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FICHA DE RESUMO / CONTEÚDO INDIVIDUAL

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INSTITUIÇÃO: Universidade Eduardo Mondlane
Faculdade de Letras e Ciências Sociais – Departamento de Ciência Política e Administração Pública
Curso de Licenciatura em Ciência Política Ano: II Período: Laboral

Disciplina: Teorias de Estado Docente: Dr. Jaime Guiliche (PhD Semestre: I


Candidate)

Número de Estudante: 20230325 Nome do Estudante: Joventina Jorge Macaringue

IDENTIFICAÇÃO DO TEXTO

Título do capítulo ou artigo: Estado Origem e formação do Estado Editora/Publicadora: Local de edição:
Capítulo do Programa da cadeira: CAPÍTULO II Editora Saraiva Brasil São Paulo
Subtema da cadeira: Origem e formação do Estado

Autor(a/as/es) Dalmo de Abreu Dalari Ano Páginas Resumidas


1998 5
INDICAÇÃO DAS PALAVRAS-CHAVE DO TEXTO (no máximo 5)
Palavras-chave: Teoria Geral do Estado
Teorias sobre a origem do Estado
Época do surgimento do Estado
Motivos determinantes do surgimento do Estado
Formação originária do Estado
União de Estados

NOTAS SOBRE O AUTOR1


O autor apresenta uma análise detalhada sobre a origem e a evolução do Estado ao longo da história, abordando
diferentes perspectivas teóricas e conceituais.
Ele parece ter uma abordagem histórico-política, utilizando uma variedade de fontes e referências para embasar suas
análises.
O autor demonstra familiaridade com os debates teóricos sobre a origem do Estado, citando diversos autores e
correntes de pensamento.
Ele adota uma abordagem comparativa, destacando as semelhanças e diferenças entre diferentes épocas e formas de
Estado.
O autor parece ter uma preocupação em destacar a importância da compreensão histórica do Estado para a formulação
de teorias gerais e para a análise do presente e do futuro político.

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ASSUNTO2
Origem e Conceito do Estado: O texto inicia discutindo a origem da palavra "Estado" e sua adoção ao longo da
história, destacando que seu uso remonta ao século XVI, principalmente relacionado à ideia de uma sociedade política
com autoridade sobre seus membros.
Teorias sobre a Origem do Estado: Apresenta várias teorias sobre a origem do Estado, incluindo a visão de que o
Estado sempre existiu, teorias que veem o Estado como resultado de necessidades sociais ou conveniências, e a ideia
de que o Estado surgiu em um momento específico da história, como durante a Paz de Westfália em 1648.
Causas do Surgimento do Estado: Explora diversas teorias que explicam as causas do surgimento do Estado, como a
origem familiar ou patriarcal, a formação por atos de força ou violência, motivos econômicos e desenvolvimento
interno da sociedade.
Criação de Novos Estados: Discute os processos de criação de novos Estados, seja por fracionamento (divisão de um
Estado em partes) ou união de Estados preexistentes. Também menciona casos atípicos de criação de Estados, como
após guerras ou por motivos excepcionais.
Evolução Histórica do Estado: Aborda a evolução histórica do Estado, desde as formas antigas até o Estado moderno,
e a busca por tipos ou padrões de Estado ao longo da história.
Estado Antigo e Teocrático: Descreve brevemente o Estado Antigo, caracterizado pela unidade e forte influência
religiosa, frequentemente considerado um Estado teocrático devido à sua estreita ligação com questões religiosas.

RESUMO/ARGUMENTO3

Cronologia do uso do termo "Estado":


O texto menciona que o termo "Estado" surgiu pela primeira vez em "O Príncipe" de Maquiavel, escrito em 1513, e
só foi amplamente adotado no século XVI. Isso indica uma evolução linguística e conceitual ao longo do tempo,
refletindo mudanças na organização política e social.

Posições sobre a origem do Estado:


O texto apresenta três posições fundamentais sobre a época do surgimento do Estado:
Alguns autores afirmam que o Estado existiu sempre, desde que o homem vive sobre a Terra, integrado em
organizações sociais com poder e autoridade.
Outros argumentam que o Estado foi formado em diferentes momentos e lugares de acordo com as condições sociais
e históricas específicas.
Uma terceira posição só considera como Estado as sociedades políticas com características bem definidas, surgidas
mais tarde na história, especialmente no século XVII.

Teorias sobre a formação originária do Estado:


O texto menciona várias teorias, incluindo a origem familial ou patriarcal, em atos de força, violência ou conquista,
em causas econômicas ou patrimoniais, e no desenvolvimento interno da sociedade.
Destaca-se a influência das teorias de Marx e Engels, que consideram o Estado como um produto da sociedade em
certo estágio de desenvolvimento, relacionado à acumulação de riqueza e à divisão de classes.

Criação de novos Estados:


O texto discute a criação de novos Estados por meio de processos derivados, como a separação de territórios de

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Estados preexistentes ou a dissolução de uniões federativas.
Exemplos históricos como a criação dos Estados alemães após a Segunda Guerra Mundial e a dissolução da União
Soviética são citados para ilustrar esses processos.

Evolução histórica do Estado:


O texto propõe uma tipificação do Estado ao longo da história, dividindo-a em fases como Estado Antigo, Estado
Grego, Estado Romano, Estado Medieval e Estado Moderno.
Destaca-se a transição do Estado Romano para o Medieval, influenciada pelo cristianismo e marcada pela unificação
do Império Romano e a ascensão de novas formas de sociedade política

TRANSCRIÇÃO DE CITAÇÕES MAIS RELEVANTES4

Referências:
Jellinek, G. (1900). Teoria General del Estado. Madrid: Aguilar.
Reale, M. (1974). O Direito como Experiência. São Paulo: Saraiva.
Ulhoa Cintra, G. de. (1959). Instituições de Direito Romano. São Paulo: Saraiva.

Citação:
No estudo da origem do Estado, há duas espécies de indagação: uma sobre a época do seu aparecimento e outra sobre
os motivos que determinaram e determinam seu surgimento. A definição do termo "Estado" é crucial para
compreender as diferentes correntes teóricas (Jellinek, 1900).
Existem três posições fundamentais em relação à época do aparecimento do Estado. Para alguns autores, o Estado
sempre existiu como parte da organização social humana, enquanto outros argumentam que ele surgiu em momentos
específicos para atender às necessidades dos grupos sociais (Jellinek, 1900).
As causas do aparecimento dos Estados podem ser agrupadas em teorias não-contratualistas e contratualistas. Entre as
não-contratualistas, destacam-se as teorias que enfatizam a origem familial, em atos de força ou violência, em causas
econômicas ou no desenvolvimento interno da sociedade (Jellinek, 1900).
A criação de Estados por formação derivada é comum na atualidade, assim como a separação de partes do território
para constituir novos Estados. O reconhecimento pelos demais Estados não é indispensável para a criação de um novo
Estado, mas é importante que este tenha viabilidade e possa agir com independência (Jellinek, 1900).
A evolução histórica do Estado pode ser compreendida por meio da fixação das formas fundamentais que ele adotou
ao longo dos séculos. Embora não seja fácil estabelecer tipos de Estados, é possível buscar elementos para essa
classificação (Jellinek, 1900; Reale, 1974).
O Estado Antigo, de caráter teocrático, representava uma fase inicial na qual a religião exercia forte influência sobre a
organização política. O Estado Grego, baseado na cidade-Estado, valorizava a autossuficiência e tinha uma elite
política restrita. O Estado Romano, apesar de suas várias formas de governo, manteve as características de cidade-
Estado até a influência do cristianismo e a transição para novas formas de sociedade política (Jellinek, 1900; Ulhoa
Cintra, 1959).

CRÍTICA E CONTRIBUIÇÃO

CONTRIBUIÇÃO5
A obra/texto aborda de forma abrangente e detalhada o estudo da origem e evolução do Estado ao longo da história,

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apresentando uma análise crítica das diferentes teorias e fases do desenvolvimento político das sociedades humanas.
A importância da obra pode ser examinada em diferentes níveis:
Nível acadêmico: O texto fornece uma base sólida para o estudo da teoria política e da história do Estado, abordando
diferentes perspectivas e correntes de pensamento. Ele apresenta uma síntese das principais teorias sobre a origem do
Estado, discutindo aspectos como a formação originária e derivada dos Estados, as causas determinantes do
surgimento do Estado e a evolução histórica das formas de governo. Essa abordagem ampla e detalhada é
fundamental para estudantes e pesquisadores das áreas de Ciência Política, História e Sociologia.
Nível social: Compreender a origem e evolução do Estado é essencial para contextualizar e analisar os sistemas
políticos contemporâneos. O conhecimento proporcionado pelo texto ajuda a compreender as estruturas políticas e
institucionais atuais, bem como os desafios e dilemas enfrentados pelas sociedades em relação ao poder político e à
organização social.
Nível pessoal: Para os leitores interessados em política, história e questões sociais, a obra oferece uma oportunidade
de aprofundar o conhecimento sobre temas fundamentais para a compreensão da sociedade humana. Além disso, ao
fornecer uma análise crítica das teorias e conceitos relacionados ao Estado, o texto estimula o pensamento reflexivo e
a formação de opinião sobre questões políticas e sociais.

OUTRAS NUANCES5
No contexto do texto fornecido, uma relação de pontos divergentes pode ser estabelecida entre duas teorias: a de
Wilhelm Koppers, que defende a ideia de que o Estado é um elemento universal na organização social humana desde
tempos imemoriais, e a de Karl Schmidt, que argumenta que o conceito de Estado é uma construção histórica concreta
que só surge com a ideia e prática da soberania, o que ocorreu apenas no século XVII.
Enquanto Koppers sustenta que o Estado sempre existiu como parte integrante das sociedades humanas, Schmidt
discorda, argumentando que o Estado é uma entidade que surgiu em um período específico da história, associado ao
desenvolvimento da ideia de soberania.
Essas teorias divergentes destacam diferentes interpretações sobre a natureza e o surgimento do Estado, oferecendo
perspectivas distintas para compreender a evolução das sociedades políticas ao longo da história. Enquanto uma
enfatiza a continuidade e a universalidade do Estado, a outra destaca sua emergência como um fenômeno histórico
específico em determinado momento.

PROBLEMAS E LIMITAÇÕES6
O texto apresenta uma análise detalhada sobre a origem, evolução e tipos de Estado, bem como sobre a formação derivada e a
separação de territórios para a criação de novos Estados. No entanto, é importante apontar alguns vieses, limitações e contextos
desfavoráveis:
Eurocentrismo e cronocentrismo: O texto parece focar principalmente no desenvolvimento dos Estados na Europa e no
Ocidente, deixando de lado outras regiões do mundo que também tiveram formas de organização política complexas e evoluídas.
Além disso, ao considerar a cronologia eurocêntrica, pode-se negligenciar a existência de sistemas políticos e formas de
organização social em outras culturas e períodos históricos.
Simplificação das teorias: O texto apresenta uma síntese das teorias sobre a origem do Estado e suas fases históricas, porém, essa
simplificação pode levar a uma compreensão superficial dos fenômenos políticos e sociais envolvidos. Cada teoria e período
histórico merecem uma análise mais aprofundada e crítica, levando em consideração diferentes perspectivas e abordagens
acadêmicas.
Falta de contextualização contemporânea: Embora o texto aborde a criação de novos Estados e a evolução do conceito de Estado
até os tempos modernos, falta uma análise mais detalhada sobre o contexto político, econômico e social atual, especialmente
considerando os desafios enfrentados pelos Estados no século XXI, como globalização, questões ambientais, desigualdades
sociais, entre outros.
Ausência de fontes recentes: O texto parece basear-se em fontes que datam do século XX, o que pode limitar a compreensão dos
avanços teóricos e das mudanças históricas ocorridas desde então. Uma abordagem mais atualizada poderia enriquecer a análise
e fornecer uma visão mais completa e precisa do tema.
Perspectiva unilinear da evolução do Estado: O texto parece seguir uma perspectiva unilinear da evolução do Estado, sugerindo
uma progressão gradual e inevitável de formas políticas mais simples para formas mais complexas. Essa abordagem pode
ignorar a diversidade de trajetórias históricas e a coexistência de diferentes formas de organização política em diferentes
períodos e contextos geográficos.

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