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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

Módulo de Tecnologias Educativas

Formação de Professores do Ensino Primário


Elaborado por: Sandra Sequeira e Momad Nauchad

“Construindo competências profissionais para um ensino de qualidade”

INDE
INSTITUTO NACIONAL DO DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO

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1. Título da Unidade Temática:
Tecnologias Educativas

2. Duração da Unidade Temática:


32 horas presenciais + 16 horas não presenciais

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3. ÍNDICE:
1. Título da Unidade Temática:................................................................................................................. 2

2. Duração da Unidade Temática: .................................................................................................... 2

3. ÍNDICE: ................................................................................................................................................ 3

4. Introdução da Unidade Temática: ......................................................................................................... 4

5. Competências a Desenvolver na Unidade Temática: ............................................................................ 5

6. Resultados de Aprendizagem da Unidade Temática:............................................................................ 5

7. Elementos de Competência e Evidências Requeridas da Unidade Temática: ...................................... 5

8. Visão Geral dos Conteúdos da Unidade Temática:............................................................................. 12

9. Guião de Conteúdo e de Contexto ...................................................................................................... 15

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4. Introdução da Unidade Temática:
A unidade curricular de Tecnologias Educativas visa contribuir para o desenvolvimento de
competências relevantes para uma integração plena do formando na sociedade de conhecimento e para
o exercício efectivo do papel de mediador do processo de ensino-aprendizagem.

Actualmente, devido à sua transversalidade, as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC)


são uma componente incontornável para qualquer área de formação. Assim sendo, pretende-se que ao
terminar a formação, o futuro professor esteja dotado de conhecimentos sobre as TIC que o permitam
conhecer os diferentes tipos de tecnologias desde as mais tradicionais (ponteiro e ardósia; lápis,
esferográfica e papel; telégrafo; entre outras) até às mais recentes (telefone fixo, telefone celular, rádio,
TV, computador, quadros interactivos, entre outras). Para além disto, é fundamental que o formando
compreenda a importância de todas estas tecnologias no processo de ensino-aprendizagem.

Nesta linha de pensamento, todos os indivíduos com responsabilidades e devidamente


educados para enfrentar a sociedade devem ter conhecimentos nas diferentes áreas relacionadas com
as tecnologias de informação. A informática é, portanto, uma ciência que trata racionalmente a
informação através de máquinas automáticas, como é exemplo, o computador. Desta maneira, tem
todo sentido os formadores sentirem-se familiarizados com as TIC e saberem, de modo mais particular,
utilizar o computador como recurso para a sua prática profissional diária.

Face a isto, a unidade curricular de Tecnologias Educativas permitirá o domínio de uma gama de
ferramentas do mundo das TIC´s que permitam ao formando explorar fontes de conhecimento
diversificadas para o acesso à informação, participação em comunidades de aprendizagem, utilização de
conteúdos, entre outras possibilidades.

Neste módulo as TIC´s são também vistas como um instrumento revolucionador do ensino,
numa era em que o professor e o formador já não são a única fonte do saber, o aluno e o formando
aprendem de maneiras e fontes variadas incluindo dos seus pares.

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5. Competências a Desenvolver na Unidade Temática:
1. Promove o espírito patriótico, a cidadania responsável e democrática, os valores
universais e os direitos da criança;

2. Comunica adequadamente em vários contextos;

3. Age de acordo com os princípios éticos e deontológicos associados à profissão


docente;

4. Demonstra domínio dos conhecimentos científicos do ensino primário;

8. Desenvolve e utiliza estratégias e recursos didácticos estimulantes para situações


concretas de aprendizagem;

9. Promove o autodesenvolvimento profissional e envolve-se num trabalho cooperativo,


colaborativo e articulado.

6. Resultados de Aprendizagem da Unidade Temática:


 Explorar o computador na óptica do utilizador;

 Utilizar, de forma criativa, recursos disponíveis em diversas fontes no processo de


ensino-aprendizagem;

 Utilizar recursos diversificados na produção de conteúdos para o ensino primário;

 Usar a internet para pesquisa e troca de informação útil para o processo de ensino-
aprendizagem e para a autoformação do futuro professor;

 Interagir em comunidades de aprendizagem;

7. Elementos de Competência e Evidências Requeridas da Unidade Temática:


(1) – I. Respeita e fomenta os valores universais, as regras de convivência democrática e os
direitos e deveres cívicos, morais e de cidadania.

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 Pesquisa os direitos e deveres cívicos e morais, os direitos e deveres gerais e os direitos e
deveres cívicos da comunidade e da família;

 Prepara e apresenta cartazes com os direitos e os deveres de cidadania e com os direitos


humanos;

 Prepara e apresenta cartazes de sensibilização para a promoção de regras de convivência


democrática na sala de aula, na escola e na comunidade;

 Constrói uma lista de regras de convivência para a sala de aula ou para a escola;

 Mostra vídeos capazes de sensibilizar para os diferentes problemas de convivência


existentes na sala de aula e na comunidade;

 Elabora cartazes capazes de sensibilizar para os diferentes problemas existentes na sala


de aula, na escola e na comunidade;

(1) – II. Fomenta os direitos e deveres da criança.

 Propõe a construção e apresenta panfletos com os direitos e deveres das crianças e utiliza-
os como forma de divulgação junto dos diversos agentes educativos;

 Cria um blog informativo com os direitos e deveres da criança e actividades


desenvolvidas sobre o tema.

(1) – IV. Demonstra atitudes responsáveis perante a saúde, a segurança e a sustentabilidade.

 Produz folhetos informativos de sensibilização sobre diversas doenças dirigidos às


crianças;

 Elabora um cartaz, com os principais Direitos Humanos e a lei n.º 12/2009;

 Faz o levantamento das doenças referidas no Programa do Ensino Primário;

 Faz o levantamento dos conteúdos programáticos sobre o tema das drogas;

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 Propõe a visualização de filmes que sensibilizem para as consequências a longo prazo da
poluição do ambiente e inadequada utilização de recursos naturais.

(1) – V. Assume atitudes de respeito e de valorização da pátria.

 Elabora cartazes ou panfletos com as regras de conservação e de valorização da moeda


nacional, de locais históricos, de museus, entre outros;

 Faz uma colecção de elementos que simbolizam a nação (colecção de selos ou de moedas
comemorativas, por exemplo);

 Constrói um portfólio sobre a vida e obra de personalidades moçambicanas e de outras


figuras relevantes para o país.

(2) – I. Interpreta e produz enunciados orais adequados a diferentes contextos.

 Escuta e interpreta músicas, peças dramáticas, entre outras.

(2) – II. Interpreta todo o tipo de informação escrita.

 Lê bibliografia variada de autores moçambicanos, e não só, analisando e criticando cada


texto lido;

 Investiga lendas ou outras histórias da comunidade, interpretando-as, e elabora, por


exemplo, um folheto ou um jornal.

(2) – III. Produz textos com diversas finalidades e em diferentes contextos.

 Escreve textos para folhetos, jornais, blogs, sites, entre outros.

(2) – IV. Formula e fundamenta opiniões, argumentando em diversos contextos.

 Modera fóruns online.


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(2) – V. Respeita a diversidade linguística e cultural.

 Pesquisa sobre a cultura da comunidade;

 Procura aprofundar conhecimentos acerca da língua de instrução;

 Cria instrumentos de comunicação entre a escola e a comunidade.

(3) – I. Assume princípios éticos relacionados com a sua profissão.

 Elabora cartazes com regras de conduta ligadas à sua profissão.

(3) – II. Assume princípios deontológicos relacionados com a sua profissão.

 Elabora e apresenta uma lista de valores deontológicos a serem implementados na escola


ou na comunidade.

(3) – IV. Desenvolve práticas pedagógicas conducentes ao sucesso de todos os alunos com ética
e profissionalismo.

 Prepara um panfleto com algumas estratégias pedagógicas.

(3) – V. Aplica as leis básicas do país e os procedimentos administrativos e organizativos


inerentes à escola e ao sistema de ensino.

 Investiga leis moçambicanas e outros documentos vigentes com interesse para a prática
pedagógica.

(4) – I. Comunica com clareza e correcção nas línguas Portuguesa, Inglesa e Moçambicanas.

 Expressa-se com clareza e correcção numa rádio, por exemplo;

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 Usa suportes audiovisuais que auxiliem na aprendizagem da língua;

 Escreve actas, cartas, e-mails, poemas, entre outros;

 Procura e analisa notícias e reportagens;

 Lê textos diversos relacionados, por exemplo, com situações da vida socioeconómica e


cultural do país e do mundo;

 Dinamiza fóruns de discussão entre os agentes educativos de interesse para os


mesmos.

(4) – II. Utiliza os conhecimentos da Matemática e das Ciências em diversas situações.

 Prepara metodologias de ensino adaptadas ao ensino da Matemática e das Ciências.

(4) – III. Utiliza os conhecimentos de Ofícios, Expressão Musical e Visual e Tecnológica para
despertar habilidades e o gosto pela arte e pelo trabalho.

 Constrói instrumentos e explora-os.

(8) – III. Consulta fontes de informação (família, comunidade) como forma de obtenção de
informação sobre os alunos (necessidades e progressos).

 Cria documentos de registo para os dados relevantes resultantes da procura de informação


junto das diversas fontes.

(8) – IV. Monitoriza o progresso dos alunos de acordo com as competências básicas do
programa.

 Adapta as estratégias pedagógicas aos diferentes ritmos de aprendizagem e de acordo


com cada contexto pedagógico.

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(8) – V. Analisa, reflecte e comunica os resultados da avaliação, reajustando o ensino.

 Elabora uma apresentação para seminário com colegas sobre os conteúdos dos seus
portfólios e discute-os.

(8) – VI. Reconhece necessidades educativas especiais e elabora planos de actuação.

 Apresenta e explica, por escrito, o plano de acção individualizado;

 Adequa o material auxiliar ao processo de ensino aprendizagem, identificando e


aplicando em situações concretas;

 Contacta diferentes especialistas da área junto da comunidade;

 Cria as condições na escola (sala de aula) para integração (turma regular) dos alunos com
problemas de aprendizagem;

 Identifica e aplica estratégias adequadas para alunos com problemas de aprendizagem;

 Planifica aulas e identifica estratégias de monitorização tendo em conta os problemas


de aprendizagem.

(9) – I. Domina as metodologias de ensino específicas das disciplinas do ensino primário.

 Investiga novas metodologias de ensino.

(9) – II. Envolve os alunos em actividades de aprendizagem efectiva.

 Sugere pesquisas e investigações a partir dos interesses dos alunos ou da turma.

(9) – III. Suscita o desejo de aprender, fomenta uma boa relação com o saber e o sentido do
trabalho escolar.

 Pesquisa de recursos pedagogicamente aplicáveis no seu contexto de sala de aula;

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 Prepara actividades pedagógicas recorrendo às TIC;

 Proporciona aos alunos o envolvimento directo com as TIC;

 Disponibiliza recursos e ferramentas aos seus alunos de acordo com o tipo de trabalho.

(9) – IV. Mantém a disciplina, gerindo a participação e a interacção aluno/aluno e


aluno/professor.

 Cria espaços de negociação.

(9) – V. Produz os recursos de aprendizagem em conformidade com os conteúdos.

 Identifica os materiais a usar (material físico – computador, papel, impressora, madeira,


plantas, cartolina, entre outros);

 Elabora meios didácticos adequados (texto de apoio, objectos);

 Consulta fontes relevantes;

 Usa os meios didácticos produzidos pelo próprio (textos de apoios, objectos e outro
materiais) na sala de aula.

(9) – VI. Adapta os meios didácticos convencionais e não convencionais já produzidos.

 Reflecte criticamente sobre a possibilidade de integração dos meios didácticos nas suas
aulas, ponderando vantagens e desvantagens da sua utilização.

(9) – VII. Avalia os resultados da utilização dos recursos didácticos produzidos ou adaptados.

 Usa correctamente os meios didácticos na sala de aula.

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8. Visão Geral dos Conteúdos da Unidade Temática:

CAPÍTULO I: Vocabulários e Noções de Computação

 Os computadores e a sociedade

 Definições de computação

 Evolução da computação

 Importância da informática

 Noções básicas de computação

 Procedimentos básicos de utilização de computadores

 Distinção entre hardware e software informáticos

 Vocabulário de hardware

 Elementos básicos de um computador

 Sistemas Operativos

 Funcionalidades básicas do Windows

CAPÍTULO II: Processador de Texto

 Conhecer e utilizar ferramentas do Microsoft Word

 Funcionalidades básicas do Microsoft Word

 Criação de um documento

 Como aceder

 Barras de ferramentas

 Formatação

 Acentuação

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 Digitação do texto

 Gravação de um documento

 Criação de um novo documento

 Abertura de um documento existente

 Impressão de um documento

CAPÍTULO III: Apresentações

 Conhecer e utilizar ferramentas do Microsoft PowerPoint

 Funcionalidades básicas do Microsoft PowerPoint

 Criação de uma apresentação

 Como aceder

 Barras de ferramentas

 Formatação

 Gravação de um documento

 Abertura de um documento existente

 Impressão de um documento

CAPÍTULO IV: Internet, Web, Pesquisa Online e Segurança na Internet

 O que é a internet e como funciona

 Redes

 Web

 Serviços básicos da internet e da Web

 Browsers

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 Ferramentas e funcionalidades básicas do browser Internet Explorer

 Navegação na internet

 Motores de pesquisa

 Métodos e técnicas de navegação e pesquisa na internet

 Retirar informação de uma página de internet

 Regras de segurança de navegação na internet

CAPÍTULO V: Tecnologias Educativas

 O que são e para que servem

 Importância das Tecnologias Educativas

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9. Guião de Conteúdo e de Contexto

CAPÍTULO I: Vocabulários e Noções de Computação

 Os computadores e a sociedade

O progresso da tecnologia tem sido fundamental para o desenvolvimento das sociedades e


do mundo. Os meios tecnológicos actuais permitiram o aparecimento da "aldeia global", uma vez
que a informação rapidamente se torna de fácil acesso para todos. As tecnologias da informação
vieram revolucionar toda a vida social e caracterizam-se, sobretudo pela sua flexibilidade,
produtividade e integração do conhecimento. Dependem, sobretudo, da capacidade humana, isto
é, o seu maior ou menor impacto depende da capacidade, do conhecimento e da criatividade de
quem as usa.

Neste âmbito, pode referir-se um conjunto extremamente vasto de inovações, como por
exemplo, a máquina a vapor, os satélites ou mais recentemente do aparecimento dos telemóveis e
da internet.

De facto, existe uma relação directa entre tecnologia e desenvolvimento, que, por sua vez,
produz alterações no modo de viver das pessoas. No entanto, esta relação é dialéctica, uma vez
que também as inovações são produto da acção humana, isto é, são resultados da evolução,
necessidades e produção sociais.

As inovações são constantes e contribuem para o desenvolvimento dos povos. Contudo,


as inovações tecnológicas têm uma duração muito curta, visto que muito rapidamente são
ultrapassadas por outras, passando as primeiras ao esquecimento e a cair em desuso. Deixam,
portanto, de ser “inovações” num espaço de tempo muito curto.

Como exemplo da dinâmica associada às inovações tecnológicas, temos, para quem viveu
no século XIX, o telégrafo e o telefone, que não passavam de miragens ou invenções
prodigiosas. E, no entanto, o tempo para realizar e multiplicar estes meios da vida moderna foi

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extremamente breve. No início do século XX, com o aparecimento da rádio, pensava-se já noutra
revolução: a comunicação individual.

Assim, e uma vez que o desenvolvimento e aplicação das inovações tecnológicas são
directamente dependentes da formação dos recursos humanos, é fundamental proporcionar às
pessoas conhecimento e reciclagem para que estejam completamente actualizadas e contribuam
para uma aplicação satisfatória das tecnologias, usufruindo das suas potencialidades ao máximo.

Actualmente vive-se numa era de transição da computação para os meios de


comunicação. A generalização do uso da internet e a televisão digital revolucionaram as
tecnologias de informação e da comunicação.

A internet é um mundo virtual paralelo ao real. Podemos ler livros e jornais, fazer
compras no supermercado, reservar passagens de avião e resolver mil dilemas práticos. A
informação circula de forma livre e está acessível a qualquer pessoa. Nunca estivemos tão perto
do conhecimento da aldeia global. Uma aldeia atravessada por auto-estradas de informação e
com comunicações virtuais, resultantes da era da comunicação mediada por computador.

 Computação

Um computador não é mais do que uma máquina e, como tal, apenas pode executar as
tarefas para as quais foi criado. Para um computador poder executar uma tarefa, precisa de
programas específicos, ou seja, necessita que lhe seja fornecido um conjunto de instruções
elaboradas de uma forma ordenada e com determinadas regras e linguagens, de forma a que
orientem e controlem a execução da tarefa que é pretendida.

É importante perceber-se que um computador não tem inteligência, mas tem capacidade
de armazenamento de dados que, em computação, se chama também de memória. De facto, não
é o computador que, por si só, toma decisões e adopta determinadas estratégias e caminhos; tem
que ter sido programado – com base nos programas informáticos que o constituem. O grande
trunfo desta máquina é, sem dúvida, a velocidade com que executa um programa e,
consequentemente, uma tarefa que lhe foi “pedida”. Este processo é possível devido à sua
capacidade de armazenamento de dados.

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 Sistema Informático (Computador)

Um sistema informático é um conjunto de elementos necessários á que uma dada tarefa


seja executada através de uma solução informática.

Qualquer sistema informático divide-se em duas partes fundamentais:

- O Hardware (componentes físicos)

- O Software (componentes lógicos)

O primeiro tipo de componentes diz respeito ao conjunto de dispositivos físicos que


constituem o sistema informático, ou seja, corresponde à parte exterior do computador, à parte
física e visível. O hardware de um sistema informático funciona apenas quando lhe são dadas
“ordens”, não funcionando sozinho.

Processador

Monitor

Colunas

Rato

Teclado

Figura 1: Alguns componentes de hardware de um computador.

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Por sua vez, o software, é o conjunto de programas de fornecem as instruções necessárias
para fazer funcionar o hardware, sob intervenção mais ou menos interactiva e orientada dos
utilizadores. Este tipo de componentes corresponde à parte lógica do sistema, ou seja, aos
programas e comandos de um computador.

Alguns exemplos de software são os processadores de texto, os jogos e as enciclopédias


digitais.

Em suma, é o software que permite o funcionamento do hardware, mas é este último que
permite que as ordens e acções sejam executadas.

Figura 2: Alguns exemplos de software.

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 Estrutura Interna de um Computador

Um sistema informático é composto por vários componentes dispostos em unidades


organizadas e interligadas entre si. Os principais componentes organizam-se da seguinte forma:

De facto, estas três unidades – processador, memória e dispositivos de entrada e de saída


(input/output) – são as essenciais a um sistema informático.

No entanto, há muitos outros componentes necessários para que um computador


funcione, tais como os que são visíveis no esquema que se segue:

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A placa principal, ou motherboard, é a base onde se encontram circuitos electrónicos, o
processador e as memórias internas processador, discos rígidos, drives de disquetes ou CD’s,
placa gráfica, placa de som, entre outros.

A CPU (Central Processing Unit), ou Unidade Central de Processamento, ou ainda


Processador, é o “cérebro” do computador, sendo o responsável por controlar e realizar todas as
tarefas exigidas pelos utilizadores. Este componente é, em grande parte, responsável por
características fundamentais de um sistema, tais como capacidade máxima de memória e de
rapidez. É também sua função controlar todo o sistema. É nesta unidade que são efectuadas as
operações internas e onde se encontram memorizados os programas e os dados, e é a partir de
onde se controla o funcionamento de todos os elementos que constituem o computador.

A memória é um suporte com capacidade para armazenar qualquer tipo de informação


(dados e programas). Existem dois tipos de memórias: as primárias e as secundárias.

- Memórias primárias: são absolutamente indispensáveis ao funcionamento de


um sistema informático. Exemplos de memórias primárias são:

ROM (Read Only Memory)


É uma memória permanente, só de
leitura, com instruções fixas, que
permite o desempenho de funções
básicas.

RAM (Random Access Memory)


É a memória principal do
computador, que permite gravar,
ler e apagar informações. É
renovada cada vez que se liga ou
reinicia o computador.

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- Memórias secundárias: são utilizadas para guardar informação ao longo dos
tempos, fora do alcance directo da CPU. Este tipo de memórias servem,
principalmente, para armazenar grandes quantidades de informação, sendo, por
norma, de carácter duradouro. Exemplos de memórias secundárias são:

Disco rígido Disquete Pen/Flash CD-ROM/DVD

Uma vez que a memória RAM é renovada cada vez que se liga ou reinicia o computador,
é necessário guardar os dados em suportes de armazenamento a longo prazo, para que estes não
se percam. As memórias secundárias são suportes de armazenamento de informação que
interessa guardar antes e/ou depois das actividades de processamento.

Os dispositivos ou periféricos são todos os componentes ligados ao computador que


sirvam para manipulação de dados/informação.

- Dispositivos de entrada: servem para fornecer/introduzir dados no computador.


Os principais dispositivos de entrada são:

Teclado Scanner

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Leitor de código de barras Rato
- Dispositivos de saída: servem para disponibilizar a informação resultante do
tratamento dos dados pelo computador. Os principais dispositivos de saída são:

Impressora Monitor

Datashow/Projector Colunas

 Sistemas Operativos

Um Sistema Operativo é um conjunto de programas e dados concebidos especificamente


para gerir os recursos de hardware e facilitar a criação e execução de software.

De maneira mais formal pode definir-se Sistema Operativo, como sendo o software
fundamental que controla todo os recursos de hardware e faz com que o software possa ser
executado. Pode referir-se como a ligação principal entre Hardware-Software-Utilizador. Actua,
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assim, como um intermediário entre o utilizador o hardware, o software e o utilizador, com o
propósito de fornecer as condições necessárias para a execução de programas.

Programas/Aplicações

Sistema Operativo

Hardware

Um sistema operativo é, portanto, um conjunto de programas que faz a gestão dos


recursos físicos e lógicos e das operações fundamentais de um computador, sendo que todos “os
computadores estão equipados com uma camada de software denominada por sistema operativo,
cuja função é gerir todos os dispositivos e fornecer ao software um mecanismo mais simples de
interacção com o hardware” (Tanenbaum, 2007).

Um Sistema Operativo pode ser visto como:

- Uma máquina virtual

Na medida em que dá ao utilizador a ilusão de que dispõe de uma máquina muito


simples. Esconde, portanto, aspectos de hardware de modo a facilitar a vida do
utilizador, apresentando uma interface simplificada.

- Um Gestor/Distribuidor de Recursos

Uma vez que efectua a gestão dos diversos componentes da arquitectura de um


computador, impondo ordem na atribuição de recursos aos programas. Decide que
pedidos devem ser atendidos de modo que o sistema possa trabalhar de forma
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eficiente. Desta forma, rentabiliza as funcionalidades dos recursos disponíveis, como
o tempo do processador e a memória.

- Um Programa de Controlo

Controla a execução de programas do usuário para evitar erros e inconsistência e para


proteger usuários uns dos outros.

Funções de um Sistema Operativo:

- Gerir as trocas de dados e informações entre o processador, os vários


componentes e os periféricos;

- Permitir a instalação e configuração de periféricos;

- Realizar a gestão da memória do computador;

- Definir as regras de funcionamento do Software de aplicação;

- Disponibilizar ao utilizador um conjunto de programas que facilitam a gestão do


sistema e da informação (copiar disquetes, listar o conteúdo de um disco, fazer
cópias de segurança...), enviar mensagens informativas e de erro para o exterior
(cópia terminada, ficheiro em impressão, disquete protegida...);

- Diagnosticar e corrigir erros;

- Criar e manter ficheiros;

- Administrar as memórias;

- Controlo de segurança.

Objectivos de um Sistema Operativo:

- Fornecer ao programador/usuário uma forma mais conveniente para a operação


do computador:

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 Esconde a complexidade e detalhes internos inerentes à manipulação e
controle dos componentes de hardware.

 Reduz o tempo de preparação de um programa.

 Permite a execução do mesmo programa em ambientes diferentes

 Permite várias aplicações trabalharem simultaneamente

- Controlar a interacção entre:

 Utilizadores e hardware

 Os diversos utilizadores

- Utilizar o hardware e os demais recursos de um computador de forma eficiente.

Hoje em dia, todos os computadores possuem algum tipo de Sistema Operativo. Os mais
conhecidos são o Windows e o Linux.

Windows:

Microsoft Windows é um sistema operativo criado pela Microsoft, empresa fundada por
Bill Gates e Paul Allen. O Windows surgiu em 1995 para substituir o sistema operativo MS-
DOS.

Quando se liga o computador que tenha o Windows instalado, o sistema operativo é


carregado e entra assim no ambiente de trabalho do Windows e o sistema informático fica apto a
ser utilizado.

Linux:

O Linux é um S.O. da família UNIX, desenvolvido através da Internet, por vários


programadores.

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Este sistema operativo tem a particularidade de ser software livre (pode ser utilizado,
modificado e distribuído a outros sem que se tenha de pagar uma licença para tal efeito) e não ser
detido por nenhuma empresa, estando o seu código-fonte disponível para consulta em vários
sítios da Internet, como em http://www.kernel.org. O código-fonte é o conjunto de linhas de
programação que compõem o software.

O sistema operativo da Microsoft – Windows – é um dos mais usados e conhecidos em


todo o mundo.

 Funcionalidades e ferramentas básicas do Windows

O Windows é um produto comercial, com várias versões. A actual versão estável do


Windows para desktops é Windows 7, lançada em 2009.

Este sistema operativo apresenta vários programas e conjuntos de programas à escolha do


utilizador. O “pacote” de aplicativos mais utilizado é o Microsoft Office. Algumas alternativas
ao Microsoft Office são o Open Office, o Star Office, entre outros.

Algumas ferramentas do Microsoft Office (conjunto de programas/ferramentas):

- Word: processador de texto

- Excel: folha de cálculo

- PowerPoint: apresentador gráfico

- Access: sistema de gestão de bases de dados

- FrontPage: criação e publicação de páginas

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CAPÍTULO II: Processador de Texto

Um processador de texto permite escrever, editar (copiar, cortar, colar) e formatar texto,
inserir e formatar objectos como tabelas, imagens, gráficos, wordart, caixas de texto, símbolos e
muitas outras funcionalidades.

É possível fazer correcção automática da escrita, revisão ortográfica ou intercalação de


documentos. É possível configurar margens, cabeçalhos e rodapés da página para uma posterior
impressão dessas páginas. É possível aplicar várias formatações como o tipo de letra, de
parágrafo, marcas e numeração ou de limites e sombreados de objectos.

Pode, também, inserir-se os seguintes objectos/elementos principais: texto, imagem,


tabela, cabeçalho, rodapé, caixa de texto, desenho, ficheiro, clipart, wordart e hiperligação. Pode-
se criar e guardar ficheiros de formato diferente ao documento do Word (*.doc e *.docx), como
modelo (*.dot) ou área de trabalho (*.wks).

O Microsoft Word é o processador de texto mais utilizado no sistema operativo


Windows. Com ele é criar e editar diversos tipos de documentos, como cartas, relatórios, livros,
jornais, revistas, boletins, desdobráveis, posters, catálogos, entre muitos outros.

 Abrir o Microsoft Word

Para abrir o Microsoft Word deverá clicar-se no menu “Iniciar”, apontar para “Todos os
programas”, depois escolher “Microsoft Office” e posteriormente escolher “Microsoft Office
Word”.

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 Escrever texto

O primeiro passo a dar será a escrita de texto no Word. Antes de se iniciar esse processo
deverá ter-se em conta um conjunto de factores, tais como:

- O cursor que se encontra a piscar no ambiente de trabalho indica o local onde


será digitado o texto;

- Quando estiver a chegar ao fim da linha não se deverá pressionar a tecla Enter e
o Word tratará de dar continuidade ao seu texto na linha seguinte;

- Caso se pretenda criar parágrafos, então sim, deverá utilizar-se a tecla Enter;

- Para se deslocar entre o texto já escrito deverá utilizar-se as teclas do cursor, ou o


ponteiro do rato, nunca a barra de espaço.
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 Seleccionar texto

Esta opção é utilizar com frequência.

A selecção de um texto consiste em colocar o cursor no início da área a ser seleccionada,


clicar com o botão esquerdo do rato e arrastar até ao fim da área a ser seleccionada. Ao realizar esta
operação, o texto ficará seleccionado com um fundo preto e cor de texto a branco. Neste momento
não se deve carregar em nenhuma tecla; caso contrário, o texto será substituído.

Caso se pretenda utilizar antes o teclado para efectuar a selecção, deverá efectuar-se uma
conjugação de teclas:

- Shift + teclas direccionais – selecciona o texto na direcção das setas;

- Shift + Home ou End – selecciona o texto até ao início ou até ao fim da linha,
respectivamente;

- Shift + Ctrl + Home ou End – selecciona o texto até ao início ou até ao fim do
documento, respectivamente.

- Shift + Page Up – selecciona o texto de ecrã em ecrã no sentido ascendente do


documento;

- Shift + Page Down – selecciona o texto de ecrã em ecrã no sentido descendente


do documento;

- Ctrl + T – selecciona todo o texto de todo o documento.

 Copiar, cortar e colar texto

A acção de cópia pode ser realizada de diferentes formas, entre elas as seguintes:

- Seleccionar a informação a copiar, clicar no botão direito do rato em “Copiar”;

- Clicar simultaneamente nas teclas Crtl + C.

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Para colar a informação anteriormente copiada, há, também, diferentes formas:

- Seleccionar a informação a copiar, clicar no botão direito do rato em “Colar”;

- Clicar simultaneamente nas teclas Crtl + V.

Para cortar ou mover informação, há, igualmente, diferentes formas:

- Seleccionar a informação a copiar, clicar no botão direito do rato em “Cortar”;

- Clicar simultaneamente nas teclas Crtl + X e depois em Crtl + V no local para


onde quer mover a informação.

 Anular e repor acções

Anular – permite-lhe desfazer a última operação que efectuou.

Repor – permite-lhe voltar a pôr a última operação que desfez.

Para aceder a estes comandos pode-se:

- Pressionar os botões da barra de ferramentas (anular) e (repor);

- Recorrer às teclas Crtl + Z para anular e Crtl + R para repor.

 Localizar e substituir texto

Quando se está a trabalhar com um documento grande, torna-se importante conseguir-se


localizar texto ou, eventualmente, substitui-lo. Para que tal seja possível, deve-se:

- Escolher-se o menu “Editar” e depois “Localizar” ou “Substituir”, dependendo


do que se pretende;leccionar a informação a copiar, clicar no botão direito do rato
em “Cortar”;

- Pressionar-se a tecla F5 e depois em “Localizar” ou “Substituir”, dependendo


do que se pretende;

Surgirá, de seguida, a janela abaixo apresentada:


30
Digita-se o texto a procurar ou a substituir no espaço em branco.

 Alterar o tipo de letra

Para alterar o tipo de letra escolha na Barra de formatação em e


escolha o pretendido.

 Alterar o tamanho da letra

Para alterar o tamanho da letra escolha na Barra de formatação em e escolha o


pretendido.

 Alterar o estilo

Para alterar o estilo escolha na Barra de formatação em e escolha o


pretendido.

31
 Alterar o alinhamento

Para alterar o alinhamento escolha na Barra de formatação em e


escolha o pretendido.

 Formatar o espaço entre linhas

Para formatar o espaçamento entre linhas, escolha o menu “Formatar” seguido da opção
“Parágrafo”. Na secção “Espaçamento entre linhas”, escolha 1,5, por exemplo.

Em alternativa pode-se
utilizar a barra de
ferramentas de
formatação, clicando em:

32
 Inserir cabeçalhos e rodapés

Para se colocar um cabeçalho e um rodapé, dever-se-á aceder ao menu “Ver” ou


“Inserir” e escolher “Cabeçalho e rodapé”.

Na janela que aparece, escreve-se o texto que se pretende incluir no cabeçalho.

Para o centrar na página, dever-se-á escolher no “Alinhamento” “ao centro”, na Barra


de formatação .

Se se pretender, pode-se colocar uma linha por baixo do seu cabeçalho. Para tal, escolhe-
se o “Limite inferior” na Barra de formatação.

33
Para se inserir o número da página escolhe-se na janela “Cabeçalho e rodapé” a opção
“Inserir número de página”.

Para alinhar o número da página à direita, clica-se em “Alinhar à direita”.

 Formatar o texto em colunas

Para formatar o texto em colunas deve seleccionar-se o que se pretende formatar e


escolher no menu “Formatar” ou “Esquema de Página” a opção “Colunas”.

Escolhe-se quantas colunas se


pretende ter no documento e
clica-se no botão OK.

Em alternativa poder-se-á
utilizar a barra de
ferramentas de
formatação, clicando em:

34
 Utilizar formas automáticas

As formas automáticas contêm um conjunto de objectos personalizáveis que pode inserir


nos seus documentos. Para inserir um destes objectos deverá inicialmente activar a Barra de
Desenho. Para activar essa barra clique neste ícone.

Se se pretender, por exemplo, inserir um cubo deve-se clicar neste símbolo e desenhar o
objecto na página. Se aparecer uma imagem a dizer “Clicar aqui o desenho”, deve-se clicar na
tecla ESC do seu teclado (está no canto superior esquerdo do teclado).

Para se alterar as características gerais do objecto, tais como o tipo de linha, a sua cor, cor
de fundo, etc., dever-se-á utilizar a barra que aparece na base do Word.

- Desenhar objectos
35
- Desenhar linhas

- Desenhar seta

- Desenhar rectângulos

- Desenhar círculos/ovais

- Caixas de texto

- Texto WordArt

- Desenhar diagramas

- Inserir imagens do ClipArt

- Inserir imagens

- Alterar cor de preenchimento

- Alterar cor da linha

- Alterar cor do texto

- Alterar espessura da linha

- Alterar tipo de linha

- Alterar tipo de seta

- Estilo de sombra

- Estilo 3D

 Introduzir tabelas

As tabelas podem ser inseridas escolhendo na barra de ferramentas o botão das “tabelas”
e escolhendo o número de linhas e de colunas.

Clique neste botão e


escolha quantas células
pretende.
36
Em alternativa poderá clicar no menu “Tabela”, de seguida “Inserir” e novamente
“Tabela”.

Escolha quantas colunas


pretende ter, assim como
o número de linhas.

As tabelas quando são desenhadas ficam com as linhas em volta de cada célula.

Depois de se ter uma tabela construída, poder-se-á inserir ou eliminar linhas, colunas ou
células. Para isso acede-se ao Menu “Tabela”, opção “Inserir” ou “Eliminar”.

37
Além disso, pode-se ainda unir ou dividir algumas células de uma tabela. Assim, deve
aceder ao Menu “Tabela”, opção “Unir Célula” ou “Dividir Célula”. Pode-se utilizar em
alternativa a Barra de ferramentas “Tabelas e limites”.

Por fim, poderá formatar os limites da tabela e colocar sombreado nas células. Poder-se-á
fazê-lo no menu “Formatar” e depois “Limites e Sombreado”. Pode-se utilizar em alternativa a
Barra de ferramentas “Tabelas e limites”.

 Limites e sombreados

Acedendo ao menu “Formatar” e, de seguida, “Limites e sombreados”, poder-se-á


escolher qual o tipo de limite que se pretende aplicar ao nível do estilo e cor de linha dos limites
do parágrafo seleccionado ou mesmo das células de uma tabela.

38
Nesta janela poderá escolher o sombreado/cor a aplicar.

 Inserir imagens do ClipArt

Para dar mais vida ao seu documento poderá inserir imagens, acedendo ao menu
“Inserir” e submenu “Imagem” do “ClipArt” ou “Do ficheiro”, por exemplo.

Em alternativa pode-se utilizar o botão “ClipArt” da Barra de Ferramentas de Desenho.

39
O ClipArt está organizado por categorias, devendo apenas optar por uma delas e
seleccionar a imagem que pretende. A imagem será inserida no local onde estiver o cursor.

 Utilizar o WordArt

No menu “Inserir” e submenu “Imagens” poderá encontrar a opção WordArt. Esta


ferramenta permite-lhe inserir texto com efeitos especiais. Poderá também encontrar-se essa
ferramenta na Barra de Ferramentas de Desenho.

Posteriormente deverá escolher-se o estilo do texto pretendido, clicando na opção


desejada.

40
Na janela que se segue poderá escrever o texto, assim formatar ao nível do tipo, tamanho
e estilo da letra. Finalmente deverá clicar no botão “OK”.

 Criar caixas de texto

As caixas de texto permitem inserir texto em locais onde normalmente não é permitida a
sua colocação. Para inserir uma caixa de texto pode-se optar por uma de duas formas:

1) Aceder ao Menu “Inserir” e submenu “Caixa de texto”.

2) Clicar no botão “Caixa de texto da Barra de Ferramentas de Desenho”.

 Digitar texto superior e inferior à linha

Por vezes é necessário colocar o texto superior ou inferior à linha. Para que tal possa
fazer deve-se seleccionar o texto a ser formatado, escolher o menu “Formatar” e o submenu
“Tipo de letra”.

41
Surgirá uma nova janela onde deverá optar pela formatação desejada.

 Configurar uma página

A configuração da página reveste-se de alguma importância, pois definirá o aspecto final


do seu documento. Para se puder configurar a página acede-se ao Menu “Ficheiro” e submenu
“Configurar página”.

42
Uma vez nesta janela poder-se-á configurar diversos aspectos, desde as margens, o
tamanho, ou mesmo a orientação do papel.

Se se pretender trabalhar em formato A3, então deve-se aceder ao separador “Papel”,


escolhendo o tamanho do papel.

43
 Configurar margens

Neste separador pode-se configurar as dimensões a atribuir às margens do documento,


assim como a orientação da página, entre outras configurações. Estas configurações podem ser
aplicadas a todo o documento ou apenas a uma parte do documento (a partir do ponto em que se
encontra).

 Corrigir erros

Sempre que o Word encontra sublinha-os com um


ondulado a vermelho. Se o erro for de sintaxe, como por
exemplo ter dois espaços seguidos, ficará de cor verde.
Conjuntamente com esta informação visual, serão fornecidas as
soluções para os erros detectados. Para se utilizar as sugestões
dever-se-á clicar com o botão direito do rato sobre o erro e
escolher a opção correcta.

 Imprimir o documento

Para se imprimir um documento (eventualmente o último passo a dar), pode-se optar por
diversas formas. Acedendo ao Menu “Ficheiro” e depois “Imprimir” ou utilizando, em
alternativa, a barra de ferramentas no botão .

44
Dever-se-á utilizar a segunda opção quando se pretende imprimir todas as páginas do
documento, com as configurações gerais da impressora. Caso se pretenda imprimir apenas
algumas páginas ou alterar as configurações gerais da impressora, dever-se-á optar pela primeira
forma, acedendo ao menu “Ficheiro”. Neste último caso será apresentada uma janela como a que
se segue:

Poder-se-á então escolher o intervalo de páginas, assim como alterar as propriedades da


sua impressora.

Se se pretender digitalizar uma foto ou outro documento qualquer, poderá utilizar as


ferramentas do Microsoft Office 2003. Para tal, aceda ao Menu “Inserir” e depois “do scanner
ou da câmara”…

45
Na janela seguinte escolhe-se o scanner, assim como o tipo de digitalização a fazer.

Há a possibilidade de qualidade de impressão e de qualidade web. Estas duas diferem no


tamanho do ficheiro que será criado. Se for, na qualidade de impressão será um pouco maior,
mas terá também melhor qualidade de imagem.

Abrindo-se o programa de digitalização deverá escolher se pretende digitalizar texto ou


imagens, assim como se é ou não a cores. Pode-se fazer uma pré-visualização e posteriormente
seleccionar a área a digitalizar.

CAPÍTULO III: Criação de Apresentações

Um programa de criação de apresentações permite fazer apresentações multimédia no


computador, com o objectivo de serem mostradas no ecrã do computador, projectadas numa tela
branca estendida numa parede ou exibidas num quadro interactivo, por exemplo.

O Microsoft PowerPoint é dos programas criadores de apresentações mais utilizado no


sistema operativo Windows. O PowerPoint conjuga os sons, as imagens e o texto com
movimento, originando uma apresentação multimédia que pode ser mostrada a uma audiência,
como, por exemplo, numa acção de formação ou numa aula. Pode-se, inclusive, fazer e mostrar
pequenos filmes digitais no PowerPoint.

Algumas vantagens das apresentações em PowerPoint:

- Captar mais facilmente a atenção dos alunos/formandos;

- Estar de frente para a audiência a explicar os conteúdos, enquanto esta ouve


pode visualizar o texto, imagens, gráficos, esquemas ou vídeos;

46
- Torna a explicação mais interessante e atraente, podendo ser complementada
graficamente com imagens, gráficos ou esquemas;

- A possibilidade de usar efeitos, animações e transições torna o ecrã mais


dinâmico;

- A possibilidade de fazer comentários e notas de rodapé é um auxiliar de valor


para o apresentador;

- A possibilidade de fazer rabiscos durante a apresentação com o rato no ecrã para


salientar texto ou objectos;

- É possível utilizar outros documentos do Office numa apresentação, como texto


do Word ou gráficos do Excel;

Os ficheiros das apresentações do PowerPoint normalmente ficam associados à extensão


PPT ou PPTX, mas se for um ficheiro executável e não editável (PowerPoint Show) a extensão é,
normalmente, a PPS.

 Criar uma apresentação

Para se criar uma apresentação multimédia é necessário, em primeiro lugar, fazer uma
planificação da mesma, para que tudo ocorra conforme o previsto. Não se deve iniciar a
montagem de uma apresentação sem antes ter feito uma criteriosa identificação dos seguintes
pontos importantes:

- Objectivo da apresentação;

- Público-alvo da apresentação;

- Local da apresentação;

- Tempo de duração da apresentação;

47
- Documentos que devem ser gerados;

- Materiais de apoio que serão necessários durante a apresentação.

Uma apresentação é mais do que um simples conjunto de slides. Uma apresentação é uma
técnica de comunicação poderosa para convencer um grupo de pessoas a adquirir um produto, a
seguir uma ideia, a aceitar as conclusões de um relatório, a investir num projecto inovador, por
exemplo. O PowerPoint é um recurso eficiente e com muitas funcionalidades para auxiliar na
montagem de apresentações eficientes.

 Criar um conjunto de diapositivos

Depois da fase de planificação e de preparação da apresentação, deve ser iniciado o


planeamento dos diapositivos. Um diapositivo pode conter os seguintes elementos:

- Layout:

Refere-se ao formato escolhido para a apresentação. Resume toda a programação


visual da apresentação e deve identificar o modelo padronizado de cada diapositivo.

Pode-se colocar bordas, separar áreas em cada diapositivo, incluir cores fortes/fracas,
desenhar caixas, entre muitas mais funcionalidades. O programa permite a escolha de
um layout entre várias opções, que pode ser alterado a adaptando de acordo com o
gosto e o objectivo do utilizador. Os layouts podem apresentar figuras, listas com
marcadores, quadros, desenhos e gráficos. Podem-se incluir, ainda, cabeçalhos e
rodapés para enumerar os diapositivos e fazer referências ao assunto da apresentação.

- Texto:

Este item está relacionado directamente com a mensagem que será incluída em
cada diapositivo.

Deve se evitar frases longas e textos compridos. Sempre que possível, deve-se
usar listas com marcadores utilizando palavras curtas que servem para ajudar na
orientação ao longo da apresentação e auxiliar o apresentador a lembrar-se da ordem
correcta dos assuntos.

48
 A linguagem deve ser simples, directa e objectiva;

 Cada diapositivo deve ter um título, separado da mensagem;

 O tipo e tamanho da letra devem ser adequados;

 Não se deve usar negrito e itálico em excesso;

 Expressões de mesmo peso devem ter a mesma ênfase;

 Para se definir a importância dos assuntos, pode se usar listas


numeradas;

 Os diapositivos devem seguir uma determinada padronização.

- Programação visual:

A programação visual consiste na definição das cores, dos efeitos de transição


entre diapositivos, gráficos e figuras a serem incorporadas, entre outras
funcionalidades. Diz respeito à construção de diapositivos atractivos, bonitos, que
chamem a atenção dos ouvintes. As cores de fundo e de texto devem ser diferentes e
contrastantes para facilitar a leitura. Quando se pretende realçar uma parte do texto,
deve alterar-se a sua cor. A programação visual inclui, ainda, a inclusão de gráficos,
desenhos e figuras no diapositivo. É possível, com muita facilidade, incluir gráficos
do Excel, desenhos do Paint ou figuras do ClipArt do próprio PowerPoint ou de outro
aplicativo semelhante. É preciso ter-se em atenção o equilíbrio e harmonia entre
figuras e texto, de forma a obter-se um diapositivo de leitura agradável.

- Efeitos especiais:

O PowerPoint permite a criação de efeitos especiais de transição entre um


diapositivo e outro, para tornar as apresentações mais vivas e dinâmicas. Os efeitos
especiais determinam a inclusão de sons (músicas, por exemplo), filmes e vídeos. O
programa tem diversas alternativas de transição, permitindo a inclusão de intervalos
sonoros e filmes, o que enriquece uma apresentação. É preciso ter em atenção que

49
estes efeitos só funcionam se o computador que estiver a usado for equipado com
recursos de multimédia apropriados.

 Abrir o Microsoft PowerPoint

Para abrir o Microsoft PowerPoint deverá clicar-se no menu “Iniciar”, apontar para
“Todos os programas”, depois escolha “Microsoft Office” e posteriormente escolha “Microsoft
Office PowerPoint”.

Figura X: Ecrã inicial do PowerPoint.

Tal como o programa Microsoft Word, também este tem uma barra de menus e uma
barra de ferramentas. Do lado esquerdo aparecem as miniaturas dos slides e do lado direito há
um painel de tarefas. Na parte central esquematiza-se cada um dos diapositivos.

Tal como no Microsoft Word, também neste programa pode formatar-se o texto (mudar
o tipo de letra, a cor, o tamanho, o alinhamento,…).

50
Figura X: Exemplo de uma página inicia do PowerPoint.

 Formatar o Fundo

Através da opção “Fundo” do menu “Formatar” pode alterar-se o aspecto do fundo dos
diapositivos. Convém escolher uma cor de fundo bem diferente da cor do texto para que este se
consiga ler sem dificuldade.

Se se abrir o menu “Formatar” e escolher a opção “Modelo de apresentação”, poder-


se-á optar por um dos muitos aspectos já disponíveis.

51
 Inserir Diapositivos

Uma apresentação em PowerPoint pode conter várias páginas que se designam por
diapositivos ou slides.

Para se inserir mais diapositivos, basta clicar no primeiro diapositivo (que está na
barra esquerda) e clicar na tecla ENTER.

Ao mesmo tempo, no lado direito, aparecem os vários esquemas


que se podem ter em cada um dos diapositivos.

52
 Eliminar Diapositivos

Para se eliminar diapositivos, basta clicar com o botão direito em cima do que se
quer eliminar (na barra esquerda) e escolher a opção “Eliminar diapositivo”.

 Fazer Animações

Para se aplicar um efeito de animação às imagens e ao texto, selecciona-se o objecto,


clica-se no menu “Apresentações” e escolhe-se a opção “Animação personalizada”.

Surgirá de imediato uma nova caixa:

53
Clica-se no botão “Adicionar efeito”.

O utilizador pode escolher as opções de “entrada”, “ênfase”, “saída” e “trajectórias de


animação”. O botão “Remover”, localizado logo abaixo, remove as animações seleccionadas.

Do lado direito abre-se uma barra com todas as opções para animar a
imagem personalizada.

Para se poder ver essas opções tem de se clicar no botão


“Adicionar efeito”.

Depois de escolhido um efeito, ainda se pode escolher a velocidade a


que será realizado esse efeito (de muito lento a muito rápido).

 Imprimir a Apresentação

Para ser possível o utilizador usar este comando tem de aceder ao menu “Arquivo”,
depois clicar em “Imprimir” ou no botão .

Será aberta a seguinte janela:


54
Para se proceder à impressão, basta clicar em “Ok”.

 Guardar uma Apresentação

Para se gravar um documento de apresentação pela primeira vez, o PowerPoint exibe, no


menu “Ficheiro”, a opção “Guardar como” que permitir escrever um nome à escolha para a
apresentação e especificar-se o local onde o arquivo será guardado.

55
 Inserir Filmes e Sons

Para se inserir um filme ou um ficheiro áudio, pode recorrer-se a arquivos guardados no


computador ou, então, os arquivos do “Media Gallery”.

Para isso, clica-se no menu “Inserir” e depois em “Filmes e sons”.

Irá surgir uma nova janela para se ir buscar o ficheiro pretendido à sua localização.

56
CAPÍTULO IV: Internet, Web, Pesquisa Online e Segurança na Internet

 O que é a internet e como funciona?

A internet, também conhecida por net, consiste numa rede de computadores ligados entre
si a nível mundial, que trocam informações, através de linhas telefónicas comuns, linhas de
comunicação privadas, satélites e outros serviços de telecomunicação.

Os computadores comunicam entre si utilizando uma linguagem comum – protocolo –,


permitindo integrar redes locais de empresas, museus, hospitais, escolas, instituições
governamentais e outras entidades, numa enorme rede de comunicações.

A internet permite a utilização e o carregamento simultâneo de


diversos tipos de dados, tanto numéricos, como textuais, imagens, sons,
entre outros.

É esta grandiosa rede que nos permite comunicar através de


mensagens electrónicas e aceder a uma quantidade enorme de informações e serviços, uma
poderosa fonte de informação para estudantes, investigadores, empresários, etc.

Ligação à internet

57
A ligação à internet pode ser efectuada de três formas diferentes:

- Marcação por ligação telefónica (dial-up)

- Rede local (LAN)

- Acesso móvel

 Serviços básicos da internet

- Correio electrónico:

 Provavelmente o recurso mais usado na Internet.

 Possibilita o envio e recepção de mensagens electrónicas para


qualquer utilizador da Internet, desde que possuam um endereço.

 Económico e rápido, independentemente da localização geográfica.

 Para além de texto, podemos enviar todo o tipo de ficheiros numa


mensagem, desde programas, imagens vídeo e áudio.

 A estrutura de um e-mail é a seguinte:

nome_de_utilizador@subdominio.dominio

país ou organização

é o ISP responsável por enviar e receber


mensagens do utilizador

- World Wide Web (Web/WWW):

 Documentos existentes na Internet, escritos em linguagens como


HTML e Java, e que necessitam de programas adequados para serem
visualizados – os browsers.

 Existem diversos browsers, o Microsoft Internet Explorer, o Mozzila


Firefox e o Opera são os mais utilizados.

58
 Elementos de navegação: Páginas, links, endereços, servidores;
Hypertext Markup Language (HTML); Hypertext Transfer Protocol
(HTTP); Java & Javascript.

- Transferência de ficheiros (FTP):

 Protocolo que possibilita a transferência de ficheiros através da


Internet.

 Apesar de requerer a utilização de um programa adequado, é também


possível recorrer a um browser.

 Os FTP-sites requerem autenticação através de nome de utilizador e


palavra-chave.

 Há software que é necessário pagar para poder descarregar, mas há


também imenso software gratuito ou de demonstração (freeware,
shareware, demo, beta).

- Grupos de discussão (Newsgroups)

 Providenciam espaços ou fóruns de discussão onde os utilizadores


podem abordar um assunto específico, são abertos ao público.

 A organização é estruturada por temas e os utilizadores participam


enviando artigos escritos ou fazendo comentários sobre o tema pelo
qual se interessam.

 O envio e consulta é semelhante ao funcionamento do correio


electrónico, a grande diferença é que aqui as mensagens não são
trocadas entre os utilizadores, mas residem no servidor onde todos os
utilizadores podem consultar a informação.

 Este serviço é conhecido por USENET ou news.

59
- Chats (comunicação em tempo real):

 Utilizado para conversar com outros utilizadores, a partir de envio e


recepção de mensagens, em tempo real.

 Funciona através do acesso a um servidor IRC (Internet Relay Chat).

 Para utilizar o IRC é necessário utilizar um programa apropriado,


sendo os mais conhecidos o mIRC, o ICQ e o messenger (MSN,
Yahoo, Sapo, etc.).

 Todos partilham os mesmos


conceitos: Cliente IRC,
Servidor de IRC, Nick, Canal
de IRC, Rede de IRC.

 É possível definir uma lista


de amigos e detectar quando
um deles entra ou sai da
internet.

- Videoconferência:

 Serve para estabelecer diálogo com outras pessoas, usando som e


vídeo.

60
 É um encontro virtual entre pessoas situadas em qualquer parte do
mundo (com acesso à internet).

 Além de permitir a transmissão de imagem e voz, permite e partilha de


ficheiros.

 Necessita de um programa e equipamento adequado: câmara e


microfone para som e vídeo e programa de Netmeeting da Microsoft.

 Redes

A Internet é um amplo sistema de comunicação que conecta muitas redes de


computadores. Existem várias formas e recursos de vários equipamentos que podem ser
interligados e compartilhados, mediante meios de acesso, protocolos e requisitos de segurança.

Rede de computadores é dois ou mais computadores ligados entre si, por meios
electrónicos, com o objectivo de trocarem informação e partilharem recursos. Dois computadores
conectados constituem por si só uma rede mínima. O termo genérico “rede” define um conjunto
de entidades (objectos, pessoas, etc.) interligadas uns aos outros. Uma rede permite circular
elementos materiais ou imateriais entre cada uma destas entidades, de acordo com regras bem
definidas.

O objectivo das redes de computadores é, então, permitir a troca de dados entre


computadores e a partilha de recursos de hardware e software.

61
 Web

A Internet inclui a World Wide Web, e é este o seu principal serviço, que lhe permite ver
documentos com formatações de textos e imagens magníficas. Muitas das páginas da Web
estabelecem ligações com outras páginas da Web, pelo que é fácil efectuar procuras ou
“navegar" numa vasta quantidade de informações.

Pode-se dizer que a Web utiliza a rede da Internet para interligar os seus websites, sendo
o serviço de maiores proporções na Internet.

A informação na web é organizada na forma de páginas, que podem conter textos,


imagens, sons e pequenos programas. Além disso, as páginas da Web podem ser ligadas umas
com as outras, formando o que se chama de um conjunto de hipertextos.

Diferença entre net e web:

- Internet

 Rede global de computadores interligados, que comunicam entre si


através de redes de telecomunicações existentes.

- Web

 Imenso conjunto de informação que existe em todo o mundo, alojada


em centenas de milhares de computadores chamados servidores Web.

 Esta informação encontra-se sob a forma de páginas electrónicas com


ligações de hipertexto a documentos – Websites.

Como funciona a Web?

A Web é formada por milhões de lugares conhecidos como sites. Aqui pode encontrar-se
uma variedade imensa de locais e temas.

62
Como pesquisar na Web?

Uma das ferramentas mais utilizadas são os motores de busca que permitem localizar na
Web sites sobre um determinado assunto, informando os respectivos endereços.

Para que serve a Web:

- Pesquisar informação

- Comunicar em tempo real

- Trocar mensagens

- Participar em grupos de discussão

- Desenvolver trabalho colaborativo

- Transferir ficheiros

- Disponibilizar informação

O que é preciso para aceder à Web

- Hardware

 Computador;

 Modem;

 Linha telefónica normal ou RDIS, ou ligação por cabo.

- Software

 Web browser

Exemplo: Internet Explorer, Mozilla, Galeon, …

- Fornecedor de Serviços (ISP – Internet Service Provider)

63
 É uma entidade que disponibiliza uma “porta” de entrada na Internet,
permitindo ligar o computador ao dessa entidade que, por sua vez, está
ligado à Internet.

Exemplos: Clix, Sapo, IOL, NetCabo, …

- Ligação

 Linha telefónica, ADSL, Cabo, Wireless

 Browsers

Um navegador web ou web browser é um software capaz de pesquisar e aceder aos


recursos hipertexto e hipermédia da web e da internet no seu conjunto. Comunicam geralmente
com servidores Web, usando principalmente o protocolo de transferência de hipertexto HTTP
para efectuar pedidos e processar
respostas vindas do servidor.

A finalidade principal do
browser é submeter o pedido de uma
determinada página Web e
providenciar a exibição da mesma.

64
 Ferramentas e funcionalidades básicas do browser Internet Explorer

Retroceder Volta-se para a página que foi visitada anteriormente.

Leva à página seguinte. Só funciona se já tivermos


Avançar
utilizado o botão retroceder.

Parar Suspende o carregamento da página.

Recarrega a página que se está a visualizar no


Actualizar
momento.

Acede-se à página inicial que se encontra definida


Homepage
quando se acede à Internet.

Abre uma coluna que permite fazer pesquisas, em


Procurar
motores de busca.

Abre uma coluna que mostra a lista de sites


Favoritos
guardados (anteriormente) como favoritos.

Permite imprimir a página que se está a ver no


Imprimir
momento

Abre uma coluna que mostra uma lista das páginas


Histórico
que já visitadas, organizada por datas.

 Motores de pesquisa

Os motores de busca são sites que estão continuamente a “cheirar os cantinhos” todos da
Web e a construir um índice gigantesco com todas as páginas que encontram.

Um exemplo de um dos motores de busca mais utilizados em todo o mundo é o Google


(www.google.com).

65
Exemplos de motores de pesquisa nacionais:

- Google – www.google.co.mz

- Sapo – www.sapo.mz

Exemplos de motores de pesquisa internacionais:

- Google – www.google.com

- DejaNews – www.dejanews.com

- EuroSeek– www.euroseek.com

- Yahoo! – www.yahoo.com

Como funcionam os motores de pesquisa:

- Os motores de busca encontram as páginas que contêm as palavras que se


indicam na pesquisa.

- Ou seja, se se escrever “animais”, o motor de busca vai indicar todas as


páginas que estão na Web e que têm a palavra “animais”.

66
- Assim, irão aparecer uma infinidade de resultados! Por isso, temos que saber
escolher a informação importante!

 Métodos e técnicas de navegação e pesquisa na internet

Por uma questão de facilidade, há motores de pesquisa que categorizam a informação por
tópicos ou temas. Nestes sítios, o utilizador deverá seguir uma sequência lógica, seleccionando
hiperligação a hiperligação, até ter filtrado a informação de tal forma que obtenha aquilo que
pretende.

Outro método usado pelos motores de pesquisa baseia-se na “palavra-chave”.

O recurso a este tipo de pesquisa implica a digitação de uma ou mais palavras ou até de
uma frase. À medida que o texto digitado aumenta, diminui as possibilidades de páginas Web
que contenham as palavras pretendidas.

Evidentemente, a redução da pesquisa a uma única palavra, origina milhares de ligações,


que poderão conter a informação desejada.

Para se pesquisar no Google deve se escrever, no sítio indicado, as palavras mais


importantes sobre o tema que queres procurar.

Deve se escolher a opção “Páginas escritas em português” e, depois disso, clicar na


tecla “Enter” ou então no botão “Pesquisa Google”.

67
Depois, abrir-se-á uma página com um índice de todas as páginas da Web que têm a
palavra “animais”! É um índice de “link’s”, ou seja, ao clicar-se num dos resultados ser-se-á
reencaminhado para essa página.

Para se seleccionar as páginas que interessam, deve ler-se o pequeno texto que
acompanha cada uma das ligações.

Se as respostas encontradas forem muitas, aparecem no fundo da página inicial outras


ligações que levam para mais páginas de respostas.

68
Técnicas de pesquisa – imagens:

Para se procurar, então, as imagens que se quer, clica-se no menu azul no link “imagens”
e escreve-se no campo de pesquisa as “palavras mágicas” sobres as quais se quer encontrar
imagens. Clica-se em “Enter” ou no botão “Procurar imagens”.

Aparece, mais uma vez, a página com os resultados, apresentando as imagens em


tamanho pequeno, que poderá ver em maior, clicando uma vez na imagem. Aparece, também, a
página Web onde se encontram as imagens.

69
Para se ver somente a imagem, basta apenas clicar novamente sobre ela

A pesquisa poderá ser do tipo avançada, recorrendo-se a operadores lógicos:

Português Inglês

E AND

OU OR

NÃO NOT

E NÃO AND NOT

PERTO NEAR

70
 Regras de segurança de navegação na internet

Ao utilizar-se o e-mail num site que exija um nome de utilizador e uma senha, após
utilizar, deve clicar-se sempre em “logout”, “logoff”, “sair” ou algum link equivalente. Não se
deve sair de um site fechando a janela da Internet ou entrar noutro endereço.

Caso o site não receba instrução para encerrar a sessão, outra pessoa poderá ter acesso
utilizando o mesmo computador e abrindo o navegador de internet. Desta forma, pode aceder às
informações da conta, caso esta realmente não tenha sido fechada devidamente.

Não basta instalar um antivírus para o computador estar protegido. É


necessário actualizá-lo regularmente, caso contrário, o antivírus não saberá
da existência de novos vírus. Praticamente todos os antivírus disponíveis
permitem configurar uma actualização automática.

Além disso, é aconselhável usar um antispyware com


frequência para apagar arquivos e programas maliciosos
do computador. Assim como o antivírus, o antispyware
também deve ser actualizado para que este conheça novas ameaças.

71
CAPÍTULO V: Tecnologias para a Educação

O mundo globalizado exige cada vez mais o desvencilhar de novos paradigmas, que
permitam às pessoas acompanhar a evolução, o desenvolvimento, o aperfeiçoamento ou mesmo,
a criação de novas técnicas, proporcionando o bem-estar social. É inevitável negar que essas
transformações passaram a alterar de forma considerável o modo de vida das pessoas e a suscitar
um novo comportamento, tanto na forma de pensar e agir, assim como nas relações de trabalho e
em todos os aspectos da vida humana (Lima, 2008).

A educação, ao tempo que tem o propósito de transformar as pessoas, a partir do novo


jeito de pensar e agir não poderia deixar de se apropriar do que lhe é naturalmente oferecido para
melhorar o desempenho dos que buscam constantemente o aprendizado. Da mesma forma, o
professor precisa se apropriar das inovações tecnológicas disponíveis no seu campo de
conhecimento para melhor transmitir o conhecimento aos seres em transformação intelectual, os
alunos.

A tecnologia educativa desenvolveu-se como campo de estudo e como disciplina


académica, principalmente a partir da década de 40 do século XX, nos Estados Unidos. Uma das
primeiras experiências realizadas nessa área é a utilização de instrumentos audiovisuais em
cursos para formação de especialistas militares durante a Segunda Guerra Mundial.

Perrenoud (2000), ao analisar as competências necessárias para o trabalho docente neste


início de século, entra também nessa discussão ao colocar como um ponto-chave a necessidade
destes profissionais aprenderem a utilizar as novas tecnologias no seu trabalho pedagógico. Para
ele, a questão que está colocada é como utilizar essas tecnologias e não mais a discussão sobre a
necessidade de incorporação, o que já estaria definido pela própria velocidade e intensidade
como essas tecnologias estão invadindo o quotidiano das pessoas. Nesse sentido, indaga:

- “Que espaço conceder às novas tecnologias quando não se visa a ensiná-las


como tal?”

- “São elas simplesmente recursos, instrumentos de trabalho como o quadro-


negro?”

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- “Espera-se de seu uso uma forma de familiarização, transferível a outros
contextos?”

- “Ninguém pensa que, utilizando um quadro-negro em aula, preparam-se os


alunos para usá-lo na vida. Com o computador é diferente. Não é um
instrumento próprio da escola, bem ao contrário. Pode-se esperar que, ao
utilizá-lo nesse âmbito, os alunos aprendam a fazê-lo em outros contextos.
Será uma finalidade da escola, ou só um benefício secundário, ainda que
valioso? Podem-se matar dois coelhos com uma só cajadada?” (p. 127)

O uso da tecnologia deve ser visto como um apoio ao processo de ensino-aprendizagem.


As tecnologias devem ser recursos adicionais, que podem ser exploradas e utilizadas, de modo a
optimizar as oportunidades de aprendizagem, essencialmente no que respeita ao processamento
de informação, qualquer que seja a sua forma de apresentação.

Segundo Fothergill, “a tecnologia tem três efeitos essenciais: mecanismo para controlar o
meio envolvente, para organizar e armazenar informação, e para comunicar”, ou seja, transpondo
esta ideia para o campo educacional,

O professor desempenha um papel de orientador, auxiliando os alunos quando surge


algum problema.

No que respeita a programas relacionados com matérias específicas, o professor deverá


ligar esse trabalho com outros materiais, procurando níveis crescentes de dificuldade, e
estimulando os alunos a irem mais além no domínio daquela disciplina. Na selecção do material
a utilizar, o professor poderá orientar-se por critérios objectivos, relacionados com questões
técnicas, ou subjectivos. Nestes últimos, são de sublinhar: o nível de adequação do programa à
faixa etária dos alunos (de modo a motivá-los e interessá-los); a versatilidade (em termos de
níveis de dificuldade e de complexidade); a adequação ao programa (à língua materna ou à
realidade envolvente); e, entre outros, a facilidade de utilização.

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10. Metodologia:
Onde são apresentadas tarefas baseadas em problemas que levem os estudantes a explorar
os recursos apresentados previamente, questões que conduzem a reflexão, a ligação com
o trabalho como professor, estudos de caso, etc.

O módulo de Tecnologia Educativa organiza-se em sessões teórico-práticas de:

1. Exposição de informação e conhecimento:

As exposições de informação e conhecimento visam apresentar conceitos essenciais para


que os alunos possam integrar novos conhecimentos. Sempre que possível, os aspectos
teóricos serão relacionados com exemplos práticos e a experiências dos próprios alunos,
evitando resumir a intervenção do formador a uma simples transmissão de
conhecimentos. Sempre que necessário, ao transitar de um conteúdo para outro, serão
efectuadas condensações e adaptações do conteúdo anterior por forma a favorecer a
percepção do encadeamento dos conteúdos.

2. Discussão de temas relevantes:

A discussão de temas relevantes visa introduzir novos conceitos e/ou aprofundar de


conhecimentos sobre o tema em questão, através do debate de textos bibliográficos,
primeiramente, em pequeno grupo e, de seguida, em grande grupo. Por conseguinte, a
discussão de temas pode ocorrer no início ou no final da apresentação dos conteúdos.
Este tipo de sessão permite atribuir ênfase a aspectos práticos em detrimento dos teóricos,

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ou seja, permite a redução das intervenções expositivas propondo desafios individuais ou
em grupo para que através do diálogo ou da resolução prática de situações se possa
introduzir os conceitos teóricos ou construir colaborativamente novos saberes.

3. Utilização de tecnologias educativas

Este tipo de sessões visa, essencialmente, possibilitar aos alunos o contacto com alguns
meios tecnológicos que actualmente se podem ter ao dispor das escolas. As sessões
centrar-se-ão em aspectos práticos inerentes à utilização da tecnologia em questão. Os
datashow, os projectores e os quadros interactivos serão utilizados sempre que possível
como material de apoio ao processo de ensino-aprendizagem. Os alunos observam a
demonstração do professor e só depois executam, individualmente ou em grupo, os
exercícios propostos.

4. Trabalho colaborativo de pesquisa

O trabalho colaborativo é, em primeira instância, a forma do alunos compreender por si


próprio, ou em grupo, os conteúdos. Esta modalidade de trabalho visa estimular e
incentivar a actividade crítica dos alunos. Para além dos trabalhos colaborativos, podem
também ser expostos trabalhos de avaliação, versando o planeamento, desenvolvimento e
exploração de documentos com base nas tecnologias educativas.

CAPÍTULO I: Vocabulários e Noções de Computação

 Realização de um “brainstorming” sobre noções de computação e respectiva clarificação.

 Distinção entre “hardware” e “software” e respectiva análise (ver apresentação


PowerPoint em anexo).

 Realização de uma ficha de sistematização (ver ficha em anexo).


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 Introdução da noção de “sistema operativo” e suas funcionalidades (ver apresentação
PowerPoint em anexo).

 Exposição de diferentes ambientes operativos.

CAPÍTULO II: Processador de Texto

 Introdução e exploração de SO Windows e, mais especificamente, do processador de


texto Microsoft Word (ver manual em anexo).

 Realização de actividades práticas (ver ficha em anexo).

CAPÍTULO III: Apresentações

 Exploração do programa Microsoft PowerPoint (ver manual em anexo).

 Realização de actividades práticas (ver ficha em anexo).

CAPÍTULO IV: Internet, Web, Pesquisa Online e Segurança na Internet

 Análise e interpretação de “o que é a Internet” e as suas funcionalidades e potencialidades


(ver apresentação PowerPoint em anexo).

 Apresentação e análise de alguns serviços da Internet (ver apresentação PowerPoint em


anexo).

 Realização de uma ficha alusiva aos serviços da Internet (ver ficha em anexo).

 Exploração de técnicas de pesquisa online (ver apresentação PowerPoint em anexo).

 Realização de actividades práticas (ver ficha em anexo).

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CAPÍTULO V: Tecnologias Educativas

 Exposição breve da introdução e da evolução das tecnologias em meio educativo (ver


apresentação PowerPoint em anexo).

 Realização de um “brainstorming” sobre as tecnologias conhecidas, para posterior


exploração e clarificação (ver apresentação PowerPoint em anexo).

 Apresentação das vantagens educativas de algumas tecnologias (ver apresentação


PowerPoint em anexo).

 Realização de um portfólio com as características de determinadas tecnologias (ver ficha


em anexo).

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