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𝑑𝐴 𝑑𝐴 𝑑𝐴 𝐴
− = 𝑘𝐴 ∴ = −𝑘𝑑𝑡 ∴ ∫ = − ∫ 𝑘𝑑𝑡 ∴ ln 𝐴 = ln 𝐴0 − 𝑘𝑡 ∴ ln = −𝑘𝑡 ∴
𝑑𝑡 𝐴 𝐴 𝐴0
onde ln representa o logaritmo natural e A0 e A são as concentrações do reagente A no
instante inicial e em determinado instante t, respetivamente. Esta equação pode ser
expressa de forma exponencial por:
𝐴
(5) = 𝑒 −𝑘𝑡
𝐴0
A partir desta expressão, nota-se que numa reação de primeira ordem, quanto
maior for a constante de velocidade, mais rápido é o decréscimo exponencial do
reagente A.
Na área da ciência alimentar e processamento de alimentos, em vez da utilização
do valor da constante de velocidade (k), é mais usual a utilização do valor D, valor que
representa o tempo de redução decimal, definido como o tempo necessário para reduzir
90% da população inicial de micro-organismos e expresso geralmente em minutos.
Alternativamente, também pode ser interpretado como o tempo necessário para a
redução de um ciclo logarítmico na população microbiana. A relação entre o valor de k
e de D é dada pela seguinte equação,
ln 10
(6) 𝐷 = 𝑘
Substituindo a equação 6, na equação 5, obtém-se,
𝑡
𝐴
(7) = 10−𝐷
𝐴0
Para populações microbianas utiliza-se o modelo de Bigelow para descrever a
influência da temperatura no tempo de redução decimal.
O fator z, constante de resistência térmica, é usado na área do processamento
alimentar para quantificar o efeito da temperatura na destruição de micro-organismos, à
semelhança da energia de ativação para reações químicas e bioquímicas.
A constante de resistência térmica, z, é definida como o aumento da temperatura
necessário para causar uma redução de 90% no tempo de redução decimal e geralmente
é expressa em ͦC.
Segundo o modelo de Bigelow o efeito da temperatura na destruição dos micro-
organismos é expresso por,
𝑇𝑟𝑒𝑓 −𝑇
(8) 𝐷 = 𝐷𝑟𝑒𝑓 10 𝑧
Sendo, Dref o valor de D à temperatura de referência, Tref ( ͦC), e z vem expresso
em minutos.
Com a equação 8, encontramos a relação de D e Z, porém, necessitando de uma
referência na qual dificilmente teremos os dados para o Corynebacterium glutamicum
especificamente.
Para a abordagem em dois passos por regressão não linear, inicialmente estima-
se o tempo de redução decimal (D) individualmente para cada temperatura estudada,
segundo a cinética de primeira ordem, equação 9.
𝑡
𝑋
(9) 𝑋 = 10−𝐷
0
Linearizando,
𝑋 𝑡
(10) log(𝑋 ) = − 𝐷
0
2.3 O valor z
O valor z é baseado em dados experimentais que podem vir de qualquer um dos
dois tipos de experimentos:
1) experimentos realizados para determinar TDTs em várias temperaturas, ou
2) experimentos realizados para determinar valores D em várias temperaturas.
Como o valor z é sempre o resultado de uma série de experimentos em um
mínimo de duas temperaturas e, mais desejavelmente, três ou quatro temperaturas, o
experimento deve validar o sistema de teste para garantir que os dados do valor D
gerados nos experimentos das diversas temperaturas podem ser combinadas, se os dados
nas várias temperaturas são para diferentes condições de teste, eles não podem ser
combinados para produzir um valor z significativo.
No gráfico TDT ou TR onde os valores de log F (ou log D) são plotados como
uma função da temperatura, o resultado é uma linha reta como originalmente descrito
por Bigelow (1921). O valor z é o grau de mudança de temperatura para a linha reta
percorrer um ciclo logarítmico; também, são os graus de temperatura alterados (ΔT)
para que o valor F ou D mude por um fator de dez.
(Desnecessário dizer que, ao lidar com sistemas biológicos, haverá exceções,
mas do ponto de vista da engenharia de esterilização, vamos supor que uma linha reta
relacionamento existe.)
3 Resultados e discussões
Conforme as informações citadas nos capítulos anteriores, utilizamos os valores
de temperaturas em 70, 75, 80, 85, 87,5, 90 e 95°C para verificarmos a inativação de
Corynebacterium glutamicum em efluente industrial.
Como primeira etapa temos o gráfico do teste TDT para o microrganismo
abaixo, representado pela figura 5.
Z (°C)
2,0 min 0,7 min 0,7 min 0,01 min
63 °C 84 °C 84 °C 102 °C
Z = 10 °C Z = 9 °C
4 Conclusões
Como apresentado, fica recomentado o procedimento de inativação com os
parâmetros D=0,7 min (84°C) e Z=9°C.
Citado em procedimento operacional, utilizamos 85°C como temperatura padrão
de aquecimento para inativação, combinada com um sistema de tubulação apresentando
um possível tempo de residência mínimo em 2,32 minutos (Vazão 300kL/h por Volume
11,6 kL).
Bibliografia