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INSTITUIÇÃO: Universidade Eduardo Mondlane
Faculdade de Letras e Ciências Sociais – Departamento de Ciência Política e Administração Pública
Curso de Licenciatura em Ciência Política Ano: II Período: Laboral
IDENTIFICAÇÃO DO TEXTO
Título do capítulo ou artigo: Estado Origem e formação do Estado Editora/Publicadora: Local de edição:
Capítulo do Programa da cadeira: CAPÍTULO II Editora Saraiva Brasil São Paulo
Subtema da cadeira: Origem e formação do Estado
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ASSUNTO2
Origem e Conceito do Estado: O texto inicia discutindo a origem da palavra "Estado" e sua adoção ao longo da
história, destacando que seu uso remonta ao século XVI, principalmente relacionado à ideia de uma sociedade política
com autoridade sobre seus membros.
Teorias sobre a Origem do Estado: Apresenta várias teorias sobre a origem do Estado, incluindo a visão de que o
Estado sempre existiu, teorias que veem o Estado como resultado de necessidades sociais ou conveniências, e a ideia
de que o Estado surgiu em um momento específico da história, como durante a Paz de Westfália em 1648.
Causas do Surgimento do Estado: Explora diversas teorias que explicam as causas do surgimento do Estado, como a
origem familiar ou patriarcal, a formação por atos de força ou violência, motivos econômicos e desenvolvimento
interno da sociedade.
Criação de Novos Estados: Discute os processos de criação de novos Estados, seja por fracionamento (divisão de um
Estado em partes) ou união de Estados preexistentes. Também menciona casos atípicos de criação de Estados, como
após guerras ou por motivos excepcionais.
Evolução Histórica do Estado: Aborda a evolução histórica do Estado, desde as formas antigas até o Estado moderno,
e a busca por tipos ou padrões de Estado ao longo da história.
Estado Antigo e Teocrático: Descreve brevemente o Estado Antigo, caracterizado pela unidade e forte influência
religiosa, frequentemente considerado um Estado teocrático devido à sua estreita ligação com questões religiosas.
RESUMO/ARGUMENTO3
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Estados preexistentes ou a dissolução de uniões federativas.
Exemplos históricos como a criação dos Estados alemães após a Segunda Guerra Mundial e a dissolução da União
Soviética são citados para ilustrar esses processos.
Referências:
Jellinek, G. (1900). Teoria General del Estado. Madrid: Aguilar.
Reale, M. (1974). O Direito como Experiência. São Paulo: Saraiva.
Ulhoa Cintra, G. de. (1959). Instituições de Direito Romano. São Paulo: Saraiva.
Citação:
No estudo da origem do Estado, há duas espécies de indagação: uma sobre a época do seu aparecimento e outra sobre
os motivos que determinaram e determinam seu surgimento. A definição do termo "Estado" é crucial para
compreender as diferentes correntes teóricas (Jellinek, 1900).
Existem três posições fundamentais em relação à época do aparecimento do Estado. Para alguns autores, o Estado
sempre existiu como parte da organização social humana, enquanto outros argumentam que ele surgiu em momentos
específicos para atender às necessidades dos grupos sociais (Jellinek, 1900).
As causas do aparecimento dos Estados podem ser agrupadas em teorias não-contratualistas e contratualistas. Entre as
não-contratualistas, destacam-se as teorias que enfatizam a origem familial, em atos de força ou violência, em causas
econômicas ou no desenvolvimento interno da sociedade (Jellinek, 1900).
A criação de Estados por formação derivada é comum na atualidade, assim como a separação de partes do território
para constituir novos Estados. O reconhecimento pelos demais Estados não é indispensável para a criação de um novo
Estado, mas é importante que este tenha viabilidade e possa agir com independência (Jellinek, 1900).
A evolução histórica do Estado pode ser compreendida por meio da fixação das formas fundamentais que ele adotou
ao longo dos séculos. Embora não seja fácil estabelecer tipos de Estados, é possível buscar elementos para essa
classificação (Jellinek, 1900; Reale, 1974).
O Estado Antigo, de caráter teocrático, representava uma fase inicial na qual a religião exercia forte influência sobre a
organização política. O Estado Grego, baseado na cidade-Estado, valorizava a autossuficiência e tinha uma elite
política restrita. O Estado Romano, apesar de suas várias formas de governo, manteve as características de cidade-
Estado até a influência do cristianismo e a transição para novas formas de sociedade política (Jellinek, 1900; Ulhoa
Cintra, 1959).
CRÍTICA E CONTRIBUIÇÃO
CONTRIBUIÇÃO5
A obra/texto aborda de forma abrangente e detalhada o estudo da origem e evolução do Estado ao longo da história,
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apresentando uma análise crítica das diferentes teorias e fases do desenvolvimento político das sociedades humanas.
A importância da obra pode ser examinada em diferentes níveis:
Nível acadêmico: O texto fornece uma base sólida para o estudo da teoria política e da história do Estado, abordando
diferentes perspectivas e correntes de pensamento. Ele apresenta uma síntese das principais teorias sobre a origem do
Estado, discutindo aspectos como a formação originária e derivada dos Estados, as causas determinantes do
surgimento do Estado e a evolução histórica das formas de governo. Essa abordagem ampla e detalhada é
fundamental para estudantes e pesquisadores das áreas de Ciência Política, História e Sociologia.
Nível social: Compreender a origem e evolução do Estado é essencial para contextualizar e analisar os sistemas
políticos contemporâneos. O conhecimento proporcionado pelo texto ajuda a compreender as estruturas políticas e
institucionais atuais, bem como os desafios e dilemas enfrentados pelas sociedades em relação ao poder político e à
organização social.
Nível pessoal: Para os leitores interessados em política, história e questões sociais, a obra oferece uma oportunidade
de aprofundar o conhecimento sobre temas fundamentais para a compreensão da sociedade humana. Além disso, ao
fornecer uma análise crítica das teorias e conceitos relacionados ao Estado, o texto estimula o pensamento reflexivo e
a formação de opinião sobre questões políticas e sociais.
OUTRAS NUANCES5
No contexto do texto fornecido, uma relação de pontos divergentes pode ser estabelecida entre duas teorias: a de
Wilhelm Koppers, que defende a ideia de que o Estado é um elemento universal na organização social humana desde
tempos imemoriais, e a de Karl Schmidt, que argumenta que o conceito de Estado é uma construção histórica concreta
que só surge com a ideia e prática da soberania, o que ocorreu apenas no século XVII.
Enquanto Koppers sustenta que o Estado sempre existiu como parte integrante das sociedades humanas, Schmidt
discorda, argumentando que o Estado é uma entidade que surgiu em um período específico da história, associado ao
desenvolvimento da ideia de soberania.
Essas teorias divergentes destacam diferentes interpretações sobre a natureza e o surgimento do Estado, oferecendo
perspectivas distintas para compreender a evolução das sociedades políticas ao longo da história. Enquanto uma
enfatiza a continuidade e a universalidade do Estado, a outra destaca sua emergência como um fenômeno histórico
específico em determinado momento.
PROBLEMAS E LIMITAÇÕES6
O texto apresenta uma análise detalhada sobre a origem, evolução e tipos de Estado, bem como sobre a formação derivada e a
separação de territórios para a criação de novos Estados. No entanto, é importante apontar alguns vieses, limitações e contextos
desfavoráveis:
Eurocentrismo e cronocentrismo: O texto parece focar principalmente no desenvolvimento dos Estados na Europa e no
Ocidente, deixando de lado outras regiões do mundo que também tiveram formas de organização política complexas e evoluídas.
Além disso, ao considerar a cronologia eurocêntrica, pode-se negligenciar a existência de sistemas políticos e formas de
organização social em outras culturas e períodos históricos.
Simplificação das teorias: O texto apresenta uma síntese das teorias sobre a origem do Estado e suas fases históricas, porém, essa
simplificação pode levar a uma compreensão superficial dos fenômenos políticos e sociais envolvidos. Cada teoria e período
histórico merecem uma análise mais aprofundada e crítica, levando em consideração diferentes perspectivas e abordagens
acadêmicas.
Falta de contextualização contemporânea: Embora o texto aborde a criação de novos Estados e a evolução do conceito de Estado
até os tempos modernos, falta uma análise mais detalhada sobre o contexto político, econômico e social atual, especialmente
considerando os desafios enfrentados pelos Estados no século XXI, como globalização, questões ambientais, desigualdades
sociais, entre outros.
Ausência de fontes recentes: O texto parece basear-se em fontes que datam do século XX, o que pode limitar a compreensão dos
avanços teóricos e das mudanças históricas ocorridas desde então. Uma abordagem mais atualizada poderia enriquecer a análise
e fornecer uma visão mais completa e precisa do tema.
Perspectiva unilinear da evolução do Estado: O texto parece seguir uma perspectiva unilinear da evolução do Estado, sugerindo
uma progressão gradual e inevitável de formas políticas mais simples para formas mais complexas. Essa abordagem pode
ignorar a diversidade de trajetórias históricas e a coexistência de diferentes formas de organização política em diferentes
períodos e contextos geográficos.