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ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO...................................................................................... 2
2. PARTE PRINCIPAL............................................................................... 3
3. CONCLUSÃO........................................................................................ 16
BIBLIOGRAFIA......................................................................................... 17
2
1. INTRODUÇÃO
A tentação é uma realidade que faz parte de toda a nossa vida, algo com o qual
temos que combater dia e noite, pois suas consequências são nefastas. Não é uma
realidade puramente espiritual, pois visa o homem, formado de corpo e alma, de uma
realidade física e espiritual. Além disso, para que esta alcance seu fim (o pecado),
necessita da colaboração do homem, de um ato de sua vontade livre.
3
2. PARTE PRINCIPAL
Não concordo com esta distinção feita por Sto. Agostinho, pois não existem dois
tipos de tentação, ou seja, uma enganadora ou sedutora, e outra probatória. Existem
modalidades diferentes sobre a mesma realidade, isto é, a tentação vista objetivamente e
a tentação vista subjetivamente.
1
G. A. SOLIMEO; L. S. SOLIMEO, Anjos e Demônios. A luta contra o poder das trevas, Atpress, São
Paulo 1944, 86-87: itálico do autor.
2
Cf. J. A. FORTEA, Summa Demoníaca. Tratado de demonologia e manual de exorcistas, Palavra &
Prece, São Paulo 2010, q. 29, 51-52: a distinção entre natural e preternatural.
3
Cf. TOMÁS DE AQUINO, Suma Teológica, I. q. 114, a. 2 em: ibid., 89.
4
Cf. G. HUBER, O diabo, hoje, Quadrante, São Paulo 1999, 44-45.
4
será, também, uma prova; caso eu não consiga enxergá-la como prova, então ela será,
aquilo que realmente é, e nunca deixará de ser: tentação, que objetivamente, não tem
outra finalidade, se não, levar-me a pecar. Isto fica claro com o fato que, o demônio
também tenta pessoas que nem sabem o que são virtudes e muito menos a desejam.
Para a tentação no fim, alcançar sua única finalidade, que é o mal (o pecado), ou
vir a ser um bem para mim (crescimento na virtude), dependerá de mim mesmo – e
neste último caso, também da minha colaboração com a graça de Deus –, de como a
encaro – somente como engano ou sedução, ou também, como provação –, e da minha
livre decisão em face dela, pois a tentação, de si mesma, não é pecado.
5
Ibid., 86: itálico do autor.
5
Bem, uma vez deixado claro sobre esta questão de tentação e provação, ou seja,
que a tentação, sempre será uma tentação, ela “pode então ser definida como uma
incitação ao pecado. Consiste em um estímulo, uma solicitação da vontade para o mal.
Quando procede de nós mesmos (tentação interna), pode ser indicada mais bem como
inclinação, arrebatamento, estímulo; se provém de outros inclusive do demônio
podemos referir-nos a ela como convite, solicitação, incitação.”6
Pelo fato do presente trabalho ter como foco, a causa preternatural, ou seja, o
demônio, mais especificamente, sua ação (ordinária), não entrarei em muitos detalhes
sobre as causas naturais, que, aliás, são muito bem vindas ao demônio, como
“munições” das quais ele pode utilizar-se para realizar o seu ofício próprio.
“De tal modo que, embora, os teólogos aceitem no plano teórico a possibilidade de a
tentação por ter uma causa apenas natural o mundo ou a carne sem entrar
necessariamente a ação do demônio, no plano prático, em geral, admitem que o
Maligno, sempre à espreita, se aproveita de todas as circunstâncias para cavalgar a
tentação natural e aumentar a sua intensidade ou malícia.”7
“Por outro lado, é indiscutível que o demónio (sic!) se pode servir da nossa
situação, da inclinação para o pecado que trazemos em nós, e potenciá-la através da
sedução e da mentira. é exatamente nisto que reside o se caráter de tentador.”8
6
Ibid., 87: itálico do autor. Na tentação que provém de outros, pode incluir-se também, as outras pessoas,
e o mundo.
7
Ibid., 89.
8
J. A. SAYÉS, O Demônio, realidade ou mito?, Paulus, Portugal 1999, 112-113.
6
São Paulo deixa-nos bem claro, esta verdade, quando nos diz: “Se sentirdes
raiva, seja sem pecar: não se ponha o sol sobre vossa ira, para não dardes
oportunidade ao demônio” (Ef 4,26-27).
2.2.1 A carne
“Donde vêm as lutas e as contendas entre vós? Não vêm elas de vossas paixões,
que combatem em vossos membros?” (Tg 4,1).
São Tomás ensina: “Nem todos os pecados são cometidos por instigação do
demônio, mas alguns são cometidos pela livre vontade e corrupção da carne”10.
“Não há nada que possa dizer quantas tentações procedem do demônio e quantas de
nosso interior. Mas parece razoável pensar que maior parte das tentações procede de
nós mesmos. Não necessitamos de ninguém para sermos tentados... É certo que o
demônio tentou a primeira mulher. Mas sem o demônio poderíamos pecar
igualmente. A tentação não necessita dele ela basta a si mesma. Se não, quem tentou
o demônio?”11
9
SOLIMEO, 87.
10
TOMÁS DE AQUINO, Suma Teológica, I. q. 114, a. 2 em: Ibid.
11
FORTEA, q. 18, 40.
7
Esta luta dramática entre o bem e o mal, entre a luz e as trevas que ocorre dentro
de nós, São Paulo explicita-nos muito bem:
“Sabemos, de fato, que a lei é espiritual, mas eu sou carnal, vendido ao pecado. Não
entendo, absolutamente, o que faço, pois não faço o que quero; faço o que aborreço.
E, se faço o que não quero, reconheço que a lei é boa. Mas, então, não sou eu que o
faço, mas o pecado que em mim habita. Eu sei que em mim, isto é, na minha carne,
não habita o bem, porque o querer o bem está em mim, mas não sou capaz de efetuá-
lo. Não faço o bem que quereria, mas o mal que não quero. Ora, se faço o que não
quero, já não sou eu que faço, mas sim o pecado que em mim habita. Encontro, pois,
em mim esta lei: quando quero fazer o bem, o que se me depara é o mal. Deleito-me
na lei de Deus, no íntimo do meu ser. Sinto, porém, nos meus membros outra lei, que
luta contra a lei do meu espírito e me prende à lei do pecado, que está nos meus
membros. Homem infeliz que sou! Quem me livrará deste corpo que me acarreta a
morte?...” (Rm 7,14-24).
2.2.2 O mundo
Claro que aqui não se trata do mundo material, que Deus criou, contemplou e
viu que tudo era muito bom (cf. Gn 1,31).
“Em este sentido „mundo‟ es la materilización del mal que el hombre comete. „Mundo‟
son las actitudes soberbias de la vana aparencia, las venganzas cometidas que se
pregonan y ensalzan, el afán de riqueza plasmado em el lujo o la injusticia, los
desordenes sexuales practicados y exaltados eróticamente, el deseo de consumir por
puro disfrute, las ideas proclamadas de felicidad como sinônimo de placer, la
vanagloria em la exaltación de la persona, el despretigio que se sigue de la ofensa del
honor ajeno...
Continua:
12
Catecismo da Igreja Católica, Loyola, São Paulo ¹º2000, 467, n° 1707.
13
SOLIMEO, 88.
8
“Não ameis o mundo nem as coisas do mundo. Se alguém ama o mundo, não está nele
o amor do Pai. Porque tudo o que há no mundo - a concupiscência da carne, a
concupiscência dos olhos e a soberba da vida - não procede do Pai, mas do mundo. O
mundo passa com as suas concupiscências, mas quem cumpre a vontade de Deus
permanece eternamente” (1Jo 2,15-17).
“Si se pretende acer una exégesis del texto de san Juan acerca de las „fuentes por las
que el mundo ocasiona el mal‟, los exegetas y los teólogos las ejemplifican de este
modo: La „concupiscencia de la carne‟, indiscutiblemente, que tiene un sentido literal
de lo que se llama desorden sensual; pero, referido al mundo, se puede entender
como el conjunto de los desordenes sensuales que ofrece la sociedad y que actúan
como tentación sobre la propria concupiscencia desbocada.
Continua:
Finaliza:
Finalmente „la soberbia de la vida‟, se traduciría por lo que cabia calificar como
„concepción humana y racionalista de la realidad‟, en una palabra, la soberbia
autosuficiente.”15
2.2.3 O demônio
“Sede sóbrios e vigiai. Vosso adversário, o demônio, anda ao redor de vós como
o leão que ruge, buscando a quem devorar” (1Pd 5,8).
14
A. FERNÁNDEZ, Diccionario de Teología Moral, Monte Carmelo, Burgos 2005, 1316, col. I.
15
Ibid., 1316, col. II.
16
SOLIMEO, 89.
9
Esta afirmação de São Pedro, tem algo de muito valioso: o fato do demônio
andar ao redor de nós; isto quer dizer, em outras palavras, que ele está, o tempo todo, a
nos observar atentamente, para que, como um leão, ataque no momento certo, para ter a
certeza que não irá perder a sua presa.
“Os demônios podem nos tentar, mas não podem ler nossos pensamentos. Embora, dada
sua inteligência, possam adivinhar o que pensamos. Por serem seres mais inteligentes d
que nós, eles deduzem muito mais coisas com maior segurança do que deduziríamos
com poucos sinais exteriores.”18
17
FORTEA, 45.
18
Ibid., 57: Cf. TOMÁS DE AQUINO, Suma Teológica, I. q. 57, a. 4.
10
nós mesmos ou quando vem do demônio. Pois bem, fica realmente difícil distinguir sua
origem, pois, independente de onde vem, é a nós apresentada do mesmo modo, ou seja,
como uma espécie inteligível19.
As citações elencadas abaixo deixam bem claro, toda esta questão, sem
necessidade de maiores explicações.
“Pois bem, iluminada pela Revelação e guiada por uma sã filosofia, a Igreja ensina-me
que o demônio tem certo poder sobre mim... Não pode atingir diretamente a minha
inteligência e a minha vontade, faculdades completamente espirituais e unicamente
acessíveis a Deus, mas pode, com os seus poderes, afetar os meus sentidos externos,
como a vista, o tato, o ouvido, e os meus sentidos internos, como a memória, a fantasia
e a imaginação.”20
“No que se refere às funções próprias da vida intelectiva, os demônios só podem chegar
a elas indireta e mediatamente, quer dizer, atuando sobre a parte corpórea e sobre a vida
sensitiva, das quais a alma deve servir-se para desenvolver suas atividades espirituais.
Em outros termos, os demônios podem agir... apenas indiretamente sobre sua
inteligência e a sua vontade.”21
19
Cf. FORTEA, q. 22, 43-44.
20
HUBER, ibid, 69: Na nota de rodapé do editor, referente a esta citação, este explica que, sobre a ação
do demônio sobre os sentidos externos, como por exemplo, a vista, ele age “não tanto diretamente, isto é,
sugerindo ilusões ou miragens, mas dirigindo o nosso olhar para que se fixe no que não nos convém, em
imagens de crueldade, sexualidade crua, etc.”
21
SOLIMEO, 78.
11
Continua:
Finaliza:
Por conseguinte, podem o que os homens não podem, pois podem agir imediatamente
sobre os nossos sentidos interiores: a nossa imaginação, a nossa sensibilidade e as
reações orgânicas mais profundas do nosso corpo. E este será o campo próprio da sua
atividade tentadora. Far-nos-ão imaginar relações falsas, provocarão em nós temores
vãos, movimentos desordenados, etc.”22
“Conforme ensina São Tomás (Suma Teológica, I-II. q. 80, a. 1-3), o entendimento, por
inclinação própria só move quando algo o ilumina em ordem ao conhecimento da
verdade. Ora, os demônios não querem conduzir o entendimento à verdade, mas, pelo
contrário, entenebrecê-lo como meio de levar o homem ao pecado. Por isso, eles não
conseguem mover diretamente a inteligência do homem, e procuram então influir sobre
ela indiretamente, através da sua ação sobre a imaginação e a sensibilidade.”23
“Os demônios não podem tampouco mover diretamente a vontade humana, pois isto só
o próprio homem ou Deus podem fazer; mesmo que o Maligno, por permissão divina,
se assenhoreie do corpo do homem e entenebreça sua mente – como se dá na possessão
–, ele não pode obrigá-lo a pecar, pois a vontade não participaria dos atos maus assim
realizados, os quais seriam em conseqüência pecados apenas materiais.”24
“São Tomás (Suma Teológica, I-II. q. 80, a. 1) também se refere a essa persuasão do
demônio, explicando que a vontade humana só se move internamente por ação do
próprio homem ou de Deus; externamente ela pode ser solicitada pelo objeto que,
entretanto, não força o homem a escolher o que não quer.”26
“O Pe. Cândido Lumbreras O.P. (Tratado de los vícios y los pecados – Introducción, p.
766.), assim comenta essa passagem do Doutor Angélico: „Que influência pode sexercer
o demônio nos pecados dos homens?... O demônio pode oferecer aos sentidos seu
objeto, falar à razão, seja interiormente, seja exteriormente; alterar os humores e
produzir imagens perigosas, excitar enfim as paixões que podem mover a vontade e
assenhorear-se do entendimento.”27
“Em comentário a outra passagem de São Tomás, explica o Pe. Jesus Valbueno O.P.
(Tratado del Gobierno del Mundo – Introducciones, p. 898.): „Que os anjos possam
22
J. GUILBERT, Leçons de theologie spirituelle, 1955, vol. I, 1. 23, págs. 281-282 em: HUBER, 70-71.
23
SOLIMEO, 78.
24
Ibid., 78-79.
25
Ibid., 79. Cf. FORTEA, q. 17, 39-40.
26
SOLIMEO, 79.
27
Ibid., 79: itálico do autor.
12
iluminar e de fato iluminam o entendimento humano, é uma verdade que se atesta uma
multidão de lugares nas Sagradas Escrituras... Também os anjos maus são capazes de
produzir, com sua virtude natural, falsas iluminações no entendimento dos homens,
conforme nos admoesta São Paulo para que estejamos alerta pois o próprio Satanás se
disfarça em anjo de luz (2Cor 11,14)
Continua:
Afirma São Tomás que nos sentidos do homem, sejam internos, sejam esternos, os anjos
podem influir e agir a partir de fora e a partir de dentro dos mesmos, quer dizer,
extrínseca e intrinsecamente; mas em relação ao entendimento e à vontade humanas, só
os podem mover e influir indireta e exteriormente, quer dizer, propondo a estas
potências espirituais de uma maneira acomodada a elas seus objetos, que são a verdade
e o bem e influindo nelas indiretamente mediante os sentidos, as paixões, as alterações
corporais sensíveis, etc.‟.”28
2.4.1. A sugestão
Aqui temos o momento mais importante das etapas, o mais decisivo, onde
podemos alcançar mais seguramente a vitória, pois, se negamos imediatamente esta
sugestão, este objeto apresentado, a tentação, ao menos naquele instante – mesmo
sabendo que ela pode retornar –, cessa, ou seja, é o momento onde devemos “cortar o
mal pela raiz”.
28
Ibid. 80: itálico do autor.
29
Cf. Gn 3,1-6: nesta passagem que retrata a queda dos nossos pais, fica muito claro todas estas etapas.
13
O grande exemplo bíblico, para nós – e não poderia ser outro – é o de Nosso
Senhor, quando tentado pelo demônio no deserto30. Logo que apresentada a sugestão, o
objeto, por meio da Palavra de Deus, negava aderir aos mesmos.
pedimos, segundo a expressão grega “me eisenegkes”, que significa “não permitas
entrar em”, de literalmente, não darmos passos ao longo das outras etapas da tentação,
pois, o Pai e Jesus, sabem mais do que nós, que cada vez que avançamos as etapas, a
possibilidade de consentirmos com a tentação é cada vez maior, ou seja, a derrota fica
mais evidente, pois começamos a combater o demônio de modo mais direto, alguém
muito mais forte do que nós.
2.4.2. A dúvida
2.4.3. O diálogo
Neste momento, realmente, fico a “um passo do abismo”, pois, entro em diálogo
– como já mencionei acima – com alguém que, por causa da sua natureza angélica, é
extremamente mais forte, mais inteligente do que eu; que, por ofício, sabe como
enganar, seduzir, aliciar, e convencer que, aquilo que é mal, é na verdade “bom”. É
exatamente para esta etapa que o demônio quer conduzir-nos, pois sabe que a vitória
dele é “quase” certa.
30
Cf. Mt 4,1-11.
31
Cf. Mt 6,13.
32
Cf. Mt 26,41.
14
“Repeli-la de pronto. A tentação nada pode fazer se a repelimos; se não dialogamos com
ela, é inofensiva. Porque desde o momento que dialogamos com ela, em que
ponderamos os prós e os contras do que nos diz, em que consideramos o que nos
propõe, desde este instante nossa fortaleza se enfraquece, nossa oposição se debilita.
Uma vez iniciado o diálogo, necessitamos de muito mais força de vontade para repeli-
la.”33
2.4.4. O consentimento
“Podemos ser tentados, mas ao final fazemos o que queremos. Nem todos os
poderes do Inferno podem forçar alguém a cometer o mais leve pecado.”35
Seja aquele que passou por todas as etapas apresentadas, muitas vezes lutando
tenazmente, mas mesmo assim, no final de tudo, consentiu; seja aquele que na mínima
solicitação ao mal, logo consente, o que normalmente acontece com quem já perdeu o
“sentido de pecado”, que vive em função do mesmo; em ambos os casos a culpa é
unicamente deste que consentiu, pois nada, absolutamente nada pode fazê-lo consentir,
nenhuma das fontes, que, aliás, são fontes de tentação, não de pecado; se chego a pecar,
é unicamente por “minha culpa, minha tão grande, minha máxima culpa”.
Não posso como Adão, dizer: “A mulher que pusestes ao meu lado apresentou-
me deste fruto, e eu comi” (Gn 3,12).
Claro, não podemos ignorar que, devido algumas circunstâncias, a vontade está
enfraquecida e, por este motivo, torna-me mais susceptível a consentir, mas mesmo
assim, no fim de tudo, o consentimento foi um ato deliberado, no fim, é necessário um
ato livre da minha vontade, para que realmente a tentação alcance sua finalidade: o
pecado.
33
FORTEA, ibid. 44, q. 23.
34
Ibid. 45, q. 24.
35
Ibid. 45, q. 23.
15
Neste ponto, deter-me-ei, não com os remédios apresentados acima, mas outro
remédio muito importante nesta luta, que manifesta também nossa colaboração: a
ascese.
Como já foi falado, quando tratamos sobre “os mecanismos da tentação”, está é
formada em nós por meio dos sentidos: externos e internos.
“O diabo – escreve outro autor espiritual, Emílio Bertone – desenvolve as suas energias,
para dizê-lo de algum modo, no vestíbulo da alma, na região fronteiriça em que se
encontram o espírito e a matéria. Quanto mais indisciplinados forem os sentidos, mais
forte será a tendência para o prazer, mais poder terá o orgulho, mais impressionável será
a fantasia, mais fácil e mais segura a ação de Satanás.”37
36
HUBER, ibid, 71.
37
E. BERTONE, Satana. Ma esiste davvero?, Roma, 1967, 20 em: Ibid, 73: itálico do autor.
38
cit. por BERTONE, ibid., 20-21 em: Ibid, 73.
39
Ibid, 73.
16
3. CONCLUSÃO
Continua:
“Em resumo – como dizia o santo Cura d‟Ars –, não se deve pensar que exista algum
lugar na terra onde possamos escapar à guerra que nos faz o demônio através da nossa
imaginação e da nossa memória: „Encontraremos o demônio por toda a parte, e por toda
a parte tentará tirar-nos o céu; mas por toda parte e sempre poderemos vencer‟”.41
40
Ibid, 72.
41
J. M. VIANEY em: Ibid, 70: itálico meu.
17
BIBLIOGRAFIA: