
pessoas. A largura livre mínima recomendável para as rampas em rotas acessíveis é de
1,50 m, sendo o mínimo admissível 1,20 m. Em edificações existentes, quando a
construção de rampas nas larguras indicadas ou a adaptação da largura das rampas for
impraticável, podem ser executadas rampas com largura mínima de 0,90 m com
segmentos de no máximo 4,00 m, medidos na sua projeção horizontal.

Rampas em curva
Para rampas em curva, a inclinação máxima admissível é de 8,33% (1:12) e o
raio mínimo de 3,00 m, medido no perímetro interno à curva, conforme figura abaixo.

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Patamares das rampas
No início e no término da rampa devem ser previstos patamares com dimensão
longitudinal mínima recomendável de 1,50 m, sendo o mínimo admissível 1,20 m, além
da área de circulação adjacente. Os patamares situados em mudanças de direção
devem ter dimensões iguais à largura da rampa.

BIBLIOGRAFIA
6542190-Curso-de-Leitura-de-Projetos-Arquitetura-Desenho-Tecnico
CEFET-SC - Un. São José –Área de Refrigeração e Ar Condicionado – Prof. Gilson - Desenho Técnico
com Auxílio do AutoCAD 2007
PUC- RIO CENTRO UNIVERSITÁRIO. CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO. ARQ 1028 –
DESENHO DE ARQUITETURA I. APOSTILA COBERTURAS.
ABNT-Associação Brasileira de Normas Técnicas.
http://www.daciv.feciv.ufu.br/arquivos/ApostilaVolume1.pdf
http://www.cofeci.gov.br/pagInternas/testeVerificacao/medio_desenho_arquitetonico.pdf

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