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GRUPO EDUCACIONAL FAVENI


GESTÃO ESCOLAR (ADMINISTRAÇÃO, SUPERVISÃO, ORIENTAÇÃO E INSPEÇÃO)

JANAINA ANDRESSA PADILHA MENDONÇA

DESAFIOS NA EDUCAÇÃO E DESINTERESSE NA PRÁTICA DE LEITURA E


PRODUÇÃO TEXTUAL DOS EDUCANDOS PÓS PANDEMIA DO COVID-19

JÓIA
2023
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JANAINA ANDRESSA PADILHA MENDONÇA

GRUPO EDUCACIONAL FAVENI


GESTÃO ESCOLAR (ADMINISTRAÇÃO, SUPERVISÃO, ORIENTAÇÃO E INSPEÇÃO)

DESAFIOS NA EDUCAÇÃO E DESINTERESSE NA PRÁTICA DE LEITURA E


PRODUÇÃO TEXTUAL DOS EDUCANDOS PÓS PANDEMIA DO COVID-19

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado à Faculdade Futura – Grupo
Educacional Faveni, como requisito parcial
para obtenção do título de pós-graduada -
graduada em: GESTÃO ESCOLAR
(ADMINISTRAÇÃO, SUPERVISÃO,
ORIENTAÇÃO E INSPEÇÃO) (NOME DO
CURSO)

Orientador: Prof. DsC. Ana Paula


Rodrigues

Jóia
2023
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DESAFIOS NA EDUCAÇÃO E DESINTERESSE NA PRÁTICA DE LEITURA E PRODUÇÃO
TEXTUAL DOS EDUCANDOS PÓS PANDEMIA DO COVID-19
Autor1, JANAINA ANDRESSA PADILHA MENDONÇA

1Função GESTÃO ESCOLAR (ADMINISTRAÇÃO, SUPERVISÃO, ORIENTAÇÃO E INSPEÇÃO), Faculdade Futura,

e-mail; janainaandressa.padilha12@gmail.com

Declaro que sou autor¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo foi por mim
elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita
de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou
daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste
trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e administrativos, e
assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos direitos autorais.

RESUMO –

A educação a distância trouxe a oportunidade de descobrir e renovar experiências


pedagógicas; professores e alunos desenharam novos processos, metodologias, caminhos na
aprendizagem interativa e colaborativa onde a qualidade é determinada por diversas variáveis
que afetam as oportunidades de acesso tecnológico, desenvolvimento de competências e
dinâmicas de participação, no entanto estamos tendo, desafios na educação e desinteresse na
prática de leitura e produção textual dos educandos pós pandemia do covid-19.

Acreditamos que muitas são as formas de leitura digital, e que qualquer tipo de leitura
realizada, seja em uma tela, computador, tablet, celular, etc.; não deixa de ser uma leitura; no
entanto, os jovens parecem não saber mais produzir, escrever uma produção textual, parecendo
não ter interesse por algo de sua autoria, para tudo que lhes é proposto querem realizar uma
pesquisa, é como se não tivessem mais a ‘capacidade’ de criar sem o apoio da tecnologia. Em
relação aos novos desafios de ensinar a ler e formar leitores, exploramos as possibilidades que a
leitura digital traz como meio de estímulo à leitura.

A leitura é essencial para o desenvolvimento de todas as competências e habilidades.


(a) no currículo escolar, vida cotidiana e vida estudantil e em todas as disciplinas e anos da vida
escolar dos educandos. Desta forma, esperamos que a futura política de informação pública do
Brasil seja amparada pela atual demanda da sociedade para fortalecer a competência
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informacional (um processo de aprendizagem necessário para desenvolver habilidades
específicas relacionadas à busca e uso da informação); algumas bibliotecas escolares; e
tecnologia da informação e comunicação (TIC), inclusão digital, acesso e gestão, ou seja,
promovendo aos estudantes a cidadania e a cultura como protagonistas.

PALAVRAS-CHAVE: EDUCAÇÃO. GESTÃO. TECNOLOGIA. LEITURA. PRODUÇÃO.


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1 INTRODUÇÃO

Partindo do princípio da frase de Samuel Johnson; ‘‘ A maior parte do tempo de um


escritor é passado na leitura, para depois escrever; uma pessoa revira metade de uma biblioteca
para fazer um só livro’’, é que a presente pesquisa tomará a arte de propor uma pesquisa e
realização de um estudo e projeto fictício em DESAFIOS NA EDUCAÇÃO E DESINTERESSE NA
PRÁTICA DE LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL DOS EDUCANDOS PÓS PANDEMIA DO
COVID-19, em parceria com a equipe pedagógica e professores. O presente trabalho é de
natureza teórica e apresenta considerações para o ensino da leitura e produção textual fluentes e
autônomas em incumbência com o uso das Metodologias Ativas, visando discutir os desafios da
aplicação, suas possibilidades no campo educacional e suas contribuições no processo de
avaliação e auxílio aos professores, dando saliência no retorno dos alunos pós pandemia,
compreendendo o que mudou, o porquê tanto desânimo, dificuldade e desinteresse pelas
atividades escolares, com um foco na leitura e produção textual. Para entender conceitos e
definições sobre o assunto de autores de metodologia ativa foram realizadas as leituras propostas
para a execução deste projeto que visa o certificado de conclusão de curso de pós-graduação em
Gestão Escolar (administração, supervisão, orientação e inspeção).

Para tanto, utilizamos como base teórica as pesquisas desenvolvidas por Leituras
recomendadas pelo curso de Pós-graduação em Gestão, bem leituras complementares anexadas
na bibliografia, tendo como suporte teórico os eixos da BNCC, Yunes, E. (2002), Freire (1996),
apoiadas por Fiorin, (1998).

A pandemia e suas consequências forçaram os líderes a tomar decisões


cotidianas devido aos “desafios imprevisíveis e mudanças conceituais”, que vivenciamos ao longo
de dois anos de pandemia que, ainda não se findou.

As tecnologias digitais afetam a leitura e a escrita, transformando novos espaços


em novas oportunidades de informação e comunicação. Nesse contexto, é importante o poder
multiplicador da tecnologia da informação e comunicação, que faz com que as pessoas
encontrem a cada momento novas linguagens, novas ferramentas, novas formas de expressão e
comunicação. Mas para que tenhamos bons produtores, precisamos em primeiro lugar ter, bons
leitores. A leitura é essencial para o desenvolvimento de todas as competências e habilidades. (a)
no currículo escolar, vida cotidiana e se estende desde a vida estudantil.
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É preciso entender que tecnologia, sociedade e cultura caminham juntas, para
que os indivíduos possam dar sentido, abraçar, diferenciar e mudar a tecnologia na medida em
que todos esses fatores convergem todos os dias, para tanto é necessário mediar aos alunos a
diferença entre produção independente com bagagem de leitura, vocabulário, conhecimento e
conceitos importantes e uma produção apenas com cópias e recortes da internet.

Além da estrutura, os problemas de ensino também afetaram a questão social


(condições), os técnicos do ensino, os alunos, pais e principalmente os professores. Aqui, porém,
surge uma preocupação: a educação, por ser histórica e política, se dá na relação professor (a) -
aluno (a) e é repensada a cada dia, por isso, o objetivo do presente trabalho é o de trabalhar um
projeto juntamente com coordenação pedagógica, orientação, supervisão e grupo de professores,
estratégias que recuperem tal desinteresse entre os alunos de uma escola fictícia, podendo ser
aplicado de forma real no cotidiano escolar.

2 DESENVOLVIMENTO

“Quanto mais você lê, mais você poderá ampliar seus conhecimentos e a
competência para apreender o diálogo que os textos travam entre si por meio de referências,
citações e alusões. Por isso, cada livro que se lê torna maior a capacidade de apreender, de
maneira mais completa, o sentido do texto”. (Platão e Fiorin, 1998, p. 20).

A reflexão acerca da efetividade do aprender e engajar-se na leitura e escrita na


estrada e no mundo, nos faz refletir acerca da leitura e produção textual. Com isso, pretendemos
desenvolver este projeto, que visa analisar o ensino e a aprendizagem da Língua Portuguesa no
9º ano do ensino básico, bem como a investigação teórica e a nível prático, refletindo criticamente
a pressupostos metodológicos sobre o ensino da leitura e da escrita como prática social,
respondendo a um questionamento pertinente, o do desinteresse dos educandos que retornaram
do on line para o presencial, pós pandemia. Vários sinais de insucesso escolar apontam para a
necessidade de reformar o ensino do português para encontrar formas de garantir a
aprendizagem da leitura e da escrita.
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Nesta perspectiva, objetivamos destacar que o ensino e aprendizagem de línguas
exige que o professor compreenda a língua, o que mostra exatamente sua atitude em relação à
educação. A leitura é uma prática sociocultural imensamente valiosa. Ao ler o mundo e suas
condições, uma pessoa se comunica de forma mais significativa com seus companheiros. Assim,
as práticas de leitura no campo da educação devem centrar-se na instrução para trabalhar em
conjunto para reduzir o nível de injustiça social, o que significa a responsabilidade de
proporcionar a todas as pessoas indistintamente as oportunidades de acesso ao conhecimento
para a sociedade.

Portanto, é necessária uma prática pedagógica, que direcione o professor a ensinar


seus alunos a descobrir a complexidade do texto por meio da leitura, sua múltipla inteligibilidade e
significados dependendo do contexto e dos interlocutores. Refiro-me novamente a Villard (1999,
p. 37), quando enfatizo a importância de se considerar sentimentos ao trabalhar o tema
DESAFIOS NA EDUCAÇÃO E DESINTERESSE NA PRÁTICA DE LEITURA E PRODUÇÃO
TEXTUAL DOS EDUCANDOS PÓS PANDEMIA DO COVID-19. Especialmente a literatura, nas
classes primárias. Portanto, consideramos o que o autor diz:

Ensinar a gostar de ler é exatamente isso: é ensinar a se emocionar com os


sentidos e com a razão (porque, para gostar apenas com os sentidos, não há necessidade
da interferência da escola); e, para isso, é preciso ensinar a enxergar o que não está
evidente, a achar as pistas e a retirar do texto os sentidos que se escondem por detrás
daquilo que se diz. (VILLARDI, 1999, p.37).

Confirmamos que é institucional, está estipulado por lei que a todos os cidadãos e
sobretudo a todos é garantido o direito inalienável de ler (também escrever), a todos é garantido o
direito de ler. Ler com alfabetização competente tem se caracterizado como um comportamento
de valor imensurável para indivíduos e para a sociedade como um todo.

“A leitura de textos literários, ao colocar o sujeito leitor diante de obras de linguagem


incomuns, transcender as normas convencionais e apostar na estranheza de um mundo
recriador, renovado e não prescrito, permite que ele se desenvolva para uma fusão completa de
subjetividade. Suas habilidades não serão exauridas durante a leitura. ” A importância dos
recursos metodológicos é melhorar os métodos tradicionais (leitura de obras, lembrar datas,
compreender antecedentes históricos, etc.); a fim de despertar o interesse dos alunos, diferentes
métodos educacionais (adaptação para filmes, teatro, música, jogos educativos, etc.) são
necessários, pois os humanos estudam história de forma passiva, e ela ainda existe, trazendo os
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alunos para Destinatários e replicadores de conhecimento.

A nova corona vírus se concentra na capacidade do número de refletir e rever


desafios das novas práticas pedagógicas durante a pandemia e pós pandemia, pois o processo
de globalização da economia e da comunicação, o desenvolvimento das tecnologias e a
conscientização da globalização da internet provocaram importantes mudanças na sociedade e
criaram novos paradigmas, modelos, processos de comunicação educacional e novos cenários
de ensino e aprendizagem digital. Porém ninguém, nem mesmo os professores que já haviam
adotado ambientes online em sua prática, acreditavam que devido à disseminação da epidemia
de COVID -19 seria necessária uma mudança tão rápida e obrigatória.

No setor da educação entendemos que a tecnologia melhora e dinamiza a atividade


pedagógica e possibilita uma nova forma de trabalhar, contudo temos jovens sem interesse de
produzis, as leituras não vem sendo realizadas mais ao livro físico, estamos perdendo jovens
leitores e ganhando pesquisadores de resumo, sem a tentativa de compreender a importância da
leitura, assim que saibamos que a leitura digital é qualquer tipo de leitura feita em uma tela,
computador, tablet, celular, etc.; estamos tendo muitas dificuldades em relação aos novos
desafios de ensinar a ler e formar leitores, exploramos as possibilidades que a leitura digital traz
como meio de estímulo à leitura, mas temos ainda muito trabalho a ser feito.

Em relação aos novos desafios de ensinar a ler e formar leitores, exploramos as


possibilidades que a leitura digital traz como meio de estímulo à leitura. Soares enfatiza o
seguinte neste sentido:

A tela como espaço de escrita e de leitura traz não apenas novas formas
de acesso à informação, mas também novos processos cognitivos, novas formas de
conhecimento, novas maneiras de ler e de escrever, enfim, um novo letramento, isto é, um
novo estado ou condição para aqueles que exercem práticas de escrita e de leitura na tela
(SOARES, 2002, p. 152).

Se faz necessário compreender que tecnologia, sociedade e cultura caminham


juntas, para que os indivíduos possam dar sentido, abraçar, diferenciar e mudar a tecnologia na
medida em que todos esses fatores convergem todos os dias, para tanto é necessário mediar aos
alunos a diferença entre produção independente com bagagem de leitura, vocabulário,
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conhecimento e conceitos importantes e uma produção apenas com cópias e recortes da internet.

Por meio do diálogo, o conhecimento pode ser construído de forma coletiva e


colaborativa. Essa forma de construir conhecimento permite trabalhar com os educandos de
forma mais integrada, evitando, portanto, diferenças na aprendizagem de conceitos, valores,
habilidades e atitudes; conhecimentos indispensáveis na Educação Fundamental. Os alunos já
trazem conhecimentos, hábitos, desejos, sonhos, sentimentos e medos, cabe aos educadores
compreender e respeitar isso. Para Freire, é os professores devem respeitar esse tipo de
experiência e conhecimento, e trabalhar com base nisso, auxiliando a superarem suas
dificuldades e a estimularem a criatividade e a capacidade de ler o mundo por intermédio da
leitura e produção de textos em seus diversos gêneros atrelados as tecnologias digitais.
Começando com o conhecimento do aluno, histórico e interesses específicos segundo Paulo
Freire, proporciona condições para o desenvolvimento de novos conhecimentos. Em seu livro,
Pedagogia da Autonomia, Freire escreveu:

‘‘.... É preciso que, pelo contrário, desde os começos do processo, vá


ficando cada vez mais claro que, embora diferentes entre si, quem forma se forma e re-
forma ao for-mar e quem é formado forma -se e forma ao ser formado. É neste sentido que
ensinar não é transferir conhecimentos, conteúdos nem forrar é ação pela qual um sujeito
criador dá forma, estilo ou alma a um corpo indeciso e acomodado. Não há docência sem
discência, as duas se explicam e seus sujeitos, apesar das diferenças que os conotam, não
se reduzem à condição de objeto, um do outro. Quem ensina aprende ao ensinar e quem
aprende ensina ao aprender’’. (Freire, pág.13)

Um educador democrático não pode negar a si mesmo a responsabilidade de


fortalecer a capacidade crítica, a curiosidade, a entrega do aluno em sua prática docente. Uma de
suas principais tarefas é trabalhar com os alunos com o rigor metodológico com que devem
"acessar" objetos conhecidos. É nesse sentido que o ensino não se limita ao "tratamento"
superficial de um objeto ou conteúdo, mas se estende à criação de condições nas quais a
aprendizagem crítica seja possível. E essas condições exigem a presença de professores e
alunos criativos, encorajadores, inquietos, rigorosamente curiosos, humildes e persistentes. Só
assim se pode falar verdadeiramente de conhecimento ensinado, onde o objeto ensinado é
entendido como a razão de sua existência e assim aprendido pelos alunos.
Conforme configurado neste projeto, a discussão abrange três aspectos importantes: a
dimensão sociocultural da leitura; práticas de leitura e considerações metodológicas; leitura e
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práticas interdisciplinares. Neste sentido, a tendência é que alunos leiam vários tipos de textos
como jornais, revistas, enciclopédias, livros para adquirirem melhores e mais versáteis novos
conhecimentos e competências relevantes na área. Segundo Yunes:

[...] quem lê o faz com toda a sua carga pessoal de vida e experiência, consciente
ou não dela, e atribui ao lido marcas pessoais de memória, intelectual e emocional. Para ler,
portanto, é necessário que estejamos minimamente dispostos a desvelar o sujeito que
somos – ou seja, lugar do qual nos pronunciamos – ou que desejamos construir pela
tomada de consciência da linguagem e de nossa história, nos traços deixados pelas
memórias, coletivas e particulares. (YUNES, 2002, p.10).

A leitura e produção textual estimulam os alunos a desenvolverem atividades


auxiliares na construção do significado das palavras que ouvem para enriquecer seu vocabulário
com o contexto da história e ajudar no desenvolvimento da leitura e da escrita. As melhorias na
formação e desenvolvimento profissional dos educadores devem estar atreladas às políticas
educacionais, tendências e propostas inovadoras para criar formas para que os professores
implementem novas formas de fazer e participem melhor da comunidade profissional. Portanto, a
principal mudança deve vir de nós, da nossa atitude. São estratégias de ensino que focam na
participação efetiva do aluno na construção do processo de aprendizagem flexível, interconectado
e híbrido. Os métodos ativos focam nos alunos, tornando-os participativos, dinâmicos e criativos
sob a orientação do professor, focando na pesquisa, descoberta e até mesmo na resolução de
problemas, pois o estudo focou em um bom planejamento por parte do professor, que está
relacionado ao tema em questão, onde desafios ajudam os alunos a compreender a importância
da autonomia intelectual e gerenciar sua própria aprendizagem. Portanto, a metodologia Ativa
desenvolvida neste trabalho torna-se um método para projetos de educação emancipatória, cujo
objetivo é desenvolver a autonomia dos alunos.

Quando o leitor se deixa tocar e realiza de maneira, primeiro, desconstrutora,


depois constitutiva, seu enlace com a linguagem, com o que está antes e depois dela como
expressão e forma – sensações e percepções inominadas –, a leitura torna-se experiência
da gratuidade do verbo e opera de modo contínuo e não consciente no fortalecimento da
subjetividade e da ação crítica. (YUNES, 2003, p.15)

Ler a interpretação de outro sujeito pode, portanto, impedir o desenvolvimento de


qualquer leitura, pois se tratamos um pensamento estrangeiro como uma possibilidade
interpretativa, ampliamos nossa rede de significados por meio desse aspecto. Nesse contexto,
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gostar ou não gostar do texto realmente não importa, porque os leitores obtêm sua própria
maneira de entender em qualquer situação. Assim, entendemos que a leitura de um texto literário
pode ser uma experiência porque afeta o leitor, o envolve em todas as suas leituras, o faz querer
ler e afeta diversos aspectos de sua vida. Com todas essas contribuições vamos no deter a
compreender os motivos pelos quais os estudantes vêm diminuindo o gosto e interesse pela
leitura, bem como deixando de realizar as propostas de produções textuais escolares.

De acordo com estudo feito pelo Data Folha, divulgado em junho, 3% das crianças e
adolescentes entre 6 e 18 anos estão fora da escola, sendo 2% com indícios de interrupção dos
estudos neste ano, ou seja, que não renovaram a matrícula. Isso totaliza 1 milhão de pessoas.

“Na nossa leitura, o desânimo dos estudantes vem de um esgotamento do


modelo não presencial, que era emergencial e se estendeu. Não há como substituir o
funcionamento da escola. Na educação básica, a presença do professor, a convivência em
sala de aula e a interação são parte do processo de ensino-aprendizagem”, afirma o diretor de
Políticas Educacionais da Fundação Lemann, Daniel de Bonis.

Dois anos depois, a pandemia ainda está causando danos e prejuízos. No setor
educacional, os desafios pós-pandemia se concentram em recompor e acelerar o ensino e a
aprendizagem. Superá-los exige necessariamente o empenho de toda a comunidade escolar para
garantir o presente e o futuro dos alunos após a pandemia. É por isso que escolas, famílias,
educadores e alunos devem unir forças. Apesar da complexidade dos efeitos e deficiências da
educação pandêmica, o foco está na unificação dos processos de ensino e na aceleração dos
processos de aprendizagem.

Segundo o UNICEF, "uma cultura do fracasso escolar" já existe foi atingido alunos
vulneráveis, mas a covid-19 trouxe desafios ainda maiores aos educadores. Essa "cultura"
preocupa-se com a normalização da perda de aprendizagem durante a vida escolar e,
consequentemente, do fracasso cotidiano. O tempo passa e os alunos deixam seus estudos para
trás. O resultado direto mencionado pelos especialistas pode ser observado nos números do
último Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), realizado nos dias 21 e 28 de novembro deste
ano que passou. Cerca de 3,1 milhões se inscreveram no principal vestibular das universidades
públicas e privadas do país, o menor número desde 2005. No ano passado, 5,5 milhões se
inscreveram, mas 51,5 não votaram. São pessoas que falharam no teste por vários motivos,
como logística, biossegurança e medo de se atrasar um ano letivo inteiro. Sentindo-se deprimidos
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e preconceituosos, é comum entre os alunos quererem terminar os estudos rapidamente para que
possam morar no exterior o quanto antes.

3 MATERIAL E MÉTODOS

A delimitação do público-alvo se destina aos educandos de Língua Portuguesa do


9º ano do Ensino Fundamental. Escolheu-se o 9º ano, justamente por serem os que mais
demonstram desinteresse, perdem o gosto pela leitura, querem ficar somente nos meios
eletrônicos e tecnológicos, mas não para realizar leitura online. Acredita-se que um dos fatores
que propiciam para esse acontecimento seja a própria adolescência. Por isso, nosso objeto de
estudo é como instigar essa faixa etária a continuar os estudos e sentir interesse pelas produções
e leitura.

Visto que, nos últimos anos tem-se notado uma profunda dificuldade de nossos
discentes quanto ao processo de produção, leitura/compressão de textos com uma linguagem
culta. Com isso, apresentam-se neste trabalho as possíveis hipóteses para o surgimento desta
problemática PÓS COVID-19, inclusive identificar uma das causas para a conversão deste advém
pela falta de produção e leitura do ensino fundamental que perpassa através dos anos sem
soluções plausíveis.

Os efeitos e reflexos da pandemia certamente afetaram toda a comunidade escolar.


No entanto, logo após a pandemia, os alunos exigem mais atenção das escolas e das famílias.
Nesse sentido, o ano letivo de 2022 foi marcado pelo esforço de superação dos desafios pós-
pandemia, atentando para as estratégias de acolhimento, empatia e qualidade das relações
socioemocionais entre alunos e professores, escolas e famílias. Reorganizar o estudo e acelerar
a aprendizagem é, sem dúvida, o principal objetivo que irá perpetuar por um bom tempo. No
entanto, esses processos são mais eficazes quando as questões socioemocionais são abordadas
e resolvidas. Por isso, as propostas para auxiliar na problematização a nível nacional são as
seguintes:

- Fazer uso de mais leitura oral em sala de aula;


- Projeto de leitura e contação de histórias lidas individuais avaliativas;
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- Participação com a turma em concursos de redação promovidos pela própria escola
juntamente com as professoras da Área da Linguagens e concursos que participam as
Coordenadorias que regem a educação no estado do Rio Grande do Sul;
- Propor aos alunos assistirem documentários, séries, filmes e relatar e forma escrita e oral
o que compreenderam dos mesmos;
- Propor apresentações como canto, encenações, teatros, afim de estimular os alunos a ler
e decorar de forma que a leitura não de torne algo maçante;
- Propor temas para escrita, com correção individual, reescrita e compreensão do uso
adequado das palavras, bem como seu sentido coeso.
- Apresentação dos trabalhos desenvolvidos para as séries iniciais, pesquisas, tabulações,
encenações, etc.
- Com essas estratégias em desenvolvimento no espaço escolar, os educandos melhoram
suas habilidades de leitura e oratória, bem como aprimoram sua relação com os demais
integrantes da escola, vão perdendo a timidez e ganhando confiança e autonomia para
desenvolver as demais atividades escolares propostas pelas demais disciplinas. Por fim, o desejo
de aprender, participar e interagir no ambiente escolar e retornar à escola em regime presencial é
um processo complexo e um dos desafios pós-pandemia mais urgentes.

A pesquisa de campo realizou-se na Escola Municipal de Ensino Fundamental João


Antônio da Conceição, localizada no bairro 21 de abril, da cidade de Jóia do estado do Rio
Grande do Sul. A qual atende a uma clientela desde a educação infantil ao ensino fundamental,
uma soma de 298 alunos.

Para a realização da presente proposta, utilizou-se pesquisa através de uma


abordagem qualitativa, onde também se apresentou o tema, a proposta de trabalho, as intenções
e os procedimentos a serem adotados juntamente com todos os educadores do corpo docente.
Sendo assim, por já lecionar no Ensino Fundamental há sete anos e meio, possuindo uma
experiência e bagagem de aprendizado, levando este projeto a sério e aplicando-o em minha
prática pedagógica.

Iniciei as aulas como de costume em todos os anos; com uma atividade de


avaliação diagnóstica, já que nos é orientado pelos documentos norteadores, em geral com uma
apresentação oral e logo após uma apresentação escrita, pois alguns alunos demonstram
vergonha e, na escrita se ‘abrem’ melhor. Como este ano retornamos de um modo diferenciado,
optei por levar a fundo este tema e presente projeto, no início do ano que já passou (2022), ainda
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em apresentação oral, tive de gerir as minhas emoções através dos relatos de alguns alunos de
perdas familiares, ansiedade, medo do contato físico, pânico, vergonha, timidez e muitas outras
emoções que surgiram como resultado durante a pandemia e isolamento social.

Após a primeira aula com cada turma, realizei anotações sobre o que os alunos
mencionaram, como eu me sentia em relação a eles e o que eles disseram, então percebi que
nesse contexto eu poderia recuperar com eles o desejo pela escrita, inicialmente, pois, escrever
era a minha forma de apagar a dor e o medo, era o meu porto seguro para seguir exercícios
reflexivos que estavam atentos a cada aula. Então acompanhei a jornada diagnóstica fazendo
anotações e planejei a atividade de criação de texto.

Antes de iniciar a atividade, expliquei à turma a importância da escrita como um


processo, não apenas um produto final. Conversamos sobre como escrever é um exercício de
planejamento, então nossa carta de apresentação foi escrita em quatro etapas para que as ideias
pudessem amadurecer antes que o texto final fosse escrito.

Escrevendo como um processo: quando propus à classe que eles estavam


escrevendo uma carta de apresentação, alguns alunos disseram que não sabiam escrever, que
escreveram apenas 2 linhas, que não sabiam o que dizer. Ouvi atentamente as suas
preocupações e tranquilizei-os dizendo-lhes que lhes mostraria um modelo de carta de
apresentação e lhes forneceria um manuscrito para que tivessem mais controlo sobre a sua
escrita. Então, na primeira etapa, mostrei o roteiro da carta de apresentação e esse roteiro foi
apenas um ponto de partida onde eles poderiam mudar qualquer proposta ou até mesmo fazer
seu próprio roteiro. Já na primeira fase, começaram a preparar uma carta de apresentação.
Nesse momento expliquei que o mais importante é registrar tudo o que eles querem, não há
tempo para cortar a informação. A turma se envolveu nessa atividade por duas aulas e alguns
terminaram sua primeira redação em casa. A segunda fase consistia em um texto sobre os
valores, pois precisava resgatar valores e ler algo que fosse mais divertido ao invés de uma
leitura complexa. Então planejei ler ORALMENTE, já que vieram uma coleção grande deste
exemplar, onde cada um pode ter seu livro e iniciamos a leitura de: Espertos, Espertinhos e
Espertalhões de Enani Ssó todas as segundas.

Quando eu lia um livro, os alunos pediam para ler e eu tecia notas sobre suas
habilidades de leitura e enquanto isso o texto produzido na aula “descansava”. Alguns dos alunos
sorriram quando eu disse: "Deixe o texto dormir, descanse bem e depois vamos trabalhar nele".
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Portanto, a terceira etapa seria a revisão do texto após a leitura, onde os alunos leriam suas
cartas em casa e recortariam ou acrescentariam informações e corrigiriam os erros ocorridos
após “descansar o texto”. Antes de escrever a carta, foi perguntado aos alunos se o texto seria
lido para toda a turma, respondi que só eu leria o texto e só colocaria o que eles achassem
seguro dizer. Enquanto eu estava reescrevendo, senti alguns da turma ficarem tensos porque
achavam a caligrafia ilegível, eu os acalmei e disse que entendia tudo e que eles eram livres para
escrever, que eu (eles) respeitava profundamente. A incerteza apareceu nos olhos assustados e
tentei acalmar seus corações com palavras de encorajamento. A última etapa da redação
consistiu em reescrever a carta na última página do texto. Encomendei uma aula dupla para este
momento e expliquei aos alunos que o momento da escrita exige atenção e silêncio para que o
espaço coletivo seja agradável para todos. O resto da aula era palpável nas aulas anteriores,
então comecei a aula com exercícios de respiração para deixá-los mais calmos e atentos. Após o
diálogo, todos respeitaram o espaço de escrita coletiva e apresentaram seus textos, dos quais me
tornei o destinatário.

Após a experiência, participamos do 15º Concurso de Redação Rotary Club de Ijuí


e Jornal da Manhã com o tema “A ciência em nossas vidas” com as turmas de 6º ao 9º ano. O
concurso é para todos os alunos do Ensino Fundamental 2 e a redação deveria ser entregue até
o dia 28 de julho de 2022 para a Direção da escola, a qual acompanhou tudo de perto por ser um
projeto organizado juntamente com a equipe da Gestão Escolar, visto que é imprescindível tal
envolvimento e participação da equipe escolar nesse processo de reestruturação do campo da
leitura e escrita que se estende a todas as disciplinas da escola.

A equipe gestora encaminhou as redações produzidas para a SMEd. As redações


foram editadas pelo Jornal da Manhã e impresso em sua Gráfica Cia de Arte, o Caderno é
distribuído a todas as escolas participantes do Concurso, por meio das instituições de ensino, 36ª
Coordenadoria Regional de Educação (36ª CRE) e Secretaria Municipal de Educação (Smed). O
gênero produzido pelos estudantes do Ensino Fundamental 6º e 7º Anos foi o gênero carta; e as
turmas de 8º e 9º Anos, o gênero narrativo em prosa; e os estudantes do Ensino Médio, crônica
argumentativa, com o tema “A Ciência em nossas vidas”. Então iniciamos o estudo da crônica
argumentativa, pois já estavam com as noções de leitura e produção mais alinhadas. Fomos dois
meses resignificando nosso retorno e após as produções prontas, corrigidas, editadas e
reescritas, propus que lessem em voz alta para a classe.
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Penso que esse foi o melhor aspecto a se pensar quando se fala em escrita: a
conversa. Em vez de trabalhar em simulacros de gêneros textuais, quis abrir espaço para uma
escrita com sentido, com propósito. Quando cada aluno escreveu sua redação, era justo obter
uma resposta individual. Sinto que essa atividade nos aproximou, e acredito que esse seja o
propósito da escrita no momento em que vivemos. Seguindo a perspectiva do letramento como
prática social desenvolvida por autores como Yunes, E. (2002), Freire (1996), apoiadas por Fiorin,
(1998) entendo que ensinar e aprender não são possíveis sem diálogo interpessoal. Então eu
acredito que quanto mais próximo o nosso trabalho estiver da realidade, mais frutífero ele será.

O cronograma das atividades propostas desenvolvidas obedeceu à organização


fictícia (em partes, como explicarei na apresentação deste projeto), acima, levando em conta que
a leitura e produção textual deve ocorrer num período semanal para estimular o gosto e leitura
dos educandos, seguindo uma organização.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Etapas do Projeto Período

1. Planejamento Julho; organização e separação do


material a ser utilizado no decorrer do
PROJETO.
2. Execução Agosto e setembro, semanalmente
durante a aula de Leitura, com propostas
extraclasses.
3. Avaliação No decorrer da execução do Projeto e
finalizada no mês de julho.

Aprender e escrever deve ir além da decodificação de um código escrito, deve ter


sentido e conexão com a vida do sujeito, deve capacitá-lo a habitar o meio cultural ao qual
pertence, capacitando-o a produzir e interpretar textos.
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A leitura e a escrita são ferramentas poderosas que nos permitem repensar o
mundo e reordenar o modo de pensar onde a interpretação e a produção de textos são direitos
legítimos exercidos e responsabilidades que devem ser assumidas e distinguir as dificuldades
legítimas daquelas que fazem parte da "resistência social" para que soluções e possibilidades
possam ser.

O ensino a distância no quadro agravante durante a pandemia, nos possibilitou


aprender e inovar nossos métodos de ensino, porém, a grande maioria dos educandos ficavam
em casa enquanto seus pais trabalhavam. Alunos que hoje estão no 9º ano do Ensino
Fundamental, no período pandêmico, estavam no 7º ano. Período em que ainda estão
aprimorando a escrita e aperfeiçoando a leitura. Esse retorno nos fez vivenciar as defasagens das
aprendizagens e pensar estratégias urgentes para organizar as lacunas que já se faziam
presentes no ensino. Com isso, nós educadores precisamos reestruturar e sanar essas
defasagens, não conseguiremos recuperar tudo, sabemos; mas o quesito de dominar a leitura e a
produção são indispensáveis e vem a caráter de emergência, pois necessitamos provocar a
coordenação e reorganização cognitiva, o que permite ressignificar o conteúdo aprendido.

A avaliação é uma etapa que permite os professores e coordenadores


entenderem como seus alunos estão se desenvolvendo, se estão conseguindo aprender,
seus pontos fortes e fracos na aprendizagem. Porém no presente projeto a avaliação do
aluno não está apenas relacionada à sua nota, mas vai muito além. Trata-se de entender
como seu domínio está no tópico, como ele pode se relacionar com outros tópicos, aplicá-lo à
vida cotidiana e muito mais. Aqui privilegiou-se a avaliação de Diagnóstico, que como o nome
sugere, esta é uma avaliação que é usada para dar a um professor um diagnóstico da
aprendizagem de um aluno. Além de entender essas dificuldades, é possível entender o que
as causa.

Utilizou-se também como ferramenta a avaliação formativa, que se centra na


formação, é aprendizagem. Além do ensino do conteúdo, a avaliação formativa ocorre em
sala de aula na forma de exercícios e atividades. Por meio deles, o aluno dá continuidade ao
conteúdo, assimila o que aprendeu e é capaz de revelar quais pontos não entendeu.
Enquanto a avaliação formativa vale a nota, ela também ensina o aluno. Esta é uma
avaliação importante a partir da qual o professor pode perceber ao longo do caminho se o
aluno está progredindo em direção às metas estabelecidas e se ele é capaz de avançar para
a próxima etapa.
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E, finalmente, a necessidade da escola de controlar o aprendizado da leitura


significa que a ortografia é preferida ao lado interpretativo da leitura, e um sistema de
classificação onde apenas o professor tem o direito e o poder de classificar não dá ao aluno a
oportunidade de melhorar e refletir em seu trabalho escrito e, portanto, não estimula seu
desenvolvimento intelectual, construindo autonomia. Então aqui se dá a resposta da problemática
para um possível ajuda, não diria ainda a solução, mas a tentativa de resgatar o aluno desse
desanimo e resgatá-lo a consciência da importância de se ler fluente e de se produzir textos de
gêneros diversos de forma autônoma, com vocabulário adequado. Dessa forma é possível evitar
a comparação de atividades não relacionadas - que também tratam de aspectos que não fazem
parte do conteúdo - e as crianças têm a oportunidade de iniciar trabalhos com duração suficiente
para resolver desafios, construindo o conhecimento necessário, ou seja, criando relações entre
diversas situações e saberes, consolidando isso, o que aprenderam e reaproveitaram.

Tão importante quanto ele, o ensino dos conteúdos, é meu testemunho


ético ao ensiná-los. É a decência com que faço. É a preparação cientifica revelada sem
arrogância, pelo contrário com humildade. É o respeito jamais negado ao educando, a seu
‘saber de experiência feito’ que busco superar com ele. Tão importante quanto o ensino dos
conteúdos é a minha coerência entre o que digo, o que escrevo e o que faço”. (PAULO
FREIRE).

Finalmente, é possível repensar a avaliação, sabendo que ela é necessária, mas


não pode anular a aprendizagem. Segundo o autor, "diminuindo a pressão de controle, é possível
avaliar a aprendizagem, o que não acontecia antes [...]", pois no trabalho de projeto os alunos
discutem suas opiniões, buscam informações que possam auxiliá-los buscar soluções
diferenciadas, fatores muito importantes na formação de um cidadão que pratica a cultura da
escrita.
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5 CONCLUSÃO

O estudo mostra que é possível concluir que é necessário oferecer aos alunos
uma leitura onde eles possam descobrir que o sentido do texto construído depende tanto dos
próprios objetivos quanto dos questionamentos do aluno. Além disso, é importante e necessário
que o aluno aprenda a utilizar as estratégias de leitura utilizadas por um leitor assíduo para que
se torne também um leitor crítico e independente que busca novas palavras em seu vocabulário.
Os alunos precisam de atividades de desenvolvimento intelectual, ensaios, discursos orais.

Ao longo dos estudos e leituras, bem como as vivencias para a efetivação do


presente trabalhos, tivemos um olhar mais detalhado do que propõem as unidades e habilidades
educacionais, onde possuem os conteúdos necessários, metodologias, estratégias de ensino-
aprendizagem, avaliação educacional, pois as dificuldades de leitura do aluno e criação de textos
mudaram. Assim, utilizando uma prática pedagógica consistente e aprimorando as habilidades
sociocognitivas não totalmente desenvolvidas, o aluno pode tornar-se -se um leitor dedicado que
pode compreender, interpretar e sentir a leitura consistente e convencional das escolas e outras
instituições de ensino, que o faz aprender a questionar, avaliar e entender o que o autor quer
transmitir através dos textos.

Não basta ler ou interpretar códigos de linguagem, é preciso compreendê-los e


interpretá-los. A leitura traz muitos benefícios: desenvolve a imaginação, a criatividade, a
comunicação e aumenta o vocabulário, o conhecimento geral e o pensamento crítico. Além
desses benefícios, a leitura exercita nosso cérebro, facilitando a interpretação de textos para
promover habilidades e habilidades de escrita. Por meio da leitura, a pessoa adquire um
repertório mais amplo, que amplia e expande seus horizontes cognitivos. Além disso, estudos
mostram que a leitura é muito prazerosa, pois reduz o estresse e promove a reflexão. É por isso
que a leitura deve ser incentivada desde o jardim de infância. Incentivar os alunos a desenvolver
hábitos é um pré-requisito importante para desenvolver o gosto pela leitura.

Alunos e seu comportamento na transição pós-pandemia, exploramos e


consideramos sugestões e estratégias que as famílias podem usar para ajudar os alunos agora. É
essencial que os pais assumam os problemas e as responsabilidades, em vez de passá-los para
os filhos. Devemos abraçar a empatia e a aceitação e valorizar o que as crianças e os jovens têm
a dizer.
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Como solução para esta situação, recomendamos o investimento no


autoconhecimento na elaboração deste projeto. Lembramos que a escola é um reflexo da
sociedade. Como nós, este aluno está experimentando a reconexão, saindo do isolamento e
entrando no espaço físico. Entre as propostas e novos desafios, a escola deve revisar sua
proposta pedagógica e currículo. Se precisarmos usar métodos ativos, isso deve estar em nosso
documento. Além do horário escolar, deve haver questões muito claras relacionadas aos padrões
de convivência. A escola é um capital cognitivo cultural, é um espaço coletivo que acolhe os mais
diversos perfis. Mas deve ser um coletivo com uma missão, uma visão e uma filosofia a seguir,
mas também com limites. Os alunos devem lembrar que aprender envolve aprender e aprender
leva tempo, dedicação e paciência.

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6 REFERÊNCIAS

BARTON, D.; HAMILTON, M. e IVANIC, R. (Orgs.). Situated literacies: reading and writing in
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Práticas de leitura e escrita na contemporaneidade: uma produção multimodalizada.


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A PRODUÇÃO DA ESCRITA – UMA EXPERIÊNCIA ... https://www.e-publicacoes.uerj.br ›


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SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. Porto Alegre: Editora Artmed, 1998.

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