Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
org/wiki/Edgar_Morin#Ver_também
Edgar Morin
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Em 1941, adere ao Partido Comunista, «num momento em que se sentia, pela primeira vez, que
uma força poderia resistir à Alemanha nazista».
Entre 1942 e 1944, participou da Resistência, como tenente das forças combatentes francesas,
adotando o codinome Morin, que conservaria dali em diante.
1 of 8 18/02/2024, 20:08
Edgar Morin – Wikipédia, a enciclopédia livre https://pt.wikipedia.org/wiki/Edgar_Morin#Ver_também
Em 1960, funda, na École des hautes études en sciences sociales (EHESS), o Centro de estudos de
comunicação de massa (CECMAS), com Georges Friedmann e Roland Barthes, com a intenção de
adotar uma abordagem transdisciplinar do tema, e cria a revista Communications. Morin é
também fundador da revista Arguments (1957-1963).
Nomeado diretor de pesquisa do CNRS em 1970, será também, entre 1973 e 1989, um dos diretores
do Centro de estudos transdisciplinares da EHESS, sucessor do CECMAS.
A 30 de março de 2000, foi agraciado com o grau de Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant'Iago da
Espada, de Portugal. A 2 de setembro de 2023, foi agraciado com o grau de Grã-Cruz da Ordem do
Infante D. Henrique, de Portugal.[1]
"É a consciência de ter sido vítima que permite a Israel tornar-se opressor do povo
palestino. A Shoah, que singulariza o destino vitimário judeu e banaliza todos os
2 of 8 18/02/2024, 20:08
Edgar Morin – Wikipédia, a enciclopédia livre https://pt.wikipedia.org/wiki/Edgar_Morin#Ver_também
outros (do Gulag, dos ciganos, dos africanos escravizados, dos índios das Américas),
torna-se a legitimação de um colonialismo, de um apartheid e de uma guetificação
para os palestinos."
Acrescenta que
O artigo valeu aos seus autores um processo por difamação racial e apologia de atos de terrorismo
movido pela Associação França-Israel. O processo provocou protestos, inclusive de outras
entidades judaicas.[3][4] Afinal, o filósofo acabou sendo inocentado pela Corte de Cassação, a mais
alta instância judiciária francesa.[5]
Pensamento
A principal obra de Edgar Morin é a constituída por seis volumes, "La Méthode" (em português, O
Método). Foi escrita durante três décadas e meia. Trata-se de uma das maiores obras de
epistemologia disponível. Morin inicia os primeiros escritos de "La Méthode" em 1973, com a
publicação do livro "O Paradigma Perdido: a Natureza Humana", uma transformação
epistemológica por questionar o fechamento ideológico e paradigmático das ciências, além de
apresentar uma alternativa à concepção de "paradigma" encontrada em Thomas Kuhn. Seu
primeiro livro traduzido para o português é O cinema ou o homem imaginário, em 1958.
Morin afirma que diante dos problemas complexos que as sociedades contemporâneas hoje
enfrentam, apenas estudos de caráter inter-poli-transdisciplinar poderiam resultar em análises
satisfatórias de tais complexidades:
"Afinal, de que serviriam todos os saberes parciais senão para formar uma configuração que
responda a nossas expectativas, nossos desejos, nossas interrogações cognitivas?.” [6]
No livro Os sete saberes necessários à educação do futuro, Morin apresenta o que ele mesmo
chama de inspirações para o educador ou os saberes necessários a uma boa prática educacional.
O pensamento complexo
Complexo vem do Latim complexus, que quer dizer “aquilo que é tecido em conjunto”. Segundo o
próprio Morin, nós somos:
3 of 8 18/02/2024, 20:08
Edgar Morin – Wikipédia, a enciclopédia livre https://pt.wikipedia.org/wiki/Edgar_Morin#Ver_também
Edgar Morin diz que é sistemático demais possuirmos um sapiens ou dois, em nossa
autodenominação; é preciso acrescentar um demens, ficando: Homo sapiens sapiens demens, o
que mostra o quanto somos descomedidos, loucos. Todo homem é duplo: ao mesmo tempo que é
racional apresenta certa demência.
O operador dialógico envolve o entrelaçar coisas que aparentemente estão separadas: Exemplos:
▪ Razão e emoção
▪ Sensível e inteligível
▪ O real e o imaginário
▪ A razão e os mitos
▪ A ciência e a arte
Trata-se da não existência de uma síntese. Tudo isto consiste o chamado dialogizar.
O operador recursivo, trata principalmente do fato de que sempre aprendemos que uma causa A
produz um efeito B. Na recursividade a causa produz um efeito, que por sua vez produz uma causa.
Exemplo: Somos produto de uma união biológica, entre um homem e uma mulher e por nossa vez
seremos geradores de outras uniões.
O operador hologramático, trata de situações em que você não consiga separar a parte do todo. A
parte está no todo, assim como o todo está na parte. Esses três operadores são as bases do
pensamento complexo. Em resumo temos:
Com esses três operadores, você criará a noção de totalidade, mas ao mesmo tempo, criará uma
concepção de que a simples soma das partes não leva a esse total. A totalidade (no pensamento
complexo), é mais do que a soma das partes e simultaneamente menos que a soma das partes.
▪ Falam;
▪ Fabricam seus próprios instrumentos;
▪ Simbólicos, pois criamos nossos símbolos, nossos mitos, e nossas mentiras.
O pensamento complexo afirma também que, além disso, somos complexos. Isto porque estamos
inscritos numa longa ordem biológica e porque somos produtores de cultura. Logo, somos 100%
4 of 8 18/02/2024, 20:08
Edgar Morin – Wikipédia, a enciclopédia livre https://pt.wikipedia.org/wiki/Edgar_Morin#Ver_também
natureza e 100% cultura. O conhecimento complexo não está limitado à ciência, pois há na
literatura, na poesia, nas artes, um profundo conhecimento. Todas as grandes obras de arte
possuem um profundo pensamento sobre a vida. Segundo o próprio Morin, devemos romper com a
noção de que devemos ter as artes de um lado e o pensamento científico do outro.
Tetragrama organizacional
Qualquer atividade de seres vivos é guiada por uma tetralogia. Envolve relações de:
▪ Ordem;
▪ Desordem;
▪ Interação;
▪ (re)Organização.
Diz Marx: “Qualquer reforma do ensino e da educação começa com a reforma dos educadores.”
Esta é uma das citações mais utilizadas por Morin quando trata da questão do pensamento
complexo e da reforma dos educadores no processo de criação de uma nova educação. A razão
cartesiana impôs um paradigma. Ela nos ensinou a separar a razão da des-razão. Temos que religar
tudo o que a ciência cartesiana separou, segundo Morin.
Ver também
▪ Ecologizar
▪ Filosofia da ciência
▪ Teoria semiótica da complexidade
▪ Sociologia
▪ Antropologia
▪ Transdisciplinaridade
▪ Geografia
▪ Construtivismo
▪ Socioconstrutivismo
Referências
1. «Entidades Estrangeiras Agraciadas com Ordens Portuguesas» (http://www.ordens.presidenci
a.pt/?idc=154). Resultado da busca de "Edgar Morin". Presidência da República Portuguesa.
Consultado em 28 de setembro de 2023
2. «Israél-Palestine: le cancer. Publicado no Le Monde de 4 de junho de 2002.» (https://web.archi
ve.org/web/20100525110734/http://www.mcxapc.org/docs/conscienceinextenso/morinext.htm).
Consultado em 2 de novembro de 2009. Arquivado do original (http://www.mcxapc.org/docs/co
nscienceinextenso/morinext.htm) em 25 de maio de 2010
5 of 8 18/02/2024, 20:08
Edgar Morin – Wikipédia, a enciclopédia livre https://pt.wikipedia.org/wiki/Edgar_Morin#Ver_também
Bibliografia parcial
▪ 1946, L´An zéro de l´Allemagne, La Cité Universelle, Paris. Em português: 'O Ano Zero da
Alemanha' Editora Sulina, Porto Alegre-RS, Brasil, 2009.
▪ 1951, L´Homme et la mort, Le Seuil, Paris. Em português: O Homem e a Morte, Europa
América, Portugal, 1988. Imago, Brasil, 1997.
▪ 1956, Le Cinéma ou l´Homme Imaginaire, Minuit, Paris. Em português: O Cinema ou o
Homem Imaginário. Lisboa: Relógio d'Água Editores, 1997.
▪ 1957, Les Stars, Le Seuil, Paris. Em português: As Estrelas de Cinema. Lisboa, Livros
Horizonte, 1980. As Estrelas: Mito e Sedução no Cinema. Rio de Janeiro: José Olympio, 1989.
▪ 1959, Autocritique, Le Seuil, Paris
▪ 1962, Chronique d´un ête (roteiro do filme, em colaboração com Jean Rouch), Interspectacle,
Paris
▪ 1962, L'esprit du temps, Grasset, Paris. Em português: Cultura de Massa no século XX - O
espírito do tempo
vol.I Neurose, Forense Universitária, Brasil, 1977 vol.II Necrose, Forense Universitária, Brasil,
1977
6 of 8 18/02/2024, 20:08
Edgar Morin – Wikipédia, a enciclopédia livre https://pt.wikipedia.org/wiki/Edgar_Morin#Ver_também
Para sair do século XX - As grandes questões do nosso tempo, Nova Fronteira, Brasil
▪ 1982, Science avec Conscience, Fayard, Paris. Em português: Ciência com Consciência,
Europa América, Portugal, 1984
▪ 1983, De la Nature de l´URSS, Fayard, Paris. Em português: Da natureza da URSS -
Complexo totalitário e o novo Império, Europa América, Portugal
▪ 1984, Sociologie, Fayard, Paris. Em português: Sociologia - A sociologia do microssocial ao
macroplanetário, Europa América, Portugal
▪ 1985, O problema epistemológico da complexidade, Europa América, Portugal (debate
realizado em Lisboa, dezembro de 1983).
▪ 1987, Penser l´Europe, Gallimard, Paris. Em português: Pensar a Europa, Europa América,
Portugal, 1988
▪ 1989, Vidal et les siens, Le Seuil, Paris. Em português: Vidal e os seus, Instituto Piaget,
Portugal
▪ 1990, Introduction à la pensée complexe, ESF, Paris. Em português: Introdução ao
pensamento complexo, Instituto Piaget, Portugal, 1995. Sulina, Porto Alegre, Brasil, 2005.
▪ 1991, Un noveau commencement (em colaboração com Gianluca Bocchi e Mauro Ceuti), Le
Seuil, Paris.
▪ 1993, Terre-Patrie (em colaboração com Anne Brigitte Kern), Paris: Le Seuil. Em português:
Terra-Pátria, Editora Sulina, Porto Alegre-RS, (1995).
▪ 1994, Mes Démons, Stock, Paris. Em português: Meus Demônios, Edição portuguesa, Europa
América, 1996. Edição brasileira, Bertrand-Brasil, 1997
▪ 1994, La complexité humaine, Flammarion, Paris
▪ 1995, Une anneé Sysiphe. Paris: Seuil. Em português: Um Ano Sísifo: Diário de um Fim de
Século. Lisboa: Publicações Europa-América, 1998.
▪ 1996, Pleurer, Aimer, Rire, Comprendre, Arléa, Paris
▪ 1997, Amour, Poésie, Sagesse, Seuil, Paris
▪ 1999, La Tête bien faite, Le Seuil. Em português: A cabeça bem feita: repensar a reforma,
reformar o pensamento. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2000.
7 of 8 18/02/2024, 20:08
Edgar Morin – Wikipédia, a enciclopédia livre https://pt.wikipedia.org/wiki/Edgar_Morin#Ver_também
Ligações externas
▪ Os sete saberes necessários à educação do futuro (http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/E
dgarMorin.pdf)– notas de Edgar Morin sobre a educação publicadas pela Secretaria de
Educação Básica (http://portal.mec.gov.br/secretaria-de-educacao-basica/apresentacao)
(Brasil)
▪ "Edgar Morin: A partial introduction" (http://ciis.academia.edu/AlfonsoMontuori/Papers/78914/E
dgar-Morin--A-Partial-Introduction)– livro de A. Montuori sobre Morin, California Institute of
Integral Studies (https://www.ciis.edu/).
▪ Os sete saberes necessários à educação do futuro (http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/E
dgarMorin.pdf)– notas de Edgar Morin sobre a educação publicadas pela Secretaria de
Educação Básica (http://portal.mec.gov.br/secretaria-de-educacao-basica/apresentacao)
(Brasil)
▪ "Edgar Morin: A partial introduction" (http://ciis.academia.edu/AlfonsoMontuori/Papers/78914/E
dgar-Morin--A-Partial-Introduction)– livro de A. Montuori sobre Morin, California Institute of
Integral Studies.
▪ Centro de Estudos e Pesquisas Edgar Morin (Brasil) (https://cepedgarmorin.com/) presidido
por Edgar Morin
Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Edgar_Morin&oldid=67296117"
8 of 8 18/02/2024, 20:08