Modalidades da Invalidade (artigos 285.
º e seguintes)
Quadro comparativo
Anulabilidade: artigo 287.º
Efeitos: - O negócio jurídico anulável produz
desde o início todos os seus efeitos
jurídicos pretendidos (= volitivo-finais)
mas apenas a título provisório
Acção: Acção de anulação:
sendo procedente destrói
retroactivamente, i. é, desde o início, os
efeitos provisoriamente produzidos
Sentença: Constitutiva: altera a realidade jurídica
(provisória)
Legitimidade: - invocável apenas pelas pessoas em
cujo interesse a lei estabeleceu a
anulabilidade;
- não pode ser conhecida
oficiosamente pelo tribunal
(interesses particulares)
Prazo: - dentro de um ano subsequente à
(de caducidade) cessação do vício (não à celebração do
negócio [!]) que serve de fundamento à
anulabilidade
- sem dependência de prazo, enquanto o
negócio não estiver cumprido
Sanabilidade: Sanável mediante:
- convalidadação subjectiva –
confirmação (artigo 288.º)
- convalidação objectiva (pelo mero
decurso [= caducidade] do prazo da
anulação)
- efeitos retroactivos desde o início
Art. 289.º - efeitos retroactivos (desde o início, da
data da celebração do negócio)
- efeitos restitutivos (quanto às
prestações efectuadas)
Nulidade: artigo 286.º
- O negócio jurídico nulo não produz
nenhum dos seus efeitos jurídicos
pretendidos (volitivo-finais)
- pode produzir, nos casos legalmente
previstos, efeitos laterais legais
- pode dar origem a situações
meramente de facto)
Acção de declaração de nulidade:
limita-se a declarar (constatar) a não
produção dos efeitos jurídicos
pretendidos pelo negócio nulo
Declarativa: não altera a realidade
jurídica (regra geral)
- invocável por “qualquer interessado”
- pode ser conhecida oficiosamente
pelo tribunal (também estão em causa
interesses públicos)
- sem dependência de prazo, a todo o
tempo
(exceptuando os casos de usucapião)
Insanável
- é possível fazer uma renovação do
negócio: celebrá-lo de novo, sem
vícios, com o mesmo conteúdo
- a renovação só tem efeitos para o
futuro (e não retroage à data do anterior
negócio nulo)
- efeitos restitutivos (obrigação de
devolver as prestações efectuadas de
facto)
(apenas pode haver efeitos retroactivos quanto
aos efeitos laterais legais que possam ter
ocorrido)