EXCELENTÍSSIMO JUIZ DE DIREITO DA VARA ÚNICA DA COMARCA DE

TORITAMA-PE

Autos do processo nº: 0000926-41.2020.8.17.3490

Autor: Maria Rozelma Alves Florêncio
Réu: Itaú Unibanco

MARIA ROZELMA ALVES FLORÊNCIO, já qualificada nos autos, vem,

através de seu advogado legalmente constituído, manifestar-se quanto ao despacho ID
152866278, pugnando pela determinação de MEDIDA COERCITIVA.

Excelência, a parte autora, requerente da perícia grafotécnica, a suas expensas

realizou o pagamento dos honorários periciais, anexando toda documentação solicitada a
realização do exame, sendo determinado no despacho supracitado que a parte demanda
juntasse aos autos documentação essencial a realização da perícia, sem a qual não é viável de
ser produzida.

Contudo, embora devidamente intimada conforme expediente processual, a

parte demandada quedou-se inerte, descumprindo ordem judicial, protelando a marcha de um
processo que já perdura em trâmite há mais de 03 anos.

Face o descumprimento da medida judicial, não há outra solução senão a

determinação de medidas coercitivas a garantir o cumprimento da decisão e a razoável
duração do processo.

Isto posto, preleciona o artigo 139 do CPC/15, O juiz dirigirá o processo

conforme as disposições deste Código, incumbindo-lhe: ... IV - determinar todas as
medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias necessárias para
assegurar o cumprimento de ordem judicial, inclusive nas ações que tenham por objeto
prestação pecuniária; (grifo nosso).

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 Destaco, ainda, que o descumprimento de ordem judicial visando protelar a
marcha processual configura má-fé processual, além de crime de desobediência, previsto no
art. 330 do CP.

Ante o exposto, requer a autora:

i) A determinação de medida coercitiva a obrigar a demandada realizar a

juntada da documentação requerida, no prazo de 05 dias, sob pena de
multa diária no valor de R$ 1.000,00 (mil reais), limitado a 30 (trinta)
dias;
ii) Com a juntada, intime-se a perita para realização do laudo pericial
grafotécnico com urgência;
iii) Seja declarada a má-fé processual da parte demandada, em razão da
protelação do feito, condenando-o nestes termos.

Toritama, 04 de março de 2024.

Davi Wallas de Souza

OAB/PE nº 60.950

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