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Mestrado em Fisiologia Clínica

Relatório de análise crítica

Tema:
Concursos de Ingresso de Novos Quadros nos Serviços de Saúde
para Suprir algumas Necessidades de Especialidades: Prejuízos e
Benefícios

Elizabete Stelvia Domingos Francisco

Unidade Curricular: Gestão e Qualidade em Saúde.


Prof.: Graciano do Nascimento Nobre Paulo.

Coimbra, fevereiro de 2024


Resumo

O relatório descreve de forma detalhada uma análise crítica à disposição do


tema em abordagem, trazendo algumas vantagens, desvantagens e sugestões,
no sentido de contribuir para a melhoria da gestão e qualidade em saúde.
Objectivo: Desenvolver uma Análise Crítica sobre os Concursos Externos para o
Enquadramento de Novos Quadros, para Suprir Necessidades de
Especialidades. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura narrativa,
com base numa análise critica. Resultados: Com este relatório, pudemos testar
o nosso sentido crítico numa determinada situação, assim como perceber até
que ponto uma boa gestão nos serviços de saúde pode ser benéfica.
1. Introdução
Os concursos de ingresso de novos quadros nos serviços de saúde são
destinados a suprir algumas necessidades de especialidades em todo sector,
numa determinada localidade, bem como, permitir, de forma equilibrada, a
hierarquia interna em algumas áreas.

Esta revisão de literatura, visa fazer uma análise crítica daquilo que tem sido os
concursos de ingresso de novos quadros no sector da saúde, mostrando os pros
e os contras, trazendo uma problemática, com o objectivo de melhoria.

Levando em consideração os aspectos descritos anteriormente, faz-se


necessária esta revisão de literatura. Sendo assim, levantamos o seguinte
problema: Qual a razão da abertura de Concursos Externos para o
enquadramento de novos quadros num determinado departamento de
saúde, na existência de quadros qualificados/qualificados no mesmo
serviço?
Objectivos

Geral:

 Desenvolver uma Análise Crítica sobre os Concursos Externos para o


Enquadramento de Novos Quadros, para Suprir Necessidades de
Especialidades.

Específicos:

 Identificar as vantagens e desvantagens.


 Comparar o concurso de ingresso de novos quadros à promoção de
quadros já empregados num mesmo serviço - Desafios na Gestão.
 Apresentar algumas realidades nos serviços de saúde angolano, quanto
ao tema em abordagem.
2. Estrutura – Descrição do relatório/ Análise Crítica

De acordo com artigo 47º (Liberdade na escolha de profissão e acesso à função


pública) da constituição portuguesa (Decreto-lei nº 86/1976 de 10-04-1976, D.R.,
1976), todos os cidadãos têm o direito de acesso à função pública, em condições
de igualdade e liberdade, em regra por via de concursos, desde que não haja
restrições legais impostas, que os impeça.

Porém, face aos objectivos do trabalho, apresentaremos algumas vantagens e


desvantagens, dos concursos externos para o enquadramento de novos quadros
nos serviços de saúde, para suprir algumas necessidades de especialidades.

2.1. Vantagens/Benefícios e/ou Forças

 Diminuição da taxa de desemprego: o concurso de ingresso de novos


quadros dá a oportunidade de emprego e avanços a quem tem
competências numa determinada área (da saúde em particular),
permitindo o crescimento profissional na área de destaque.

 Aumento da eficiência nos serviços: pelo aumento do número de


trabalhadores num determinado departamento.

 Qualidade nos serviços de saúde: se os candidatos admitidos na fase do


concurso forem bem qualificados.

2.2. Desvantagens/Prejuízos e/ou Fraquezas


 Desmotivação dos quadros já empregados com as mesmas competências
de especialidades necessárias: pela falta de reconhecido, valorização e/
promoção.

 Risco de perder um bom quadro por má gestão (principalmente no sector


privado).

 Limitações nas oportunidades de avanços: devido o tempo de adaptação,


formação dos novos quadros e desmotivação de quadros antigos.

 Despesas Maiores.

2.3. Concursos de Ingresso de novos quadros nos Serviços de Saúde


versus Promoção de quadros já empregados - Desafios na
Gestão.

Os concursos de ingresso oferecem um vasto caminho de oportunidades e


desenvolvimento no sector da saúde, em específico. Apesar disso, existiu a
necessidade de se fazer uma apresentação, de forma comparativa, sobre os
aspectos supracitados, trazendo possíveis desafios na gestão hospitalar e
recursos humano.

É importante ressaltar que a promoção de profissionais capacitados já


empregados num determinado sector não só expressa o valor ou o potencial que
o profissional tem, mas também salvaguarda as questões de boa gerência no
serviço. De que forma? Passamos a seguinte visão:
Se numa unidade hospitalar, seja ela privada ou pública, estiverem a precisar de
novos quadros ou profissionais, para suprir algumas necessidades de
especialidades nos serviços de saúde, e na mesma unidade tiver quadros ou
profissionais, já empregados, com o grau de licenciatura, por exemplo, porém
com o grau de especialidade que se precisa no momento salvaguardado (por ter
ingressado com o grau de licenciatura, a princípio), o que se sugere é a
promoção dos profissionais já empregados evitando coisas como: gastos
excessivos (com aa promoção de concursos de ingresso externos, com
formação do novos quadros, de acordo aos critérios ou normas encontradas na
mesma unidade hospitalar, por exemplo), porque o que se precisa é de pessoal
com mais experiências acima de tudo, limitações na gestão de tempo e
oportunidades de avanços de forma eficiente e eficaz (desde que se avalie os
profissionais já empregados).

Face a esta visão, achamos como a melhor opção, a promoção de profissionais


já empregados com o grau de especialistas e com o alto padrão de qualidade e
capacitação, para suprir as necessidades do que se precisa, numa unidade
hospitalar e não os concursos de ingresso externos.

2.4. Serviços de saúde angolano

No que diz respeito a realidade angolana, relativamente aos serviços de saúde,


AGOSTINHO (2023) afirma que houve um aumento na força de trabalho no
serviço nacional de saúde e que esse aumento compreende um número
aproximados de 50 mil profissionais de saúde, correspondendo cerca de 50%,
estando maioritariamente distribuídos na capital do país, Luanda.

Com isso, é importante ressaltar que, independentemente dos ganhos, o sistema


nacional de saúde angolano, carece de mais atenção e é desafiante. Pois
estamos a falar de um país em que mais do que o interesse em empregar os
profissionais de saúde para suprir as necessidades dos utentes, tem-se o
interesse empregadora, devido às propagandas políticas. Sendo assim,
esperemos de alguma forma que isso mude, para o bem de todos os angolanos
e emigrantes que lá estão.

3. Conclusão

Com base a análise feita, de acordo aos aspectos apresentados dos Concursos de Ingresso
de novos quadros nos Serviços de Saúde para suprir algumas necessidades de
especialidades, comparativamente a Promoção de quadros já empregados, com as
capacidades adequadas numa determinada unidade hospitalar, chegou-se a conclusão que:
apesar das vantagens apresentadas do concurso de ingresso de novos quadros externos, há
maior probabilidade da promoção de profissionais já empregados, especialistas, de
qualidade e capacitação, para suprir as necessidades do que se precisa, ser a melhor
opção, nessa situação em específico.

4. Referências Bibliográficas

1- Agostinho, J. (2023, 10 de outubro). Sistema de Saúde em Angola:

Realizações e Desafios. Nova Jornal. URL:


https://novojornal.co.ao/opiniao/interior/o-sistema-de-saude-em-angola-

realizacoes-e-desafios-115332.html

2- Decreto Lei nº 86/1976. Diário da República. Série I de 10 de abril de


1976 da Constituição portuguesa. 47º. Consult. 23 jan. 2024. Disponível
em WWW: <https://diariodarepublica.pt/dr/legislacao-consolidada/decreto-
aprovacao-constituicao/1976-34520775-4>

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