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Abstract: Human milk, intended for consumption by newborns, has properties beneficial to
growth and development from antibodies to highly nutritious compounds. Given the numerous
benefits acquired through breast milk, the proposals of sales and donations in the virtual and in-
person spheres have made consumption a common practice among nursing mothers and their
consumers. This is a study about the problems that may be generated by the commercialization
and inadequate use of breast milk. In this context, this research aims to address the existence of
quality protocols for commercialized breast milk and to list and discuss the possible health
impacts of the consumption of commercialized breast milk. The Narrative Literature Review
method was used, where the results were gathered and synthesized from the search on PubMed,
Scientific Electronic Library Online (SciELO), and Google Scholar platforms over the last 10
years. Thus, based on the selected collection, it can be concluded that the informal sharing of
breast milk can generate consequences for the health of those who consume it.
Keywords: Breast milk; Commercialization of breast milk; Quality control of breast milk
I
Acadêmico do curso Biomedicina da Instituição de Ensino Superior (IES) da rede Ânima Educação. E-mail:
adrianesilviac@gmail.com. IIAcadêmico do curso Biomedicina da Instituição de Ensino Superior (IES) da rede
Ânima Educação. E-mail: menegardo.impf@gmail.com. IIIAcadêmico do curso Biomedicina da Instituição de
Ensino Superior (IES) da rede Ânima Educação. E-mail: samara.mascarenhas98@gmail.com. Artigo
apresentado como requisito parcial para a conclusão do curso de Graduação em Biomedicina da Instituição de
Ensino Superior (IES) da rede Ânima Educação. 2022. Orientador: Prof. Lídia Eloy Moura, Mestre.
2
1 INTRODUÇÃO
compra ou compartilhamento desse produto. Apesar de não existir dados que afirmem ou
neguem a existência desta prática, no Brasil ela é proibida pelo parágrafo 4º do artigo 199 da
Constituição Federal de 1988, sendo o banco de leite a única forma permitida de haver o
compartilhamento de LH12.
Comprar esse produto pela internet pode gerar diversos riscos à saúde dos
consumidores, principalmente de crianças, que podem contrair vírus e bactérias, tais como:
citomegalovírus, HIV, hepatite B e C, sífilis, entre outros. Portanto, o maior risco atrelado ao
comércio informal do LM é a ausência de garantias de testes e processos de qualidade do
produto, desde a ordenha até o armazenamento e transporte. Além disso, há estudos que
apontam a existência de leites adulterado como fórmulas ou leite de vaca16. Ademais, já foram
também detectadas presença de maconha, tabaco e cafeína, entre outras substâncias17–19.
Sendo assim, esse trabalho justifica-se pela importância de compilar informações quanto
as questões tangentes ao compartilhamento do leite materno, seja por vendas ou doações fora
dos meios legais. Então, o objetivo do presente estudo é analisar os problemas relacionados à
comercialização e utilização indiscriminada do leite humano, além de verificar a existência ou
não de protocolos de qualidade na comercialização. Além disso, trazer para discussão os
4
possíveis impactos na saúde pelo consumo de tal produto, com o intuito de implementar, de
forma preventiva, medidas que coíbam essa prática.
2 METODOLOGIA
PubMed 42 10
SciELO 181 1
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
qualidade que visam assegurar a segurança do alimento para a criança8. Já o FDA não dita leis
proibitivas, apenas recomenda que o lactente não consuma LM adquirido fora dos BLH11.
Tomando como base os termos da ANVISA e FDA, os bancos de leite são exemplos de
controle de qualidade do leite humano. Dentre as exigências dispostas na RDC Nº 171, de 04
de setembro de 20068, acerca do controle de qualidade vigentes nos BLH, encontra-se:
Documentação de Boas Práticas de Manipulação do Leite Humano Ordenhado (LHO) e
Programa de controle interno da qualidade, documentado e monitorado8. Seguindo tais
documentações, para assegurar um leite de qualidade, o Banco de Leite Humano de Blumenau-
SC traçou a sequência a seguir para garantir um leite seguro aos solicitantes10.
fazer uso de drogas lícitas ou ilícitas e não estar sob uso de medicações contraindicadas ao
período de lactação10.
Lavar mãos e braços até o cotovelo com água e sabão em abundância, as mamas apenas
com água (evitando assim ressecamentos e fissuras), secar ambos com toalha descartável e
manter as unhas bem curtas são algumas das instruções dadas a fim de minimizar desperdícios
e contaminações por coleta inadequada5. Sendo assim, pode-se considerar a fase da ordenha
como um indicador do controle de qualidade já que, se realizada de forma incorreta, o LHO
pode apresentar microrganismos, impurezas entre outros artefatos9.
como reagir à presença de cada um deles, levando em conta sua severidade e probabilidade de
ocorrência, e classificando-os – caso ocorram – em seus registros10.
Nas amostras de leite de materno vendidas pela internet, foram detectadas contaminação
por esses microrganismos e substâncias. Ademais, foram verificadas a existência de
adulterações por leite de vaca e fórmulas18.
O Virus da Imunodeficiência Humana (HIV), causa uma infecção que ataca as células
TCD4 do sistema imune humano, destruindo-as, reduzindo a imunidade do hospedeiro e o
deixando suscetível a infecções oportunistas, como fungos e bactérias como a tuberculose24. A
infecção pode acontecer através da transmissão vertical, ou seja, na gestação durante o parto e
através do leite materno, o qual possui baixo risco de contaminação se comparado ao parto.
8
Entretanto, a recorrente exposição ao leite contaminado pode provocar a infeção pelo vírus13,25.
Por esse motivo não é recomendado o aleitamento por lactentes soropositivas15,25.
Nessa esfera, houve um estudo onde a taxa de transmissão vertical variou de 10,5% a
39,6% em crianças que foram amamentadas por mães infectadas, enquanto crianças que foram
alimentadas por fórmulas tiveram uma taxa de 0% a 12,8% sugerindo uma contaminação
vertical placentária. Paralelo a isso, outro estudo realizado na Jamaica, encontraram relações
significativas entre o tempo de amamentação e a infecção pelo HTLV, crianças que foram
amamentadas no período de 6 a 12 meses tiveram aumento de 4,4 vezes aumento no risco de
infecção enquanto crianças que foram amamentadas por mais de 12 meses tiveram 10,2 vezes
aumento no risco de infecção quando comparadas com as crianças que foram amamentadas por
menos de 6 meses27.
HTLV-I e
Comprovada Contraindicado pelo Ministério da Saúde
HTLV-II
Dentre as substâncias que podem ser encontradas no leite, deve-se mencionar a nicotina
e seu metabolito, a cotinina. Elas são detectadas nos leites vendidos pela internet e podem
ocasionar na criança desregulações cardíacas, alterações no sono, problemas de crescimento e
o aumento da incidência de doenças respiratórias. De acordo com estudos, dentre os anúncios
cotados na internet, nenhum vendedor admitiu tabagismo, porém 35% não se pronunciaram e
os 65% restantes informam que não estão fumando. Apesar desses dados, 4% das amostras
tiveram detecção de substâncias do fumo, o suficiente para indicar a prática, sendo 58% do total
das amostras com algum nível detectável de nicotina e/ou cotinina17.
Estudos apontam a adulteração do leite humano vendido pela internet por leite de vaca,
água e fórmulas. Um estudo realizado em 2015 aponta que: 11 das 102 amostras de leite
materno que foram compradas pela internet possuem tanto DNA humano quanto DNA bovino
o que aponta para a adulteração do produto por leite de vaca e fórmulas em 10 das amostras a
concentração é tão alta que descarta a hipótese de contaminação acidental e sugere a
adulteração18.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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